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Caráter da
              Revelação
               Espírita
Cosme Massi
A Gênese, os Milagres e as Predições
       segundo o Espiritismo
    (Janeiro de 1868, capítulo I)

1 - Pode o Espiritismo ser considerado
     uma revelação?

2 - Neste caso, qual o seu caráter?
Revelação - significados

         Revelar - do latim revelare
Literalmente, sair de sob o véu
Figuradamente, descobrir, dar a conhecer
  uma coisa secreta ou desconhecida
No sentido especial da fé religiosa, a
  revelação se diz mais particularmente das
  coisas espirituais
Revelação - significados

Genericamente, a palavra revelação se
emprega a respeito de qualquer coisa ignota
que é divulgada.
“Deste ponto de vista, todas as ciências que
nos fazem conhecer os mistérios da
Natureza são revelações e pode dizer-se
que há para a Humanidade uma revelação
incessante.”
“ A característica essencial de qualquer
  revelação tem que ser a verdade. Revelar
  um segredo é tornar conhecido um fato;
  se é falso, já não é um fato e, por
  conseqüência, não existe revelação. Toda
  revelação desmentida por fatos deixa de o
  ser, se for atribuída a Deus. Não podendo
  Deus mentir, nem se enganar, ela não
  pode emanar dele: deve ser considerada
  produto de uma concepção humana.”
Tipos de Revelação

          (1) Revelação Pessoal
Características: obra pessoal; transitória;
 eivada de erros; sujeita a modificação;
 apropriada ao tempo e ao meio; implica a
 passividade absoluta e é aceita sem
 verificação, sem exame, nem discussão.
Tipos de Revelação

            (2) Revelação científica
Características: obra de muitos homens,
 segundo metodologia experimental própria;
 universal, exige observação, pesquisa,
 raciocínio      e    exame       permanentes;
 essencialmente progressiva.
Tipos de Revelação

            (3) Revelação Divina
Característica: eterna verdade.

“ O caráter essencial da revelação divina é
  o da eterna verdade. Toda revelação
  eivada de erros ou sujeita a modificação
  não pode emanar de Deus.”
Revelações
          Primeira Revelação: Moisés
Tipo: Divina e Pessoal
“Moisés, como profeta, revelou aos homens a
  existência de um Deus único, Soberano
  Senhor e Orientador de todas as coisas;
  promulgou a lei do Sinai e lançou as bases
  da verdadeira fé. Como homem, foi o
  legislador do povo pelo qual essa primitiva
  fé, purificando-se, havia de espalhar-se por
  sobre a Terra.
Revelações
           Segunda Revelação: Jesus
Tipo: Divina
“O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno
  e divino e rejeitando o que era transitório,
  puramente disciplinar e de concepção
  humana, acrescentou a revelação da vida
  futura, de que Moisés não falara, assim
  como a das penas e recompensas que
  aguardam o homem depois da morte.”
Revelações
       Terceira Revelação: Espiritismo
Tipo: Divina e Científica

“Por sua natureza, a revelação espírita tem
  duplo caráter: participa ao mesmo tempo da
  revelação divina e da revelação científica.”
Terceira Revelação: Espiritismo

Divina: “porque foi providencial o seu
aparecimento e não o resultado da iniciativa,
nem de um desígnio premeditado do homem;
porque os pontos fundamentais da doutrina
provêm do ensino que deram os Espíritos
encarregados por Deus de esclarecer os
homens acerca de coisas que eles ignoravam,
que não podiam aprender por si mesmos e que
lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a
compreendê-las.”
Terceira Revelação: Espiritismo
 Científica: “por não ser esse ensino privilégio
 de indivíduo algum, mas ministrado a todos do
 mesmo modo; por não serem os que o
 transmitem e os que o recebem seres
 passivos, dispensados do trabalho da
 observação e da pesquisa, por não
 renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio;
 porque não lhes é interdito o exame, mas, ao
 contrário, recomendado; (continua)
Terceira Revelação: Espiritismo

