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DANÇAS FOLCLÓRICAS NA
       DANÇA/EDUCAÇÃO
Prof. Esp. Rosely Modesto Silva
roselyymodesto@hotmail.com
INTRODUÇÃO
 Num passado remoto, o homem primitivo, ao ensinar suas
  crianças e introduzir o jovem ao esforço humanitário,
  instituiu convenções das várias formas de ordens política
  e econômica na sociedade humana, sendo que estas
  características originadas das percepções do esforço
  traduziram-se em formas de comunicação e expressão e
  dentre estas formas surgiram as danças religiosas e
  nacionais (folclóricas);
 A Dança Folclórica nada mais é do que o efeito das
  consequências dos impulsos gerados por esforços
  definidos e causados pelos aspectos funcionais do sentir,
  pensar e agir de uma comunidade;
 Com as mudanças culturais sofridas pelas comunidades a
  dança vai também acompanhando o processo evolutivo
  adaptando-se, às vezes, espontaneamente como uma
  aquisição do próprio homem, outras vezes quase que
  impostas por culturas dominadoras.
 Dessa forma, a dança modifica-se muitas vezes
  tornando algo totalmente importado, desvinculada
  das raízes do homem que a está praticando;
 A miscigenação, no Brasil, é um forte fator para a
  profusão dos ritmos e danças em decorrência das
  características étnicas o que geram uma diversidade
  dentre os aspectos e características diversas;
 Desde os primeiros contatos dos europeus com
  indígenas brasileiros, o processo de aculturação e
  transculturação se iniciou;
 Dos valores culturais o que teve maior significação
  para o colonizador foi a língua. Além disso
  persistiram práticas mágicas, produtos culinários,
  implementos de caça e pesca, meios de transporte,
  flora medicinal e os aspectos ritualísticos onde a
  dança era parte importante.
 A dança era primordialmente funcional. O índio ama seus
    rituais. Sua vida gira em torno deles. São as marcas do
    tempo;
   Com o passar do tempo, o europeu passa a comercializar
    a mão-de-obra escrava e o africano, juntamente com o
    europeu, combinará o processo transcultural que marcou
    profundamente o folclore brasileiro;
   Tanto os indígenas quanto os africanos perdem contínua e
    irreversivelmente os seus valores originais, através da
    troca e aceitação de novos padrões na vida social e na
    cultural;
   Quanto aos negros que para cá vieram eram de diversas
    culturas diferentes, pois segundo Arthur Ramos, os três
    principais grupos seguem a seguinte distribuição:
    culturas     sudanesas,     culturas    sudanesas-negro-
    maometanas e culturas bantos;
   Os portugueses também trouxeram suas danças, muitas
    já    influenciadas    por   outros   povos    europeus,
    principalmente o espanhol e os árabes.
 A modinha e lundu surgiram na metade do séc. XVIII. O
  maxixe surge por volta de 1870. O que se dançava nos
  salões da camada rica da sociedade do Rio de Janeiro,
  Salvador e São Paulo, eram as mazurcas, polcas, valsas e
  quadrilhas de origem europeia. Enquanto isso, o povo fazia
  suas danças à parte, transculturando suas formas
  originais;
 As danças folclóricas brasileiras possuem características
  regionais. Dependendo da influência étnica do lugar, ela
  terá mais aspectos indígenas como nos estados como
  Amazonas e Pará; africanos como na Bahia, Minas e Rio de
  Janeiro; ou europeus como nos estados do Sul do país;
 Além das influências étnicas nas Danças, evidenciam
  também o sincretismo religioso “afro-católico” que é
  aspecto decorrente do primeiro a influenciar as
  manifestações folclóricas e típicas em nosso país.
  Portanto, cada região brasileira possui características
  étnicas e culturais diversificada que influenciam o pensar,
  sentir e agir das respectivas regiões.
