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ADMISSÃO DE ENFERMEIROS
PARA O ALGARVE
PRIORIDADE NACIONAL
SEP – Direção Regional de Faro
ALGARVE
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
• O Algarve é a região com a mais baixa taxa de enfermeiros por mil habitantes (4,72 -
Geosaúde), abaixo da média nacional (5,7 - Geosaúde) e ainda abaixo da média europeia (9,8
- OCDE), assim como o menor número efetivo de enfermeiros em comparação com as outras
4 ARS (cerca de 1800 enfermeiros),
• O gráfico abaixo demonstra a comparação do número de enfermeiros ao longo dos anos, por
região:
SEP – Direção Regional de Faro
ALGARVE
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
• A Evolução do número de enfermeiros na região do Algarve:
SEP – Direção Regional de Faro
Unidades do Algarve 2011 2013 Diferença
CHA (3 Unidades
Hospitalares)
1359 enfermeiros* (Dezembro) 1272 enfermeiros** (Maio) -87 enfermeiros
Cuidados de Saúde
Primários
405 enfermeiros*** 420 enfermeiros*** +15 enfermeiros
TOTAL 1764 enfermeiros 1692 enfermeiros -72 enfermeiros
• Os mapas de pessoal dos ACES prevêem 415 enfermeiros, contudo foram publicados em 2009,
antes da criação das UCC e antes das SIV pertencerem aos SUB.
*Inventário de pessoal do sector da saúde - ACSS (Dez 2011); **Tableau de Bord – ACSS (2013); ***Balanço Social – ARSA
• Em 2013 existem mais enfermeiros a trabalhar em cuidados de saúde primários – alguns em CIP e
ao abrigo de protocolo com o CHA – do que os previstos no mapa de pessoal, o que por si só
comprova a necessidade de revisão dos mesmos.
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
• O anterior Conselho Diretivo da ARS Algarve assumiu que faltariam 158 enfermeiros no CHA,
• O atual Enfº Diretor apontou para uma carência de 190 enfermeiros no CHA (em reunião
com os enfermeiros a 24 Abril 2014),
• Relatório do «Sistema de Classificação de Doentes baseado em Níveis de Dependência em
Cuidados de Enfermagem» – dados de 2011 da Administração Central do Sistema de Saúde
(ACSS):
3 Unidades Hospitalares
do Algarve
424.171 horas
de cuidados de enfermagem não prestados
Faltam
238 Enfermeiros
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
• Serviços com maior carência de enfermeiros em 2011:
Serviços
Horas em
falta
N.º
Enfermeiros
em falta
H PTM
Medicina 4b 27.746 16
Medicina 4a 24.150 14
Ortopedia 3 19.718 11
H FARO
Cirurgia 2 31.315 18
Medicina 1 54.027 30
Medicina 2 46.029 26
Ortopedia 1 36.845 21
Ortopedia 2 35.110 20
Urologia/Cirurgia 1 33.986 19
H LAGOS Medicina 4c 36.775 21
Tabela baseada no «Sistema de Classificação de Doentes baseado em Níveis de Dependência em Cuidados de
Enfermagem» – dados de 2011 da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
• Diminuição de enfermeiros por serviço e por turno:
Diminuição do n.º
de enfermeiros
por turno em
alguns serviços
Saída de enfermeiros devido a:
• Licença de maternidade,
• Baixa por doença ou
acidente de trabalho,
• Aposentação,
• Rescisão de contrato
(Estrangeiro, Privado)
Não contratação de novos enfermeiros
• Aumento do volume e
ritmo de trabalho,
• Cada enfermeiro fica
responsável por mais
doentes.
Há serviços que continuam a ter
1 enfermeiro por turno!
Há enf que estão em 2 serviços ao
mesmo tempo!
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
• Aumento do número de doentes internados:
Refeitórios do Hospital de Portimão
substituídos por enfermarias onde
doentes ficam internados em maca
Número de enfermeiros não foi
aumentado por turno
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
• Horas e dias de trabalho em dívida aos enfermeiros:
• O hospital deve horas de trabalho aos enfermeiros e tem programado trabalho
extraordinário para colmatar a falta de pessoal.
EXEMPLOS (dados entre Março e Maio):
• Ortopedia 1 de Faro – Deve 570h aos enfermeiros e 150 feriados,
• Medicina 2 de Faro – Realizadas 500h extraordinárias,
• Medicina 3 de Faro – 650h em dívida aos enfermeiros e desde há 1 ano que têm vindo a
realizar horas extraordinárias,
• Medicina 3b Portimão – Prevê 33 turnos extra para Junho,
• Ortopedia Portimão – Prevê 43 turnos extra para Junho,
• Medicina de Lagos – Março 40 turnos extraordinários e 30 em Abril.
