Módulo: 908 MENT_PEV_ART FACESM_V3
Tópico: ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Assunto: Mentoreação para o Planejamento Estratégico de Vida
Artigo publicado na revista da FACESM (Itajubá, MG)
Escopo:
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITOS
3. ATITUDE REATIVA X ATITUDE PROATIVA
3.1. Modelo Reativo
3.2. Modelo Proativo
4. ROTEIRO DO PEV
5. ETAPAS DE PLANEJAMENTO DO PEV
5.1. Etapa 1: Preparativos
5.2. Etapa 2: Diagnóstico da Situação Atual
5.3. Etapa 3: Delineamento do Novo Paradigma
5.4. Etapa 4: Desenvolvimento do PEV
5.5. Etapa 5: Programação das Ações
6. ETAPAS DE EXECUÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E REVISÃO DO PEV
6.1. Etapa 6: Execução do PEV
6.2. Etapa 7: Controle, Avaliação e Revisão do PEV
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. BIBLIOGRAFIA
Conceitos e Princípios de Garantia de Sistemas e Produtos
Mentoreação para o Planejamento Estratégico de Vida
1. MENTOREAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE VIDA
Mentoring and Strategic Planning for Life
Antonio Sallum Librelato (*)
RESUMO
As novas exigências criadas pela Sociedade do Conhecimento
requerem cada vez mais que as pessoas façam a gestão de suas vidas
como se fossem verdadeiras empresas, sendo elas mesmas o principal
patrimônio, a ser administrado de forma estratégica e dinâmica. Isso
requer que as pessoas conheçam a si mesmas em maior profundidade e
aprendam a usar os métodos de planejamento estratégico para estabelecer
objetivos, metas e cursos de ação para a consecução de seus sonhos. O
texto mostra como a mentoreação pode apoiar as pessoas a desenvolver e
executar seus Planos Estratégicos de Vida.
Palavras-chave: autoconhecimento, mentoreação, planejamento
estratégico, ação proativa.
ABSTRACT
The new exigencies created by the Knowledge Society require
persons, each day more, to manage their lives as they were real
enterprises, themselves being the main patrimony to be strategic and
dynamically managed. This requires persons to know themselves deeply,
and learn how to use strategic planning methods to set objectives, goals
and courses of action for the achievement of their dreams. The text shows
how mentoring may help persons to develop and execute their Strategic
Planning for Life.
Key words: self-knowledge, mentoring, strategic planning, and proactive
action.
(*)
Diretor da EThICS Engineering
Engenheiro de Eletrônica
São José dos Campos – SP
(12) 3941 8277
a.sallum@uol.com.br
Março, 2005.
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2. 1. INTRODUÇÃO
Diz-se que ora vivemos na “Sociedade do Conhecimento”, onde
os bens intangíveis têm maior valorização que os bens físicos. Os
conhecimentos, as idéias, a inovação e a criatividade são bens
demandados e consumidos cada vez mais, em velocidades cada vez
maiores. [01], [04], [06], [10].
As condições da sociedade, da economia e da tecnologia deste
início de século fazem com que as pessoas e as organizações tenham que
aprender a sobreviver, a evoluir e a conviver em um ambiente no qual a
forma de viver, em especial a forma de trabalhar, está em rápida e
contínua mudança. Isso traz incerteza e riscos elevados. Muitas pessoas
se sentem perdidas, não são “donas” de seus destinos e não conseguem
estabelecer um sentido para suas vidas, ficando frustradas por jamais
realizarem seus sonhos. [04], [05], [06], [10].
Hoje é necessário que as pessoas dirijam o seu futuro de forma
proativa, praticamente se responsabilizando pela sua própria formação e
atualização, cada um tendendo a ser uma “organização que aprende”,
onde elas mesmas são o principal patrimônio. As pessoas devem, para
isso, elaborar um planejamento pessoal, para estabelecer, de forma
estruturada, seus objetivos de médio e longo prazo, suas metas e as
atividades, levando em conta que serão investidos muito tempo e
dinheiro na sua realização, acompanhado de muitas expectativas e de
esperanças que não devem ser frustradas. [03], [05], [06], [08], [10], [12].