DANÇAS FOLCLÓRICAS
As Danças Folclóricas são:
 expressões abertas de emoções, idéias, significado
  especial;
 representação de usos, costumes, acontecimentos que
  constituíram o tempo estrutural e conjuntural em parte da
  história de um povo;
 padrões, costumes, maneiras e atividades espontâneas e
  naturais da vida e experiências significativas de um povo,
  perpetuadas de geração em geração, da mesma maneira
  resguardando assim, sua tradicionalidade;
 passos básicos, configurações espaciais, ritmos próprios,
  termos e idiomas;
 gestos e passos ou atividades características, conotações
  peculiares de um povo como bater de palmas e pés, valsas
  e sarandeios;
 formas – passar de geração em geração de maneira rígida,
  as tradições e costumes;
DANÇAS FOLCLÓRICAS
As Danças Folclóricas são:
 fixas em suas características elementares, porém podem
  apresentar variações de província em província e sofre
  influências também na linguagem verbal;
 divulgação   de conhecimento (história, sociologia,
  antropologia, músicas, aspectos petóricos, conotações
  corporais);
 Sentido lúdico utilitário, graça e atributos, diferentes
  papéis da vida social.
   Danças folclóricas brasileiras foram embasadas entre
brasileiros nativos e grupos étnicos radicados no Brasil
(portugueses, africanos, holandeses, franceses, colonos,
italianos, alemães, austríacos, poloneses, finlandeses,
russos, suecos, japoneses e outros) que com sua bagagem de
tradição e cultura trouxeram vasta e valorosa contribuição.
DANÇAS POPULARES
 As Danças Folclóricas resguardam características
  essencialmente fixas. São danças naturais que
  resguardam      tradicionalismo    e    determinados
  costumes de um povo. Elas resguardam uma
  evolução natural e espontânea do conjunto de
  atividades diárias, o desenvolvimento de experiências
  dos povos perpetuadas de geração a geração.
  Possuem aspectos diversos e estabelecem as
  diferenças e variações musicais de região para
  região.
DANÇAS NACIONAIS
 São as tradicionais de determinado país que tornaram mais
  populares, mais praticadas e tem efetivamente diferenças em
  suas origens, usos, costumes e idiomas. Estas danças geralmente
  decorrem adaptações a condições climáticas (geográficas)
  emocionais ou as tradições (incidências e permanências) e têm
  em seu tempo estrutural a conjuntural seus aspectos mais
  relevantes. Ex: samba, czardas, cossacos, square dance, tarantela
  e valsas.
DANÇAS REGIONAIS
 As Danças Regionais são as mais praticadas e
 dançadas em uma região de um país. Ex: Forró –
 Nordeste; Samba – Sudeste; Carimbó – Norte;
 Chimarrita – Sul; Siriri – Centro-Oeste.
DANÇAS CARACTERÍSTICAS
 As Danças Características (ou típicas) são as criadas
  para indivíduos em especial ou grupos de indivíduos
  que incluem adição de passos, música, coreografia já
  existentes. São características de determinada região
  ou país;
 Deixam transparecer em seu sentir, pensar, agir a
  riqueza polirrítmica e polifórmica do povo e suas
  raízes ao estabelecer relação de identidade da dança
  com a própria cultura.
DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS
 As danças folclóricas “...apresentam incomparável
  valor visto que conjugam os mais diversos aspectos
  da vida afetiva. Associam a música e o gesto, a cor e
  o ritmo, o sentido lúdico e utilitário, a graça e os
  atributos da resistência física. Contribuem para o
  apuro das relações interpessoais, o desenvolvimento
  do espírito comunitário, a compreensão de diferentes
  papéis na vida social. Por seus efeitos criadores e
  catárticos, podem e devem ser utilizados como
  instrumento de socialização”. (Lourenço Filho)
 Os valores que as danças folclóricas trazem aos seus
  praticantes podem ser descritos em quatro
  categorias: física, social, cultural e recreacional,
  segundo Giffoni (1973).
VALORES PROPORCIONADOS PELA PRÁTICA DA
                 DANÇA FOLCLÓRICA
1. VALORES FÍSICOS
 Contribui para a aprendizagem das habilidades motoras,
    para o desenvolvimento de um forte senso de ritmo e
    relações especiais e configurações espaciais;
   Contribui para o aperfeiçoamento da força, agilidade,
    equilíbrio e resistência;
   Permite que seus integrantes se movam graciosa e
    expressiva mente de maneira plenamente integrada e
    coordenada;
   É um exercício completo de agilidade, flexibilidade,
    elasticidade, vigor e energia física, resistência física
    invulgar;
   Corrige atitudes, hábitos higiênicos, harmonia de formas;
   Compensa o desequilíbrio de atividades profissionais
    (posições forçadas ou exagerado uso de determinadas
    partes do corpo);
   É fator de educação do movimento.
