O documento descreve a trajetória da gestão pública em Minas Gerais desde 2003, com foco no sistema de entrega de resultados. Foi lançado em 2010 o projeto "Agenda de Melhorias" para compartilhar a experiência mineira com outros estados brasileiros. O sistema mineiro tem como componentes a definição de prioridades, monitoramento, gestão de desempenho e organização centralizada com colaboração das secretarias. O documento também destaca dez questões críticas para o desenvolvimento sustentável de Minas Gerais até 2030.
3. • Com o objetivo de continuar aprimorando o modelo de gestão
de Minas Gerais, foi lançado, em 2010, o projeto Agenda de
Melhorias – caminhos para inovar na gestão pública.
• A criação desse projeto foi orientada por duas questões:
Como continuar a agenda de inovação na gestão pública, que
se iniciou em Minas Gerai em 2003?
Como compartilhar a experiência de Minas Gerais com outras
unidades federativas do Brasil?
• Agenda de Melhorias e se propõe a compartilhar com outros
governos o aprendizado que se obteve com a experiência de
Minas Gerais e seu novo modelo de gestão pública.
5. Resultados do modelo de gestão de Minas Gerais
• Equilíbrio fiscal, ajuste das contas públicas, modernização da
gestão publica.
• A atuação mais eficaz do Estado trouxe resultados concretos
para os cidadãos mineiros, melhorando a qualidade de vida
das pessoas. Essa melhoria pode ser observada, a partir de
indicadores objetivos nas áreas prioritárias de educação,
saúde, segurança pública, desenvolvimento econômico e no
nível de pobreza da população.
• Em 2008, o Estado foi considerado “padrão de excelência” por
mais de 80% dos secretários estaduais que responderam à
pesquisa do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da
Administração (CONSAD).
6. Desenvolvimento do sistema de entrega de resultados
de Minas Gerais: Choque de Gestão (2003 – 2006)
• Choque de Gestão: A fim de reverter o quadro de déficit fiscal,
existente desde 1996, e melhorar a provisão de serviços
públicos, o governo de Aécio Neves, colocou em prática um
modelo de gestão voltado à obtenção de resultados com base
na eficiência, qualidade e produtividade.
• Um dos pilares do Choque de Gestão foi o revigoramento da
função de planejamento no Estado.
• Outra importante iniciativa do Choque de Gestão foi a
instituição, ainda em 2003, do Acordo de Resultados.
7. Desenvolvimento do sistema de entrega de resultados
de Minas Gerais: Choque de Gestão (2003 – 2006)
• A política do Choque de Gestão, adotada no período de 2003-
2006, surtiu resultados: o Estado de Minas Gerais logrou
alcançar o equilíbrio fiscal, garantindo a efetividade do
orçamento como instrumento de gestão; houve uma
modernização da gestão pública estadual. Nesse cenário, e
com a reeleição do Governador Aécio Neves para mais um
mandato, era possível o sistema dar o próximo passo. O
grande desafio era, então, ir além da ideia de
responsabilidade fiscal e incluir uma dimensão de
responsabilidade social e de gestão, ou seja, o
comprometimento com os resultados de desenvolvimento e a
respectiva prestação de contas à sociedade.
8. Evolução do sistema de entrega de resultados de
Minas Gerais: Estado para Resultados (2007-2012)
• 2ª geração do Choque de Gestão - Estado para Resultados A partir
de 2007, a agenda de prioridades do governo passou a incorporar,
além do equilíbrio fiscal, resultados concretos de melhoria na
qualidade de vida da população e economia do Estado.
• Revisão do PMDI. Em 2007-2023 o PMDI trouxe, como principal
inovação, o foco em 13 Áreas de Resultados. Também apontou uma
carteira de 106 indicadores finalísticos, definidos por um grupo de
especialistas dos setores público e privado, comunidade acadêmica,
entre outros. Esses indicadores deveriam ter metas estabelecidas
para o período de 2011 a 2023.
• O PMDI 2007-2023 definiu um Mapa Estratégico para o governo de
Minas Gerais. (Figura 1)
9.
10. Evolução do sistema de entrega de resultados de
Minas Gerais: Estado para Resultados
• A fim de fomentar a gestão estratégica no governo, foi criado,
em janeiro de 2007, o programa Estado para Resultados
(EpR), concebido com a dupla função de ser um escritório de
apoio à gestão estratégica e responsável pela montagem do
sistema de monitoramento e avaliação do Governo mineiro.
• O Acordo de Resultados também foi revisto no ano de 2007.
Seu novo desenho buscou:
1. Conferir maior alinhamento entre a estratégia de governo e a
pactuação das metas.
2. Trazer a avaliação de resultados para mais perto do servidor,
garantindo a percepção do vínculo entre o seu desempenho, os
resultados alcançados e a premiação.
