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«Se nada mais
souberdes, conhecei,
ao menos, a história da
vossa terra; nela
encontrareis um “quid”
que vos consolará nas
horas de tristeza e
melancolia».

**** Movimento automático ****
Trabalho elaborado e apresentado
por ALVARINHO SAMPAIO

1.º
Introdução
A Freguesia de S. Pedro Fins, como à frente se verá, data a muitos anos antes
da fundação de Portugal. Pertence ao concelho da Maia e é uma das suas
dezassete freguesias com uma população que ronda os 2.000 habitantes. O seu
espaço geográfico - cerca de 5,23 quilómetros quadrados - são partilhados
entre uma paisagem urbana e rural.
Em termos históricos, não há certezas quanto à origem desta região. Há quem
atribua o seu aparecimento à ocupação romana, outros há que apontam para a
existência de uma civilização mais antiga, de quem seríamos herdeiros. No
entanto, é tido como certo que a nossa freguesia pertencia ao denominado
Vale do Coronado sendo mais tarde integrada nas Terras da Maia, doadas por
D. Afonso Henriques a D. Gonçalo Mendes da Maia. Com efeito, na tentativa de
agradecer aos seus servidores a preciosa ajuda na luta travada contra os
mouros, o rei ter-lhes-á oferecido terras que, posteriormente, lhes viriam a
pertencer.
S. Pedro Fins tem sofrido um crescimento demográfico e económico marcado
pela acelerada indústria que aqui se tem instalado. De igual forma, é
importante referir que, mercê das óptimas condições geológicas e climáticas, a
agricultura continua a ser, como no passado, uma das actividades económicas
mais relevantes para a freguesia de S. Pedro Fins.
Situação Geográfica e Demográfica
S. Pedro Fins está
situada a norte do rio
Douro, entre o rio Leça e
o rio Ave. É uma das
dezassete freguesias
que compõem o
concelho da Maia e é
atravessada pela ribeira
de Leandro e pela linha
férrea que liga o Porto ao
Aqui é
Minho.
S. Pedro
A sua área é de 5,23
Fins
quilómetros quadrados
para uma população de
cerca de 2.000
Na «Relação dos Interrogatórios da Freguezia de Sam Pedro Fins»
habitantes.
de 1758 existiam 110 vizinhos. Portanto desde 1758 até 2011
regista-se um crescimento demográfico de cerca de 7%.
TOPÓNIMO E ORAGO

Os dois santos padroeiros
– S. Pedro e S. Fins – estão lado
a lado na Igreja Matriz a «zelar»
pelos seus paroquianos.

Pelo Censual do
Cabido da Sé do Porto
constata-se que o
topónimo original seria
«ecclesia Sancti
Felicis de
Cornato» e
designava um
povoamento remoto na
Terra ou Julgado da
Maia.
A ORIGEM DO ORAGO E…
O encontro de dois cultos: o culto de S. Pedro e o culto
tradicional a S. Félix de Gerona (no povo S. Fins) deu origem, na
segunda metade do século XI, à substituição do rito hispânico
pelo romano. Surge, então, a tendência oficializada de substituir
a festa tradicional de S. Felix de Gerona pela de S. Pedro
ad'Víncula (das cadeias) que no rito romano era também
festejada no dia 1 de Agosto.
«(...Em muitos casos da Zona Norte permaneceram os dois
cultos embora por vezes de maneira instável, isto é, quer os dois
oragos quer os dois topónimos, formando assim o grupo
S. Pedro Fins, S. Pero Fins e S. Profins). S. Pedro Fins,
primitivamente só S. Félix, é popularmente chamado de
S. Profins» (Padre Domingos Moreira, 1969).

…TOPÓNIMO
Oragos e Topónimos…
até à Idade Média
Na documentação de algumas freguesias, surge
simultaneamente mais dum orago, como é o caso de
S. Fins, adicionado ao de S. Pedro ad'Víncula (santo
festejado no mesmo dia daquele).
Documentos antigos expressam cronologicamente o ano
em que a designação onomástica de S. Pedro Fins
começou a ser mencionada:
1077 — «Sancti Felicis de Cornato»/«Sanctus Felix
Felgosa».
1258 — «Ecclesia Sancti Felicis de Cornato» – Inquirições
de D. Afonso II, em 1258.
1295 — «ffreiguesia de Sam fijnz» no Julgado da Maya.
Oragos e Topónimos…
1307 — «Freeguesia de Sam Ffijnz de Cornado».
1320 — «Ecclesia Sancti Fellicis de Cornado».
1331 — «Freeguezia de Sam Fijnz no Julgado da Maya».
1371 — «Ecclesia Sancti Felicis de Cornado».
1519 — «São Felices de Cornado».
1527 — «Sam Finz de Cornado».
1542 — «Sam Felices de Cornado».
1542 — «Sam Pedro Fyns de Cornado».
1623 — «Sam Pero Finz de Cornado».
1687 — «São Pedro Fins» (Constituição Diocesana
do Porto).
Como podemos ver, depois de muitas buscas, aprovações
e desaprovações, recolha de factos e de opiniões,
chegou-se, enfim, a bom termo no ano de 1687, por
vontade do clero, da nobreza e, possivelmente, do povo!...
Para se distinguir das outras freguesias de igual nome, se
dá a esta a denominação de «S. Pedro Fins da Maia.»
…Antes da
Portugalidade
…Muitos anos antes da Portugalidade (1077) já era mencionado o