O planejamento estratégico é a forma ideal para isso, pois leva à
definição dos elementos duradouros (tais como missão, princípios, visão)
e dos elementos mutáveis (objetivos, metas, estratégias), de forma
alinhada e criando um foco para a concentração e o direcionamento dos
esforços. Requer o reconhecimento dos pontos fortes e dos pontos fracos
existentes em seu ambiente interno, e a identificação das oportunidades e
das ameaças apresentadas pelo ambiente externo, de maneira dinâmica.
[03], [12].
As pessoas necessitam aprender a planejar, adquirir novos
conhecimentos e ampliar suas capacitações com eficácia. As formas
convencionais de treinamento têm-se mostrado insuficientes para essa
finalidade, pois é necessário atender as necessidades específicas de cada
2
3. pessoa, em seus diferentes papéis nos círculos de atuação: íntimo,
familiar, social e profissional. Os métodos de planejamento estratégico
devem ser adaptados para atender cada indivíduo, bem como aos grupos
de trabalho e às organizações onde as pessoas atuam. Além do
aprendizado das técnicas e dos métodos, serão necessários orientações e
apoio, a cada caso. Assim é que as técnicas e métodos de “coaching” e
de “mentoring” têm recebido novo alento. O Planejamento Estratégico
de Vida objetiva prover tais condições através da mentoreação. [09].
2. CONCEITOS
São muitos os conceitos sobre mentoreação e planejamento
estratégico. Para a boa compreensão deste texto, os mais importantes são:
Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats): é o
método de levantar os pontos fortes (S) e os pontos fracos (W) internos a
uma organização, as oportunidades (O) e as ameaças (T) que ocorrem no
ambiente externo, e de analisar os efeitos dos primeiros sobre as
segundas, para estabelecer as melhores estratégias de aproveitamento das
oportunidades. [13].
Coaching: é um tipo de relacionamento no qual o coach se compromete
a apoiar e ajudar o aprendiz para que este possa atingir determinado
resultado ou seguir um determinado caminho. [02]
Estratégia: arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou
de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute,
visando ao alcance de determinados objetivos. [07].
Mentor /ô/ s.m. (1858 cf MS) 1. pessoa que serve a alguém de guia, de
sábio e experiente conselheiro. 1.1 p. ext., pessoa que inspira, estimula,
cria ou orienta (idéias, ações, projetos, realizações, etc.) <ser o m. De um
seminário> ETIM lat Mentor, oris, do antr. grego Mentor, personagem da
Odisséia, de Homero, sVIII a.c., amigo e conselheiro de Ulisses, de que
Palas Atena tomou a figura para instruir e formar Telêmaco, donde uso
como subst. com., como ´conselheiro, guia´. SIN/VAR: ver sinonímia de
mistagogo e chefe. [07].
3
4. Mentorear v. B t.d. atuar (junto a alguém ou em algo) como mentor <m.
alguém> <m. um projeto> GRAM a respeito da conj. deste verbo, ver –
ear ETIM mentor + ear. [07].
Mentoring (mentoreação): é uma relação entre duas ou mais pessoas,
voltada para o desenvolvimento de carreira, na qual uma delas, mais
experiente (o mentor), proporciona orientação, modelagem de papel,
compartilhamento de contatos e redes de relacionamento, transfere seu
conhecimento, sabedoria e experiência, a uma outra, com menos
conhecimento ou familiaridade em determinada área (o orientando ou
protegido). Proporciona o impulso vital para as pessoas que requerem
ajuda, orientação e visão do futuro para serem bem sucedidas. [02].
