SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 16
UNIVERSIDADE PEDAGOGICA
FACULDADE ESCOG
CONTABILIDADE DE GESTÃO II
CUSTOS BÁSICOS & PADRÕES
CUSTOS BÁSICOS
Até agora o custo industrial dos produtos foi apurado através de sistemas de custeio reais, isto é, tendo
em conta as quantidades de bens e serviços efectivamente consumidas, valorizadas aos preços que foi
necessário pagar para os obter.
Os custos unitários adoptados na valorização das matérias, das unidades de obra ou de imputação das
secções e dos produtos fabricados foram, pois, determinados à posteriori.
No entanto, torna-se conveniente, fundamentalmente para efeitos de controle da gestão, valorizar as
prestações internas de bens e serviços a custos básicos. Estes são custos teóricos, custos fixados `a
priori para valorizar as referidas prestações de bens e serviços.
OBJECTIVOS
1. Controle de gestão;
2. Definição ou isolamento de responsabilidades;
3. Simplificação e maior rapidez do trabalho contabilístico.
Sergio Alfredo Macore
No concernente ao controle de gestão, os custos básicos constituem o termo de comparação dos custos
efectivamente verificados no período. Esta comparação é feita através dos desvios, isto é, da diferença
entre os custos reais do período e os custos básicos.
Os custos básicos possibilitam a definição de responsabilidades, pois a melhor ou pior performance
relativamente ao previsto de um centro de responsabilidade não influencia os outros.
Quanto à simplificação do trabalho contabilístico, adoptando o sistema de custos básicos não é
necessário aguardar pelo apuramento dos custos unitários reais para poder valorizar os consumos dos
factores de produção.
VANTAGENS DOS CUSTOS BÁSICOS
1. Antecipação no fornecimento dos dados;
2. Simplificação considerável das verificações e dos cômputos (cálculos) feitos periodicamente;
3. Fornecem uma base objectiva para orientar racionalmente as políticas de venda;
4. Constiruem uma unidade de medida dos serviços obtidos, porque são determinados com base
em condições típicas de funcionamento;
5. Reduzem os consumos de mão-de-obra e de gastos da fábrica, uma vez que o seu
estabelecimento é normalmente acompanhado da “estandardização” das operações fabris e dos
próprios procedimentos administrativo-contabilísticos.
DESVANTAGENS DOS CUSTOS BÁSICOS
1. Dificuldades na determinação do grau de precisão no cálculo dos custos padrões nos diversos
sectores da empresa;
2. Nos casos em que as revisões dos custos padrões não forem efectuadas periodicamente tornam-
se, às vezes, desajustados à realidade;
3. No caso de haver alterações dos padrões, isto implica a redução da sua eficácia;
TIPOS DE CUSTOS BÁSICOS
Os principais tipos são:
Sergio Alfredo Macore 2
1. Custos orçamentados – custos obtidos nos orçamentos elaborados pela empresa no âmbito da
utilização do sistema de gestão orçamental;
2. Custos padrões – custos definidos a partir de normas técnicas de matérias, mão-de-obra e
gastos gerais de fabrico, e não necessariamente através da gestão orçamental;
3. Preços de mercado – custos equivalentes aos preços que os bens têm no mercado;
4. Custos históricos verificados em anos anteriores, custos de empresas similares, etc.
Custos Padrões ou “Standards”
São um dos tipos de cuatos básicos que se aplica em empresas que têm uma produção muito
diversificada. Constitui, na prática a única possibilidade de conhecimento do custo industrial dos
produtos em empresas que têm uma produção muito diversificada.
Os custos padrões são estabelecidos por serviços especializados em estreita colaboração com os
serviços administrativos. São utilizados como modelo da produção ideal ou normal, pelo que se podem
considerar:
 Padrões de base – são apurados com base no consumo de matérias e de tempo, em condições
ideais de produção;
 Padrões normais – são calculados com base no consumo de matérias e de tempo em condições
normais de exploração.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CUSTOS PADRÕES
Sergio Alfredo Macore 3
1. Determinam-se, para cada alínea elementar de custos (matérias, mão-de-obra, despesas
indirectas industriais), os respectivos padrões e registam-se numa “ficha de custo-padrão”;
2. Empregam-se modelos e documentos propositadamente estudados e aptos para verificar os
custos-padrões, os custos reais e os desvios;
3. Para além dos registos de Contabilidade propriamente distos, efectuam-se verificações
estatísticas com o objectivo de agrupar os dados mais significativos e analisar os desvios
desfavoráveis;
4. Para os vários níveis directivos, preparam-se relatórios e mapas que sintetizam ou analisam de
vários modos os resultados alcançados e os desvios relativamente aos padrões.
OS DESVIOS E A SUA ANÁLISE
1. Padrão Matérias
Para estabelecer o padrão referente aos custos de matérias ou matérias directas há que entrar em linha
de conta com dois factores:
a) a quantidade de matérias que se vai utilizar;
b) o preço de custos dessas matérias.
A fixação de padrões para os preços das matérias acarreta um problema bastante diferente. O tipo de
padrões de preços de matérias que terá que se utilizar é determinado pelo tipo de custos padrões a
empregar que podem ser:
 padrões de preços correntes ou previstos;
 padrões de preços normais;
 padrões de preço fixo
Os desvios de preços de matérias podem ser calculados no momento da compra ou na altura em que as
mesmas são consumidas.
Fórmulas:
Desvio Total (DT) Desvio de Preço (DP) Desvio de Quantidade (DQ)
Sergio Alfredo Macore 4
DT=Qr*Pr-Qp*Pp DP = Qr * (Pr - Pp) DQ = Pp * (Qr – Qp)
Terminologia:
Qr – Quantidade real das matérias consumidas
Pr – Preço real das matérias consumidas
Qp – Quantidade padrão das matérias consumidas
Pp – Preço padrão das matérias consumidas
Causas dos Desvios de Preço
1) Flutuação de preços no mercado de matérias;
2) Políticas de aprovisionamento, no que se refere à quantidade e ritmo de compras;
3) Coordenação dos serviços de comerciais e fabris, não conseguindo uma relação estável entre
compras, produção e vendas;
4) Organização dos serviços de aprovisionamento, admitindo sobrecargas excessivas de gastos de
compra;
Causas dos Desvios de Quantidade
1) Qualidade das matérias;
2) Organização da produção;
3) Qualificação do pessoal;
4) Estado de funcionamento das máquinas.
2. Padrão de Mão-de-obra
Para fins de custos-padrões, a mão-de-obra directa é separada da mão-de-obra indirecta. As condições
em que os padrões de mão-de-obra se devem estabelecer variam de empresa para empresa. Cada caso
Sergio Alfredo Macore 5
exige um estudo pormenorizado dos efectivos, preço de horas e condições de supervisão da mão-de-
obra, os quais hão-de servir de base aos padrões.
O tipo de controlo efectuado pelas chefias, quanto aos preços de mão-de-obra, é limitado, pois estes
são normalmente consequência do resultado de negociações locais de oferta e procura de mão-de-obra.
Antes de se determinarem os padrões de mão-de-obra, que se define a padronização das condições de
trabalho, para além da respeitante aos produtos e quantidades a produzir em cada fase ou ordem de