2. VALORES MORAIS
   As danças folclóricas incitam e viabilizam o
aperfeiçoamento do indivíduo pelo:
 domínio de si mesmo;
 entusiasmo e iniciativa;
 perseverança e cavalheirismo e respeito entre ambos
  os sexos;
 desperta o senso de ordem, disciplina, solidariedade
  e cooperação.
   A disciplina e obediência às técnicas, as
configurações espaciais, as convenções, aos dirigentes,
à música, as tradições serão posteriormente
transportadas para a vida social geral no futuro.
3. VALORES SOCIAIS
 O educando ao participar das danças folclóricas
   estará também aprendendo a cooperar com outros
   membros de seu grupo e aceitar responsabilidades
   por desempenhar sua parte na situação do grupo.
   Dançando juntos, crianças e jovens aprendem a ter
   consideração uns com os outros e um código de
   comportamento social;

4. VALORES CULTURAIS
 A dança folclórica é um meio ideal para desenvolver
   compreensão internacional e respeito pelos de outras
   culturas;
 Por seu aspecto interdisciplinar, dança folclórica se
   torna excelente meio de animar e enriquecer estudos
   de unidades de centros de interesses, projetos
   escolares.
5. VALORES RECREACIONAIS
 Deve-se considerar o aspecto do divertimento da
   dança folclórica – do prazer puro a ser ganho da
   dança animada num grupo social amistoso;
 A dança folclórica pode fazer muito para aliviar a
   pressão mental ou tensão emocional; quer o
   dançarino seja uma criança de 10 anos ou um homem
   cansado ele deveria achar a experiência relaxante e
   divertida de maneira fácil de fazer novos amigos;
 Todas as formas de dança devem ser induzidas à
   forma de recreação divertida.

6. VALOR MENTAL
 As grandes funções mentais como a atenção,
   sensações-percepções, a imaginação, a originalidade,
   o raciocínio são exercitados e desenvolvidos através
   das Danças Folclóricas.
7. VALOR TERAPÊUTICO
 Atenua as tensões emocionais ao proporcionar auto-
   controle e confiança pela facilidade de execução dos
   movimentos e principalmente pela possibilidade de
   transformar seus pensamentos em expressões
   plásticas pela terapia.
A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO
 A Dança Folclórica no Brasil sofreu a influência étnica dos
  índios que aqui viviam, do “descobridor europeu” – senhor
  dominante das terras, do primitivo africano escravizado,
  para o labor no Novo mundo;
 Nos primeiros duzentos anos de colonização, os únicos
  tipos de música ouvida no Brasil eram os cantos das
  danças rituais dos indígenas acompanhados pelos
  instrumentos de sopro. Eram manifestações de aborígenes
  cujas danças giravam em torno de suas danças rituais
  (nascimento, morte, guerra e paz, semeadura e colheita) e
  de certos ritos de passagem (virilidade, casamento, etc.);
 Mutação e transculturação das danças originais são
  influenciadas diretamente pelo oficial e pelo erudito;
 Não existe essência pura nos casos do homem da
  sociedade e da cultura. Todas as relações entre eles estão
  sempre articulando cultura popular e erudita.
