Este documento fornece normas e diretrizes para a apresentação de trabalhos de conclusão de curso na Universidade Gama Filho, incluindo monografias, artigos, estudos de caso e projetos. Ele discute a estrutura, formatação, citações e referências desses trabalhos de acordo com as normas técnicas brasileiras aplicáveis. Além disso, fornece exemplos e modelos para facilitar a compreensão e aplicação das diretrizes.
2. Universidade Gama Filho
Normas para Apresentação de
Trabalho de Conclusão de Curso,
Monografia, Dissertação e Tese
Maria de Lourdes Motta Braziellas
Nelza Maria Moutinho Ançã
4. CHANCELER
Paulo Cesar Prado Ferreira da Gama
REITORA
Maria José Mesquita Cavalleiro de Macedo Wehling
PRÓ-REITOR DE HUMANIDADES E CIÊNCIAS SOCIAIS
Arno Wehling
PRÓ-REITOR DE SAÚDE
Gilberto Chaves
PRÓ-REITOR DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
Paulo César Dahia Ducos
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Sergio Norbert
5. À Universidade Gama Filho, representada por diversas instâncias acadêmicas, na pessoa
de seus gestores, com os quais tivemos o privilégio de trabalhar direta ou indiretamente, pela
confiança em nós depositada e pelo reconhecimento da qualidade desta produção acadêmica,
ora apresentada como parâmetro para toda a Universidade.
6. LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 − Configuração de página (margens) 36
Figura 2 − Configuração de página (tamanho do papel) 36
Figura 3 − Fonte (tipo, estilo e tamanho) 37
Figura 4 − Fonte (espaçamento de caracteres) 38
Figura 5 − Parágrafo (recuos e afastamento) 39
Figura 6 − Quebra (página e seção) 40
Figura 7 − Numeração de página (posição e alinhamento) 40
Figura 8 − Formatação do número de página 41
Quadro 1 − Correspondência: tipos de gráficos e séries estatísticas 81
7. SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 10
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 12
3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005 ............ 13
4. MODALIDADES DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF ............ 14
4.1. Monografia .................................................................................................................. 14
4.2. Artigo ........................................................................................................................... 18
4.2.1. Concepções e características .............................................................................. 18
4.2.2. Estrutura do artigo .............................................................................................. 18
4.2.3. Apresentação gráfica........................................................................................... 20
4.3. Estudo de caso ............................................................................................................ 21
4.3.1. Concepção e características ................................................................................ 21
4.3.2. Planejamento ...................................................................................................... 22
4.3.3. Coleta de dados .................................................................................................. 23
4.3.4. Análise dos dados ............................................................................................... 23
4.3.5. Redação do relatório .......................................................................................... 23
4.3.6. Estrutura do relatório .......................................................................................... 24
4.4. Projeto ......................................................................................................................... 25
4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC .............................................................. 25
5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS ....................................................... 28
5.1. Elementos pré-textuais ............................................................................................... 28
5.2. Partes textuais ............................................................................................................ 30
5.2.1. Introdução .......................................................................................................... 31
5.2.2. Tópicos do desenvolvimento ............................................................................. 31
5.2.3. Conclusão ........................................................................................................... 31
5.3. Partes pós-textuais ..................................................................................................... 32
6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA ......................................................................................... 33
6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos .................................................... 33
6.2. Orientação para formatação do documento ............................................................ 35
6.2.1. Configuração de página ...................................................................................... 35
6.2.2. Formatação da fonte ........................................................................................... 36
6.2.3. Formatação de parágrafo .................................................................................... 38
8. 6.2.4. Inserção de quebra de seção ............................................................................... 39
6.2.5. Numeração de página ......................................................................................... 40
6.2.6. Equações e fórmulas .......................................................................................... 41
6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico ............................... 42
6.4. Figuras de realce ......................................................................................................... 43
7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS ............... 45
7.1. Conceito ....................................................................................................................... 45
7.1.1. Documentos referenciáveis ................................................................................ 45
7.1.2. Elementos essenciais da referência .................................................................... 45
7.1.2.1. autoria ............................................................................................................. 45
7.1.2.2. título e edição .................................................................................................. 46
7.1.2.3. local ................................................................................................................. 46
7.1.2.4. editora .............................................................................................................. 46
7.1.2.5. data .................................................................................................................. 47
7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente .................................................. 47
7.2.1. Livros usados como um todo ............................................................................. 47
7.2.2. Livros usados em parte ou capítulo destacado ................................................... 49
7.2.3. Obras de referência (dicionário, enciclopédia) .................................................. 49
7.2.4. Artigos de revista, boletim, periódico ................................................................ 50
7.2.5. Matéria de jornal ................................................................................................ 51
7.2.6. Artigo ou matéria de revista, boletim, jornal em meio eletrônico ...................... 51
7.2.7. Evento científico como um todo ........................................................................ 52
7.2.8. Trabalho apresentado em evento científico ........................................................ 52
7.2.9. Teses, dissertações e outros trabalhos acadêmicos ............................................. 52
7.2.10. Patente .............................................................................................................. 53
7.2.11. Documento jurídico .......................................................................................... 53
7.2.11.1. legislação ........................................................................................... 53
7.2.11.2. jurisprudência .................................................................................... 54
7.2.11.3. doutrina .............................................................................................. 54
7.2.11.4. consulta a publicação comercial de documento jurídico ................... 54
7.2.11.5. consulta a documento jurídico em meio eletrônico ........................... 54
7.2.12. Imagem em movimento .................................................................................... 55
7.2.13. Documento iconográfico .................................................................................. 55
7.2.14. Documento cartográfico ................................................................................... 55
7.2.15. Documento sonoro ........................................................................................... 56
7.2.16. Partitura ............................................................................................................ 56
7.2.17. Documento tridimensional ............................................................................... 56
9. 7.2.18. Materiais não previstos na NBR 6023:2002 .................................................... 57
7.2.19. Autoria repetida ................................................................................................ 57
8. REDAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS .................................................................... 59
8.1. Características da linguagem .................................................................................... 59
8.2. Uso de citações e notas de rodapé ............................................................................. 60
9. APRESENTAÇÃO DE TABELAS E ILUSTRAÇÕES ................................................. 65
9.1. Concepções .................................................................................................................. 65
9.2. Elaboração geral da tabela ........................................................................................ 65
9.2.1. Número ............................................................................................................... 65
9.2.2. Título .................................................................................................................. 66
9.2.3. Apresentação de tempo ...................................................................................... 67
9.2.4. Moldura .............................................................................................................. 68
9.2.5. Cabeçalho ........................................................................................................... 68
9.2.6. Coluna indicadora .............................................................................................. 68
9.2.7. Totalização ......................................................................................................... 69
9.2.8. Rubrica ............................................................................................................... 69
9.2.9. Indicação de intervalos parciais ......................................................................... 70
9.2.10. Corpo ................................................................................................................ 70
9.2.11. Unidade de medida ........................................................................................... 71
9.2.12. Dado numérico ................................................................................................. 71
9.2.13. Arredondamento de dado numérico ................................................................. 72
9.2.14. Sinal convencional ........................................................................................... 73
9.2.15. Chamada ........................................................................................................... 73
9.2.16. Fonte ................................................................................................................. 73
9.2.17. Nota geral ......................................................................................................... 74
9.2.18. Nota específica ................................................................................................. 74
9.3. Apresentação de tabela .............................................................................................. 75
9.3.1. Localização ........................................................................................................ 75
9.3.2. Tabela com excessiva altura ............................................................................... 75
9.3.3. Tabela com excessiva largura ............................................................................. 75
9.3.4. Tabela com excessiva altura e largura ................................................................ 76
9.4. Aspectos gerais da representação gráfica ................................................................. 76
9.5. Tipos de gráficos estatísticos ...................................................................................... 79
10. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 82
10. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 83
APÊNDICE A¹ - CAPA PARA A GRADUAÇÃO ............................................................. 86
APÊNDICE A² - CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ..................................................... 87
APÊNDICE B¹ - FOLHA DE ROSTO DA GRADUAÇÃO .............................................. 88
APÊNDICE B² - FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO ............................ 89
APÊNDICE C¹ - FOLHA DE APROVAÇÃO DA GRADUAÇÃO ................................. 90
APÊNDICE C² - FOLHA DE APROVAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO ......................... 91
APÊNDICE D - FICHA CATALOGRÁFICA (graduação e pós-graduação) ................. 92
APÊNDICE E - RESUMO (graduação e pós-graduação) ................................................ 93
APÊNDICE F - ESPELHO PARA CONFIGURAÇÃO DE PÁGINA ............................ 94
APÊNDICE G - EXPRESSÕES LATINAS EM TEXTOS CIENTÍFICOS .................. 95
ANEXO A - EXEMPLOS DE GRÁFICOS ....................................................................... 97
ANEXO B - TABELA MODELO ....................................................................................... 99
ANEXO C - RESOLUÇÃO Nº 748 DE 22 DE SETEMBRO DE 2009 ......................... 100
11. 1. APRESENTAÇÃO
A produção deste documento é resultado da experiência das autoras trabalhando com
disciplinas ligadas a técnicas de estudo e pesquisa com turmas dos períodos iniciais de diferentes
cursos e com projetos de pesquisa e orientação de monografia no Curso de Pedagogia, além
da experiência com metodologia da pesquisa e orientação de monografia em cursos de pós-
graduação em várias instituições que promovem tais cursos.