fabrico.
As rubricas do custo-padrão da mão-de-obra podem ser determinadas com base em:
 Contratos colectivos de trabalho;
 Dados históricos;
 Cálculos inerentes às condições normais de laboração;
 Preços arbitrários ou estimados.
Fórmulas:
Desvio total (DT) Desvio de Taxa (DTx) Desvio de eficiênci (DE)
DT=Hr*Tr-Hp*Tp DTx = Hr (Tr – Tp) De = Tp (Hr – Hp)
Terminologia:
Hr – Horas reais de mão-de-obra
Hp – Horas-padrão de mão-de-obra
Tr – Taxa real de mão-de-obra
Tp – Taxa padrão de mão-de-obra
Causas dos Desvios de Taxa
1) Flutuações de taxas horárias no mercado de trabalho;
2) Formas de remuneração do pessoal;
Sergio Alfredo Macore 6
3) Conveniente aproveitamento das qualificações;
4) O maior ou menor recurso ao trabalho extraordinário.
Causas dos Desvios de Eficiência
1) Qualificação do pessoal;
2) Organização do pessoal;
3) Qualidade das matérias;
4) Manutenção das máquinas.
3. Padrão Gastos Gerais de Fabrico
Dadas as dificuldades verificadas na imputação dos GGF aos produtos – grande heterogeneidade de
custos incluidos nesta rubrica e a respectiva natureza indirecta – a determinação do padrão torna-se
mais complexa que nas rubricas anteriores.
Os GGF variáveis flutuam em proporção com as mudanças de níveis de actividade. Muitas vezes, a
taxa destes GGF é fixada com base na mão-de-obra.
Os GGF fixos não variam, pelo contrário, dentro de certos níveis de actividade. Porém, os custos
unitários rendem, atendendo a que quanto mais alto é o nível de actividade, mais baixo é o custo
unitário. A dificuldade de custeio surge aqui, pois a gestão quer um custo padrão significativo para os
produtos, independentemente das mudanças de nível de actividade mês a mês.
Para definir a taxa padrão de GGF e para auxiliar a determinar as subsequentes variações em relação
ao padrão, utiliza-se um Orçamento Flexível. Para calcular a taxa padrão divide-se o total dos GGF
pela quantidade prevista de actividade normalemte expressa em horas-homem, custos de mão-de-obra
directa ou horas-máquina.
A taxa padrão em causa determina-se na base dos GGF a 100% da capacidade produtiva,
representando esta actividade prevista em condições normais de exploração.
Sergio Alfredo Macore 7
Orçamento Flexível – é aquele que é elaborado para vários níveis de actividade. Tem a vantagem de
permitir a comparação de actividade real com a prevista, qualquer que seja o nível de actividade.
Fórmulas:
1º) Método de Dois (2) Desvios:
Desvio Controlável (DC) Desvio de Volume (DV)
DC = Gr – (Gf + Hp * Tv) DV = (Gf + Hp * Tv) – Hp * Tp
2º) Método de Três (3) Desvios:
Desvio de Orçamento (DO) Desvio de Actividade (DA)
DO = Gr – (Hr * Tv + Gf) DA = (Hr * Tv + Gf) – Hr *Tp
Desvio de Produtividade (DP)
DP = Tp * (Hr – Hp)
3º) Método de Quatro (4) Desvios:
Desvio de Orçamento (DO) Desvio de Produtividade (dos gasos variáveis)
DO = Gr – (Hr * Tv + Gf) DPv = (Hr * Tv + Gf) – (Hp * Tv + Gf)
(Hr*Tv+Gf) – Dotação orçamental às horas reais;
(Hp*Tv+Gf) – Dotação orçamental às horas concedidas
Desvio de Produtividade (dos gastos fixos) Desvio de Capacidade (ociosa)
DPf = Hr * Tf – Hp *Tf = Tf * (Hr – Hp) DA = Tf * (Hn –Hr)
Terminologia:
Sergio Alfredo Macore 8
Hp – Horas padrão (concedidas para a produção real)
Tp – Taxa padrão dos GGF
Tf – Taxa fixa
Tv – Taxa variável
Gr – Gastos reais
Hr – Horas reais
Hn – Horas normais
Exemplo
Determinada empresa industrial dedica-se à produção de “Alfa”, utilizando os custos padrões para
valorizar os produtos fabricados.
Durante o mês passado elaborou a seguinte relação de dados:
 Matérias consumidas: 2 000 Kg a 100,00 u.m. cada;
 Mão-de-obra Directa utilizada: 3 100 horas a 150,00 u.m. cada;
 Gastos Gerais de Fabrico: 500 000,00 u.m.;
 Produção: 900 unidades de “Alfa”;
 Vendas: 800 unidades de “Alfa” a 1 500,00 u.m. cada.
Os custos padrões para o mês acima referido são:
 Matérias-primas: 1 950 Kg a 120,00 u.m. cada;
 Mão-de-obra Directa: 3 240 horas a 160,00 u.m. cada;
 Gastos Gerais de Fabrico: 125,00 u.m. por hora de MOD.
O Orçamento Flexível mensal dos GGF em vigor na empresa é o seguinte:
Produção (unid) 600 800 1 000 1 200
Nível de Actividade (%) 60 80 100 120
Actividade (horas) 2 160 2 880 3 600 4 320
Sergio Alfredo Macore 9
Gastos Variáveis (u.m.) 180 000,00 240 000,00 300 000,00 360 000,00
Gastos Fixos (u.m.) 150 000,00 150 000,00 150 000,00 150 000,00
Total (u.m.) 330 000,00 390 000,00 450 000,00 510 000,00
Pretende-se: o cálculo dos desvios parciais para cada componente do custo de produção.
Nota: no caso dos GGF, utilize, sucessivamente, os Métodos de Dois (2), Três (3), e Quatro (4)
Desvios.
Cálculo dos Desvios
1. Matérias-primas
Qr = 2 000 Kg Pr = 100,00 u.m.
Qp = 1 950 Kg Pp = 120,00 u.m.
DP = Qr (Pr – Pp) DQ = Pp (Qr – Qp)
DP = 2 000 (100 – 120) DQ = 120 (2 000 – 1950)
DP = - 40 000,00 (favorável) DQ = 60 000,00 (desfavorável)
2. Mão-de-obra directa
Hr = 3 100 Tr = 150,00 u.m.
Hp = 3 240 Tp = 160,00 u.m.
DTx = Hr (Tr – Tp) De = Tp (Hr – Hp)
DTx = 3 100 (150 – 160) De = 160 (3 100 – 3 240)
DTx = - 31 000,00 (favorável) De = - 22 400,00 (favorável)
3. Gastos Gerais de Fabrico
Horas padrão – Hp – (concedidas para a produção real)
Hp = horas3240900*
1000
3600
= Tp = um00,125
3600
450000
=
Sergio Alfredo Macore 10
Tv = um30,83
3600
300000
= Tf = um70,41
3600
150000
=
Método de Dois Desvios
Desvio Controlável (DC) Desvio de Volume (DV)
DC = Gr – (Gf + Hp*Tv) DV = (Gf + Hp*Tv) – Hp*Tp
DC = 500 000 – (150 000 – 3 240*83,30) DV=(150000+3240*83,3)–3240*125
DC = 80 108,00 (desfavorável) DV = 14 892,00 (desfavorável)
Método de Três Desvios
Desvio de Orçamento
DO = Gr – (Hr*Tv + Gf)
DO = 500 000 – (3 100 * 83,30 + 150 000)
DO = 91 770,00 u.m. (desfavorável)
Desvio de Actividade
DA = (Hr*Tv – Gf) – Hr*Tp
DA = (3 100*83,30 + 150 000) – 3 100*125
DA = 20 730,00 (desfavorável)
Desvio de Produtividade
DP = Tp (Hr – Hp)
DP = 125 (3 100 – 3 240)
DP = - 17 500,00 (favorável)
Método de Quatro Desvios
Desvio de Orçamento/de Gastos
DO = Gr – (Hr*Tv + Gf)
DO = 500 000 – (3 100*83,30 + 150 000)
DO = 91 770,00 (desfavorável)
Desvio de Produtividade dos Gastos Variáveis
DPv = (Hr*Tv + Gf) – (Hp*Tv +Gf)
DPv = (3 100*83,30 + 150 000) – (3 240*83,30 + 150 000)
Sergio Alfredo Macore 11
DPv = -11 662,00 (favorável)
Desvio de Produtividade dos Gastos Fixos
DPf = Hr*Tf – Hp*Tf = Tf (Hr – Hp)
DPf = 41,70 (3 100 – 3 240)
DPf = - 5 838,00 (favorável)
Desvio de Actividade (ociosa) ou Capacidade
DA = Tf (Hn –Hr)
DA = 41,70 (3 600 – 3 100)
DA = 20 850,00 (desfavorável)
CONTROLO DOS DESVIOS E RESPONSABILIDADES PELOS MESMOS
Para terem a maior utilidade, os desvios devem ser rapidamente identificados e apresentados tão
frequentemente quanto possível (nalguns casos diariamente), pois quanto mais próximo do ponto de
ocorrência for o relato, maior é a possibilidade de controlo e acção correctiva.
Os desvios devem identificar-se com o gestor responsável pelos custos suportados. As razões dos
desvios devem ser averiguadas e elaborados planos para a necessária acção correctiva, quer discutindo
as possíveis causas com o supervisor, quer examinando os dados e registos de base.
