Este documento discute o conhecimento explícito da língua (CEL) como uma competência transversal importante nos 3o, 7o, 8o e 9o anos. Ele fornece definições de CEL, destaca sua importância e discute como ele pode ser integrado às atividades de compreensão oral, expressão oral, leitura e escrita. Também lista resultados esperados e fornece diretrizes para seu ensino anualizado.
2. FPP: A escrita - Filomena Morais e Gabriela Rodrigues LEITURA Compreensão do oral Expressão Oral ESCRITA Conhecimento Explícito da Língua Prática integrada das várias competências
7. “Entende-se por conhecimento explícito da língua a reflectida capacidade para sistematizar unidades, regras e processos gramaticais do idioma, levando à identificação e à correcção do erro;” (PPEB, pág. 16)
8. C.E.L. “ Há que focar a exigência do chamado conhecimento explícito da língua” (PPEB pág.19)
9. 3.1.6 O trabalho em torno do conhecimento explícito da língua decorre da experiência e do saber dos alunos relativamente ao uso da linguagem, dentro e fora da escola, com recurso a uma variedade de textos falados, escritos, icónicos e dos media. Nesta perspectiva, o reforço do estudo sistematizado sobre a língua concretiza-se quer no âmbito das actividades de comunicação oral, de leitura e de escrita, quer em práticas oficinais específicas concebidas de modo a que o reinvestimento de conhecimentos permita um aperfeiçoamento dos desempenhos nos modos oral e escrito. Assim, neste ciclo são consolidadas e sistematizadas aprendizagens que assegurem o domínio da comunicação oral e escrita em situações formais e informais. O recurso a categorias de carácter metalinguístico, metatextual e metadiscursivo permite descrever e explicar o uso do português no modo oral e no modo escrito. Ampliam-se e consolidam-se aprendizagens que proporcionam desempenhos mais proficientes em cada um desses modos, indispensáveis ao sucesso escolar dos alunos. (PPEB pág.114)
10. CEL – 3º cicloResultados esperados • Reflectir sobre o funcionamento da língua para, a partir da realização de actividades de carácter oficinal, analisar e questionar os sentidos dos textos. • Explicitar, usando a terminologia apropriada, aspectos fundamentais da estrutura e do uso do português padrão nos diferentes planos do conhecimento explícito da língua. • Mobilizar o conhecimento reflexivo e sistematizado para resolver problemas decorrentes da utilização da linguagem oral e escrita e para aperfeiçoar os desempenhos pessoais. • Analisar marcas específicas da linguagem oral e da linguagem escrita, distinguindo diferentes variedades e registos da língua e adequando-os aos contextos de comunicação. • Respeitar e valorizar as diferentes variedades do português, usando o português padrão como a norma.
11. CEL 3º ciclo O desenvolvimento da consciência (trans)linguística será feito no sentido de fazer evoluir o conhecimento implícito da língua para um estádio de conhecimento explícito. Trata-se de desenvolver um conhecimento reflexivo, objectivo e sistematizado da estrutura e do uso do português padrão.
20. CEL : algumas indicações 3.5.1.4 Em relação ao conhecimento explícito da língua, deve privilegiar-se, no 7.º ano, o trabalho de sistematização, tal como é indicado nos descritores de desempenho dos vários planos, na medida em que esse trabalho se reporta a um estudo já iniciado anteriormente e que deve ser consolidado no início deste ciclo. Esta orientação não obsta a que, sendo esta uma competência transversal, esses aspectos devam continuar a ser trabalhados ao longo do ciclo, sobretudo em contexto (p. ex., naresolução de problemas de uso e na melhoria dos desempenhos nas restantes competências) e implicados em processos mais complexos; nesse sentido, chama-se a atenção para as sugestões apresentadas nas notas. No 8.º ano deverá aprofundar-se o estudo dos aspectos referentes às classes de palavras e aos processos sintácticos de articulação associados à frase complexa e alargar-se o estudo dos elementos situados no plano lexical e semântico e no plano discursivo e textual. No 9.º ano, para além do aprofundamento dos conteúdos trabalhados ao longo dos anos anteriores e consequente complexificação de tarefas associadas, deverão abordar-se, de forma sistematizada, os conteúdos relacionados com a variação histórica do português. (PPEB pág.144)
22. Outro excerto importante do PPEB: 3.5.2.5 O trabalho que visa o conhecimento explícito da língua implica uma atenção especial à compreensão dos mecanismos da língua. Este ciclo envolve duas vertentes essenciais: o conhecimento sobre os factos da língua associado ao domínio da terminologia que os designa e a sua mobilização em situações de uso, ou seja, o investimento na melhoria das restantes competências. Pretende-se, deste modo, assegurar que o aluno, sendo possuidor de um conhecimento intuitivo e implícito da língua, sedimentado no treino e no confronto com novos padrões, vá progressivamente, mediante uma reflexão sistemática, aprofundando a consciência desse saber, moldada por categorias e por termos que lhe permitam explicitá-lo e sistematizá-lo, no plano gramatical e no plano textual. Importa frisar que esse trabalho de explicitação não deve ser associado a um ensino baseado em definições. O processo de reflexão sobre aspectos do sistema linguístico e do seu funcionamento deve ser desenvolvido em moldes que forneçam ao aluno os meios para regular e aperfeiçoar os seus desempenhos, possibilitando a exploração das interacções e dos efeitos que o saber adquirido projecta nas restantes competências e na construção global de uma consciência (meta)linguística. A sua consolidação supõe a realização de um trabalho articulado com os restantes domínios (oralidade, leitura e escrita), no âmbito do qual se possibilita a reflexão sobre os usos da língua. Passa igualmente pela necessidade de o trabalhar, de forma oportuna e criteriosa, como um domínio de estudo autónomo, apoiando os alunos na organização e na descrição sistemáticas do seu conhecimento da língua e dos textos. (pág. 150)
23. CEL Todo este trabalho tem de ser promovido e atentamente apoiado e regulado pelo professor. Pelas experiências que proporciona, ele constitui a base onde a informação nova e as categorias formais se enraízam, sobretudo se vierem responder a dúvidas, a questões e a problemas em aberto. Para que os alunos atinjam os desempenhos descritos na competência, é necessário criar oportunidades de aprendizagem variadas, nomeadamente: i) Realização de actividades de carácter oficinal para analisar e manipular diferentes aspectos da língua, nos vários planos descritos. Estas actividades contemplam múltiplas operações: fazer inferências, deduzir conclusões , estabelecer relações, abstrair princípios e generalizações; ii) Explicitação de saberes a partir de actividades de uso instrumental (conhecimento implícito) e de reflexão sobre a língua e os textos; iii) Sistematização de noções e conceitos adquiridos, com recurso a terminologia própria (gramatical, textual, retórica); iv) Mobilização das categorias de conhecimento explícito (elementos, classes, relações, operações, estruturas linguísticas e textuais) para resolver problemas de uso, para aperfeiçoar desempenhos, para explicitar padrões e critérios de actuação; v) Participação na construção de utensílios (quadros-síntese, mapas conceptuais) para sistematizar e registar a informação de modo estruturado, metódico e progressivo, nomeadamente com recurso a ferramentas tecnológicas.
24.
25. http://area.dgidc.min-edu.pt/GramaTICa/(biblioteca) Brochuras do PNEP»O Ensino da Leitura: A Compreensão de Textos»O Ensino da Escrita: A Dimensão Textual»O Conhecimento da Língua: Desenvolver a Consciência Fonológica»O ensino da Língua: Desenvolver a Consciência Linguística