O documento resume três trabalhos apresentados no V Seminário de Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento em Santo Amaro, Bahia, em 2012. O primeiro trata da segurança no laboratório de soldagem e usinagem no campus do IFBA em Santo Amaro. O segundo analisa a ergonomia e segurança do trabalho em uma serraria. E o terceiro aplica biossegurança em um posto de saúde da família.
Segurança no Laboratório de Soldagem e Usinagem do IFBA Campus Santo Amaro
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SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE SOLDAGEM E USINAGEM
NO IFBA-CAMPUS SANTO AMARO
Antonio Jorge da Rocha da Conceição1*,Priscila dos Santos dos Reis*,Priscila Santos
dos Santos* ,Rodrigo Viana Pereira* ,Tatiane Chaves Carvalho*
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.
1- jorge_rocha77@hotmail.com
Palavras-chave: Segurança; Normas Regulamentadoras; Laboratório.
Segundo José da Cunha Tavares (1996) segurança do trabalho pode ser entendida
como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de
trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade
de agir do trabalhador. O trabalho é compreendido como a atividade essencial ao
desenvolvimento humano, como fonte de equilíbrio, realização pessoal e coletiva.
O presente trabalho toma como base as Normas Regulamentadoras 6 (Equipamento
de Proteção Individual); 10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade),
12 (Máquinas e Equipamentos), 23 (Proteção Contra Incêndio), 26 (Sinalização de
Segurança) que são aplicadas em Laboratório de Soldagem e Usinagem que tem
por funcionalidade diferentes tipos de máquinas e equipamentos
O objetivo deste projeto é analisar os níveis de inconformidades no que diz respeito
à falta de segurança, encontradas no Laboratório e desenvolver propostas de
medidas de correção dos erros encontrados no Laboratório.
Motivados pela proposta da disciplina a partir do consenso de todo o grupo foi
procurado um local que atendesse a alguns requisitos como: facilidade de
locomoção e de acesso ao ambiente de estudo, disponibilidade de visitas ao local e
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que trouxesse segurança a toda uma comunidade. Após essa análise foi decidido
realizar o projeto no Laboratório de Soldagem e Usinagem do IFBA Campus Santo
Amaro. Através de pesquisas bibliográficas e em meio virtual para melhor
compreender o local onde o projeto será feito, utilizamos também de materiais como
máquina fotográfica para a obtenção de imagens que posteriormente serão
analisadas criticamente para a obtenção de mais informações. Com a utilização das
NRs para analisar as irregularidades NR 6 EPI Equipamentos de Proteção
Individual; NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; NR 12
Máquinas e Equipamentos; NR 23 Proteção contra Incêndio; NR 26 Sinalização de
Segurança, como base interina do nosso projeto para tentar minimizar os riscos
encontrados. Realização de entrevistas sobre a segurança com os docentes e
discentes para reunir dados e sugestões que possam esclarecer melhor o que foi
pesquisado para maior conhecimento do assunto pelo grupo.
De acordo com a NR 10 item 10.4.4.1. Os locais de serviços elétricos,
compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos
para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento
ou guarda de quaisquer objetos, porem no local o invólucro esta servindo como uma
função que não é a sua finalidade original.
Conforme a NR 12 item 12.1.4 a distância mínima entre as máquinas e
equipamentos devem ser de 0,60 (sessenta centímetros) a 0,80 (oitenta
centímetros), mas no local as máquinas encontram-se em distancias que
contradizem com que cita a NR, o espaço entre elas é de 0,35(trinta e cinco
centímetros) o que dificulta a circulação dos alunos, professores que utilizam o local.
Oferecemos a sugestão ao diretor da instituição e ao departamento financeiro que
se articulem, para que insiram no orçamento da instituição, deste ano ou no próximo,
recursos para a aplicação deste projeto. Segundo a direção do campus o atual
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prédio onde está localizado o laboratório está parcialmente condenado, o ideal será
a construção de um novo, onde os problemas apresentados neste relatório deixarão
de existir. Com um bom planejamento e com uma visão moderna, em termos de
segurança e higiene do trabalho, Mais algumas modificações podem ser feitas
sinalização adequada utilizando placas se sinalização, arrumação do local de
trabalho.
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ANÁLISE DA ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA
SERRARIA
Manuel Alves de Sousa Junior*1, Cleidejane dos Santos Silva*, Jéssica Monteiro dos Santos*,
Luis Eduardo Figueiredo dos Santos*, Monique Maria Silva da Cruz Borges*
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.
1-manueljunior@ifba.edu.br
Palavras Chave: Ergonomia, Segurança do Trabalho, Ambiente de Trabalho
Segurança no Trabalho é um assunto recorrente e acarreta uma preocupação
constante em todas as áreas da atividade humana. A ergonomia é um ramo da
segurança do trabalho que colabora para melhoria da eficiência no trabalho, a
credibilidade e a qualidade na execução das tarefas laborais. O objetivo principal
desta ciência é resolver uma grande parcela das dificuldades encontradas pela
sociedade no que diz respeito ao campo da saúde, segurança, comodidade e
eficácia relacionada principalmente com a esfera laboral. O Brasil possui uma norma
ergonômica, que se trata da Norma Regulamentadora a NR 17- Ergonomia,
Segundo a Portaria nº 3.214 de 8.6.1978 do Ministério do Trabalho, que foi trocada
pela Portaria nº 3.571 de 23.11.1990 do mesmo Ministério. Um ponto de grande
relevância para a aplicabilidade da ergonomia está no que se insere a
recomendação de equipamentos de seguranças (EPI’s), projetos e ações que
devem ser cumpridas de um modo geral.
