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ESTRUTURALISMO
            Disciplina: Teorias e Sistemas da Psicologia
                      Professor: Paulo Aguiar



GRUPO:
Amanda Gabriela
Aparecida Fernanda
Cristian Dállat de Souza Firmino Alves
Luise Leite da Gama Oliveira
Juleica Gomes Assaline de Oliveira
Simone Wanderley Lustosa




                                            Bacharelado em Psicologia
                                                     Primeiro Período
                                                Turno: Manhã – 2011.1
ESTRUTURALISMO

INTRODUÇÃO:

Em nosso trabalho sobre o Estruturalismo buscamos não só aspectos históricos, seus
mestres e discípulos. Buscamos acima de tudo traduzir em uma linguagem acessível a
nós Bacharéis do primeiro período do Curso de Psicologia, aquela que seria uma das,
senão “a” primeira escola de Psicologia.

Partiremos, ao contrário do que alguns possam esperar, em busca exatamente de seus
pontos controversos e polêmicos, sempre com o intuito de “experimentar”. E para isso
nada melhor que citarmos em nossa introdução, uma afirmação de Edward Bradford
Titchener que diz: “Todo conhecimento humano é derivado das experiências
humanas, não há outra fonte de conhecimento”.

E como buscamos exatamente o CONHECIMENTO, pretendemos e tentaremos
demonstrar em nosso trabalho que toda experiência humana pode ser analisada por
pontos de vistas distintos, não estando, pelo menos a princípio, nenhum deles
necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto,
seu próprio repertório de conhecimentos. (inspiração: Geraldo Magela Machado)
ESTRUTURALISMO
WILHELM WUNDT




Não há como iniciarmos um trabalho sobre o Estruturalismo sem citarmos a escola
psicológica inaugurada por Wilhelm Wundt (1832-1920). Ele foi para muitos estudiosos do
Estruturalismo, da Psicologia e da Filosofia uma das suas primeiras fontes e responsável
em determinar a estrutura da mente na tentativa de compreender os fenômenos mentais.

A psicologia só se tornou uma ciência independente da filosofia graças a Wundt, nos finais
do século XIX. Foi a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática
as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram,
construindo múltiplas escolas e teorias. Para muitos estudiosos Wundt criou o que, mais
tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objeto de estudo era a
estrutura consciente da mente, as sensações.

Em seu laboratório, Wundt muitos estudantes desejavam trabalhar com ele, muitos dos
quais viriam a se tornar pioneiros, difundindo versões próprias de psicologia para novas
gerações de alunos. Entre eles estavam, por exemplo, Edward B. Titchener. Assim, o
laboratório em Leipzig na Alemanha, exerceu enorme influência no desenvolvimento da
psicologia moderna, servindo como modelo para novos laboratórios e constantes
pesquisas.
ESTRUTURALISMO
EDWARD BRADFORD TITCHENER




Edward Bradford Titchener (1867-1927) foi um psicólogo estruturalista britânico que
estudou em Leipzig na Alemanha com o mestre Wilhelm Wund.

Titchener alterou o sistema de Wilhelm Wund, e foi o responsável em propor uma nova
abordagem que designou como “Estruturalismo”. Assim, o Estruturalismo foi
estabelecido por Edward Bradford Titchener como a primeira escola de pensamento no
campo da Psicologia.

Ele descartava a idéia de que a Percepção (que é o processo mental através do qual
cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse
processo. Para ele a psicologia deve ter como objeto de estudo a experiência
consciente do indivíduo, diante das diversas situações as quais é exposto.
ESTRUTURALISMO
A Percepção e o Erro de Estímulo:

Quando estudou a experiência consciente, Edward Titchener alertou a respeito da
possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo, que gera uma
confusão entre o objeto de observação e o processo mental envolvido.

Por exemplo: se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa
descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não
descrevendo suas características como cor, forma e brilho.

Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é exatamente o que
Edward Titchener chamava de erro de estímulo. As características foram deixadas de
lado, em favor da descrição mais simples e conhecida.

Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e não o analisando e segundo
Titchener “a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e
a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo.”
ESTRUTURALISMO
Método de estudo usado por Edward Titchener (Introspecção)

O método utilizado pelo estruturalismo é o da Introspecção, diferente da introspecção
defendida por Wilhelm Wund que enfatizava o todo, Titchener enfatizava as partes. A
introspecção é definida como um relato verbal baseado na vivencia.

Para Edward sua principal base ou método de estudos concentrava-se nos elementos
propriamente ditos. Ele acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a
natureza das experiências conscientes.

Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a
vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Por exemplo, tanto a
Física como a Psicologia tem condições de estudar a luz ou o som, porém, cada
profissional terá orientação, métodos e objetivos diferentes.