topónimo de «Sancti Felicis de Cornato»/«Sanctus Felix Felgosa».
e nas Inquirições de D. Afonso III (1758) era dado o nome de
Sanfins de Cornato a esta parte da Maia. Porém, só na Idade Média,
por volta de 1687, a Freguesia passou a ser designada pelo
topónimo que hoje se conhece: S. PEDRO FINS!

Durante as escavações
arqueológicas levadas
a cabo nas mamoas de
Leandro, foram
encontrados vários
fragmentos de peças de
barro, ali soterrados há
milénios de anos!
A famosa…

… Pedra de Ardegães e…
A «Pedra de Ardegães», encontrada numa bouça,
pertença da família de Manuel André (Mandim), é
mais um pedaço da nossa história que os povos que
aqui habitaram há milhares de anos, nos legaram. O
achado encontra-se no Museu Etnográfico da Maia.
…MAMOAS DE MONTEZELO
e…
- 3500 anos antes de Cristo

Em 2006 iniciaram-se as escavações arqueológicas que
puseram a descoberto as Mamoas de Montezelo. Foram
encontrados alguns objectos que datam 3500 anos antes de
Cristo. Alguns meses depois foram as mamoas destruídas
porque não tinham, no dizer dos técnicos, qualquer valor
histórico. No seu lugar foi construída uma unidade
industrial!...
…MAMOAS DE LEANDRO e...

As escavações arqueológicas na
zona poente da Freguesia,
puseram a descoberto variados
objectos que «falam» da história e
dos povos que a aqui habitaram há
milhares de anos.
…MAMOA DE ARCOS

Entre os anos 1940 e 1950 foi destru ída uma
importante Mamoa no lugar de Arcos, junto ao
cruzamento das actuais artérias: Rua Nova de
Arcos, Rua Central e Avenida de S. Fins. No seu
lugar foi constru ída uma vivenda.
Sancti Felicis de Cornato

Na Idade Média
1
«As religiosas do Mosteiro de S. Bento da AvéMaria (hoje estação de S. Bento), do Porto,
apresentavam o cura que apenas tinha o pé
d'altar».
«Pretendem alguns que o padroeiro d'esta
freguezia é S. Pedro ad Vincula (das cadeias),
mas é erro.
S. Pedro ad Vincula é orago da freguesia de
S. Pedro Fins de Tamel, na província do Minho,
concelho de Barcellos, arcebispado e districto
de Braga.
«Parece que o verdadeiro nome de orago d'esta
freguezia é S. Pedro Felix. O que é certíssimo é
que em um "Flos Sanctorum" antigo se vê o
2

Sancti Felicis de Cornato

nome de S. Felix, que foi martyrizado em Gerona
(Hespanha) no 1.º de Agosto de 301.
Ahi se declara que este santo é venerado em
Portugal com o nome de S. Perofins, ou
S. Fins. O corpo d'este martyr está na egreja do
mosteiro de Chellas, junto a Lisboa, onde se
venera como padroeiro.
«Note-se que a freguezia de S. Felix da Marinha,
no concelho de Villa Nova de Gaia, em 1623 se
denominava S. Fins da Marinha.
«Tudo isto nos induz a crêr que S. Fins e S. Felix,
são um e mesmo santo.
«Segundo Luiz Marinho d'Azevedo (Fundação,
antiguidades e grandezas da mui insigne
Sancti Felicis de Cornato

cidade de Lisboa), S. Perofins, ou S. Fins, é
corrupção de Felix, e o verdadeiro nome d'este
santo martyr, é S. Felix Scyllitano.
«D. Luiza de Noronha, freira do mosteiro de
Chellas, e grande fidalga, estando as relíquias
de S. Felix e Santo Antão, em dous cofres de
madeira nos altares laterais, as mandou
guardar em um cofre de prata.
«Parece que a causa de se corromper o nome
de Felix em Pedro Felix e depois em Pero (ou
Pedro) Fins, é porque a sua festa coincide com
a das Cadeias de S. Pedro (S. Pedro
ad'Vincula).»

