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Literatura
Os inícios da literatura portuguesa encontram-se
      na poesia galego-portuguesa medieval,
desenvolvida originalmente na Galiza e no Norte
                    de Portugal.
    A Idade de ouro situa-se no Renascimento,
 momento em que aparecem escritores como Gil
  Vicente, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e
sobretudo o grande poeta épico Luís de Camões,
               autor de Os Lusíadas.
  O século XVII ficou marcado pela introdução
      do Barroco em Portugal e é geralmente
   considerado como um século de decadência
 literária, não obstante a existência de escritores
 como o Padre António Vieira, o Padre Manuel
     Bernardes e Francisco Rodrigues Lobo.
Os escritores do século XVIII, para contrariarem uma certa
decadência da fase barroca, fizeram um esforço no sentido de
recuperar o nível da idade dourada – oneoclassicismo, através
       da criação de Academias e Arcádias literárias.
Com o século XIX, foram abandonados os ideais neoclássicos,
   Almeida Garrett introduziu o Romantismo, seguido por
          Alexandre Herculano e Rebelo da Silva.
No campo da novela, na segunda metade do século XIX,
    desenvolveu-se o Realismo, de feição naturalista, cujos
   máximos representantes foram Eça de Queiroz, Ramalho
              Ortigão e Camilo Castelo Branco.
  As tendências literárias do século XX estão representadas,
  principalmente, por Fernando Pessoa, considerado como o
 grande poeta nacional a par de Camões, e já nos seus últimos
    anos pelo desenvolvimento da prosa de ficção, graças a
autores como António Lobo Antunes e José Saramago, Prémio
                     Nobel de Literatura.
Bernadim Ribeiro




   Estátua Escritor Bernardim Ribeiro
Bernardim Ribeiro foi um escritor e poeta português
                       renascentista.
  Praticamente nada se sabe de certo na vida de Bernardim
 Ribeiro. Presume-se que nasceu por volta de 1482. Não se
 conseguiu ainda provar que este poeta Bernardim Ribeiro e
  um seu homónimo que frequentou, entre 1507 e 1511, a
Universidade de Lisboa, e que em 1524 foi nomeado escrivão
            da câmara, fossem a mesma pessoa.
A sua principal obra é a novela Saudades, mais conhecida porém
     como Menina e Moça (da primeira frase da novela, que se
   tornou um tópico da literatura portuguesa: Menina e moça me
        levaram de casa de minha mãe para muito longe…).
            Foi o introdutor do bucolismo em Portugal.
A poesia de Bernardim era já uma poesia chorosa, como se
usava então. Salvam-se dela alguns bonitos versos, entre os
quais estes quatro, que parecem dedicados ao seu grande
amor:
„Fui e sam grande amador, / a vai-me bem mal d’amores / e
muitos vi de grão dor... / mas este – suma das dores.”
A sua obra resume-se a doze composições insertas no
Cancioneiro Geral, cinco éclogas, a sextina Ontem pôs-se o Sol, a
      novela Menina e Moça e o romance Ao longo de uma
   ribeira,única composição portuguesa inserida no Cancioneiro
  Castelhano de 1550 (segundo Carolina Michaelis), só apareceu
  publicado com as obras completas do poeta na edição de 1645.
Tão misterioso quanto o nascimento é a morte do escritor.
Alguns autores datam-na como 1552. Porém, pela leitura da
  écloga Basto, de Sá de Miranda e escrita antes de 1544,
 verificamos que este autor se refere ao seu "bom Ribeiro
                 amigo" como já falecido.
Sá de Miranda




   Francisco Sá de Miranda
Francisco Sá de Miranda nasceu em 28 de Agosto de 1481 na
 cidade de Coimbra. Filho de Gonçalo Mendes de Sá e de Inês
 de Melo, frequentou, talvez influenciado pelo pai, o Mosteiro
  de Santa Cruz de Coimbra que ministrava, de acordo com a
  formação humanista da época, o ensino das línguas latina e
   grega. Formou-se em Direito, na Universidade de Lisboa e
  frequentou os serões da corte, começando, então, a escrever
cantigas, esparsas e vilancetes que, mais tarde, foram inseridos
          no Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende.
Integrado na corrente humanista, Sá de Miranda é conhecido
   por introduzir novas formas literárias, nomeadamente a
  medida nova - decassílabo - e a comédia em prosa, e pelo
                valores morais que defendeu.