A pesquisa foi realizada em uma serraria na cidade de Santo Amaro/BA. A
empresa oferece serviços de carpintaria, fabricação de pequenos móveis e
concertos de móveis danificados.
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O objetivo desta pesquisa foi analisar a ergonomia e a segurança do trabalho
na rotina de uma serraria na cidade de Santo Amaro/BA.
As atividades realizadas ocorrem durante todo o dia, o local possui quatro
funcionários que se reservam cumprindo uma carga horária determinada pela
demanda de serviços. Durante a visita foi possível a identificação de diversas falhas
no desenvolvimento do trabalho dos operários. Foi verificado que há uma deficiência
na limpeza no local de trabalho, que só é realizada ao final do expediente,
acumulando entulho por toda a empresa e dificultando o deslocamento de pessoas e
materiais. Outro ponto observado foi a deficiência na luminosidade, pois a estrutura
da fábrica analisada (de concreto, antiga e mal planejada) impede que a iluminação
natural entre no ambiente de trabalho, prejudicando a produtividade e a saúde dos
funcionários.
Outro ponto que merece destaque é a ergonomia do local, onde em quase
todas as máquinas não há ajuste para a altura do trabalhador, fazendo com que o
mesmo realize esforços desnecessários devido à postura inadequada e em muitos
pontos há presença de fios elétricos espalhados pelo chão o que pode causar um
acidente colocando em risco a saúde dos operários. Além disso, as posturas
realizadas durante as atividades de corte e carregamento das madeiras se
mostraram inadequadas, podendo causar danos à coluna do trabalhador.
Existe também enraizado na cultura organizacional a negligência de grande
parte dos trabalhadores quanto à utilização do sistema de segurança das máquinas
e a dos Equipamentos de Proteção Individual, sujeitando aos mesmos um maior
risco de acidentes. Este problema se torna mais grave visto que foram constatadas
condições insalubres no local de trabalho, como acúmulo de poeira e um alto nível
de ruído.
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Desse modo constata-se que o ambiente de trabalho analisado pode
expressar grande fonte de tensão no trabalhador, sendo um ambiente desfavorável
com excesso de calor, ruídos, vibrações e desconforto. Tais fatores aumentam os
riscos de acidentes e podem provocar danos consideráveis à saúde e segurança do
trabalho. Cabe aos profissionais de segurança do trabalho o diagnóstico e a
aplicação de métodos preventivos à saúde dos trabalhadores e à segurança laboral.
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APLICANDO A BIOSSEGURANÇA EM UM POSTO DE SAÚDE DA FAMILIA -
PSF
Manuel Alves de Sousa Junior, Ariane Patrícia Ferreira, Edineia Ribeiro Pereira Silva,
Maraisa dos Santos Correia, Tamiles Chagas de Souza, Verônica Oliveira Santana
*Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro.
manueljunior@ifba.edu.br
Palavras-chave: PSF, biossegurança hospitalar, Risco Biológico
Foi realizado um Projeto de Biossegurança numa Instituição de Saúde PSF -
Posto de Saúde da Família, com objetivo de analisar os riscos e benefícios que
envolvam a saúde e segurança do trabalhador no seu local de trabalho, podendo
prevenir, controlar, ou até eliminar os riscos.
A importância da primeira etapa, que foi a fase de observação diagnóstica
permitiu o acesso aos dados sobre o contexto da Instituição, a forma com que a
mesma manipula os materiais de saúde, a aplicação dos mesmos no individuo, a
relação profissional-paciente, a rotina diária dos profissionais de saúde, a
acessibilidade na instituição, questões de higiene, a utilização dos Equipamentos de
Proteção Individuais necessários, se oferece segurança, se dispõe de sinalizações
claras, manipulação e descartes de resíduos, se adota medidas de profilaxia, se
existe algum tipo de diálogo com a participação da comunidade visando melhorias
para instituição identificando as fontes dos problemas a serem superados como um
instrumento significativo para a prática em uma área de saúde.
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Pensar em biossegurança nas instituições de saúde que necessitam de
profissionais habilitados para criarem procedimentos de controle de acidentes e
doenças, garantindo melhorias na qualidade de vida do profissional de saúde e do
paciente, denota o papel importante dessa área.
Tomando como base a NR 32 que se refere à Segurança e Saúde no
Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Esta Norma Regulamentadora tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em
geral. A grande maioria dos profissionais da área de saúde, tendo destaque os
profissionais dos PSF, estão submetidos a diversas situações de riscos como
biológicos, químicos e físicos nos ambientes de trabalho. A partir daí a importância
de mobilizar essa clientela voltando-os para a importância da Biossegurança.
Algumas intervenções foram pertinentes na etapa diagnostica, pois enquanto
os profissionais da instituição trabalhavam, os pesquisadores composta analisavam
todo o processo da área, sem atrapalhar a rotina do estabelecimento, e ao
acompanhar tal rotina foi discutido com os funcionários a oportunidade de mostrar
aos funcionários qual procedimento seria mais correto para determinadas situações
e que os ajudaria a minimizar as diversas situações de riscos em que eles estavam
submetidos.
