SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 401
Downloaden Sie, um offline zu lesen
INSS
TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
                LÍNGUA PORTUGUESA
                 RACIOCÍNIO LÓGICO
                    INFORMÁTICA
                     MATEMÁTICA
                    ATUALIDADES
             ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
               REGIME JURÍDICO ÚNICO
       PREVIDÊNCIA - CONJUNTURA E ESTRUTURA
         CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES




   1
Sumário
    005   Língua Portuguesa
    073   Raciocínio Lógico
    087   Informática
    193   Matemática
    233   Atualidades
    263   Ética no Serviço Público
    271   Regime Jurídico Único (Lei 8.112/90)
    295   Previdência - Conjuntura e Estrutura
    317   Conhecimentos Complementares
    337   Exercícios




3
Língua Portuguesa




         Língua
       Portuguesa
07   Interpretação de textos e Tipologia textual
18   Fonética, ortografia e acentuação gráfica
24   Emprego das classes de palavras
34   Crase
35   Sintaxe da oração e do período
39   Pontuação
42   Concordância verbal e nominal
46   Regência verbal e nominal
48   Significação das palavras
51   Redação de correspondência oficial
65   Novo Acordo Ortográfico


                                                                  5




               5
Língua Portuguesa

                                INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
                                    TIPOLOGIA TEXTUAL
I. Tipologia Textual




Obs.: Às vezes, um fragmento pode apresentar características que o assemelham a uma descrição e também a uma
      narração. Nesse caso, é interessante observar que em um fragmento narrativo a relação entre os fatos
      relacionados é de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorre
      depois. Em uma narração ocorre a progressão temporal. Já na descrição a relação entre os fatos é de
      simultaneidade, ou seja, os fatos relacionados são concomitantes, não ocorrendo progressão temporal.




                                                                                                                 7
Língua Portuguesa




Classifique os trechos abaixo. Marque:                                  Texto para a questão 07.
(A)    Narração
(B)    Descrição                                          1          (...) em volta das bicas era um zunzum cres-
(C)    Dissertação                                             cente; uma aglomeração tumultuosa de machos e
                                                               fêmeas. Uns após outros, lavavam a cara, incomo-
01. Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem,
                                                               damente, debaixo do fio de água que escorria da
    em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos
                                                          5    altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As
    da Fonseca. No local habitavam o proprietário, sua
    esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em             mulheres precisavam já prender as saias entre as
    um dos quartos que, por sorte, ficava na frente do         coxas para não as molhar, via-se-lhes a tostada
    prédio.                                                    nudez dos braços e do pescoço que elas despiam
                                                               suspendendo o cabelo todo para o alto do casco;
02. O mundo moderno caminha atualmente para sua           10   os homens, esses não se preocupavam em não
    própria destruição, pois tem havido inúmeros con-          molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem
    flitos internacionais, o meio ambiente encontra-se         debaixo da água e esfregavam com força as ventas
    ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e,              e as barbas, fossando e fungando contra as pal-
    além do mais, permanece o perigo de uma catás-             mas das mãos. As portas das latrinas não descan-
    trofe nuclear.                                        15   savam, era um abrir e fechar de cada instante, um
                                                               entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá
03. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente
                                                               dentro e vinham ainda amarrando as calças ou sai-
    ou através dos meios de comunicação, era logo
    levada a sentir que dele emanava uma serenida-             as; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir,
    de e autoconfiança próprias daqueles que vivem             despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fun-
    com sabedoria e dignidade.                            20   dos, por detrás da estalagem ou no recanto das
                                                               hortas. (Aluísio Azevedo, O Cortiço)
04. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de
    um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem     07. O fragmento acima pode ser considerado:
    a nação tanto precisava naquele momento de de-       a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma
    samparo.                                                 progressão temporal de modo que um pode ser
                                                             considerado anterior ao outro.
05. Em virtude dos fatos mencionados, somos leva-        b) um típico fragmento dissertativo em que se obser-
    dos a acreditar na possibilidade de estarmos a           vam muitos argumentos.
    caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de     c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados
    todos nós que algo possa ser feito no sentido de         uma progressão temporal: um enunciado não pode
    conter essas diversas forças destrutivas, para po-       ser considerado anterior ao outro.
    dermos sobreviver às adversidades e construir um     d) descritivo, pois os argumentos apresentados são
    mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente        objetivos e subjetivos.
    habitado pelas gerações vindouras.
                                                         08.     Filosofia dos Epitáfios
06. O homem, dono da barraca de tomates, tentava,
    em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por        1       Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler
    que brigavam, mas sei o que vi: a mulher imensa-         os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são,
    mente gorda, mais do que gorda, monstruosa, er-          entre a gente civilizada, uma expressão daquele
    guia os enormes braços e, com os punhos cerra-           pio e secreto egoísmo que induz o homem a ar-
    dos, gritava contra o feirante. Comecei a me as-       5 rancar à morte um farrapo ao menos da sombra
    sustar, com medo de que ela destruísse a barraca         que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolá-
    — e talvez o próprio homem — devido à sua fúria          vel dos que sabem os seus mortos na vala co-
    incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com       mum; parece-lhes que a podridão anônima os al-
    sua raiva crescente e ficando cada vez mais ver-         cança a eles mesmos.
    melha, assim como os tomates, ou até mais.            (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)

