Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Agroecológico Maio 2012
1. Informativo Técnico do Sindicato dos
Trabalhadores em Assistência Técnica e
Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais
Ano 4 | Edição nº 20 | Maio de 2012
www.sinter-mg.org.br
Bancos-de-Proteína
Fotografia da internet
DESTAQUE
Formação e Manejo de Bancos-de-Proteína
pág. 03
OUTRAS NOTÍCIAS
02 Bio Dicas: Inseticidas Caseiros
2. Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4
02
Editorial Bio Dicas
Como muitas vezes um atleta profissional Inseticidas Caseiros
necessita de uma alimentação especifica
para um programa de exercícios físicos Quebrarão
ou para uma determinada competição, a
vida animal também carece de uma dieta Material: ¼ litro de água, ¼ litro de querosene, 100g de sabão em pe-
rica, para se manter saudável e externar dra e 1 vasilha de 2 litros.
todo o seu potencial produtivo.
Como fazer: Cortar o sabão em fatias bem finas e colocar para ferver
Todavia, dependendo da estação, os junto com a água, mexendo sempre até total dissolução. Retirar do fogo
animais não conseguem se alimentar/ e acrescentar o querosene lentamente, sempre mexendo, até virar uma
nutrir adequadamente, necessitando de pasta.
uma complementação alimentar, assim
dos bancos de proteína. Os bancos de Como usar:
proteína tem a capacidade de fornecer • Pulgão: Dissolver a pasta em 7 litros de água e colocar no pulverizador.
uma dieta mais rica em momentos que Aplicar na horta e pomar.
os animais não conseguem adquirir os • Cochonilha: Dissolver a pasta em 5 litros de água e colocar no pulveri-
nutrientes com a sua alimentação normal. zador. Aplicar na horta e pomar.
• Cochonilha Escama (Citros): Dissolver a pasta em água suficiente para
Os bancos de proteína são uma solu- ficar líquida de forma a poder ser passada com uma brocha no tronco das
ção barata com relação ao uso de ra- laranjeiras (+ ou – ½ litro d’água).
ções especiais, podendo ser plantados
Observações: Esta pasta pode ser usada até 03 dias após a sua fabrica-
e processados na propriedade onde os
ção, pois ela começa a degradar-se (querosene separa da água).
animais se encontram. Plantas legumino-
sas como a acácia, leucena, guandú, e
amendoim-forrageiro servem para esta Fumacol
suplementação alimentar, além de enri-
quecerem o solo, e passarem os precio- Material: 10 a 15cm de fumo em corda, ½ litro de álcool, ½ litro de
sos recursos para os animais que consu- água, 100g de sabão em pedra e 1 vasilha com tampa.
mirem essa vegetação. A criação ainda
Como fazer: Picar o fumo em pedacinhos e juntá-lo com a água e o
dos bancos de proteína, além de propor-
álcool numa vasilha. Fechar bem a vasilha e deixar curtir por aproxima-
cionar uma cultura rotativa, preservando
damente 15 dias.
e repondo os minerais do solo, evita o
uso de adubos químicos, baixando rela- Como usar:
tivamente o custo da produção do banco • Pragas de Horta em geral: Dissolva o sabão em 10 litros de água e
de proteína e da alimentação do animal. junte à mistura já curtida de fumo e álcool. Pode regar as plantas com
pulverizador ou regador.
Antônio Domingues
Diretor de Comunicação do Sinter-MG Observações: O sabão somente é misturado na hora do uso.
Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Deyler Nelson
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Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira dos Reis Dutra Lavras | Júlio César Silva Pouso Alegre | Sérgio Bras
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CEP 30480-500 | Telefax: 31 3334 3080
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3. Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4
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Formação e Manejo de Bancos-
de-Proteína
A suplementação alimentar torna-se indispen- produtividade de forragem, composição química,
sável visando amenizar o déficit nutricional dos palatabilidade, competitividade com as plantas
rebanhos e reduzir os efeitos da estacionali- invasoras, persistência, além da tolerância a pra-
dade da produção de forragem durante o ano. gas e doenças. Algumas espécies são recomen-
A utilização de leguminosas forrageiras surge dadas, tais como: amendoim-forrageiro (Arachis
como a alternativa mais viável para assegurar um pintoi), acácia (Acácia angustissima), guandu
bom padrão alimentar dos animais, notadamente (Cajanus cajan), leucena (Leucaena leucocepha-
durante o período seco, já que estas, em relação la), pueraria (Pueraria phaseoloides), desmodio
às gramíneas, apresentam alto conteúdo protéi- (Desmodium ovalifolium), centrosema (Centrosema
co, melhor digestibilidade e maior resistência ao macrocarpum), stylosantes (Stylosanthes guianen-
período seco. Além disso, face à capacidade sis) e calopogônio (Calopogonium mucunoides).