Foram distribuídos folders a todos os profissionais na instituição contendo as
etapas de como seriam alertados sobre as medidas de biossegurança, a
manipulação e descarte de resíduos e higiene. Além de contar com um profissional
da área de Biossegurança para mediar a pesquisa, onde foram entregues panfletos
explicativos para orientar os profissionais.
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Foram executadas oficinas para os funcionários com apresentação dos tipos
de Coletores e caixas de Materiais Perfuro Cortantes, instruição sobre boas práticas
de higiene, medidas de melhorias na Instituição analisada na etapa de observação
expondo cartazes e fotos. Além dos profissionais estarem em uma área com a
finalidade de cuidar do próximo, foi explicado que as medidas de Biossegurança são
importantes e que devem ser seguidas de forma cuidadosa e atenciosa. Com a
compreensão dos funcionários foi possível conciliar os horários, realizar as
atividades propostas, concluindo todo plano de ação previsto no projeto, pois quanto
maior a preocupação da organização em intervir nessas mudanças e acompanhá-
las, mais eficazes serão os resultados almejados.
Constatou-se com a pesquisa que os profissionais possuíam noções básicas
sobre biossegurança, porém em algumas temáticas importantes e por vícios da
rotina diária, por vezes a biossegurança era negligenciada.
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CICLO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES DA FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA
- HOSPITAL NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE EM SANTO AMARO/BA
Manuel Alves de Sousa Junior*1
Cleidejane dos Santos Silva1
Jéssica Monteiro dos Santos1
Luis Eduardo Figueiredo dos Santos1
Monique Maria Silva da Cruz Borges1
1-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro
*manueljunior@ifba.edu.br
Palavras-chave: RSS, biossegurança hospitalar, descarte de lixo hospitalar.
Todos aqueles que exercem algum tipo de atividade laboral estão expostos a
algum risco decorrente da natureza dessa atividade. O termo Biossegurança define
um conjunto de medidas direcionadas a prevenir, controlar, neutralizar, eliminar ou,
no mínimo, reduzir os riscos ambientais pertinentes ao local de trabalho, visando,
em especial, a proteção da saúde humana e do meio ambiente.
Este projeto de pesquisa, apresentado no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, no Campus de Santo Amaro, teve como
objeto de estudo, o ciclo dos resíduos hospitalares do principal centro médico do
município santoamarense: o Hospital Nossa Senhora da Natividade. Seu intuito foi
identificar os possíveis riscos ambientais que este tipo de atividade, isto é, o manejo
e o descarte do lixo hospitalar e os riscos que oferecem à comunidade e aos
colaboradores desta instituição.
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Os resíduos de serviço de saúde (RSS) ou resíduo hospitalar, provêm de
ações em hospitais, dividem-se em grupos e são organizados de acordo com as
características e os riscos inerentes a eles. O armazenamento, transporte e descarte
de resíduos hospitalares, quando realizados de maneira adequada, com
profissionais e com o uso de equipamentos de proteção individuais e coletivos, que
minimizam ou eliminam a ameaça à saúde ou à vida do trabalhador, trazem
segurança e proteção aos envolvidos nesse ciclo, pois há riscos que podem ser
evitados na manipulação de tais resíduos.
A adoção de meios apropriados ao se descartar os resíduos hospitalares é
imprescindível para evitar acidentes. A capacitação continuada do funcionário é de
suma importância no sentido de que a segurança e saúde do trabalhador sejam
preservadas, assim com o lixo hospitalar não consista em uma fonte de risco à
saúde humana e ao meio ambiente, devido à falta de adoção de mecanismos
apropriados.
Deve-se estimular o comportamento profissional antes, durante e após a
execução de uma tarefa, diminuindo a probabilidade de por em risco o profissional
envolvido com a atribuição, a comunidade e o meio ambiente.
Com a pesquisa foi constatado que o hospital segue rigorosamente as
normas e condutas de biossegurança referente ao manejo dos resíduos
hospitalares.
Logo, o risco no ambiente hospitalar , como nas demais setores de trabalho,
existem. Mas, as consequências podem ser pequenas, para tanto é fundamental que
os empregadores utilizem mecanismos que visem minimizar tais riscos. Como os
dispositivos que estão em algumas NRs (Normas Regulamentadoras) por exemplo,
NR-32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de Saúde), NR-6 (Equipamento
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de Proteção Individual - EPI), NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)
e na NR-7 (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Tais aspectos
podem ser utilizados como parâmetros para propiciar que um ambiente de trabalho
tenha segurança e saúde para os seus colaboradores.
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A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR) PARA
O TRABALHO COM SOLDA EM UMA SERRALHERIA
Angelo Alerson Gomes de Sousa*, Denise Damasceno Santana, Fernanda
Oliveira Barreto do Amaral, Márcio Ellan Bispo de Souza, Marcos Cesar Domingos
Ferreira, Rita de Cássia dos Santos Leal, Ronaldo Bruno Ramalho Leal, Talita Lopes
dos Santos, Tatiane de Cássia Santana Dórea 1
1-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) campus Santo Amaro
*angeloalerson@yahoo.com.br
Palavras-chave: Programa de Proteção Respiratória, fumos metálicos, soldagem.