8




                    8
Língua Portuguesa

       Do ponto de vista da composição, é correto afir-                miniatura, a visão prefigurada do paraíso que san-
       mar que o capítulo “Filosofia dos Epitáfios”                    tos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e,
                                                                       embora pudesse parecer bom demais para a vida
a)     é predominantemente dissertativo, servindo os              20   humana, foi o que encontrei.
       dados do enredo do ambiente como fundo para a                        Com igual paixão busquei o conhecimento.
       digressão.                                                      Desejei compreender os corações dos homens.
b)     é predominantemente descritivo, com a suspen-                   Desejei saber por que as estrelas brilham. E ten-
       são do curso da história dando lugar à construção               tei apreender a força pitagórica pela qual o núme-
       do cenário.                                                25   ro se mantém acima do fluxo. Um pouco disso,
c)     equilibra em harmonia narração e descrição, à                   não muito, encontrei.
       medida que faz avançar a história e cria o cenário                    Amor e conhecimento, até onde foram possí-
       de sua ambientação.                                             veis, conduziram-me aos caminhos do paraíso.
d)     é predominantemente narrativo, visto que o narrador             Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Ter-
       evoca os acontecimentos que marcaram sua saída.            30   ra. Ecos de gritos de dor reverberam em meu co-
                                                                       ração. Crianças famintas, vítimas torturadas por
II.    ROTEIRO PARA LEITURA DE TEXTOS                                  opressores, velhos desprotegidos – odiosa carga
                                                                       para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão,
•       ler atentamente o texto, tendo noção do conjunto               pobreza e dor transformaram em arremedo o que
•      compreender as relações entre as partes do texto           35   a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente
•        sublinhar momentos mais significativos                        aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.
•      fazer anotações à margem                                            Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivi-
                                                                       da e vivê-la-ia de novo com a maior alegria se a
III.   ENTENDIMENTO DO TEXTO                                           oportunidade me fosse oferecida.

       O que deve ser observado para chegar à melhor                     (RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura,
       compreensão do texto?                                                 Enciclopédia Bloch, n. 53, set.1971, p.83)

1.     PALAVRAS-CHAVE                                                  O texto é constituído de cinco parágrafos que se
                                                                       encadeiam de forma coerente, a partir das pala-
            Palavras mais importantes de cada parágrafo,               vras-chave vida e paixões do primeiro parágrafo:
       em torno das quais outras se organizam, criando
       uma ligação para produzirem sentido. As palavras-               palavras-chave
       chave aparecem, muitas vezes, ao longo do texto        •        1º parágrafo – vida / paixões
       de diversas formas: repetidas, modificadas ou re-      •        2º parágrafo - amor
       tomadas por sinônimos. As palavras-chave formam        •        3º parágrafo - conhecimento
       o alicerce do texto, são a base de sua sustentação,    •        4º parágrafo - compaixão
       levam o leitor ao entendimento da totalidade do tex-   •        5º parágrafo – vida
       to, dando condições para reconstruí-lo.
                                                              As palavras-chave vida e paixões prolongam-se em:
•      atenção especial para verbos e substantivos;           amor, conhecimento e compaixão. Cada parágrafo irá
•      o título é uma boa dica de palavra-chave.              ater-se a cada uma dessas paixões.