A elaboração do trabalho de conclusão de curso, seja na graduação ou na pós-graduação,
tem como resultado a consolidação das aprendizagens realizadas pelo aluno ao longo do curso,
cuja experiência, na maioria das vezes, desencadeia forte motivação para prosseguimento da
vida acadêmica.
Recomenda-se a aplicação dos aspectos normativos tratados nesta publicação em
momentos especiais no decorrer do curso como aprendizado, o que facilitará a elaboração e
apresentação do trabalho de conclusão do curso.
O primeiro capítulo trata da normalização dos trabalhos de conclusão de curso segundo
a NBR 14724:2005 que conceitua dissertação e tese sem menção alguma à monografia;
depois enumera modalidades de trabalho de conclusão de curso e os caracteriza de um modo
genérico.
O segundo capítulo é novidade neste documento por solicitação da Universidade Gama
Filho com o objetivo de esclarecer a comunidade acadêmica a respeito dos tipos de trabalhos
de conclusão de curso que serão aceitos pela universidade: monografia, artigo, estudo de caso e
projeto, caracterizando cada um deles.
A seguir vem o capítulo que trata dos aspectos normativos em relação à: estrutura do
trabalho acadêmico com base na NBR 14724:2005, com apresentação de apêndices ilustrativos
da formatação e diagramação das partes pré-textuais obrigatórias. As partes textuais (introdução,
desenvolvimento e conclusão) são ilustradas pela composição deste documento, bem como as
partes pós-textuais.
O sexto capítulo destaca-se pelo alcance da abordagem técnica: apresenta uma orientação
detalhada para a digitação e formatação do trabalho de conclusão de curso, com ilustrações que
12. Universidade Gama Filho | 11
facilitam o uso do Microsoft Word para a apresentação do TCC. Para a elaboração deste capítulo
as autoras contaram com o assessoramento do analista de sistemas Luciano Mota Coelho.
A NBR 6023:2002, que define a apresentação e a organização das referências
(fontes consultadas para a elaboração dos trabalhos acadêmicos), é o conteúdo do capítulo 7:
apresentação dos aspectos normativos com orientação e exemplificação de todo o conteúdo da
Norma, acrescentando-se, ainda, casos não previstos na referida NBR e que comumente são
usados em trabalhos acadêmicos.
Menor em extensão, mas não menos importante, o capítulo 8 trata de aspectos da redação
de textos acadêmicos: características da linguagem e uso de citações e notas de rodapé.
O último tópico trata da orientação para o uso de tabelas e ilustrações no sentido de
também normalizar o uso e apresentação desses elementos, com orientação e ilustrações no
próprio texto.
Estão colocados apêndices com modelos de partes pré-textuais, espelho para
configuração de página, expressões latinas em textos científicos, exemplos de gráficos e uma
tabela como anexo.
Com a publicação deste documento pretende-se não apenas facilitar a elaboração e
apresentação de trabalhos de conclusão de curso, mas que os alunos utilizem esse aprendizado
em outras circunstâncias de aprendizado semelhante, procurando alcançar um padrão de
qualidade textual e estética na apresentação dos mesmos.
Certamente a questão do conteúdo dos trabalhos é fundamental e se sobrepõe ao padrão
da forma, mas o ideal está na conjugação de ambos os aspectos.
Foram significativas para a revisão e ampliação deste material para nova publicação as
contribuições das professoras Regina Lucia Brandão Alencar e Adriana Moutinho de Amorim,
professoras em cursos de pós-graduação da UGF.
13. 2. JUSTIFICATIVA
A Universidade Gama Filho chega aos setenta anos de existência fiel à missão de
“Educar com excelência e produzir conhecimento, formar profissionais competentes e
comprometidos com valores éticos e com a construção de uma sociedade justa e democrática”,
legado do seu fundador. Nasceu com a criação do Colégio em 1939, no subúrbio da Piedade,
Rio de Janeiro. Dez anos depois começou a funcionar uma turma de Direito. Em 1972 foi
transforma em Universidade, a primeira instituição particular de ensino superior da região a
galgar tal categoria.
Atualmente a UGF tem como visão prospectiva de mundo “ser reconhecida regional,
nacional e internacionalmente pela formação de profissionais competentes, em sintonia com as
necessidades da sociedade e pela produção de conhecimento.”
A competência desejada do concluinte de um curso universitário depende de muita
dedicação e esforços pessoais associados à qualidade das práticas pedagógicas curriculares.
Entretanto, grande parte do alunado tem dificuldades para conciliar estudo e trabalho, situação
que requer disponibilização de material produzido pelo professor como forma de ampliar as
fontes de consulta para estudo em horários alternativos.
Embora inicialmente tivesse como foco de abordagem os aspectos normativos
relacionadas à forma de apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, a inclusão de
um novo capítulo apresentando e até discutindo as modalidades de TCC, a partir da NBR
14724:2005, despertará interesse em alunos e até em professores para uma leitura mais atenta,
com possibilidades de provocar mudanças no processo de elaboração e apresentação de TCC,
resultado de outro tipo de aprendizagem que agrega valor no produto, no caso o TCC.
14. 3. TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO SEGUNDO A NBR 14724:2005
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) “[...] especifica os princípios
gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) visando sua
apresentação à instituição (banca, comissão examinadora e professores, especialistas designados
e/ou outros).” (NBR 14724, 2005, p.1) Estabelece, também, que o conteúdo desta norma seja
aplicado a trabalhos intra e extraclasse, no que couber.
Essa extensão de aplicabilidade sugere que tais regras constituem conteúdo de ensino/
aprendizagem cujo domínio depende da sua compreensão por parte de professores e alunos e da
frequência com que forem utilizados no cotidiano acadêmico.
A NBR 14724:2005 especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos
acadêmicos de conclusão de curso em três categorias: teses, dissertações e outros.
Na categoria trabalhos acadêmicos a norma especifica e nomeia a dissertação e a tese
respectivamente como
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um
conteúdo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com
o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento
de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do cotidiano.
É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de
mestre. (NBR 14724, 2005, p. 2).
Documento que representa o resultado de um trabalho experimental ou exposição de
um estudo científico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base
em investigação original, constituindo-se em real contribuição o para a especialidade
em questão. É feito sob coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do
título de doutor, ou similar. (NBR 14724, 2005, p. 3).
A categoria trabalhos acadêmicos similares inclui: trabalho de conclusão de curso de
graduação (TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), trabalho de conclusão de cursos
de especialização e/ou aperfeiçoamento.
Ao especificá-los, a norma os considera em conjunto como
Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do
assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação
de um orientador. (NBR 14724, 2005, p. 3).
A partir do estabelecido pela NBR 14724:2005 cabe às universidades e instituições
similares determinar os tipos de trabalhos de conclusão de curso que serão aceitos.
15. 4. MODALIDADES DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NA UGF
A Universidade Gama Filho estabelece no Art. 2º, do Anexo à Resolução nº 748, de 22
de setembro de 2009 que “A critério do Regulamento de cada curso o Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) poderá ser aceito sob a forma de artigo, projeto, monografia ou estudo de caso
com apresentação de relatório.”
4.1. Monografia
A não inclusão da monografia como tipo de trabalho de conclusão de curso pela NBR
14724:2005 causa estranheza, uma vez que a literatura de metodologia da pesquisa, ao tratar
da elaboração de trabalhos acadêmicos, sempre apresenta as três modalidades de produção:
monografia, dissertação e tese.
Esse fato motivou uma breve consulta bibliográfica no sentido de compreender a posição
da ABNT. Constatou-se que alguns autores apenas conceituam monografia; associam a dissertação
ao curso de mestrado para a obtenção do título de mestre; e a tese ao curso de doutorado para
obtenção do título de doutor.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 237),
Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos
científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível da pesquisa, a profundidade
e a finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade das conclusões.
Dessa maneira, podem-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que
obedecem a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à
extensão.
A seguir estas autoras apresentam outra tendência para a classificação das monografias:
escolares ou trabalhos de caráter didático, elaborados por iniciantes, e apresentados ao final de
curso específico; científicas: trabalhos científicos apresentados ao final do curso de mestrado
para obter o título de mestre (LAKATOS; MARCONI, 2001).
Observa-se que nesta classificação a dissertação está contida na categoria monografia
e a tese não entra. Permanece a pergunta: por que a NBR 14724:2005 não inclui a monografia
como tipo de trabalho de conclusão de curso?
A leitura de outras fontes para dar mais consistência a esta parte do trabalho provocou
mais uma observação: boa parte dos autores consultados comumente remete-se a publicações
contemporâneas e, também, às mais antigas, estas certamente pelo seu valor como referência. No
16. Universidade Gama Filho | 15
caso específico observou-se a frequência com que Ângelo Domingos Salvador é referenciado de
forma indireta em publicações da área de metodologia científica e de pesquisa. Tal constatação
motivou uma nova leitura do livro Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica, publicado pela
editora Sulina, de Porto Alegre, em 1970, com nove edições até 1981. O conteúdo apresentado
na literatura atual, por exemplo, por Lakatos e Marconi (2001), é muito semelhante ao texto
de Salvador (1981), quando ambos tratam de monografia (conceito, características, tipos),
dissertação e tese.
