O documento descreve Fernando de Noronha, um arquipélago no Brasil conhecido por suas belas praias, vida marinha e clima agradável. A ilha oferece diversas atividades como mergulho, surfe e trilhas e possui uma boa infraestrutura para receber turistas, apesar de algumas limitações para pessoas com necessidades especiais.
Fernando de Noronha: paraíso brasileiro com praias deslumbrantes
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Considerado o arquipélago mais charmoso do
Brasil e um dos locais mais bonitos do planeta,
Fernando de Noronha, em Pernambuco, tem gente
bonita, boa gastronomia e diversão o tempo todo,
além de praias e fantástica vida marinha
• por Paulo Greca
PEDAÇO DE
HansvonManteuffel
A Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha, com apenas 100 metros de extensão, é repleta de piscinas naturais
PARAÍSO
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I
magine-se sentado confortavel-
mente à beira-mar, em um local
paradisíaco, longe da correria do
dia a dia, da poluição, dos proble-
mas e do estresse. Não conseguiu?
Saiba que isso não é nada difícil,
portanto, faça suas malas e parta
rumo a Fernando de Noronha. O ar-
quipélago mais charmoso do Brasil
é, sem dúvida, um dos locais mais
belos do planeta. Ver fotos e assistir
a documentários sobre o local é
uma coisa, a outra é estar lá, por-
tanto, vale a pena ir.
A ilha, que outrora foi um presí-
diocomumparacondenadosalongas
penas, atualmente recebe um grande
número de turistas e faz a alegria dos
que se aventuram por aquelas ban-
das. Passeios, mergulhos, aventu-
ras, gente bonita, praias lindíssimas,
ondas perfeitas, boa gastronomia e
muita diversão são apenas algumas
das coisas que você será capaz de
encontrar por lá. O arquipélago per-
tence ao estado de Pernambuco, é
composto por um conglomerado de
21 ilhas e foi descoberto no dia 10 de
agosto de 1503 pelo navegador italia-
no Américo Vespúcio. Sua origem é
vulcânica e a idade geológica beira os
12 milhões de anos.
Como a temperatura média
anual fica em torno dos 28ºC e o sol
é bem forte, leve roupas confortá-
veis, o indispensável protetor solar,
bonés, um tênis para “surrar” e mui-
ta disposição para encarar os pas-
seios. Entre os vários disponíveis,
é recomendável fazer o Ilhatur, no
primeiro dia, para que você possa se
ambientar, conhecer um pouco do
local, os acessos às principais praias
e, depois, visitar de maneira inde-
pendente, ou seja, sem guia, vários
pontos turísticos. Dentre os roteiros
oferecidos, alguns são obrigatórios,
como a trilha da Atalaia, visita ao
Mirante do Sancho e a navegação
pela orla com visualização de gol-
finhos. Estar num lugar desses e
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não mergulhar é conhecer apenas
a metade, portanto, não deixe de
fazer o mergulho profundo com
cilindro de ar. Mesmo para quem
nunca fez curso, é possível explorar
a imensidão azul acompanhado por
um instrutor experiente, numa mo-
dalidade chamada “batismo”. Para
os que querem uma aventura me-
nos radical, há uma excelente op-
ção: o Projeto Navi. A bordo de uma
hidronave com um visual futurís-
tico, os passageiros se acomodam
em torno de uma lente que amplia
em até três vezes a fantástica vida
submarina à medida que a embar-
cação avança. A praia de Atalaia é um aquário natural e cristalino
A Baía do Sancho,
de águas mornas e
transparentes
Os golfinhos Rotadores podem ser vistos sempre na ilha
PASSEIOSINTENSOS
Cada uma das saídas para os
passeios toma praticamente um
dia inteiro ou pelo menos metade
dele. As excursões são bastante in-
tensas e você vai precisar tirar um
tempinho para descansar. Indepen-
dente das visitas monitoradas, você
pode sair por conta própria para
explorar a ilha. Todos os lugares,
sem exceção, são simplesmente
espetaculares. As praias estão di-
vididas entre as do Mar de Dentro,
voltadas para o Brasil, e as do Mar
de Fora, para a África.
A praia da Atalaia tem um aquá-
rio natural incrivelmente cristalino.
Na praia do Sueste, é comum en-
contrar tartarugas, polvos, raias,
tubarões e uma infinidade de pei-
xes. Se você surfa, pode alugar uma
prancha com os habitantes locais e
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conferir um dos melhores tubos do
Brasil nas ondas perfeitas da Cacim-
ba do Padre. Do alto do Forte dos Re-
médios é possível avistar a sequên-
cia das praias do Mar de Dentro. Vá
ao Mirante do Boldró ver o pôr do sol
ao som do Bolero de Ravel, tocado
todos os dias no barzinho local. Às
vezes, no fim de tarde rola aulas de
yoga na areia da praia da Conceição.
Confira também as praias do Sancho
Cachorro, Meio, Bode, Boldró, Ense-
ada da Caieira, Leão, Porto e Buraco
da Raquel, entre várias outras. Des-
taque para a Baía dos Porcos, com
apenas 100 metros de extensão, tem
piscina naturais de um azul turque-
sa indescritível.
Passe também no Projeto Ta-
mar e frequente as palestras gratui-
tas diárias oferecidas aos turistas,
nas quais são apresentados os pro-
jetos e desenvolvimentos ambien-
tais realizados com a fauna e flora
locais e onde é possível participar
de maneira interativa. Para isso,
basta demonstrar interesse e agen-
dar com os biólogos e voluntários.
