SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 14
Silvia B. Cintra
   Os princípios da política na Antiguidade remetiam a
    alegria, liberdade e companheirismo.
   A Filosofia Política se desenvolveu pela primeira vez na
    Grécia antiga. Na pólis a prática da política era cotidiana,
    além disso todos os cidadãos se envolviam nos assuntos
    de interesse comum.
   A ausência de participação do cidadão na política a
    institucionaliza,   além de   favorecer a corrupção e o
    autoritarismo, tornando a política um “mal necessário”.
Não se deve “abrir mão” da política, mas sim,
  pensá-la como parte integrante da existência do
  indivíduo e de suas escolhas éticas.
   A finalidade da política é proporcionar ao mesmo tempo
    justiça e felicidade, sendo um prolongamento da ética.
   A justiça depende da consciência do indivíduo. A
    qualidade das leis da pólis depende das qualidades
    morais dos cidadãos.
   “O Homem é um animal político”, é da natureza humana
    viver em sociedade. Sendo assim, precisamos um dos
    outros, ou seja, da amizade, esta se funda no desinteresse.
   “Sem amigos, ninguém escolheria viver”.
   O homem aspira à autonomia e à autossuficiência, que
    seriam alcançadas por meio da vida virtuosa.
   O único ser autônomo e autossuficiente é o primeiro
    motor, é deus.
   Os homens podem, no máximo, tentar se aproximar da
    divindade, o que seria possível na amizade.
   Uma vez que os amigos se ajudam mutuamente e sem
    interesses, forma-se um conjunto mais completo do
    que é cada indivíduo isolado.
   Virtude: disposição verdadeira em praticar o bem, ética
    e moralmente.
   As formas de governo devem ter como objetivo o bem
    comum, são elas:
   Monarquia - tirania
   Aristocracia - oligarquia
   Democracia – demagogia
   Aristóteles dá preferência a um regime moderado, a
    politeia, em que o governo estaria nas mãos dos melhores
    cidadãos, intermediários entre ricos e pobres.
   Para Platão o Estado ideal era semelhante ao
    corpo humano e compõe-se de três partes:
    cabeça, peito e ventre. Respectivamente, razão,
    vontade e desejo.
   Razão: sabedoria.
   Vontade: coragem.
   Moderação: deve ser controlado - moderação.
  Para Platão o Estado perfeito possui três
   características de cidadãos:
1) Os governantes – filósofos, pois, possuem a
   sabedoria.
2) Os guerreiros – protegem a cidade e são
   munidos de coragem.
3) Os trabalhadores - garantem o sustento da
   cidade.
 Uma cidade justa deveria ter: educação para

   todos, inclusive mulheres, até os 20 anos de
   idade. A propriedade individual deveria ser
   extinguida, uma vez que é fonte de cobiça.
   A visão de política em Platão é, sobretudo,
    ética, uma vez que tem como princípio fazer o
    bem e depende da virtude dos governantes.
   Principal nome da Filosofia política na época do
    Renascimento.
   Funcionário do governo na cidade de Florença, Itália.
   Seus escritos refletem sua experiência política.
   Sua principal obra foi o livro “O Príncipe” (1512).
    Uma espécie de manual sobre como governar com
    sucesso, como um governante pode assumir o poder
    e manter-se nele, apesar das adversidades.
   O livro “O Príncipe” transformou-se em referência na
    época do absolutismo monárquico, na medida em
    que suas ideias acabaram por justificar o exercício de
    práticas políticas autoritárias.
   O príncipe deve contar com duas forças: a fortuna e a
    virtude.
   A fortuna é instável, não se pode confiar nela todo
    tempo, mas ela pode ser conquistada pela força, e
    isso é atributo dos audaciosos:
“Estou convencido de que é melhor ser impetuoso do que circunspecto
    (cauteloso), porque a fortuna é mulher e, para dominá-la é preciso
    bater-lhe e contrariá-la”.
   A virtude é a capacidade de vencer a instabilidade da
    fortuna. Diferente de Aristóteles, para Maquiavel a
    virtude não era a busca do bem, mas uma série de
    práticas visando a manutenção do poder.
   De acordo com essa práticas ou virtudes, a política é
    um jogo de aparências, o governo não precisa ser
    bom, mas apenas parecer bom.
   Para se manter todo governo tem que ter prudência,
    esta leva o príncipe a não ser obrigado a cumprir a
    palavra dada quando isso significar empecilho a seus
    objetivos.
   Não se deve abrir mão do uso da força, pois “é
    muito mais seguro ser temido que amado”.
   O pensamento de Maquiavel pode ser assim
    resumido: “os fins justificam os meios”. Ou seja,
    uma separação entre a esfera política e moral.
   Maquiavel    rompe     com   a   ideia     de   que
    princípios   éticos   deveriam   prevalecer      na
    política, limitando-se a descrever a prática da
    política como ela realmente é.
   Rousseau (1712 – 1778) ao ler “O Príncipe” sugere
    que Maquiavel teria sido, irônico, e que, seus
    conselhos seriam na verdade uma sátira a política de
    seu tempo.
   Em outro livro “Discursos sobre a primeira década de
    Tito   Lívio”,   Maquiavel    defendeu    o    regime
    republicano, ao escrever que as lutas sociais são
    justas, pois as pessoas jamais arriscariam suas vidas
    se suas reivindicações não fossem legítimas.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
Alison Nunes
 