A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO
 O estudo das danças folclóricas nacionais, hoje se
  faz necessário na medida que são reveladores da
  cultura, de diferentes situações, uma vez que algum
  dia compuseram rituais de instituições religiosas
  oficiais, de situações políticas instaladas, de
  academias literárias eruditas distantes, portanto do
  controle popular. Hoje se faz necessário entendê-las
  do ponto de vista do seu movimento, de sua dinâmica
  vertical quanto aos elementos que tirados do povo,
  levados à burguesia por empréstimo que ao ser
  representado é devolvido ao povo já modificado;
 Sendo a Dança a marca cultural de um grupo, o povo
  que não cultiva suas raízes, perde parte de sua
  identidade;
 O Folclore como ciência antropológica pode
  apresentar em suas danças várias propostas;
A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO
 Os    folcloristas agruparam as manifestações
  populares por “áreas” ou “temas” em suas
  classificações: Artesanato, Culinária, Literatura Oral,
  Danças Folclóricas, etc., que comportam subdivisões
  determinadas pelas especialidades de seus
  conteúdos;
 Danças Folclóricas são expressões populares
  desenvolvidas em conjunto ou individualmente, que
  tem na coreografia os elementos definidos;
 De simples marcação rítmica, a Dança chega à arte
  autônoma, liberta e em contínua criação do povo
  pelo povo;
A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO
 ALMEIDA agrupou as danças populares brasileiras
  quanto à coreografia e aos seus          dançarinos,
  apresentando a seguinte classificação:
COREOGRAFIA:
 Mímica – “Peru-de-Atalaia” (AM)
 Acrobáticas – “Corta-jaca” (RJ, BA)
 Figurações – “Quadrilha” (BR)
 De roda – “Ciranda” (PE, PB)

DANÇARINOS:
 Par solto – “Chimareta” (PE, PB)
 Par unido – “Tote” (NE)
 Conjunto – “Serafino” (AM)
 Individual – “Trevo” (PE)
A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO
 FRADE (1991) apresenta os seguintes aspectos como
 forma de sistematização:
 quanto ao sexo dos participantes;
 quanto ao período de celebração;
 quanto ao espaço de realização;
 quanto à área geográfica;
 quanto à indumentária.

QUANTO AO SEXO DOS PARTICIPANTES
 Em geral, se constitui com a presença de ambos os sexos,
  geralmente formando pares ou integrando conjuntos sem
  determinação de duplas;
 FRADE (1991) faz alusão às danças desenvolvidas por
  homens que trazem conotações e rememorações de
  guerra ou fazem alusões Às lutas ocorridas na Península
  Ibérica na era medieval somada às influências étnicas
  transculturadas para o Brasil pelos africanos.
QUANTO AO PERÍODO DE CELEBRAÇÃO
 Por razões históricas-aculturativas as danças
  folclóricas e populares no Brasil são divididas e
  agrupadas por festas cíclicas, festas móveis;
 As danças das festas cíclicas estão incluídas em um
  calendário fixo de cunho oficialmente religioso
  apresentadas apenas num determinado período. Ex:
  Quadrilha (festa junina);
 As danças realizadas no decorrer do calendário
  popular fazem parte do quadro das devoções
  populares que as secularizam como o Cururu, a
  Dança do São Gonçalo;

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  • 1. DANÇAS FOLCLÓRICAS NA DANÇA/EDUCAÇÃO Prof. Esp. Rosely Modesto Silva roselyymodesto@hotmail.com
  • 2. INTRODUÇÃO  Num passado remoto, o homem primitivo, ao ensinar suas crianças e introduzir o jovem ao esforço humanitário, instituiu convenções das várias formas de ordens política e econômica na sociedade humana, sendo que estas características originadas das percepções do esforço traduziram-se em formas de comunicação e expressão e dentre estas formas surgiram as danças religiosas e nacionais (folclóricas);  A Dança Folclórica nada mais é do que o efeito das consequências dos impulsos gerados por esforços definidos e causados pelos aspectos funcionais do sentir, pensar e agir de uma comunidade;  Com as mudanças culturais sofridas pelas comunidades a dança vai também acompanhando o processo evolutivo adaptando-se, às vezes, espontaneamente como uma aquisição do próprio homem, outras vezes quase que impostas por culturas dominadoras.
  • 3.  Dessa forma, a dança modifica-se muitas vezes tornando algo totalmente importado, desvinculada das raízes do homem que a está praticando;  A miscigenação, no Brasil, é um forte fator para a profusão dos ritmos e danças em decorrência das características étnicas o que geram uma diversidade dentre os aspectos e características diversas;  Desde os primeiros contatos dos europeus com indígenas brasileiros, o processo de aculturação e transculturação se iniciou;  Dos valores culturais o que teve maior significação para o colonizador foi a língua. Além disso persistiram práticas mágicas, produtos culinários, implementos de caça e pesca, meios de transporte, flora medicinal e os aspectos ritualísticos onde a dança era parte importante.