ACESSIBILIDADE
Portadores de necessidades es-
peciais agora já podem conhecer
alguns locais da ilha, antes total-
mente inacessível para esse tipo de
turista. Com a finalidade de ampliar
o número de visitantes com dificul-
dades de locomoção, a administra-
ção local deu início a um projeto
denominado Noronha Acessível, no
qual rampas de acesso foram ins-
taladas em alguns pontos estraté-
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Surfe recomendado: Noronha tem um dos melhores tubos do país
Os pássaros Atobás, na
praia Cacimba do Padre
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MiltonMello
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as distâncias a serem percorridas
são curtas, também vale pegar ca-
rona ou utilizar o ônibus munici-
pal que passa durante todo o dia, a
cada 30 minutos, e percorre a ilha
até as 23h30. Fora isso, também há
buggy táxis disponíveis 24 horas,
com preços tabelados de acordo
com o local de destino. Negociar
com os taxistas para conseguir um
desconto é divertido e permitido.
Mesmo quem não tem equipa-
mento sofisticado pode fazer o regis-
tro da viagem em grande estilo. Tirar
fotografias com alto nível profissio-
nal em lugares estratégicos da ilha, a
um preço muito sedutor, foi a grande
sacada do ilhéu Milton Mello, fotó-
grafo local, que teve a ideia de cobrar
uma taxa bem honesta para traba-
lhar por hora e sem limite no núme-
ro de cliques. Dessa forma, além do
visitante ter a quantidade de fotos
digitais que bem entender, ainda
terá um guia particular que poderá
mostrar vários points fora do circui-
to tradicional. Enfim, seja lá qual for
sua tribo, a ilha certamente terá uma
programação na medida certa para
satisfazer suas necessidades.
Em sua próxima viagem, inclua
Fernando de Noronha no roteiro; o
único risco é você não querer mais
voltar de lá.
Paulo Greca viajou a convite do
governo de Pernambuco.
O pôr do sol no Mirante
do Boldró, que tem
trilha sonora do Bolero
de Ravel
Azul a perder de vista contemplado do alto do Mirante do Forte
gicos, tais como a praia do Sueste,
o Mirante do Sancho e o Porto. A
novidade ainda está em fase de de-
senvolvimento, porém é necessário
avaliar com antecedência o local
a ser visitado para não se deparar
com dificuldades, já que outros lu-
gares ainda não estão adaptados.
Somente os ônibus estão equipados
com elevadores e espaços reserva-
dos para cadeirantes. Os buggy taxis
não possuem esse tipo de recurso.
Pouca gente sabe, mas a menor ro-
dovia do Brasil fica lá. A BR 363 tem
apenas 7 quilômetros de extensão,
liga um lado ao outro da ilha e tem
saída para quase todas as praias.
Para circular, você pode alugar um
buggy ou uma moto, porém, como
fotos:PauloGreca
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COMO TRANSITAR EM NORONHA
CHEGANDOLÁ
Para ingressar na ilha, é preciso preencher um formulário
com os seus dados e de sua viagem, assim como fazer o paga-
mento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) – individual
e obrigatória – no valor de R$ 48,20 por cada dia de perma-
nência. Você pode optar em pagar no momento da chegada
ao aeroporto local ou antecipadamente pela internet. Seja lá
qual for a maneira escolhida, é importante que já tenha de-
finido quantos dias vai permanecer, o número do voo, local
de hospedagem etc. Mais informações podem ser encontra-
das no site www.noronha.pe.gov.br ou por intermédio de um
agente de viagens. Além da taxa de permanência diária na
ilha, também é necessário pagar uma outra tarifa no valor de
R$ 75,00 - válida para todo o período - para poder ingressar
nos parques marinhos e algumas praias específicas
GASTRONOMIA
A gastronomia em Noronha vai
do simples ao sofisticado e do bara-
to ao caro com a velocidade de um
raio, portanto, convém pesquisar o
que cabe no seu bolso para não gas-
tar em demasia e poder desfrutar
das outras delícias da ilha sem se
preocupar muito com as finanças.
Sugiro aqui dois lugares com ex-
celente relação de custo-benefício:
RestauranteAcquaMarine- Gastro-
nomia elaborada, perfeito para um
românticojantaradoisàbeiradapis-
cina. Todos os pratos foram criados
pelo premiado chef Fábio De Sanctis,
assim como a escolha dos vinhos da
seleta carta do restaurante. Confira
o delicioso Ninho de Linguine ao Gam-
beri Salmonado, para duas pessoas.
Restaurante Salviano - Se quer fa-
zer uma boa economia e se acabar
de tanto comer, na saída do porto
há um botequinho simples com co-
midinha caseira deliciosa, onde você
come o PF Trivial de Atum a um preço
bastante convidativo e que serve
tranquilamente duas pessoas.
ONDESEHOSPEDAR
Quando a ilha, originalmente militar, foi aberta para o turismo, nos anos
1980, os visitantes se hospedavam nas casas dos moradores – em sua maioria,
casinhas pré-fabricadas. Em meados da década de 1990, havia duas pousadas
mais estruturadas: a Solar dos Ventos e a Zé Maria.
No fim dos anos 1990, as pousadinhas puderam equipar os quartos com
o trio básico: ar-TV-frigobar, beneficiando-se de um plano de financiamento
concedido pelo governo. No começo dos anos 2000, iniciou-se uma nova fase
na hotelaria da ilha, com a autorização para a instalação de pousadas de luxo.
O sistema de hospedagem mais comum ainda são as pousadas domici-
liares, simples, mas confortáveis. Se você não quer gastar muito, vale enca-
rar. As mais sofisticadas têm os preços bem salgados, mas se puder pagar,
são incríveis. Vale também pesquisar as intermediárias, que têm um exce-
lente custo-benefício.
A Vila dos Remédios
Piscina do Dolphin Hotel: ótima para relaxar
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