3
1258…

1

O nome desta freguesia já existia na Idade Média e muito
antes da Portugalidade. Porém, o seu topónimo era
Sanfins de Coronado, como se vê das Inquirições de
D. Afonso III (1258).
Nos séculos XII e XIII, a freguesia abrangia as «villas»
rústicas de Quintã, Povoação, Arcos e Leandre.
A primeira, pelo menos, como até do topónimo se suporia,
foi uma antiquíssima propriedade privilegiada, honra ou
«quintã», parece que, em meados do séc. XI, do ricohomem D. Diogo Trotosendes, um dos «vigários»
portugalenses do rei leonês Fernando I «o Magno» e
senhor também da própria igreja.
Este nobre, por tais funções, teve grande autoridade nesta
região, parecendo que era filho de D. Troitozendo Galindes
(ou Gaendes) e neto, pois, paterno, quanto parece, do
1258…

2

conde Galindo Gonçalves (séc. X), um dos revoltosos de
Bermudo II.
Estes próceres (homens importantes ou magnates),
possivelmente, já aqui possuíam tal «quintã», que
dominou o local, e a sua igreja; e, pela mesma razão, tudo
devia ter sido, menos esta a igreja, do filho de D. Diogo
Troitosendes, o não menos célebre D. Mem ou Mendo
Dias, que já exercitava, por 1060, com seu pai, o
«vicariato» em nome do rei leonês.
E dissemos menos a igreja porque esta era da
apresentação do mosteiro de Rio Tinto nos meados do
séc. XIII, desde recuados tempos, por doação de um
D. Diogo, que outro não parece senão aquele, que foi o
fundador do dito cenóbio: «acquisivit eam... ex mango
tempore... de testamento domni Didaci» (Inquirições de
1258).
Ainda nos meados do séc. XIII, Quintã era honra por
1258…

3

causa de D. Maria Martins «de Baguim» (lugar de Rio
Tinto e hoje uma freguesia do concelho de Gondomar) e
de seu genro, embora na «villa» nem tudo fosse então
deles: «propter domnam mariam de Baguim et propter
generum ejus».
Todavia, antes deste honramento, o mordomo entrava aí
— por certo só pela voz-e-coima (honra não de calúnia,
que aquela dona e seu genro coutavam). Ela era filha de
D. Martim Soares «de Baguim», filho de D. Soeiro Peres
«da Maia» e neto do alferes afonsino D. Pero Pais. A
estirpe de D. Diogo Troitosendes vivia na «terra» da Maia
e devia ter-se ligado cedo à poderosa estirpe «da Maia».
na «villa de Leandre — dizíamos — havia, então, também
dez casais, sendo quatro do mosteiro de Santo Tirso,
três do cavaleiro-fidalgo Henrique Fernandes «de
Panóias» (lugar da «terra» da Maia), dois dos netos de
1258…

4

Fernão Gulfar (também fidalgos) e o outro do escudeiro
Afonso Fernandes, e toda esta «villa» era honra velha, a
mais antiga da paróquia, «est ontrata de veteri»
(Inquirições de 1258); na «villa» da Povoação, eram seis
os casais, todos de herdadores (cavaleiros-vilãos ou
também peões), os quais não faziam, nos meados do
séc. XIII, foro à Coroa, porque, para fugir às
exorbitâncias fiscais, se haviam encensoriado com a
Ordem do Hospital, à razão da quinta parte de todos os
frutos: «ut sint defensi ab omni foro regali». Estes
privilegiados exerciam aí violência sobre a gente do povo
e sobre os exactores do fisco.
A dita Ordem comprara metade da «villa» da Povoação
antes de 1258, e o dito Fernão Gulfar espancara de tal
modo um porteiro que aí fora penhorar, que este
1258…
oficial da Coroa jamais voltou a entrar aí: «propter
hoc nunquam ibi postea intravit».
Em Leandre também, sucedera entrar um mordomo
da Coroa, mas os cavaleiros-fidalgos do lugar
(entre eles, há-de ver-se Fernão Gulfar, pelos feitos
já revelados) não hesitaram em assassiná-lo.
Pelo Censual do cabido da Sé do Porto se vê que
na «eclesia Santi Felicis de Cornado» existia, no
séc. XIII, esta censoria: uma libra de cera, três
maravedis (antiga moeda gótica usada em Portugal
e Espanha que teve geralmente o valor de 27 reis)
e vinte soldos e três dinheiros de mortulha, duas
fogaças, dois quarteiros de aveia e dois de milho.
Em Leandre, possui bens o mosteiro de Salzedas
(Tarouca), doados em 1271 por Estêvão Fernandes
(um casal e outro noutro lugar).

5

Anverso da
moeda
antiga de 4
maravedis,
usada em
Portugal e
Espanha.
1258…

6

Quanto à designação da freguesia, o nome antigo devese à sua situação na região do Coronado (antigo
Cornado, séc. XIII Cornatu-); mas parece que o orago
ainda não era S. Pedro, mas sim S. Félix (que o mesmo
é S. Fins ou Sanfins); posteriormente, viria a tornar-se
S. Pedro uma espécie de co-orago, o que talvez
provocasse a dupla invocação «S. Pedro e Fins), caindo
em desuso o chamar-se «de Coronado», e daí,
facilmente, S. Pedro Fins, pela supressão fonética da
copulativa. Esta parece a explicação, e nada de S.
Pedro Félix ou o mais que, por vezes, se inventa ou
aventa.
Na área desta freguesia existia uma mina de carvão e de
volfrâmio denominada Montezelo e algumas destilarias
de aguardente vínica.
Também uma mamoa (anta), designada por «Mamoa de
Montezelo», existe no espaço territorial de S. Pedro
Fins há mais de 3.000 anos.
1758