Para Sá de Miranda, a poesia não é uma ocupação para ócios
de intelectual ou de salões, mas uma missão sagrada. O poeta
  é como um profeta, deve denunciar os vícios da sociedade,
 sobretudo da Corte, o abandono dos campos e a preocupação
  exagerada do luxo, que tudo corrompe, deve propor a vida
sadia em contacto com a «madre» natureza, a simplicidade e a
                 felicidade dos lavradores.
Sá de Miranda concebeu as primeiras comédias clássicas
portuguesas (Estrangeiros e Vilhalpandos), cuja recepção pelo
 público, habituado aos autos (de Gil Vicente sobretudo), não
foi das melhores. Se os aspectos criticados por Sá de Miranda
   e a sua intenção moralizadora o aproximam muito de Gil
Vicente, o escritor afasta-se deste último pelas formas e o tom
                  em que vaza as suas críticas.
Sá de Miranda deixou uma importante obra epistolográfica e
  uma série de éclogas, entre outros textos. A sua obra foi
           publicada postumamente, em 1595.
Influenciou decisivamente escritores seus contemporâneos e
   posteriores, como António Ferreira, Diogo Bernardes, Pero
 Andrade de Caminha, Luís de Camões, D. Francisco Manuel
  de Melo ou ainda, mais recentemente, Jorge de Sena, Gastão
   Cruz e Ruy Belo, entre outros, manifestando alguns textos
 destes autores nítida intertextualidade com textos mirandinos,
 sobretudo com o tão conhecido soneto «O Sol é grande, caem
                       co'a calma as aves».
Morre em 1558, com cerca de 80 anos, depois de uma vida
dedicada às Letras, das quais fez um permanente veículo de
               intervenção social e literária.
Luís de Camões




   O retrato pintado em Goa, 1581.
Luís Vaz de Camões foi um célebre poeta de Portugal,
considerado uma das maiores figuras da literatura em língua
     portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente
  nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza.
Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em
    África, alistado como militar, onde perdeu um olho em
  batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi
  preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários
  anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias
vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e
escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os
 Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu
   uma pequena pensão do rei Dom Sebastiãopelos serviços
    prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter
            enfrentado dificuldades para se manter.
Capa da edição de 1572 dos Lusíadas.
Camões viveu na fase final do Renascimento europeu, um
período marcado por muitas mudanças na cultura e sociedade,
   que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade
   Moderna e a transição do feudalismo para o capitalismo
A produção de Camões divide-se em três géneros: o lírico, o
 épico e o teatral. A sua obra lírica foi desde logo apreciada
como uma alta conquista. A obra lírica de Camões, dispersa
 em manuscritos foi reunida e publicada postumamente em
                 1595 com o título de Rimas.
Os Lusíadas é considerada a epopeia portuguesa por
                       excelência.
 O próprio título já sugere as suas intenções nacionalistas,
sendo derivado da antiga denominação romana de Portugal,
   Lusitânia. É um dos mais importantes épicos da época
    moderna devido à sua grandeza e universalidade.
A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis
 portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa
    Esperança e abriram uma nova rota para a Índia.
É uma epopeia humanista, mesmo nas suas contradições, na
associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos
opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no
 desejo de aventura, na apreciação do prazer sensual e nas
exigências de uma vida ética, na percepção da grandeza e no
    pressentimento do declínio, no heroísmo pago com o
                      sofrimento e luta
O poema abre com os célebres versos:
„ As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
.....
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte”
 (Os Lusíadas, Canto I)
Almeida Garrett




  João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett
Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino,
     ministro e secretário de estado honorário português.
Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das
maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs
a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do
              Conservatório de Arte Dramática.
Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte
   Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão
Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D.
Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett
 procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional
        segundo os cânones já vigentes no estrangeiro.
A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra.
Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente
sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando-
 se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi
 um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal.
Morre devido a um cancro de origem hepática, tendo sido
         sepultado no Cemitério dos Prazeres.
„ Quem bebe, rosa, o perfume
                Que de teu seio respira?
           Um anjo, um silfo? Ou que nume
               Com esse aroma delira?”
(Perfume da rosa, poema publicado em Folhas Caídas)
Gil Vicente




   Gil Vicente
Gil Vicente (1465 — 1536?) é geralmente considerado o
  primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de
   renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da
  Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de
  Retórica do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro,
parece ter também desempenhado as tarefas de músico, ator e
                       encenador.
