SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 29
Poesia é vida.
Pode-se definir poesia
como: a expressão da
       beleza.
Objetivo da poesia:


 Artede expressar a beleza por meio
 da frase ritmada.

 Essênciada poesia: é o ritmo, pois
 podemos ter poesia sem ritmo, sem
 métrica, sem rima, mas sem o ritmo
 ela perderá sua maior beleza.
Versificação: é a arte de compor
                versos.
   Verso é um período rítmico, um período
    constante de número certo de sílabas e de
    pausas.
   Existem tipos diferentes de verso:
   Agudo: é aquele que termina por palavras
    oxítonas;
   Grave:termina por palavra paroxítona;
   Esdrúxulo: se a última palavra for proparoxítona;
   Branco: é todo verso sem rima;
   Livre: aquele que não tem ritmo obrigatório.
Metrificação:
É uma parte da versificação e trata
 apenas da maneira de contar as
sílabas poéticas dos versos. Medir
versos é verificar se está de acordo
     com o número de sílabas,
  acentos,cesura e rima exigidos
         pela versificação.
Como contar as sílabas?

 Contar as sílabas poéticas, ou seja, contar
  as sílabas pela audição: tantas serão as
  sílabas quanto forem os grupos de sons;
 Exemplo: A esmola de uma fruta e a
  benção de uma flor.
 São 17 sílabas para o gramático, mas para
  o poeta são 16:
 A es/mo/la/de u/ma/fru/ta e a //bem/ção
  de u/ma/ flor.
Processo de elisão:

   É a figura pela qual fundimos várias vogais numa
    única sílaba.

   Exemplo: “ Vasto oceano de prata a requeimada
    areia”.(Bilac).

   Elipse : outra figura pela qual não contamos o m,
    embora o conservemos: “Co’o orvalho”, é : Com
    o orvalho.

   Todas as vogais que puderem ser elididas ou
    fundidas, formarão uma sílaba única, e isto
    acontece quase sempre com a sílaba átona.
Tipos de versos:
Podemos ter versos de uma a 12 sílabas poéticas
  com muito êxito literário.

De uma sílaba:
                     Amo,
                     gemo,
                     clamo,
                     tremo.
De duas sílabas:




A ponte
 vacila,
   príncipe,
       oscila,
        perdido,
          transido
             de horror.
De três sílabas:



De amor foge,
Coração
Não te arrojes
Num vulcão.
De quatro sílabas:


Doces despojos
Tão bem logrados
Dos olhos meus
Enquanto os fados,
Enquanto Deus
O consentiam,
Da triste Dido
Da alma aceitai...
Cinco sílabas:


As armas ensaia,
Penetra na vida,
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Seis sílabas:

Mais uma pobre mísera
De respirar cansou!
E temerária e sôfrega,
À morte se arrojou!
Verso de sete sílabas:

Oh que saudades que tenho
da aurora da minha vida,
da minha infância querida
que os anos não trazem mais!
De oito sílabas:

Acompanhai meu vão lamento
auras ligeiras, que passais!
Tu claro amor, doce instrumento,
Casa com os meus, teus frouxos ais!
De nove sílabas:

Ouve o anúncio do horrendo fantasma.
Ouves os sons do fiel maracá:
manitôs já fugiram da taba!
ó desgraça! ó ruína! ó Tupá!
De dez sílabas:

Querida, ao pé do leito derramado
em que descansa dessa longa vida,
aqui venho e virei, pobre querida,
trazer-te o coração do companheiro.
De onze sílabas:

Sabei que não canto somente prazeres,
sabei que não gemo somente de amores,
sabei que nem sempre vagueio nos bosques,
sabei que nem sempre me adorno de flores.
De doze sílabas:

Guardai vosso ouro todo;esta casa que habito
nunca será vendida, antes seja eu maldito!
De quatorze sílabas:

Quando as estrelas surgem na tarde, surge a esperança...
toda alma triste no seu desgosto sonha um Messias:
Quem sabe? o acaso, na sorte esquiva, traz a mudança
E enche de mundos as existências que eram vazias!
Figuras de Linguagem:

Anástrofe: consiste na inversão da ordem direta da
  frase.
Exemplo: Sabe mortos enterrar? (J.C Melo Neto)
(ordem direta: Sabe enterrar mortos?)