       Observe o texto de Bertrand Russel, “Minha Vida”,      Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10.
       a fim de compreender a forma como ele está cons-
       truído:                                                    1   É universalmente aceito o fato de que sai mais
                                                                 cara a reparação das perdas por acidentes de tra-
 1          Três paixões, simples mas irresistivelmente          balho que o investimento em sua prevenção. Mas,
       fortes, governaram minha vida: o desejo imenso            então, por que eles ocorrem com tanta freqüência?
       do amor, a procura do conhecimento e a insupor-        5      Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal
       tável compaixão pelo sofrimento da humanidade.            fato exige apenas o trabalho de observar obras de
 5     Essas paixões, como os fortes ventos, levaram-            engenharia civil, ao longo de qualquer trajeto por
       me de um lado para outro, em caminhos capricho-           ônibus ou por carro na cidade. E quem poderia
       sos, para além de um profundo oceano de angús-            suprir as deficiências da fiscalização oficial – os
       tias, chegando à beira do verdadeiro desespero.        10 sindicatos patronais ou de empregados – não o
             Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase –        faz; se não for por um conformismo cruel, a tomar
10     êxtase tão grande que sacrificaria o resto de mi-         por fatalidade o que é perfeitamente possível de
       nha vida por umas poucas horas dessa alegria.             prevenir, terá sido por nosso baixo nível de organi-
       Procurei-o, também, porque abranda a solidão –            zação e escasso interesse pela filiação a entida-
       aquela terrível solidão em que uma consciência         15 des de classe, ou por desvio dessas de seus inte-
       horrorizada observa, da margem do mundo, o in-            resses primordiais.
15     sondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, final-            Falta também a educação básica, prévia a
       mente, porque na união do amor vi, em mística             qualquer treinamento: com a baixíssima escola-
                                                                 ridade do trabalhador brasileiro, não há compre-

                                                                                                                          9




                      9
Língua Portuguesa

20 ensão suficiente da necessidade e benefício dos                porte torna precários os programas governa-
    equipamentos de segurança, assim como da                      mentais para atendimento à demanda por saú-
    mais simples mensagem ou de um manual de                      de, educação, habitação, assistência previden-
    instruções.                                                   ciária e segurança pública.
        E há, enfim, o fenômeno recente da terceiriza-                Quanto aos trabalhadores sem anotação em
    ção, que pode estar funcionando às avessas, ao                carteira, formam um colossal conjunto de excluí-
25
    propiciar o surgimento e a multiplicação de em-               dos. Estão à margem dos benefícios sociais ga-
    presas fantasmas de serviços, que contratam a                 rantidos pelos direitos de cidadania, entre os
    primeira mão-de-obra disponível, em vez de sele-              quais vale citar o acesso à aposentadoria, ao
    cionar e de oferecer mão-de-obra especializada.               seguro-desemprego e às indenizações repara-
   (O Estado de S.Paulo – 22 de fevereiro de 1998 –               doras pela despedida sem justa causa. De outro
                                          adaptado)               lado, não recolhem a contribuição previdenciária,
                                                                  mas exercem fortes pressões sobre os serviços
09. Assinale a opção que apresenta as palavras-cha-               públicos de assistência médico-hospitalar.
    ve do texto.                                                      A reforma tributária poderá converter a expres-
a) aceitação universal – constatação – benefício –                sões toleráveis a economia informal. A redução
    escolaridade.                                                 fiscal incidente sobre as micro e pequenas em-
b) investimento em prevenção – deficiências – enti-               presas provocará, com certeza, a regularização
    dades – equipamentos.                                         de grande parte das unidades produtivas em ação
c) falta de fiscalização – organização – benefício –              clandestina. E a adoção de uma política consis-
    mão-de-obra.                                                  tente para permitir o aumento do emprego e da
d) prevenção de acidentes – fiscalização – educa-                 renda trará de volta ao mercado formal os milhões
    ção – terceirização.                                          de empregados sem carteira assinada. É preci-
e) crescimento – conformismo – treinamento – em-                  so entender que o esforço em favor da inserção
    presas.                                                       da economia no sistema mundial não pode pa-
                                                                  gar tributo ao desemprego e à marginalização
10. Assinale a opção INCORRETA em relação aos ele-                social de milhões de pessoas.
    mentos do texto.                                                                (Correio Braziliense – 13.7.97)
a) O pronome “eles” (l.4) refere-se a “acidentes de
    trabalho” (l.2 e 3).                                      1º parágrafo:
b) A expressão “tal fato” (l.5-6) retoma a idéia antece-
                                                                  palavras-chave: economia informal e trabalha-
    dente de “falta de fiscalização” (l.5).
                                                                  dores admitidos sem carteira assinada
c) Para compreender corretamente a expressão “não
                                                                  o último período do primeiro parágrafo apresenta
    o faz” (l.10 e 11), é necessário retomar a idéia de
                                                                  uma informação que vai nortear todo o texto: “Am-
    “suprir as deficiências da fiscalização oficial” (l.9).
                                                                  bas são portadoras de efeitos econômicos e soci-
d) A palavra “primordiais” vincula-se à idéia de “bási-
                                                                  ais catastróficos.”
    cos, principais”. (l.17)
e) “dessas” refere-se a “deficiências da fiscalização             Idéia-chave: Economia informal e trabalhadores
    oficial” (l.9).                                               admitidos sem carteira assinada trazem prejuí-
                                                                  zos econômicos e sociais.
2.   IDÉIAS-CHAVE
                                                              2° parágrafo:
     Se houver dificuldade para chegar à síntese do               palavra-chave: economia informal
     texto só pelas palavras-chave, deve-se buscar a              efeitos econômicos - perda de receitas tributárias
     idéia-chave, que deve refletir o assunto principal           efeitos sociais - precariedade dos programas
     de cada parágrafo, de forma sintetizada.                     sociais do governo
•    A partir da síntese de cada parágrafo, chega-se à            Idéia-chave: A perda de receitas tributárias cau-
     idéia central do texto.                                      sada pela economia informal prejudica os pro-
                                                                  gramas sociais do governo.
     Observe o texto:
                                                              3° parágrafo:
         Existem duas formas de operação marginal: a              palavra-chave: trabalhadores admitidos sem car-
     que toma a classificação genérica de economia                teira assinada
     informal, correspondente a mais de 50% do Pro-               efeitos econômicos - não recolhem contribuição
     duto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos             previdenciária
     trabalhadores admitidos sem carteira assinada.               efeitos sociais – não têm garantia de direitos
     Ambas são portadoras de efeitos econômicos e                 sociais
     sociais catastróficos.
         A atividade econômica exercida ao largo dos              Idéia-chave: Trabalhadores admitidos sem car-
     registros oficiais frustra a arrecadação de re-              teira assinada causam prejuízos econômicos por
     ceitas tributárias nunca inferiores a R$ 50 bi-              não recolherem contribuição previdenciária e so-
     lhões ao ano. A perda de receita fiscal de tal               frem os efeitos sociais, por não terem seus direi-
                                                                  tos assegurados.