LIMITE DE TOLERÂNCIA NO CONTROLO DE DESVIOS
Considera-se que o controlo dos desvios de custo deve ser da responsabilidade de uma pessoa dos três
níveis de gestão: Cúpula, Médio e Inferior. Contudo, pode-se esperar algum desvio na medição do
custo devido aos factores empregados na criação dos padrões físicos e económicos e a natureza do
desvio.
Os dados históricos sobre operações estabelecidas, temperados por alterações estimadas para o futuro,
fornecem, habitualmente, bases de confiança para a estimativa dos custos esperados e cálculo dos
limites de controlo que servem para indicar, tanto os bons como os maus períodos de exploração.
Sergio Alfredo Macore 12
DESTINO DOS DESVIOS
Os desvios podem ser liquidados de qualquer das seguintes maneiras:
1. Transferidos para a conta de Resultados;
2. Repartidos pelas contas dos Produtos Vendidos, Produtos Acabados e Produtos em Vias de
Fabrico.
As decisões respeitantes ao tratamento mais aceitável, exigem considerações que vão além do mero
agrupamento de que só os custos globais devem ser admitidos nas demonstrações financeiras.
O tratamento dos desvios depende de:
1. tipo de desvio – matérias, mão-de-obra ou gastos gerais de fabrico;
2. grandeza dos desvios;
3. experiência sobre custos-padrões;
4. causa do desvio, por exemplo, padrões incorrectos;
5. época do desvio, por exemplo, um desvio invulgar causado por flutuações sazonais
MÉTODO DO ESQUEMA PARCIAL OU AISO (“ACTUAL-IN, STANDARD-OUT”)
Características essenciais
1. As contas “FABRICAÇÃO” (pode haver apenas uma ou três: Matérias C/ Fabricação, Mão-de-
obra C/ Fabricação e Gastos Gerais de Fabrico C/ Fabricação, ou uma Conta Fabricação por
cada centro de produção e por cada classe de custo) são acrescidas dos custos efectivamente
suportados para a produção do mês e creditadas pelo custo-padrão de produção mensal
(Produtos Acabados e Produtos em Fabricação no fim do mês);
Sergio Alfredo Macore 13
2. O saldo da Conta “FABRICAÇÃO” representa a variação do padrão. Esta variação pode ser
directamente imputada à Conta Resultados ou, se o montante for sensível, analisada para
determinar as causas;
3. As análises dos desvios são feitas no fim de cada mês;
4. Para determinar os desvios entre os custos reais e os custos-padrão, é necessário proceder a um
inventário dos produtos em fabricação e valorizá-los de acordo com os custos padrão;
5. A conta Matérias-primas funciona por valores reais, sendo acrescida dos custos efectivos das
matérias adquiridas e creditada dos custos efectivos das matérias em fabricação;
6. A conta Produtos Acabados é acrescida do custo-padrão dos produtos obtidos e creditada do
custo-padrão dos produtos vendidos. O saldo representa o valor padrão dos produtos acabados
em reserva;
7. A conta Resultados de Exploração é debitada dos custos-padrão dos produtos vendidos e
creditada dos resultados reais realizados pela venda. Recebe, além disso, os saldos das contas
abertas às variações.
MÉTODO DO ESQUEMA SIMPLES OU SISO (“STANDARD-IN, STANDARD-OUT”)
Características essenciais
1. As contas “FABRICAÇÃO”são debitadas e creditadas a custos-padrão. O seu saldo representa
o valor padrão dos remanescentes;
2. As variações (ou desvios) entre os custos reais e os custos-padrão são verificadas no momento
em que os custos dos vários factores são debitados à respectiva conta Fabricação, com
excepção das variações de preço referentes à compra das matérias, que são verificadas logo
após a compra;
3. A conta Matérias-primas recolhe no “Deve” os remanescentes iniciais e as aquisições, ambos
valorizados em padrão, e no “Haver”, o custo-padrão das matérias utilizadas na fabricação.
Portanto, o seu saldo representa o remanescente final valorizado em padrão;
4. A conta Matérias-primas C/ Fabricação recolhe no “Deve” o custo-padrão dos materiais em
fabricação no início do período e dos introduzidos na fabricação; no “Haver”, o custo-padrão
Sergio Alfredo Macore 14
dos produtos acabados em contraposição ao débito da Conta Produtos Acabados. O saldo
representa o remanescewnte das matérias em fabricação.
CONFRONTO ENTRE OS DOIS MÉTODOS (AISO E SISO)
As diferenças significativas existentes entre os dois métodos podem-se resumir assim:
1. As contas “FABRICAÇÃO” funcionam por custos reais (“Deve”) e custos-padrão (“Haver”)
no Método Parcial, e unicamente por custos-padrão no Método Simples;
2. Segundo o Método Parcial, as variações ou desvios são verificados no fim do período
contabilístico, ao passo que, segundo o outro método (o Simples), a verificação das variações
faz-se à medida que se introduzem os factores na produção.
3. As variaçes de preço referentes às matérias são verificadas em conexão com a entrega dos
produtos acabados, no primeiro caso (Método Parcial), e no momento da aquisição no segundo
(Método Simples);
4. A conta “Matérias-primas” funciona por custos reais no Método Parcial, e por custos-padrão no
Método Simples;
5. O Método Parcial, para determinação dos desvios, exige a realização de um inventário dos
produtos em fabricação no fiom de cada período contabilístico, o que não acontece quando se
emprega o Método Simples;
6. Nos casos em que os remanescentes iniciais e finais dos produtos em fabricação não sofrem
variações, também se podem calcular com o Método Parcial, os desvios, sem se recorrer à
verificação física dos remanescentes;
7. O Método Parcial pode ser empregue utilmente quando não-se exigem dados muito analíticos e
quando é possível avaliar, ainda que aproximadamente, a variação dos remanescentes dos
produtos em fabricação, sem recorrer ao inventário físico. O Método simples, pelo contrário, é
particularmente adequado nos casos em que se pretende analisar, frequentemente, e de modo
pormenorizado, as variações entre os custos reais e os custos-padrões;
8. Os custos que o emprego do Método Simples comporta são maiores do que os do Método
Parcial, por causa das verificações frequentes e pormenorizadas das variações.
EM SUMA:
Sergio Alfredo Macore 15
O Método do Esquema Parcial apresenta um grande inconvenente: o de exigir, todos os meses, a
realizaç`ao de um inventário, físico ou contabilístico, dos produtos em fabricação;
O Método do Esquema Simples apresenta a vantagem de não exigir, todos os meses, a realização de
um inventário dos produtos em fabricação, porquanto o valor padrão destes deriva, automaticamente,
do saldo das contas “Fabricação”. Todavia, estás sempre presente o perigo de uma supervalorização
dos produtos em fabricação: se os desvios e quebras não forem cuidadosamente controlados,
permanecerão nas contas, mesmo quando não se procede a um inventário físico.
NÃO TE ESQUEÇA DE AGRADECER
Nome: Sérgio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper
Nascido: 22 de Fevereiro de 1992
Natural: Cabo Delgado – Pemba
Contacto: +258 826677547 ou +258 846458829
Email: Sergio.macore@gamil.com
Facebook: Helldriver Rapper Rapper ou Sergio Alfredo Macore
Formação: Gestão de Empresas e Finanças
NB: Se precisar de algo, não tenha vergonha de pedir, estou a sua disposicao para te ajudar,me contacte.
Sergio Alfredo Macore 16