Antítese: colocar lado a lado idéias opostas.
Exemplo: “Abaixo - viu a terra-abismo de treva!
           Acima - o firmamento - abismo de luz!”
                  (Castro Alves)
Eufemismo:

É a suavização de idéias desagradáveis, cruéis,
  imorais, obscenas ou ofensivas.
Exemplo: Ele entregou a alma a Deus.
(em lugar de: Ele morreu).
hipérbole

Consiste no exagero proposital das coisas,
  atribuindo-lhes proporções ou intensidade fora do
  normal, quer no sentido positivo, quer no
  negativo.
Exemplo: Chorarei pelo resto da vida.
(ninguém chora tanto tempo)
metáfora

Atribuir a uma pessoa ou coisa uma qualidade que
  não lhe cabe logicamente, mas baseia-se na
  semelhança de características.
Exemplo: “Meu cartão de crédito é uma navalha”
                      (Cazuza)
Exemplo: Ele é um leão
           (Ele é muito bravo).
Onomatopéia

É a figura pela qual se procura representar sons
  através de sinais gráficos
Exemplo: “ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r
  eterno!” (Fernando Pessoa).
prosopopéia

Consiste em atribuir vida ou qualdade humanas a
  seres inanimados, irracionais, mortos, ou
  abstratos.
Exemplo: “O mato, já zarolho, enrolando as folhas”.
              (Raquel de Queiróz)
Aliteração

É a repetição de fonemas idênticos ou semelhantes
  no inicio de palavras de um verso ou de uma
  frase.
Exemplo: “vozes veladas, veludosas vozes,
            volúpias dos violões, vozes veladas,
            vagam nos velhos vórtices velozes
            dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
                   (Cruz e Sousa)
PROFISSÃO DE FÉ

(...)
Invejo o ourives quando escrevo:
           Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto-relevo
           Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
            A pedra firo:
    O alvo cristal, a pedra rara,
            O ônix prefiro.
(...)
Torce, aprimora, alteia, lima
             a frase; e, enfim,
    No verso de ouro engasta a rima,
             Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,
           Dobrada ao jeito
  Do ourives, saia da oficina
           Sem um defeito.
(...).
                                  ( Olavo Bilac. Poesias)
                                                 Poesias)
Parnasianismo

O parnasianismo é a expressão do realismo no plano da
   poesia, com uma produção objetiva, direta,que nomeia os
   objetos e seres sem exageros sentimentais. Assim, muitas
   das características realistas são aplicadas ao
   parnasianismo. Os fundadores deste movimento foram:
   Charles Baudelaire e Theóphile Gautier, poetas franceses.
   Havia a grande preocupação com a forma (do poema),
   construindo versos com ritmo, vocabulário raro e
   elementos sensoriais. Sem dúvida, a arte pela arte. Uma
   obra de arte.
 Principais Autores :
• Olavo Bilac;
• Alberto de Oliveira;
• Raimundo Correia;
• Francisca Júlia.
Atividade

Agora, construa um poema seu, lembrando –se de
  incrementá-lo com figuras de linguagens.


                           Eliane Hirt

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
ionasilva
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
ISJ
 
Figuras de pensamento
Figuras de pensamentoFiguras de pensamento
Figuras de pensamento
Rita Cunha
 
6º ano E. F. II - Variação Linguística
6º ano E. F. II - Variação Linguística6º ano E. F. II - Variação Linguística
6º ano E. F. II - Variação Linguística
Angélica Manenti
 
Aula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuaçãoAula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuação
Péricles Penuel
 

Was ist angesagt? (20)

Figuras de linguagem
Figuras de linguagem Figuras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Os tipos de discurso
Os tipos de discursoOs tipos de discurso
Os tipos de discurso
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Conheça haicais
Conheça haicaisConheça haicais
Conheça haicais
 
Sintagma nominal slide
Sintagma nominal slideSintagma nominal slide
Sintagma nominal slide
 
Figuras de pensamento
Figuras de pensamentoFiguras de pensamento
Figuras de pensamento
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Uso dos porquês
Uso dos porquêsUso dos porquês
Uso dos porquês
 
Determinantes do substantivos
Determinantes do substantivosDeterminantes do substantivos
Determinantes do substantivos
 
