SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 5
Downloaden Sie, um offline zu lesen
HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1989
Rosane da Conceição Pereira1
O sociólogo e filósofo, Jürgen Habermas, propõe uma teoria da comunicação
como uma teoria crítica da sociedade, de modo que a ação comunicativa entre os
interlocutores sociais é analisada segundo suas relações. A teoria crítica da sociedade
funcionaria como uma teoria do comportamento, uma propedêutica, um conjunto de
regras morais para a vida, que afirmam a infra-estrutura da linguagem humana, do
conhecer, do agir e da cultura (Habermas, 1989, p. 39). No interior dessa teoria crítica, o
conceito agir comunicativo corresponde às "ações orientadas para o entendimento
mútuo", em que o ator social inicia o processo circular da comunicação e é produto dos
processos de socialização que o formam, em vista da compreensão mútua e consensual.
Paralelamente, o conceito agir estratégico compreende as práticas individualistas em
certas condições sociais, ou a utilização política de uma força, ou as "ações orientadas
pelo interesse para o sucesso".
Habermas trabalha com o conceito "Diskurs" (Discurso) como uma forma de
comunicação (Kommunikation) ou Rede (discurso, fala), que consiste na comunicação
(fala ou discurso) destinada a fundamentar as pretensões de validade das afirmações e
das normas nas quais se baseia implicitamente o agir comunicativo (interação social) –
que é outra forma de comunicação (fala ou discurso). O sociólogo e filósofo defende o
aspecto intersubjetivo do discurso (relação dialogal), além do aspecto lógico-
argumentativo (explanação e discussão para a fundamentação das pretensões de validez
problematizadas).
Há três contribuições à tese da consciência moral e do agir comunicativo,
expressas por Habermas:
"A Filosofia como Guardador de Lugar e como Intérprete": investigações
filosóficas e empíricas como as inspiradas na epistemologia genética de Jean Piaget (em
psicologia). Para Habermas, mesmo quando a filosofia se dispensa dos papéis
1
Rosane da Conceição Pereira é aluna do Mestrado em Comunicação, Imagem e Informação da
UFF
problemáticos de indicador de lugar e de juiz (perspectivas kantianas), ela pode e deve
manter sua pretensão de razão (concordando com Kant) nas funções mais modestas de
guardador de lugar dos saberes e como intérprete destes. Não é por menos que o
sociólogo e filósofo chama o marxismo e a psicanálise, por exemplo, de pseudociências
responsáveis por uma híbrida mistura dos Discursos normais com os patológicos – já
que esses saberes não se conformariam à divisão de trabalho que proibe a inserção do
elemento filosófico dentro das ciências propriamente ditas. Do ponto de vista da história
das ciências e da psicologia genética de Piaget (para quem aprender é agir), o marxismo
e a psicanálise caracterizariam exatamente os tipos de teorias que fundam novas
tradições de pesquisa, considerando a inclusão filosófica na cooperação científica.
"Ciências Sociais Reconstrutivas versus Ciências Sociais Compreensivas": a
teoria do desenvolvimento moral de Lawrence Kohlberg (em psiclogia) como modelo
que explique claramente as relações entre reconstruções hipotéticas e explicações
causais. Partindo da idéia de que as ciências sociais não devem abandonar a dimensão
hermenêutica da pesquisa (papel de intérprete), Habermas distingue dois tipos de
ciências sociais. As ciências sociais reconstrutivas correspondem àquelas que
redistribuem o peso das construções normativas (judicativas, classificatórias) na história
das ciências, com base em reconstruções hipotéticas para abordagens de maior
sensibilidade hermenêutica – caso dos fundamentos da fenomenologia (segundo
Wittgenstein), da hermenêutica filosófica e da teoria crítica. Enquanto as ciências
sociais compreensivas remetem àquelas que interpretam as explicações causais, de
maneira que os argumentos fundamentais da hermenêutica filosófica foram aceitos
como paradigma, e não como doutrina, em outras ciências – caso da antropologia, da
sociologia e da psicologia social. Esses dois tipos de ciências sociais são interpretados
por três funções e dois usos da linguagem e/ou do Discurso no "mundo da vida" referido
por Boaventura2
2
Cf. Santos, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal,
1989.
– do "Lebenswelt", do senso comum ou das suposições e das práticas
comuns. As três funções da linguagem e/ou do Discurso seriam: a reprodução cultural
ou presentificação das tradições (caso da hermenêutica filosófica, de Gadamer); a
integração social ou coordenação dos planos de diferentes atores na interação social
(caso da teoria do agir comunicativo, de Habermas); e a socialização da interpretação
cultural das necessidades humanas (caso da psicologia social, de G. H. Meado). Já os
dois usos da linguagem e/ou do Discurso seriam: o uso cognitivo (dizer ou pensar algo a
ser transmitido, informado) e o uso comunicativo (transmitir, informar algo dito ou
pensado; solucionando o problema de adequar o pensamento relativo ao "mundo
deontológico", do dever ser, aos estados de coisas relativos ao "mundo ontológico", do
ser – questão da adequação do pensar e aprender com o agir). Kohlberg parece ter sido
quem melhor tentou realizar essa conciliação entre pensar, aprender e agir, ou entre as
ciências sociais, a hermenêutica e a filosofia. Mas, mesmo assim, Habermas critica a
teoria kohlbergiana do desenvolvimento da consciência moral por ter a pretensão
apriorística de reduzir a reconstrução racional às intuições morais (apenas filosóficas) e
a análise empírica ao desenvolvimento moral (apenas psicológico). Habermas, então,
acusa Kohlberg de ambigüidade, pois este não considera que as racionalidades
filosófica e científica possuem sataus hipotético (são construções), e que a teoria-prática
é compreendida (não se isola) no interior de ambas (filosofia e ciência).
"Notas Programáticas para a Fundamentação de uma Ética do Discurso":
homenagem a Karl-Otto Apel, cujo objetivo é esclarecer o ponto de partida da ética do
Discurso. Primeiramente, Habermas faz duas considerações propedêuticas acerca da
ética do Discurso. A propósito da fenomenologia do fato moral: a validez deôntica (dos