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
• O aumento do volume e ritmo de trabalho de cada enfermeiro, condiciona a diminuição da qualidade
e segurança dos cuidados prestados:
• Menor disponibilidade para acompanhar/ dialogar com os doentes e famílias;
• Aumento da probabilidade de transmissão de infeções hospitalares. Segundo o relatório da DGS
“Controlo de Infecções e Resistência aos Antimicrobianos”, em 2011 ocorreram 11.357 mortes associadas à
infecção hospitalar, representando 24,3% dos 46.733 óbitos ocorridos por todas as doenças
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
• Aumento da probabilidade de feridas nos acamados, quedas, erros de medicação ou outros;
Segundo um estudo internacional recente, publicado na revista científica Lancet, cortes no pessoal de
enfermagem (e custos de formação), para economizar dinheiro, podem afetar adversamente os resultados
dos pacientes.
• Probabilidade de aumento da taxa de ocupação e demora média de internamento;
• Aumento da morbilidade e mortalidade. Segundo o estudo publicado na revista Lancet, o aumento da
carga de trabalho dos enfermeiros aumentou a probabilidade de mortalidade dos doentes em 7% nos 30 dias
seguintes à admissão.
Uma melhor formação dos enfermeiros pode reduzir o número de mortes hospitalares evitáveis.
SEP – Direção Regional de Faro
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE
CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA
• O Mapa de Pessoal de cada um dos SUB (Loulé, Vila Real de Stº António e Albufeira ) prevê
16 enfermeiros, contudo:
SUB Numero de enfermeiros
Horas extraordinárias
necessárias para assegurar o
serviço
Loulé
Em 2009 trabalhavam no SUB Loulé 14 enfermeiros e
atualmente trabalham apenas 9, sendo 3 do INEM
900h
VRSA
Trabalham 12 enfermeiros, existindo mais 6
enfermeiros que asseguram a SIV de VRSA e de Tavira
630h
Albufeira Trabalham 14 enfermeiros 374h
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA
• De acordo com a lei os SUB têm que dispor no mínimo de “dois médicos e dois
enfermeiros, em presença física, um auxiliar de ação médica e um administrativo, por
equipa”
• Nos SUB do Algarve:
TURNOS
No Passado:
(De acordo com a afluência de
utentes e a implementação do
sistema de Triagem de
Manchester)
Quando os SUB passaram a ter
ambulância SIV/ VMER
Atualmente no SUB Loulé:
(Mesmo com enfermeiros esgotados a fazerem
horas extraordinárias e muitas vezes 16h de
trabalho consecutivo, não é possível garantir 3
enfermeiros por turno)
Manhã
(8h-16h)
• 3 enfermeiros
• 2 enfermeiros no SUB
• 1 enfermeiro na ambulância
Terão que optar:
• 2 enfermeiros no SUB
• Ambulância SIV inoperacional
OU
• 1 enfermeiro no SUB (inferior ao limite legal)
• 1 enfermeiro na ambulância SIV
Tarde
(15.30h-24h)
• 3 enfermeiros
• 2 enfermeiros no SUB
• 1 enfermeiro na ambulância
Noite
(23.30h-8.30h)
• 2 enfermeiros
• 2 enfermeiros no SUB
• 1 enfermeiro na ambulância
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA
• Existe um “diferendo” entre ARS do Algarve e Centro Hospitalar do Algarve, em que
nenhuma das duas instituições quer assumir a gestão dos SUB, que está a causar prejuízo
aos utentes e profissionais.
GESTÃO DOS SUB
?
SEP – Direção Regional de Faro
CONSEQUÊNCIA: A segurança do doente urgente/emergente está em risco
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
• Os centros de saúde do Algarve têm carência de cerca de 100 enfermeiros nas unidades de
cuidados s. personalizados, unidades de saúde pública e unidades de cuidados na
comunidade.
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
232.068 Habitantes
210 Enfermeiros
163.950 Habitantes
134 Enfermeiros
54.947 Habitantes
74 Enfermeiros
SEP – Direção Regional de Faro
Fontes
Número de Habitantes: Censos 2011;
Número de Enfermeiros: Dados dos ACES.
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
• Segundo as Dotações Seguras (acordadas entre o MS e a Ordem dos Enfermeiros):
• 1550 utentes/ enfermeiro em UCSP,
• 30 000 utentes/ enfermeiro, em unidades de saúde pública.
• O quadro abaixo indica as unidades dos cuidados de saúde primários com maior carência de
profissionais
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
Unidades Saúde
Pop. Residente
Censos 2011
N.º Enf.
Actual
N.º Enf Fórmulas
OE/MS
Diferença
Centro de Saúde de Albufeira
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Albufeira 33.226 11 21 -10
Centro de Saúde de Loulé
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) I de Loulé
(sede e extensões)
22.702 7 15 -8
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de
Almancil/Boliqueime
16.109 5 10 -5
Unidade de Saúde Pública do ACES Algarve I – Central 232.068 3 8 -5
Centro de Saúde de Portimão
Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) – Portimão 55.614 24 36 -12
SEP – Direção Regional de Faro
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
• UNIDADES DE CUIDADOS NA COMUNIDADE:
Missão - prestar cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e
comunitário, (…) e na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na
implementação de unidades móveis de intervenção.