  • 4.  A dança era primordialmente funcional. O índio ama seus rituais. Sua vida gira em torno deles. São as marcas do tempo;  Com o passar do tempo, o europeu passa a comercializar a mão-de-obra escrava e o africano, juntamente com o europeu, combinará o processo transcultural que marcou profundamente o folclore brasileiro;  Tanto os indígenas quanto os africanos perdem contínua e irreversivelmente os seus valores originais, através da troca e aceitação de novos padrões na vida social e na cultural;  Quanto aos negros que para cá vieram eram de diversas culturas diferentes, pois segundo Arthur Ramos, os três principais grupos seguem a seguinte distribuição: culturas sudanesas, culturas sudanesas-negro- maometanas e culturas bantos;  Os portugueses também trouxeram suas danças, muitas já influenciadas por outros povos europeus, principalmente o espanhol e os árabes.
  • 5.  A modinha e lundu surgiram na metade do séc. XVIII. O maxixe surge por volta de 1870. O que se dançava nos salões da camada rica da sociedade do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, eram as mazurcas, polcas, valsas e quadrilhas de origem europeia. Enquanto isso, o povo fazia suas danças à parte, transculturando suas formas originais;  As danças folclóricas brasileiras possuem características regionais. Dependendo da influência étnica do lugar, ela terá mais aspectos indígenas como nos estados como Amazonas e Pará; africanos como na Bahia, Minas e Rio de Janeiro; ou europeus como nos estados do Sul do país;  Além das influências étnicas nas Danças, evidenciam também o sincretismo religioso “afro-católico” que é aspecto decorrente do primeiro a influenciar as manifestações folclóricas e típicas em nosso país. Portanto, cada região brasileira possui características étnicas e culturais diversificada que influenciam o pensar, sentir e agir das respectivas regiões.
  • 6. DANÇAS FOLCLÓRICAS As Danças Folclóricas são:  expressões abertas de emoções, idéias, significado especial;  representação de usos, costumes, acontecimentos que constituíram o tempo estrutural e conjuntural em parte da história de um povo;  padrões, costumes, maneiras e atividades espontâneas e naturais da vida e experiências significativas de um povo, perpetuadas de geração em geração, da mesma maneira resguardando assim, sua tradicionalidade;  passos básicos, configurações espaciais, ritmos próprios, termos e idiomas;  gestos e passos ou atividades características, conotações peculiares de um povo como bater de palmas e pés, valsas e sarandeios;  formas – passar de geração em geração de maneira rígida, as tradições e costumes;
  • 7. DANÇAS FOLCLÓRICAS As Danças Folclóricas são:  fixas em suas características elementares, porém podem apresentar variações de província em província e sofre influências também na linguagem verbal;  divulgação de conhecimento (história, sociologia, antropologia, músicas, aspectos petóricos, conotações corporais);  Sentido lúdico utilitário, graça e atributos, diferentes papéis da vida social. Danças folclóricas brasileiras foram embasadas entre brasileiros nativos e grupos étnicos radicados no Brasil (portugueses, africanos, holandeses, franceses, colonos, italianos, alemães, austríacos, poloneses, finlandeses, russos, suecos, japoneses e outros) que com sua bagagem de tradição e cultura trouxeram vasta e valorosa contribuição.
  • 8. DANÇAS POPULARES  As Danças Folclóricas resguardam características essencialmente fixas. São danças naturais que resguardam tradicionalismo e determinados costumes de um povo. Elas resguardam uma evolução natural e espontânea do conjunto de atividades diárias, o desenvolvimento de experiências dos povos perpetuadas de geração a geração. Possuem aspectos diversos e estabelecem as diferenças e variações musicais de região para região.
  • 9. DANÇAS NACIONAIS  São as tradicionais de determinado país que tornaram mais populares, mais praticadas e tem efetivamente diferenças em suas origens, usos, costumes e idiomas. Estas danças geralmente decorrem adaptações a condições climáticas (geográficas) emocionais ou as tradições (incidências e permanências) e têm em seu tempo estrutural a conjuntural seus aspectos mais relevantes. Ex: samba, czardas, cossacos, square dance, tarantela e valsas.
