2. RENASCIMENTO
• O Renascimento envolveu um movimento
intelectual que incentivou a recuperação de
valores e modelos da antiguidade clássica
greco-romana. Isso desencadeou importantes
transformações políticas e econômicas na
sociedade.
3.
4. PERÍODO HISTÓRICO
• Marca o fim da Idade Média e o nascimento
da Idade Moderna na Europa.
• O Renascimento é fruto do crescimento
gradativo da burguesia comercial e das
atividades econômicas entre as cidades
europeias.
• Dá-se o início das grandes navegações que,
por sua vez, permitem o crescimento
econômico e cultural de Portugal.
5. CAMÕES
• Mais importante autor do
período em Portugal, Luís
de Camões apresenta uma
biografia incerta e cheia de
aventura. Uma das poucas
certezas sobre sua vida é
que foi soldado e perdeu o
olho direito combatendo na
África. Sua produção
poética foi rica e variada,
abrangendo poesia lírica e
épica.
6. POESIA ÉPICA
• Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema que
celebrava feitos marítimos e guerreiros recentes de
Portugal. O livro também narra a história do país (de
sua fundação mítica até o período histórico).
• O herói do poema é o próprio povo português e o
enredo gira em torno da viagem de Vasco da Gama na
busca de um novo caminho para as Índias. Escrito em
dez cantos, Os Lusíadas tem 1.102 estrofes (compostas
em oitava-rima e versos decassílabos) e cinco partes.
7. Em Os Lusíadas o autor exalta as realizações dos navegadores lusitanos e descreve os transtornos impostos a eles
pelos mouros. Depois de muitas peripécias, seguem para o sul afrontando os perigos do mar, em direção ao Cabo
da Boa Esperança, mas desejosos de voltar à pátria para relatar as ocorrências da viagem. Ao mesmo tempo, Vênus
imagina um meio de recompensá-los por todas as dificuldades enfrentadas com um prêmio. Auxiliada por Cupido
prepara-lhes uma ilha maravilhosa onde as mais belas ninfas esperarão por eles. Camões mostra o local como um
verdadeiro paraíso:
Nesta frescura tal desembarcaram
Já das naus os segundos argonautas,
Onde pela floresta se deixavam
Andar as belas deusas, como incautas
Algüas doces cítaras tocavam,
Algüas harpas e sonoras flautas;
Outras, cos arcos de ouro, se fingiam
Seguir os animais que não seguiam.
(...)
Duma os cabelos de ouro o vento leva
Correndo, e de outra as flaldas delicadas.
Acende-se o desejo, que se cava
Nas alvas carnes, súbito mostradas.
Os marinheiros divisam por entre os ramos das árvores as cores dos tecidos das vestes das ninfas, as quais
deliberadamente vão se deixando alcançar. Outras são surpreendidas no banho e correm nuas por entre o mato,
enquanto alguns jovens entram vestidos na água. Elas não fogem e deixam-se cair aos pés de seus perseguidores.
8. POESIA LÍRICA
• Camões escreveu sua poesia lírica com versos
na medida velha (versos redondilhos) e na
medida nova (versos decassílabos). É no
soneto, contudo, que a lírica camoniana
alcança seu ponto mais alto: quer pela
estrutura tipicamente silogística, quer pela
constante dualidade entre o amor material e o
amor idealizado (platônico).
9. Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?