6º ano E. F. II - Variação Linguística
6º ano E. F. II - Variação Linguística6º ano E. F. II - Variação Linguística
6º ano E. F. II - Variação Linguística
 
Parnasianismo brasileiro
Parnasianismo brasileiroParnasianismo brasileiro
Parnasianismo brasileiro
 
Quiz português 9° ano
Quiz português 9° anoQuiz português 9° ano
Quiz português 9° ano
 
Diferença entre fato e opinião
Diferença entre fato e opiniãoDiferença entre fato e opinião
Diferença entre fato e opinião
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Poesias rima e metrica
Poesias rima e metricaPoesias rima e metrica
Poesias rima e metrica
 
Cordel
CordelCordel
Cordel
 
Aula 01 conceito de literatura
Aula 01   conceito de literaturaAula 01   conceito de literatura
Aula 01 conceito de literatura
 
Aula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuaçãoAula sinais de pontuação
Aula sinais de pontuação
 

Andere mochten auch

Slide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual PoesiaSlide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual Poesia
Jomari
 
Poesia na sala de aula
Poesia na sala de aulaPoesia na sala de aula
Poesia na sala de aula
Shirley Lauria
 
Genero Textual Poesia
Genero Textual PoesiaGenero Textual Poesia
Genero Textual Poesia
Jomari
 
O que é para mim a poesia
O que é para mim a poesiaO que é para mim a poesia
O que é para mim a poesia
bibliodinis
 
Projeto poetas na escola
Projeto poetas na escolaProjeto poetas na escola
Projeto poetas na escola
Eunice Vieira
 
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemasAnálise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
Péricles Penuel
 
Homofonia, homografia, homonímia e paronímia
Homofonia, homografia, homonímia e paronímiaHomofonia, homografia, homonímia e paronímia
Homofonia, homografia, homonímia e paronímia
acordoortografico
 

Andere mochten auch (20)

Slide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual PoesiaSlide Genero Textual Poesia
Slide Genero Textual Poesia
 
Poesia na sala de aula
Poesia na sala de aulaPoesia na sala de aula
Poesia na sala de aula
 
Poesia é...
Poesia é...Poesia é...
Poesia é...
 
Aula Poesia
Aula PoesiaAula Poesia
Aula Poesia
 
Noite da poesia slide
Noite da poesia slideNoite da poesia slide
Noite da poesia slide
 
Poesia, poema, poeta
Poesia, poema, poetaPoesia, poema, poeta
Poesia, poema, poeta
 
Genero Textual Poesia
Genero Textual PoesiaGenero Textual Poesia
Genero Textual Poesia
 
PROJETO POESIA
PROJETO POESIAPROJETO POESIA
PROJETO POESIA
 
Projeto Brincando com Poesias
Projeto Brincando com PoesiasProjeto Brincando com Poesias
Projeto Brincando com Poesias
 
O que é para mim a poesia
O que é para mim a poesiaO que é para mim a poesia
O que é para mim a poesia
 
Projeto poetas na escola
Projeto poetas na escolaProjeto poetas na escola
Projeto poetas na escola
 
A métrica e a rima
A métrica e a rimaA métrica e a rima
A métrica e a rima
 
Poesia é 7 a
Poesia é 7 aPoesia é 7 a
Poesia é 7 a
 
APRESENTAÇÃO DE POEMAS
APRESENTAÇÃO DE POEMAS APRESENTAÇÃO DE POEMAS
APRESENTAÇÃO DE POEMAS
 
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemasAnálise da estrutura e conteúdo dos poemas
Análise da estrutura e conteúdo dos poemas
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 
O islamismo
O islamismoO islamismo
O islamismo
 
Homofonia, homografia, homonímia e paronímia
Homofonia, homografia, homonímia e paronímiaHomofonia, homografia, homonímia e paronímia
Homofonia, homografia, homonímia e paronímia
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Adote um escritor - EJA
Adote um escritor - EJAAdote um escritor - EJA
Adote um escritor - EJA
 

Ähnlich wie Construção de poemas

Redação: Versificação
Redação: VersificaçãoRedação: Versificação
Redação: Versificação
7 de Setembro
 
Língua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literaturaLíngua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literatura
cursinhoembu
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
ionasilva
 

Ähnlich wie Construção de poemas (20)

