O documento discute desafios e sugestões para aprimorar as Matrizes de Referência de Linguagens. Ele aponta a necessidade de reconhecer novas habilidades em razão da convergência de linguagens digitais e propõe três novos descritores relacionados ao uso de semioses múltiplas, links e variantes linguísticas na internet.
2. Objetivos do paper:
Apontar os desafios das Matrizes de Referência;
Lançar sugestões para aperfeiçoá-las.
Desafios:
Matrizes de Referência devem reconhecer e
prever novos Descritores em razão:
• Do avanço da tecnologia de informação e de
comunicação na sociedade contemporânea;
• Da convergência de linguagens
no uso das tecnologias digitais;
3. Fundamentos teóricos:
A língua é uma forma de ação e a
linguagem é a faculdade que gerencia a
racionalidade;
A convergência da língua natural com as
linguagens artificiais nas telas de PC, celulares
e tablets transformou ambas em uma forte e
poderosa ferramenta tecnológica de
informação, comunicação e aprendizagem.
4. Fundamentos teóricos:
O ensino/aprendizagem de LEM deve
considerar esta convergência da língua
com outras linguagens que desafia o
processo de interpretação em diferentes
suportes de (hiper)textualização sob o
efeito das diferentes cores e formas
semióticas.
5. Fundamentos teóricos:
A Tecnologia é um conhecimento
criado, desenvolvido e aplicado para
resolver limitações físicas e intelectivas
do homem;
6. Fundamentos teóricos:
Contextualizar o saber e trabalhá-lo de
modo interdisciplinar são exigências da
vida e devem ser naturalizadas no
cotidiano escolar;
7. Contribuições às Matrizes:
A chegada das TIC à escola tem favorecido a
prática docente:
Fonte: Site Oi Futuro: http://www.oifuturo.org.br/uploads/noticias/6_conclusoes.pdf
Acesso em 02 set. 2011.
8. Contribuições às Matrizes:
Alguns docentes brasileiros já descobriram o
potencial pedagógico das TIC:
Fonte: Site CGI.br http://cetic.br/educacao/2010/ Acesso em: 02 set. 2011.
9. Contribuições ao:
Novo Descritor: D22 tratará de:
Distinguir as diferentes semioses que
compõem as TIC identificando suas
especificidades operacionais, bem como
reconhecendo a função de cada uma das
semioses (verbal, visual e sonora) para a
construção total do sentido acessado.
10. Contribuições:
Que habilidade pretendemos avaliar?
A capacidade para identificar e lidar com diversas
semioses, percebendo suas especificidades de
operação e relevância semântica na apreensão geral
do sentido;
Saber usufruir das vantagens cognitivas de ler, ver e
ouvir uma mesma informação veiculada em sistemas
de hipermídia/TIC.
11. Contribuições:
Que sugestões podem ser oferecidas
para desenvolver melhor esta
habilidade?
Docente deve fazê-los explorar sites, blogs
de notícias e redes sociais incrementados pela
multimodalidade constitutiva dos sistemas de
hipermídia/TIC.
12. Contribuições ao:
Novo Descritor: D23 tratará de:
Reconhecer os links em formato de palavras,
fotografias, infográficos e vídeos como
recursos cuja função seja ampliar
informações, entrecruzar ideias e aprofundar
perspectivas sobre um determinado conceito,
fato ou evento focalizado em hipertextos.
13. Contribuições:
Que habilidade pretendemos avaliar?
A capacidade de “consultar” os links disponíveis sem
perder o foco do tema apresentado pelo professor
como conteúdo da aula.
A dispersão é um obstáculo para o processamento da
leitura em qualquer suporte e para qualquer leitor,
principalmente para crianças e adolescentes.
Alguns professores não utilizam TIC e internet
por causa da possibilidade de dispersão.
14. Contribuições:
Que sugestões podem ser oferecidas para
desenvolver melhor esta habilidade?
Docente deve fazê-los explorar links em sites, blogs
de notícias e redes sociais, solicitando aos estudantes
informações específicas que mantenham relação com o
conteúdo da aula.
Observação:
A escola deve desenvolver no aprendiz o senso de
gerenciamento da leitura proficiente em hipertextos,
a fim de que a abordagem dos links gere
conhecimentos úteis.
15. Contribuições ao:
Novo Descritor: D24 tratará de:
Reconhecer o “internetês”, utilizado em
determinados gêneros digitais (Chat, Programa de
conversação síncrona, Torpedo (SMS), E-Fórum,
Twitter etc.), como uma variação linguística
expressiva da Língua Portuguesa, cujo emprego
deve-se adequar a contextos específicos de
comunicação mediada por computador (CMC).
16. Contribuições:
Que habilidade pretendemos avaliar?
A capacidade de reconhecer a expressividade e a
comunicabilidade das diversas variantes linguísticas,
inclusive o “internetês”.
O estudante deve demonstrar a consciência de
utilizá-las dentro de contextos e situações que lhes
sejam mais adequados, a fim de não arriscar a eficácia
da interação, que é o objetivo primordial de todo uso
que se faz da linguagem.
17. Contribuições:
Que sugestões podem ser oferecidas para
desenvolver melhor esta habilidade?
O docente proporá um mapeamento da diversidade
de variantes do português padrão no Brasil e focalizará
atenção no internetês, tratando-o como mais um dialeto
a ser abordado sem preconceito.
Observação:
Tratar o internetês cientificamente levará os
estudantes a refletir quando, onde e com quem utilizá-
lo.
18. Considerações finais:
Abordamos a natureza interdisciplinar da linguagem;
Defendemos a transversalidade de temáticas que a
linguagem integra;
Argumentamos em favor da contextualização do
saber a ser ensinado e
Propomos três novos descritores (D22, D23 e D24).
As Matrizes de Referência têm a dupla função:
Induzir ações pedagógicas e
Avaliar as práticas de ensino/aprendizagem
de LEM alinhadas com os avanços tecnológicos
contemporâneos.