deveres ou ciência da moral) das normas e as pretensões de validez que erguemos com
atos de fala ligados às normas (atos regulativos) constituem os fenômenos que uma ética
filosófica tem que explicar. E as abordagens objetivistas e subjetivistas da ética: as
posições filosóficas conhecidas, a saber, as teorias definidoras de gênero metafísico e as
éticas institucionalistas do valor, por um lado, e as teorias não-cognitivistas como o
emotivismo e o decisionismo, por outro lado, não dão conta dos fenômenos que
precisam de explicação – pois assimilam as proposições normativas ao modelo errôneo
das valorações e das proposições descritivas ou da vida, imperativas e intencionais. Em
seguida, Habermas faz três advertências acerca do princípio da universalização como
regra de argumentação, para a ética do Discurso. As pretensões de validez assertórias e
normativas no agir comunicativo: os fenômenos morais denunciam uma investigação
formal pragmática do agir comunicativo, em vista de um princípio moral ou de um
critério universal de interação social. O princípio moral ou o critério da universalização
de máximas de ação: o agir comunicativo consiste na orientação dos atores sociais por
pretensões de validez para todos os envolvidos. E a argumentação versus participação –
um excurso (digressão, divagação): a ética filosófica do Discurso pode assumir a figura
de uma teoria especial da argumentação, diferentemente da teoria do conhecimento. Por
fim, Habermas faz três observações acerca da ética do Discurso e seus fundamentos na
teoria da ação. Questiona se é necessária e possível uma fundamentação do princípio
moral e afirma que sim, pois a fundamentação da teoria moral concerniria ao princípio
de universalização dos saberes – o único princípio a possibilitar nas questões práticas
(da moral e da política) um acordo argumentativo – e à tentativa de mostrar como esse
princípio pode ter uma fundamentação transcendental através da ética do Discurso – a
partir das pressuposições pragmáticas universais de uma argumentação consensual,
segundo Apel. Explana a estrutura e valor posicional do argumento pragmático-
transcendental: a "derivação" (do argumento pragmático-transcendental para a ética do
Discurso) não pode pretender o status de uma fundamentação última, pois o argumento
pragmático-transcendental proposto por Apel seria fraco ainda para quebrar a resistência
cética a qualquer forma de moral racional plenamente universal – crítica ao
descolamento empírico do contexto interno da teoria do agir comunicativo. E propõe,
enfim, a relação entre moralidade e eticidade: o problema da resistência cética a
qualquer forma de moral racional e universal implica o retorno de Habermas à crítica
hegeliana quanto à moral kantiana, ou seja, implica substituir o modo de fundamentação
transcendental da razão como fim moral pelo modo modo dialético da razão como meio
ético. Substituição que, conforme Habermas, daria ao primado da eticidade perante a
moralidade um sentido imune às tentativas de ideologização neo-aristotélicas
(essencialistas ou não construtivistas) e mesmo neo-hegelianas (negativistas ou pelas
verdades encobertas e não histórico-socialmente construídas).
Em conformidade com suas contribuições fundamentais, a tese de "Consciência
Moral e Agir Comunicativo" abrange conceitos elementares, como: o princípio de
universalização (U), uma regra de argumentação geral, a ética do Discurso e a teoria do
desenvolvimento da consciência moral, formulada por Kohlberg.
O princípio de universalização é introduzido como regra de argumentação para
os Discursos práticos (filosofia e sociologia), pois esse princípio pode ser compreendido
como uma reconstrução das intuições da vida cotidiana que sustentariam uma avaliação
imparcial dos conflitos de ação morais (modelo "reflective equilibrium", de Rawls).
Enquanto a regra de argumentação é fundamentada a partir dos pressupostos
pragmáticos da argumentação em geral, juntamente com a explicitação do sentido das
pretensões de validez normativas, ou seja, a validez universal do princípio de
universalização ultrapassa a perspectiva de uma cultura determinada, baseando-se na
comprovação pragmático-transcendental de pressupostos universais e necessários de
argumentação. Esses argumentos sustentam apenas a circunstância de que não há
nenhuma alternativa identificável para a "nossa" maneira de argumentar, de modo que a
ética do Discurso também se apóia, como as ciências sociais reconstrutivas,
exclusivamente em reconstruções hipotéticas, para as quais temos que buscar
confirmações plausíveis, em concorrência como outras teorias das quais depende a sua
confirmação indireta. E a teoria do desenvolvimento da consciência moral humana,
formulada por Kohlberg, oferece esta confirmação indireta à teoria da ética do Discurso,
de Habermas: o desenvolvimento da capacidade de julgar (moral) efetuaria-se da
infância à idade adulta, passando pela adolescência, de acordo com um modelo
invariante, que é um princípio de universalização, o ponto de referência normativo da
via evolutiva do Discurso na argumentação humana – certo reducionismo a um
fisiologismo ancorado em um padrão fixo, restritivo. Assim, qualquer comportamento
diferente do padrão seria explicado, segundo Habermas, como uma ação motivada
inconscientemente, não confessada pelo ator social a si e aos demais, entre seu agir
estratégico (individualista) e seu agir comunicativo (universalista). Esse efeito de auto-
engano ou ato de defesa seria interpretado, então, como um distúrbio intrapsíquico da
comunicação, distorcida de maneira sistemática em um plano interpessoal e
intrapsíquico. É para uma tal comunicação distorcida que Habermas sugere uma
discussão específica dentro da teoria da comunicação.
De acordo com Habermas, a consciência moral (a racionalização universal dos
modos de viver humanos) viabiliza a aplicação inteligente de discernimentos morais
universais. Aplicação que se daria através do agir comunicativo, com a compreensão
mútua e consensual entre os atores sociais (como supostamente ocorreria no meio
acadêmico universitário), ainda que essa perspectiva seja, no melhor dos casos, utópica.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

