SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 8
Montesquieu
PROF. ROGÉRIO TERRA DE OLIVEIRA
Charles-Louis de Secondat, barão
de La Brède e de Montesquieu,




De origem aristocrática nasceu em 1689 e morreu em 1755. Não
presenciou todos os desdobramentos da Revolução Francesa mas
viveu toda a efervescência daquele período. Percebeu que os
fundamentos para uma monarquia absolutista se esvaiam ao passo
que a burguesia e o povo de um modo geral pressionavam cada vez
mais por mudanças significativas na sociedade Francesa.
De fato a França estava passando por problemas econômicos graves,
disputando mercados com a Inglaterra no plano internacional e
enfrentando escassez de alimentos e carestia no plano interno. Esse
cenário conturbado, permeado de instabilidades e de incertezas
despertou nele a necessidade de pensar as formas de governo
existentes e desenvolver uma engenharia política capaz de
fundamentar as bases de um governo estável e seguro.
O Espirito das Leis


Seu pensamento político mais sofisticado está apresentado no seu livro,
Espirito das Leis de 1748, nele procura estudar a política de maneira
inovadora a partir das leis e instituições que lhes constituem.



Rompe desse modo com uma tradição política de pensar a política numa
perspectiva de crônicas ou teológica. Do mesmo modo, define a lei como
“as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”



Foge, portanto, do debate com as diferentes ramificações do direito
natural e parte da perspectiva da lei como algo que deriva das relações
sociais e que podem ser observadas assim como as ciências naturais.



Nessa perspectiva cada instituição política será regida por leis que
derivam das relações políticas. Entretanto, seu objetivo é estudar as leis
positivas que são aquelas criadas pelos homens para reger as relações
entre os homens.
Governo e instituições políticas


Diferentemente dos contratualistas para Montesquieu a natureza do
Estado não era importante pois há uma variedade deles em todas as
regiões e com vários formatos. O importante é compreender como
eles funcionam e como eles conseguem manter o poder.



O funcionamento dos governos podem ser compreendidos a partir
de duas dimensões: a natureza e os seus princípios. Natureza referese a sua constituição enquanto monarquia, republica ou despotismo.



Os princípios que regem cada um deles respectivamente são: o
medo no despotismo (quase uma extensão do estado de natureza);
honra na monarquia (caráter essencialmente social); virtude na
republica (um principio propriamente político). Os governos seriam
tanto mais estáveis quanto fieis aos seus princípios.
Governabilidade
Os antigos e mesmo Montesquieu falavam em estabilidade o que
talvez traduziríamos hoje como condições de governabilidade.
Nesse contexto que tipo de governo tem maior condição de
produzir um governo moderado e estável.
 O despotismo que é um governo da paixão (voluntarista, a partir do
desejo do soberano) seria uma ameaça ao futuro uma vez que por
toda Europa suprimia com os direitos da nobreza na avaliação de
Montesquieu.
 A república que é o governo do povo e dos homens tem sua origem
no passado quando era exercido no âmbito das cidades o que se
tornaria inviável no contexto do Estado nacional.




Defendia a monarquia como um regime propício para o presente
por ser o governo das instituições. Monarquia constitucional.
Teoria da Separação dos Poderes


Para o autor em tela, a monarquia é a forma de governo que privilegia as
instituições (a história demonstrou que a República – o estado democrático de
direito – também “poderia” ser um governo deste tipo) e por isso é capaz de
garantir um governo moderado, principalmente se adotar a separação dos
poderes.



Sabia Montesquieu que os privilégios da nobreza estavam se extinguindo por toda a
Europa, então tratou de refletir novos modelos de organização do Estado em que
os nobres pudessem estar inseridos garantindo a moderação dos governos.



De fato o poder Estatal é único e indivisível, mas as funções do Estado poderiam ser
dividas para evitar a concentração do poder e consequentemente qualquer
possibilidade de abuso de poder.



As funções do Estado se dividem entre legislativo, executivo e judiciário e suas
funções típicas por óbvio são respectivamente, criar leis, governar e julgar os
processos.
Continuação






Os poderes a princípios seriam independentes e equipotentes
(teriam o mesmo poder apenas diferenciando nas suas
prerrogativas). Entretanto, Montesquieu percebe os detalhes desta
engenharia institucional.
Seguindo a analise de Althusser sobre a obra de Montesquieu
compartilhamos a sua percepção de que são três os poderes mas
somente dois deles são potencia geradoras de vontade política
(executivo e legislativo). Isto porque, o judiciário seria um mero
administrador da justiça, um servidor público. “a boca inanimada
da lei”. Apenas “diz o direito”. Em contrapartida teria um papel
fundamental na moderação e no equilíbrio entre os poderes uma
vez que não era afetado pelo voto. Ele apenas atua quando
provocado. Um poder reativo.
Além disso a relação entre os poderes geraria um sistema de pesos
e contrapesos (check in balance) no qual um poder controla e se
contrapõem a outro poder evitando o abuso de poder.
Judiciário Conservador e Elitista


O judiciário, enquanto guardião das leis, poderia mediar os possíveis conflitos entre o
executivo e o legislativo. Ele acredita que este poder poderia ser melhor exercido
pela nobreza. Na França daquela época eram os nobre os mais letrados e
capacitados para o exercício da magistratura e desse modo ele defendeu uma
posição de destaque seja qual fosse o caminho dos acontecimento da França
naquela época.