Através das observações feitas na Serralheria São Jorge, localizada na cidade de
Santo Amaro, foi constatado que os trabalhadores não reconhecem os riscos
respiratórios que estão expostos na execução do seu trabalho. Foram analisados: o
meio ambiente de trabalho, os riscos químicos (fumos, gases, vapores, nevoas e
poeiras) aos quais os trabalhadores estão expostos no momento da sua atividade,
as medidas de controle de risco e a utilização, ou não, do Equipamento de Proteção
Respiratória, exigido no PPR, conforme Instrução Normativa 01 de 11/4/94, da
Secretária de Segurança e Saúde no Trabalho (SSST) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), que orienta no controle das doenças ocupacionais, provocadas
pela inalação de contaminantes atmosféricos. Nesse sentido, a exposição aos fumos
de solda pode causar doenças como: siderose (doença pulmonar), câncer de
pulmão, asma, ulcerações do septo nasal, ulcerações de pele, dermatite de contato
alérgica, problemas de fertilidade e enfarte. Vale salientar que, a siderose é umas
das doenças que mais afetam os trabalhadores na área de soldagem, ela é causada
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pela inalação de poeiras e fumos metálicos que provocam a descoloração dos
pulmões. Outra doença que acomete os trabalhadores é a dermatite que é uma
inflamação da pele resultante do contato com o metal e atinge geralmente as mãos,
os braços e a face. Diante disso, faz-se necessário orientar, alertar e conscientizar
os trabalhadores para o uso do Equipamento de Proteção Respiratória (EPR), pois
estes trabalhadores estão envolvidos em ambientes contendo elementos em
suspensão por aerodispersóides (fumos metálicos, gases, vapores, poeiras e
névoas) que provocam danos ao aparelho respiratório (pulmão, traqueia, fossas
nasais, faringe, etc.). Este estudo feito na serralheria possibilitou evidenciar que os
trabalhadores não utilizam os equipamentos recomendados EPR e nem os demais
equipamentos de proteção individual (EPI), que de acordo com a NR 6 – EPI-
(206.000-0/10), define-se como “todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde do trabalhador”, estando expostos assim a diversos riscos
oriundos do processo de soldagem, que são extremamente nocivos á saúde dos
soldadores. As entrevistas feitas com os trabalhadores, as pesquisas bibliográficas
e as visitas técnicas foram fundamentadas no Programa de Proteção Respiratória
(PPR), que inclui um conjunto de medidas práticas e administrativas através das
quais se pretende proteger a saúde do trabalhador pela seleção adequada e uso
correto do respirador. É de suma importância lembrar que o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da NR 9 também mantém relação direta
com o PPR, pois, ele faz o levantamento dos riscos ambientais. Além disso, vale
ressaltar, que a NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI determina a
obrigatoriedade dos empregadores fornecerem aos empregados o EPI adequado
aos riscos que os mesmos estão expostos no momento da atividade do trabalho,
pois, os agentes químicos que penetram no organismo pela inalação, via
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respiratória, também o fazem através da pele e por ingestão. O soldador produz de
20 a 40g de fumos por hora, o que corresponde a aproximadamente 35 a 70kg por
ano, os fumos produzidos na soldagem são extremamente pequenos,
aproximadamente 0,01 mícron. Isso significa que são facilmente inaladas e chegam
até o sistema respiratório ocasionando as doenças ocupacionais oriundas da solda.
Sendo assim, é importante a proteção de todo o corpo, com respiradores
apropriados, máscaras de solda, aventais, perneiras, mangas de proteção para os
braços além de botas com biqueira de aço etc.
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MEIO AMBIENTE E EDUCAÇÃO: UMA PROPOSTA DE SAÍDA DE CAMPO
COMO SUPORTE METODOLÓGICO AO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM NO COLÉGIO GÊNESIS – FEIRA DE
SANTANA/BAHIA
Daniel Ricardo Santos Pinto*1
Patrícia Brandão*
*Colégio Gênesis
1-danielpintto@hotmail.com
Palavras - chave: Traripe, sustentabilidade e Gênesis.