2° etapa da atps
2° etapa da atps2° etapa da atps
2° etapa da atpsjessicacpc
 
Trabalho resenha
Trabalho resenhaTrabalho resenha
Trabalho resenhapsi-fca
 
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...Érika Renata
 
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981Rodnei Reis
 
Arquétipo social max weber
Arquétipo social max weberArquétipo social max weber
Arquétipo social max weberCristianeM
 
Agb dez2011 06
Agb dez2011 06Agb dez2011 06
Agb dez2011 06rasnnther
 
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumoNicolas Pelicioni
 
Fundamentos da Psicologia Social
Fundamentos da Psicologia SocialFundamentos da Psicologia Social
Fundamentos da Psicologia SocialMarcos Pereira
 
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro Alves
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro AlvesA ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro Alves
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro AlvesDevair Sanchez
 
Behaviorismo filosófico
Behaviorismo filosóficoBehaviorismo filosófico
Behaviorismo filosóficoCaio Maximino
 
Texto complem. 2 método dialético
Texto complem. 2 método dialéticoTexto complem. 2 método dialético
Texto complem. 2 método dialéticoPsicologia_2015
 
Filosofia em Tempos Difíceis
Filosofia em Tempos DifíceisFilosofia em Tempos Difíceis
Filosofia em Tempos DifíceisJorge Barbosa
 
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxisMauricio Fernandes
 

Was ist angesagt? (20)

2° etapa da atps
2° etapa da atps2° etapa da atps
2° etapa da atps
 
Leitura behaviorismo logico05v25n2
Leitura behaviorismo logico05v25n2Leitura behaviorismo logico05v25n2
Leitura behaviorismo logico05v25n2
 
Trabalho resenha
Trabalho resenhaTrabalho resenha
Trabalho resenha
 
Texto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmasTexto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmas
 
Foucault
FoucaultFoucault
Foucault
 
Os principios de psicologia
Os principios de psicologiaOs principios de psicologia
Os principios de psicologia
 
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...
Evangelista,p. a interpretação fenomenológica de heidegger da primeira epísto...
 
