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GÊNERO NAS HQS

Perpetuando
desigualdades,
questionando valores,
construindo práticas.




Valéria Fernandes e Natania Nogueira
Meninas, HQs e Gênero
   Meninas lêem quadrinhos,
    mesmo os que não foram
    feitos para elas.
   Algumas abandonam os
    quadrinhos quando crescem
    ou porque não encontram
    material de seu interesse.
   As HQs ao representarem
    as mulheres e meninas, e
    ajudam      a    construir e
    perpetuar papéis de gênero.
Mas o que é Gênero?
 Gênero é uma categoria feminista que se
  refere aos papéis femininos/masculinos em
  uma determinada sociedade.
 Segundo Joan W. Scott, trata-se de um “(...)
  saber a respeito das diferenças sexuais. (...)
  com o significado de compreensão
  produzida pelas culturas e sociedades sobre
  as relações humanas, no caso, relações
  entre homens e mulheres. (...) saber é um
  modo de ordenar o mundo e, como tal,
  não antecede a organização social, mas é
  inseparável dela”.
Rosa é para Meninas e Azul para
 Meninos. Sempre foi assim?
A naturalização dos
 papéis de gênero e das
 suas “marcas”, faz com
 que não questionemos
 por quais motivos certas
 coisas “são como são”.
A     repetição   e    a
 recitação naturalizam e
 criam novas práticas e
 deslocam antigas.
Rosa é para Meninas e Azul para
 Meninos. Sempre foi assim?
 Um artigo do Ladies’ Home
  Journal de 1918 disse:
"A regra geralmente aceita
  é cor de rosa para os
  meninos, e azul para as
  meninas.       A razão é
  que rosa, sendo uma
  cor mais decidida e forte, é
  mais adequado para o
  menino, enquanto o azul,
  que    é    mais    delicado
  e    gracioso,    é     mais
  bonito para a menina.”
Rosa é para Meninas e Azul para
           Meninos
 Mas tais representações já estão firmes no
imaginário social.
“O imaginário opera (...) em dois registros: o da
paráfrase, a repetição do mesmo sob outro
invólucro; e o da polissemia, na criação de
novos sentidos, de um deslocamento de
perspectivas que permite a implantação de
novas práticas. Assim, o imaginário (...) reforça
os sistemas vigentes/instituídos e ao mesmo
tempo     atua   como      poderosa      corrente
transformadora.” Tânia Navarro Swain
Feminizar é Preciso




 Tutorial de desenho ensinando a desenhar uma
“abelha rainha”. O animal é carregado de marcas de
gênero como corações no abdômen e a cor lilás.
Feminizar é Preciso
Entender gênero como uma categoria histórica,
entretanto, é aceitar que gênero, compreendido como
uma forma de culturalmente configurar um corpo, está
aberto a contínua reconfiguração, e que “anatomia” e
“sexo” não estão dissociados de um enquadramento
cultural (...) A própria atribuição de feminilidade aos
corpos femininos como se fosse natural ou uma
propriedade necessária se dá dentro de um quadro
normativo no qual a atribuição de feminilidade aquilo
que é desprovido dela é um mecanismo de produção de
gênero nele mesmo. Termos tais como “masculino”e
“feminino” são notoriamente mutáveis; existe uma
história social atrelada a cada termo; seus significados
mudam radicalmente a depender das fronteiras
Feminizar é Preciso