Esse exercício forneceu elementos para, talvez, esclarecer a não inclusão da monografia
como categoria de trabalho de conclusão de curso pela NBR 14725:2005.
Lakatos e Marconi (2001, p. 235) conceituam monografia como:
Descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação
ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da
arte, da história etc ou ‘trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular,
usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso em alcance (American
Library Association)’. Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou
particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia.
Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos os seus
ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.
A seguir, estas autoras listam características da monografia.
a) trabalho escrito, sistemático e completo;
b) tema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;
c) estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso;
d) tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (neste caso é limitado);
e) metodologia específica;
f) contribuição importante, original e pessoal para a ciência. (LAKATOS; MARCONI,
2001, p. 235).
No tópico destinado ao conceito de monografia Salvador (1981, p. 32) remete-se a
conceitos de outros autores, a partir dos quais faz uma listagem de características dos trabalhos
monográficos:
a) [...] redução da abordagem a um único assunto, a um único problema particular.
Mantém-se assim o sentido etimológico do termo: monos (um só) e graphein
(escrever): estudo por escrito de um único tema específico. As monografias
contrapõem-se às obras gerais;
b) É estudo pormenorizado no tratamento: trata exclusivamente de um único assunto,
desenvolvendo-o exaustivamente em todos os seus aspectos e ângulos. É um estudo
limitado em extensão, mas exaustivo e completo na compreensão e profundidade;
c) Resulta de uma investigação científica, feita em documentação escrita ou por
observação e experimentação, seguindo rigorosamente a metodologia de cada
ciência;
17. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 16
d) Apresenta uma contribuição original ao progresso da ciência, quer em termos de
sistematização de conhecimento, quer em termos de novas descobertas ou de novos
inventos;
e) É também uma contribuição pessoal à ciência, e não uma compilação de obras alheias
ou uma mera divulgação de conhecimentos.
Com base nestas características acrescenta:
Convém, porém, distinguir as monografias escolares das monografias científicas.
Aquelas são usadas nos cursos de graduação como uma iniciação à pesquisa e como
preparação de seminários; estas são resultado do estudo original e pessoal de um
tema bem delimitado, seguindo rigorosamente a metodologia própria de cada ciência.
Distinguem-se basicamente pela qualidade da tarefa, pelo nível da pesquisa e pela
originalidade das conclusões. (SALVADOR, 1981, p. 33).
A seguir Salvador (1981) propõe que o leitor compare ensaio, dissertação, monografia
e tese usando como critério as características originalidade e profundidade.
Com esta proposta fez-se necessário apresentar ao leitor a concepção de ensaio:
Ensaio é o texto científico que desenvolve uma proposta pessoal do autor a respeito de
um determinado assunto. Embora encerre o pressuposto de conhecimentos adquiridos
no meio científico comum, o ensaio pretende expressar a visão do autor até mesmo de
forma independente em relação ao pensamento científico expresso e comum a respeito
do assunto. (SANTOS, 2002, p. 44).1
O ensaio teórico como trabalho científico consiste “[...] em exposição lógica e reflexiva
e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação.” (SEVERINO, 2002, p. 153).
Partindo do ensaio, o critério de comparação é a originalidade; no sentido inverso,
partindo da tese, o critério de comparação é a profundidade.
ENSAIO DISSERTAÇÃO MONOGRAFIA TESE
Síntese: o ensaio é o mais original e a tese o de maior profundidade.
Salvador (1981, p. 33) chama a atenção para o seguinte: “[...] embora a tese seja uma
monografia, comumente confunde-se dissertação monográfica com monografia simplesmente.
Nesta sequência, a monografia está no meio [como ponto de equilíbrio].” O autor conclui, então,
que o termo monografia se sobrepõe aos outros tipos e deveria ser considerado um gênero de
trabalho científico e, consequentemente, as demais espécies ou tipos de trabalhos monográficos.
Severino (1993, p. 144) reforça este ponto de vista quando afirma que “A tese de doutoramento e
a dissertação de mestrado, no contexto da vida acadêmica, e os trabalhos resultantes de pesquisas
rigorosas são exemplos de monografias científicas.”
1
As ideias deste autor sintetizam as de Salvador (1981).
18. Universidade Gama Filho | 17
Com essa defesa, Salvador (1981) dá uma pista que pode esclarecer a não inclusão da
monografia como um tipo de trabalho de conclusão na NBR 14724:2005.
Segundo Medeiros (2000, p. 183),
Embora haja confusão quanto ao uso do termo monografia, devido a seu largo uso no
meio acadêmico como trabalho apresentado, ao final de cursos de graduação, ou como
texto escrito relativo a seminário apresentado em cursos de pós-graduação, a expressão
diz respeito a trabalhos escritos que versam sobre um assunto. [...] O que diferencia
um texto de outro é o nível da pesquisa. [...] Assim, para o estudante de graduação, é
suficiente uma pesquisa bibliográfica restrita a uma dezena de livros ou mais; de um
estudante de pós-graduação se exige pesquisa bibliográfica mais elástica, reflexão
demorada sobre os fatos relatados, criatividade em relacionar fatos e observações.
Na categoria trabalhos acadêmicos similares a NBR 14724:2005 normaliza os
seguintes tipos de trabalho de conclusão de curso: trabalho de conclusão de curso (TCC);
trabalho de graduação interdisciplinar (TGI); trabalho de conclusão de curso de especialização
e/ou aperfeiçoamento e os especifica genericamente como resultado de um estudo, cuja temática
obrigatoriamente deve estar ligada aos objetivos do curso.
Pelo exposto é pertinente incluir a monografia como um dos tipos de Trabalho de
Conclusão de Curso de graduação na UGF porque esse tipo de abordagem dá oportunidade
ao aluno de aprofundar o estudo de algum tema cujo conteúdo lhe tenha despertado interesse
durante o curso, pela oportunidade de aprofundar o conhecimento a respeito do mesmo e procurar
aplicá-lo no exercício profissional.
O conceito de monografia traz em si a sua característica fundamental: “[...] abordagem
de um único assunto, ou problema, sob tratamento metodológico de investigação. Exige, portanto,
que lhe seja dada uma especificação, um tratamento aprofundado e exaustivo, que não deve ser
confundido com extensão [do texto monográfico].” (MARCANTONIO, 2004, p. 67).
Como nos demais tipos de TCC, a escolha do tema da monografia, além de necessariamente
estar vinculada ao currículo do curso, há de considerar também a familiaridade do autor com
referências que abordam o assunto no sentido de facilitar-lhe o levantamento bibliográfico para
fundamentar o trabalho.
A organização, digitação e apresentação da monografia seguem integralmente as normas
constantes neste documento.
19. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 18
4.2. Artigo
4.2.1. Concepção e caracaterísticas
“Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma
questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de livro.”(LAKATOS;
MARCONI, 2001, p. 259).
Geralmente são publicados após a conclusão de pesquisa (documental, bibliográfica ou
de campo) em periódicos ou revistas especializadas como forma de divulgação dos resultados
de estudos e descobertas científicas (MARCANTONIO, 2004).
O artigo, enquanto trabalho de conclusão de curso, difere do artigo científico, embora
ambos divulguem resultado de pesquisa. A diferença está no nível de complexidade da abordagem
do objeto da pesquisa: a base referencial que sustenta a problematização do tema e a metodologia
utilizada para coleta e tratamento dos dados.
4.2.2. Estrutura do artigo
A composição do artigo tem padrão diferenciado dos demais TCC.
Na folha inicial são colocados os elementos pré-textuais:
a) título do artigo: centralizado, digitado em caixa alta e em negrito, fonte tamanho
12; indicação, em nota de rodapé, por meio de chamada numérica, o Curso do qual
o artigo é requisito parcial para a sua conclusão, por meio de chamada numérica;
b) autoria: nome completo do autor digitado em caixa alta, com alinhamento à direita
e indicação, em nota de rodapé por meio de chamada numérica, de breve currículo
do autor e seus contatos;
c) resumo: de presença obrigatória, constituído de uma sequência de frases objetivas
e concisas, preferencialmente articuladas; a primeira frase do resumo deve ser
significativa explicando o tema do trabalho e a(s) justificativas(s); a seguir deve
ressaltar o(s) objetivo(s), o tipo de pesquisa, os principais resultados, levando em
conta os objetivos e as conclusões; o texto deve ser digitado com espaço 1,5cm entre
linhas, sem recuo de parágrafo, com o total palavras variando de 100 a 250; quando
se tratar de artigo para publicação em revista ou periódico recomenda-se o espaço
simples;
20. Universidade Gama Filho | 19
d) palavras-chave ou descritores: são palavras ou termos representativos do assunto
tratado no artigo, preferencialmente em vocabulário controlado e devem aparecer logo
após o resumo (até quatro palavras ou termos, separadas e terminadas por ponto).
O artigo isoladamente não apresenta ficha catalográfica.