12. Componentes do sistema de entrega de resultados
Funcionamento dos componentes de um sistema de entrega de
resultados (figura 2)
13. Componentes do sistema de entrega de resultados
• Definição de prioridades
• Elaboração da estratégia e dos Programas Estruturadores
• Programas Estruturadores
• PMDI, as Áreas de Resultados e o PPAG
Resultados esperados:
Alinhamento do Governo
Garantia de recursos para os projetos prioritários
Evolução positiva dos objetivos estratégicos e indicadores
finalísticos
• Indicadores finalísticos
14. Componentes do sistema de entrega de resultados
Figura 3 : Procedimentos anuais da atividade de monitoramento de indicadores
finalísticos
15. Componentes do sistema de entrega de resultados
• Monitoramento e apoio à execução
Escritório central de projetos
Escritórios setoriais de monitoramento e apoio à execução
Unidade de entrega
Agenda setorial
Racionalização do gasto
Avaliação executiva de projetos
• Gestão de desempenho
Acordo de Resultados
16. Componentes do sistema de entrega de resultados
Figura 4: Processo sugerido para o acordo de resultados
17. Componentes do sistema de entrega de resultados
• Metas -desafio
• Pessoas
Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental
(EPPGG)
Empreendedor Público (EP)
Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG)
• Governança
Fóruns de interação entre os membros do Executivo
19. Organização do sistema de entrega de resultados
• São três os princípios gerais de organização de um sistema
eficaz de entrega de resultados:
Controle central
Colaboração
Fortalecimento da ponta
20. Atribuições da área de gestão estratégica central
• Acompanhar a implementação do planejamento;
• Monitorar e gerir a carteira de programas estruturadores do
governo;
• Gerir as metodologias de gestão de projetos e indicadores;
• Coordenar e executar o acordo de resultados das secretarias;
• Incubar projetos, inclusive em inovação social e
• Apoiar a implementação e padronização dos escritórios
setoriais nas unidades.
21. Opções para a estrutura organizacional da área de gestão
estratégica central
Figura 5: Estrutura da área de gestão estratégica central
22. Integração entre a área de gestão estratégica central, os
escritórios setoriais e a unidade de entrega
É preciso que haja uma clara definição de papéis e
responsabilidades entre essas estruturas, bem como formas
pré-definidas de interação. As interações entre a área de
gestão estratégica central e os escritórios setoriais devem
ocorrer de maneira constante e sistemática. E devem ser
discutidos os seguintes itens:
Progresso dos programas estruturadores, com foco em seus
grandes marcos e potenciais problemas/desafios que
necessitem de apoio das estruturas centrais;
Liberação de recursos para esses programas;
Progresso em relação aos objetivos estratégicos da área;
Acompanhamento dos itens pactuados nos acordos de
resultados.
24. Questões críticas para o desenvolvimento
• Minas Gerais fez uma opção nos últimos anos pelo
compromisso com o desenvolvimento adotando como
premissas o ajuste fiscal e a gestão pública eficiente. Enfatizou
o planejamento, a visão estratégica e a seletividade para
promover mudanças na sociedade e no governo. Os ganhos
são evidentes. Além da gestão pública mais eficiente e do
equilíbrio fiscal, a análise da situação recente do Estado
aponta para avanços substanciais em termos de bem-estar da
população.
• Imprimir um ritmo de desenvolvimento sustentável no médio
e longo prazo requer entretanto, o enfrentamento de uma
série de desafios, obra de vários (e para além dos) governos.
Mais do que isso, é preciso maior solidez das transformações
em marcha para assegurar o futuro da sociedade.
25. Questões críticas para o desenvolvimento
Núcleo da Estratégia de Desenvolvimento – Agenda de
Melhorias
Oferece aos novos governantes, um conjunto de sugestões
visando à superação dos desafios para consolidar uma trajetória
de desenvolvimento sustentável nos próximos 20 anos.
Orientada pelo objetivo final de consolidar um padrão de
desenvolvimento com qualidade de vida, prosperidade e
sustentabilidade, a estratégia para os próximos 20 anos focaliza
dez questões críticas para o desenvolvimento (Figura 6).
26.
27. Visão de futuro em 2030
• A essência da visão é que, até 2030, se consolide um padrão
de desenvolvimento caracterizado por três atributos:
qualidade de vida, prosperidade e sustentabilidade. O
desenvolvimento se dará em um ambiente marcado por
melhoria da qualidade de vida, prosperidade econômica,
preservação do meio ambiente e aperfeiçoamento das
instituições.
28. Questões críticas para o desenvolvimento
• A essência da visão é que, até 2030, se consolide um padrão
de desenvolvimento caracterizado por três atributos:
qualidade de vida, prosperidade e sustentabilidade. O
desenvolvimento se dará em um ambiente marcado por
melhoria da qualidade de vida, prosperidade econômica,
preservação do meio ambiente e aperfeiçoamento das
instituições.
29. Questões críticas para o desenvolvimento
Novo patamar na qualidade da educação
• Romper o ciclo da pobreza e diminuir a desigualdade social;
• Aumentar a produtividade do trabalho;
• Fortalecer a cidadania;
• Ampliar a proficiência em todos os níveis educacionais.