S. PEDRO
FINS
NA
IDADE
MÉDIA
As «Inquirições de
Freguesia de
1258», dizem que
a freguesia de
S. Pedro Fins
abrangia as
«villas» rústicas
de Quintã,
Povoação, Arcos e
Leandre.
1758

1758
MOSTEIROS E SENHORES HONRADOS
QUE AQUI POSSUÍAM BENS
A QUINTÃ, como o nome indica,
era uma antiquíssima
propriedade privilegiada que,
em meados do séc. XI,
pertencia a um rico-homem,
D. Diogo Trotosendos, um dos
«vigários» do rei leonês,
D. Fernando.
Por volta do ano 1060, o
vigário da Quintã, era D. Mendo
Dias, representante também do
rei leonês.
No século XII (1258), Quintã era
pertença de D. Maria de
Baguim e do Mosteiro de Rio
Tinto.

Quinta de Baguim, propriedade
de D. Maria de Baguim
AINDA A QUINTÃ (Quintela)
Em pleno século XIII a Quintã era
constituída por 12 casais,
pertencendo, para além de D. Maria
Martins «de Baguim», a D. Pero Pais,
ao fidalgo Vicente Martins
«Curutelo» – que deu nome ao lugar
–, mosteiro de Santo Tirso, Ordem
dos Hospitalários, mosteiro de Rio
Tinto (hoje, somente algumas
pedras teimam em resistir aos
tempos da mudança) e mosteiro de
Águas Santas.
A estirpe de D. Diogo Troitosendes
vivia na «terra da Maia» e devia
ter-se ligado cedo à poderosa
estirpe «da Maia».

Antigo mosteiro de Rio Tinto

Mosteiro de Águas Santas
«villa» de ARCOS
(10 casais)

Mosteiro de Rendufe, no concelho de
Amares.

Na antiga «villa» rústica de
ARCOS, havia dez casais
sendo cinco deles foreiros à
Coroa, embora quatro deles os
possuísse o mosteiro de
Santo Tirso e o mosteiro de
Oliveira.
Dos outros eram senhores, os
irmãos João Gonçalves e Rui
Gonçalves («Cabeça»), e
Pedro «Queixadas», Mosteiro
de Rendufe, mosteiro de Cete
e Pedro Nunes (senhor de
Outiz).
Os mosteiros possuíam aqui
haveres por doações dos
cavaleiros-fidalgos, senhores
deles.
«villa» de LEANDRE(i) –
LEANDRO e...
Nesta «villa» romana de
Leandro, havia dez casais,
sendo eles pertença do
mosteiro de Santo Tirso, dos
cavaleiros-fidalgos Henrique
Fernandes, de Fernão Gulfar e
do escudeiro Afonso
Fernandes.
Toda esta «villa» era a honra
mais antiga da paróquia.

Mosteiro de Santo Tirso
POVOAÇÃO (6 Casais)

Mosteiro de
Salzedas,em ruínas

Eram senhores da
«villa» de Povoação,
os herdadores a
Ordem do Hospital que
comprara metade da
«villa» a Fernão Gulfar.
Este Fernão Gulfar
espancou de tal modo
o cobrador que aqui
viera cobrar os
impostos que este
oficial da Coroa não
mais voltou a entrar
aqui.

Mosteiro de S. Bento da
Avé Maria, também aqui
possuía bens. No lugar
onde existia o mosteiro,
foi construída a estação
de S. Bento.
1519 – FORAL DA MAIA
Nas Inquirições de 1258
pode ler-se: «Terras da
Maia, em meados do
século XIII, correspondem
ao Julgado da Maia».
Contudo, só em 1519 o
Julgado da Maia recebeu
Foral (assinado em Évora
por D. Manuel I, «Rei de
Portugal e dos Algarves e
doutros lugares daqui e
d’além mar e em África».
Num documento da época
pode-se ler: «a data foi
celebrada com grande
pompa».
ANTIGAS VIAS DE COMUNICAÇ ÃO
– Pousada Real no Monte Gonçalão
Antigamente as vias de
comunicação resumiam-se a
estreitos caminhos por onde
transitavam somente cavalos e
pequenos carroças por eles
puxadas.
Para que pudessem ser percorridas
distâncias mais longas era
necessário construir, em sítios
ermos, pequenas habitações onde
se pudesse pernoitar e proceder à
mudança de cavalos.
Assim, nasceu no Monte Gonçalão,
a cerca de quinhentos metros a
norte da Capela de S. Miguel-OAnjo, a Pousada Real que era
utilizada pelos reis e comitivas, nas
suas deslocações do Porto para
Guimarães.