Was ist angesagt? (20)

O surgimento da filosofia
O surgimento da filosofiaO surgimento da filosofia
O surgimento da filosofia
 
Maquiavel
MaquiavelMaquiavel
Maquiavel
 
Filosofia Política
Filosofia PolíticaFilosofia Política
Filosofia Política
 
Aula de filosofia antiga, tema: Santo Agostinho de Hipona
Aula de filosofia antiga, tema: Santo Agostinho de HiponaAula de filosofia antiga, tema: Santo Agostinho de Hipona
Aula de filosofia antiga, tema: Santo Agostinho de Hipona
 
Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
A República de Platão
A República de PlatãoA República de Platão
A República de Platão
 
PLATÃO
PLATÃOPLATÃO
PLATÃO
 
Platão e Aristóteles
Platão e AristótelesPlatão e Aristóteles
Platão e Aristóteles
 
Platão
PlatãoPlatão
Platão
 
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de  Frankfurt - Indústria CulturalEscola de  Frankfurt - Indústria Cultural
Escola de Frankfurt - Indústria Cultural
 
Aula de Filosofia - Aristóteles
Aula de Filosofia - AristótelesAula de Filosofia - Aristóteles
Aula de Filosofia - Aristóteles
 
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: SócratesAula de filosofia antiga, tema: Sócrates
Aula de filosofia antiga, tema: Sócrates
 
Filosofia política
Filosofia políticaFilosofia política
Filosofia política
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
 
Aula02 - Metafísica
Aula02 - MetafísicaAula02 - Metafísica
Aula02 - Metafísica
 
A política de platão
A política de platãoA política de platão
A política de platão
 
Filosofia política
Filosofia políticaFilosofia política
Filosofia política
 
Filosofia e Mito
Filosofia e MitoFilosofia e Mito
Filosofia e Mito
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 

Andere mochten auch

3 socio prov. esp. bc 4bi
3 socio    prov. esp.  bc 4bi3 socio    prov. esp.  bc 4bi
3 socio prov. esp. bc 4bi
Felipeprofserra
 
Filosofia politica 6°
Filosofia politica 6°Filosofia politica 6°
Filosofia politica 6°
Nely Vaitieri
 
3 socio prov. multidiciplinar bc 3bi
3 socio    prov. multidiciplinar  bc 3bi3 socio    prov. multidiciplinar  bc 3bi
3 socio prov. multidiciplinar bc 3bi
Felipeprofserra
 
Mapa conceitual Platão
Mapa conceitual PlatãoMapa conceitual Platão
Mapa conceitual Platão
eucenir
 
Atividades Filosofia Politica & Verdade
Atividades Filosofia Politica & VerdadeAtividades Filosofia Politica & Verdade
Atividades Filosofia Politica & Verdade
Doug Caesar
 