A organização do artigo é semelhante a dos demais trabalhos acadêmicos: o texto
divide-se em introdução, desenvolvimento e conclusão, mas não existe sumário. A apresentação
do conteúdo tem inicio na segunda folha, com os elementos que compõem o texto colocados em
sequência, sem quebra de seção.
INTRODUÇÃO
Refere-se à apresentação do trabalho com o seguinte conteúdo: as justificativas para a
escolha do tema/problema, os objetivos geral e específicos e abordagem sucinta da metodologia
adotada para o estudo (pesquisa bibliográfica, documental, de campo, experimental, pesquisa-
ação).
DESENVOLVIMENTO
Constitui-se na fundamentação lógica do trabalho. No caso de pesquisas bibliográficas
e documentais são admitidas subdivisões do texto referente ao desenvolvimento do conteúdo,
em títulos orientados pelos objetivos específicos da pesquisa, desde que estes proporcionem
maior clareza quanto à organização do texto.
No caso de pesquisa de campo o texto segue a mesma estrutura-padrão de relatório de
pesquisa exemplificada a seguir.
REVISÃO DE LITERATURA
Retrata o contexto atual de conhecimento sobre o tema/problema de forma argumentada
e comprovada com a indicação das fontes de consulta.
METODOLOGIA
Apresenta a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos
utilizados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Prevê a comparação/confrontação com os dados e informações colhidas na literatura.
21. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 20
A apresentação dos resultados pode ser ilustrada com a inclusão de tabelas, quadros, gráficos,
fotografias e outros recursos, se necessários.
CONCLUSÃO
É a parte final do artigo na qual o autor toma posição em relação ao alcance dos objetivos:
compara os resultados esperados (objetivos) com resultados alcançados e/ou evidenciados na
discussão anterior.
Os elementos pós-textuais são constituídos de: título e subtítulo (se houver), resumo
e palavras-chave em língua estrangeira, para publicação em periódico de divulgação
internacional; nota(s) explicativa(s), quando necessário, em numeração única e consecutiva
para cada artigo, em algarismos arábicos. A seguir, vêm as referências.
REFERÊNCIAS
De caráter obrigatório, são constituídas pelas obras citadas no texto, por ordem
alfabética do sobrenome dos autores ou seus substitutos, de acordo com a NBR 6023:2002. Não
se relacionam obras que não foram referidas no decorrer do texto.
Essa norma ainda relaciona como elementos pós-textuais opcionais: glossário,
apêndice(s) e anexo(s) que seguem a mesma apresentação gráfica dos demais trabalhos
acadêmicos.
AGRADECIMENTO
É um elemento que se refere a menções que o autor faz a pessoas ou instituições das
quais eventualmente recebeu apoio relevante para o desenvolvimento do trabalho.
FOLHA DE APROVAÇÃO
É semelhante à folha de avaliação usada para a monografia e colocada após o término
do artigo (diagramação no apêndice C2).
4.2.3. Apresentação gráfica
O texto do artigo é redigido de forma contínua, sem quebra de seção ao final de cada
parte do texto. Os demais padrões para apresentação gráfica deverão estar em consonância com
o conteúdo do capítulo 6 deste documento. Quando se tratar de artigo para a publicação, não se
numeram as páginas.
22. Universidade Gama Filho | 21
A norma NBR 6022 (2003, p. 5) estabelece que “O indicativo de seção precede o título
[...]”, porém como se observa a ausência desse indicativo na publicação dos periódicos, optou-
se por não usá-lo.
4.3. Estudo de caso
4.3.1. Concepção e características
O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa que consiste no estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos. É uma investigação empírica que aborda um fenômeno
contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, quando as fronteiras não são claramente
evidentes e é possível usar múltiplas formas de identificar evidências. É a estratégia adequada
quando a questão de pesquisa é do tipo Como? Por quê?
Tem como objetivos principais: explicar ligações causais em intervenções ou situações
da vida real; descrever um contexto de vida real onde ocorreu uma intervenção; avaliar uma
intervenção em curso e modificá-la com base em Estudo de Caso ilustrativo; replicar estudos para
alcançar mais consistência de resultados; explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem
clareza do conjunto de resultados. Tem aplicabilidade como estratégia de pesquisa em psicologia,
sociologia, ciência política, antropologia, história, administração, economia, trabalho social e,
na atualidade, em todas as áreas acadêmicas, incluindo as ciências naturais (YIN, 2005).
Nas ciências biomédicas o estudo de caso costuma ser aplicado, tanto como estudo-
-piloto para esclarecimento do campo de pesquisa em seus múltiplos aspectos, quanto para a
descrição de síndromes raras, cujos resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou
seja, na condição de hipóteses, não de conclusões (GIL, 2002).
“No Estudo de Caso algumas características são fundamentais, como: visar à descoberta,
enfatizar a interpretação do contexto, retratar a realidade de forma ampla, valer-se de diversas fontes
de informação.” (LÜDKE; ANDRÉ, 1986 apud MARCONI; LAKATOS, 2004, p. 274).
Considerado por muito tempo como procedimento pouco rigoroso que servia apenas
para estudos de natureza exploratória, atualmente é reconhecido como o delineamento mais
adequado para a investigação de um fenômeno dentro do seu contexto real, especialmente quando
os limites entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidos.
“Usar os estudos de caso para fins de pesquisa permanece sendo um dos mais desafiadores
de todos os esforços das ciências sociais.” (YIN, 2005, p. 19, grifo do autor).
23. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 22
Entretanto,
Para fins de ensino, um estudo de caso não precisa conter uma interpretação completa
ou acurada de eventos reais; em vez disso, seu propósito é estabelecer uma estrutura
de discussão e debate entre os estudantes. Os critérios para desenvolver bons casos
para o ensino – cuja variedade, em geral, é de caso único e não de casos múltiplos -
são bem diferentes dos critérios para realizar pesquisa. [...] Os estudos de caso que
se destinam ao ensino não precisam se preocupar com a apresentação justa e rigorosa
dos dados empíricos; os que se destinam à pesquisa precisam fazer exatamente isso.
(YIN, 2005, p. 20).
4.3.2. Planejamento
É indispensável que o pesquisador já tenha uma base teórica que lhe dê sustentação
para projetar as diferentes etapas do estudo de caso. Pela sua complexidade este tipo de pesquisa
requer do pesquisador cuidados especiais em todo o processo, tanto no planejamento quanto na
coleta e análise dos dados e interpretação dos resultados.
Segundo Yin (2005) não existe consenso quanto às etapas do estudo de caso; mas
podem-se relacionar as seguintes para serem seguidas:
a) etapa preparatória:
• formulação do problema: pode-se pensar um esquema de pesquisa que envolve,
pelo menos, quatro problemas: quais questões a estudar, quais dados são relevantes,
quais dados coletar e como analisar os resultados; cada questão formulada deve ser
seguida de uma lista de prováveis fontes de evidências;
• definição da unidade caso: significa considerar a totalidade do objeto em todas
as suas dimensões (por ex.: um paciente transplantado de coração antes, durante e
depois de seis meses da cirurgia);
• determinação do número de casos: pode-se trabalhar com caso único e/ou
múltiplos casos (não mais que quatro, pelas dificuldades que um número maior
provocaria em todas as etapas do estudo);
b) elaboração do protocolo de pesquisa
Nesta etapa o pesquisador registra o conjunto das primeiras decisões em relação à
pesquisa:
• visão global do projeto: informa acerca dos propósitos e cenário no qual será
desenvolvido o estudo de caso;
24. Universidade Gama Filho | 23
• procedimentos de campo: envolvem formas de acesso às organizações ou informantes,
material e informações gerais sobre procedimentos a serem desenvolvidos;
• determinação das questões: não são formuladas diretamente ao cliente, mas
ao próprio pesquisador como lembretes acerca das informações que devem ser
coletadas e das prováveis fontes a serem acionadas;
• guia para elaboração do relatório: item muito importante pois com frequência
o relatório é elaborado paralelamente à coleta de dados.
4.3.3. Coleta de dados
a) uso de mais de uma técnica: é fundamental obter dados por procedimentos
diversificados para maior consistência dos resultados; é necessário criar uma caixa
de dados para registrar as informações coletadas com a aplicação das diferentes
técnicas; este material será utilizado para a produção do relatório;
b) os resultados obtidos devem ser provenientes da análise da convergência ou
divergência das observações obtidas nos diferentes procedimentos;
c) tipos de procedimentos: análise de documentos, entrevistas, depoimentos pessoais
observações espontâneas, observação participante, analise de artefatos físicos
(objetos).
4.3.4. Análise dos dados
A análise de dados representa o estágio mais difícil de ser atingido nas diferentes
modalidades de pesquisa porque não existe uma receita para ser aplicada mecanicamente.
Segundo Gil (2002, p. 141),
Como o estudo de caso vale-se de procedimentos de coleta de dados os mais variados,
o processo de análise e interpretação pode, naturalmente, envolver diferentes modelos
de análise. Todavia, é natural [e lógico] admitir que a análise dos dados seja de natureza
predominantemente qualitativa.
Pela complexidade desta etapa não é pertinente fornecer pistas alguma sobre como
operacionalizá-la.