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Slides módulo3.3
Slides módulo3.3Slides módulo3.3
Slides módulo3.3Eva Gomes
 
Aprovisionamento
Aprovisionamento   Aprovisionamento
Aprovisionamento Ines Soares
 
Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]mimififi
 
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por contaPagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por contaMaria José Rodrigues
 
Plano de contas de uma empresa industrial
Plano de contas de uma empresa industrialPlano de contas de uma empresa industrial
Plano de contas de uma empresa industrialsimuladocontabil
 
Aula 10 - Administração de Materiais
Aula 10 - Administração de MateriaisAula 10 - Administração de Materiais
Aula 10 - Administração de Materiaispcm1nd
 
Contratos de Construção - NCRF 19
Contratos de Construção - NCRF 19Contratos de Construção - NCRF 19
Contratos de Construção - NCRF 19Brigida Oliveira
 
Simplificando a Formação do Preço de Venda
Simplificando a Formação do Preço de Venda Simplificando a Formação do Preço de Venda
Simplificando a Formação do Preço de Venda Heloisa Motoki
 
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosA ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosUniversidade Pedagogica
 
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf RichardSariaZacarias
 
Compromisso da auditoria
Compromisso da auditoriaCompromisso da auditoria
Compromisso da auditoriaDiossane Assane
 
Introdução a economia
Introdução a economiaIntrodução a economia
Introdução a economiaStudiesfree
 

Was ist angesagt? (20)

Custos padrão e meta grupo 5
Custos padrão e meta   grupo 5Custos padrão e meta   grupo 5
Custos padrão e meta grupo 5
 
Apuramento de custo de produto
Apuramento de custo de produtoApuramento de custo de produto
Apuramento de custo de produto
 
Capitulo ii
Capitulo iiCapitulo ii
Capitulo ii
 
Slides módulo3.3
Slides módulo3.3Slides módulo3.3
Slides módulo3.3
 
Aprovisionamento
Aprovisionamento   Aprovisionamento
Aprovisionamento
 
Principais rácios da rendibilidade
Principais rácios da rendibilidadePrincipais rácios da rendibilidade
Principais rácios da rendibilidade
 
Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]
 
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por contaPagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
Pagamentos por conta e Pagamentos especiais por conta
 
Plano de contas de uma empresa industrial
Plano de contas de uma empresa industrialPlano de contas de uma empresa industrial
Plano de contas de uma empresa industrial
 
Aula 10 - Administração de Materiais
Aula 10 - Administração de MateriaisAula 10 - Administração de Materiais
Aula 10 - Administração de Materiais
 
Contratos de Construção - NCRF 19
Contratos de Construção - NCRF 19Contratos de Construção - NCRF 19
Contratos de Construção - NCRF 19
 
Simplificando a Formação do Preço de Venda
Simplificando a Formação do Preço de Venda Simplificando a Formação do Preço de Venda
Simplificando a Formação do Preço de Venda
 
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custosA ciência contabilística e a contabilidade de custos
A ciência contabilística e a contabilidade de custos
 
Papéis de trabalho do auditor
Papéis de trabalho do auditorPapéis de trabalho do auditor
Papéis de trabalho do auditor
 
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
Sistemas de custeio nas empresas.Pdf
 
Gestao orcamental
Gestao orcamentalGestao orcamental
Gestao orcamental
 
Compromisso da auditoria
Compromisso da auditoriaCompromisso da auditoria
Compromisso da auditoria
 
Custos x despesas
Custos x despesasCustos x despesas
Custos x despesas
 
Introdução a economia
Introdução a economiaIntrodução a economia
Introdução a economia
 