PEV – Planejamento Estratégico de Vida: é a função de mentoreação
que, com base no autodiagnóstico e em métodos de planejamento
estratégico, apóia as pessoas para que estabeleçam seus objetivos e suas
metas de vida e executem as ações para a sua concretização. [09].
Planejamento estratégico: é o processo metodológico para se
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização (ou o
indivíduo), visando a interação otimizada com o ambiente e a atuação
inovadora e diferenciada. [11].
Planejamento tático: é o processo para a utilização eficiente dos
recursos disponíveis na consecução dos objetivos fixados, segundo
estratégias e políticas definidas pelo plano estratégico. [11].
Planejamento operacional: é o processo formal e documental das
metodologias de desenvolvimento e implantação das ações que levam ao
atendimento dos objetivos estabelecidos. [11].
3. ATITUDE REATIVA X ATITUDE PROATIVA
Foi o psiquiatra Victor Frankl quem cunhou o “modelo
proativo”, em contraposição ao “modelo reativo”. Segundo ele, existem
três valores centrais na vida: a experiência (o que nos acontece), a criação
(aquilo que colocamos no mundo) e a atitude (a nossa resposta em
momentos difíceis). Frankl considera a atitude o de maior valor entre os
três, como referencial paradigmático, pois é a forma como reagimos às
experiências da vida. [03], [05].
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5. 3.1. Modelo Reativo
A FIG. 1 apresenta uma visão sistêmica dos elementos
influentes na cadeia de causas e efeitos para o modelo reativo.
FIG. 1: MODELO REATIVO
Condições do meio ambiente,
recursos disponíveis, etc.
condições
Relacionamentos, emoções,
comportamento alheio, Dificuldades, facilidades,
acontecimentos do passado situações momentâneas, etc.
sentimentos CONDICIONAMENTO circunstâncias
“REAÇÃO DEFENSIVA”
(67Ë08/26 5(63267$6
AMBIENTES FÍSICO & SOCIAL
Quando as pessoas são influenciadas apenas pelas forças que
estão fora delas, os sentimentos, as condições e as circunstâncias externas
podem criar um condicionamento ao longo da vida, tornando-as reativas,
isto é, as suas respostas aos estímulos do ambiente físico-social são
alheias à sua vontade e implementadas de forma defensiva. A sua atitude
é negativa, reativa, trazendo como respostas mais problemas, ao invés de
soluções.
3.2. Modelo Proativo
Analogamente, na FIG. 2 são mostrados os elementos influentes
na cadeia de causas e efeitos para o modelo proativo.
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6. FIG. 2: MODELO PROATIVO
Consciência profunda do certo e do
errado, dos princípios e do grau de
Habilidade de pensar a respeito do harmonia dos pensamentos e ações
próprio processo de pensamento com os princípios
autoconsciência consciência
LIBERDADE DE
imaginação força de vontade
ESCOLHA
Capacidade de criar, na mente, Capacidade de cumprir com as
imagens que transcendem a promessas e ser motivado para agir
realidade atual
“AÇÃO PROATIVA”
(67Ë08/26 5(63267$6
AMBIENTES FÍSICO & SOCIAL
São quatro os dons exclusivamente humanos, que todo ser
humano possui, e que são ligados à proatividade [03], [12]:
• A autoconsciência, que é a habilidade que nos permite pensar a
respeito do próprio processo de pensamento. Ela nos permite
examinar nossos paradigmas e determinar se estão baseados em
realidades e princípios ou se constituem apenas uma conseqüência do
condicionamento e das circunstâncias.
• A consciência, que nos permite ter a noção do norte verdadeiro e dos
princípios naturais e da nossa consciência profunda do certo e do
errado.
• A imaginação criativa, que nos permite visualizar os mundos
possíveis, potencialmente existentes dentro de nós, e assim criar o
futuro; é a fonte da motivação para agir em busca do que
imaginamos.
• A força de vontade, que nos leva a cumprir as promessas feitas a
nós mesmos e agir motivados pelos objetivos.
