3. A ORIGEM DOS POVOS AMERICANOS
• Os habitantes do continente americano descendem de populações advindas da
Ásia, sendo que os vestígios mais antigos de sua presença na América, obtidos
por meio de estudos arqueológicos, datam de 11 a 12,5 mil anos.
• Embora não se saiba exatamente quantas sociedades indígenas existiam no
Brasil à época da chegada dos europeus, há estimativas sobre o número de
habitantes nativos naquele tempo, que variam de 1 a 10 milhões de indivíduos.
• O processo de colonização levou à extinção muitas sociedades indígenas que
viviam no território dominado, seja pela ação das armas, seja em decorrência
do contágio por doenças trazidas dos países distantes, ou, ainda, pela
aplicação de políticas visando à "assimilação" dos índios à nova sociedade
implantada, com forte influência europeia.
* Fonte: http://www.funai.gov.br/indios
4. TUPIS E GUARANIS
• Na chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500,
estima-se que os índios brasileiros eram entre
um e cinco milhões. Os tupis ocupavam a
região costeira que se estende do Ceará a
Cananeia (SP). Os guaranis espalhavam-se pelo
litoral Sul do país e a zona do interior, na bacia
dos rios Paraná e Paraguai. Em outras regiões,
encontravam-se outras tribos, genericamente
chamados de tapuias, palavra tupi que designa
os índios que falam outra língua.
5.
6. MODO DE VIDA DOS ÍNDIOS
• Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do
extrativismo e da agricultura. Nem esta última,
porém, servia para ligá-los permanentemente a
um único território. Fixavam-se nos vales de rios
navegáveis, onde existissem terras férteis.
Permaneciam num lugar por cerca de quatro
anos. Depois de esgotados os recursos naturais
do local, migravam para outra região, num regime
semi-sedentário.
7. ALIMENTAÇÃO
• A alimentação dos índios do Brasil se compunha
basicamente de farinha de mandioca, peixe,
mariscos e carne. Conheciam-se os temperos e a
fermentação de bebidas alcoólicas. Com as fibras
nativas dos campos e florestas, fabricavam-se
cordas, cestos, peneiras, esteiras, redes, abanos
de fogo; moldavam-se em barro diversos tipos de
potes, vasos e urnas funerárias, pois enterravam
seus mortos.
8. DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO
• Aos homens cabiam as tarefas de esforço
intenso, como o preparo da terra para o
cultivo, a construção das ocas e a caça.
Além destas, havia a atividade que
consideravam a mais gloriosa – a guerra.
As mulheres cuidavam das crianças,
semeavam, colhiam, modelavam, teciam,
faziam bebidas e cozinhavam.
9. 1. (UFSM-RS) Sobre a organização econômica, social e política das comunidades indígenas
brasileiras, no período inicial da conquista do território pelos portugueses, é correto afirmar:
I. Os nativos viviam em um regime de comunidade primitiva, em que a terra era de propriedade
privada dos casais e os instrumentos de trabalho eram de propriedade coletiva.
II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam das
crianças, plantavam e colhiam; os homens participavam de atividades guerreiras, da caça, da
pesca e da derrubada da floresta para fazer a lavoura.
III. A sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção controlado
pelos chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens entre os indígenas.
IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o comércio, pois tudo o que produziam destinava-se
à subsistência, realizando apenas trocas rituais e presentes.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas III.
d) apenas IV.
e) apenas II e IV.
10. 2. (UFMS) O texto, a seguir, apresenta uma crítica sobre a presença dos indígenas na historiografia brasileira.
"A historiografia brasileira caracterizou-se por longo tempo, e ainda hoje o faz em larga escala, pelo silêncio
sobre os primeiros ocupantes das terras brasileiras. Excetuando-se alguns aspectos folclóricos, os indígenas são
apresentados como ineptos ao trabalho, porque não aceitaram a escravidão (!), boçais e extremamente primitivos.
Silva, Francisco Carlos Teixeira da. Conquista e colonização da América Portuguesa (O Brasil Colônia -
1500/1750). In Linhares, Maria Yedda. História Geral do Brasil. Rio de Janeiro, Campus, 1990, pp. 15-68, p. 37.
A crítica apresentada confirma a(s) seguinte(s) ideia(s):
(01)como qualquer população não envolvida em circuitos mercantis, de início os índios não entenderam a
necessidade do trabalho árduo para além das necessidades de sua economia de subsistência.
(02) todos os historiadores do país têm tratado da história dos primeiros ocupantes das terras brasileiras em seus
estudos históricos e historiográficos.
(04) como os povos indígenas não possuem história, por não dominarem modernos sistemas de escrita, não há
como tratá-los em estudos sobre a História do Brasil, pois os historiadores trabalham apenas com fontes textuais.
(08) a resistência indígena diante da conquista e da colonização portuguesa tem sido encoberta por muitos
historiadores que não percebem os índios como agentes sociais.
(16) As ideias evolucionistas, fundamentadas no pressuposto de que o progresso tecnológico é o principal
requisito para se avaliar uma sociedade, têm influenciado o trabalho de muitos historiadores engajados em
escrever a história oficial de nosso país.
11. • Os trabalhadores rurais brancos não ficam sem
terra em decorrência da 'exorbitância' das terras
indígenas, mas sim da extrema concentração de
propriedade fundiária, que permite a coexistência
de má utilização da terra com o crescimento da
população rural que não dispõe de terras para
trabalhar. Antes de pretender interferir sobre a
eficiência no uso dos recursos produtivos dentro
das áreas indígenas, é preciso modificar a
ineficiência e a perversa equação social que
caracterizam o universo dos brancos.