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981
O problema mente-cérebro por Jerry Fodor - Scientific American 1981
 
Texto 01a
Texto 01aTexto 01a
Texto 01a
 
Arquétipo social max weber
Arquétipo social max weberArquétipo social max weber
Arquétipo social max weber
 
Agb dez2011 06
Agb dez2011 06Agb dez2011 06
Agb dez2011 06
 
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo“Psicologia, uma (nova) introdução”   resumo
“Psicologia, uma (nova) introdução” resumo
 
Fundamentos da Psicologia Social
Fundamentos da Psicologia SocialFundamentos da Psicologia Social
Fundamentos da Psicologia Social
 
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro Alves
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro AlvesA ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro Alves
A ideia de uma filosofia primeira na fenomenologia de Husserl, Pedro Alves
 
Behaviorismo filosófico
Behaviorismo filosóficoBehaviorismo filosófico
Behaviorismo filosófico
 
Psicologia 1850 a 1950 foucault
Psicologia 1850 a 1950 foucaultPsicologia 1850 a 1950 foucault
Psicologia 1850 a 1950 foucault
 
Texto complem. 2 método dialético
Texto complem. 2 método dialéticoTexto complem. 2 método dialético
Texto complem. 2 método dialético
 
Filosofia em Tempos Difíceis
Filosofia em Tempos DifíceisFilosofia em Tempos Difíceis
Filosofia em Tempos Difíceis
 
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis
216681732 jurgen-habermas-teoria-e-praxis
 
Psicologia pastoral
Psicologia pastoralPsicologia pastoral
Psicologia pastoral
 

Andere mochten auch

Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergArtigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergRoni Chittoni
 
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...Barbara Mota Johas
 
Declarao Dos Direitos Humanos
Declarao Dos Direitos HumanosDeclarao Dos Direitos Humanos
Declarao Dos Direitos Humanosfc7c0809
 
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosisacamel
 
Consciência amiga ou inimiga
Consciência   amiga ou inimigaConsciência   amiga ou inimiga
Consciência amiga ou inimigaAlex Medeiros
 
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)Luiza Moreira
 
Aung San Suu Kyi
Aung San Suu KyiAung San Suu Kyi
Aung San Suu KyiSze Wei Lim
 
Acção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresAcção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresJorge Barbosa
 

Andere mochten auch (12)

Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a KohlbergArtigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
Artigo Liderança - Desenvolvimento moral de Piaget a Kohlberg
 
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...
A coesao interna_entre_direitos_subjetivos_e_autonomia_pública_em_habermas-_t...
 
Declarao Dos Direitos Humanos
Declarao Dos Direitos HumanosDeclarao Dos Direitos Humanos
Declarao Dos Direitos Humanos
 
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemosÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
ÉTica - fund. moral quando nos referimos à acção humana, aprendemos
 
Consciência amiga ou inimiga
Consciência   amiga ou inimigaConsciência   amiga ou inimiga
Consciência amiga ou inimiga
 
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)
Habermas, jürgen. direito e democracia (volume ii)
 
Moral cristã e caridade
Moral cristã e caridadeMoral cristã e caridade
Moral cristã e caridade
 
Aung San Suu Kyi
Aung San Suu KyiAung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi
 
Desenvolvimento Humano Piaget 1
Desenvolvimento Humano Piaget 1Desenvolvimento Humano Piaget 1
Desenvolvimento Humano Piaget 1
 
Desenvolvimento Moral
Desenvolvimento MoralDesenvolvimento Moral
Desenvolvimento Moral
 
Acção Humana e os Valores
Acção Humana e os ValoresAcção Humana e os Valores
Acção Humana e os Valores
 
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTAAULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
AULA 08 - RESENHA CRÍTICA - PRONTA
 

Ähnlich wie Teoria da Comunicação de Habermas

Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaAula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaFábio Fonseca de Castro
 
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptaula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptadrianomcosta3
 
A verdade e seu contexto uma abordagem a partir de habermas e rorty
A verdade e seu contexto   uma abordagem a partir de habermas e rortyA verdade e seu contexto   uma abordagem a partir de habermas e rorty
A verdade e seu contexto uma abordagem a partir de habermas e rortyFrederico Garcia Brito
 
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricas
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricasO conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricas
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricasJuliana Soares
 
Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Direito2012sl08
 
Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Direito2012sl08
 
Informação e comunicação em habermas e luhmann
Informação e comunicação em habermas e luhmannInformação e comunicação em habermas e luhmann
Informação e comunicação em habermas e luhmannClovis de Lima
 
O corpo-na-teoria-antropologica
O corpo-na-teoria-antropologicaO corpo-na-teoria-antropologica
O corpo-na-teoria-antropologicapedroarts
 
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496Saulo Almeida
 
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialéticaDocência "in loco"
 
Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Joana
 

Ähnlich wie Teoria da Comunicação de Habermas (20)

583-2607-1-PB.pdf
583-2607-1-PB.pdf583-2607-1-PB.pdf
583-2607-1-PB.pdf
 
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão públicaAula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
Aula 26 Jügen Habermas, um pensador da razão pública
 
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.pptaula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
aula26-jrgenhabermasumpensadordarazopblica-091209074923-phpapp02.ppt
 
A verdade e seu contexto uma abordagem a partir de habermas e rorty
A verdade e seu contexto   uma abordagem a partir de habermas e rortyA verdade e seu contexto   uma abordagem a partir de habermas e rorty
A verdade e seu contexto uma abordagem a partir de habermas e rorty
 
Metodologia
MetodologiaMetodologia
Metodologia
 
Metodo marxista
Metodo marxistaMetodo marxista
Metodo marxista
 
Texto 7 o materialismo histórico-dialético e a educação
Texto 7   o materialismo histórico-dialético e a educaçãoTexto 7   o materialismo histórico-dialético e a educação
Texto 7 o materialismo histórico-dialético e a educação
 
25720 29773-1-pb
25720 29773-1-pb25720 29773-1-pb
25720 29773-1-pb
 
1620 3248-1-sm
1620 3248-1-sm1620 3248-1-sm
1620 3248-1-sm
 
A virada pragmática
A virada pragmáticaA virada pragmática
A virada pragmática
 
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricas
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricasO conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricas
O conceito de subjetividade nas teorias sócio-históricas
 
Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.
 
Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.Apostila hermenêutica jurídica.
Apostila hermenêutica jurídica.
 
Filosofía
FilosofíaFilosofía
Filosofía
 
Informação e comunicação em habermas e luhmann
Informação e comunicação em habermas e luhmannInformação e comunicação em habermas e luhmann
Informação e comunicação em habermas e luhmann
 
Concepções filosoficas-s
Concepções filosoficas-sConcepções filosoficas-s
Concepções filosoficas-s
 
O corpo-na-teoria-antropologica
O corpo-na-teoria-antropologicaO corpo-na-teoria-antropologica
O corpo-na-teoria-antropologica
 
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496
Democracia e-psicologiasocialcritica-5161496
 
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética
4.arnoni papirus 2008_metodologia da mediação dialética
 
Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Ficha retórica 3
Ficha retórica 3
 

Mehr von Professor Sérgio Duarte

Trabalho c510 n – promoção e merchandising
Trabalho c510 n – promoção e merchandisingTrabalho c510 n – promoção e merchandising
Trabalho c510 n – promoção e merchandisingProfessor Sérgio Duarte
 
Trabalho 2 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 2   cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaTrabalho 2   cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 2 cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaProfessor Sérgio Duarte
 
Trabalho 1 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 1   cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaTrabalho 1   cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 1 cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaProfessor Sérgio Duarte
 
C409 m texto entrevista o globo convergência
C409 m texto entrevista o globo convergênciaC409 m texto entrevista o globo convergência
C409 m texto entrevista o globo convergênciaProfessor Sérgio Duarte
 

Mehr von Professor Sérgio Duarte (20)

Apresentacao+casamento+ +final
Apresentacao+casamento+ +finalApresentacao+casamento+ +final
Apresentacao+casamento+ +final
 
Trabalho C708 j agencia digital
Trabalho C708 j agencia digital Trabalho C708 j agencia digital
Trabalho C708 j agencia digital
 
Trabalho c510 n – promoção e merchandising
Trabalho c510 n – promoção e merchandisingTrabalho c510 n – promoção e merchandising
Trabalho c510 n – promoção e merchandising
 
Trabalho 2 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 2   cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaTrabalho 2   cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 2 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
 
Trabalho c409 d convergência de mídias
Trabalho c409 d   convergência de mídiasTrabalho c409 d   convergência de mídias
Trabalho c409 d convergência de mídias
 
Trabalho 1 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 1   cca0426 - pesq de opinião e mercadológicaTrabalho 1   cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
Trabalho 1 cca0426 - pesq de opinião e mercadológica
 
