O documento descreve:
1) O Congresso de Viena de 1814-1815 que redefiniu as fronteiras européias após as guerras napoleônicas e restaurou as monarquias absolutistas;
2) As medidas tomadas como restaurar Luís XVIII na França e retirar seus territórios conquistados;
3) A criação da Santa Aliança entre Rússia, Prússia e Áustria para defender as decisões de Viena e combater levantes liberais.
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
Era Napoleônica e Congresso de Viena
1. 18 DE BRUMÁRIO - O GOLPE EM NOME DA BURGUESIA
Instabilidade
interna
Ataques
externos
Golpe 18 de
Brumário
Sucessivas revoltas
internas
• Grupos populares de
tendência jacobina.
• Ameaça às conquistas
econômicas da
burguesia.
Monarquias absolutistas
• Medo de que a
Revolução Francesa se
espalhasse pela Europa.
• Formação de várias
coligações para invadir
a França e restaurar a
monarquia absoluta.
• Áustria, Prússia, Rússia
e Inglaterra.
Napoleão Bonaparte
• Jovem general que
obteve inúmeras
vitórias para a França
no exterior.
• Elemento de prestígio
popular e ao mesmo
tempo forte o suficiente
para manter com mão
de ferro a estabilidade
exigida pela burguesia.
Revisando
2. Período Napoleônico (1799-1814)
• Fim das ameaças
externas.
• Reorganização
da economia.
• Estabilização das
revoltas internas.
• Reorganização
do sistema
administrativo.
Consulado
(1799-
1804)
• Expansão
territorial por
meio da
superioridade
militar francesa.
• Reserva do
comércio
mundial em
benefício dos
franceses.
Império
(1804-
1814)
3. Reequilíbrio
das finanças
por meio da
criação do
Banco
Francês.
Criação do
código civil
napoleônico.
Seguidas
vitórias contra
as coligações
antifrancesas.
Napoleão
reatou as
ligações com
a Igreja
Católica.
Estímulo ao
crescimento
da indústria
e da
agricultura.
Consulado (1799-1804):
Principais realizações
4. CÓDIGO CIVIL
NAPOLEÔNICO
(consagração dos ideais
burgueses)
1)Igualdade de
todos perante a
lei.
2) Estado Leigo
(subordinação
da Igreja ao
Estado).
3)Legitimação do
direito à
propriedade
privada
(inspiração do
Direito Romano) .
4)Proibição da
formação de
sindicatos e
greves.
5)Restabelecimento
da escravidão nas
colônias francesas.
6. • Principal rival
mundial da França.
• Disputa pelos
mercados mundiais.
Inglaterra
• Medo da difusão da
revolução pela Europa.
• Temor em relação à
estabilidade política
conquistada pela França.
Monarquias
absolutas • Inglaterra, Áustria,
Prússia e Rússia.
• Todos unidos para
derrubar a França de
Napoleão.
As coligações
8. Alexandre I
desobedece ao
Bloqueio
Continental.
• Napoleão envia
600 mil homens.
• Rússia (tática da
Terra arrasada).
Fome, frio e
guerrilha.
• O exército de
Napoleão bate
em retirada.
• Apenas 100 mil
soldados
sobreviveram à
campanha da
Rússia.
Napoleão é
derrotado pela 6ª
Coligação em 1814.
• Integrantes:
Inglaterra,
Áustria, Prússia e
Rússia.
• Assinatura do
Tratado de
FONTAINEBLEAU.
A campanha da Rússia e o início do declínio
9. • Objetivo: eliminar a influência do pensamento iluminista difundido na
Europa durante a expansão do império napoleônico.
RESTAURAÇÃO
• Áustria, Prússia , Rússia e Inglaterra.
• Restauração das dinastias destituídas pela Revolução e consideradas
"legítimas".
• Restauração do equilíbrio entre as grandes potências, evitando-se a
hegemonia de qualquer uma delas.
CONGRESSO DE VIENA (1814)
• Áustria, Prússia e Rússia.
• Objetivo: estabelecer o direito de intervenção em qualquer região europeia
em que se iniciasse um movimento liberal ou uma revolução burguesa.
• Frear os processos de independência no continente americano.
SANTA ALIANÇA (1815)
10.
11. O Congresso de Viena foi uma conferência entre embaixadores das grandes
potências européias que aconteceu na capital austríaca, entre 2 de maio de 1814 e 9 de
Junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu
após a derrota da França napoleônica na primavera anterior, iniciar a colonização ,
restaurar os respectivos tronos às famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão
Bonaparte e firmar uma aliança entre os burgueses.
Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de
Maio de 1814), no qual se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos países
vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio, tendo
reassumido o poder da França em Março de 1815, as discussões prosseguiram. O Ato Final
do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão na batalha de
Waterloo em 18 de Junho de 1815.
Definição
12. O objetivo foi reorganizar as fronteiras européias, alteradas pelas conquistas de
Napoleão, e restaurar a ordem absolutista do Antigo Regime. Após o fim da época
napoleônica, que provocou mudanças políticas e econômicas em toda a Europa, os
países vencedores (Áustria, Rússia, Prússia* e Reino Unido) sentiram a necessidade
de selar um tratado para restabelecer a paz e a estabilidade política na Europa, já
que momentos de instabilidade eram vividos e temia-se uma nova revolução.
*Prússia foi um antigo reino alemão
Objetivo
13. Medidas
A primeira medida de impacto tomada pelo congresso foi conceder o governo da
França para Luís XVIII, irmão do rei Luís XVI, que havia sido guilhotinado durante a
experiência revolucionária francesa. Além disso, o governo francês perdeu todos os
territórios conquistados pelos seus exércitos e foi obrigado a pagar uma pesada
indenização para as nações prejudicadas pelas invasões napoleônicas. Enquanto a
dívida não fosse quitada, os exércitos absolutistas europeus continuariam na França.
Com relação aos demais países afetados pela revolução, os principais dirigentes
absolutistas decidiram adotar o princípio de legitimidade. Segundo essa diretriz, todas
as dinastias que reinavam na Europa antes da Revolução Francesa teriam o governo e
seus territórios reintegrados. Contudo, aproveitando o prestígio político alcançado
pela vitória contra Napoleão, os representantes ingleses, russos, austríacos e
prussianos conquistaram o direito de dominar territórios fora da Europa. Tal medida
serviria como uma recompensa aos serviços prestados em defesa das monarquias
européias.
14. Outra medida envolvendo os esforços de Rússia, Prússia e Áustria foi a criação
da Santa Aliança, um pacto de natureza política e militar que visava defender as
medidas adotadas no Congresso de Viena. Nesse sentido, o exército formado a
partir desse acordo tinha como função combater levantes liberais e preservar a
autoridade dos governos europeus sobre as suas colônias.
Por conta dessa última diretriz, a Inglaterra não aderiu às forças da Santa
Aliança. Tal recusa se justificava no interesse britânico em manter relações
comerciais próximas com as nações americanas que tinham alçado sua
independência. Por fim, a Santa Aliança acabou não alcançando o êxito
esperado por causa dos vários levantes liberais que tomaram o Velho Mundo no
século XIX e a incapacidade de frear o processo emancipatório que tomava
conta do continente americano.
Medidas
15. A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia;
A Áustria anexou a região dos Bálcãs;
A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;
O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;
A Suécia e a Noruega uniram-se;
A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno;
A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;
Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação;
Restabelecimento dos Estados Pontifícios;
A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.
Consequências