4.3.5. Redação do relatório
O relatório tem a finalidade de divulgar os resultados da pesquisa, por isso precisa levar
em conta o público-alvo: banca de avaliação, quando se trata de trabalho de conclusão de curso;
25. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 24
participantes de eventos acadêmico; revistas e periódicos de divulgação científica. Como trabalho
de conclusão de curso a apresentação deverá seguir as orientações indicadas a seguir.
Os relatórios de caso único geralmente são elaborados sob a forma de narrativas
simples para descrever e analisar o material, incluindo ilustrações com tabelas, gráficos, figuras,
imagens.
Quando se trata de casos múltiplos o relatório “[...] deverá conter várias narrativas,
geralmente apresentadas em capítulos ou seções separadas, sobre cada um dos casos
individualmente. Também constará no relatório um capítulo ou uma seção que apresente a análise
e os resultados de casos cruzados.” (YIN, 2005, p. 176).
Um terceiro tipo de relatório pode ser usado tanto quando se trata de caso único quanto
de múltiplos casos, sem uso da narrativa tradicional. O texto do relatório segue uma série de
perguntas e respostas buscadas nas perguntas e respostas constantes do banco de dados para o
estudo de caso.
Yin (2005) aponta quatro aspectos que o relatório deve abranger: apresentação do
problema ao qual se destina o estudo; os processos de pesquisa (plano de estudo, método de
manipulação da variável independente, se o estudo assumir a forma de experiência), natureza da
amostra, técnicas de coleta de dados, método de análise estatística; os resultados; consequências
deduzidas dos resultados.
“O sucesso de um Estudo de Caso em muito depende da perseverança, criatividade e
raciocínio crítico do investigador para construir descrições, interpretações, enfim, explicações
originais que possibilitem a extração cuidadosa de conclusões.” (MARTINS, 2008, p. 3).
4.3.6. Estrutura do relatório
O relatório de um estudo de caso como Trabalho de Conclusão Curso na UGF deverá
seguir o padrão apresentado neste livro. Na parte pré-textual são obrigatórios: capa, folha de
rosto, folha de avaliação, resumo e ficha catalográfica. A estrutura da parte textual deverá
contemplar as indicações colocadas no tópico anterior e ainda considerar a elaboração do
texto sob a forma de narrativa. Os elementos pós-textuais também deverão estar presentes: as
referências, apêndices e anexos
Apesar da complexidade dos estudos de caso, esta é uma modalidade de pesquisa
que deveria ter lugar destacado no processo de iniciação à pesquisa, paralelamente à pesquisa
26. Universidade Gama Filho | 25
bibliográfica e documental no sentido de o aluno compreender que o ato de pesquisar não significa
copiar, reproduzir simplesmente o que já lhe é disponível.
4.4. Projeto
A modalidade projeto como TCC é uma categoria cuja produção final se materializa
através de maquetes, filmes, ensaios fotográficos, produtos gráficos e similares, material didático-
-pedagógico e outros cuja execução passa pelas mesmas etapas das outras modalidades de TCC:
elaboração do projeto do trabalho seguindo a orientação metodológica do curso. É necessário
que todo o processo seja registrado passo a passo, incluindo observações que sejam significativas
para a elaboração do documento final.
A apresentação desse tipo de TCC segue orientação diferenciada dos demais, mas
precisa contemplar o mesmo conteúdo estrutural previsto pela Norma 14724:2005 que define
como partes do documento: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
O documento final escrito de apresentação do Projeto como modalidade de TCC terá
a seguinte estrutura:
a) elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, folha de avaliação, resumo e ficha
catalográfica;
b) elementos textuais: introdução, desenvolvimento, conclusão;
c) elementos pós-textuais: referências;
d) apêndices e anexos: se necessários.
A parte textual diz respeito ao conteúdo do projeto e deverá ser produzida na forma de
relato ou memorial descritivo do processo de criação fase por fase.
A apresentação, digitação e formatação do documento seguirão as normas indicadas
neste livro.
4.5. Etapas do processo de elaboração do TCC
Os trabalhos de conclusão de curso na graduação geralmente provocam ansiedade
nos alunos por se sentirem diante da tarefa-síntese do aprendizado, cuja realização lhes exigirá
capacidade de pensar a realidade tendo como referência os conhecimentos construídos no decorrer
do curso, em constante relação teoria/prática.
27. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 26
Chega o momento em que o aluno é chamado a se pronunciar sobre a escolha do tema que
pretende abordar: estará dando início ao processo de elaboração do trabalho de conclusão de curso. Será
proveitoso fazer uma retrospectiva do aprendizado até aquele momento, principalmente pensando a
respeito do próprio desempenho acadêmico, das questões ou perguntas que permaneceram, das lacunas
na sua formação. Também será proveitoso conversar com um professor com o qual tenha afinidades para
trocarem ideias a respeito das próprias expectativas e dúvidas iniciais a respeito do TCC. Uma retomada
da literatura relacionada ao tema pode funcionar como ponto de apoio para as primeiras decisões. “O
mais importante, porém, é identificar fontes [de consulta] fidedignas, confiáveis, de autores renomados
e considerados autoridades no assunto que se vai estudar.” (ANDRADE, 2006, p. 44)
A elaboração do TCC, enquanto prática acadêmica, segue as mesmas etapas da pesquisa,
exercício que todo estudante universitário faz inúmeras vezes durante o curso, com maior ou
menor detalhamento. Enquanto prática de pesquisa o projeto do TCC segue as mesmas etapas:
a) preparação ou elaboração de um pré-projeto: primeiras decisões a respeito de
tema e tipo de pesquisa; levantamento de material bibliográfico, leitura das fontes
selecionadas; formulação preliminar de perguntas para pesquisa e objetivos ou
resultados esperados;
b) elaboração do projeto de pesquisa: de acordo com estrutura indicada em disciplina
específica do curso: o projeto de pesquisa é o documento que apresenta o conjunto
das decisões tomadas pelo universitário em relação à realização da pesquisa, com
previsão das tarefas a serem executadas.
Aprovado o projeto, certamente o aluno não estará tranquilo porque existe a cultura do
medo em relação a esse tipo de trabalho, até que seja iniciado o processo de elaboração do TCC.
Para isto é necessário que o estudante retome o projeto.
A entrada na fase seguinte já deverá ser mais tranquila e ele mais confiante após os
primeiros encontros:
c) realização da pesquisa: coleta e organização dos dados; análise, discussão e
interpretação dos resultados;
d) elaboração da parte textual do documento, de acordo com o tipo de TCC
(monografia, relatório, projeto de trabalho na respectiva área de formação, artigo,
estudo de caso);
28. Universidade Gama Filho | 27
e) organização do documento final: partes pré-textuais, o texto propriamente dito,
partes pós-textuais; digitação, formatação do trabalho de acordo com o conteúdo do
capítulo 4 deste livro; revisão do trabalho considerando texto e formatação;
f) entrega do TCC ao professor-orientador: marcada a data para apresentação do
trabalho cabe ao aluno retomar o conteúdo e fazer um esquema para se orientar em
relação à sua fala.
29. 5. ESTRUTURA DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Através da NBR14724 (2005, p. 3) a ABNT estabelece que “A estrutura de tese,
dissertação ou de um trabalho acadêmico compreende: elementos pré-textuais, elementos
textuais e elementos pós-textuais.”
5.1. Elementos pré-textuais
São elementos obrigatórios: capa, folha de rosto, folha de aprovação e resumo. São
opcionais: errata, dedicatória(s), agradecimento(s), epígrafe. Listas de ilustrações, tabelas,
símbolos, abreviaturas também são opcionais cuja presença depende do tipo de pesquisa
feita. Os elementos pré-textuais são colocados no trabalho na ordem em que se seguem neste
documento.