No que se refere ao local em análise, pode se perceber que a descrição geral é
relacionada ao distrito de Oliveira dos Campinhos, pertencente ao município de
Santo Amaro (BA), rico em biodiversidade e importante área para praticantes de
religiões de origem africana em função da disponibilidade natural de rios e
cachoeiras para a realização de rituais e oferendas, mas também para a prática de
atividades esportivas radicais, pois os elementos naturais embelezam a paisagem
predominantemente da região. Oliveira dos Campos ainda preserva algumas plantas
nativas da mata atlântica e que também agrega um enorme bambuzal, a área
específica de análise disponibiliza também de animais silvestres que vivem na
paisagem, tais como cobras, lagartos, aranhas, morcegos, pássaros, sapos, insetos
endêmicos que sobrevivem em uma região bastante utilizada para a prática de
atividades lúdicas de aventura, como trilhas e rappel. Distante de Feira de Santana,
em torno de 25 minutos partindo do centro urbano feirense em direção a Salvador
pela BR 324, é um local bastante procurado por amantes de aventura e de
estudiosos relacionados a educação física, geografia, antropologia e biologia. O
clima tropical com um elevado nível de umidade contribui para a garantia da
existência das espécies de fauna e flora que vive no local, é cortado artificialmente
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por uma linha férrea que leva cargas de mercadorias para a sede do município
santamarense. Para que a atividade possa atingir uma objetivação máxima
satisfatória, busca-se compreender e diferenciar a organização dos elementos
naturais de Oliveira dos Campinhos e Feira de Santana. Assim, para que tal objetivo
seja alcançado, há outras objetivações específicas que juntas contribuem para que a
ideia principal seja alcançada, tais como, analisar a fauna e flora local, compreender
a organização fluvial na distribuição da paisagem natural, discutir a relação natureza
e sociedade, descrever a organização das comunidades locais, relacionar os
aspectos de relevo e solo da cidade de Feira de Santana e de Oliveira dos
Campinhos, diferenciar os aspectos térmicos e de umidade do ar de Oliveira dos
Campinhos com relação a Feira de Santana, Deste modo, justifica-se tais ideias da
seguinte forma: as transformações ocorrentes na natureza a partir da segunda
metade do século XVIII, na época da Revolução Industrial, foram cruciais para que o
meio ambiente na atualidade tenha um comportamento cada vez mais preocupante
para a população mundial, principalmente porque foram as ações antrópicas que
promoveram tamanhas modificações na paisagem que comprometem a vida na
Terra.Assim, com o propósito em direcionar estudantes independentes de suas
formações pessoais, sociais, ou religiosas, visa-se ampliar a percepção a respeito
da necessidade vital em preservar a natureza e compreender o meio ambiente
como algo diretamente relacionado a nossa vida e não somente à vegetação, clima,
solos, relevo, ou seja, legitimar que também somos natureza, que também somos
parte do meio ambiente.Entretanto, acima de tudo, pretende-se também co-
relacionar as características naturais de Oliveira dos Campinhos com as da cidade
de Feira de Santana, uma vez que a maior parte dos envolvidos, residem ou
estabelecem uma relação direta com a maior cidade do interior da Bahia.Desta
maneira, pretende-se fazer com que em um ambiente onde os elementos naturais
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predominantes sejam inspiradores e capazes de proporcionar momentos de análise
e reflexão para que as pessoas coloquem em prática as teorias que serão
levantadas e percebidas justamente em um local que inspira a preservação
ambiental e que estas ideias sejam multiplicadas em qualquer área de vivência em
que os indivíduos envolvidos possam fazer com que realmente o meio ambiente seja
pertinente a realidade de cada um e não somente a estudos acadêmicos. A estrutura
metodológica fundamental para a obtenção dos resultados almejados neste projeto
idealiza-se da seguinte maneira: após discussões teóricas em Feira de Santana e
em Oliveira dos Campinhos (Traripe - espaço cultural e ecológico) a respeito de
meio ambiente, preservação ambiental, elementos naturais e culturais que divergem
a realidade de Feira de Santana e Oliveira dos Campinhos, com a participação de
um guia treinado em reconhecimento do local, o professor orientador juntamente
com o guia e grupo de alunos ou interessados percorrem as trilhas do Projeto
Traripe, observando os elementos naturais existentes na região, registrando com
fotografias, anotações, filmagens e discussões sobre os aspectos visíveis e
descobertos na área de análise.Em seguida, posterior a percepção de percorrer todo
o trajeto com roupas, calçados, acessórios e equipamentos previamente orientados
os envolvidos nessa divertida e aventureira atividade lúdica e de aprendizagem,
serão contemplados com um delicioso “banho” de conhecimento que será
proporcionado pelos professores e pelo orientador local. Deste modo, a atividade
desenvolvida é importante para que os estudantes e interessados percebam o
comportamento natural dos elementos naturais de acordo com a região em análise e
comparar com a cidade de Feira de Santana, para que assim tenhamos a percepção
como os elementos se assemelham e se divergem em uma área que relativamente
apresenta uma pequena distância.Outra e de maior importância necessidade que
deve ser estimulada, desenvolvida e colocada em prática são as noções de meio
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ambiente que devem ser fortalecidas no conhecimento dos cidadãos que podem e
devem desenvolver práticas ecologicamente corretas em qualquer ambiente em que
os mesmos estejam inseridos, independentes de ser nos seus locais de vivência
social ou não.
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PROJETO: PARQUE DA CIDADE FREI JOSÉ DE MONTEIRO SOBRINHO
Daniel Ricardo Santos Pinto¹*
Patrícia Brandão*
*Colégio Gênesis
1-danielpintto@hotmail.com
Palavras - chave: parque, urbano, cidadania.
