2. INTRODUÇÃO
Solvente orgânico é a designação
genérica dada a um grupo de
substâncias químicas orgânicas, líquidas
à temperatura ambiente, que
apresentam maior ou menor grau de
volatilidade e lipossolubilidade.
3. É empregado como solubilizantes, dispersante
ou diluente em diferentes processos
ocupacionais.
Podem ser empregados como substâncias
puras ou na forma de misturas.
Estão subdivididos em : Hidrocarbonetos
alifáticos; aromáticos ou halogenados; álcoois;
cetonas; éteres entre outros.
4. O risco tóxico do uso de solventes
orgânicos é bastante variável, em função
de suas propriedades físico-químicas e
de fatores diversos que podem alterar as
fases de exposição, toxicocinética e
toxicodinâmica dos mesmos.
5. FASE DE EXPOSIÇÃO
Intensidade da exposição aos solventes
orgânicos é influenciada por algumas
características como lipossolubilidade,
coeficiente de partição óleo/água e grau
de ionização, que influenciam também a
fase toxicocinética dos solventes.
6. FASE TOXICOCINÉTICA
O comportamento toxicocinético dos
solventes orgânicos.
Alteração na absorção, distribuição,
biotransformação e excreção dos
solventes no organismo.
7. Absorção e Distribuição
dos solventes Pulmonar e
Cutânea
Absorção Pulmonar: Podem ser inalados
pelos trabalhadores expostos e
consequentemente atingir ao alvéolos
pulmonares entrando em contato com o
sangue capilar.
Absorção Cutânea: Solventes orgânicos
penetrados através da pele.
8. Fatores que interferem
na absorção e
distribuição dos
solventes orgânicos
Fatores ambientais: temperatura
Fatores individuais: dieta e a ingestão de
bebidas alcoólicas.
O aumento da temperatura ambiental tende a
aumentar a taxa de respiração do indivíduo,
sua freqüência cardíaca e o fluxo sanguíneo
para os tecidos.
9. Biotransformação e
Excreção
A toxicidade dos solventes orgânicos está
diretamente relacionada à sua
biotransformação.
Vários fatores podem alterar estes processos
metabólicos influenciando a toxicidade dos
solventes:
Fatores ambientais
Fatores individuais
Fatores genéticos
Fatores fisiopatológicos
10. Aspectos Toxicológicos
de solventes orgânicos
específicos
Benzeno: o benzeno é um líquido incolor,
volátil,ponto de ebulição de
80,1°C,inflamável,de elevada lipossolubilidade
e praticamente insolúvel em água.
O benzeno é absorvido por vias cutâneas e
pulmonar.Irrita a pele e mucosas.Em sua ação
tóxica aguda causa depressão no SNC.Pode
causar edema pulmonar e hemorragias
locais.O limite de exposição ocupacional do
benzeno deve ser zero.
11. Tolueno
Liquido incolor,volátil.A absorção ocorre
principalmente pelo pulmão e também
cutânea.Nas exposições
agudas,crônicas atua sobre o SNC, afeta
as atividades motoras do individuo.
Os sintomas são euforias,tremores e
fadiga.
12. Xileno
Liquido incolor,insolúvel em água e bastante
solúvel em álcool. Utilizado em industrias
químicas de plásticos,fibras sintéticas e
couro.Tem capacidade como agente de
limpeza e desengorduraste.
Pode sofrer absorção através das vias
cutâneas e pulmonar.Apresenta ação irritante
sobre a pele e mucosas, é hepatotoxico,pode
desenvolver peroxidaçao lipidica.
13. Estireno
Liquido incolor em temperatura
ambiente.Pode ser absorvido pelas vias
pulmonar e cutânea.
É biotransformado no fígado através das
enzimas microssômicas hepática.
Irrita pele e mucosas e apresenta
neurotoxicidade central periférica.
14. N-HEXANO
É produzido durante o craqueamento
catalítico ou térmico seguido de
destilação fracionada do petróleo.