Um exemplo da física citado por Edward Titchener é o fato de uma sala poder estar a
uma temperatura de 30ºC, independente de ter ou não alguém nesta sala para senti-la.
Nesse caso, mesmo que não haja ninguém na sala, a temperatura será a mesma. Já no
enfoque da psicologia, se houver um sujeito como observador dessa sala, ele poderá
relatar que sente um calor desconfortável ou não, dependendo de suas experiências
com a sensação de calor.
ESTRUTURALISMO
Para o Estruturalismo os 3 elementos da Consciência são:

► As sensações: que são os elementos básicos da percepção e ocorrem nos sons,
nas visões, nos cheiros e em outras experiências evocadas por objetos físicos do
ambiente.

► As imagens: são elementos de idéias e estão no processo que reflete experiências
não concretamente presentes no momento, como a lembrança de uma experiência
passada.

► Os estados afetivos, afetos ou sentimentos: são elementos da emoção que estão
presentes em experiências como o amor, o ódio ou a tristeza.

Mesmo Titchener colocando sensações e imagens como componentes diferentes da
consciência, as fronteiras que os delimitavam não se apresentavam de forma muito
clara. Para ele as sensações eram elementos da percepção que se manifestavam a
partir da estimulação ocasionada por objetos físicos. Ou seja, as imagens eram
elementos das idéias e por isso encontravam-se integradas ao processo de lembranças
e de experiências passadas, não estando o estímulo presente fisicamente.
ESTRUTURALISMO
CONCLUSÃO:

Em nossa introdução citamos uma frase de Titchener. Em nossa conclusão resolvemos
utilizar a mesma frase, pois ela resume bem o que objetivamos e o que concluímos
através deste trabalho: “Todo conhecimento humano é derivado das experiências
humanas, não há outra fonte de conhecimento”.

Mas o que será que ele quis afirmar? Que toda experiência humana pode ser analisada
por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto,
pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de
conhecimentos.

Concordamos quando Titchener define a consciência como a soma das nossas
experiências num dado momento de tempo, e a mente como a soma das nossas
experiências acumuladas ao longo da vida. Mente e consciência são realidades
semelhantes, mas, enquanto a consciência envolve processos mentais que ocorrem no
momento, a mente envolve o acumulo total destes processos.

Com esse estudo da escola Estruturalista reconhecemos que o corpo e a mente são
independentes uns dos outros e sem interação mútua, mas com seus processos
operando em paralelo. Somente a partir do Estruturalismo chegamos à psicologia
científica, ganhando um campo acadêmico formal e claramente separada da fisiologia e
da filosofia.

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Introdução ao Estruturalismo e seus principais representantes