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7. Enquanto a autoconsciência dinamiza a proatividade, a
imaginação e a consciência permitem expandi-la, a força de vontade nos
leva a exercer a liderança pessoal, bem como a reescrever nossos papéis e
realizarmos nossos objetivos.
A proatividade é o hábito principal das pessoas supereficazes.
Ser proativo é tomar iniciativas e decisões, e ser responsável pela própria
vida. [03].
A pessoa sendo proativa, seu comportamento resultará de
decisões que tomou, e não das condições externas. Além disso, seus
sentimentos estarão subordinados aos valores. Terá sido construída,
então, a sua liberdade de escolha, e suas ações serão proativas, isto é, se
anteciparão aos condicionantes externos. A sua atitude será positiva e
contribuirá com soluções para os problemas e não com mais problemas.
A proatividade pode ser ensinada e as pessoas podem aprender a
ser proativas. Isso as ajudará a adotar o PEV – Planejamento Estratégico
de Vida, reescrever seus papéis e realizar seus sonhos.
4. ROTEIRO DO PEV
O diagrama da FIG. 3 apresenta a seqüência das etapas que
compõem o método para a elaboração do PEV, em duas grandes fases: a
fases de planejamento e a fase de execução, controle, avaliação e revisão.
São previstas realimentações às etapas de planejamento em função dos
resultados obtidos. As funções de mentoreação são realizadas ao longo de
todas as etapas.
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8. FIG. 3: Roteiro para a Elaboração do PEV com Mentoreação [09]
35(3$5$7,926
“O que vamos fazer?”
',$*1Ï67,2'$6,78$d2$78$/
“Como sou?”
'(/,1($0(172'212923$5$',*0$
“Como quero ser?”
'(6(192/9,0(172'2
3(93/$1(-$0(172(675$7e*,2'(9,'$
“Quais são meus objetivos?”
352*5$0$d2'$6$d®(6
“O que devo fazer?”
(;(8d2'23(9
“Estas são minhas ações!”
5(68/7$'26
“Estes são os resultados!”
21752/($9$/,$d2(5(9,62
“Consegui o que eu queria?” “O que devo mudar?”
5. ETAPAS DE PLANEJAMENTO DO PEV [09]
As cinco primeiras etapas do PEV são voltadas para o
diagnóstico, o delineamento de um novo paradigma, dos objetivos, das
metas e da programação das ações a serem executadas.
5.1. Etapa 1: Preparativos
O objetivo desta etapa é estabelecer o Programa de Trabalho
para a mentoreação do PEV.
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9. Através de entrevistas, diálogos, palestra e coleta de
informações pessoais, o mentor procura apresentar o método PEV e
conhecer a necessidade, o interesse e os propósitos da pessoa em
participar do programa de mentoreação PEV. Busca também conhecer as
principais visões de objetivos futuros e a atitude, se reativa ou proativa,
da pessoa. Caso a pessoa deseje participar, são estabelecidas as linhas
gerais do programa de trabalho, em função das disponibilidades de tempo
e recursos, bem como do grau de premência de desenvolver o PEV por
aquela pessoa.
5.2. Etapa 2: Diagnóstico da Situação Atual
Nesta etapa objetiva-se que a pergunta “Como sou?” seja
respondida pela pessoa. Através da busca do autoconhecimento pela
pessoa, procura-se estabelecer o diagnóstico da sua situação atual, por
meio da conscientização e do autodiagnóstico, apoiado por leituras de
bibliografia especializada, questionários e roteiros. O diagnóstico inclui
[12]:
• Autoquestionamento;
• Balanço Prévio;
• Diagnóstico Comportamental quanto ao PEV;
• Diagnóstico sobre Princípios Naturais, Valores Pessoais e Conceito
de Vida;
• Identificação e Avaliação de Pontos Fortes, Pontos Fracos e Padrões;
• Diagnóstico Econômico-Financeiro: balanço e fluxo-de-caixa
preliminares;
• Avaliação dos diagnósticos e delineamento do Perfil Atual (“Como
eu sou”).