• Saúde Escolar;
• ECCI (Prestam domicílios da RNCCI e de outras Unidades, que não podem prestar por
falta de pessoal e viaturas);
• Projetos de intervenção na comunidade (Preparação para a parentalidade, crianças e
jovens em risco, RSI, saúde mental infantil, cantinho amamentação, “ao encontro da
família”, entre outros);
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
SEP – Direção Regional de Faro
• É necessário mais enfermeiros para cuidados de proximidade:
• Algarve cresceu 1,7% número de lugares domiciliários;
• Mantém-se uma assimetria no número médio de lugares por ECCI:
• O Algarve referencia 58,1% dos seus utentes para ECCI (região do País com maior percentagem
de referenciações),
• É a região que maior percentagem da sua população envelhecida referencia (idade > 65 anos);
• Assistiu 3 vezes mais utentes com idade > 65 anos, em comparação com a média nacional;
• O número médio de dias de internamento em ECCI no Algarve aumentou 26%, de 2012 (150
dias) para 2013 (189 dias).
REGIÃO MÉDIA DE LUGARES/ ECCI
ALENTEJO 16 (mínimo)
ALGARVE 49
NACIONAL 27
Fonte
Monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) – 1º Semestre 2013 (Julho 2013).
SEP – Direção Regional de Faro
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
População mais numerosa, mais envelhecida, mais
dependente necessita de mais cuidados de Enfermagem
• Nas últimas décadas manteve-se o aumento progressivo da população residente no Algarve,
com um aumento de 14,1% em relação a 2001 (INE, CENSOS 2011):
• Os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos que viviam sós, representavam 21,1 % dos
idosos da Região em 2011 (INE, CENSOS 2011);
REGIÃO 1991 2001 2011
Algarve 341.404 395.218 451.006
DADOS SÓCIODEMOGRÁFICOS
SEP – Direção Regional de Faro
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
• Anos Potenciais de Vida Perdidos por todas as causas.
“Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP) é um indicador de mortalidade prematura, quantificando o
número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de viver, se morrer antes dos 70 anos
(definição do INE).
• Taxa de APVP aos 70 anos por 100000 habitantes por todas as causas, segundo o sexo no
Algarve (2013):
DADOS SÓCIODEMOGRÁFICOS
REGIÃO HM H M
Algarve 3.946,9 5.271,2 2.687,8
Fonte: Observatório Regional de Saúde - DSPP da ARS Algarve, 2013.
SEP – Direção Regional de Faro
CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
• Não se prevê reforço de enfermeiros para o Verão nos Centros Saúde (Plano Verão);
• Em algumas unidades, sobretudo nas UCSP (Unidades de Cuidados de Saúde
Personalizados):
• Não conseguem dar resposta aos seus domicílios;
• Não conseguem realizar convocatórias para vacinação, vigilância de mulheres, pé
diabético, visita ao recém nascido que se preconiza até ao 15º dia de vida, entre outros;
• Há doentes que não conseguem agendar tratamentos (Ex Portimão);
• Utentes têm de comprar material de penso por não existir.
SEP – Direção Regional de Faro
CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS
• Saúde Escolar:
• Não cumprimento do rácio legalmente estabelecido enfº/aluno;
• ECCI (Domicílios da RNCCI e de outras Unidades)
• Demasiados utentes por enfº gestor de caso nos domicílios (Ex Loulé: 16-20utentes/enfº);
• Degradação do estado de saúde, com consequente aumento do tempo de “internamento”;
• Probabilidade de:
• Aumento do número de doenças crónicas e transmissíveis;
• Aumento absentismo laboral;
• Aumento depressões e suicídios.
CUIDADOS PALIATIVOS
• No Algarve existe apenas 1 equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos, sediada em
Tavira com 2 enfermeiros.
• Um estudo de 2010 de Manuel Luís Capelas (Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados
Paliativos), aponta para um mínimo de 4 equipas comunitárias de cuidados paliativos,
constituídas por um mínimo de 12 enfermeiros, conforme indica o quadro abaixo:
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
Enfermeiros Equipas
4 Equipas (Faro,
Loulé, Portimão,
Tavira)
Min. Máx. Média Min. Máx. Média
12 28 20 4 7 6
Capelas, M. L. (2010). Cadernos de Saúde. Equipas de cuidados paliativos domiciliários: quantas e onde são necessárias em Portugal , 3.
SEP – Direção Regional de Faro
CONSEQUÊNCIA:
Existe menor controlo de sintomas no doente → + internamentos Hospitalares (+ custos) → Doente
deslocado do ambiente familiar (Por vezes sem visitas devido a distância e falta de meios)
DICAD
• A Unidade de Desabituação do Algarve tem atualmente 11 enfermeiros, dos quais faz parte o coordenador
que presta também cuidados diretos aos utentes,
• Um documento do ex-IDT de Janeiro de 2007 – “Modelo de referência para cálculo da dotação de
enfermeiros” determina a necessidade de 15 enfº na prestação de cuidados mais um enfermeiro em chefia.