Filosofia política 2º ano
Filosofia política   2º anoFilosofia política   2º ano
Filosofia política 2º ano
Edirlene Fraga
 
Resumo bom filosofia
Resumo bom filosofiaResumo bom filosofia
Resumo bom filosofia
pmarisa10
 

Andere mochten auch (20)

3 socio prov. esp. bc 4bi
3 socio    prov. esp.  bc 4bi3 socio    prov. esp.  bc 4bi
3 socio prov. esp. bc 4bi
 
Filosofia PolíTica
Filosofia PolíTicaFilosofia PolíTica
Filosofia PolíTica
 
Filosofia politica 6°
Filosofia politica 6°Filosofia politica 6°
Filosofia politica 6°
 
3 socio prov. multidiciplinar bc 3bi
3 socio    prov. multidiciplinar  bc 3bi3 socio    prov. multidiciplinar  bc 3bi
3 socio prov. multidiciplinar bc 3bi
 
1 socio prov. espeifica 2 chamada 4 bimestral
1 socio  prov. espeifica 2 chamada 4 bimestral1 socio  prov. espeifica 2 chamada 4 bimestral
1 socio prov. espeifica 2 chamada 4 bimestral
 
Revisão de filosofia politica
Revisão de filosofia politicaRevisão de filosofia politica
Revisão de filosofia politica
 
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, MaquiavelFilosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
 
Painel didatico filosofia politica
Painel didatico filosofia politicaPainel didatico filosofia politica
Painel didatico filosofia politica
 
Filosofia política medieval
Filosofia   política medievalFilosofia   política medieval
Filosofia política medieval
 
Mapa conceitual Platão
Mapa conceitual PlatãoMapa conceitual Platão
Mapa conceitual Platão
 
Aula 13 filosofia política
Aula 13   filosofia políticaAula 13   filosofia política
Aula 13 filosofia política
 
Atividades Filosofia Politica & Verdade
Atividades Filosofia Politica & VerdadeAtividades Filosofia Politica & Verdade
Atividades Filosofia Politica & Verdade
 
Filosofia política 2º ano
Filosofia política   2º anoFilosofia política   2º ano
Filosofia política 2º ano
 
Resumo bom filosofia
Resumo bom filosofiaResumo bom filosofia
Resumo bom filosofia
 
Filosofia política/Política: para quê?
Filosofia política/Política: para quê?Filosofia política/Política: para quê?
Filosofia política/Política: para quê?
 
A política na filosofia de aristóteles
A política na filosofia de aristótelesA política na filosofia de aristóteles
A política na filosofia de aristóteles
 
Charge filosofia
Charge filosofiaCharge filosofia
Charge filosofia
 
Filosofia politica de maquiavel a rosseau
Filosofia politica   de maquiavel a rosseauFilosofia politica   de maquiavel a rosseau
Filosofia politica de maquiavel a rosseau
 
A teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de AristótelesA teoria politica de Aristóteles
A teoria politica de Aristóteles
 
Apresentação aristóteles
Apresentação aristótelesApresentação aristóteles
Apresentação aristóteles
 

Ähnlich wie Filosofia politica

Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdfSlides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
ShirleiCristinadosRe
 
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
VvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvVvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
rose soratto
 
Filosofia, Política e Ética
Filosofia, Política e ÉticaFilosofia, Política e Ética
Filosofia, Política e Ética
Carson Souza
 
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidadePrincipais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
Joniel Abreu
 

Ähnlich wie Filosofia politica (20)

Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdfSlides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
Slides Filosofia para apresentação do ensino médio.pdf
 
Caderno 3 aulas 17 e 18
Caderno 3 aulas 17 e 18Caderno 3 aulas 17 e 18
Caderno 3 aulas 17 e 18
 
Filosofia política
Filosofia políticaFilosofia política
Filosofia política
 
Filosofia política
Filosofia política Filosofia política
Filosofia política
 
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
VvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvVvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
 
Introdução ao pensamento político
Introdução ao pensamento políticoIntrodução ao pensamento político
Introdução ao pensamento político
 