de fixação do nitro-
gênio da atmosfera, O preparo do solo
incorporam quan- “A suplementação alimentar através da aração e
tidades considerá- gradagem constituem
veis deste nutriente, torna-se indispensável visando o melhor recurso para
contribuindo para o estabelecimento das
a melhoria da ferti- amenizar o déficit nutricional dos leguminosas, além
lidade do solo. As
leguminosas podem
rebanhos e reduzir os efeitos da de facilitar as práti-
cas de manutenção e
ser utilizadas para a estacionalidade da produção de manejo. Os métodos
produção de feno, de plantio podem ser
farinha para aves e forragem durante o ano. ” a lanço, em linhas ou
suínos, como cultura em covas, manual ou
restauradora da ferti- mecanicamente. A
lidade do solo, consorciadas com gramíneas ou profundidade de semeadura deve ser de 2 a 5
plantadas em piquetes exclusivos denominados cm, pois, em geral, as leguminosas forrageiras
de bancos-de-proteína. apresentam sementes pequenas. A densidade
de semeadura depende da qualidade das se-
Na escolha de uma leguminosa para a formação mentes (valor cultural), do método de plantio e
de bancos-de-proteína deve-se considerar sua do espaçamento utilizado:
Resistência Tolerância ao Exigência Hábito de
Leguminosas Palatabilidade
à seca encharcamento em solo crescimento
Leucena alta baixa média/alta alta arbustivo
Guandu alta baixa média/alta alta arbustivo
Stilosanthes alta baixa baixa alta Ereto/semi-
Centrosema média média baixa/média alta prostrado
Arachis baixa alta média/alta alta prostrado
Pueraria baixa/média média baixa média/alta prostrado
Calopogônio baixa média baixa baixa/média prostrado
Desmodio alta baixa/média baixa baixa/média decumbente
Acácia média/alta baixa/média baixa alta arbustivo
4. Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4
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Recomenda-se sua utilização com vacas em
lactação ou animais destinados a engorda. Em
média, um hectare tem condições de alimentar
satisfatoriamente 15 a 20 e de 10 a 15 animais
adultos, respectivamente durante o período
chuvoso e seco.
O período de pastejo deve ser de uma a duas
horas/dia, durante a época chuvosa, preferen-
cialmente após a ordenha matinal. Gradualmen-
te, à medida que o organismo dos animais se
adapta ao elevado teor protéico da leguminosa.
A maioria das leguminosas tropicais apresenta
O período de pastejo pode ser aumentado para
alta percentagem de sementes duras, ou seja,
duas a quatro horas/dia, principalmente durante
não germinam logo após a semeadura. Em ge-
o período seco, quando as pastagens apresen-
ral, a percentagem de sementes duras situa-se
tam baixa disponibilidade e qualidade de forra-
entre 60 e 90% e a dormência é devida à pre-
gem.
sença de uma cobertura impermeável à pene-
tração da água, o que impede sua germinação.
Períodos superiores a quatro horas/dia po-
dem ocasio-
Em condições
nar distúrbios
naturais, a co-
metabólicos
bertura torna-se
(timpanismo
gradualmente
ou empanzina-
permeável e
mento), nota-
ocorre a germi-
damente du-
nação de uma
rante a estação
certa proporção
chuvosa, em
de sementes a
função dos al-
cada período, o
tos teores de
que contribuiu
proteína da le-
para assegurar
antes do final
guminosa. Dois
a sobrevivên-
a três meses
cia da espécie, Guandu Leucema
principalmen-
do período
te, em regiões
chuvoso reco-
onde ocorrem secas prolongadas.
menda-se deixar a leguminosa em descanso
para que acumule forragem para utilização du-
A escarificação causa o rompimento da película
rante a época seca, a qual deve estar em torno
das sementes, o que irá aumentar a permeabi-
de duas a três t/ha de matéria seca. Quando
lidade à água e, consequentemente, estimular
os animais têm livre acesso e o pastejo não é
a germinação. Esta ruptura poderá ser obtida
controlado, deve-se ajustar a carga animal, de
por diversos métodos mecânicos, químicos ou
modo que a forragem produzida seja bem dis-
físicos, que dependem das características da
tribuída durante o período de suplementação.
leguminosa.
Neste caso, o pastejo poderia ser realizado em
A área a ser plantada depende da categoria e dias alternados ou três vezes por semana.
do número de animais a serem suplementados,
de suas exigências nutritivas e da disponibili-
dade e qualidade da forragem das pastagens.
Normalmente, o banco-de-proteína deve repre- 1. Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa Rondônia
sentar de 10 a 15% da área da pastagem culti- Recomendações Técnicas para a Agropecuária
vada com gramíneas. de Rondônia - Manual do Produtor