Outras marcas de gênero muito comuns são longos
cílios, sapato alto, vestido.
Questões de Gênero na Ordem do
              Dia
O SECAD (Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação)
tem produzido uma série de materiais que tem como
objetivo discutir questões relacionadas com gênero,
identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual,
que requerem a adoção de políticas públicas
educacionais que promovam a igualdade, pois: “A
escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar
privilegiado para se promover a cultura de
reconhecimento da pluralidade das identidades e dos
comportamentos relativos a diferenças. Daí, a
importância de se discutir a educação escolar a partir
de uma perspectiva crítica e problematizadora, (...)”.
Marcas de Gênero nas HQs
 Toda mídia (HQs, Cinema,
  novelas, etc.) cria e/ou
  reforça representações e
  práticas.
 No Brasil, as telenovelas
  são o veículo de maior
  amplitude nesse aspecto,
  junto com o cinema norte
  americano.
 Vide a foto ao lado, do
  filme A Mulher Gato.
Marcas de Gênero nas HQs
 Através do que Teresa de Lauretis chama de
  tecnologias de gênero, isto é, “(...) o conjunto
  de     efeitos    produzidos     em      corpos,
  comportamentos e relações sociais” são
  criados homens e mulheres, com contornos
  próprios e hierarquizados.
 Isso não é natural, daí, a necessidade da
  repetição.
 Para Judith Butler, o gênero é performativo,
  isto é, um efeito produzido pela atuação
  contínua.
 Por isso, a necessidade de repetir, reiterar,
Marcas de Gênero nas HQs
 Características que podem
  aparecer associadas ao
  feminino:
1. Sexualização,
2. Futilidade,
3. Debilidade física,
4. Infantilização,
5. Narcisismo,
6. Instabilidade emocional,
7. Irracionalidade,                       Fonte:
                              http://eschergirls.tumblr.com
8. etc.
Marcas de Gênero nas HQs
    Tais características podem aparecer em HQs
    de qualquer origem.
   São bem comuns em material que tem o
    público masculino como principal alvo.
   O que no Ocidente significa em boa parte dos
    quadrinhos comerciais.
   Parecer sexy e atraente (*ao olhar
    masculino*) é a função das personagens
    femininas.
   Por conta disso temos poses impossíveis
    (*por questões de anatomia*) e roupas
    “inadequadas”.
Poses e Uniformes “Impossíveis”




   Psyloch em uma típica pose “butt-boobs”.
Poses e Uniformes “Impossíveis”




   Mais uniformes e poses impossíveis.
Poses e Uniformes “Impossíveis”




   Exemplos de capas de revista.
Poses e Uniformes “Impossíveis”

  Gunbuster é um dos
   casos japoneses de
   uniformes absurdos.
  A    série de ficção
   científica produzida na
   época do auge da
   aeróbica, as meninas-
   piloto usavam roupas
   de aeróbica.
  Os      pilotos usavam
   macacões tradicionais.
Poses e Uniformes “Impossíveis”

 • O site Escher Girls faz
 um excelente trabalho
 discutindo a misoginia na
 representação         das
 mulheres no quadrinho.
 • Um dos objetivos do site
 é apontar os problemas
 de anatomia resultante da
 sexualização compulsória
 das persoangens.
Poses e Uniformes “Impossíveis”




• Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi
muito criticado por reforçar estereótipos.
Poses e Uniformes “Impossíveis”




• A crítica feita pelo artista Kevin Bolk.
Corpo: Metáfora da Cultura
• Sobre o corpo, Susan Bordo escreveu:
• “O corpo — o que comemos, como nos vestimos,
os rituais diários através dos quais cuidamos dele
— é um agente da cultura. (...) é uma poderosa
forma simbólica, uma superfície na qual as normas
centrais, as hierarquias e até os comprometimentos
metafísicos de uma cultura são inscritos e assim
reforçados através da linguagem corporal concreta.
O corpo também pode funcionar como uma
metáfora da cultura (...) uma imagem mental da
morfologia corporal tem fornecido um esquema
para o diagnóstico e/ou visão da vida social e
política.” Além disso, o corpo é “(...) um lugar
prático direto de controle social”.
Corpo: Metáfora da Cultura
• Independente da editora, da heroína, desde
pelo menos a segunda metade dos anos 1980,
há um padrão de representação das mulheres.
Corpo: Metáfora da Cultura




• A sexualização também ocorre nos mangás.
A maior diferença é que as heroínas tendem a
ser adolescentes, como em Evangelion.
Corpo: Metáfora da Cultura




• Christopher Hart ensina a desenhar corpos
femininos e masculinos.
Corpo: Metáfora da Cultura
• Representada sempre
como      uma   mulher
obesa, Waller foi foi
interpretada no cinema
pela    magra   Angela
Basset.
• Com o reboot do
Esquadrão Suicida da
DC Comics, Amanda
agora     é  magra   e
voluptuosa.
• Trata-se   de    uma
adequação à norma.
Corpo: Metáfora da Cultura




• Os padrões de beleza, no entanto, não são “naturais”.
No entanto, em uma sociedade patriarcal, o corpo
feminino deve se pautar pelo olhar masculino..
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5

    Neste volume de
     Turma da Mônica
     Jovem é possível
     perceber a HQ como
     uma “tecnologia de
     gênero” em ação.
    Destaca-se que a
      edição   tem    um
      caráter
      assumidamente
      pedagógico.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5