Maquiavel
MaquiavelMaquiavel
Maquiavel
 
Filosofia unidade v
Filosofia unidade vFilosofia unidade v
Filosofia unidade v
 
História das Ideias Politicas
História das Ideias PoliticasHistória das Ideias Politicas
História das Ideias Politicas
 
Política
PolíticaPolítica
Política
 
Principais reflexões sobre política
Principais reflexões sobre políticaPrincipais reflexões sobre política
Principais reflexões sobre política
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Filosofia, Política e Ética
Filosofia, Política e ÉticaFilosofia, Política e Ética
Filosofia, Política e Ética
 
Filosofia politica
Filosofia politicaFilosofia politica
Filosofia politica
 
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidadePrincipais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
Principais pensamento politic na antiguidade e medievalidade
 
Filosofia política em Platão e Aristóteles
Filosofia política em Platão e AristótelesFilosofia política em Platão e Aristóteles
Filosofia política em Platão e Aristóteles
 
Filosofia poltica
Filosofia polticaFilosofia poltica
Filosofia poltica
 
Política filosofia 35 tp
Política filosofia 35 tpPolítica filosofia 35 tp
Política filosofia 35 tp
 
Maquiavel os fins justificamo os meios.
Maquiavel os fins justificamo os meios.Maquiavel os fins justificamo os meios.
Maquiavel os fins justificamo os meios.
 
Aula 18 - As ideias de Maquiavel
Aula 18 - As ideias de MaquiavelAula 18 - As ideias de Maquiavel
Aula 18 - As ideias de Maquiavel
 

Mehr von Silvia Cintra (13)

Israel e Palestina
Israel e PalestinaIsrael e Palestina
Israel e Palestina
 
Cultura conhecimento e poder
Cultura conhecimento e poderCultura conhecimento e poder
Cultura conhecimento e poder
 
Niilismo
NiilismoNiilismo
Niilismo
 
Caderno 1 aula 4 platao e o mundo das ideias
Caderno 1 aula 4 platao e o mundo das ideiasCaderno 1 aula 4 platao e o mundo das ideias
Caderno 1 aula 4 platao e o mundo das ideias
 
Caderno 3 aula 16 partidos políticos e eleições (4)
Caderno 3 aula 16   partidos políticos e eleições (4)Caderno 3 aula 16   partidos políticos e eleições (4)
Caderno 3 aula 16 partidos políticos e eleições (4)
 
A convivência humana cap 2
A convivência humana cap 2A convivência humana cap 2
A convivência humana cap 2
 
Liberdade e conhecimento - Espinosa
Liberdade e conhecimento - EspinosaLiberdade e conhecimento - Espinosa
Liberdade e conhecimento - Espinosa
 
O que é filosofia
O que é filosofiaO que é filosofia
O que é filosofia
 
Socrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofiaSocrates e o nascimento da filosofia
Socrates e o nascimento da filosofia
 
Estado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politicoEstado nacional e poder politico
Estado nacional e poder politico
 
Povos e Nações
Povos e NaçõesPovos e Nações
Povos e Nações
 
Fenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimoFenomenologia e existencialimo
Fenomenologia e existencialimo
 
Indivíduo e sociedade
Indivíduo e sociedadeIndivíduo e sociedade
Indivíduo e sociedade
 