Um aspecto da antiga
Pousada Real, que um
incêndio pôs a descoberto
Ainda as
Mamoas de Leandro

Tantas relíquias
perdidas
No meio do matagal
São histórias
esquecidas
Deste amado
Portugal!...
Nos finais do século
XIX, existiam apenas
sete freguesias no
Concelho da Maia,
com escolas
primárias oficiais.
Essas freguesias
eram as seguintes:
Águas Santas,
Avioso, Barreiros,
Milheirós, Nogueira,

…S. PEDRO
Presume-se que a Capela
era uma antiga ermida castreja.
L
A

F
Autor:
Alvarinho Sampaio

I
N

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Origens

  • 1. «Se nada mais souberdes, conhecei, ao menos, a história da vossa terra; nela encontrareis um “quid” que vos consolará nas horas de tristeza e melancolia». **** Movimento automático **** Trabalho elaborado e apresentado por ALVARINHO SAMPAIO 1.º
  • 2. Introdução A Freguesia de S. Pedro Fins, como à frente se verá, data a muitos anos antes da fundação de Portugal. Pertence ao concelho da Maia e é uma das suas dezassete freguesias com uma população que ronda os 2.000 habitantes. O seu espaço geográfico - cerca de 5,23 quilómetros quadrados - são partilhados entre uma paisagem urbana e rural. Em termos históricos, não há certezas quanto à origem desta região. Há quem atribua o seu aparecimento à ocupação romana, outros há que apontam para a existência de uma civilização mais antiga, de quem seríamos herdeiros. No entanto, é tido como certo que a nossa freguesia pertencia ao denominado Vale do Coronado sendo mais tarde integrada nas Terras da Maia, doadas por D. Afonso Henriques a D. Gonçalo Mendes da Maia. Com efeito, na tentativa de agradecer aos seus servidores a preciosa ajuda na luta travada contra os mouros, o rei ter-lhes-á oferecido terras que, posteriormente, lhes viriam a pertencer. S. Pedro Fins tem sofrido um crescimento demográfico e económico marcado pela acelerada indústria que aqui se tem instalado. De igual forma, é importante referir que, mercê das óptimas condições geológicas e climáticas, a agricultura continua a ser, como no passado, uma das actividades económicas mais relevantes para a freguesia de S. Pedro Fins.
  • 3. Situação Geográfica e Demográfica S. Pedro Fins está situada a norte do rio Douro, entre o rio Leça e o rio Ave. É uma das dezassete freguesias que compõem o concelho da Maia e é atravessada pela ribeira de Leandro e pela linha férrea que liga o Porto ao Aqui é Minho. S. Pedro A sua área é de 5,23 Fins quilómetros quadrados para uma população de cerca de 2.000 Na «Relação dos Interrogatórios da Freguezia de Sam Pedro Fins» habitantes. de 1758 existiam 110 vizinhos. Portanto desde 1758 até 2011 regista-se um crescimento demográfico de cerca de 7%.
  • 4. TOPÓNIMO E ORAGO Os dois santos padroeiros – S. Pedro e S. Fins – estão lado a lado na Igreja Matriz a «zelar» pelos seus paroquianos. Pelo Censual do Cabido da Sé do Porto constata-se que o topónimo original seria «ecclesia Sancti Felicis de Cornato» e designava um povoamento remoto na Terra ou Julgado da Maia.
  • 5. A ORIGEM DO ORAGO E… O encontro de dois cultos: o culto de S. Pedro e o culto tradicional a S. Félix de Gerona (no povo S. Fins) deu origem, na segunda metade do século XI, à substituição do rito hispânico pelo romano. Surge, então, a tendência oficializada de substituir a festa tradicional de S. Felix de Gerona pela de S. Pedro ad'Víncula (das cadeias) que no rito romano era também festejada no dia 1 de Agosto. «(...Em muitos casos da Zona Norte permaneceram os dois cultos embora por vezes de maneira instável, isto é, quer os dois oragos quer os dois topónimos, formando assim o grupo S. Pedro Fins, S. Pero Fins e S. Profins). S. Pedro Fins, primitivamente só S. Félix, é popularmente chamado de S. Profins» (Padre Domingos Moreira, 1969). …TOPÓNIMO
  • 6. Oragos e Topónimos… até à Idade Média Na documentação de algumas freguesias, surge simultaneamente mais dum orago, como é o caso de S. Fins, adicionado ao de S. Pedro ad'Víncula (santo festejado no mesmo dia daquele). Documentos antigos expressam cronologicamente o ano em que a designação onomástica de S. Pedro Fins começou a ser mencionada: 1077 — «Sancti Felicis de Cornato»/«Sanctus Felix Felgosa». 1258 — «Ecclesia Sancti Felicis de Cornato» – Inquirições de D. Afonso II, em 1258. 1295 — «ffreiguesia de Sam fijnz» no Julgado da Maya.
