O documento discute a história do desenho ao longo dos períodos históricos, desde as pinturas rupestres pré-históricas até o desenvolvimento de técnicas e materiais modernos. Ele explica como o desenho evoluiu para refletir os avanços científicos e ideais estéticos de cada época.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
História da arte_desenho
1. O homem pré-histórico
marcou na rocha seres
humanos, animais, plantas,
elementos do seu mundo,
expressando de uma forma
intensa as suas vivências.
D E S E N H O
O desenho é uma
forma de linguagem,
talvez a mais antiga.
2. As culturas da antiguidade como a
Egípcia e Grega, deixaram marcas
da sua história registradas sob a
forma de imagens desenhadas que
nos oferecem meios para a
compreensão do seu pensamento
história e sabedoria.
3. O desenho da idade média
transporta-nos para o ambiente
da época com as suas
personagens ingénuas e espaços
"impossíveis" por ausência da
perspectiva.
4. No renascimento o desenho
ganha pujança e força com
as suas perspectivas
sublimes e a sensibilidade
grandiosa dos mestres da
época.
5. O desenho de cada período
histórico é condicionado por
aquilo que em determinado
momento histórico é
considerado verdadeiro e
digno de importância.
6. Quase sempre um registro
desenhado parte de uma
experiência de observação da
realidade. Refletindo sobre o que
vê, o homem registra o que
compreende da realidade e o
que julga ser digno de interesse.
7. Do ponto de vista do observador
procura-se fazer a decodificação do
que se vê representado, a partir do
que se conhece do mundo, fazendo
associações automáticas entre o que
conhecemos da realidade e o que
vemos representado.
8. Veja-se por exemplo como
varia a representação de um
Cristo na arte Bizantina ou na
da Idade Média, do Gótico ou
da atualidade. Igualmente a
representação da figura
humana aparece com
aspectos completamente
diversos conforme as épocas
históricas devido aos
conhecimentos que se tinham
ou não sobre a anatomia
humana, ou os ideais de
beleza do momento.
9. Mas um acontecimento realmente importante para todas
as formas de desenho foi a invenção do papel pelos
chineses há mais de três mil anos. Até então eram
usados diferentes materiais para as representações
como blocos de barro ou argila, couro, tecidos, folhas de
palmeira, pedras, ossos de baleia, papiro (uma espécie
de papel mais fibroso muito usado pelos egípcios) e até
mesmo bambu. Estima-se que por volta do ano VI a.C.
os chineses já utilizassem um papel de seda branco
próprio para desenho e escrita. Mas, o papel da forma
que conhecemos hoje surgiu em 105 d.C. tendo sido
mantido em segredo pelos chineses durante quase 600
anos. A técnica, embora tenha evoluído, ainda mantém o
mesmo princípio de extração de fibras vegetais,
prensagem e secagem.
10. Os apetrechos utilizados para fazer o desenho também
foram bem diferentes até que se inventasse a comum
caneta em esferográfica, em 1938. O primeiro “utensílio”
para desenhar foram os dedos com os quais os homens
fizeram as pinturas rupestres, depois os babilônicos
usaram pedaços de madeira ou osso em formato de cunha
para desenhar em tábuas de argila (daí o nome escrita
“cuneiforme”). Com a invenção do papiro pelos egípcios
foi necessário desenvolver outros materiais para
escrita/desenho. Passaram então a ser utilizados madeira e
ossos molhados em tinta vegetal e, depois, as famosas
penas ou ainda o carvão, já utilizado pelo
homem/cavernas. As penas, no séc XVIII, passaram a ser
de metal e em 1884, Lewis E. Watterman patenteou a
caneta tinteiro, precursora das esferográficas.