Os municípios brasileiros, independentes das suas dimensões em superfície,
apresentam realidades sociais e econômicas muito semelhantes, mas mesmo
partindo pela lógica desta premissa, é necessário que haja acima de tudo
investimentos significativos em áreas de lazer e fazê-las valer a pena na área em
que as mesmas estão instaladas. Deste modo, fica clara a necessidade em ampliar
os espaços de entretenimento no espaço urbano, que façam com que a população
tenha mais satisfação em habitar nas suas devidas localidades, por este motivo,
desde o final do ano de 2007, temos no maior município do interior baiano Feira de
Santana, nas imediações do Conjunto Habitacional Feira VII, no sentido sul, da
cidade já destacada anteriormente, o Parque da Cidade Frei José Monteiro
Sobrinho. Por estas e outras necessidades em reconhecimento e valorização das
características naturais, os estudantes do Colégio Gênesis, unidade de ensino
fundamental e médio lotada na mesma cidade, fazem uma visita técnica, com o uso
de elementos referenciais utilizados nas aulas de Geografia, como escala e pontos
geo referenciados para possibilitar a descrição dos elementos visíveis que são
encontrados no trajeto do Colégio Gênesis até o Parque da cidade citado e também
analisam em lócus os elementos que são responsáveis pela caracterização natural,
cultural e formação do mesmo.O município de Feira de Santana por apresentar forte
caráter migratório atrativo, é contraditoriamente grande e pequeno, ou seja, grande
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pela capacidade de ser cidade estratégica geograficamente para atrair moradores
oriundos de diversos pontos do país e do mundo e pequeno por disponibilizar
poucos espaços diferenciados que permitam relações no convívio social entre
aqueles que habitam o próprio espaço geográfico já descrito. Ainda assim, existem
áreas poucas aproveitadas e direcionadas para a prática de atividades de lazer no
município, o que acarreta para os moradores uma série de insatisfações em função
deste fato, mas tem-se na cidade uma área que apresenta recursos naturais típicos
da atlântica e da caatinga, espaços amplos que ainda são pouco conhecidos pela
maioria de seus moradores, ou seja, estamos tratando do Parque da Cidade Frei
José Monteiro Sobrinho. Com o intuito de re-apresentar o espaço geográfico
feirense para grupos de adolescentes estimulados pela curiosidade e necessidade
de conhecer o novo, uma aula itinerante é posta em prática em parceria com a
participação de professores de Geografia e Ciências para que os estudantes
percorram o espaço urbano feirense que se estende na área de acesso do colégio
Gênesis até o Parque da Cidade, onde lá, eles possam analisar os elementos
naturais e artificiais deste novo espaço de lazer urbano do município. Para que tais
atividades possam ser desenvolvidas de modo organizado e bem sucedido, sugere-
se que a objetivação principal seja analisar através do uso de escala e elaboração
de croqui à distância percorrida entre espaços urbanos feirense. Deste modo, prevê-
se que alguns objetivos específicos menores possam ser alcançados para que
assim a objetivação máxima realmente possa ser atingida, tais como o reconhecer
as diferenças arquitetônicas locais, a identificação de áreas economicamente
favorecidas e desfavorecidas no espaço urbano feirense, o conhecimento da
organização do tráfego urbano, a descrição da estrutura do parque da cidade, o
reconhecimento do o papel e da importância do parque da cidade para o município,
a observação da organização espacial do Parque da cidade, a descrição da
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Santo Amaro – Bahia, 2012
estrutura física e sócio-econômica do espaço urbano feirense nas áreas visitadas, e
que os estudantes possam discutir o papel do anel de contorno (Avenida Eduardo
Fróes da Mota).Para que as ideias possam ser executadas de modo eficiente e em
busca constante de excelência e alcance de bons resultados, idealiza-se uma
metodologia composta da seguinte proposta: durante um turno escolar, os alunos do
Colégio Gênesis, participam de uma aula externa, realizada a partir do uso de um
ônibus que seja capaz de conduzi-los até o Parque da Cidade Frei José Monteiro
Sobrinho, que é uma área de interesse ecológico e paisagístico e seguida discutir os
itens relacionados à estrutura visível da cidade de Feira de Santana. Com relação a
visita a ser realizada ao Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho, haverá uma
explanação teórica a respeito dos aspectos físicos, sociais e econômicos e de
localização do trajeto do Colégio Gênesis / Parque da Cidade/ outros pontos da
cidade com registro fotográfico dos espaços visitados.Algumas paradas obrigatórias
orientadas pelos professores são sugeridas para que os estudantes percebam os
trajetos realizados e percebam a evolução da atividade em realização, pois a cada 3
km de distância o motorista do ônibus sinalizará o trajeto percorrido e os alunos
registrarão os elementos artificiais e naturais visíveis nos locais destacados, para
que os estudantes sintam-se confortáveis é de importante que os mesmos possam
levar frutas (maçã, uva, pêra, morango, banana, tangerina ou qualquer uma que
dispense o uso de material cortante), suco (de caixinha ou de casa), saco (para
jogar o lixo produzido no lanche), água abundante, caneta esferográfica preta ou
azul, lápis ou grafite, caderno para anotações ou bloquinhos,máquina fotográfica,
boné, protetor solar, celular (máximo de cuidado para não perder e manter contato
com familiares, caso necessário), uniforme escolar completo e é óbvio muita atenção
e disposição para que as atividades propostas sejam realizadas de modo bem
interessante e dinamizado. Algumas considerações devem ser levadas em questão
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Santo Amaro – Bahia, 2012
para que haja uma realização bem sucedida, tais como, após a execução da saída
de campo, os alunos elaborarão um relato de experiência documentando o que for
visto, discutido e fotografado durante as observações vistas do Colégio Gênesis até
o Parque da Cidade, que ocorrerá sob a responsabilidade do Colégio Gênesis, sob a
orientação do professor de Geografia e da professora de Ciências, contando com o
auxílio direto da coordenadora, para garantir mais segurança e eficiência ao
propósito estabelecido.
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MEIO AMBIENTE E NATUREZA: USOS E RESPONSABILIDADES
Rivani Oliveira Ferreira*1
Carlos Alberto de Jesus Filho*
Monise da Silva Pereira*
*Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
1- rivaniserrinha@yahoo.com.br
Palavras-Chave: Meio Ambiente; Responsabilidade Socioambiental; Recursos Naturais.