Gênero lírico - Profª Vivian Trombini
Gênero lírico - Profª Vivian TrombiniGênero lírico - Profª Vivian Trombini
Gênero lírico - Profª Vivian Trombini
 
Versificação
VersificaçãoVersificação
Versificação
 
Versos e seus recursos musicais (1º ano do Ensino Médio)
Versos e seus recursos musicais (1º ano do Ensino Médio)Versos e seus recursos musicais (1º ano do Ensino Médio)
Versos e seus recursos musicais (1º ano do Ensino Médio)
 
Redação: Versificação
Redação: VersificaçãoRedação: Versificação
Redação: Versificação
 
Língua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literaturaLíngua Portuguesa - O que é literatura
Língua Portuguesa - O que é literatura
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Poema _ aula sobre poema.docx
Poema _ aula sobre poema.docxPoema _ aula sobre poema.docx
Poema _ aula sobre poema.docx
 
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDioTeoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
 
Nota iii escansão poemas
Nota iii escansão poemasNota iii escansão poemas
Nota iii escansão poemas
 
Explicação sobre texto poético para Fundamental
Explicação sobre texto poético para FundamentalExplicação sobre texto poético para Fundamental
Explicação sobre texto poético para Fundamental
 
Gênero Lírico
Gênero LíricoGênero Lírico
Gênero Lírico
 
Linguagem poética e versificação
Linguagem poética e versificaçãoLinguagem poética e versificação
Linguagem poética e versificação
 
Gênero lírico
Gênero líricoGênero lírico
Gênero lírico
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
Antologia poética
Antologia poéticaAntologia poética
Antologia poética
 
Poesia e Poemas.pptx
Poesia e Poemas.pptxPoesia e Poemas.pptx
Poesia e Poemas.pptx
 
Versificação.ppt
Versificação.pptVersificação.ppt
Versificação.ppt
 
Versificação.pptx
Versificação.pptxVersificação.pptx
Versificação.pptx
 

Kürzlich hochgeladen

QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 

Kürzlich hochgeladen (20)

E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptxPoesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 