CARÊNCIA DE ENFERMEIROS
DIVISÃO DE INTERVENÇÃO NOS COMPORTAMENTOS
ADITIVOS E NAS DEPENDÊNCIAS
Desde Abril de 2014
deixou de haver
acumulação de funções,
por impedimento legal,
para os enfermeiros do
CHA que estavam na
dispensa de metadona no
DICAD
As novas condições
remuneratórias,
propostas pela ARS
podem levar à saída
dos enfermeiros
SE NÃO FOR
ENCONTRADA
UMA SOLUÇÃO
Encerramento de
postos de
dispensa de
metadona
SEP – Direção Regional de Faro
CONSEQUÊNCIA:
Aumento dos consumos de substâncias psicoativas; diminuição de produtividade por abandono do
trabalho e provável aumento da criminalidade.
MATERIAL/MEDICAÇÃO/EQUIPAMENTO
• De consumíveis como material para realização de pensos, agulhas, seringas, luvas, fraldas,
tiras de glicémia capilar, papel para limpar as mãos, algálias, ligaduras, adesivo, escovilhões
de citologia, cremes, entre outros.
• Material com defeito por ser mais barato.
• De roupa, nomeadamente lençóis, almofadas e pijamas.
• De medicação, como antibióticos, analgésicos, medicação específica para doentes
oncológicos, vacinas.
• De desinfetantes para superfícies e para as mãos, aumentando o risco de transmissão de
infeções.
• Enfermeiros compram produtos para o local de trabalho (Ex lixívia e lactulose).
SEP – Direção Regional de Faro
FALTA FREQUENTE E PERIÓDICA
MATERIAL/MEDICAÇÃO/EQUIPAMENTO
• Colonoscópios do CHA.
• Equipamento de esterilização do Hospital de Faro.
• Faltam Viaturas e algumas das existentes não têm condições de segurança para transporte
de pessoas e resíduos.
• Alguns enfº utilizam as suas viaturas (ARS deixou de pagar deslocações ao km).
SEP – Direção Regional de Faro
Existe equipamento a necessitar de manutenção,
substituição
ENFERMEIROS
• Continuam sem reposicionar salarialmente os enfermeiros contratados em paridade com os
colegas funcionários públicos.
• No CHA, existem enfermeiros que desempenham as mesmas funções e com diferenças quer no
número de horas de trabalho por semana, quer no vencimento base:
VÍNCULO
HORAS DE TRABALHO/
SEMANA
VENCIMENTO BASE
CIT 35h 1020,06€ (Alguns a desempenharem funções há 11 anos)
CIT 40h 1165,79€ (Alguns a desempenharem funções há 11 anos)
CTFP 40h 1201,48€ (Primeiro nível remuneratório)
Futuros CIT 40h 1201,48€
SEP – Direção Regional de Faro
DISCRIMINAÇÃO/ DESIGUALDADE SALARIAL
CIT – Contrato Individual de Trabalho CTFP – Contrato de Trabalho em Funções Públicas
• Muitos enfermeiros, para além de trabalharem por turnos, feriados e fins-de-semana e
mesmo com turnos extra, abdicando das suas folgas, não chegam a auferir 900€.
• Aumentam os acidentes de trabalho (H. Portimão: não tem médico no serviço de saúde
ocupacional).
• Limitação do gozo de direitos como a parentalidade e o gozo de descansos.
• Imposição de bancos de horas, flexibilidade de horários.
• Formação especializada não reconhecida.
• Redução das horas de formação.
ENFERMEIROS
DESMOTIVAÇÃO
SEP – Direção Regional de Faro
SEP – Direção Regional de Faro
SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES
DIREÇÃO REGIONAL DE FARO
Email: drfaro.sep@gmail.com

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Carência de enfermeiros no Algarve

  • 1. ADMISSÃO DE ENFERMEIROS PARA O ALGARVE PRIORIDADE NACIONAL SEP – Direção Regional de Faro
  • 2. ALGARVE CARÊNCIA DE ENFERMEIROS • O Algarve é a região com a mais baixa taxa de enfermeiros por mil habitantes (4,72 - Geosaúde), abaixo da média nacional (5,7 - Geosaúde) e ainda abaixo da média europeia (9,8 - OCDE), assim como o menor número efetivo de enfermeiros em comparação com as outras 4 ARS (cerca de 1800 enfermeiros), • O gráfico abaixo demonstra a comparação do número de enfermeiros ao longo dos anos, por região: SEP – Direção Regional de Faro
  • 3. ALGARVE CARÊNCIA DE ENFERMEIROS • A Evolução do número de enfermeiros na região do Algarve: SEP – Direção Regional de Faro Unidades do Algarve 2011 2013 Diferença CHA (3 Unidades Hospitalares) 1359 enfermeiros* (Dezembro) 1272 enfermeiros** (Maio) -87 enfermeiros Cuidados de Saúde Primários 405 enfermeiros*** 420 enfermeiros*** +15 enfermeiros TOTAL 1764 enfermeiros 1692 enfermeiros -72 enfermeiros • Os mapas de pessoal dos ACES prevêem 415 enfermeiros, contudo foram publicados em 2009, antes da criação das UCC e antes das SIV pertencerem aos SUB. *Inventário de pessoal do sector da saúde - ACSS (Dez 2011); **Tableau de Bord – ACSS (2013); ***Balanço Social – ARSA • Em 2013 existem mais enfermeiros a trabalhar em cuidados de saúde primários – alguns em CIP e ao abrigo de protocolo com o CHA – do que os previstos no mapa de pessoal, o que por si só comprova a necessidade de revisão dos mesmos.