É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do
teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também
   escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da
        dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e
da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se
 o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social
 eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade
 onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná-
                              la.
Foi, o principal representante da literatura renascentista
   portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos
populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura
                      popular portuguesa.
De 1502 a 1536, Gil Vicente produziu mais de quarenta peças
  de teatro, chegando a publicar em vida algumas delas. No
 entanto, só em 1562 é que o seu filho Luís Vicente publicou
toda a sua obra com o título Compilaçam de todalas obras de
Gil Vicente, a qual se reparte em cinco livros. Da compilação,
 destacamos as peças mais conhecidas: Exortação da Guerra,
  Farsa de Inês Pereira , Auto India e Floresta de Enganos
Gil Vicente retratou bem a situação da mulher portuguesa da
sua época e, infelizmente, em mais de 400 anos esta situação
               nao tenha mudado radicalmente.
Tão importante foi o trabalho de Gil Vicente que Erasmo de
Roterdão, filósofo holandês, estudara o idioma português para
  assim poder apreciar sua obra no original. Seu estilo deu
origem à escola de Gil Vicente, ou escola popular, tendo por
              modelo as coisas simples do povo
Camilo Castelo Branco




     Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Lisboa, Encarnação,
16 de Março de 1825 — Vila Nova de Famalicão, São Miguel
   de Seide, 1 de Junho de 1890) foi um escritor português,
romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e
 tradutor. Foi ainda o 1.º visconde de Correia Botelho, título
           concedido pelo rei D. Luís de Portugal.
Camilo Castelo Branco foi um dos escritores mais prolíferos e
      marcantes da literatura portuguesa contemporânea.
Teve uma vida atribulada, que lhe serviu muitas vezes de
    inspiração para as suas novelas. Foi o primeiro escritor de
   língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus escritos
literários. Apesar de ter de escrever para o público, sujeitando-
 se assim aos ditames da moda, conseguiu manter uma escrita
                          muito original.
Terá sido Camilo Castelo Branco realista ou romântico? A sua
 obra é predominantemente romântica. Parece incontestável.
              No entanto, não o é totalmente.
Camilo gostaria de se situar acima das escolas literárias. Mas
   os modelos clássicos vão ter sempre peso na sua produção
literária, embora também se deixe impressionar pela literatura
   misteriosa e macabra de Ann Radcliffe. Foi imensamente
   influenciado por Almeida Garrett. Contudo, a fidelidade à
    linguagem e aos costumes populares, ao cheiro do torrão
(como aponta Jacinto do Prado Coelho), vai permanecer como
               uma das suas maiores qualidades.
A crítica tem apontado que, se por um lado Camilo, nos
  enredos das suas novelas, com as suas peripécias mais ou
    menos rocambolescas, está claramente numa filiação
 romântica, por outro lado, nas explicações psicológicas, na
maneira como analisa os sentimentos e ações das personagens,
  pelas justificações e explicações dos acontecimentos, pela
     crítica a determinado tipo de educação, não pode ser
          considerado simplesmente como romântico.
Principais obras
•      Anátema (1851)
•      Mistérios de Lisboa (1854)
•      A Filha do Arcediago (1854)
•      Livro negro de Padre Dinis (1855)
•      A Neta do Arcediago (1856)
A história da literatura portuguesa acompanha a evolução
 estética da cultura ocidental, emergindo de uma matriz
  medieval de base latina a partir da qual se constitui e
                aperfeiçoa a língua literária
A literatura portuguesa desenvolve, nas suas origens, um
lirismo de intenso fulgor, com a poesia trovadoresca, e muito
particularmente com as cantigas de amigo, que se prolonga na
lírica camoniana e clássica de uma maneira geral, renovando-
  se a partir do Romantismo, com personalidades destacadas:
  Garrett e o nacionalismo romântico de expressão amorosa;
     Cesário Verde e o quotidiano urbano simultaneamente
   idealizado e banal; Antero de Quental e a dilaceração do
     pensamento implicado na existência concreta; Camilo
Pessanha e o sonho da perfeição verbal na corrosão do tempo
 humano - e um grande número de poetas contemporâneos.