a) capa: contém as informações institucionais hierarquicamente apresentadas,
considerando a estrutura acadêmica da universidade correspondente ao curso (com
o uso de todas as letras maiúsculas); o título principal do trabalho, redigido de forma
clara e precisa indicando o seu conteúdo (todas as letras maiúsculas) e o subtítulo se
houver (colocado na linha abaixo do título, com todas as letras minúsculas); o nome
do autor (apenas as iniciais maiúsculas); a cidade (apenas as iniciais maiúsculas) e o
ano (diagramação no apêndice A); as monografias dos cursos de pós-graduação no
âmbito da Central de Cursos de Extensão e Pós-Graduação Lato Sensu (CEPLA)
são encadernadas usando a cor azul-rei para a capa. Em trabalhos acadêmicos
disciplinares a capa pode ser dispensada, a critério do professor;
b) folha de rosto: elemento obrigatório com as seguintes informações nesta ordem:
nome do autor: responsável intelectual do trabalho; título principal do trabalho:
redigido de forma clara e precisa, identificando o seu conteúdo; subtítulo, se
houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, como na
capa; natureza e objetivo do trabalho (dissertação, monografia, trabalho, projeto
de conclusão do curso X), nome do orientador (e coorientador, se houver), cidade
e ano (diagramação no apêndice B);
c) folha de aprovação: elemento obrigatório colocado logo após a folha de rosto; é
constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho negritado e subtítulo
30. Universidade Gama Filho | 29
precedido de dois pontos, se houver, natureza, objetivo, nome da instituição
a que é submetido, nome, titulação e assinatura dos membros componentes da
banca examinadora; a data é colocada após a aprovação do trabalho seguindo-se
a assinatura dos membros componentes da banca examinadora (diagramação no
apêndice C); no caso de o TCC ser realizado em grupo, a folha de avaliação será
única, relacionando-se os nomes dos componentes em coluna e a seguir o registro
da respectiva nota; o critério para a atribuição de nota, se individual ou única para
todo o grupo, deve ser definido na regulamentação do TCC do respectivo curso;
d) errata: elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha de rosto,
constituído pela referência do trabalho e pelo texto da errata e disposto da
seguinte maneira:
ERRATA
Folha Linha Onde se lê Leia-se
32 3 publicacao publicação
e) edicatória(s): elemento de caráter opcional, colocado logo após a folha de
aprovação, constitui espaço para o autor homenagear alguém e se caracteriza,
geralmente, por forte componente afetivo (diagramação livre, com título
centralizado na altura da margem superior);
f) agradecimento(s): elemento também opcional, colocado após a dedicatória, é
dirigido a pessoas ou instituições que, de alguma forma, facilitaram o trabalho
(diagramação livre e título centralizado na altura da margem superior);
g) epígrafe: elemento opcional colocado após o agradecimento; geralmente é usada
uma citação que sintetiza a mensagem central do trabalho, sendo indispensável a
identificação da fonte (diagramação livre e título colocado na altura da margem
superior); também podem constar epígrafes nas folhas de abertura das seções
primárias do documento seguindo igual orientação;
h) ficha catalográfica: a ABNT, através, da mesma norma, recomenda que seja parte
do trabalho, colocada no verso da folha de rosto (contendo os dados referenciais
de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano vigente) (apêndice
D); a produção da ficha catalográfica é de responsabilidade da Biblioteca da
31. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 30
Instituição, mas é responsabilidade do aluno solicitá-la em tempo hábil fornecendo
as informações necessárias para a bibliotecária criá-la;
i) resumo: elemento de presença obrigatória, com apresentação concisa dos pontos
relevantes da abordagem, fornecendo uma visão clara do conteúdo, objetivo e
método e conclusões ressaltando, ainda, a indispensável articulação: problema,
objetivo, método e resultado; o resumo de trabalho acadêmico (tese, dissertação,
monografia, relatório) deve conter de 150 a 500 palavras, de acordo com a categoria
de trabalho (apêndice E);
j) lista de ilustrações: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com
a ordem em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome
específico, acompanhado do respectivo número da página;
k) lista de tabelas: elemento opcional que deve ser elaborada de acordo com a ordem
em que aparecem no texto, com cada item designado por seu nome específico,
acompanhado do respectivo número da página;
l) lista de abreviaturas e siglas: elemento opcional que consiste na relação
alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou
expressões correspondentes grafadas por extenso; recomenda-se a elaboração
de lista própria para cada tipo;
m) lista de símbolos: elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a
ordem apresentada no texto, com o devido significado;
n) glossário: relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições;
o) sumário: elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas dos respectivos
números de página. “Os elementos pré-textuais não devem constar do sumário.”
(NBR 6027, 2003, p. 2). Título centralizado na altura da margem superior.
5.2. Partes textuais
Correspondem às três partes principais do trabalho acadêmico: introdução
desenvolvimento e conclusão.
32. Universidade Gama Filho | 31
5.2.1. Introdução
Tem a função de situar o leitor em relação ao contexto do trabalho e despertar-lhe o
interesse pelo conteúdo. Formulada em linguagem simples, deve conter informações suficientes
para que ele perceba o norteamento da abordagem: explicitação dos motivos da escolha do
assunto, acompanhada da indicação do problema ou da questão básica da pesquisa, identificação
dos aspectos teóricos que fundamentaram seu conteúdo, as técnicas de coleta dos dados e
indicação dos objetivos pretendidos. Estas informações são retiradas do projeto de pesquisa
cuja elaboração precedeu, necessariamente, a realização do trabalho.
Em termos metodológicos, recomenda-se que a introdução seja o último tópico do
texto a ser elaborado. Entretanto, tem-se observado, na orientação de monografias, que alguns
alunos sentem-se mais seguros quando escrevem uma introdução provisória que é revista ao
final do processo, com a ampliação do conteúdo.
5.2.2. Tópicos do desenvolvimento
Também denominado corpo do trabalho, constitui uma demonstração, de forma
logicamente articulada, do conteúdo da produção acadêmica. “É a parte principal do texto que
contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções,
que variam em função da abordagem do tema e do método.” (NBR 14724, 2005, p. 6).
5.2.3. Conclusão
Nesta parte o autor apresenta as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses
e os resultados alcançados. Neste tópico do trabalho não cabem novas argumentações e nem
o uso de citações, mas um posicionamento consistente tendo por base o que foi explanado no
desenvolvimento.
Na prática, o autor deve fazer uma releitura do conteúdo dos capítulos, identificando
a evolução da sua linha de pensamento para uma tomada de posição coerente e crítica; com
esta recomendação pretende-se chamar a atenção para que construa um texto próprio que não
tenha características de mero resumo das idéias defendidas. É facultado o encaminhamento de
questões para novas pesquisas, sugestões e/ou recomendações, a partir dos resultados obtidos,
procedimento este que valoriza a produção acadêmica porque indica a presença de pensamento
prospectivo do autor em relação à problemática tratada no seu trabalho.
33. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 32
5.3. Partes pós-textuais
São elementos colocados a seguir do texto. As referências organizadas de acordo com
a NBR 6023:2002 da ABNT são de presença obrigatória, com apresentação na ordem alfabética
dos sobrenomes dos autores e dos elementos que os substituem.
Também são elementos pós-textuais, porém opcionais: glossário, apêndice(s), anexo(s),
e índices.
a) glossário: “Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (NBR
14724, 2005, p. 2); é elaborado em ordem alfabética;
b) apêndice: “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar sua
argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.” (NBR 14724, 2005,
p. 2);
c) anexo: “Texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamentação,
comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2005, p. 1);
d) índice: “Lista de palavras ou frases ordenadas segundo determinado critério, que
focaliza e remete para as informações contidas no texto.” (NBR 14724, 2005, p. 2);
de acordo com essa norma sua organização segue os critérios constantes de NBR
6024:1989.
Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e
respectivos títulos. Neste documento foi usado, ainda, um índice numérico como recurso para
distinguir, numa mesma categoria de apêndice, os modelos indicados para a graduação e a pós-
graduação.
Exemplos:
APÊNDICE A¹ - MODELO DE CAPA PARA A GRADUAÇÃO
APÊNDICE A²- MODELO DE CAPA PARA A PÓS-GRADUAÇÃO
APÊNDICE B¹ - MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A GRADUAÇÃO
APÊNDICE B²- MODELO DE FOLHA DE ROSTO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO
A identificação dos anexos segue a mesma orientação usada para os apêndices.
34. 6. PADRONIZAÇÃO GRÁFICA
O cumprimento dos requisitos de padronização gráfica pelos alunos da graduação e da
pós-graduação lato sensu da UGF garantirá unidade na apresentação dos respectivos trabalhos.
Segundo a NBR 14724 (2005, p. 8),
Todo o texto deve ser digitado ou datilografado com espaço 1,5 [entrelinhas],
executando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas
das ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome
da instituição a que é submetida e área de concentração [texto da folha de rosto], que
devem ser digitados ou datilografados em espaço simples. As referências ao final do
trabalho devem ser separadas entre si por dois espaços simples.
Em relação à estrutura dos trabalhos a mesma norma estabelece que “Os títulos das
seções devem começar na parte superior da mancha e ser separados do texto que os sucede por
dois espaços 1,5 entrelinhas. Da mesma forma, os títulos das subseções devem ser separados do
texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5.” (NBR 14724, 2005, p. 8). O aluno
dispõe de recursos para visualizar a formatação das páginas consultando o apêndice F deste
documento.
Começando pelos respectivos indicativos numéricos, os títulos das seções primárias
(numeral inteiro) devem ser alinhados junto à margem esquerda do texto. Para ampliar o espaço
entre os títulos de seção e o início do texto, ou entre títulos de diferentes níveis sugere-se o
uso de recursos de formatação abordados no tópico 6.2 deste tópico, no sentido de obter uma
estética equilibrada em termos de espacejamento.
Indica-se como fonte o tipo de letra Times New Roman por considerá-la mais próxima
da utilizada nas publicações, por tornar mais claros os destaques em negrito, ter caracteres
uniformes em termos de espaço ocupado e, além disto, ser mais econômica em termos de
impressão.