    A edição no5 foi a
     escolhida para ser
     publicada em inglês
     e espanhol.
    Apesar do caráter
     didático, a edição
     reforça estereótipos
     e ajuda a reforçar
     que as meninas (e só
     elas)
     devem/precisam se
     preocupar com sua
     aparência.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5

    É a mãe quem toma a
     palavra, a mulher
     adulta ensinando às
     jovens “o que é ser
     uma menina”. Se ela
     está dizendo, deve
     ser verdade.
    A edição inteira é
     dedicada às meninas,
     os garotos não tem o
     que dizer sobre si
     mesmos.
“Onze coisas que as meninas amam”
        Turma da Mônica Jovem – Edição 5

       Segue então a história que serve para
        apresentar a personagem Denise:
   1.    Garotas amam se maquiar – “Antes de sair
        e arrasar tem que se produzir”.
   2.   Garotas amam ganhar presentes ou
        comprar.
   3.   Não há nada melhor do que dividir bons
        momentos com suas amigas – “amigas
        renovam nossas energias”.
   4.   Qual garota não ama fazer compras?
“Onze coisas que as meninas amam”
        Turma da Mônica Jovem – Edição 5
   5.  Que garota não ama ir ao cabeleireiro?
   6. Jóias!! Garotas amam joias! – “Tudo o que
       brilha atrai a atenção de uma mulher”.
   7. Garotas amam perfumes.
   8. Garotas amam ler tudo! – “moda, beleza e
       comportamento, alimentação, fofocas”.
   9. A Sobremesa
   10. Que garota não gosta de receber flores?
   11. E garotas amam garotos.
“Onze coisas que as meninas amam”
     Turma da Mônica Jovem – Edição 5

   •A      apologia       ao
   consumismo       marcam
   os pontos 2, 4, 6 e7.
   • As    mulheres      são
   apresentadas       como
   economicamente
   dependentes ou, pior,
   como aquelas que não
   gastam o seu próprio
   dinheiro, mas o do pai
   ou parceiro.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5
    Comprar é uma fonte
     de prazer feminino.
    Mulheres e meninas
     tem prazer em estar
     juntas     com      este
     objetivo.
    A    fala de Denise
     “Simples, é sua mente,
     mulher” se remete a
     naturalização de algo
     que é aprendido.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5

    Há a percepção na
     mudança nas práticas
     de consumo.
    A mãe de Mônica,
     mulher adulta, fala em
     jóias, mas meninas têm
     múltiplos interesses.
    Ainda assim, a noção
     de “natureza” não é
     questionada.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5
    Meninas amam ler,
     mas aquilo que lêem
     está dentro do círculo
     de seus interesses
     naturais.
    Meninas não gostam
     de estudar.
    O humor reforça o
     ridículo que é uma
     menina se interessar
     por física ou mesmo
     história.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5
    “Tudo a seu tempo”, diz
     a mãe. No entanto,
     aos 15 anos, estudar
     deveria      ser    algo
     importante.
    Se as meninas têm
     uma      natureza,    os
     meninos também têm.
    Eles lêem menos, mas
     o que as meninas lêem
     é cultural e socialmente
     menos importante.
“Onze coisas que as meninas amam”
       Turma da Mônica Jovem – Edição 5
    A ênfase consumitsa
     permeia toda a história.
    O culto à aparência
     marca os pontos 1, 5, 6,
     7, 9.     Somados aos
     pontos 10 e 11 temos o
     objetivo: atrair e agradar
     os homens.
    Meninas poderiam se
     juntar     para     outras
     coisas, como praticar
     esportes, por exemplo.
Discussão de Gênero nas HQs




  Enquanto      alguns    materiais    reforçam
   estereótipos de gênero, Outros questionam e
   refletem sobre eles.
  É o caso de Aya de Yopougon, incluído no
   Programa       Nacional     Biblioteca      da
   Escola (PNBE) 2012.
Discussão de Gênero nas HQs




    Além de discutir papéis de gênero, Aya de
     Yopougon, de Marguerite Abouet, tem um
     recorte autobiográfico e mostra uma África para
     além dos estereótipos raciais.
Discussão de Gênero nas HQs




 • Aya tem amigas, se preocupa com sua aparência, mas
 tem horizontes amplos.
 • Ela deseja ser médica em uma sociedade na qual o
 estudo para as mulheres não é uma prioridade.
Discussão de Gênero nas HQs