Gestão de stocks
Gestão de stocksGestão de stocks
Gestão de stocks
 

Ähnlich wie Custo padrao e basico

Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1Mayara Maciel
 
Cco aula10 custos
Cco aula10 custosCco aula10 custos
Cco aula10 custosalbumina
 
Cco aula12 custos
Cco aula12 custosCco aula12 custos
Cco aula12 custosalbumina
 
Sistema de custo por ordem de produção
Sistema de custo por ordem de produçãoSistema de custo por ordem de produção
Sistema de custo por ordem de produçãoUniversidade Pedagogica
 
Estrutura básica de um sistema de custos
Estrutura básica de um sistema de custosEstrutura básica de um sistema de custos
Estrutura básica de um sistema de custoszeramento contabil
 
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custosApostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custosodgracio
 
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.pptGestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.pptZanardLuciano
 
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013Dora Machado Consultoria
 
Introdução à contabilidade de custo
Introdução à contabilidade de custoIntrodução à contabilidade de custo
Introdução à contabilidade de custoGeraldo Luiz Souza
 
Apostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custosApostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custossimuladocontabil
 
Contabilidade custos intro contabilidade custos
Contabilidade custos intro contabilidade custosContabilidade custos intro contabilidade custos
Contabilidade custos intro contabilidade custoscustos contabil
 
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custosContabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custoscustos contabil
 
Custos metodos de custeio
Custos metodos de custeioCustos metodos de custeio
Custos metodos de custeiocustos contabil
 
Logística Aula 2
Logística Aula 2Logística Aula 2
Logística Aula 2robsonnasc
 

Ähnlich wie Custo padrao e basico (20)

Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1Análise de-custos-vol-1
Análise de-custos-vol-1
 
Cco aula10 custos
Cco aula10 custosCco aula10 custos
Cco aula10 custos
 
Custos completo
Custos completoCustos completo
Custos completo
 
Cco aula12 custos
Cco aula12 custosCco aula12 custos
Cco aula12 custos
 
Custos
CustosCustos
Custos
 
Metodos de Custeio.ppt
Metodos de Custeio.pptMetodos de Custeio.ppt
Metodos de Custeio.ppt
 
Controle de Produção
Controle de ProduçãoControle de Produção
Controle de Produção
 
Cap06 ppcp
Cap06 ppcp Cap06 ppcp
Cap06 ppcp
 
Custos aulas
Custos aulasCustos aulas
Custos aulas
 
Sistema de custo por ordem de produção
Sistema de custo por ordem de produçãoSistema de custo por ordem de produção
Sistema de custo por ordem de produção
 
Estrutura básica de um sistema de custos
Estrutura básica de um sistema de custosEstrutura básica de um sistema de custos
Estrutura básica de um sistema de custos
 
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custosApostila  custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
Apostila custos-ind._e_gestão_estrat._de_custos
 
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.pptGestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
Gestão e Gerenciamento de Custos na Formação de Preços.ppt
 
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013
Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos - FAAP - jul/2013
 
Introdução à contabilidade de custo
Introdução à contabilidade de custoIntrodução à contabilidade de custo
Introdução à contabilidade de custo
 
Apostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custosApostila de contabilidade de custos
Apostila de contabilidade de custos
 
Contabilidade custos intro contabilidade custos
Contabilidade custos intro contabilidade custosContabilidade custos intro contabilidade custos
Contabilidade custos intro contabilidade custos
 
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custosContabilidade custos introducao a contabilidade de custos
Contabilidade custos introducao a contabilidade de custos
 
Custos metodos de custeio
Custos metodos de custeioCustos metodos de custeio
Custos metodos de custeio
 
Logística Aula 2
Logística Aula 2Logística Aula 2
Logística Aula 2
 

Mehr von Universidade Pedagogica

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Universidade Pedagogica
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Universidade Pedagogica
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Universidade Pedagogica
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxUniversidade Pedagogica
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Universidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxUniversidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docxUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxUniversidade Pedagogica
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoUniversidade Pedagogica
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Universidade Pedagogica
 

Mehr von Universidade Pedagogica (20)

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
 
Sistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docxSistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docx
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
 
Gestao participativa.docx
Gestao participativa.docxGestao participativa.docx
Gestao participativa.docx
 
Individual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdfIndividual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdf
 
Individual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docxIndividual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
 
Teorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leituraTeorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leitura
 