  • 7. Oragos e Topónimos… 1307 — «Freeguesia de Sam Ffijnz de Cornado». 1320 — «Ecclesia Sancti Fellicis de Cornado». 1331 — «Freeguezia de Sam Fijnz no Julgado da Maya». 1371 — «Ecclesia Sancti Felicis de Cornado». 1519 — «São Felices de Cornado». 1527 — «Sam Finz de Cornado». 1542 — «Sam Felices de Cornado». 1542 — «Sam Pedro Fyns de Cornado». 1623 — «Sam Pero Finz de Cornado». 1687 — «São Pedro Fins» (Constituição Diocesana do Porto). Como podemos ver, depois de muitas buscas, aprovações e desaprovações, recolha de factos e de opiniões, chegou-se, enfim, a bom termo no ano de 1687, por vontade do clero, da nobreza e, possivelmente, do povo!... Para se distinguir das outras freguesias de igual nome, se dá a esta a denominação de «S. Pedro Fins da Maia.»
  • 8. …Antes da Portugalidade …Muitos anos antes da Portugalidade (1077) já era mencionado o topónimo de «Sancti Felicis de Cornato»/«Sanctus Felix Felgosa». e nas Inquirições de D. Afonso III (1758) era dado o nome de Sanfins de Cornato a esta parte da Maia. Porém, só na Idade Média, por volta de 1687, a Freguesia passou a ser designada pelo topónimo que hoje se conhece: S. PEDRO FINS! Durante as escavações arqueológicas levadas a cabo nas mamoas de Leandro, foram encontrados vários fragmentos de peças de barro, ali soterrados há milénios de anos!
  • 9. A famosa… … Pedra de Ardegães e… A «Pedra de Ardegães», encontrada numa bouça, pertença da família de Manuel André (Mandim), é mais um pedaço da nossa história que os povos que aqui habitaram há milhares de anos, nos legaram. O achado encontra-se no Museu Etnográfico da Maia.
  • 10. …MAMOAS DE MONTEZELO e… - 3500 anos antes de Cristo Em 2006 iniciaram-se as escavações arqueológicas que puseram a descoberto as Mamoas de Montezelo. Foram encontrados alguns objectos que datam 3500 anos antes de Cristo. Alguns meses depois foram as mamoas destruídas porque não tinham, no dizer dos técnicos, qualquer valor histórico. No seu lugar foi construída uma unidade industrial!...
  • 11. …MAMOAS DE LEANDRO e... As escavações arqueológicas na zona poente da Freguesia, puseram a descoberto variados objectos que «falam» da história e dos povos que a aqui habitaram há milhares de anos.
  • 12. …MAMOA DE ARCOS Entre os anos 1940 e 1950 foi destru ída uma importante Mamoa no lugar de Arcos, junto ao cruzamento das actuais artérias: Rua Nova de Arcos, Rua Central e Avenida de S. Fins. No seu lugar foi constru ída uma vivenda.
  • 13. Sancti Felicis de Cornato Na Idade Média 1 «As religiosas do Mosteiro de S. Bento da AvéMaria (hoje estação de S. Bento), do Porto, apresentavam o cura que apenas tinha o pé d'altar». «Pretendem alguns que o padroeiro d'esta freguezia é S. Pedro ad Vincula (das cadeias), mas é erro. S. Pedro ad Vincula é orago da freguesia de S. Pedro Fins de Tamel, na província do Minho, concelho de Barcellos, arcebispado e districto de Braga. «Parece que o verdadeiro nome de orago d'esta freguezia é S. Pedro Felix. O que é certíssimo é que em um "Flos Sanctorum" antigo se vê o
  • 14. 2 Sancti Felicis de Cornato nome de S. Felix, que foi martyrizado em Gerona (Hespanha) no 1.º de Agosto de 301. Ahi se declara que este santo é venerado em Portugal com o nome de S. Perofins, ou S. Fins. O corpo d'este martyr está na egreja do mosteiro de Chellas, junto a Lisboa, onde se venera como padroeiro. «Note-se que a freguezia de S. Felix da Marinha, no concelho de Villa Nova de Gaia, em 1623 se denominava S. Fins da Marinha. «Tudo isto nos induz a crêr que S. Fins e S. Felix, são um e mesmo santo. «Segundo Luiz Marinho d'Azevedo (Fundação, antiguidades e grandezas da mui insigne
  • 15. Sancti Felicis de Cornato cidade de Lisboa), S. Perofins, ou S. Fins, é corrupção de Felix, e o verdadeiro nome d'este santo martyr, é S. Felix Scyllitano. «D. Luiza de Noronha, freira do mosteiro de Chellas, e grande fidalga, estando as relíquias de S. Felix e Santo Antão, em dous cofres de madeira nos altares laterais, as mandou guardar em um cofre de prata. «Parece que a causa de se corromper o nome de Felix em Pedro Felix e depois em Pero (ou Pedro) Fins, é porque a sua festa coincide com a das Cadeias de S. Pedro (S. Pedro ad'Vincula).» 3