 •   Questões
     abordadas em
     Aya de
     Yopougon não
     são estranhas
     ao contexto
     brasileiro e
     podem ser
     utilizadas para
     discussão em
     sala de aula.
Discussão de Gênero nas HQs

 •   Outro material muito
     rico para discussões
     sobre papéis de gênero
     utilizando HQs é
     Persépolis de Marjane
     Satrapi.
 •   Na falta da HQ, a
     animação surge como
     uma boa opção.
Discussão de Gênero nas HQs

 •   Engana-se quem pensa
     que Persépolis fala
     somente do Irã ou da
     “opressão do Islã”.
 •   A HQ fala da falta da
     apropriação dos corpos
     das mulheres.
 •   A violência se
     justificando, pela roupa
     que estão vestindo, ou
     simplesmente por
     serem mulheres.
Discussão de Gênero nas HQs

 •   Usando Persépolis é
     possível discutir com
     adolescentes como as
     mulheres podem
     discriminar as próprias
     mulheres, as pressões
     do grupo sobre o
     indivíduo, ou como a
     prática sexual ou
     orientação sexual não
     deve ser usada como
     fator de discriminação.
Considerações Finais
   As HQs ajudar a perpetuar ou
    transformar as relações de
    gênero.
   É possível refletir sobre essas
    questões e divertir ao mesmo
    tempo.
   Meninas são leitoras de todo
    o tipo de HQs e precisam ser
    reconhecidas como tal.
   É preciso questionar
    estereótipos, HQs podem
    servir para excluir ou incluir as
    meninas e mulheres.
REFERÊNCIAS Bibliográficas
   When Did Girls Start Wearing Pink?
    http://www.smithsonianmag.com/arts-culture/When-Did-Girls-
    Start-Wearing-Pink.html
   BORDO, Susan. O corpo e a reprodução da feminidade: uma
    apropriação feminista de Foucault in Gênero, corpo e
    conhecimento. In: ___, JAGGAR, Alison M. Gênero, Corpo e
    Conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.
   SCOTT, Joan. Prefácio a Gender and Politics of History.
    Cadernos Pagu (3) 1994, p. 11-27.
   BUTLER, Judith. Problemas de Gênero – Feminismo e
    Subversão da Identidade. Rio de Janeiro: Civilização
    Brasileira, 2003.
   ___. Undoing gender. New York: Routledge, 2004.
   LAURETIS, Teresa. ___. A Tecnologia do Gênero. in:
    HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e Impasses –
    O Feminismo como Crítica da Cultura. Rio de Janeiro:
    Rocco, 1994, p. 206-242.
   ESCHER GIRLS: http://eschergirls.tumblr.com/
Contato

 Natania Nogueira
 nogueira.natania@gmail.com
 www.gibitecacom.blogspot.com
 www.historiadoensino.blogspot.com.br


 Valéria Fernandes
 shoujofan@gmail.com
 http://www.shoujo-cafe.com
 http://www.historiativa.blogspot.com.br

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Minicurso: Racismos, Relações de Gênero e Ideologias Políticas nas Histórias em Quadrinhos: perspectivas de ensino e pesquisa - Parte 2