Custo padrao e basico

  • 1. UNIVERSIDADE PEDAGOGICA FACULDADE ESCOG CONTABILIDADE DE GESTÃO II CUSTOS BÁSICOS & PADRÕES CUSTOS BÁSICOS Até agora o custo industrial dos produtos foi apurado através de sistemas de custeio reais, isto é, tendo em conta as quantidades de bens e serviços efectivamente consumidas, valorizadas aos preços que foi necessário pagar para os obter. Os custos unitários adoptados na valorização das matérias, das unidades de obra ou de imputação das secções e dos produtos fabricados foram, pois, determinados à posteriori. No entanto, torna-se conveniente, fundamentalmente para efeitos de controle da gestão, valorizar as prestações internas de bens e serviços a custos básicos. Estes são custos teóricos, custos fixados `a priori para valorizar as referidas prestações de bens e serviços. OBJECTIVOS 1. Controle de gestão; 2. Definição ou isolamento de responsabilidades; 3. Simplificação e maior rapidez do trabalho contabilístico. Sergio Alfredo Macore
  • 2. No concernente ao controle de gestão, os custos básicos constituem o termo de comparação dos custos efectivamente verificados no período. Esta comparação é feita através dos desvios, isto é, da diferença entre os custos reais do período e os custos básicos. Os custos básicos possibilitam a definição de responsabilidades, pois a melhor ou pior performance relativamente ao previsto de um centro de responsabilidade não influencia os outros. Quanto à simplificação do trabalho contabilístico, adoptando o sistema de custos básicos não é necessário aguardar pelo apuramento dos custos unitários reais para poder valorizar os consumos dos factores de produção. VANTAGENS DOS CUSTOS BÁSICOS 1. Antecipação no fornecimento dos dados; 2. Simplificação considerável das verificações e dos cômputos (cálculos) feitos periodicamente; 3. Fornecem uma base objectiva para orientar racionalmente as políticas de venda; 4. Constiruem uma unidade de medida dos serviços obtidos, porque são determinados com base em condições típicas de funcionamento; 5. Reduzem os consumos de mão-de-obra e de gastos da fábrica, uma vez que o seu estabelecimento é normalmente acompanhado da “estandardização” das operações fabris e dos próprios procedimentos administrativo-contabilísticos. DESVANTAGENS DOS CUSTOS BÁSICOS 1. Dificuldades na determinação do grau de precisão no cálculo dos custos padrões nos diversos sectores da empresa; 2. Nos casos em que as revisões dos custos padrões não forem efectuadas periodicamente tornam- se, às vezes, desajustados à realidade; 3. No caso de haver alterações dos padrões, isto implica a redução da sua eficácia; TIPOS DE CUSTOS BÁSICOS Os principais tipos são: Sergio Alfredo Macore 2
  • 3. 1. Custos orçamentados – custos obtidos nos orçamentos elaborados pela empresa no âmbito da utilização do sistema de gestão orçamental; 2. Custos padrões – custos definidos a partir de normas técnicas de matérias, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e não necessariamente através da gestão orçamental; 3. Preços de mercado – custos equivalentes aos preços que os bens têm no mercado; 4. Custos históricos verificados em anos anteriores, custos de empresas similares, etc. Custos Padrões ou “Standards” São um dos tipos de cuatos básicos que se aplica em empresas que têm uma produção muito diversificada. Constitui, na prática a única possibilidade de conhecimento do custo industrial dos produtos em empresas que têm uma produção muito diversificada. Os custos padrões são estabelecidos por serviços especializados em estreita colaboração com os serviços administrativos. São utilizados como modelo da produção ideal ou normal, pelo que se podem considerar:  Padrões de base – são apurados com base no consumo de matérias e de tempo, em condições ideais de produção;  Padrões normais – são calculados com base no consumo de matérias e de tempo em condições normais de exploração. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CUSTOS PADRÕES Sergio Alfredo Macore 3
  • 4. 1. Determinam-se, para cada alínea elementar de custos (matérias, mão-de-obra, despesas indirectas industriais), os respectivos padrões e registam-se numa “ficha de custo-padrão”; 2. Empregam-se modelos e documentos propositadamente estudados e aptos para verificar os custos-padrões, os custos reais e os desvios; 3. Para além dos registos de Contabilidade propriamente distos, efectuam-se verificações estatísticas com o objectivo de agrupar os dados mais significativos e analisar os desvios desfavoráveis; 4. Para os vários níveis directivos, preparam-se relatórios e mapas que sintetizam ou analisam de vários modos os resultados alcançados e os desvios relativamente aos padrões. OS DESVIOS E A SUA ANÁLISE 1. Padrão Matérias Para estabelecer o padrão referente aos custos de matérias ou matérias directas há que entrar em linha de conta com dois factores: a) a quantidade de matérias que se vai utilizar; b) o preço de custos dessas matérias. A fixação de padrões para os preços das matérias acarreta um problema bastante diferente. O tipo de padrões de preços de matérias que terá que se utilizar é determinado pelo tipo de custos padrões a empregar que podem ser:  padrões de preços correntes ou previstos;  padrões de preços normais;  padrões de preço fixo Os desvios de preços de matérias podem ser calculados no momento da compra ou na altura em que as mesmas são consumidas. Fórmulas: Desvio Total (DT) Desvio de Preço (DP) Desvio de Quantidade (DQ) Sergio Alfredo Macore 4
  • 5. DT=Qr*Pr-Qp*Pp DP = Qr * (Pr - Pp) DQ = Pp * (Qr – Qp) Terminologia: Qr – Quantidade real das matérias consumidas Pr – Preço real das matérias consumidas Qp – Quantidade padrão das matérias consumidas Pp – Preço padrão das matérias consumidas Causas dos Desvios de Preço 1) Flutuação de preços no mercado de matérias; 2) Políticas de aprovisionamento, no que se refere à quantidade e ritmo de compras; 3) Coordenação dos serviços de comerciais e fabris, não conseguindo uma relação estável entre compras, produção e vendas; 4) Organização dos serviços de aprovisionamento, admitindo sobrecargas excessivas de gastos de compra; Causas dos Desvios de Quantidade 1) Qualidade das matérias; 2) Organização da produção; 3) Qualificação do pessoal; 4) Estado de funcionamento das máquinas. 2. Padrão de Mão-de-obra Para fins de custos-padrões, a mão-de-obra directa é separada da mão-de-obra indirecta. As condições em que os padrões de mão-de-obra se devem estabelecer variam de empresa para empresa. Cada caso Sergio Alfredo Macore 5