Trabalho c 711 n gestão de projetos
Trabalho c 711 n gestão de projetosTrabalho c 711 n gestão de projetos
Trabalho c 711 n gestão de projetos
 
Critério brasil 2015-2016
Critério brasil   2015-2016Critério brasil   2015-2016
Critério brasil 2015-2016
 
Remuneração de agências
Remuneração de agênciasRemuneração de agências
Remuneração de agências
 
Panorama das agencias digitais
Panorama das agencias digitaisPanorama das agencias digitais
Panorama das agencias digitais
 
Lei nº 4.680
Lei nº 4.680Lei nº 4.680
Lei nº 4.680
 
Livro Google Marketing
Livro Google MarketingLivro Google Marketing
Livro Google Marketing
 
Pesquisa brasileira de midia 2014
Pesquisa brasileira de midia 2014Pesquisa brasileira de midia 2014
Pesquisa brasileira de midia 2014
 
Pesquisa Descobrindo a Classe C
Pesquisa Descobrindo a Classe CPesquisa Descobrindo a Classe C
Pesquisa Descobrindo a Classe C
 
Legislação promoção de prêmios
Legislação promoção de prêmiosLegislação promoção de prêmios
Legislação promoção de prêmios
 
Legislação marco civil internet
Legislação marco civil internetLegislação marco civil internet
Legislação marco civil internet
 
C708 j livro landing pages na prática
C708 j livro landing pages na práticaC708 j livro landing pages na prática
C708 j livro landing pages na prática
 
Pesquisa agências digitais
Pesquisa agências digitaisPesquisa agências digitais
Pesquisa agências digitais
 
C708 j lei nº 4.680
C708 j lei nº 4.680C708 j lei nº 4.680
C708 j lei nº 4.680
 
C409 m texto entrevista o globo convergência
C409 m texto entrevista o globo convergênciaC409 m texto entrevista o globo convergência
C409 m texto entrevista o globo convergência
 