  • 1. GÊNERO NAS HQS Perpetuando desigualdades, questionando valores, construindo práticas. Valéria Fernandes e Natania Nogueira
  • 2. Meninas, HQs e Gênero  Meninas lêem quadrinhos, mesmo os que não foram feitos para elas.  Algumas abandonam os quadrinhos quando crescem ou porque não encontram material de seu interesse.  As HQs ao representarem as mulheres e meninas, e ajudam a construir e perpetuar papéis de gênero.
  • 3. Mas o que é Gênero?  Gênero é uma categoria feminista que se refere aos papéis femininos/masculinos em uma determinada sociedade.  Segundo Joan W. Scott, trata-se de um “(...) saber a respeito das diferenças sexuais. (...) com o significado de compreensão produzida pelas culturas e sociedades sobre as relações humanas, no caso, relações entre homens e mulheres. (...) saber é um modo de ordenar o mundo e, como tal, não antecede a organização social, mas é inseparável dela”.
  • 4. Rosa é para Meninas e Azul para Meninos. Sempre foi assim? A naturalização dos papéis de gênero e das suas “marcas”, faz com que não questionemos por quais motivos certas coisas “são como são”. A repetição e a recitação naturalizam e criam novas práticas e deslocam antigas.
  • 5. Rosa é para Meninas e Azul para Meninos. Sempre foi assim?  Um artigo do Ladies’ Home Journal de 1918 disse: "A regra geralmente aceita é cor de rosa para os meninos, e azul para as meninas. A razão é que rosa, sendo uma cor mais decidida e forte, é mais adequado para o menino, enquanto o azul, que é mais delicado e gracioso, é mais bonito para a menina.”
  • 6. Rosa é para Meninas e Azul para Meninos  Mas tais representações já estão firmes no imaginário social. “O imaginário opera (...) em dois registros: o da paráfrase, a repetição do mesmo sob outro invólucro; e o da polissemia, na criação de novos sentidos, de um deslocamento de perspectivas que permite a implantação de novas práticas. Assim, o imaginário (...) reforça os sistemas vigentes/instituídos e ao mesmo tempo atua como poderosa corrente transformadora.” Tânia Navarro Swain
  • 7. Feminizar é Preciso Tutorial de desenho ensinando a desenhar uma “abelha rainha”. O animal é carregado de marcas de gênero como corações no abdômen e a cor lilás.
  • 8. Feminizar é Preciso Entender gênero como uma categoria histórica, entretanto, é aceitar que gênero, compreendido como uma forma de culturalmente configurar um corpo, está aberto a contínua reconfiguração, e que “anatomia” e “sexo” não estão dissociados de um enquadramento cultural (...) A própria atribuição de feminilidade aos corpos femininos como se fosse natural ou uma propriedade necessária se dá dentro de um quadro normativo no qual a atribuição de feminilidade aquilo que é desprovido dela é um mecanismo de produção de gênero nele mesmo. Termos tais como “masculino”e “feminino” são notoriamente mutáveis; existe uma história social atrelada a cada termo; seus significados mudam radicalmente a depender das fronteiras
  • 9. Feminizar é Preciso Outras marcas de gênero muito comuns são longos cílios, sapato alto, vestido.
  • 10. Questões de Gênero na Ordem do Dia O SECAD (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação) tem produzido uma série de materiais que tem como objetivo discutir questões relacionadas com gênero, identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual, que requerem a adoção de políticas públicas educacionais que promovam a igualdade, pois: “A escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se promover a cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a diferenças. Daí, a importância de se discutir a educação escolar a partir de uma perspectiva crítica e problematizadora, (...)”.
  • 11. Marcas de Gênero nas HQs  Toda mídia (HQs, Cinema, novelas, etc.) cria e/ou reforça representações e práticas.  No Brasil, as telenovelas são o veículo de maior amplitude nesse aspecto, junto com o cinema norte americano.  Vide a foto ao lado, do filme A Mulher Gato.
  • 12. Marcas de Gênero nas HQs  Através do que Teresa de Lauretis chama de tecnologias de gênero, isto é, “(...) o conjunto de efeitos produzidos em corpos, comportamentos e relações sociais” são criados homens e mulheres, com contornos próprios e hierarquizados.  Isso não é natural, daí, a necessidade da repetição.  Para Judith Butler, o gênero é performativo, isto é, um efeito produzido pela atuação contínua.  Por isso, a necessidade de repetir, reiterar,
  • 13. Marcas de Gênero nas HQs  Características que podem aparecer associadas ao feminino: 1. Sexualização, 2. Futilidade, 3. Debilidade física, 4. Infantilização, 5. Narcisismo, 6. Instabilidade emocional, 7. Irracionalidade, Fonte: http://eschergirls.tumblr.com 8. etc.