  • 10. DANÇAS REGIONAIS  As Danças Regionais são as mais praticadas e dançadas em uma região de um país. Ex: Forró – Nordeste; Samba – Sudeste; Carimbó – Norte; Chimarrita – Sul; Siriri – Centro-Oeste.
  • 11. DANÇAS CARACTERÍSTICAS  As Danças Características (ou típicas) são as criadas para indivíduos em especial ou grupos de indivíduos que incluem adição de passos, música, coreografia já existentes. São características de determinada região ou país;  Deixam transparecer em seu sentir, pensar, agir a riqueza polirrítmica e polifórmica do povo e suas raízes ao estabelecer relação de identidade da dança com a própria cultura.
  • 12. DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS  As danças folclóricas “...apresentam incomparável valor visto que conjugam os mais diversos aspectos da vida afetiva. Associam a música e o gesto, a cor e o ritmo, o sentido lúdico e utilitário, a graça e os atributos da resistência física. Contribuem para o apuro das relações interpessoais, o desenvolvimento do espírito comunitário, a compreensão de diferentes papéis na vida social. Por seus efeitos criadores e catárticos, podem e devem ser utilizados como instrumento de socialização”. (Lourenço Filho)  Os valores que as danças folclóricas trazem aos seus praticantes podem ser descritos em quatro categorias: física, social, cultural e recreacional, segundo Giffoni (1973).
  • 13. VALORES PROPORCIONADOS PELA PRÁTICA DA DANÇA FOLCLÓRICA 1. VALORES FÍSICOS  Contribui para a aprendizagem das habilidades motoras, para o desenvolvimento de um forte senso de ritmo e relações especiais e configurações espaciais;  Contribui para o aperfeiçoamento da força, agilidade, equilíbrio e resistência;  Permite que seus integrantes se movam graciosa e expressiva mente de maneira plenamente integrada e coordenada;  É um exercício completo de agilidade, flexibilidade, elasticidade, vigor e energia física, resistência física invulgar;  Corrige atitudes, hábitos higiênicos, harmonia de formas;  Compensa o desequilíbrio de atividades profissionais (posições forçadas ou exagerado uso de determinadas partes do corpo);  É fator de educação do movimento.
  • 14. 2. VALORES MORAIS As danças folclóricas incitam e viabilizam o aperfeiçoamento do indivíduo pelo:  domínio de si mesmo;  entusiasmo e iniciativa;  perseverança e cavalheirismo e respeito entre ambos os sexos;  desperta o senso de ordem, disciplina, solidariedade e cooperação. A disciplina e obediência às técnicas, as configurações espaciais, as convenções, aos dirigentes, à música, as tradições serão posteriormente transportadas para a vida social geral no futuro.
  • 15. 3. VALORES SOCIAIS  O educando ao participar das danças folclóricas estará também aprendendo a cooperar com outros membros de seu grupo e aceitar responsabilidades por desempenhar sua parte na situação do grupo. Dançando juntos, crianças e jovens aprendem a ter consideração uns com os outros e um código de comportamento social; 4. VALORES CULTURAIS  A dança folclórica é um meio ideal para desenvolver compreensão internacional e respeito pelos de outras culturas;  Por seu aspecto interdisciplinar, dança folclórica se torna excelente meio de animar e enriquecer estudos de unidades de centros de interesses, projetos escolares.
  • 16. 5. VALORES RECREACIONAIS  Deve-se considerar o aspecto do divertimento da dança folclórica – do prazer puro a ser ganho da dança animada num grupo social amistoso;  A dança folclórica pode fazer muito para aliviar a pressão mental ou tensão emocional; quer o dançarino seja uma criança de 10 anos ou um homem cansado ele deveria achar a experiência relaxante e divertida de maneira fácil de fazer novos amigos;  Todas as formas de dança devem ser induzidas à forma de recreação divertida. 6. VALOR MENTAL  As grandes funções mentais como a atenção, sensações-percepções, a imaginação, a originalidade, o raciocínio são exercitados e desenvolvidos através das Danças Folclóricas.