Băjinaru Teodora
Comănescu Livia
Donescu Cristina
  Dron Diana
  Ion Adriana
Roşca Mihaela
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Literatura

  • 2. Os inícios da literatura portuguesa encontram-se na poesia galego-portuguesa medieval, desenvolvida originalmente na Galiza e no Norte de Portugal. A Idade de ouro situa-se no Renascimento, momento em que aparecem escritores como Gil Vicente, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda e sobretudo o grande poeta épico Luís de Camões, autor de Os Lusíadas. O século XVII ficou marcado pela introdução do Barroco em Portugal e é geralmente considerado como um século de decadência literária, não obstante a existência de escritores como o Padre António Vieira, o Padre Manuel Bernardes e Francisco Rodrigues Lobo.
  • 3. Os escritores do século XVIII, para contrariarem uma certa decadência da fase barroca, fizeram um esforço no sentido de recuperar o nível da idade dourada – oneoclassicismo, através da criação de Academias e Arcádias literárias. Com o século XIX, foram abandonados os ideais neoclássicos, Almeida Garrett introduziu o Romantismo, seguido por Alexandre Herculano e Rebelo da Silva.
  • 4. No campo da novela, na segunda metade do século XIX, desenvolveu-se o Realismo, de feição naturalista, cujos máximos representantes foram Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão e Camilo Castelo Branco. As tendências literárias do século XX estão representadas, principalmente, por Fernando Pessoa, considerado como o grande poeta nacional a par de Camões, e já nos seus últimos anos pelo desenvolvimento da prosa de ficção, graças a autores como António Lobo Antunes e José Saramago, Prémio Nobel de Literatura.
  • 5. Bernadim Ribeiro Estátua Escritor Bernardim Ribeiro
  • 6. Bernardim Ribeiro foi um escritor e poeta português renascentista. Praticamente nada se sabe de certo na vida de Bernardim Ribeiro. Presume-se que nasceu por volta de 1482. Não se conseguiu ainda provar que este poeta Bernardim Ribeiro e um seu homónimo que frequentou, entre 1507 e 1511, a Universidade de Lisboa, e que em 1524 foi nomeado escrivão da câmara, fossem a mesma pessoa.
  • 7. A sua principal obra é a novela Saudades, mais conhecida porém como Menina e Moça (da primeira frase da novela, que se tornou um tópico da literatura portuguesa: Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe…). Foi o introdutor do bucolismo em Portugal.
  • 8. A poesia de Bernardim era já uma poesia chorosa, como se usava então. Salvam-se dela alguns bonitos versos, entre os quais estes quatro, que parecem dedicados ao seu grande amor: „Fui e sam grande amador, / a vai-me bem mal d’amores / e muitos vi de grão dor... / mas este – suma das dores.”
  • 9. A sua obra resume-se a doze composições insertas no Cancioneiro Geral, cinco éclogas, a sextina Ontem pôs-se o Sol, a novela Menina e Moça e o romance Ao longo de uma ribeira,única composição portuguesa inserida no Cancioneiro Castelhano de 1550 (segundo Carolina Michaelis), só apareceu publicado com as obras completas do poeta na edição de 1645.
  • 10. Tão misterioso quanto o nascimento é a morte do escritor. Alguns autores datam-na como 1552. Porém, pela leitura da écloga Basto, de Sá de Miranda e escrita antes de 1544, verificamos que este autor se refere ao seu "bom Ribeiro amigo" como já falecido.
  • 11. Sá de Miranda Francisco Sá de Miranda
  • 12. Francisco Sá de Miranda nasceu em 28 de Agosto de 1481 na cidade de Coimbra. Filho de Gonçalo Mendes de Sá e de Inês de Melo, frequentou, talvez influenciado pelo pai, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que ministrava, de acordo com a formação humanista da época, o ensino das línguas latina e grega. Formou-se em Direito, na Universidade de Lisboa e frequentou os serões da corte, começando, então, a escrever cantigas, esparsas e vilancetes que, mais tarde, foram inseridos no Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende.
  • 13. Integrado na corrente humanista, Sá de Miranda é conhecido por introduzir novas formas literárias, nomeadamente a medida nova - decassílabo - e a comédia em prosa, e pelo valores morais que defendeu.
  • 14. Para Sá de Miranda, a poesia não é uma ocupação para ócios de intelectual ou de salões, mas uma missão sagrada. O poeta é como um profeta, deve denunciar os vícios da sociedade, sobretudo da Corte, o abandono dos campos e a preocupação exagerada do luxo, que tudo corrompe, deve propor a vida sadia em contacto com a «madre» natureza, a simplicidade e a felicidade dos lavradores.