  • 1. ESTRUTURALISMO Disciplina: Teorias e Sistemas da Psicologia Professor: Paulo Aguiar GRUPO: Amanda Gabriela Aparecida Fernanda Cristian Dállat de Souza Firmino Alves Luise Leite da Gama Oliveira Juleica Gomes Assaline de Oliveira Simone Wanderley Lustosa Bacharelado em Psicologia Primeiro Período Turno: Manhã – 2011.1
  • 2. ESTRUTURALISMO INTRODUÇÃO: Em nosso trabalho sobre o Estruturalismo buscamos não só aspectos históricos, seus mestres e discípulos. Buscamos acima de tudo traduzir em uma linguagem acessível a nós Bacharéis do primeiro período do Curso de Psicologia, aquela que seria uma das, senão “a” primeira escola de Psicologia. Partiremos, ao contrário do que alguns possam esperar, em busca exatamente de seus pontos controversos e polêmicos, sempre com o intuito de “experimentar”. E para isso nada melhor que citarmos em nossa introdução, uma afirmação de Edward Bradford Titchener que diz: “Todo conhecimento humano é derivado das experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. E como buscamos exatamente o CONHECIMENTO, pretendemos e tentaremos demonstrar em nosso trabalho que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando, pelo menos a princípio, nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos. (inspiração: Geraldo Magela Machado)
  • 3. ESTRUTURALISMO WILHELM WUNDT Não há como iniciarmos um trabalho sobre o Estruturalismo sem citarmos a escola psicológica inaugurada por Wilhelm Wundt (1832-1920). Ele foi para muitos estudiosos do Estruturalismo, da Psicologia e da Filosofia uma das suas primeiras fontes e responsável em determinar a estrutura da mente na tentativa de compreender os fenômenos mentais. A psicologia só se tornou uma ciência independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias. Para muitos estudiosos Wundt criou o que, mais tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objeto de estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações. Em seu laboratório, Wundt muitos estudantes desejavam trabalhar com ele, muitos dos quais viriam a se tornar pioneiros, difundindo versões próprias de psicologia para novas gerações de alunos. Entre eles estavam, por exemplo, Edward B. Titchener. Assim, o laboratório em Leipzig na Alemanha, exerceu enorme influência no desenvolvimento da psicologia moderna, servindo como modelo para novos laboratórios e constantes pesquisas.
  • 4. ESTRUTURALISMO EDWARD BRADFORD TITCHENER Edward Bradford Titchener (1867-1927) foi um psicólogo estruturalista britânico que estudou em Leipzig na Alemanha com o mestre Wilhelm Wund. Titchener alterou o sistema de Wilhelm Wund, e foi o responsável em propor uma nova abordagem que designou como “Estruturalismo”. Assim, o Estruturalismo foi estabelecido por Edward Bradford Titchener como a primeira escola de pensamento no campo da Psicologia. Ele descartava a idéia de que a Percepção (que é o processo mental através do qual cada indivíduo percebe e interpreta o mundo) tenha alguma participação nesse processo. Para ele a psicologia deve ter como objeto de estudo a experiência consciente do indivíduo, diante das diversas situações as quais é exposto.
  • 5. ESTRUTURALISMO A Percepção e o Erro de Estímulo: Quando estudou a experiência consciente, Edward Titchener alertou a respeito da possibilidade de um erro, o qual ele chamou de erro de estímulo, que gera uma confusão entre o objeto de observação e o processo mental envolvido. Por exemplo: se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo suas características como cor, forma e brilho. Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é exatamente o que Edward Titchener chamava de erro de estímulo. As características foram deixadas de lado, em favor da descrição mais simples e conhecida. Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e não o analisando e segundo Titchener “a consciência como a soma das experiências existentes em certo momento e a mente como a soma das experiências acumuladas ao longo do tempo.”
  • 6. ESTRUTURALISMO Método de estudo usado por Edward Titchener (Introspecção) O método utilizado pelo estruturalismo é o da Introspecção, diferente da introspecção defendida por Wilhelm Wund que enfatizava o todo, Titchener enfatizava as partes. A introspecção é definida como um relato verbal baseado na vivencia. Para Edward sua principal base ou método de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos. Ele acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências conscientes. Esta experiência consciente, segundo Titchener é dependente do indivíduo que a vivencia, diferindo da estudada por cientistas de outras áreas. Por exemplo, tanto a Física como a Psicologia tem condições de estudar a luz ou o som, porém, cada profissional terá orientação, métodos e objetivos diferentes. Um exemplo da física citado por Edward Titchener é o fato de uma sala poder estar a uma temperatura de 30ºC, independente de ter ou não alguém nesta sala para senti-la. Nesse caso, mesmo que não haja ninguém na sala, a temperatura será a mesma. Já no enfoque da psicologia, se houver um sujeito como observador dessa sala, ele poderá relatar que sente um calor desconfortável ou não, dependendo de suas experiências com a sensação de calor.
  • 7. ESTRUTURALISMO Para o Estruturalismo os 3 elementos da Consciência são: ► As sensações: que são os elementos básicos da percepção e ocorrem nos sons, nas visões, nos cheiros e em outras experiências evocadas por objetos físicos do ambiente. ► As imagens: são elementos de idéias e estão no processo que reflete experiências não concretamente presentes no momento, como a lembrança de uma experiência passada. ► Os estados afetivos, afetos ou sentimentos: são elementos da emoção que estão presentes em experiências como o amor, o ódio ou a tristeza. Mesmo Titchener colocando sensações e imagens como componentes diferentes da consciência, as fronteiras que os delimitavam não se apresentavam de forma muito clara. Para ele as sensações eram elementos da percepção que se manifestavam a partir da estimulação ocasionada por objetos físicos. Ou seja, as imagens eram elementos das idéias e por isso encontravam-se integradas ao processo de lembranças e de experiências passadas, não estando o estímulo presente fisicamente.
  • 8. ESTRUTURALISMO CONCLUSÃO: Em nossa introdução citamos uma frase de Titchener. Em nossa conclusão resolvemos utilizar a mesma frase, pois ela resume bem o que objetivamos e o que concluímos através deste trabalho: “Todo conhecimento humano é derivado das experiências humanas, não há outra fonte de conhecimento”. Mas o que será que ele quis afirmar? Que toda experiência humana pode ser analisada por pontos de vistas distintos, não estando nenhum deles necessariamente incorreto, pois cada indivíduo tem suas próprias vivências e, portanto, seu próprio repertório de conhecimentos. Concordamos quando Titchener define a consciência como a soma das nossas experiências num dado momento de tempo, e a mente como a soma das nossas experiências acumuladas ao longo da vida. Mente e consciência são realidades semelhantes, mas, enquanto a consciência envolve processos mentais que ocorrem no momento, a mente envolve o acumulo total destes processos. Com esse estudo da escola Estruturalista reconhecemos que o corpo e a mente são independentes uns dos outros e sem interação mútua, mas com seus processos operando em paralelo. Somente a partir do Estruturalismo chegamos à psicologia científica, ganhando um campo acadêmico formal e claramente separada da fisiologia e da filosofia.