Este documento discute auditorias clínicas e fornece diretrizes para a realização de exames de osteodensitometria. Ele define auditoria clínica, explica os benefícios da auditoria e fornece normas para a prescrição apropriada de exames de densitometria óssea.
1. Auditorias Clínicas
“Do Auditor ao Auditado”
Rubina Correia
Médica de Família – USF Ria Formosa
Vice-presidente da APMGF
Auditora pela Ordem dos Médicos e Departamento da Qualidade em Saúde da DGS
3. Definição: Auditoria Clínica
Tentativa de melhorar a qualidade dos cuidados
de saúde prestados, avaliando o desempenho
dos prestadores desses cuidados, comparando
o desempenho com padrões desejados e
preestabelecidos, e melhorando assim esse
desempenho.
http://www.uhbristol.nhs.uk/files/nhs-ubht/best_practice_clinical_audit.pdf
4. AUDITORIA CLÍNICA
Permite aos profissionais:
Medir o seu desempenho
Reconhecer a boa prática
Se necessário, introduzir melhorias
5. Onde a prática clínica é revista de forma
sistemática e organizada, ressaltam dados
inesperados e melhorias são alcançadas.
“Não sabemos o que fazemos
até começarmos a observar”
6. PORQUÊ AUDITAR ?
• Para se auto-avaliar
• Para monitorizar requisitos (exigências)
• Para garantir o cumprimento de uma Boa Prática
• Para prevenir ocorrências ou falhas
• Para reduzir custos de não-qualidade
• Para melhorar continuamente
8. NORMA NP ISO 19011
Princípios de auditoria
Gestão de programas de auditorias
Condução de auditorias
Competências dos auditores
9. Auditoria Clínica Governação Clínica
Constitui um dos componentes da Garantia da Qualidade
que por seu turno, se constitui como um componente
essencial do processo de Gestão.
A Auditoria deve passar a ser entendida e como tal
integrada como componente essencial da prática clínica,
desenvolvendo-se continuadamente num serviço
prestador de cuidados de saúde que quer manter-se
actualizado
10. Auditar NÃO É Inspeccionar
• Procura a conformidade
• Detecta falhas num processo
• Tem um sentido pedagógico
11. NÃO CONFORMIDADE
Não satisfação de um requisito especificado
A definição abrange o desvio ou a ausência,
relativamente aos requisitos especificados, de
uma ou mais características da qualidade ou de
elementos de uma Norma ou do Sistema da
Qualidade
14. “ Não basta fazer bem … é preciso registar bem”
15.
16.
17. Técnica de diagnóstico
DEXA ‐ (Osteodensitometria)
Locais:
• ao nível do fémur proximal e da coluna lombar e devem ser
tidos em conta os valores absolutos da DMO e o índice T do
colo do fémur, da anca total e da coluna lombar.
• Medição no rádio distal reservada para os casos em que a
avaliação nas regiões anatómicas anteriores não é possível ou
fiável.
18. Regras - I
2.1. > 65 anos a Osteodensitometria do fémur
proximal é a que oferece maiores garantias de
precisão.
2.2. DEXA não é um método de rastreio universal
para utilizar em todas as mulheres após a
menopausa.
2.3. A perimenopausa ou a menopausa não são, só
por si, indicações para a realização de DEXA.
19. Regras - II
2.4. Mulheres pré-menopausicas e homens < 50
anos, saudáveis, não devem ser submetidos a
Osteodensitometria.
2.5. >65 anos, c DEXA normal, não é necessária
a sua repetição.
2.6. Mulheres peri-menopáusicas, com primeira
DEXA normal devem repetir o exame só depois
dos 65 anos.
20. Regras - III
2.7. Doentes osteoporóticos sob terapêutica, a
repetição de DEXA não antes de 18 a 24 meses de
tratamento.
2.8. Se primeira Osteodensitometria com osteopenia,
repetir só depois de 5 anos.
21. 3. Aspetos Operacionais
3.1. Excepções a esta Norma são
obrigatoriamente justificadas e
fundamentadas pelo prescritor no
processo clínico do doente.
22.
23. Aspetos Operacionais
3.2. A Osteodensitometria configura um
único exame de diagnóstico
“Osteodensitometria da Coluna Lombar e
do Colo Femural”, devendo ser prescrito
através do código 1503.7 da tabela de
MCDT do sector convencionado ou do
código 10955 da tabela de preços do SNS.
24. Aspetos Operacionais
3.3. Em alternativa ao exame anterior, e no
caso excepcional, pode ser requerido a
“Osteodensitometria do punho”, código
1502.9 da tabela de MCDT do sector
convencionado ou do código 10935 da
tabela de preços do SNS.
25. Critérios
Indicações para a realização de Osteodensitometria
a) mulheres com idade superior a 65 anos e homens com idade
superior a 70 anos;
b) mulheres pós-menopáusicas < 65 anos e homens com idade
superior a 50 anos se apresentarem 1 factor de risco major ou
2 minor;
c) mulheres premenopáusicas e homens < 50 anos apenas se
causas conhecidas de OP secundária ou factores de risco
major.
26. 8. Factores de risco major para OP:
a) idade superior a 65 anos;
b) fractura vertebral prévia;
c) fractura de fragilidade depois dos 40 anos;
d) história de fractura da anca num dos progenitores;
e) terapêutica corticóide sistémica com mais de 3 meses
de duração;
f) menopausa precoce (<40 anos);
g) hipogonadismo;
h) hiperparatiroidismo primário;
i) propensão aumentada para quedas.
27. 9. Factores de risco minor para OP
a) artrite reumatóide;
b) história de hipertiroidismo clínico;
c) terapêutica crónica com anti‐epilépticos;
d) baixo aporte de cálcio na dieta e consumo de cafeína (>3
chávenas por dia);
e) tabagismo actual;
f) consumo de bebidas alcoólicas (>de 3 un.álcool/dia);
g) índice de massa corporal menor do que 19 kg/m2;
h) perda de peso superior a 10% relativa ao peso aos 25 anos;
i) terapêutica crónica com heparina;
j) imobilização prolongada.
28.
29. AVALIAÇÃO
% de exames de osteode. prescritos a utilizadores
com recomendação (idade)
% de exames de DEXA prescritos a utilizadores
com osteoporose
Ratio de exames de osteodensitometria prescritos
por utilizador (pop. ajustada)
30. AVALIAÇÃO
Ratio de exames de osteod. prescritos por
utilizador feminino (população ajustada)
Ratio de exames de osteodensitometria
facturados por residente (população ajustada)
Custo médio com exames de osteode.
facturados por utilizador (população ajustada
31.
32.
33.
34. Prática:
• Exame pedido e porquê – registar códigos
ICPC na Avaliação
• Registar os Factores de risco…
• Registar o Frax; ou os valores de T para início
de tx
35. Prática:
• Tipo de exame pedido: colo femur e anca –
código certo e não em separado
• Respeitar os Tempos de repetição e o porquê
de repetir o exame
• Se segunda via… escrever no processo clinico