As mudanças na sociedade têm feito emergir grandes problemas ambientais
resultado, sobretudo, do uso irracional dos recursos naturais e da falta de cuidados
adequados para com a natureza e o meio ambiente. Os efeitos de tais ações não
atingem somente o espaço natural, mas igualmente o espaço social e
conseqüentemente a sociedade, criando assim os chamados problemas
socioambientais. Estes problemas se materializam a partir da destruição das matas
nativas, na maioria das vezes de forma ilegal, na contaminação de mananciais
hídricos, na extinção de animais silvestres e tantos outros efeitos para a natureza,
bem como em implicações que atingem diretamente as pessoas a citar os
deslizamentos e inundações, os quais geram a morte de muitas pessoas e deixam
outras desabrigadas e completamente destruídas psicologicamente. Estes eventos
se convergem pela natureza dos agentes responsáveis o “ser humano”, já que todos
usufruem os recursos naturais e utilizam os espaços, são, portanto, responsáveis
por sua manutenção. Assim, ainda que em níveis diferentes, o poder público,
grandes empresários e pessoas comuns são culpabilizados pelos danos que se vem
efetuando no meio ambiente. O estado pela figura dos representantes políticos são
delatados pela falta de uma política adequada de moradia necessária em muitas
cidades brasileiras, bem como pela falta de uma política de educação ambiental
eficiente, capaz de estimular e orientar práticas mais conscientes de convivência
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com o ambiente. Os grandes empresários são responsáveis pelo uso exagerado dos
recursos naturais sem pensar na sua finitude ainda pela contaminação e destruição
desses mesmos recursos, além de não cumprirem as leis de responsabilidade
ambiental, a exemplo da Lei nº 6.938/81, da Lei 9.605/98 e da própria Constituição
Federal de 1998. As pessoas são também culpadas, pois muitas vezes não
cumprem as leis construídas, bem como relegam cuidados simples com o meio
ambiente tal como jogar o lixo no lugar certo e separar o lixo por categoria entre
tantos outras ações simples mas, de grande importância para a manutenção da
qualidade ambiental. Assim, a construção de uma sociedade ambientalmente justa e
correta perpassa pela atuação do estado no processo de mobilização, fomentação e
principalmente construção de políticas ambientais e sociais e pelo cumprimento das
leis por parte das pessoas comuns e das empresas de modo a conduzirem para
uma sociedade mais ecológica e ambientalmente correta e sustentável. Desta forma,
este trabalho pretende abordar a responsabilidade dos diferentes agentes políticos e
sociais na construção de uma sociedade menos deturpadora e mais consciente no
que confere a convivência com a natureza e o uso dos recursos naturais. Tais
discussões possibilitam a compreensão de que para se construir uma sociedade
diferente da que se vivencia hoje, sobretudo, com ênfase na valorização do meio
ambiente e da natureza é necessário a participação de todos e isto se fortalece em
grupos como a família, as empresas e o estado. Além disso, a partir de tal
compreensão cada sujeito será capaz de refletir e conseqüentemente assumir sua
responsabilidade frente ao contexto atual da relação sociedade, meio ambiente e
natureza com vista a uma verdadeira mudança de práticas e posturas. As
discussões efetivadas aqui são resultado de uma análise teórico bibliográfico a
respeito da temática, buscando refletir o papel destes diferentes agentes para
manutenção do meio ambiente.
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USO DE COMPOSTO ORGÂNICO PROVENIENTE DE LIXO URBANO
SELECIONADO COMO AGENTE MITIGADOR DA BIODISPONIBILIDADE DE
CÁDMIO.
Jurema de Castro Souza1 e Josanídia Santana Lima*
*Pós-graduação em Geoquímica e Meio Ambiente, Universidade Federal da Bahia (UFBA)
1-juremacastro@ifba.edu.br
Palavras-chave: biomassa, cádmio, biodisponibilidade
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação do composto orgânico na
biodisponibilidade do cádmio. Foram misturadas, ao solo do tipo LATOSSOLO
AMARELO, doses de composto orgânico equivalentes a 20, 40, 60, 80 e 100 t ha-1.
A mistura resultante foi então contaminada com Cd, na forma de CdCl2, nas
concentrações 0,0; 0,5; 5,0; 10,0 e 25,0 mg dm -3 e posteriormente transferida para
vasos de polietileno devidamente identificados. Um tratamento controle (somente
solo) também foi estabelecido. As sementes de sorgo (Sorghum bicolor L. Moench)
foram plantadas diretamente nos vasos. O cultivo deu-se em casa de vegetação por
35 dias, a 70% da capacidade de campo, quando foram avaliados: a produção de
biomassa fresca da parte aérea e biomassa seca das partes aérea e radicular; teor
de cádmio solúvel no substrato (utilizando como extrator o CaCl2 0,05 mol L-1) e
teor de cádmio nas partes aérea e radicular do vegetal.
RESULTADOS ALCANÇADOS
O composto orgânico diminuiu a biodisponibilidade do Cd, comprovada pela
redução dos teores do elemento nos tecidos vegetais (tabela 1 e 2), o que resultou
em um aumento do peso do material vegetal e, conseqüentemente, um aumento no
crescimento das plantas de sorgo. Esses resultados confirmam, mais uma vez, que
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o composto orgânico, além de diminuir a toxidez causada pelo Cd, pode melhorar o
desenvolvimento das plantas.