6.1. Padrões para digitação de trabalhos acadêmicos
A ABNT define padrões mínimos para a digitação e apresentação de trabalhos
acadêmicos (tipo de papel, tamanho de fonte, margens e paginação), os quais foram ampliados
nesta norma conforme indicado a seguir:
a) tipo de papel: formato A4, de 21cmx29,7cm, branco, opaco, com textura 75g/m2 e
impressão na cor preta;
35. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 34
b) linguagem: MS XP, utilizando a fonte Times New Roman tamanho 12 para todo
o texto e 10 para: citações com mais de três linhas, notas de rodapé, legendas das
ilustrações e tabelas, numeração das páginas;
c) espacejamento: 1,5 linha para todo o texto, incluindo o cabeçalho da capa e da
folha de rosto; espaço simples para as citações com mais de três linhas, as notas de
rodapé, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha catalográfica, a parte da folha
de rosto onde são registrados a natureza e o objetivo do trabalho ou grau pretendido,
titulação correspondente; espaço simples, ainda, para as referências, com ampliação
desse espaço entre uma e outra referência com recurso da formatação de parágrafo
(orientação apresentada no tópico 6.2); no caso de equações e fórmulas, dentro do
texto, também é permitido ampliar a entrelinha de modo a comportar os diferentes
elementos das mesmas (NBR 14724, 2005);
d) margens: superior e esquerda: 3cm; direita e inferior: 2cm (tópico 6.2.1); as
páginas pré-textuais e as capitulares visualmente terão maior margem superior em
decorrência de formatação específica de títulos que é feita, na prática, colocando-se
o cursor à esquerda do título e, em seguida, vai-se ao menu formatar parágrafo
marcando no espaçamento 6 pt antes;2
e) parágrafo: recuo de 1,5cm para o corpo do texto; no caso de citações destacadas
(com mais de três linhas) o recuo indicado é de 4cm também marcados a partir da
margem do texto;
f) nota de rodapé: separada do corpo do texto por um filete de 3cm, fonte 10 com o
número em sobrescrito (tópico 6.2 deste documento);
g) paginação: a ABNT (NBR 14724, 2005, p. 8) normalizou a numeração das páginas
de trabalhos acadêmicos indicando que
[...] numeradas de maneira contínua sua paginação deve dar seguimento à do texto
principal. Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada, a partir da primeira
folha da parte textual [introdução], em algarismos arábicos, no canto superior direito
da folha, a 2 cm da borda direita superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda
direita da folha. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser
mantida uma única seqüência [sic] de numeração das folhas, do primeiro ao último
volume. Havendo apêndice e anexo, as suas folhas devem ser numeradas [...]
2
Recomenda-se correção da margem inferior para 1,5 caso a impressão apresente espaço maior que o indicado
(figura 1, p. 42).
36. Universidade Gama Filho | 35
Nesta norma, recomenda-se que as páginas capitulares não sejam numeradas, a exemplo
da paginação de livros praticada pelas editoras que registram os números na parte superior da
folha. A marcação das margens e parágrafos está ilustrada no apêndice F.
6.2. Orientação para formatação do documento
A ABNT define padrões mínimos para a apresentação de trabalhos acadêmicos
indicando: margens, espaço entre linhas, fonte, recuo para citações de mais de três linhas,
contagem e numeração de páginas. Entretanto, observa-se que estes padrões não são suficientes
para garantir uma boa estética na editoração do texto como um todo.
Neste documento procurou-se ampliar estes padrões apresentando indicações
suficientes para que o aluno possa usar mais recursos disponibilizados pelo aplicativo Word e,
assim, digitar, formatar e editar o texto da sua produção acadêmica com um padrão estético de
qualidade.
A configuração de página e a formatação do documento dependem do uso adequado
de ferramentas disponíveis no programa Word, o que implica definição prévia de diversos itens
que as compõem. Com as ilustrações que se seguem pretende-se facilitar a realização da tarefa
sem a pretensão de esgotar os recursos deste aplicativo. Cada caixa de configuração apresenta
duas ou mais fichas que também deverão ser configuradas e que estão sendo identificadas (com
números) pela sua localização na caixa principal.
6.2.1. Configuração de página
Ao iniciar o trabalho, a primeira tarefa do digitador é fazer a configuração de página,
seguindo os seguintes passos (figura 1):
a) Menu arquivo Þ configurar página Þ marcar as margens (1) Þ OK
Caso seja necessário configurar outras fichas da caixa, o digitador passa para a seguinte
e, ao final, volta clicando OK nas fichas até chegar à primeira ficha.
A marcação a partir da margem > cabeçalho define a colocação correta do número
da página e das notas de rodapé.
37. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 36
Figura 1 - Configuração de página (margens)
b) Menu arquivo Þ configurar página Þ definir tamanho e orientação do papel (2) Þ OK
Figura 2 - Configuração de página (tamanho do papel)
6.2.2. Formatação da fonte
a) Menu formatar fonte na ficha de fonte (1) marcar: tipo de letra: Times New
Roman; estilo: normal; tamanho: 12 para o texto comum OK
38. Universidade Gama Filho | 37
Figura 3 - Fonte (tipo, estilo e tamanho)
b) Menu formatar Þ fonte Þ clicar na ficha caracteres (2) Þ marcar somente dimensão:
100; espaçamento: expandido: 0,2 Þ OK
39. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 38
Figura 4 - Fonte (espaçamento de caracteres)
6.2.3. Formatação de parágrafo
Menu formatar Þ parágrafo Þ marcar na ficha (1): recuo e espaçamento
alinhamento: justificado nível do tópico: corpo do texto
Recuo esquerdo: 0 cm especial: primeira linha 1,5 cm
espaçamento: depois 6 pt entrelinhas: 1,5 linha OK
Quando for necessário, flexibilizar os espaços entre linhas usar a pontuação antes ou
depois na caixa espaçamento (figura 5, p. 45).
40. Universidade Gama Filho | 39
Figura 5 - Parágrafo (recuos e espaçamento)
6.2.4. Inserção de quebra de seção
Menu inserir Þ quebra Þ quebra de seção próxima página Þ OK
Usado em caso de término de capítulo, porque a primeira página do capítulo seguinte
não recebe numeração.
41. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 40
Figura 6 - Quebra (página e seção)
6.2.5. Numeração de página
Menu inserir número de páginas: marcar: posição início da página, alinhamento:
direita; desmarcar: mostrar número na primeira página clicar em formatar (abre-se outra
janela - figura 8).
Figura 7 - Numeração de página (posição e alinhamento)
42. Universidade Gama Filho | 41
(Janela na figura 8) marcar em: iniciar em: (inserir o número da página) ou em continuar da
seção anterior fechar a janela.
Figura 8 - Formatação do número de página
Ao dar OK nas duas janelas (figura 8 e 7), as folhas serão numeradas corretamente se
o digitador tiver feito as quebras de seção de forma adequada.
6.2.6. Equações e fórmulas
Em meio a um texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte os seus
expoentes, índices e outros elementos.
“Para facilitar a leitura, devem ser destacadas do texto e, se necessário, numeradas
com algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita.” (NBR 14724, 2005, p. 9).
Caso elas sejam extensas, devem ser fragmentadas em mais de uma linha, interrompidas
antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação ou
divisão.
(x2 + y2)/z = n (1)
Para facilitar a formatação de equações e fórmulas pode-se usar o programa Microsoft
Word Equation seguindo os seguintes passos:
Menu inserir Þ objeto Þ Microsoft Word Equation Þ OK
43. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 42
6.3. Sistematização das seções estruturais do trabalho acadêmico
A organização do trabalho acadêmico deve obedecer a uma ordem lógica na sua
organização, no sentido de facilitar a compreensão da sua estrutura e visualização da hierarquia
dos tópicos e subtópicos dando, ao leitor, uma visão global da forma de abordagem do assunto.
Segundo a NBR 14724 (2005, p. 9), “Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho,
deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto.” Este sistema é de fácil
aplicação, mas exige que o aluno conceba essa estruturação seguindo os desdobramentos de
forma coerente e discuta com o professor orientador do trabalho.
Na prática, essa estrutura constitui o conteúdo do sumário (cf. o tópico 5.1) e, ao
elaborá-lo, é indispensável que o aluno esteja atento para o uso das subdivisões porque somente
se justifica desdobrar um tópico se a estrutura do trabalho nele comportar, pelo menos, dois
subtópicos.
“Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem
iniciar em folha distinta.” (NBR 14724, 2005, p. 9). A seguir, a mesma norma recomenda o
uso de algum recurso (negrito, itálico, redondo, caixa alta, versal, grifo ou outro) para destacar,
gradativamente, a hierarquização dos títulos nos desdobramentos das seções.
Na estrutura do trabalho acadêmico apenas os elementos textuais recebem indicativos
numéricos, da introdução à conclusão e são hierarquizados de acordo com a orientação que
se segue. Os elementos pré-textuais e pós-textuais, que não recebem indicativos numéricos,
devem ser centralizados e grafados com todas as letras maiúsculas.
Os indicativos numéricos de todas as seções deverão ser alinhados junto à margem
esquerda do texto, seguidos dos respectivos títulos. Recomenda-se que os desdobramentos
sejam usados, no máximo, até a seção terciária, pois a experiência tem demonstrado que, a
partir da quarta subdivisão, o conteúdo do trabalho geralmente é constituído de enumerações.
No caso das enumerações com letras minúsculas e/ou marcadores, recomenda-se afastamento
no alinhamento do parágrafo (1,5cm) destacando com negrito apenas os títulos das mesmas,
como praticado neste documento.