  • 4. CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE CARÊNCIA DE ENFERMEIROS • O anterior Conselho Diretivo da ARS Algarve assumiu que faltariam 158 enfermeiros no CHA, • O atual Enfº Diretor apontou para uma carência de 190 enfermeiros no CHA (em reunião com os enfermeiros a 24 Abril 2014), • Relatório do «Sistema de Classificação de Doentes baseado em Níveis de Dependência em Cuidados de Enfermagem» – dados de 2011 da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS): 3 Unidades Hospitalares do Algarve 424.171 horas de cuidados de enfermagem não prestados Faltam 238 Enfermeiros SEP – Direção Regional de Faro
  • 5. CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE • Serviços com maior carência de enfermeiros em 2011: Serviços Horas em falta N.º Enfermeiros em falta H PTM Medicina 4b 27.746 16 Medicina 4a 24.150 14 Ortopedia 3 19.718 11 H FARO Cirurgia 2 31.315 18 Medicina 1 54.027 30 Medicina 2 46.029 26 Ortopedia 1 36.845 21 Ortopedia 2 35.110 20 Urologia/Cirurgia 1 33.986 19 H LAGOS Medicina 4c 36.775 21 Tabela baseada no «Sistema de Classificação de Doentes baseado em Níveis de Dependência em Cuidados de Enfermagem» – dados de 2011 da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 6. CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE • Diminuição de enfermeiros por serviço e por turno: Diminuição do n.º de enfermeiros por turno em alguns serviços Saída de enfermeiros devido a: • Licença de maternidade, • Baixa por doença ou acidente de trabalho, • Aposentação, • Rescisão de contrato (Estrangeiro, Privado) Não contratação de novos enfermeiros • Aumento do volume e ritmo de trabalho, • Cada enfermeiro fica responsável por mais doentes. Há serviços que continuam a ter 1 enfermeiro por turno! Há enf que estão em 2 serviços ao mesmo tempo! CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 7. CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE • Aumento do número de doentes internados: Refeitórios do Hospital de Portimão substituídos por enfermarias onde doentes ficam internados em maca Número de enfermeiros não foi aumentado por turno CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 8. CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE • Horas e dias de trabalho em dívida aos enfermeiros: • O hospital deve horas de trabalho aos enfermeiros e tem programado trabalho extraordinário para colmatar a falta de pessoal. EXEMPLOS (dados entre Março e Maio): • Ortopedia 1 de Faro – Deve 570h aos enfermeiros e 150 feriados, • Medicina 2 de Faro – Realizadas 500h extraordinárias, • Medicina 3 de Faro – 650h em dívida aos enfermeiros e desde há 1 ano que têm vindo a realizar horas extraordinárias, • Medicina 3b Portimão – Prevê 33 turnos extra para Junho, • Ortopedia Portimão – Prevê 43 turnos extra para Junho, • Medicina de Lagos – Março 40 turnos extraordinários e 30 em Abril. CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 9. • O aumento do volume e ritmo de trabalho de cada enfermeiro, condiciona a diminuição da qualidade e segurança dos cuidados prestados: • Menor disponibilidade para acompanhar/ dialogar com os doentes e famílias; • Aumento da probabilidade de transmissão de infeções hospitalares. Segundo o relatório da DGS “Controlo de Infecções e Resistência aos Antimicrobianos”, em 2011 ocorreram 11.357 mortes associadas à infecção hospitalar, representando 24,3% dos 46.733 óbitos ocorridos por todas as doenças SEP – Direção Regional de Faro CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
  • 10. • Aumento da probabilidade de feridas nos acamados, quedas, erros de medicação ou outros; Segundo um estudo internacional recente, publicado na revista científica Lancet, cortes no pessoal de enfermagem (e custos de formação), para economizar dinheiro, podem afetar adversamente os resultados dos pacientes. • Probabilidade de aumento da taxa de ocupação e demora média de internamento; • Aumento da morbilidade e mortalidade. Segundo o estudo publicado na revista Lancet, o aumento da carga de trabalho dos enfermeiros aumentou a probabilidade de mortalidade dos doentes em 7% nos 30 dias seguintes à admissão. Uma melhor formação dos enfermeiros pode reduzir o número de mortes hospitalares evitáveis. SEP – Direção Regional de Faro CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES
  • 11. SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA • O Mapa de Pessoal de cada um dos SUB (Loulé, Vila Real de Stº António e Albufeira ) prevê 16 enfermeiros, contudo: SUB Numero de enfermeiros Horas extraordinárias necessárias para assegurar o serviço Loulé Em 2009 trabalhavam no SUB Loulé 14 enfermeiros e atualmente trabalham apenas 9, sendo 3 do INEM 900h VRSA Trabalham 12 enfermeiros, existindo mais 6 enfermeiros que asseguram a SIV de VRSA e de Tavira 630h Albufeira Trabalham 14 enfermeiros 374h CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 12. SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA • De acordo com a lei os SUB têm que dispor no mínimo de “dois médicos e dois enfermeiros, em presença física, um auxiliar de ação médica e um administrativo, por equipa” • Nos SUB do Algarve: TURNOS No Passado: (De acordo com a afluência de utentes e a implementação do sistema de Triagem de Manchester) Quando os SUB passaram a ter ambulância SIV/ VMER Atualmente no SUB Loulé: (Mesmo com enfermeiros esgotados a fazerem horas extraordinárias e muitas vezes 16h de trabalho consecutivo, não é possível garantir 3 enfermeiros por turno) Manhã (8h-16h) • 3 enfermeiros • 2 enfermeiros no SUB • 1 enfermeiro na ambulância Terão que optar: • 2 enfermeiros no SUB • Ambulância SIV inoperacional OU • 1 enfermeiro no SUB (inferior ao limite legal) • 1 enfermeiro na ambulância SIV Tarde (15.30h-24h) • 3 enfermeiros • 2 enfermeiros no SUB • 1 enfermeiro na ambulância Noite (23.30h-8.30h) • 2 enfermeiros • 2 enfermeiros no SUB • 1 enfermeiro na ambulância CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro
  • 13. SERVIÇOS DE URGÊNCIA BÁSICA • Existe um “diferendo” entre ARS do Algarve e Centro Hospitalar do Algarve, em que nenhuma das duas instituições quer assumir a gestão dos SUB, que está a causar prejuízo aos utentes e profissionais. GESTÃO DOS SUB ? SEP – Direção Regional de Faro CONSEQUÊNCIA: A segurança do doente urgente/emergente está em risco
  • 14. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS • Os centros de saúde do Algarve têm carência de cerca de 100 enfermeiros nas unidades de cuidados s. personalizados, unidades de saúde pública e unidades de cuidados na comunidade. CARÊNCIA DE ENFERMEIROS 232.068 Habitantes 210 Enfermeiros 163.950 Habitantes 134 Enfermeiros 54.947 Habitantes 74 Enfermeiros SEP – Direção Regional de Faro Fontes Número de Habitantes: Censos 2011; Número de Enfermeiros: Dados dos ACES.
  • 15. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS • Segundo as Dotações Seguras (acordadas entre o MS e a Ordem dos Enfermeiros): • 1550 utentes/ enfermeiro em UCSP, • 30 000 utentes/ enfermeiro, em unidades de saúde pública. • O quadro abaixo indica as unidades dos cuidados de saúde primários com maior carência de profissionais CARÊNCIA DE ENFERMEIROS Unidades Saúde Pop. Residente Censos 2011 N.º Enf. Actual N.º Enf Fórmulas OE/MS Diferença Centro de Saúde de Albufeira Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Albufeira 33.226 11 21 -10 Centro de Saúde de Loulé Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) I de Loulé (sede e extensões) 22.702 7 15 -8 Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Almancil/Boliqueime 16.109 5 10 -5 Unidade de Saúde Pública do ACES Algarve I – Central 232.068 3 8 -5 Centro de Saúde de Portimão Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) – Portimão 55.614 24 36 -12 SEP – Direção Regional de Faro
  • 16. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro • UNIDADES DE CUIDADOS NA COMUNIDADE: Missão - prestar cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, (…) e na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção. • Saúde Escolar; • ECCI (Prestam domicílios da RNCCI e de outras Unidades, que não podem prestar por falta de pessoal e viaturas); • Projetos de intervenção na comunidade (Preparação para a parentalidade, crianças e jovens em risco, RSI, saúde mental infantil, cantinho amamentação, “ao encontro da família”, entre outros);
  • 17. CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS CARÊNCIA DE ENFERMEIROS SEP – Direção Regional de Faro • É necessário mais enfermeiros para cuidados de proximidade: • Algarve cresceu 1,7% número de lugares domiciliários; • Mantém-se uma assimetria no número médio de lugares por ECCI: • O Algarve referencia 58,1% dos seus utentes para ECCI (região do País com maior percentagem de referenciações), • É a região que maior percentagem da sua população envelhecida referencia (idade > 65 anos); • Assistiu 3 vezes mais utentes com idade > 65 anos, em comparação com a média nacional; • O número médio de dias de internamento em ECCI no Algarve aumentou 26%, de 2012 (150 dias) para 2013 (189 dias). REGIÃO MÉDIA DE LUGARES/ ECCI ALENTEJO 16 (mínimo) ALGARVE 49 NACIONAL 27 Fonte Monitorização da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) – 1º Semestre 2013 (Julho 2013).