Os instrumentos primordiais para a realização desta etapa (e, é
claro, das demais) são a atitude proativa e a busca do autoconhecimento.
Dessa forma, com o apoio do mentor, a pessoa terá consciência de seu
paradigma atual, com relevância aos seus pontos fortes que poderão
ajudá-la no futuro, bem como de seus pontos fracos, os quais deverão ser
trabalhados, para que não se transformem em impedimento aos seus
objetivos.
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10. 5.3. Etapa 3: Delineamento do Novo Paradigma
De posse do paradigma atual, se dá início ao delineamento do
novo paradigma, o qual deverá servir de base para o planejamento. Nesta
terceira etapa se busca responder a pergunta “Como Quero Ser?”. Inicia-
se com o treinamento, pelo mentor, sobre os elementos e métodos de
Planejamento Estratégico. Em seguida, serão definidos pela pessoa, com
o apoio do mentor, os elementos estratégicos duráveis [11], [12], [13]:
• Força Motriz: quais as forças, habilidades, competências e talentos
que são a força motriz da pessoa;
• Negócio: qual é o campo de ação que melhor representa aquilo que a
pessoa realmente gosta e que ela é realmente capaz de realizar bem;
• Princípios, Valores e Limites: quais são as referências pelas quais a
pessoa pauta suas ações, decisões e propósitos e quais os limites
admissíveis;
• Missão: a declaração de missão da pessoa descreverá o que ela é e de
que forma ela contribui com o mundo a sua volta;
• Visão: a declaração de visão da pessoa é a idéia que ela tem de seu
futuro;
• Perfil Futuro Desejado: a composição dos elementos acima, de forma
integrada, permite construir o novo paradigma, com o Perfil Futuro
Desejado, respondendo a pergunta “Como Quero Ser?”.
5.4. Etapa 4: Desenvolvimento do PEV
A etapa 4 é para que a pessoa estabeleça “Quais são meus
objetivos?”. Com a orientação do mentor e usando as ferramentas de
planejamento, deverão ser desenvolvidos os seguintes elementos
estratégicos mutáveis [01], [11], [12].
• Construção de cenários alinhados com os objetivos.
• Reconhecimento de oportunidades e ameaças.
• Análise SWOT pessoal.
• Definição de objetivos pessoais.
• Definição de prioridades e prazos.
• Delineamento de metas pessoais.
• Determinação de estratégias de ação.
• Avaliação de viabilidade estratégica e econômica das metas.
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11. 5.5. Etapa 5: Programação das Ações
De posse de objetivos, prioridades, prazos e metas, pode-se
programar a seqüência das ações a serem realizadas para alcançar os
objetivos. Isso se faz através de:
• Planejamento tático, delineamento de projetos e dimensionamento de
recursos.
• Consolidação de alianças estratégicas.
• Planejamento operacional de projetos.
• Orçamentos e fluxos-de-caixa dos projetos.
• Preparação dos instrumentos de apoio à ação e ao controle, nos
horizontes anual, mensal, semanal e diário.
6. ETAPAS DE EXECUÇÃO, CONTROLE, AVALIAÇÃO E
REVISÃO DO PEV [09]
De posse dos planos, são iniciadas as ações para a execução e
controle do que foi planejado e a avaliação dos resultados assim obtidos.
Em função da concretização das metas e dos objetivos, bem como do
grau de satisfação com os resultados, são feitas as atualizações e as
modificações nos planos, de forma consistente. [09].
6.1. Etapa 6: Execução do PEV
Resta agora executar as ações programadas e obter os
resultados. Para tanto, se procede à:
• Alocação dos recursos para a ação.
• Agregação da ação de apoiadores e parceiros.
• Execução das ações programadas.
• Consolidação dos resultados.