  • 17. 7. VALOR TERAPÊUTICO  Atenua as tensões emocionais ao proporcionar auto- controle e confiança pela facilidade de execução dos movimentos e principalmente pela possibilidade de transformar seus pensamentos em expressões plásticas pela terapia.
  • 18. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO  A Dança Folclórica no Brasil sofreu a influência étnica dos índios que aqui viviam, do “descobridor europeu” – senhor dominante das terras, do primitivo africano escravizado, para o labor no Novo mundo;  Nos primeiros duzentos anos de colonização, os únicos tipos de música ouvida no Brasil eram os cantos das danças rituais dos indígenas acompanhados pelos instrumentos de sopro. Eram manifestações de aborígenes cujas danças giravam em torno de suas danças rituais (nascimento, morte, guerra e paz, semeadura e colheita) e de certos ritos de passagem (virilidade, casamento, etc.);  Mutação e transculturação das danças originais são influenciadas diretamente pelo oficial e pelo erudito;  Não existe essência pura nos casos do homem da sociedade e da cultura. Todas as relações entre eles estão sempre articulando cultura popular e erudita.
  • 19. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO  O estudo das danças folclóricas nacionais, hoje se faz necessário na medida que são reveladores da cultura, de diferentes situações, uma vez que algum dia compuseram rituais de instituições religiosas oficiais, de situações políticas instaladas, de academias literárias eruditas distantes, portanto do controle popular. Hoje se faz necessário entendê-las do ponto de vista do seu movimento, de sua dinâmica vertical quanto aos elementos que tirados do povo, levados à burguesia por empréstimo que ao ser representado é devolvido ao povo já modificado;  Sendo a Dança a marca cultural de um grupo, o povo que não cultiva suas raízes, perde parte de sua identidade;  O Folclore como ciência antropológica pode apresentar em suas danças várias propostas;
  • 20. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO  Os folcloristas agruparam as manifestações populares por “áreas” ou “temas” em suas classificações: Artesanato, Culinária, Literatura Oral, Danças Folclóricas, etc., que comportam subdivisões determinadas pelas especialidades de seus conteúdos;  Danças Folclóricas são expressões populares desenvolvidas em conjunto ou individualmente, que tem na coreografia os elementos definidos;  De simples marcação rítmica, a Dança chega à arte autônoma, liberta e em contínua criação do povo pelo povo;
  • 21. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO  ALMEIDA agrupou as danças populares brasileiras quanto à coreografia e aos seus dançarinos, apresentando a seguinte classificação: COREOGRAFIA:  Mímica – “Peru-de-Atalaia” (AM)  Acrobáticas – “Corta-jaca” (RJ, BA)  Figurações – “Quadrilha” (BR)  De roda – “Ciranda” (PE, PB) DANÇARINOS:  Par solto – “Chimareta” (PE, PB)  Par unido – “Tote” (NE)  Conjunto – “Serafino” (AM)  Individual – “Trevo” (PE)
  • 22. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO  FRADE (1991) apresenta os seguintes aspectos como forma de sistematização:  quanto ao sexo dos participantes;  quanto ao período de celebração;  quanto ao espaço de realização;  quanto à área geográfica;  quanto à indumentária. QUANTO AO SEXO DOS PARTICIPANTES  Em geral, se constitui com a presença de ambos os sexos, geralmente formando pares ou integrando conjuntos sem determinação de duplas;  FRADE (1991) faz alusão às danças desenvolvidas por homens que trazem conotações e rememorações de guerra ou fazem alusões Às lutas ocorridas na Península Ibérica na era medieval somada às influências étnicas transculturadas para o Brasil pelos africanos.
  • 23. QUANTO AO PERÍODO DE CELEBRAÇÃO  Por razões históricas-aculturativas as danças folclóricas e populares no Brasil são divididas e agrupadas por festas cíclicas, festas móveis;  As danças das festas cíclicas estão incluídas em um calendário fixo de cunho oficialmente religioso apresentadas apenas num determinado período. Ex: Quadrilha (festa junina);  As danças realizadas no decorrer do calendário popular fazem parte do quadro das devoções populares que as secularizam como o Cururu, a Dança do São Gonçalo;