  • 14. Marcas de Gênero nas HQs  Tais características podem aparecer em HQs de qualquer origem.  São bem comuns em material que tem o público masculino como principal alvo.  O que no Ocidente significa em boa parte dos quadrinhos comerciais.  Parecer sexy e atraente (*ao olhar masculino*) é a função das personagens femininas.  Por conta disso temos poses impossíveis (*por questões de anatomia*) e roupas “inadequadas”.
  • 15. Poses e Uniformes “Impossíveis”  Psyloch em uma típica pose “butt-boobs”.
  • 16. Poses e Uniformes “Impossíveis”  Mais uniformes e poses impossíveis.
  • 17. Poses e Uniformes “Impossíveis”  Exemplos de capas de revista.
  • 18. Poses e Uniformes “Impossíveis”  Gunbuster é um dos casos japoneses de uniformes absurdos.  A série de ficção científica produzida na época do auge da aeróbica, as meninas- piloto usavam roupas de aeróbica.  Os pilotos usavam macacões tradicionais.
  • 19. Poses e Uniformes “Impossíveis” • O site Escher Girls faz um excelente trabalho discutindo a misoginia na representação das mulheres no quadrinho. • Um dos objetivos do site é apontar os problemas de anatomia resultante da sexualização compulsória das persoangens.
  • 20. Poses e Uniformes “Impossíveis” • Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi muito criticado por reforçar estereótipos.
  • 21. Poses e Uniformes “Impossíveis” • A crítica feita pelo artista Kevin Bolk.
  • 22. Corpo: Metáfora da Cultura • Sobre o corpo, Susan Bordo escreveu: • “O corpo — o que comemos, como nos vestimos, os rituais diários através dos quais cuidamos dele — é um agente da cultura. (...) é uma poderosa forma simbólica, uma superfície na qual as normas centrais, as hierarquias e até os comprometimentos metafísicos de uma cultura são inscritos e assim reforçados através da linguagem corporal concreta. O corpo também pode funcionar como uma metáfora da cultura (...) uma imagem mental da morfologia corporal tem fornecido um esquema para o diagnóstico e/ou visão da vida social e política.” Além disso, o corpo é “(...) um lugar prático direto de controle social”.
  • 23. Corpo: Metáfora da Cultura • Independente da editora, da heroína, desde pelo menos a segunda metade dos anos 1980, há um padrão de representação das mulheres.
  • 24. Corpo: Metáfora da Cultura • A sexualização também ocorre nos mangás. A maior diferença é que as heroínas tendem a ser adolescentes, como em Evangelion.
  • 25. Corpo: Metáfora da Cultura • Christopher Hart ensina a desenhar corpos femininos e masculinos.
  • 26. Corpo: Metáfora da Cultura • Representada sempre como uma mulher obesa, Waller foi foi interpretada no cinema pela magra Angela Basset. • Com o reboot do Esquadrão Suicida da DC Comics, Amanda agora é magra e voluptuosa. • Trata-se de uma adequação à norma.
  • 27. Corpo: Metáfora da Cultura • Os padrões de beleza, no entanto, não são “naturais”. No entanto, em uma sociedade patriarcal, o corpo feminino deve se pautar pelo olhar masculino..
  • 28. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  Neste volume de Turma da Mônica Jovem é possível perceber a HQ como uma “tecnologia de gênero” em ação.  Destaca-se que a edição tem um caráter assumidamente pedagógico.
  • 29. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  A edição no5 foi a escolhida para ser publicada em inglês e espanhol.  Apesar do caráter didático, a edição reforça estereótipos e ajuda a reforçar que as meninas (e só elas) devem/precisam se preocupar com sua aparência.
  • 30. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  É a mãe quem toma a palavra, a mulher adulta ensinando às jovens “o que é ser uma menina”. Se ela está dizendo, deve ser verdade.  A edição inteira é dedicada às meninas, os garotos não tem o que dizer sobre si mesmos.
  • 31. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  Segue então a história que serve para apresentar a personagem Denise: 1. Garotas amam se maquiar – “Antes de sair e arrasar tem que se produzir”. 2. Garotas amam ganhar presentes ou comprar. 3. Não há nada melhor do que dividir bons momentos com suas amigas – “amigas renovam nossas energias”. 4. Qual garota não ama fazer compras?
  • 32. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5 5. Que garota não ama ir ao cabeleireiro? 6. Jóias!! Garotas amam joias! – “Tudo o que brilha atrai a atenção de uma mulher”. 7. Garotas amam perfumes. 8. Garotas amam ler tudo! – “moda, beleza e comportamento, alimentação, fofocas”. 9. A Sobremesa 10. Que garota não gosta de receber flores? 11. E garotas amam garotos.