Redução do teor de cádmio nos tecidos vegetais, em função da aplicação de
composto orgânico.
Parte aérea:
Tabela 1: Teor de cádmio na parte aérea (CdPA) do sorgo, em mg kg-1, em função das
doses de composto orgânico e das concentrações de cádmio.
Parte radicular:
Tabela 2: Teor de cádmio na parte radicular (CdPR) do sorgo, em mg kg-1, em função das
dosagens do composto e das concentrações de cádmio.
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Redução da biodisponibilidade do cádmio em função da aplicação de composto
orgânico, comprovado pelo aumento na produção de biomassa vegetal.
Figura 10:
Crescien
to da p
arteFigura 10: Crescimento da parte aérea de plantas de sorgo cultivadas em substratos
contaminados com Cd.
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ATERRO SANITÁRIO NOVA ESPERANÇA E OS PROBLEMAS
SOCIOAMBIENTAIS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA BA.
Monise da Silva Pereira*1
Rivani Oliveira Ferreira*2
*Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
1-monise.fsa@hotmail.com
2-rivaniserrinha@yahoo.com.br
Palavras chave: Aterro Sanitário, infraestrutura e lixão.
Um dos problemas hoje enfrentado pela sociedade moderna e principalmente pelos
gestores públicos é o destino e tratamento da grande quantidade de lixo produzido
nos diferentes espaços como as residências, as indústrias e os hospitais. Na maioria
das vezes a falta de um bom planejamento, tem ocasionado o aparecimento de
“lixões”, em que é depositado todo tipo de resíduo, sem que haja uma preocupação
com as consequências que isto possa ocasionar para o solo, mananciais hídricos,
lençol freático e a sociedade.
Esta situação é também parte da realidade da cidade de Feira de Santana-BA, que a
partir da implantação inadequada de um aterro sanitário permitiu que este
funcionasse por muito tempo como um lixão. A implantação do aterro sanitário na
cidade de Feira de Santana- BA, datada de 1989, inicialmente se deu de forma
precária, funcionando por muito tempo como um lixão. Esse aterro que localiza-se a
leste do município, próximo ao bairro Nova Esperança, local afastado do centro da
cidade, onde funcionava uma pedreira de extração de brita.
Contudo, o aterro de Feira de Santana por muito tempo recebeu todo tipo de
resíduos, desde os domésticos aos industriais e hospitalares, sem que houvesse
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qualquer controle ou tratamento. O mesmo não possuía nenhum projeto e infra-
estrutura que o qualificasse enquanto um aterro sanitário.
O aterro sanitário de Feira de Santana foi construído neste local como uma forma de
aproveitar a cava que a pedreira havia deixado a qual encontrava-se em uma
posição contraria a direção do vento e por isto não acarretaria mau cheiro para as
residências da cidade.
Durante o período da implantação do aterro foram utilizados alguns elementos
necessários para o funcionamento adequado deste tipo de empreendimento, tais
como canais de drenos na base do aterro e drenos de gases. No entanto, estas
práticas não obtiveram sucesso durante a maior parte do tempo, devido à falta de
investimentos necessários para a condução correta de suas atividades, e por isto
funcionando como um lixão a céu aberto, e possibilitando que pessoas e animais
coletassem materiais do lixo, como fonte primaria de alimento e renda.
Por ter alcançado a sua capacidade máxima, o antigo aterro foi desativado e em
2002 foi construído um novo para substituí-lo, sendo o mesmo operacionalizado pela
empresa Sustentar Serviços Limitados S/A.
Segundo o engenheiro responsável pelo aterro este encontra-se hoje dentro das
normas estabelecidas pelos órgãos públicos para o seu devido funcionamento,
possuindo licença ambiental concedida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídrico - INEMA que é o órgão responsável por expedir licenças ambientais e
fiscalizar a implantação de aterros, o referido órgão é ainda responsável por estudos
de investigação geológica, hidrogeologia e ambiental para verificação de viabilidade
técnica e segurança para a população.
O aterro também possui um plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que serve
para orientar as ações de todos os membros e servidores a fim de diminuir a
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quantidade de lixo e aproveitar melhor os recursos disponíveis. O novo aterro é
cercado para evitar o acesso de animais e pessoas não autorizadas.
Segundo o engenheiro é realizado um monitoramento trimestral para controlar a
contaminação das águas superficiais e subterrâneas, permitindo avaliar as
condições adequadas de consumo dessas águas. Quanto ao chorume que é um
líquido escuro produzido pela alta concentração de matéria orgânica e organismos
decompositores e que gera alta carga poluidora. Diferentemente do antigo aterro, o
novo possui um canal de escoamento da água para evitar que se misture com o
chorume, sendo por isto tratada pela Empresa Baiana de Água e Saneamento –
EMBASA. Com relação ao gás metano, gerado pela decomposição da matéria
orgânica foram construídos dutos para que esse gás seja conduzido de formas
correta até a superfície onde é queimado para poder evitar possíveis explosões na
região. Além disso, recentemente foi implantado um projeto no aterro sanitário com a
finalidade de captar e utilizar o gás que é gerado na decomposição dos resíduos
orgânicos na geração de energia, chamando de Biogás.
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