  • 15. Sá de Miranda concebeu as primeiras comédias clássicas portuguesas (Estrangeiros e Vilhalpandos), cuja recepção pelo público, habituado aos autos (de Gil Vicente sobretudo), não foi das melhores. Se os aspectos criticados por Sá de Miranda e a sua intenção moralizadora o aproximam muito de Gil Vicente, o escritor afasta-se deste último pelas formas e o tom em que vaza as suas críticas.
  • 16. Sá de Miranda deixou uma importante obra epistolográfica e uma série de éclogas, entre outros textos. A sua obra foi publicada postumamente, em 1595.
  • 17. Influenciou decisivamente escritores seus contemporâneos e posteriores, como António Ferreira, Diogo Bernardes, Pero Andrade de Caminha, Luís de Camões, D. Francisco Manuel de Melo ou ainda, mais recentemente, Jorge de Sena, Gastão Cruz e Ruy Belo, entre outros, manifestando alguns textos destes autores nítida intertextualidade com textos mirandinos, sobretudo com o tão conhecido soneto «O Sol é grande, caem co'a calma as aves».
  • 18. Morre em 1558, com cerca de 80 anos, depois de uma vida dedicada às Letras, das quais fez um permanente veículo de intervenção social e literária.
  • 19. Luís de Camões O retrato pintado em Goa, 1581.
  • 20. Luís Vaz de Camões foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente. Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza.
  • 21. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, se autoexilou em África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastiãopelos serviços prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
  • 22. Capa da edição de 1572 dos Lusíadas.
  • 23. Camões viveu na fase final do Renascimento europeu, um período marcado por muitas mudanças na cultura e sociedade, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna e a transição do feudalismo para o capitalismo
  • 24. A produção de Camões divide-se em três géneros: o lírico, o épico e o teatral. A sua obra lírica foi desde logo apreciada como uma alta conquista. A obra lírica de Camões, dispersa em manuscritos foi reunida e publicada postumamente em 1595 com o título de Rimas.
  • 25. Os Lusíadas é considerada a epopeia portuguesa por excelência. O próprio título já sugere as suas intenções nacionalistas, sendo derivado da antiga denominação romana de Portugal, Lusitânia. É um dos mais importantes épicos da época moderna devido à sua grandeza e universalidade.
  • 26. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia.
  • 27. É uma epopeia humanista, mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã à visão cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso e no desejo de aventura, na apreciação do prazer sensual e nas exigências de uma vida ética, na percepção da grandeza e no pressentimento do declínio, no heroísmo pago com o sofrimento e luta
  • 28. O poema abre com os célebres versos: „ As armas e os barões assinalados Que, da ocidental praia lusitana, Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo reino, que tanto sublimaram. ..... Cantando espalharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte” (Os Lusíadas, Canto I)
  • 29. Almeida Garrett João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett
  • 30. Foi um escritor e dramaturgo romântico, orador, par do reino, ministro e secretário de estado honorário português.
  • 31. Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do romantismo português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.
  • 32. Foram de sua iniciativa a criação do Conservatório de Arte Dramática, da Inspecção-Geral dos Teatros, do Panteão Nacional e do Teatro Normal (actualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Mais do que construir um teatro, Garrett procurou sobretudo renovar a produção dramática nacional segundo os cânones já vigentes no estrangeiro.
  • 33. A vida de Garrett foi tão apaixonante quanto a sua obra. Revolucionário nos anos 20 e 30, distinguiu-se posteriormente sobretudo como o tipo perfeito do dândi, ou janota, tornando- se árbitro de elegâncias e príncipe dos salões mundanos. Foi um homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal.
  • 34. Morre devido a um cancro de origem hepática, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres.
  • 35. „ Quem bebe, rosa, o perfume Que de teu seio respira? Um anjo, um silfo? Ou que nume Com esse aroma delira?” (Perfume da rosa, poema publicado em Folhas Caídas)
  • 36. Gil Vicente Gil Vicente
  • 37. Gil Vicente (1465 — 1536?) é geralmente considerado o primeiro grande dramaturgo português, além de poeta de renome. Há quem o identifique com o ourives, autor da Custódia de Belém, mestre da balança, e com o mestre de Retórica do rei Dom Manuel. Enquanto homem de teatro, parece ter também desempenhado as tarefas de músico, ator e encenador.
  • 38. É frequentemente considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, ou mesmo do teatro ibérico já que também escreveu em castelhano - partilhando a paternidade da dramaturgia espanhola com Juan del Encina.