  • 16. 1258… 1 O nome desta freguesia já existia na Idade Média e muito antes da Portugalidade. Porém, o seu topónimo era Sanfins de Coronado, como se vê das Inquirições de D. Afonso III (1258). Nos séculos XII e XIII, a freguesia abrangia as «villas» rústicas de Quintã, Povoação, Arcos e Leandre. A primeira, pelo menos, como até do topónimo se suporia, foi uma antiquíssima propriedade privilegiada, honra ou «quintã», parece que, em meados do séc. XI, do ricohomem D. Diogo Trotosendes, um dos «vigários» portugalenses do rei leonês Fernando I «o Magno» e senhor também da própria igreja. Este nobre, por tais funções, teve grande autoridade nesta região, parecendo que era filho de D. Troitozendo Galindes (ou Gaendes) e neto, pois, paterno, quanto parece, do
  • 17. 1258… 2 conde Galindo Gonçalves (séc. X), um dos revoltosos de Bermudo II. Estes próceres (homens importantes ou magnates), possivelmente, já aqui possuíam tal «quintã», que dominou o local, e a sua igreja; e, pela mesma razão, tudo devia ter sido, menos esta a igreja, do filho de D. Diogo Troitosendes, o não menos célebre D. Mem ou Mendo Dias, que já exercitava, por 1060, com seu pai, o «vicariato» em nome do rei leonês. E dissemos menos a igreja porque esta era da apresentação do mosteiro de Rio Tinto nos meados do séc. XIII, desde recuados tempos, por doação de um D. Diogo, que outro não parece senão aquele, que foi o fundador do dito cenóbio: «acquisivit eam... ex mango tempore... de testamento domni Didaci» (Inquirições de 1258). Ainda nos meados do séc. XIII, Quintã era honra por
  • 18. 1258… 3 causa de D. Maria Martins «de Baguim» (lugar de Rio Tinto e hoje uma freguesia do concelho de Gondomar) e de seu genro, embora na «villa» nem tudo fosse então deles: «propter domnam mariam de Baguim et propter generum ejus». Todavia, antes deste honramento, o mordomo entrava aí — por certo só pela voz-e-coima (honra não de calúnia, que aquela dona e seu genro coutavam). Ela era filha de D. Martim Soares «de Baguim», filho de D. Soeiro Peres «da Maia» e neto do alferes afonsino D. Pero Pais. A estirpe de D. Diogo Troitosendes vivia na «terra» da Maia e devia ter-se ligado cedo à poderosa estirpe «da Maia». na «villa de Leandre — dizíamos — havia, então, também dez casais, sendo quatro do mosteiro de Santo Tirso, três do cavaleiro-fidalgo Henrique Fernandes «de Panóias» (lugar da «terra» da Maia), dois dos netos de
  • 19. 1258… 4 Fernão Gulfar (também fidalgos) e o outro do escudeiro Afonso Fernandes, e toda esta «villa» era honra velha, a mais antiga da paróquia, «est ontrata de veteri» (Inquirições de 1258); na «villa» da Povoação, eram seis os casais, todos de herdadores (cavaleiros-vilãos ou também peões), os quais não faziam, nos meados do séc. XIII, foro à Coroa, porque, para fugir às exorbitâncias fiscais, se haviam encensoriado com a Ordem do Hospital, à razão da quinta parte de todos os frutos: «ut sint defensi ab omni foro regali». Estes privilegiados exerciam aí violência sobre a gente do povo e sobre os exactores do fisco. A dita Ordem comprara metade da «villa» da Povoação antes de 1258, e o dito Fernão Gulfar espancara de tal modo um porteiro que aí fora penhorar, que este
  • 20. 1258… oficial da Coroa jamais voltou a entrar aí: «propter hoc nunquam ibi postea intravit». Em Leandre também, sucedera entrar um mordomo da Coroa, mas os cavaleiros-fidalgos do lugar (entre eles, há-de ver-se Fernão Gulfar, pelos feitos já revelados) não hesitaram em assassiná-lo. Pelo Censual do cabido da Sé do Porto se vê que na «eclesia Santi Felicis de Cornado» existia, no séc. XIII, esta censoria: uma libra de cera, três maravedis (antiga moeda gótica usada em Portugal e Espanha que teve geralmente o valor de 27 reis) e vinte soldos e três dinheiros de mortulha, duas fogaças, dois quarteiros de aveia e dois de milho. Em Leandre, possui bens o mosteiro de Salzedas (Tarouca), doados em 1271 por Estêvão Fernandes (um casal e outro noutro lugar). 5 Anverso da moeda antiga de 4 maravedis, usada em Portugal e Espanha.
  • 21. 1258… 6 Quanto à designação da freguesia, o nome antigo devese à sua situação na região do Coronado (antigo Cornado, séc. XIII Cornatu-); mas parece que o orago ainda não era S. Pedro, mas sim S. Félix (que o mesmo é S. Fins ou Sanfins); posteriormente, viria a tornar-se S. Pedro uma espécie de co-orago, o que talvez provocasse a dupla invocação «S. Pedro e Fins), caindo em desuso o chamar-se «de Coronado», e daí, facilmente, S. Pedro Fins, pela supressão fonética da copulativa. Esta parece a explicação, e nada de S. Pedro Félix ou o mais que, por vezes, se inventa ou aventa. Na área desta freguesia existia uma mina de carvão e de volfrâmio denominada Montezelo e algumas destilarias de aguardente vínica. Também uma mamoa (anta), designada por «Mamoa de Montezelo», existe no espaço territorial de S. Pedro Fins há mais de 3.000 anos.