44. Universidade Gama Filho | 43
2. TÍTULO DE SEÇÃO PRIMÁRIA NEGRITADO COM TODAS AS LETRAS
MAIÚSCULAS
2.1. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula
2.1.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula
2.1.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.1.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.1.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula
2.1.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.1.2.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.2. Título de seção secundária negritado com apenas a letra inicial maiúscula
2.2.1. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula
2.2.1.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.2.1.2. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.2.2. Título de seção terciária com apenas a letra inicial maiúscula
2.2.2.1. título de seção quaternária com todas as letras minúsculas
2.2.2.2. título da seção quaternária com todas as letras minúsculas
6.4. Figuras de realce
É indispensável que haja unidade no uso de figuras de realce na redação de trabalhos
acadêmicos. Para efeito desta norma destacam-se, a seguir, os recursos mais comuns:
a) aspas: uso somente em citação direta ou cópia de parte de texto lido com até três
linhas, uma vez que as mais extensas serão registradas como indicado no tópico 8.2
deste documento, o que já as identifica como tal, dispensando-se as aspas;
b) negrito: indicado pela NBR 6023/2002, entre outros, para destacar título (mas
não subtítulo) de livro, monografia, dissertação, tese, nome de revista, jornal, as
palavras-chave de uma enumeração (cf. uso neste tópico); é recomendado, ainda,
como recurso para destaque na hierarquização das seções do trabalho acadêmico
como indicado no tópico 6.3 deste documento;
45. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 44
c) itálico: utilizado para grafar palavras em língua estrangeira que não tenham sido
incorporadas pelo Vocabulário da Língua Portuguesa (2009) ou que estejam sendo
usadas em sentido figurado;
d) grifo (sublinhado): recurso reservado para algum outro tipo de destaque que não
se encaixe nessas categorias e cujo uso deve ser moderado para não sobrecarregar
o texto.
O uso criterioso dos recursos de destaque exige, do autor do trabalho, clareza na
estruturação do pensamento e, consequentemente, facilita a compreensão do conteúdo da
mensagem, por parte do leitor.
46. 7. NORMAS PARA A REFERENCIAÇÃO DAS FONTES CONSULTADAS
Os dados correspondentes à referência de um material consultado devem ser coletados
na própria obra: na ficha catalográfica do livro ou, na sua falta, no verso da folha de rosto; no caso
de revistas, na página onde se localizam as informações técnicas sobre a publicação e nas demais
fontes pesquisadas no próprio material.
7.1. Conceito
Referência é o conjunto de elementos descritivos definidos e padronizados pela ABNT
que, retirados de um documento disponibilizado para consulta (monografias, dissertações, teses,
relatórios de pesquisa) é suficiente para sua localização individual em bibliotecas, livrarias.
A referência é constituída por elementos essenciais, obrigatoriamente presentes: autoria,
título e subtítulo, se houver, edição quando se tratar de livro, dados da imprenta (nome da cidade
da publicação, editora e data). Os elementos complementares são: número total de páginas em
livros e similares, descrição física e, quando se tratar de material traduzido, indicação de tradutor
e título original.
Esta norma não se aplica às descrições usadas em bibliotecas na catalogação das obras
do acervo e nem as substitui.
7.1.1. Documentos referenciáveis
A NBR 6023/2002 normaliza a referenciação de livros, artigos de revista, matérias
publicadas em jornal, produções acadêmicas (monografias, dissertações, teses, relatórios de
pesquisa), comunicações em eventos acadêmicos, científicos e culturais, legislação, patentes,
materiais apresentados através de meios eletrônicos (disponibilizados na internet), imagem
em movimento, documentos iconográficos (gravuras, fotografias, pinturas), cartográficos,
sonoros, partituras musicais, documentos tridimensionais (esculturas, maquetes, objetos e suas
representações como ossos, fósseis).
7.1.2. Elementos essenciais da referência
7.1.2.1. autoria
a) pessoa física: a obra pode ter um, dois, três ou mais autores e, ainda, coordenador
ou organizador;
47. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 46
b) pessoa jurídica: a produção é de responsabilidade de entidades governamentais,
empresas, associações;
c) sem autoria: obras sem autoria definida que, geralmente, são folclóricas.
7.1.2.2. título e edição
Título abrangente ou geral é separado do subtítulo por dois pontos (:). A edição é indicada
somente a partir da segunda e registrada com numeral cardinal, seguido de ponto e da abreviatura
da palavra edição (exemplo: 2. ed.); não cabe o uso da letra a em sobrescrito (2ª). Indicam-se,
ainda, emendas e acréscimos à edição de forma abreviada (exemplo: 2. ed. rev. e ampl.). No caso
de publicações em língua estrangeira estes registros são feitos no respectivo idioma.
7.1.2.3. local
É representado pelo nome, por extenso, da cidade onde se situa a editora. Nos casos
de cidades homônimas, o nome é acompanhado da sigla do respectivo estado, para definir a sua
localização; se a editora tiver indicação de duas cidades, registra-se o nome da primeira ou da
mais destacada. Se a cidade não estiver registrada na obra, mas puder ser identificada, registra-
se o nome entre colchetes [ ]; caso contrário, usa-se a expressão Sine loco (que significa sem
local) entre colchetes [S. l.].
7.1.2.4. editora
Registra-se o nome da editora como aparece no documento, suprimindo-se a palavra
editora e as indicações de natureza jurídica ou comercial (Ltda, S/A); quando o nome da editora
corresponde ao de uma pessoa física, abreviam-se os prenomes (exemplo: J. Olympio e não
Livraria José Olympio Editora). Admite-se o uso da abreviatura da palavra editora quando se
tratar de editoras das universidades (Ed. da UGF, Ed. da UFPR, Ed. da UnB).
Quando houver duas editoras indicam-se ambas, com os respectivos locais, separando-
as por (;). Se forem três, registra-se a primeira ou a que estiver em destaque. Quando a editora
não puder ser identificada, usa-se a expressão sine nomine abreviada entre colchetes [s. n.]. No
caso de a cidade e a editora não constarem da obra, estes registros são feitos de forma associada
[S. l.: s. n.].
Quando a editora é a mesma instituição ou pessoa responsável pela autoria e já tiver
sido mencionada no início da referência, não aparece na posição da editora, respeitando-se a
pontuação entre os elementos.
48. Universidade Gama Filho | 47
7.1.2.5. data
A data da publicação é registrada em algarismos arábicos sem separação entre eles.
Como se trata de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja
da publicação, distribuição, impressão, apresentação ou do copyright.
Se nenhuma data puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes:
um ano ou outro [1945 ou 1946]; provável [1950 ?]; intervalos menores de vinte anos [entre
1932 e 1938]; data aproximada [ca 1920]; década certa [195_ ]; década provável [193_ ?]; século
certo [18_ _]; século provável [18 _ _ ?].
No caso de data completa usada para referenciar artigos de revista, documentos coletados
na internet, matéria de jornal, com exigência de informações relacionadas a dia, mês, ano, registra-
se o nome do mês abreviado, com a letra inicial minúscula seguida de ponto (jan. abr. dez.), com
exceção de maio que é usado por extenso, no idioma original da publicação.
7.2. Referenciação de materiais de uso mais frequente
Como parte pós-textual obrigatória em todo trabalho acadêmico, as referências são
relacionadas na ordem alfabética dos sobrenomes dos autores e equivalentes, quando se tratar
de autoria de pessoa jurídica ou de materiais sem autoria. Cada elemento da referência tem a sua
apresentação normalizada pela NBR 6023/2002, da ABNT, dentro de uma sequência própria a
cada tipo de material.
7.2.1. Livros usados como um todo
a) autor único
SOBRENOME, Nome do Autor. Título do livro: subtítulo (se houver). Número da edição.
Cidade: Editora, ano.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São
Paulo: Cortez, 2002.
b) dois ou três autores
BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2. ed. ampl. São Paulo: Makron
Books, 2000.
49. Normas para Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso, Monografia, Dissertação e Tese | 48
c) mais de três autores
LUCKESI, Cipriano Carlos et al. Fazer universidade: uma proposta metodológica. 13. ed. São
Paulo: Cortez, 2003.
d) autor organizador ou coordenador
GOULART, Íris Barbosa (Org.). A educação na perspectiva construtivista. 2. ed. Petrópolis:
Vozes, 1995.
e) autor com partícula de parentesco no sobrenome
MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da Informática. São Paulo:
Saraiva, 2002.
f) autor de nome espanhol
BLANCO COSSIO, Fernando Andrés. Disparidades econômicas internacionais, capacidades
de recursos tributários, esforço fiscal e gasto público no federalismo brasileiro. Rio de
Janeiro: BNDES, 1998.
g) sobrenome composto
CASTELLO BRANCO, Renato. Pátria amada: o Brasil em poemas. São Paulo: T. Queiroz, 1994.
SANTA ROSA, Eliza. Quando o brincar é dizer não: a experiência psicanalítica na infância.
Rio de Janeiro: Reluma-Dumará, 1993.
h) sobrenomes ligados por hífen
PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do vínculo. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
i) sem autoria
CONTROLE interno das empresas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
j) obra publicada sob pseudônimo
ATHAYDE, Tristão de. O jornalismo como gênero literário. São Paulo: EDUSP, 1990.
l) livro editado pelo autor (pessoa física ou instituição)
HRYNIEWICZ, Severo. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro, 1999.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação: 1994-1995. Viçosa,
MG, 1996.