  • 6. exige um estudo pormenorizado dos efectivos, preço de horas e condições de supervisão da mão-de- obra, os quais hão-de servir de base aos padrões. O tipo de controlo efectuado pelas chefias, quanto aos preços de mão-de-obra, é limitado, pois estes são normalmente consequência do resultado de negociações locais de oferta e procura de mão-de-obra. Antes de se determinarem os padrões de mão-de-obra, que se define a padronização das condições de trabalho, para além da respeitante aos produtos e quantidades a produzir em cada fase ou ordem de fabrico. As rubricas do custo-padrão da mão-de-obra podem ser determinadas com base em:  Contratos colectivos de trabalho;  Dados históricos;  Cálculos inerentes às condições normais de laboração;  Preços arbitrários ou estimados. Fórmulas: Desvio total (DT) Desvio de Taxa (DTx) Desvio de eficiênci (DE) DT=Hr*Tr-Hp*Tp DTx = Hr (Tr – Tp) De = Tp (Hr – Hp) Terminologia: Hr – Horas reais de mão-de-obra Hp – Horas-padrão de mão-de-obra Tr – Taxa real de mão-de-obra Tp – Taxa padrão de mão-de-obra Causas dos Desvios de Taxa 1) Flutuações de taxas horárias no mercado de trabalho; 2) Formas de remuneração do pessoal; Sergio Alfredo Macore 6
  • 7. 3) Conveniente aproveitamento das qualificações; 4) O maior ou menor recurso ao trabalho extraordinário. Causas dos Desvios de Eficiência 1) Qualificação do pessoal; 2) Organização do pessoal; 3) Qualidade das matérias; 4) Manutenção das máquinas. 3. Padrão Gastos Gerais de Fabrico Dadas as dificuldades verificadas na imputação dos GGF aos produtos – grande heterogeneidade de custos incluidos nesta rubrica e a respectiva natureza indirecta – a determinação do padrão torna-se mais complexa que nas rubricas anteriores. Os GGF variáveis flutuam em proporção com as mudanças de níveis de actividade. Muitas vezes, a taxa destes GGF é fixada com base na mão-de-obra. Os GGF fixos não variam, pelo contrário, dentro de certos níveis de actividade. Porém, os custos unitários rendem, atendendo a que quanto mais alto é o nível de actividade, mais baixo é o custo unitário. A dificuldade de custeio surge aqui, pois a gestão quer um custo padrão significativo para os produtos, independentemente das mudanças de nível de actividade mês a mês. Para definir a taxa padrão de GGF e para auxiliar a determinar as subsequentes variações em relação ao padrão, utiliza-se um Orçamento Flexível. Para calcular a taxa padrão divide-se o total dos GGF pela quantidade prevista de actividade normalemte expressa em horas-homem, custos de mão-de-obra directa ou horas-máquina. A taxa padrão em causa determina-se na base dos GGF a 100% da capacidade produtiva, representando esta actividade prevista em condições normais de exploração. Sergio Alfredo Macore 7
  • 8. Orçamento Flexível – é aquele que é elaborado para vários níveis de actividade. Tem a vantagem de permitir a comparação de actividade real com a prevista, qualquer que seja o nível de actividade. Fórmulas: 1º) Método de Dois (2) Desvios: Desvio Controlável (DC) Desvio de Volume (DV) DC = Gr – (Gf + Hp * Tv) DV = (Gf + Hp * Tv) – Hp * Tp 2º) Método de Três (3) Desvios: Desvio de Orçamento (DO) Desvio de Actividade (DA) DO = Gr – (Hr * Tv + Gf) DA = (Hr * Tv + Gf) – Hr *Tp Desvio de Produtividade (DP) DP = Tp * (Hr – Hp) 3º) Método de Quatro (4) Desvios: Desvio de Orçamento (DO) Desvio de Produtividade (dos gasos variáveis) DO = Gr – (Hr * Tv + Gf) DPv = (Hr * Tv + Gf) – (Hp * Tv + Gf) (Hr*Tv+Gf) – Dotação orçamental às horas reais; (Hp*Tv+Gf) – Dotação orçamental às horas concedidas Desvio de Produtividade (dos gastos fixos) Desvio de Capacidade (ociosa) DPf = Hr * Tf – Hp *Tf = Tf * (Hr – Hp) DA = Tf * (Hn –Hr) Terminologia: Sergio Alfredo Macore 8
  • 9. Hp – Horas padrão (concedidas para a produção real) Tp – Taxa padrão dos GGF Tf – Taxa fixa Tv – Taxa variável Gr – Gastos reais Hr – Horas reais Hn – Horas normais Exemplo Determinada empresa industrial dedica-se à produção de “Alfa”, utilizando os custos padrões para valorizar os produtos fabricados. Durante o mês passado elaborou a seguinte relação de dados:  Matérias consumidas: 2 000 Kg a 100,00 u.m. cada;  Mão-de-obra Directa utilizada: 3 100 horas a 150,00 u.m. cada;  Gastos Gerais de Fabrico: 500 000,00 u.m.;  Produção: 900 unidades de “Alfa”;  Vendas: 800 unidades de “Alfa” a 1 500,00 u.m. cada. Os custos padrões para o mês acima referido são:  Matérias-primas: 1 950 Kg a 120,00 u.m. cada;  Mão-de-obra Directa: 3 240 horas a 160,00 u.m. cada;  Gastos Gerais de Fabrico: 125,00 u.m. por hora de MOD. O Orçamento Flexível mensal dos GGF em vigor na empresa é o seguinte: Produção (unid) 600 800 1 000 1 200 Nível de Actividade (%) 60 80 100 120 Actividade (horas) 2 160 2 880 3 600 4 320 Sergio Alfredo Macore 9
  • 10. Gastos Variáveis (u.m.) 180 000,00 240 000,00 300 000,00 360 000,00 Gastos Fixos (u.m.) 150 000,00 150 000,00 150 000,00 150 000,00 Total (u.m.) 330 000,00 390 000,00 450 000,00 510 000,00 Pretende-se: o cálculo dos desvios parciais para cada componente do custo de produção. Nota: no caso dos GGF, utilize, sucessivamente, os Métodos de Dois (2), Três (3), e Quatro (4) Desvios. Cálculo dos Desvios 1. Matérias-primas Qr = 2 000 Kg Pr = 100,00 u.m. Qp = 1 950 Kg Pp = 120,00 u.m. DP = Qr (Pr – Pp) DQ = Pp (Qr – Qp) DP = 2 000 (100 – 120) DQ = 120 (2 000 – 1950) DP = - 40 000,00 (favorável) DQ = 60 000,00 (desfavorável) 2. Mão-de-obra directa Hr = 3 100 Tr = 150,00 u.m. Hp = 3 240 Tp = 160,00 u.m. DTx = Hr (Tr – Tp) De = Tp (Hr – Hp) DTx = 3 100 (150 – 160) De = 160 (3 100 – 3 240) DTx = - 31 000,00 (favorável) De = - 22 400,00 (favorável) 3. Gastos Gerais de Fabrico Horas padrão – Hp – (concedidas para a produção real) Hp = horas3240900* 1000 3600 = Tp = um00,125 3600 450000 = Sergio Alfredo Macore 10
  • 11. Tv = um30,83 3600 300000 = Tf = um70,41 3600 150000 = Método de Dois Desvios Desvio Controlável (DC) Desvio de Volume (DV) DC = Gr – (Gf + Hp*Tv) DV = (Gf + Hp*Tv) – Hp*Tp DC = 500 000 – (150 000 – 3 240*83,30) DV=(150000+3240*83,3)–3240*125 DC = 80 108,00 (desfavorável) DV = 14 892,00 (desfavorável) Método de Três Desvios Desvio de Orçamento DO = Gr – (Hr*Tv + Gf) DO = 500 000 – (3 100 * 83,30 + 150 000) DO = 91 770,00 u.m. (desfavorável) Desvio de Actividade DA = (Hr*Tv – Gf) – Hr*Tp DA = (3 100*83,30 + 150 000) – 3 100*125 DA = 20 730,00 (desfavorável) Desvio de Produtividade DP = Tp (Hr – Hp) DP = 125 (3 100 – 3 240) DP = - 17 500,00 (favorável) Método de Quatro Desvios Desvio de Orçamento/de Gastos DO = Gr – (Hr*Tv + Gf) DO = 500 000 – (3 100*83,30 + 150 000) DO = 91 770,00 (desfavorável) Desvio de Produtividade dos Gastos Variáveis DPv = (Hr*Tv + Gf) – (Hp*Tv +Gf) DPv = (3 100*83,30 + 150 000) – (3 240*83,30 + 150 000) Sergio Alfredo Macore 11
  • 12. DPv = -11 662,00 (favorável) Desvio de Produtividade dos Gastos Fixos DPf = Hr*Tf – Hp*Tf = Tf (Hr – Hp) DPf = 41,70 (3 100 – 3 240) DPf = - 5 838,00 (favorável) Desvio de Actividade (ociosa) ou Capacidade DA = Tf (Hn –Hr) DA = 41,70 (3 600 – 3 100) DA = 20 850,00 (desfavorável) CONTROLO DOS DESVIOS E RESPONSABILIDADES PELOS MESMOS Para terem a maior utilidade, os desvios devem ser rapidamente identificados e apresentados tão frequentemente quanto possível (nalguns casos diariamente), pois quanto mais próximo do ponto de ocorrência for o relato, maior é a possibilidade de controlo e acção correctiva. Os desvios devem identificar-se com o gestor responsável pelos custos suportados. As razões dos desvios devem ser averiguadas e elaborados planos para a necessária acção correctiva, quer discutindo as possíveis causas com o supervisor, quer examinando os dados e registos de base. LIMITE DE TOLERÂNCIA NO CONTROLO DE DESVIOS Considera-se que o controlo dos desvios de custo deve ser da responsabilidade de uma pessoa dos três níveis de gestão: Cúpula, Médio e Inferior. Contudo, pode-se esperar algum desvio na medição do custo devido aos factores empregados na criação dos padrões físicos e económicos e a natureza do desvio. Os dados históricos sobre operações estabelecidas, temperados por alterações estimadas para o futuro, fornecem, habitualmente, bases de confiança para a estimativa dos custos esperados e cálculo dos limites de controlo que servem para indicar, tanto os bons como os maus períodos de exploração. Sergio Alfredo Macore 12