Vale ressaltar que os conflitos entre os poderes podem gerar avanço na medida em
que o consenso traga aperfeiçoamento para as práticas institucionais ou se
ampliarem até gerar uma crise e uma ruptura institucional quando um dos poderes
se alia, em regra, ao poder militar e reprime os outros poderes.



De fato, e olhando para o quadro brasileiro, os poderes são independentes mas as
pessoas que ocupam cargos neles possuem interesses e família o que deturpa o seu
funcionamento. No Brasil o executivo aglutina uma série de recursos políticos e
econômico que o permitem influenciar na produção das leis e nas decisões judiciais.
Esta última frase é polêmica, merecia ser melhor debatida, não é uma regra, mas
voltaremos a este tema em outra ocasião. Talvez, valha uma provocação na
Republica brasileira qual é o poder que tem maior poder de fato?

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

O ILUMINISMO
O ILUMINISMOO ILUMINISMO
O ILUMINISMO
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
O iluminismo(Resumo)
O iluminismo(Resumo)O iluminismo(Resumo)
O iluminismo(Resumo)
 
O Estado Moderno
O Estado ModernoO Estado Moderno
O Estado Moderno
 
Liberalismo económico powerpoint
Liberalismo económico powerpointLiberalismo económico powerpoint
Liberalismo económico powerpoint
 
Política de Maquiavel
Política de Maquiavel Política de Maquiavel
Política de Maquiavel
 
Socialismo utópico
Socialismo utópicoSocialismo utópico
Socialismo utópico
 
John locke
John lockeJohn locke
John locke
 
Barão de montesquieu
Barão de montesquieuBarão de montesquieu
Barão de montesquieu
 
Thommas Hobbes
Thommas HobbesThommas Hobbes
Thommas Hobbes
 
Aquino e Agostinho
Aquino e Agostinho Aquino e Agostinho
Aquino e Agostinho
 
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, MaquiavelFilosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
Filosofia política e filosofia da arte Thomas Hobbes, Maquiavel
 
Iluminismo
Iluminismo Iluminismo
Iluminismo
 
Liberalismo
LiberalismoLiberalismo
Liberalismo
 
Montesquieu
MontesquieuMontesquieu
Montesquieu
 
Maquiavel
MaquiavelMaquiavel
Maquiavel
 
O príncipe – Maquiavel (1513)
O príncipe – Maquiavel (1513)O príncipe – Maquiavel (1513)
O príncipe – Maquiavel (1513)
 
Filosofia Hegel
Filosofia HegelFilosofia Hegel
Filosofia Hegel
 
Iluminismo power point
Iluminismo power pointIluminismo power point
Iluminismo power point
 

Ähnlich wie Pensamento político de Montesquieu

Ähnlich wie Pensamento político de Montesquieu (20)

Montesquieu trabalho
Montesquieu   trabalhoMontesquieu   trabalho
Montesquieu trabalho
 
Separação dos poderes
Separação dos poderesSeparação dos poderes
Separação dos poderes
 
Sistema presidencialista
Sistema presidencialistaSistema presidencialista
Sistema presidencialista
 
Montesquieu
MontesquieuMontesquieu
Montesquieu
 
Montesquieu
Montesquieu  Montesquieu
Montesquieu
 
2SEM_SOCIOLOGIA_Regimes_Politicos(0).pdf
2SEM_SOCIOLOGIA_Regimes_Politicos(0).pdf2SEM_SOCIOLOGIA_Regimes_Politicos(0).pdf
2SEM_SOCIOLOGIA_Regimes_Politicos(0).pdf
 
Montesquieu - Divisão dos 3 poderes!!
Montesquieu - Divisão dos 3 poderes!!Montesquieu - Divisão dos 3 poderes!!
Montesquieu - Divisão dos 3 poderes!!
 