6.2. Etapa 7: Controle, Avaliação e Revisão do PEV
À medida que as ações vão sendo executadas e os resultados vão
surgindo, deve-se executar:
• Monitoração das condições ambientais internas e externas.
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12. • Monitoração e controle das ações de execução, dos custos, dos
prazos e dos resultados.
• Avaliação do real atendimento dos objetivos e dos benefícios.
• Realimentação para modificações dos planos estratégicos, táticos e
operacionais.
• Atualização do PEV em função das mudanças ambientais,
concretização de metas e objetivos e para incluir novos objetivos e
novas metas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O método PEV integra o autoconhecimento e a atitude proativa
com os conceitos, métodos e processos de planejamento estratégico e a
orientação através de serviços de mentoreação. Dessa forma, objetiva-se
facilitar para que as pessoas encontrem forças para mudarem suas
atitudes, estabelecerem seus objetivos e seguirem os planos, até a
concretização de seus sonhos.
O PEV – Planejamento Estratégico de Vida, é voltado para as
necessidades pessoais. De forma análoga, estão disponíveis o PEG –
Planejamento Estratégico de Grupos e o PEO – Planejamento Estratégico
de Organizações, métodos e funções de mentoreação voltados para as
necessidades de grupos e de organizações.
O grupo de trabalho tem objetivos estabelecidos pelo projeto
para o qual foi formado, muitas vezes com metas e prazos pré-definidos.
Uma vez formado, o grupo terá uma “personalidade”. O PEG atua tanto
sobre o grupo como entidade, quanto sobre as pessoas que fazem (ou
farão) parte desse grupo. A mentoreação envolverá diagnóstico do grupo,
mapas das competências necessárias e disponíveis, preparação dos
membros para o trabalho em grupo, o alinhamento de objetivos, o
desenvolvimento da confiança, da comunicação e da colaboração.
O PEO tem como escopo a organização (ou parte dela) e a
mentoreação abrange o desenvolvimento integrado dos planos
estratégico, tático e operacional, bem como a reformatação da estrutura
organizacional.
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13. 8. BIBLIOGRAFIA
[01] ALBRECHT, Karl. Radar corporativo: como entender os cenários que
estarão regendo o futuro dos negócios. São Paulo: Makron Books, 2000. 238 p.
[02] CHIAVENATO, Idalberto. Construção de talentos – coaching
mentoring: as novas ferramentas da gestão das pessoas. Rio de Janeiro: Ed.
Campus, 2002. 188 p.
[03] COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes. 7. ed. São
Paulo: Best Seller, 2000. 440 p.
[04] DAVIS, Stan; MEYER, Christopher. Blur: a velocidade da mudança na
economia integrada. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1999. 188 p.
[05] FRANKL, Viktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de
concentração. 19. ed. São Leopoldo: Ed. Sinodal, 2004. 136 p.
[06] GEUSS, Arie de. A empresa viva: como as organizações podem aprender a
prosperar e se perpetuar. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1998. 210 p.
[07] HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Disponível
em http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm Acesso em 10 fev. 2005.
[08] KLINK, Amyr. Gestão de sonhos, riscos e oportunidades. Salvador: Casa
da Qualidade, 2000. 193 p.
[09] LIBRELATO, A. Sallum. EThICS 908.002.01 - PEV – Planejamento
Estratégico de Vida: programa de serviços de mentoreação. EThICS, 2005. 7 p.
[10] MASI, Domenico de. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. 328
p.
[11] OLIVEIRA, Djalma de P. R. Planejamento estratégico: conceitos,
metodologia, prática. 16. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2001. 337 p.
[12] ULAF, Franciane. Planejamento pessoal: como organizar a vida pessoal
para atingir objetivos e aumentar a qualidade de vida. 3. ed., 2004. 136 p.
[13] VASCONCELLOS Filho, Paulo; PAGNONCELLI, Dernizo. Construindo
estratégias para vencer! – Um método prático, objetivo e testado para o sucesso
da sua empresa. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2001. 370 p.
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