  • 13. DESTINO DOS DESVIOS Os desvios podem ser liquidados de qualquer das seguintes maneiras: 1. Transferidos para a conta de Resultados; 2. Repartidos pelas contas dos Produtos Vendidos, Produtos Acabados e Produtos em Vias de Fabrico. As decisões respeitantes ao tratamento mais aceitável, exigem considerações que vão além do mero agrupamento de que só os custos globais devem ser admitidos nas demonstrações financeiras. O tratamento dos desvios depende de: 1. tipo de desvio – matérias, mão-de-obra ou gastos gerais de fabrico; 2. grandeza dos desvios; 3. experiência sobre custos-padrões; 4. causa do desvio, por exemplo, padrões incorrectos; 5. época do desvio, por exemplo, um desvio invulgar causado por flutuações sazonais MÉTODO DO ESQUEMA PARCIAL OU AISO (“ACTUAL-IN, STANDARD-OUT”) Características essenciais 1. As contas “FABRICAÇÃO” (pode haver apenas uma ou três: Matérias C/ Fabricação, Mão-de- obra C/ Fabricação e Gastos Gerais de Fabrico C/ Fabricação, ou uma Conta Fabricação por cada centro de produção e por cada classe de custo) são acrescidas dos custos efectivamente suportados para a produção do mês e creditadas pelo custo-padrão de produção mensal (Produtos Acabados e Produtos em Fabricação no fim do mês); Sergio Alfredo Macore 13
  • 14. 2. O saldo da Conta “FABRICAÇÃO” representa a variação do padrão. Esta variação pode ser directamente imputada à Conta Resultados ou, se o montante for sensível, analisada para determinar as causas; 3. As análises dos desvios são feitas no fim de cada mês; 4. Para determinar os desvios entre os custos reais e os custos-padrão, é necessário proceder a um inventário dos produtos em fabricação e valorizá-los de acordo com os custos padrão; 5. A conta Matérias-primas funciona por valores reais, sendo acrescida dos custos efectivos das matérias adquiridas e creditada dos custos efectivos das matérias em fabricação; 6. A conta Produtos Acabados é acrescida do custo-padrão dos produtos obtidos e creditada do custo-padrão dos produtos vendidos. O saldo representa o valor padrão dos produtos acabados em reserva; 7. A conta Resultados de Exploração é debitada dos custos-padrão dos produtos vendidos e creditada dos resultados reais realizados pela venda. Recebe, além disso, os saldos das contas abertas às variações. MÉTODO DO ESQUEMA SIMPLES OU SISO (“STANDARD-IN, STANDARD-OUT”) Características essenciais 1. As contas “FABRICAÇÃO”são debitadas e creditadas a custos-padrão. O seu saldo representa o valor padrão dos remanescentes; 2. As variações (ou desvios) entre os custos reais e os custos-padrão são verificadas no momento em que os custos dos vários factores são debitados à respectiva conta Fabricação, com excepção das variações de preço referentes à compra das matérias, que são verificadas logo após a compra; 3. A conta Matérias-primas recolhe no “Deve” os remanescentes iniciais e as aquisições, ambos valorizados em padrão, e no “Haver”, o custo-padrão das matérias utilizadas na fabricação. Portanto, o seu saldo representa o remanescente final valorizado em padrão; 4. A conta Matérias-primas C/ Fabricação recolhe no “Deve” o custo-padrão dos materiais em fabricação no início do período e dos introduzidos na fabricação; no “Haver”, o custo-padrão Sergio Alfredo Macore 14
  • 15. dos produtos acabados em contraposição ao débito da Conta Produtos Acabados. O saldo representa o remanescewnte das matérias em fabricação. CONFRONTO ENTRE OS DOIS MÉTODOS (AISO E SISO) As diferenças significativas existentes entre os dois métodos podem-se resumir assim: 1. As contas “FABRICAÇÃO” funcionam por custos reais (“Deve”) e custos-padrão (“Haver”) no Método Parcial, e unicamente por custos-padrão no Método Simples; 2. Segundo o Método Parcial, as variações ou desvios são verificados no fim do período contabilístico, ao passo que, segundo o outro método (o Simples), a verificação das variações faz-se à medida que se introduzem os factores na produção. 3. As variaçes de preço referentes às matérias são verificadas em conexão com a entrega dos produtos acabados, no primeiro caso (Método Parcial), e no momento da aquisição no segundo (Método Simples); 4. A conta “Matérias-primas” funciona por custos reais no Método Parcial, e por custos-padrão no Método Simples; 5. O Método Parcial, para determinação dos desvios, exige a realização de um inventário dos produtos em fabricação no fiom de cada período contabilístico, o que não acontece quando se emprega o Método Simples; 6. Nos casos em que os remanescentes iniciais e finais dos produtos em fabricação não sofrem variações, também se podem calcular com o Método Parcial, os desvios, sem se recorrer à verificação física dos remanescentes; 7. O Método Parcial pode ser empregue utilmente quando não-se exigem dados muito analíticos e quando é possível avaliar, ainda que aproximadamente, a variação dos remanescentes dos produtos em fabricação, sem recorrer ao inventário físico. O Método simples, pelo contrário, é particularmente adequado nos casos em que se pretende analisar, frequentemente, e de modo pormenorizado, as variações entre os custos reais e os custos-padrões; 8. Os custos que o emprego do Método Simples comporta são maiores do que os do Método Parcial, por causa das verificações frequentes e pormenorizadas das variações. EM SUMA: Sergio Alfredo Macore 15
  • 16. O Método do Esquema Parcial apresenta um grande inconvenente: o de exigir, todos os meses, a realizaç`ao de um inventário, físico ou contabilístico, dos produtos em fabricação; O Método do Esquema Simples apresenta a vantagem de não exigir, todos os meses, a realização de um inventário dos produtos em fabricação, porquanto o valor padrão destes deriva, automaticamente, do saldo das contas “Fabricação”. Todavia, estás sempre presente o perigo de uma supervalorização dos produtos em fabricação: se os desvios e quebras não forem cuidadosamente controlados, permanecerão nas contas, mesmo quando não se procede a um inventário físico. NÃO TE ESQUEÇA DE AGRADECER Nome: Sérgio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper Nascido: 22 de Fevereiro de 1992 Natural: Cabo Delgado – Pemba Contacto: +258 826677547 ou +258 846458829 Email: Sergio.macore@gamil.com Facebook: Helldriver Rapper Rapper ou Sergio Alfredo Macore Formação: Gestão de Empresas e Finanças NB: Se precisar de algo, não tenha vergonha de pedir, estou a sua disposicao para te ajudar,me contacte. Sergio Alfredo Macore 16