  • 18. SEP – Direção Regional de Faro CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS População mais numerosa, mais envelhecida, mais dependente necessita de mais cuidados de Enfermagem • Nas últimas décadas manteve-se o aumento progressivo da população residente no Algarve, com um aumento de 14,1% em relação a 2001 (INE, CENSOS 2011): • Os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos que viviam sós, representavam 21,1 % dos idosos da Região em 2011 (INE, CENSOS 2011); REGIÃO 1991 2001 2011 Algarve 341.404 395.218 451.006 DADOS SÓCIODEMOGRÁFICOS
  • 19. SEP – Direção Regional de Faro CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS • Anos Potenciais de Vida Perdidos por todas as causas. “Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP) é um indicador de mortalidade prematura, quantificando o número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de viver, se morrer antes dos 70 anos (definição do INE). • Taxa de APVP aos 70 anos por 100000 habitantes por todas as causas, segundo o sexo no Algarve (2013): DADOS SÓCIODEMOGRÁFICOS REGIÃO HM H M Algarve 3.946,9 5.271,2 2.687,8 Fonte: Observatório Regional de Saúde - DSPP da ARS Algarve, 2013.
  • 20. SEP – Direção Regional de Faro CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS • Não se prevê reforço de enfermeiros para o Verão nos Centros Saúde (Plano Verão); • Em algumas unidades, sobretudo nas UCSP (Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados): • Não conseguem dar resposta aos seus domicílios; • Não conseguem realizar convocatórias para vacinação, vigilância de mulheres, pé diabético, visita ao recém nascido que se preconiza até ao 15º dia de vida, entre outros; • Há doentes que não conseguem agendar tratamentos (Ex Portimão); • Utentes têm de comprar material de penso por não existir.
  • 21. SEP – Direção Regional de Faro CONSEQUÊNCIAS PARA UTENTES CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS • Saúde Escolar: • Não cumprimento do rácio legalmente estabelecido enfº/aluno; • ECCI (Domicílios da RNCCI e de outras Unidades) • Demasiados utentes por enfº gestor de caso nos domicílios (Ex Loulé: 16-20utentes/enfº); • Degradação do estado de saúde, com consequente aumento do tempo de “internamento”; • Probabilidade de: • Aumento do número de doenças crónicas e transmissíveis; • Aumento absentismo laboral; • Aumento depressões e suicídios.
  • 22. CUIDADOS PALIATIVOS • No Algarve existe apenas 1 equipa comunitária de suporte em cuidados paliativos, sediada em Tavira com 2 enfermeiros. • Um estudo de 2010 de Manuel Luís Capelas (Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos), aponta para um mínimo de 4 equipas comunitárias de cuidados paliativos, constituídas por um mínimo de 12 enfermeiros, conforme indica o quadro abaixo: CARÊNCIA DE ENFERMEIROS Enfermeiros Equipas 4 Equipas (Faro, Loulé, Portimão, Tavira) Min. Máx. Média Min. Máx. Média 12 28 20 4 7 6 Capelas, M. L. (2010). Cadernos de Saúde. Equipas de cuidados paliativos domiciliários: quantas e onde são necessárias em Portugal , 3. SEP – Direção Regional de Faro CONSEQUÊNCIA: Existe menor controlo de sintomas no doente → + internamentos Hospitalares (+ custos) → Doente deslocado do ambiente familiar (Por vezes sem visitas devido a distância e falta de meios)
  • 23. DICAD • A Unidade de Desabituação do Algarve tem atualmente 11 enfermeiros, dos quais faz parte o coordenador que presta também cuidados diretos aos utentes, • Um documento do ex-IDT de Janeiro de 2007 – “Modelo de referência para cálculo da dotação de enfermeiros” determina a necessidade de 15 enfº na prestação de cuidados mais um enfermeiro em chefia. CARÊNCIA DE ENFERMEIROS DIVISÃO DE INTERVENÇÃO NOS COMPORTAMENTOS ADITIVOS E NAS DEPENDÊNCIAS Desde Abril de 2014 deixou de haver acumulação de funções, por impedimento legal, para os enfermeiros do CHA que estavam na dispensa de metadona no DICAD As novas condições remuneratórias, propostas pela ARS podem levar à saída dos enfermeiros SE NÃO FOR ENCONTRADA UMA SOLUÇÃO Encerramento de postos de dispensa de metadona SEP – Direção Regional de Faro CONSEQUÊNCIA: Aumento dos consumos de substâncias psicoativas; diminuição de produtividade por abandono do trabalho e provável aumento da criminalidade.