Científica: porque a doutrina não foi ditada
completa, nem imposta à crença cega; porque
é deduzida, pelo trabalho do homem, da
observação dos fatos que os Espíritos lhe
põem sob os olhos e das instruções que lhe
dão, instruções que ele estuda, comenta,
compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e
aplicações.”
Terceira Revelação: Espiritismo


“Numa palavra, o que caracteriza
a revelação espírita é o ser
divina a sua origem e da
iniciativa dos Espíritos, sendo a
sua elaboração fruto do trabalho
do homem.”
Em resumo: Qual o caráter da
Revelação Espírita?


(1) Divina:
     a) aparecimento providencial
     b) os pontos fundamentais
  foram ensinados pelo espíritos
Em resumo: Qual o caráter da
 Revelação Espírita?
(2) Científica:
     a) ensino ministrado a todos - Coletiva
     b) trabalho de observação e pesquisa
     c) raciocínio e livre-arbítrio
     d) recomenda o exame
     e) não foi ditada completa, nem imposta
     à crença cega - Progressiva
“Como meio de elaboração, o Espiritismo
procede exatamente da mesma forma que as
ciências positivas, aplicando o método
experimental. Fatos novos se apresentam,
que não podem ser explicados pelas leis
conhecidas; ele os observa, compara, analisa
e, remontando dos efeitos às causas, chega à
lei que os rege; depois, deduz-lhes as
conseqüências e busca as aplicações úteis.”
“É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o
Espiritismo é uma ciência de observação e não
produto da imaginação. As ciências só fizeram
progressos importantes depois que seus
estudos se basearam sobre o método
experimental; até então, acreditou-se que esse
método também só era aplicável à matéria, ao
passo que o é também às coisas metafísicas.”
“O Espiritismo e a Ciência se
completam       reciprocamente;     a
Ciência, sem o Espiritismo, se acha
na impossibilidade de explicar
certos fenômenos só pelas leis da
matéria; ao Espiritismo, sem a
Ciência, faltariam apoio e controle.”
“A    primeira    revelação     teve   a   sua
personificação em Moisés, a segunda no
Cristo, a terceira não a tem em indivíduo
algum. As duas primeiras foram individuais, a
terceira coletiva, aí está um caráter essencial.
Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou
dada como privilégio a pessoa alguma;
ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se
como seu profeta exclusivo;... Ela não proveio
de nenhum culto especial, a fim de servir um
dia, a todos, de ponto de ligação.”
“Os Espíritos não ensinam senão justamente
o que é mister para guiá-lo no caminho da
verdade, mas abstêm-se de revelar o que o
homem pode descobrir por si mesmo,
deixando-lhe o cuidado de discutir, verificar e
submeter tudo ao cadinho da razão, deixando
mesmo,      muitas    vezes,    que   adquira
experiência à sua custa. Fornece-lhe o
princípio, os materiais; cabe-lhe a ele
aproveitá-los e pô-los em obra.
“O Espiritismo, pois, não estabelece como
princípio absoluto senão o que se acha
evidentemente demonstrado, ou o que
ressalta    logicamente     da    observação.
Entendendo com todos os ramos da economia
social, aos quais dá o apoio das suas próprias
descobertas, assimilará sempre todas as
doutrinas progressivas, de qualquer ordem
que sejam, desde que hajam assumido o
estado de verdades práticas e abandonado o
domínio da utopia, sem o que se suicidaria.”
Deixando de ser o que é, mentiria à
sua origem e ao seu fim providencial.
Caminhando de par com o progresso,
o      Espiritismo   jamais     será
ultrapassado, porque, se novas
descobertas lhe demonstrassem estar
em erro acerca de um ponto qualquer,
ele se modificaria nesse ponto. Se
uma verdade nova se revelar, ele a
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  • 3. Revelação - significados Revelar - do latim revelare Literalmente, sair de sob o véu Figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente das coisas espirituais
  • 4. Revelação - significados Genericamente, a palavra revelação se emprega a respeito de qualquer coisa ignota que é divulgada. “Deste ponto de vista, todas as ciências que nos fazem conhecer os mistérios da Natureza são revelações e pode dizer-se que há para a Humanidade uma revelação incessante.”