10




                      10
Língua Portuguesa

4º parágrafo:                                               ( ) A culminação desse processo evolutivo encontra-
     há uma proposta de solução para cada um dos                se no conceito de risco social e na idéia correlata
     problemas apresentados no texto:                           de responsabilidade social.
     para a economia informal: reforma tributária –         ( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho
     redução fiscal para micro e pequenas empresas              noturno.
     para os trabalhadores sem carteira assinada:           ( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o
     política consistente para aumento do emprego e             normal desenvolvimento de seu organismo.
     da renda                                               ( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos
     Idéia-chave: A reforma tributária poderá minimi-           de atividade, os primeiros são aqueles que ocor-
     zar os efeitos da economia informal e uma política         rem pelo exercício do trabalho, provocando lesão
     consistente para aumento do emprego e da renda             corporal.
     pode provocar a formalização de contratos legais       ( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras
     para milhões de empregados.                                destinados a preservar a saúde do trabalhador.
     Idéia-central do texto:
                                                                 A seqüência numérica correta é:
     A economia informal tem efeitos econômicos e so-
                                                            a)   1, 3, 4, 5, 2.
     ciais prejudiciais ao indivíduo e ao sistema, mas
                                                            b)   3, 2, 1, 5, 4.
     ações políticas, como a reforma tributária, pode-
                                                            c)   2, 5, 3, 1, 4.
     rão estimular a regularização de empresas, bene-
                                                            d)   5, 1, 4, 3, 2.
     ficiado, também, os trabalhadores.
                                                            e)   2, 4, 5, 3, 1.
3.   COERÊNCIA
                                                            12. As propostas abaixo dão seguimento coerente e ló-
     Coerência é perfeita relação de sentido entre as
                                                                gico ao trecho citado, EXCETO uma delas. Aponte-a:
     diversas palavras e/ou partes do texto. Haverá co-
                                                                  “Provavelmente devido à proximidade com os
     erência se for mantido um elo conceitual entre os
                                                                perigos e a morte, os marinheiros dos séculos XV
     diversos segmentos do texto.
                                                                e XVI eram muito religiosos. Praticavam um tipo
                                                                de religião popular em que os conhecimentos teo-
4.   COESÃO
                                                                lógicos eram mínimos e as superstições muitas.”
     Quando lemos com atenção um texto bem cons-
                                                                       (Janaína Amado, com cortes e adaptações)
     truído, percebemos que existe uma ligação entre
     os diversos segmentos que o constituem. Cada
                                                            a)   Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa
     frase enunciada deve manter um vínculo com a
                                                                 sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à
     anterior ou anteriores para não perder o fio do pen-
                                                                 meia-noite.
     samento. Cada enunciado do texto deve estabele-
                                                            b)   Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre
     cer relações estreitas com os outros a fim de tor-
                                                                 todos os navegantes, costumava antepor a cada
     nar sólida sua estrutura. A essa conexão interna
                                                                 coisa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssi-
     entre os vários enunciados presentes no texto dá-
                                                                 ma Trindade farei isto”.
     se o nome de coesão. Diz-se, pois, que um texto
                                                            c)   Apesar disso, os instrumentos náuticos represen-
     tem coesão quando seus vários enunciados es-
                                                                 taram progressos para a navegação oceânica, fa-
     tão organicamente articulados entre si, quando há
                                                                 cilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segu-
     concatenação entre eles.
                                                                 rança e confiabilidade das rotas e viagens.
                                                            d)   Nos navios, que não raro transportavam padres,
11. Numere o conjunto de sentenças de acordo com o
                                                                 promoviam-se rezas coletivas várias vezes ao
    primeiro, de modo que cada par forme uma se-
                                                                 dia e, nos fins de semana, serviços religiosos
    qüência coesa e lógica. Identifique, em seguida, a
                                                                 especiais.
    letra da seqüência numérica correta (Baseado em
                                                            e)   Constituíam expressão de religiosidade dos ma-
    Délio Maranhão).
                                                                 rinheiros constantes promessas aos santos, indi-
                                                                 viduais ou coletivas.
(1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do tra-
    balho da segurança do trabalho.
                                                             Leia o texto para solucionar as questões 13 e 14.
(2) Na evolução por que passou a teoria do risco pro-
    fissional, abandonou-se o trabalho profissional
                                                             1     Cientistas de diversos países decidiram abra-
    como ponto de referência para colocar-se, em seu
                                                                çar, em 1990, um projeto ambicioso: identificar todo
    lugar, a atividade empresarial.
                                                                o código genético contido nas células humanas
(3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do tra-
                                                                (cerca de três bilhões de caracteres). O objetivo
    balho e doença do trabalho.
                                                             5 principal de tal iniciativa é compreender melhor o
(4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da
                                                                funcionamento da vida, e, conseqüentemente, a
    função da mulher no lar.
                                                                forma mais eficaz de curar as doenças que nos
(5) Motivos de ordem biológica, moral, social e eco-
                                                                ameaçam. Como é esse código que define como
    nômica encontram-se na base da regulamenta-
                                                                somos, desde a cor dos cabelos até o tamanho
    ção legal do trabalho do menor.
                                                             10 dos pés, o trabalho com amostras genéticas co-
                                                                lhidas em várias partes do mundo está ajudando