  • 24. MATERIAL/MEDICAÇÃO/EQUIPAMENTO • De consumíveis como material para realização de pensos, agulhas, seringas, luvas, fraldas, tiras de glicémia capilar, papel para limpar as mãos, algálias, ligaduras, adesivo, escovilhões de citologia, cremes, entre outros. • Material com defeito por ser mais barato. • De roupa, nomeadamente lençóis, almofadas e pijamas. • De medicação, como antibióticos, analgésicos, medicação específica para doentes oncológicos, vacinas. • De desinfetantes para superfícies e para as mãos, aumentando o risco de transmissão de infeções. • Enfermeiros compram produtos para o local de trabalho (Ex lixívia e lactulose). SEP – Direção Regional de Faro FALTA FREQUENTE E PERIÓDICA
  • 25. MATERIAL/MEDICAÇÃO/EQUIPAMENTO • Colonoscópios do CHA. • Equipamento de esterilização do Hospital de Faro. • Faltam Viaturas e algumas das existentes não têm condições de segurança para transporte de pessoas e resíduos. • Alguns enfº utilizam as suas viaturas (ARS deixou de pagar deslocações ao km). SEP – Direção Regional de Faro Existe equipamento a necessitar de manutenção, substituição
  • 26. ENFERMEIROS • Continuam sem reposicionar salarialmente os enfermeiros contratados em paridade com os colegas funcionários públicos. • No CHA, existem enfermeiros que desempenham as mesmas funções e com diferenças quer no número de horas de trabalho por semana, quer no vencimento base: VÍNCULO HORAS DE TRABALHO/ SEMANA VENCIMENTO BASE CIT 35h 1020,06€ (Alguns a desempenharem funções há 11 anos) CIT 40h 1165,79€ (Alguns a desempenharem funções há 11 anos) CTFP 40h 1201,48€ (Primeiro nível remuneratório) Futuros CIT 40h 1201,48€ SEP – Direção Regional de Faro DISCRIMINAÇÃO/ DESIGUALDADE SALARIAL CIT – Contrato Individual de Trabalho CTFP – Contrato de Trabalho em Funções Públicas
  • 27. • Muitos enfermeiros, para além de trabalharem por turnos, feriados e fins-de-semana e mesmo com turnos extra, abdicando das suas folgas, não chegam a auferir 900€. • Aumentam os acidentes de trabalho (H. Portimão: não tem médico no serviço de saúde ocupacional). • Limitação do gozo de direitos como a parentalidade e o gozo de descansos. • Imposição de bancos de horas, flexibilidade de horários. • Formação especializada não reconhecida. • Redução das horas de formação. ENFERMEIROS DESMOTIVAÇÃO SEP – Direção Regional de Faro
  • 28. SEP – Direção Regional de Faro SINDICATO DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES DIREÇÃO REGIONAL DE FARO Email: drfaro.sep@gmail.com

Hinweis der Redaktion

  1. - Não existem dados posteriores a 2009, contudo sabemos que o número de enfermeiros tem vindo a diminuir de 2011 para 2013… Só no hospital de Portimão de 2012 para 2013, -23 enfermeiros (-4%)
  2. - Os dados mais actuais são os de 2011, uma vez que os de 2013 nao estão disponíveis e os de 2012 correspondem à época em que os serviços foram renomeados, e no estudo o numero de horas de cuidados não prestados diminui e inversamente ao que seria de esperar o numero de enfermeiros necessários aumenta.
  3. - Alguns dos serviços existentes no Hospital de Faro como a medicina 3, ainda não existiam em 2011. - Estes número diz respeito apenas aos serviços que têm este tipo de classificação de doentes por níveis de dependência, o que quer dizer que a carência será ainda maior visto que nem todos os serviços têm este sistema de classificação
  4. Aumentam as necessidades de cuidados de saúde por parte da população cada vez mais envelhecida e com menores condições económicas para possíveis internamentos em lares. Um dos responsáveis pela gestão do Centro Hospitalar do Algarve afirmou publicamente o flagelo que representam os internamentos prolongados dos chamados “casos sociais” em unidades hospitalares. Elevado tempo de espera para internamento numa das valências da rede de Cuidados Continuados, Inexistência por parte da ARS Algarve de um plano estratégico de admissão de mais enfermeiros que permita o aumento das prestações de cuidados em casa e, consequentemente, a diminuição dos custos associados àquele tipo de internamentos. Nas últimas décadas manteve-se o aumento progressivo da população residente no Algarve, com um aumento de 14,1% em relação a 2001 1991 2001 2011 Algarve 341404 395218 451006 Os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos que viviam sós, representavam 21,1 % dos idosos da Região em 2011, fonte INE, CENSOS 2011 Anos Potenciais de Vida Perdidos por todas as causas “Anos Potenciais de Vida Perdidos” (APVP) é um indicador de mortalidade prematura, quantificando o número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de viver se morrer antes dos 70 anos (definição do INE). esquece o gráfico que a Guadalupe queria… era de 2008. Estes dados são de 2013 Taxa de APVP aos 70 anos por 100000 habitantes por todas as causas, segundo o sexo no Algarve: HM H M Algarve 3946,9 5271,2 2687,8 Fonte: Observatório Regional de Saúde - DSPP da ARS Algarve, 2013