  • 39. A obra vicentina é tida como reflexo da mudança dos tempos e da passagem da Idade Média para o Renascimento, fazendo-se o balanço de uma época onde as hierarquias e a ordem social eram regidas por regras inflexíveis, para uma nova sociedade onde se começa a subverter a ordem instituída, ao questioná- la.
  • 40. Foi, o principal representante da literatura renascentista portuguesa, anterior a Camões, incorporando elementos populares na sua escrita que influenciou, por sua vez, a cultura popular portuguesa.
  • 41. De 1502 a 1536, Gil Vicente produziu mais de quarenta peças de teatro, chegando a publicar em vida algumas delas. No entanto, só em 1562 é que o seu filho Luís Vicente publicou toda a sua obra com o título Compilaçam de todalas obras de Gil Vicente, a qual se reparte em cinco livros. Da compilação, destacamos as peças mais conhecidas: Exortação da Guerra, Farsa de Inês Pereira , Auto India e Floresta de Enganos
  • 42. Gil Vicente retratou bem a situação da mulher portuguesa da sua época e, infelizmente, em mais de 400 anos esta situação nao tenha mudado radicalmente.
  • 43. Tão importante foi o trabalho de Gil Vicente que Erasmo de Roterdão, filósofo holandês, estudara o idioma português para assim poder apreciar sua obra no original. Seu estilo deu origem à escola de Gil Vicente, ou escola popular, tendo por modelo as coisas simples do povo
  • 44. Camilo Castelo Branco Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco
  • 45. Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (Lisboa, Encarnação, 16 de Março de 1825 — Vila Nova de Famalicão, São Miguel de Seide, 1 de Junho de 1890) foi um escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi ainda o 1.º visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís de Portugal.
  • 46. Camilo Castelo Branco foi um dos escritores mais prolíferos e marcantes da literatura portuguesa contemporânea.
  • 47. Teve uma vida atribulada, que lhe serviu muitas vezes de inspiração para as suas novelas. Foi o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus escritos literários. Apesar de ter de escrever para o público, sujeitando- se assim aos ditames da moda, conseguiu manter uma escrita muito original.
  • 48. Terá sido Camilo Castelo Branco realista ou romântico? A sua obra é predominantemente romântica. Parece incontestável. No entanto, não o é totalmente.
  • 49. Camilo gostaria de se situar acima das escolas literárias. Mas os modelos clássicos vão ter sempre peso na sua produção literária, embora também se deixe impressionar pela literatura misteriosa e macabra de Ann Radcliffe. Foi imensamente influenciado por Almeida Garrett. Contudo, a fidelidade à linguagem e aos costumes populares, ao cheiro do torrão (como aponta Jacinto do Prado Coelho), vai permanecer como uma das suas maiores qualidades.
  • 50. A crítica tem apontado que, se por um lado Camilo, nos enredos das suas novelas, com as suas peripécias mais ou menos rocambolescas, está claramente numa filiação romântica, por outro lado, nas explicações psicológicas, na maneira como analisa os sentimentos e ações das personagens, pelas justificações e explicações dos acontecimentos, pela crítica a determinado tipo de educação, não pode ser considerado simplesmente como romântico.
  • 51. Principais obras • Anátema (1851) • Mistérios de Lisboa (1854) • A Filha do Arcediago (1854) • Livro negro de Padre Dinis (1855) • A Neta do Arcediago (1856)
  • 52. A história da literatura portuguesa acompanha a evolução estética da cultura ocidental, emergindo de uma matriz medieval de base latina a partir da qual se constitui e aperfeiçoa a língua literária
  • 53. A literatura portuguesa desenvolve, nas suas origens, um lirismo de intenso fulgor, com a poesia trovadoresca, e muito particularmente com as cantigas de amigo, que se prolonga na lírica camoniana e clássica de uma maneira geral, renovando- se a partir do Romantismo, com personalidades destacadas: Garrett e o nacionalismo romântico de expressão amorosa; Cesário Verde e o quotidiano urbano simultaneamente idealizado e banal; Antero de Quental e a dilaceração do pensamento implicado na existência concreta; Camilo Pessanha e o sonho da perfeição verbal na corrosão do tempo humano - e um grande número de poetas contemporâneos.
  • 54. Băjinaru Teodora Comănescu Livia Donescu Cristina Dron Diana Ion Adriana Roşca Mihaela Ştefan Mădălina