Construção de poemas

  • 1. Poesia é vida. Pode-se definir poesia como: a expressão da beleza.
  • 2. Objetivo da poesia:  Artede expressar a beleza por meio da frase ritmada.  Essênciada poesia: é o ritmo, pois podemos ter poesia sem ritmo, sem métrica, sem rima, mas sem o ritmo ela perderá sua maior beleza.
  • 3. Versificação: é a arte de compor versos.  Verso é um período rítmico, um período constante de número certo de sílabas e de pausas.  Existem tipos diferentes de verso:  Agudo: é aquele que termina por palavras oxítonas;  Grave:termina por palavra paroxítona;  Esdrúxulo: se a última palavra for proparoxítona;  Branco: é todo verso sem rima;  Livre: aquele que não tem ritmo obrigatório.
  • 4. Metrificação: É uma parte da versificação e trata apenas da maneira de contar as sílabas poéticas dos versos. Medir versos é verificar se está de acordo com o número de sílabas, acentos,cesura e rima exigidos pela versificação.
  • 5. Como contar as sílabas?  Contar as sílabas poéticas, ou seja, contar as sílabas pela audição: tantas serão as sílabas quanto forem os grupos de sons;  Exemplo: A esmola de uma fruta e a benção de uma flor.  São 17 sílabas para o gramático, mas para o poeta são 16:  A es/mo/la/de u/ma/fru/ta e a //bem/ção de u/ma/ flor.
  • 6. Processo de elisão:  É a figura pela qual fundimos várias vogais numa única sílaba.  Exemplo: “ Vasto oceano de prata a requeimada areia”.(Bilac).  Elipse : outra figura pela qual não contamos o m, embora o conservemos: “Co’o orvalho”, é : Com o orvalho.  Todas as vogais que puderem ser elididas ou fundidas, formarão uma sílaba única, e isto acontece quase sempre com a sílaba átona.
  • 7. Tipos de versos: Podemos ter versos de uma a 12 sílabas poéticas com muito êxito literário. De uma sílaba: Amo, gemo, clamo, tremo.
  • 8. De duas sílabas: A ponte vacila, príncipe, oscila, perdido, transido de horror.
  • 9. De três sílabas: De amor foge, Coração Não te arrojes Num vulcão.
  • 10. De quatro sílabas: Doces despojos Tão bem logrados Dos olhos meus Enquanto os fados, Enquanto Deus O consentiam, Da triste Dido Da alma aceitai...
  • 11. Cinco sílabas: As armas ensaia, Penetra na vida, Pesada ou querida, Viver é lutar.
  • 12. Seis sílabas: Mais uma pobre mísera De respirar cansou! E temerária e sôfrega, À morte se arrojou!
  • 13. Verso de sete sílabas: Oh que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais!
  • 14. De oito sílabas: Acompanhai meu vão lamento auras ligeiras, que passais! Tu claro amor, doce instrumento, Casa com os meus, teus frouxos ais!
  • 15. De nove sílabas: Ouve o anúncio do horrendo fantasma. Ouves os sons do fiel maracá: manitôs já fugiram da taba! ó desgraça! ó ruína! ó Tupá!
  • 16. De dez sílabas: Querida, ao pé do leito derramado em que descansa dessa longa vida, aqui venho e virei, pobre querida, trazer-te o coração do companheiro.
  • 17. De onze sílabas: Sabei que não canto somente prazeres, sabei que não gemo somente de amores, sabei que nem sempre vagueio nos bosques, sabei que nem sempre me adorno de flores.
  • 18. De doze sílabas: Guardai vosso ouro todo;esta casa que habito nunca será vendida, antes seja eu maldito!
  • 19. De quatorze sílabas: Quando as estrelas surgem na tarde, surge a esperança... toda alma triste no seu desgosto sonha um Messias: Quem sabe? o acaso, na sorte esquiva, traz a mudança E enche de mundos as existências que eram vazias!
  • 20. Figuras de Linguagem: Anástrofe: consiste na inversão da ordem direta da frase. Exemplo: Sabe mortos enterrar? (J.C Melo Neto) (ordem direta: Sabe enterrar mortos?) Antítese: colocar lado a lado idéias opostas. Exemplo: “Abaixo - viu a terra-abismo de treva! Acima - o firmamento - abismo de luz!” (Castro Alves)
  • 21. Eufemismo: É a suavização de idéias desagradáveis, cruéis, imorais, obscenas ou ofensivas. Exemplo: Ele entregou a alma a Deus. (em lugar de: Ele morreu).
  • 22. hipérbole Consiste no exagero proposital das coisas, atribuindo-lhes proporções ou intensidade fora do normal, quer no sentido positivo, quer no negativo. Exemplo: Chorarei pelo resto da vida. (ninguém chora tanto tempo)
  • 23. metáfora Atribuir a uma pessoa ou coisa uma qualidade que não lhe cabe logicamente, mas baseia-se na semelhança de características. Exemplo: “Meu cartão de crédito é uma navalha” (Cazuza) Exemplo: Ele é um leão (Ele é muito bravo).
  • 24. Onomatopéia É a figura pela qual se procura representar sons através de sinais gráficos Exemplo: “ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!” (Fernando Pessoa).
  • 25. prosopopéia Consiste em atribuir vida ou qualdade humanas a seres inanimados, irracionais, mortos, ou abstratos. Exemplo: “O mato, já zarolho, enrolando as folhas”. (Raquel de Queiróz)
  • 26. Aliteração É a repetição de fonemas idênticos ou semelhantes no inicio de palavras de um verso ou de uma frase. Exemplo: “vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” (Cruz e Sousa)
  • 27. PROFISSÃO DE FÉ (...) Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro. (...) Torce, aprimora, alteia, lima a frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito. (...). ( Olavo Bilac. Poesias) Poesias)
  • 28. Parnasianismo O parnasianismo é a expressão do realismo no plano da poesia, com uma produção objetiva, direta,que nomeia os objetos e seres sem exageros sentimentais. Assim, muitas das características realistas são aplicadas ao parnasianismo. Os fundadores deste movimento foram: Charles Baudelaire e Theóphile Gautier, poetas franceses. Havia a grande preocupação com a forma (do poema), construindo versos com ritmo, vocabulário raro e elementos sensoriais. Sem dúvida, a arte pela arte. Uma obra de arte. Principais Autores : • Olavo Bilac; • Alberto de Oliveira; • Raimundo Correia; • Francisca Júlia.
  • 29. Atividade Agora, construa um poema seu, lembrando –se de incrementá-lo com figuras de linguagens. Eliane Hirt