  • 33. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5 •A apologia ao consumismo marcam os pontos 2, 4, 6 e7. • As mulheres são apresentadas como economicamente dependentes ou, pior, como aquelas que não gastam o seu próprio dinheiro, mas o do pai ou parceiro.
  • 34. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  Comprar é uma fonte de prazer feminino.  Mulheres e meninas tem prazer em estar juntas com este objetivo.  A fala de Denise “Simples, é sua mente, mulher” se remete a naturalização de algo que é aprendido.
  • 35. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  Há a percepção na mudança nas práticas de consumo.  A mãe de Mônica, mulher adulta, fala em jóias, mas meninas têm múltiplos interesses.  Ainda assim, a noção de “natureza” não é questionada.
  • 36. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  Meninas amam ler, mas aquilo que lêem está dentro do círculo de seus interesses naturais.  Meninas não gostam de estudar.  O humor reforça o ridículo que é uma menina se interessar por física ou mesmo história.
  • 37. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  “Tudo a seu tempo”, diz a mãe. No entanto, aos 15 anos, estudar deveria ser algo importante.  Se as meninas têm uma natureza, os meninos também têm.  Eles lêem menos, mas o que as meninas lêem é cultural e socialmente menos importante.
  • 38. “Onze coisas que as meninas amam” Turma da Mônica Jovem – Edição 5  A ênfase consumitsa permeia toda a história.  O culto à aparência marca os pontos 1, 5, 6, 7, 9. Somados aos pontos 10 e 11 temos o objetivo: atrair e agradar os homens.  Meninas poderiam se juntar para outras coisas, como praticar esportes, por exemplo.
  • 39. Discussão de Gênero nas HQs  Enquanto alguns materiais reforçam estereótipos de gênero, Outros questionam e refletem sobre eles.  É o caso de Aya de Yopougon, incluído no Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 2012.
  • 40. Discussão de Gênero nas HQs  Além de discutir papéis de gênero, Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet, tem um recorte autobiográfico e mostra uma África para além dos estereótipos raciais.
  • 41. Discussão de Gênero nas HQs • Aya tem amigas, se preocupa com sua aparência, mas tem horizontes amplos. • Ela deseja ser médica em uma sociedade na qual o estudo para as mulheres não é uma prioridade.
  • 42. Discussão de Gênero nas HQs • Questões abordadas em Aya de Yopougon não são estranhas ao contexto brasileiro e podem ser utilizadas para discussão em sala de aula.
  • 43. Discussão de Gênero nas HQs • Outro material muito rico para discussões sobre papéis de gênero utilizando HQs é Persépolis de Marjane Satrapi. • Na falta da HQ, a animação surge como uma boa opção.
  • 44. Discussão de Gênero nas HQs • Engana-se quem pensa que Persépolis fala somente do Irã ou da “opressão do Islã”. • A HQ fala da falta da apropriação dos corpos das mulheres. • A violência se justificando, pela roupa que estão vestindo, ou simplesmente por serem mulheres.
  • 45. Discussão de Gênero nas HQs • Usando Persépolis é possível discutir com adolescentes como as mulheres podem discriminar as próprias mulheres, as pressões do grupo sobre o indivíduo, ou como a prática sexual ou orientação sexual não deve ser usada como fator de discriminação.
  • 46. Considerações Finais  As HQs ajudar a perpetuar ou transformar as relações de gênero.  É possível refletir sobre essas questões e divertir ao mesmo tempo.  Meninas são leitoras de todo o tipo de HQs e precisam ser reconhecidas como tal.  É preciso questionar estereótipos, HQs podem servir para excluir ou incluir as meninas e mulheres.
  • 47. REFERÊNCIAS Bibliográficas  When Did Girls Start Wearing Pink? http://www.smithsonianmag.com/arts-culture/When-Did-Girls- Start-Wearing-Pink.html  BORDO, Susan. O corpo e a reprodução da feminidade: uma apropriação feminista de Foucault in Gênero, corpo e conhecimento. In: ___, JAGGAR, Alison M. Gênero, Corpo e Conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.  SCOTT, Joan. Prefácio a Gender and Politics of History. Cadernos Pagu (3) 1994, p. 11-27.  BUTLER, Judith. Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.  ___. Undoing gender. New York: Routledge, 2004.  LAURETIS, Teresa. ___. A Tecnologia do Gênero. in: HOLLANDA, Heloísa Buarque de. Tendências e Impasses – O Feminismo como Crítica da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 206-242.  ESCHER GIRLS: http://eschergirls.tumblr.com/
  • 48. Contato  Natania Nogueira  nogueira.natania@gmail.com  www.gibitecacom.blogspot.com  www.historiadoensino.blogspot.com.br  Valéria Fernandes  shoujofan@gmail.com  http://www.shoujo-cafe.com  http://www.historiativa.blogspot.com.br