1. Este é um mapa conceitual que tenta elucidar os conceitos e propósitos
dos “Ambientes Pessoais de Aprendizagem”. As transformações provocadas
2. pelas TIC’s (Tecnologias de informação e comunicação) nas relações sociais;
os novos cenários culturais ocasionados pelas tecnologias e seus
desdobramentos para a educação propondo destacar cultura e
sociedade/cultura e mídia, as tecnologias computacionais, educação e cultura
empurram a educação para novos rumos. Constitui um PLE a funcionalidade
de gestão de conteúdos, sistema de perfis para estabelecer conexões, um
espaço de trabalho simultaneamente colaborativo e individual e todas estas
funcionalidades ligadas através de uma série de feeds distribuídos pela web.
O ser humano a priori se sente desafiados, se envolvendo nesta vertente
rizomática da educação. O lugar da educação nestes moldes sofre diversos
deslocamentos nesta experiência de conhecimentos, os mesmos se
multiplicam por meio da possibilidade da não linearidade. Este mapa
corroborado acima destaca minha própria experiência pessoal na Unidade
Curricular de ambientes e pedagogias emergente. A Professora DRª Lina
Morgado propôs aos alunos que utilizassem o AVA, (Ambiente Virtual de
Aprendizagem) dentro da Plataforma Moodle do doutoramento em educação
UAB/Portugal, na disciplina de pedagogias emergentes apenas para postarem
a indicação do caminho dos exercícios solicitados, ou seja, o Moodle significou
nesta trajetória um ponto de encontro. Neste sentido;
Ainda que se possa conceder algum privilégiamento a algum lugar do
aprender, não se pode absolutizar nenhum sob pena de cerceamento
do processo complexificante do aprender. Complexificante porque se
trata de um processo em movimento, de complexificação crescente
ao modo do hipertexto. (BERTICELLI, 2010, p.22).
Portanto a idéia da condução da disciplina tinha por objetivo a
multiplicidade dos lugares do aprender e dos saberes como aspecto facilitador
do conhecimento. Esta é uma das propostas dos PLE’s, ou seja, estudamos a
proposta dentro da proposta. Usar o ambiente digital como lugar amplo a ser
navegado, desbravado em busca de conhecimentos tornou-se o eixo condutor
do ensino-aprendizagem desta disciplina. (BERTICELLI, 2010, p.240) diz que
“Os novos meios de comunicação permitem transitar livre e rapidamente pelo
espaço virtual que não é um espaço irreal.” O lugar do ensino/aprendizagem
sofreu vários deslocamentos e multiplicaram-se. Esta multiplicidade de lugares
reforçou a proposta dos ambientes pessoais de aprendizagem como aspecto
facilitador do conhecimento vindo a corroborar com esta trajetória, pois os
ambientes digitais são inúmeros e suas possibilidades de usos também (usei o
blog, por exemplo). Os PLE’s visam valorizar a trajetória de formação do aluno
e não apenas o resultado final. A formação é contínua e para toda vida
reconhecendo o papel do indivíduo “aprendente” neste processo de
organização de sua própria aprendizagem.
No caso da estrutura desta disciplina podemos nos remeter a metáfora
do rizoma de Delleuze e Guattari (1995) "O rizoma nele mesmo tem formas
muito diversas, desde sua extensão superficial ramificada até suas concreções
em bulbos e tubérculos." Qualquer ponto do rizoma pode ser conectado a outro
como os órgãos que o estruturam. Podendo ser estes acessados por inúmeras
3. entradas. Estes pontos acessados promovem saberes e funções que se
desterritorializam e se interpenetram.
A proposta desta unidade curricular elenca as diversas possibilidades
dos PLE’s, as diversas potencialidades existentes para tal modelo, como as
enormes quantidades de conteúdos disponíveis abertos, interativos e
personalizados que podem ser customizados na Web 2.0. As amplas razões
para o alargamento destes ambientes estão entre autonomia na construção, de
sua divulgação e partilha de seus conhecimentos. Enfim, o mapa conceitual
destaca individualidade, autobiografia, identidade, inquietações, pois são
pertinentes as possíveis escolhas e indicação da trajetória sendo uma
perspectiva de reconstrução social por meio da função mediadora de posições
subjetivas. Reconheço estes ambientes como lugares destacados de possíveis
cruzamentos de culturas, sujeitos, inquietações, dúvidas e mediação histórico-
social.
Referências bibliográficas
BERTICELLI, Ireno Antônio. Educação em perspectivas epistêmicas pós-
modernas. Chapecó, SC: Argos, 2010.
DELEUZE, G. e GUATTARI, F. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. Rio
de Janeiro: Imago, 1995.
GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Editora
34.
MOTA, José. Da web 2.0 ao e-learning 2.0: Aprender na Rede. Dissertação de
mestrado, Universidade Aberta, 2009. Disponível em <<
https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1381/1/web20_e-
learning20_aprender_na_rede.pdf >> Acesso em 13/12/2012.