  • 5. “ A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por conseqüência, não existe revelação. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dele: deve ser considerada produto de uma concepção humana.”
  • 6. Tipos de Revelação (1) Revelação Pessoal Características: obra pessoal; transitória; eivada de erros; sujeita a modificação; apropriada ao tempo e ao meio; implica a passividade absoluta e é aceita sem verificação, sem exame, nem discussão.
  • 7. Tipos de Revelação (2) Revelação científica Características: obra de muitos homens, segundo metodologia experimental própria; universal, exige observação, pesquisa, raciocínio e exame permanentes; essencialmente progressiva.
  • 8. Tipos de Revelação (3) Revelação Divina Característica: eterna verdade. “ O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus.”
  • 9. Revelações Primeira Revelação: Moisés Tipo: Divina e Pessoal “Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.
  • 10. Revelações Segunda Revelação: Jesus Tipo: Divina “O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem depois da morte.”
  • 11. Revelações Terceira Revelação: Espiritismo Tipo: Divina e Científica “Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica.”
  • 12. Terceira Revelação: Espiritismo Divina: “porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os Espíritos encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las.”
  • 13. Terceira Revelação: Espiritismo Científica: “por não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o exame, mas, ao contrário, recomendado; (continua)
  • 14. Terceira Revelação: Espiritismo Científica: porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos que os Espíritos lhe põem sob os olhos e das instruções que lhe dão, instruções que ele estuda, comenta, compara, a fim de tirar ele próprio as ilações e aplicações.”
  • 15. Terceira Revelação: Espiritismo “Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem.”
  • 16. Em resumo: Qual o caráter da Revelação Espírita? (1) Divina: a) aparecimento providencial b) os pontos fundamentais foram ensinados pelo espíritos
  • 17. Em resumo: Qual o caráter da Revelação Espírita? (2) Científica: a) ensino ministrado a todos - Coletiva b) trabalho de observação e pesquisa c) raciocínio e livre-arbítrio d) recomenda o exame e) não foi ditada completa, nem imposta à crença cega - Progressiva
  • 18. “Como meio de elaboração, o Espiritismo procede exatamente da mesma forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental. Fatos novos se apresentam, que não podem ser explicados pelas leis conhecidas; ele os observa, compara, analisa e, remontando dos efeitos às causas, chega à lei que os rege; depois, deduz-lhes as conseqüências e busca as aplicações úteis.”
  • 19. “É, pois, rigorosamente exato dizer-se que o Espiritismo é uma ciência de observação e não produto da imaginação. As ciências só fizeram progressos importantes depois que seus estudos se basearam sobre o método experimental; até então, acreditou-se que esse método também só era aplicável à matéria, ao passo que o é também às coisas metafísicas.”
  • 20. “O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e controle.”
  • 21. “A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva, aí está um caráter essencial. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio a pessoa alguma; ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo;... Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação.”
  • 22. “Os Espíritos não ensinam senão justamente o que é mister para guiá-lo no caminho da verdade, mas abstêm-se de revelar o que o homem pode descobrir por si mesmo, deixando-lhe o cuidado de discutir, verificar e submeter tudo ao cadinho da razão, deixando mesmo, muitas vezes, que adquira experiência à sua custa. Fornece-lhe o princípio, os materiais; cabe-lhe a ele aproveitá-los e pô-los em obra.
  • 23. “O Espiritismo, pois, não estabelece como princípio absoluto senão o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que se suicidaria.”
  • 24. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.