Kürzlich hochgeladen

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 

Teoria da Comunicação de Habermas

  • 1. HABERMAS, Jürgen. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989 Rosane da Conceição Pereira1 O sociólogo e filósofo, Jürgen Habermas, propõe uma teoria da comunicação como uma teoria crítica da sociedade, de modo que a ação comunicativa entre os interlocutores sociais é analisada segundo suas relações. A teoria crítica da sociedade funcionaria como uma teoria do comportamento, uma propedêutica, um conjunto de regras morais para a vida, que afirmam a infra-estrutura da linguagem humana, do conhecer, do agir e da cultura (Habermas, 1989, p. 39). No interior dessa teoria crítica, o conceito agir comunicativo corresponde às "ações orientadas para o entendimento mútuo", em que o ator social inicia o processo circular da comunicação e é produto dos processos de socialização que o formam, em vista da compreensão mútua e consensual. Paralelamente, o conceito agir estratégico compreende as práticas individualistas em certas condições sociais, ou a utilização política de uma força, ou as "ações orientadas pelo interesse para o sucesso". Habermas trabalha com o conceito "Diskurs" (Discurso) como uma forma de comunicação (Kommunikation) ou Rede (discurso, fala), que consiste na comunicação (fala ou discurso) destinada a fundamentar as pretensões de validade das afirmações e das normas nas quais se baseia implicitamente o agir comunicativo (interação social) – que é outra forma de comunicação (fala ou discurso). O sociólogo e filósofo defende o aspecto intersubjetivo do discurso (relação dialogal), além do aspecto lógico- argumentativo (explanação e discussão para a fundamentação das pretensões de validez problematizadas). Há três contribuições à tese da consciência moral e do agir comunicativo, expressas por Habermas: "A Filosofia como Guardador de Lugar e como Intérprete": investigações filosóficas e empíricas como as inspiradas na epistemologia genética de Jean Piaget (em psicologia). Para Habermas, mesmo quando a filosofia se dispensa dos papéis 1 Rosane da Conceição Pereira é aluna do Mestrado em Comunicação, Imagem e Informação da UFF
  • 2. problemáticos de indicador de lugar e de juiz (perspectivas kantianas), ela pode e deve manter sua pretensão de razão (concordando com Kant) nas funções mais modestas de guardador de lugar dos saberes e como intérprete destes. Não é por menos que o sociólogo e filósofo chama o marxismo e a psicanálise, por exemplo, de pseudociências responsáveis por uma híbrida mistura dos Discursos normais com os patológicos – já que esses saberes não se conformariam à divisão de trabalho que proibe a inserção do elemento filosófico dentro das ciências propriamente ditas. Do ponto de vista da história das ciências e da psicologia genética de Piaget (para quem aprender é agir), o marxismo e a psicanálise caracterizariam exatamente os tipos de teorias que fundam novas tradições de pesquisa, considerando a inclusão filosófica na cooperação científica. "Ciências Sociais Reconstrutivas versus Ciências Sociais Compreensivas": a teoria do desenvolvimento moral de Lawrence Kohlberg (em psiclogia) como modelo que explique claramente as relações entre reconstruções hipotéticas e explicações causais. Partindo da idéia de que as ciências sociais não devem abandonar a dimensão hermenêutica da pesquisa (papel de intérprete), Habermas distingue dois tipos de ciências sociais. As ciências sociais reconstrutivas correspondem àquelas que redistribuem o peso das construções normativas (judicativas, classificatórias) na história das ciências, com base em reconstruções hipotéticas para abordagens de maior sensibilidade hermenêutica – caso dos fundamentos da fenomenologia (segundo Wittgenstein), da hermenêutica filosófica e da teoria crítica. Enquanto as ciências sociais compreensivas remetem àquelas que interpretam as explicações causais, de maneira que os argumentos fundamentais da hermenêutica filosófica foram aceitos como paradigma, e não como doutrina, em outras ciências – caso da antropologia, da sociologia e da psicologia social. Esses dois tipos de ciências sociais são interpretados por três funções e dois usos da linguagem e/ou do Discurso no "mundo da vida" referido por Boaventura2 2 Cf. Santos, Boaventura de Sousa. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1989. – do "Lebenswelt", do senso comum ou das suposições e das práticas comuns. As três funções da linguagem e/ou do Discurso seriam: a reprodução cultural ou presentificação das tradições (caso da hermenêutica filosófica, de Gadamer); a integração social ou coordenação dos planos de diferentes atores na interação social (caso da teoria do agir comunicativo, de Habermas); e a socialização da interpretação cultural das necessidades humanas (caso da psicologia social, de G. H. Meado). Já os dois usos da linguagem e/ou do Discurso seriam: o uso cognitivo (dizer ou pensar algo a
  • 3. ser transmitido, informado) e o uso comunicativo (transmitir, informar algo dito ou pensado; solucionando o problema de adequar o pensamento relativo ao "mundo deontológico", do dever ser, aos estados de coisas relativos ao "mundo ontológico", do ser – questão da adequação do pensar e aprender com o agir). Kohlberg parece ter sido quem melhor tentou realizar essa conciliação entre pensar, aprender e agir, ou entre as ciências sociais, a hermenêutica e a filosofia. Mas, mesmo assim, Habermas critica a teoria kohlbergiana do desenvolvimento da consciência moral por ter a pretensão apriorística de reduzir a reconstrução racional às intuições morais (apenas filosóficas) e a análise empírica ao desenvolvimento moral (apenas psicológico). Habermas, então, acusa Kohlberg de ambigüidade, pois este não considera que as racionalidades filosófica e científica possuem sataus hipotético (são construções), e que a teoria-prática é compreendida (não se isola) no interior de ambas (filosofia e ciência). "Notas Programáticas para a Fundamentação de uma Ética do Discurso": homenagem a Karl-Otto Apel, cujo objetivo é esclarecer o ponto de partida da ética do Discurso. Primeiramente, Habermas faz duas considerações propedêuticas acerca da ética do Discurso. A propósito