Aula 15 - Estado e Governo
Aula 15 - Estado e GovernoAula 15 - Estado e Governo
Aula 15 - Estado e Governo
 
SociologiaMaquiavel
SociologiaMaquiavelSociologiaMaquiavel
SociologiaMaquiavel
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 
08 montesquie - introdução -
08   montesquie - introdução -08   montesquie - introdução -
08 montesquie - introdução -
 
Separação dos poderes
Separação dos poderesSeparação dos poderes
Separação dos poderes
 
Filosofia política
Filosofia política Filosofia política
Filosofia política
 
sociologia
sociologiasociologia
sociologia
 
Filosofia política
Filosofia políticaFilosofia política
Filosofia política
 
Filosofia política
Filosofia políticaFilosofia política
Filosofia política
 
Concepções de Estado 02
Concepções  de Estado 02Concepções  de Estado 02
Concepções de Estado 02
 
Concepções do Estado....
Concepções do Estado.... Concepções do Estado....
Concepções do Estado....
 
Ciencia politica conceitos
Ciencia politica conceitosCiencia politica conceitos
Ciencia politica conceitos
 
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
VvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvVvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
Vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
 

Mehr von Rogerio Terra

Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Rogerio Terra
 
Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Rogerio Terra
 
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Rogerio Terra
 
Conhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoConhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoRogerio Terra
 
Conhecendo o cliente
Conhecendo o clienteConhecendo o cliente
Conhecendo o clienteRogerio Terra
 
Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Rogerio Terra
 
Desenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraDesenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraRogerio Terra
 
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Rogerio Terra
 
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoDivisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoRogerio Terra
 
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Rogerio Terra
 
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaCanvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaRogerio Terra
 
Empreendedorismo social
Empreendedorismo socialEmpreendedorismo social
Empreendedorismo socialRogerio Terra
 
Políticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialPolíticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialRogerio Terra
 
Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Rogerio Terra
 
Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Rogerio Terra
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaRogerio Terra
 
Exercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaExercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaRogerio Terra
 

Mehr von Rogerio Terra (20)

Validação e prototipagem
Validação e prototipagem Validação e prototipagem
Validação e prototipagem
 
Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018Emepreendedorismo etapa 2 2018
Emepreendedorismo etapa 2 2018
 
Pitch
Pitch Pitch
Pitch
 
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
Empreendedorismo Slide etapa 1 2018
 
Conhecendo o mercado
Conhecendo o mercadoConhecendo o mercado
Conhecendo o mercado
 
Conhecendo o cliente
Conhecendo o clienteConhecendo o cliente
Conhecendo o cliente
 
Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2Desenvolvimento de Carreira parte 2
Desenvolvimento de Carreira parte 2
 
Desenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de CarreiraDesenvolvimento de Carreira
Desenvolvimento de Carreira
 
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
Empreendedorismo UNISUAM A2 2017
 
Regras do Time
Regras do TimeRegras do Time
Regras do Time
 
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto ImpactoDivisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
Divisão de Cargos em Empresas de Alto Impacto
 
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
Lean canvas: velhos paradigmas, novas possibilidades.
 
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadaniaCanvas para planejamento e execução de ações de cidadania
Canvas para planejamento e execução de ações de cidadania
 
Canvas social
Canvas socialCanvas social
Canvas social
 
Empreendedorismo social
Empreendedorismo socialEmpreendedorismo social
Empreendedorismo social
 
Políticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço socialPolíticas públicas e o profissional do serviço social
Políticas públicas e o profissional do serviço social
 
Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5Cidadania exercicio aula 5
Cidadania exercicio aula 5
 
Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4Cidadania exercicio 4
Cidadania exercicio 4
 
Exercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadaniaExercício aula 2 cidadania
Exercício aula 2 cidadania
 
Exercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadaniaExercício aula 1 cidadania
Exercício aula 1 cidadania
 