Volátil, lipossolúvel, praticamente
insolúvel em água.
Empregado em indústrias de alimentos,
como solventes de tintas, vernizes,
adesivos e colas
15. É o representante mais tóxico dentre os
solventes alifáticos e atualmente
representa um problema social no Brasil,
devido aos “cheiradores de cola”.
TOXICOCINÉTICA: É rapidamente
absorvido pelo organismo através das
vias cutânea, gastrintestinal e pulmonar.
TOXICODINÂMICA: Possui ação irritante
de mucosas e pele, além de potente
neurotoxicidade periférica, caracterizada
por neuropatia progressiva motora e
sensomotora
16. Sintomatologia: Intoxicações agudas-
Após ingestão acidental aparecem
náuseas, irritações gastrintestinal e
efeitos característicos da depressão do
sistema nervoso central
17. METANOL
O metanol é o representante
quimicamente mais simples dentre os
solventes alcoólicos.
Líquido claro, incolor, inflamável, volátil e
de pequena lipossolubilidade.
TOXICOCINÉTICA: O metanol pode ser
rapidamente absorvido pelas vias oral,
respiratória e cutânea.
18. TOXICODINÂMICA: É um depressor
moderado do SNC e produz, em
exposições a longo prazo, alterações ao
nível pulmonar.
Sua principal ação tóxica ocorre a nível
ocular, podendo resultar em cegueira.
19. SOLVENTES
CLORADOS
Os efeitos tóxicos dos solventes clorados
variam em função do número de átomos
de cloro presentes na molécula do
mesmo.
Produzem depressão do SNC, ação
hepatotóxica e nefrotóxica.
O clorofórmio desenvolve ação tóxica
sobre o miocárdio.
20. CLORETO DE
METILENO
O cloreto de metileno ou diclorometano é um
líquido incolor, não inflamável, volátil, odor
semelhante ao éter, solúvel em água, álcool,
éter e cetonas.
TOXICOCINÉTICA: Pode ser absorvido pelas
vias pulmonar e cutânea.
TOXICODINÂMICA: Apresenta ação irritante
sobre pele e mucosas. Possui ação
depressora do SNC agindo também sobre
fígado e rins.
21. PERCLORETILENO
(PER)
Também denominado tetracloretileno, é um
líquido incolor, volátil, lipossolúvel, miscível
com etanol, éter e óleos.
Utilizado em indústrias no desengraxamento
de peças metálicas.
TOXICOCINÉTICA: Pode ser absorvido pela
pele intacta e pulmões.
TOXICODINÂMICA: O PER é irritante de
mucosas e pele. Apresenta ação nefrotóxica,
hepatotóxica e depressora do SNC.
22. TETRACLORETO DE
CARBONO
É um líquido claro, inodoro, incolor, insolúvel
na água, muito solúvel no álcool e éter, com
elevada lipossolubilidade e volatilidade.
TOXICOCINÉTICA: A absorção deste solvente
pode ocorrer através da via pulmonar ou
cutânea.
TOXICODINÂMICA: A exposição ocupacional
pode levar a danos hepáticos, entre eles o
desenvolvimento de intensa fibrose, devido
produzir degeneração gordurosa do tecido
hepático.
Podem ocorrer icterícia, vômitos, diarréia,
oligúria, proteinúria, cilindrúria e hematúria.
23. ANILINA
É um líquido incolor que tende a escurecer
quando exposto à luz, inflamável, lipossolúvel
e moderadamente volátil.
É utilizada em vários processos industrias
inclusive na síntese farmacêutica da
acetanilida e fenacetina.
TOXICODINÂMICA: A principal ação tóxica da
anilina corresponde à formação de
metemoglobina que tem capacidade de oxidar
o Fe2 presente no grupo heme da
hemoglobina, tornando este pigmento incapaz
de exercer sua principal função fisiológica que
é o transporte de O2 .