da fenomenologia do fato moral: a validez deôntica (dos deveres ou ciência da moral) das normas e as pretensões de validez que erguemos com atos de fala ligados às normas (atos regulativos) constituem os fenômenos que uma ética filosófica tem que explicar. E as abordagens objetivistas e subjetivistas da ética: as posições filosóficas conhecidas, a saber, as teorias definidoras de gênero metafísico e as éticas institucionalistas do valor, por um lado, e as teorias não-cognitivistas como o emotivismo e o decisionismo, por outro lado, não dão conta dos fenômenos que precisam de explicação – pois assimilam as proposições normativas ao modelo errôneo das valorações e das proposições descritivas ou da vida, imperativas e intencionais. Em seguida, Habermas faz três advertências acerca do princípio da universalização como regra de argumentação, para a ética do Discurso. As pretensões de validez assertórias e normativas no agir comunicativo: os fenômenos morais denunciam uma investigação formal pragmática do agir comunicativo, em vista de um princípio moral ou de um critério universal de interação social. O princípio moral ou o critério da universalização de máximas de ação: o agir comunicativo consiste na orientação dos atores sociais por pretensões de validez para todos os envolvidos. E a argumentação versus participação – um excurso (digressão, divagação): a ética filosófica do Discurso pode assumir a figura de uma teoria especial da argumentação, diferentemente da teoria do conhecimento. Por fim, Habermas faz três observações acerca da ética do Discurso e seus fundamentos na
  • 4. teoria da ação. Questiona se é necessária e possível uma fundamentação do princípio moral e afirma que sim, pois a fundamentação da teoria moral concerniria ao princípio de universalização dos saberes – o único princípio a possibilitar nas questões práticas (da moral e da política) um acordo argumentativo – e à tentativa de mostrar como esse princípio pode ter uma fundamentação transcendental através da ética do Discurso – a partir das pressuposições pragmáticas universais de uma argumentação consensual, segundo Apel. Explana a estrutura e valor posicional do argumento pragmático- transcendental: a "derivação" (do argumento pragmático-transcendental para a ética do Discurso) não pode pretender o status de uma fundamentação última, pois o argumento pragmático-transcendental proposto por Apel seria fraco ainda para quebrar a resistência cética a qualquer forma de moral racional plenamente universal – crítica ao descolamento empírico do contexto interno da teoria do agir comunicativo. E propõe, enfim, a relação entre moralidade e eticidade: o problema da resistência cética a qualquer forma de moral racional e universal implica o retorno de Habermas à crítica hegeliana quanto à moral kantiana, ou seja, implica substituir o modo de fundamentação transcendental da razão como fim moral pelo modo modo dialético da razão como meio ético. Substituição que, conforme Habermas, daria ao primado da eticidade perante a moralidade um sentido imune às tentativas de ideologização neo-aristotélicas (essencialistas ou não construtivistas) e mesmo neo-hegelianas (negativistas ou pelas verdades encobertas e não histórico-socialmente construídas). Em conformidade com suas contribuições fundamentais, a tese de "Consciência Moral e Agir Comunicativo" abrange conceitos elementares, como: o princípio de universalização (U), uma regra de argumentação geral, a ética do Discurso e a teoria do desenvolvimento da consciência moral, formulada por Kohlberg. O princípio de universalização é introduzido como regra de argumentação para os Discursos práticos (filosofia e sociologia), pois esse princípio pode ser compreendido como uma reconstrução das intuições da vida cotidiana que sustentariam uma avaliação imparcial dos conflitos de ação morais (modelo "reflective equilibrium", de Rawls). Enquanto a regra de argumentação é fundamentada a partir dos pressupostos pragmáticos da argumentação em geral, juntamente com a explicitação do sentido das pretensões de validez normativas, ou seja, a validez universal do princípio de universalização ultrapassa a perspectiva de uma cultura determinada, baseando-se na comprovação pragmático-transcendental de pressupostos universais e necessários de argumentação. Esses argumentos sustentam apenas a circunstância de que não há
  • 5. nenhuma alternativa identificável para a "nossa" maneira de argumentar, de modo que a ética do Discurso também se apóia, como as ciências sociais reconstrutivas, exclusivamente em reconstruções hipotéticas, para as quais temos que buscar confirmações plausíveis, em concorrência como outras teorias das quais depende a sua confirmação indireta. E a teoria do desenvolvimento da consciência moral humana, formulada por Kohlberg, oferece esta confirmação indireta à teoria da ética do Discurso, de Habermas: o desenvolvimento da capacidade de julgar (moral) efetuaria-se da infância à idade adulta, passando pela adolescência, de acordo com um modelo invariante, que é um princípio de universalização, o ponto de referência normativo da via evolutiva do Discurso na argumentação humana – certo reducionismo a um fisiologismo ancorado em um padrão fixo, restritivo. Assim, qualquer comportamento diferente do padrão seria explicado, segundo Habermas, como uma ação motivada inconscientemente, não confessada pelo ator social a si e aos demais, entre seu agir estratégico (individualista) e seu agir comunicativo (universalista). Esse efeito de auto- engano ou ato de defesa seria interpretado, então, como um distúrbio intrapsíquico da comunicação, distorcida de maneira sistemática em um plano interpessoal e intrapsíquico. É para uma tal comunicação distorcida que Habermas sugere uma discussão específica dentro da teoria da comunicação. De acordo com Habermas, a consciência moral (a racionalização universal dos modos de viver humanos) viabiliza a aplicação inteligente de discernimentos morais universais. Aplicação que se daria através do agir comunicativo, com a compreensão mútua e consensual entre os atores sociais (como supostamente ocorreria no meio acadêmico universitário), ainda que essa perspectiva seja, no melhor dos casos, utópica.