Kürzlich hochgeladen

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 

Filosofia politica

  • 2. Os princípios da política na Antiguidade remetiam a alegria, liberdade e companheirismo.  A Filosofia Política se desenvolveu pela primeira vez na Grécia antiga. Na pólis a prática da política era cotidiana, além disso todos os cidadãos se envolviam nos assuntos de interesse comum.  A ausência de participação do cidadão na política a institucionaliza, além de favorecer a corrupção e o autoritarismo, tornando a política um “mal necessário”.
  • 3. Não se deve “abrir mão” da política, mas sim, pensá-la como parte integrante da existência do indivíduo e de suas escolhas éticas.
  • 4. A finalidade da política é proporcionar ao mesmo tempo justiça e felicidade, sendo um prolongamento da ética.  A justiça depende da consciência do indivíduo. A qualidade das leis da pólis depende das qualidades morais dos cidadãos.  “O Homem é um animal político”, é da natureza humana viver em sociedade. Sendo assim, precisamos um dos outros, ou seja, da amizade, esta se funda no desinteresse.  “Sem amigos, ninguém escolheria viver”.
  • 5. O homem aspira à autonomia e à autossuficiência, que seriam alcançadas por meio da vida virtuosa.  O único ser autônomo e autossuficiente é o primeiro motor, é deus.  Os homens podem, no máximo, tentar se aproximar da divindade, o que seria possível na amizade.  Uma vez que os amigos se ajudam mutuamente e sem interesses, forma-se um conjunto mais completo do que é cada indivíduo isolado.  Virtude: disposição verdadeira em praticar o bem, ética e moralmente.
  • 6. As formas de governo devem ter como objetivo o bem comum, são elas:  Monarquia - tirania  Aristocracia - oligarquia  Democracia – demagogia  Aristóteles dá preferência a um regime moderado, a politeia, em que o governo estaria nas mãos dos melhores cidadãos, intermediários entre ricos e pobres.
  • 7. Para Platão o Estado ideal era semelhante ao corpo humano e compõe-se de três partes: cabeça, peito e ventre. Respectivamente, razão, vontade e desejo.  Razão: sabedoria.  Vontade: coragem.  Moderação: deve ser controlado - moderação.
  • 8.  Para Platão o Estado perfeito possui três características de cidadãos: 1) Os governantes – filósofos, pois, possuem a sabedoria. 2) Os guerreiros – protegem a cidade e são munidos de coragem. 3) Os trabalhadores - garantem o sustento da cidade.  Uma cidade justa deveria ter: educação para todos, inclusive mulheres, até os 20 anos de idade. A propriedade individual deveria ser extinguida, uma vez que é fonte de cobiça.
  • 9. A visão de política em Platão é, sobretudo, ética, uma vez que tem como princípio fazer o bem e depende da virtude dos governantes.
  • 10. Principal nome da Filosofia política na época do Renascimento.  Funcionário do governo na cidade de Florença, Itália.  Seus escritos refletem sua experiência política.  Sua principal obra foi o livro “O Príncipe” (1512). Uma espécie de manual sobre como governar com sucesso, como um governante pode assumir o poder e manter-se nele, apesar das adversidades.
  • 11. O livro “O Príncipe” transformou-se em referência na época do absolutismo monárquico, na medida em que suas ideias acabaram por justificar o exercício de práticas políticas autoritárias.  O príncipe deve contar com duas forças: a fortuna e a virtude.  A fortuna é instável, não se pode confiar nela todo tempo, mas ela pode ser conquistada pela força, e isso é atributo dos audaciosos: “Estou convencido de que é melhor ser impetuoso do que circunspecto (cauteloso), porque a fortuna é mulher e, para dominá-la é preciso bater-lhe e contrariá-la”.
  • 12. A virtude é a capacidade de vencer a instabilidade da fortuna. Diferente de Aristóteles, para Maquiavel a virtude não era a busca do bem, mas uma série de práticas visando a manutenção do poder.  De acordo com essa práticas ou virtudes, a política é um jogo de aparências, o governo não precisa ser bom, mas apenas parecer bom.  Para se manter todo governo tem que ter prudência, esta leva o príncipe a não ser obrigado a cumprir a palavra dada quando isso significar empecilho a seus objetivos.
  • 13. Não se deve abrir mão do uso da força, pois “é muito mais seguro ser temido que amado”.  O pensamento de Maquiavel pode ser assim resumido: “os fins justificam os meios”. Ou seja, uma separação entre a esfera política e moral.  Maquiavel rompe com a ideia de que princípios éticos deveriam prevalecer na política, limitando-se a descrever a prática da política como ela realmente é.
  • 14. Rousseau (1712 – 1778) ao ler “O Príncipe” sugere que Maquiavel teria sido, irônico, e que, seus conselhos seriam na verdade uma sátira a política de seu tempo.  Em outro livro “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, Maquiavel defendeu o regime republicano, ao escrever que as lutas sociais são justas, pois as pessoas jamais arriscariam suas vidas se suas reivindicações não fossem legítimas.