  • 22. 1758 S. PEDRO FINS NA IDADE MÉDIA As «Inquirições de Freguesia de 1258», dizem que a freguesia de S. Pedro Fins abrangia as «villas» rústicas de Quintã, Povoação, Arcos e Leandre.
  • 24. MOSTEIROS E SENHORES HONRADOS QUE AQUI POSSUÍAM BENS A QUINTÃ, como o nome indica, era uma antiquíssima propriedade privilegiada que, em meados do séc. XI, pertencia a um rico-homem, D. Diogo Trotosendos, um dos «vigários» do rei leonês, D. Fernando. Por volta do ano 1060, o vigário da Quintã, era D. Mendo Dias, representante também do rei leonês. No século XII (1258), Quintã era pertença de D. Maria de Baguim e do Mosteiro de Rio Tinto. Quinta de Baguim, propriedade de D. Maria de Baguim
  • 25. AINDA A QUINTÃ (Quintela) Em pleno século XIII a Quintã era constituída por 12 casais, pertencendo, para além de D. Maria Martins «de Baguim», a D. Pero Pais, ao fidalgo Vicente Martins «Curutelo» – que deu nome ao lugar –, mosteiro de Santo Tirso, Ordem dos Hospitalários, mosteiro de Rio Tinto (hoje, somente algumas pedras teimam em resistir aos tempos da mudança) e mosteiro de Águas Santas. A estirpe de D. Diogo Troitosendes vivia na «terra da Maia» e devia ter-se ligado cedo à poderosa estirpe «da Maia». Antigo mosteiro de Rio Tinto Mosteiro de Águas Santas
  • 26. «villa» de ARCOS (10 casais) Mosteiro de Rendufe, no concelho de Amares. Na antiga «villa» rústica de ARCOS, havia dez casais sendo cinco deles foreiros à Coroa, embora quatro deles os possuísse o mosteiro de Santo Tirso e o mosteiro de Oliveira. Dos outros eram senhores, os irmãos João Gonçalves e Rui Gonçalves («Cabeça»), e Pedro «Queixadas», Mosteiro de Rendufe, mosteiro de Cete e Pedro Nunes (senhor de Outiz). Os mosteiros possuíam aqui haveres por doações dos cavaleiros-fidalgos, senhores deles.
  • 27. «villa» de LEANDRE(i) – LEANDRO e... Nesta «villa» romana de Leandro, havia dez casais, sendo eles pertença do mosteiro de Santo Tirso, dos cavaleiros-fidalgos Henrique Fernandes, de Fernão Gulfar e do escudeiro Afonso Fernandes. Toda esta «villa» era a honra mais antiga da paróquia. Mosteiro de Santo Tirso
  • 28. POVOAÇÃO (6 Casais) Mosteiro de Salzedas,em ruínas Eram senhores da «villa» de Povoação, os herdadores a Ordem do Hospital que comprara metade da «villa» a Fernão Gulfar. Este Fernão Gulfar espancou de tal modo o cobrador que aqui viera cobrar os impostos que este oficial da Coroa não mais voltou a entrar aqui. Mosteiro de S. Bento da Avé Maria, também aqui possuía bens. No lugar onde existia o mosteiro, foi construída a estação de S. Bento.
  • 29. 1519 – FORAL DA MAIA Nas Inquirições de 1258 pode ler-se: «Terras da Maia, em meados do século XIII, correspondem ao Julgado da Maia». Contudo, só em 1519 o Julgado da Maia recebeu Foral (assinado em Évora por D. Manuel I, «Rei de Portugal e dos Algarves e doutros lugares daqui e d’além mar e em África». Num documento da época pode-se ler: «a data foi celebrada com grande pompa».
  • 30. ANTIGAS VIAS DE COMUNICAÇ ÃO – Pousada Real no Monte Gonçalão Antigamente as vias de comunicação resumiam-se a estreitos caminhos por onde transitavam somente cavalos e pequenos carroças por eles puxadas. Para que pudessem ser percorridas distâncias mais longas era necessário construir, em sítios ermos, pequenas habitações onde se pudesse pernoitar e proceder à mudança de cavalos. Assim, nasceu no Monte Gonçalão, a cerca de quinhentos metros a norte da Capela de S. Miguel-OAnjo, a Pousada Real que era utilizada pelos reis e comitivas, nas suas deslocações do Porto para Guimarães. Um aspecto da antiga Pousada Real, que um incêndio pôs a descoberto
  • 31. Ainda as Mamoas de Leandro Tantas relíquias perdidas No meio do matagal São histórias esquecidas Deste amado Portugal!...
  • 32. Nos finais do século XIX, existiam apenas sete freguesias no Concelho da Maia, com escolas primárias oficiais. Essas freguesias eram as seguintes: Águas Santas, Avioso, Barreiros, Milheirós, Nogueira, …S. PEDRO
  • 33. Presume-se que a Capela era uma antiga ermida castreja.