Kürzlich hochgeladen

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 

Pensamento político de Montesquieu

  • 2. Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu,   De origem aristocrática nasceu em 1689 e morreu em 1755. Não presenciou todos os desdobramentos da Revolução Francesa mas viveu toda a efervescência daquele período. Percebeu que os fundamentos para uma monarquia absolutista se esvaiam ao passo que a burguesia e o povo de um modo geral pressionavam cada vez mais por mudanças significativas na sociedade Francesa. De fato a França estava passando por problemas econômicos graves, disputando mercados com a Inglaterra no plano internacional e enfrentando escassez de alimentos e carestia no plano interno. Esse cenário conturbado, permeado de instabilidades e de incertezas despertou nele a necessidade de pensar as formas de governo existentes e desenvolver uma engenharia política capaz de fundamentar as bases de um governo estável e seguro.
  • 3. O Espirito das Leis  Seu pensamento político mais sofisticado está apresentado no seu livro, Espirito das Leis de 1748, nele procura estudar a política de maneira inovadora a partir das leis e instituições que lhes constituem.  Rompe desse modo com uma tradição política de pensar a política numa perspectiva de crônicas ou teológica. Do mesmo modo, define a lei como “as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.”  Foge, portanto, do debate com as diferentes ramificações do direito natural e parte da perspectiva da lei como algo que deriva das relações sociais e que podem ser observadas assim como as ciências naturais.  Nessa perspectiva cada instituição política será regida por leis que derivam das relações políticas. Entretanto, seu objetivo é estudar as leis positivas que são aquelas criadas pelos homens para reger as relações entre os homens.
  • 4. Governo e instituições políticas  Diferentemente dos contratualistas para Montesquieu a natureza do Estado não era importante pois há uma variedade deles em todas as regiões e com vários formatos. O importante é compreender como eles funcionam e como eles conseguem manter o poder.  O funcionamento dos governos podem ser compreendidos a partir de duas dimensões: a natureza e os seus princípios. Natureza referese a sua constituição enquanto monarquia, republica ou despotismo.  Os princípios que regem cada um deles respectivamente são: o medo no despotismo (quase uma extensão do estado de natureza); honra na monarquia (caráter essencialmente social); virtude na republica (um principio propriamente político). Os governos seriam tanto mais estáveis quanto fieis aos seus princípios.
  • 5. Governabilidade Os antigos e mesmo Montesquieu falavam em estabilidade o que talvez traduziríamos hoje como condições de governabilidade. Nesse contexto que tipo de governo tem maior condição de produzir um governo moderado e estável.  O despotismo que é um governo da paixão (voluntarista, a partir do desejo do soberano) seria uma ameaça ao futuro uma vez que por toda Europa suprimia com os direitos da nobreza na avaliação de Montesquieu.  A república que é o governo do povo e dos homens tem sua origem no passado quando era exercido no âmbito das cidades o que se tornaria inviável no contexto do Estado nacional.   Defendia a monarquia como um regime propício para o presente por ser o governo das instituições. Monarquia constitucional.
  • 6. Teoria da Separação dos Poderes  Para o autor em tela, a monarquia é a forma de governo que privilegia as instituições (a história demonstrou que a República – o estado democrático de direito – também “poderia” ser um governo deste tipo) e por isso é capaz de garantir um governo moderado, principalmente se adotar a separação dos poderes.  Sabia Montesquieu que os privilégios da nobreza estavam se extinguindo por toda a Europa, então tratou de refletir novos modelos de organização do Estado em que os nobres pudessem estar inseridos garantindo a moderação dos governos.  De fato o poder Estatal é único e indivisível, mas as funções do Estado poderiam ser dividas para evitar a concentração do poder e consequentemente qualquer possibilidade de abuso de poder.  As funções do Estado se dividem entre legislativo, executivo e judiciário e suas funções típicas por óbvio são respectivamente, criar leis, governar e julgar os processos.
  • 7. Continuação    Os poderes a princípios seriam independentes e equipotentes (teriam o mesmo poder apenas diferenciando nas suas prerrogativas). Entretanto, Montesquieu percebe os detalhes desta engenharia institucional. Seguindo a analise de Althusser sobre a obra de Montesquieu compartilhamos a sua percepção de que são três os poderes mas somente dois deles são potencia geradoras de vontade política (executivo e legislativo). Isto porque, o judiciário seria um mero administrador da justiça, um servidor público. “a boca inanimada da lei”. Apenas “diz o direito”. Em contrapartida teria um papel fundamental na moderação e no equilíbrio entre os poderes uma vez que não era afetado pelo voto. Ele apenas atua quando provocado. Um poder reativo. Além disso a relação entre os poderes geraria um sistema de pesos e contrapesos (check in balance) no qual um poder controla e se contrapõem a outro poder evitando o abuso de poder.
  • 8. Judiciário Conservador e Elitista  O judiciário, enquanto guardião das leis, poderia mediar os possíveis conflitos entre o executivo e o legislativo. Ele acredita que este poder poderia ser melhor exercido pela nobreza. Na França daquela época eram os nobre os mais letrados e capacitados para o exercício da magistratura e desse modo ele defendeu uma posição de destaque seja qual fosse o caminho dos acontecimento da França naquela época.  Vale ressaltar que os conflitos entre os poderes podem gerar avanço na medida em que o consenso traga aperfeiçoamento para as práticas institucionais ou se ampliarem até gerar uma crise e uma ruptura institucional quando um dos poderes se alia, em regra, ao poder militar e reprime os outros poderes.  De fato, e olhando para o quadro brasileiro, os poderes são independentes mas as pessoas que ocupam cargos neles possuem interesses e família o que deturpa o seu funcionamento. No Brasil o executivo aglutina uma série de recursos políticos e econômico que o permitem influenciar na produção das leis e nas decisões judiciais. Esta última frase é polêmica, merecia ser melhor debatida, não é uma regra, mas voltaremos a este tema em outra ocasião. Talvez, valha uma provocação na Republica brasileira qual é o poder que tem maior poder de fato?