Jovens: qualificação, autoestima e protagonismo social
•Ampliar o empreendedorismo e a empregabilidade dos jovens;
•Aumentar a autoestima dos jovens e seu protagonismo na construção do
futuro;
•Atrair, desenvolver e reter jovens qualificados com vistas ao fortalecimento do
capital humano em Minas Gerais;
•Melhorar os índices educacionais dos jovens.
30. Questões críticas para o desenvolvimento
Segurança Pública: fator de qualidade de vida e do ambiente de negócios
•Reduzir todas as formas de criminalidade, em particular os crimes violentos, em
especial os homicídios;
•Pacificar as áreas de risco e de alta vulnerabilidade social;
•Proporcionar clara percepção de segurança pelos cidadãos e empresas.
Saúde para garantir acesso da população a serviços de qualidade
•Aumentar a expectativa de vida da população de Minas Gerais;
•Reduzir a mortalidade infantil;
•Melhorar os indicadores de morbimortalidade entre a população juvenil;
•Garantir o acesso equitativo da população aos serviços de saúde, no tempo
certo e no local certo.
31. Questões críticas para o desenvolvimento
Produção competitiva em um novo ambiente econômico
•Ampliar o crescimento econômico e a geração de trabalho e renda;
•Aumentar a produtividade e a competitividade da economia;
•Diversificar a economia em sinergia com os setores dominantes e nos quais
Minas Gerais é globalmente competitiva e pela expansão de negócios
relacionados à sustentabilidade ambiental, economia do conhecimento e do
baixo carbono, serviços avançados e acervo cultural do Estado;
•Promover um crescimento regionalmente mais equilibrado, com maior
inserção da Grande Norte (Regiões do Vale do Jequitinhonha, Mucuri, Rio Doce
e Norte de Minas) na dinâmica econômica do Estado.
32. Questões críticas para o desenvolvimento
Saúde para garantir acesso da população a serviços de qualidade
•Aumentar a expectativa de vida da população de Minas Gerais;
•Reduzir a mortalidade infantil;
•Melhorar os indicadores de morbimortalidade entre a população juvenil;
•Garantir o acesso equitativo da população aos serviços de saúde, no tempo
certo e no local certo.
33. Questões críticas para o desenvolvimento
Produção competitiva em um novo ambiente econômico
•Ampliar o crescimento econômico e a geração de trabalho e renda;
•Aumentar a produtividade e a competitividade da economia;
•Diversificar a economia em sinergia com os setores dominantes e nos quais
Minas Gerais é globalmente competitiva e pela expansão de negócios
relacionados à sustentabilidade ambiental, economia do conhecimento e do
baixo carbono, serviços avançados e acervo cultural do Estado;
•Promover um crescimento regionalmente mais equilibrado, com maior
inserção da Grande Norte (Regiões do Vale do Jequitinhonha, Mucuri, Rio Doce
e Norte de Minas) na dinâmica econômica do Estado.
34. Questões críticas para o desenvolvimento
Gestão pública profissional, inovadora e aberta à sociedade
•Expandir a oferta de serviços públicos de qualidade;
•Aumentar a efetividade e a perenidade das políticas públicas;
•Ampliar a capacidade de inovação e transparência do Governo para alcançar
mais e melhores resultados para a sociedade;
•Melhorar a qualidade do gasto.
Cooperação entre entes federados para uma ação pública mais eficaz
•Ampliar a oferta de serviços públicos de qualidade;
•Melhorar a gestão municipal; e
•Melhorar qualidade do gasto público, em decorrência de uma maior articulação
entre os entes federados.
35. Questões críticas para o desenvolvimento
Engajamento do cidadão e da sociedade no processo de desenvolvimento
•Assegurar qualidade e perenidade das políticas públicas;
•Elevar o capital social para viabilizar ações públicas e privadas em prol do
desenvolvimento;
•Incentivar uma mentalidade mais empreendedora nas novas gerações
mineiras;
•Fortalecer princípios e valores de cidadania.
37. Caminhos para inovar na gestão pública
• No Projeto Agenda de Melhorias, o conceito de inovação foi
utilizado em seu sentido mais amplo: procurou-se criar e
ousar quando necessário, mas também aprofundar e
consolidar as boas iniciativas que já existiam.
• Melhorar a eficácia da ação pública governamental para
gerar mais resultados na prestação de serviços públicos para
a sociedade.
• Apresenta inovações ao apontar os dois grandes nortes da
gestão pública de qualidade: estratégia e gestão.
• O caminho para inovar na gestão pública, de forma a gerar
valor incontestável para a sociedade, articula a estratégia de
médio e longo prazo ao sistema de entrega de resultados para
consolidar um padrão de desenvolvimento para o Estado de
Minas Gerais com elevados níveis de qualidade de vida,
prosperidade e sustentabilidade.