Degrau Cultural                                                                                                  11




                    11
Língua Portuguesa

   também a entender as diferenças entre as etnias           d)   As amostras para a pesquisa do Projeto Genoma
   humanas. Chamado de Projeto Genoma Huma-                       Humano estão sendo colhidas em diversas par-
   no, desde o seu início ele não parou de produzir               tes do mundo.
15 novidades científicas. A mais importante delas é a        e)   O racismo não tem fundamento científico; é um
   confirmação de que o homem surgiu realmente                    fenômeno que se forma apoiado em estruturas
                                                                  sociais e culturais.
   na África e se espalhou pelo resto do planeta. A
   pesquisa contribuiu também para derrubar velhas
                                                             15. Indique a ordem em que as questões devem se
   teorias sobre a superioridade racial e está provan-           organizar no texto, de modo a preservar-lhe a coe-
20 do que o racismo não tem nenhuma base científi-               são e coerência (Baseado no texto de José Onofre).
   ca. É mais uma construção social e cultural. O que
                                                             ( ) O País não é um velho senhor desencantado com
   percebemos como diferenças raciais são apenas                 a vida que trata de acomodar-se.
   adaptações biológicas às condições geográficas.           ( ) O Brasil tem memória curta.
   Originalmente o ser humano é um só.                       ( ) É mais como um desses milhões de jovens mal
                                   (ISTO É – 15.1.97)            nascidos cujo único dote é um ego dominante e
                                                                 predador, que o impele para a frente e para cima,
13. Assinale o item em que não há correspondência                impedindo que a miséria onde nasceu e cresceu
    entre os dois elementos.                                     lhe sirva de freio.
a) “tal iniciativa” (l.5) refere-se a “projeto ambicioso”.   ( ) “Não lembro”, responde, “faz muito tempo”.
b) “ele” (l.14) refere-se a “Projeto Genoma Humano”.         ( ) Lembra o personagem de Humphrey Bogart em
c) “delas” (l.15) refere-se a “novidades científicas”.           Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizera
d) “A pesquisa” (l.18) refere-se a “Projeto Genoma               na noite anterior.
    Humano”.                                                 ( ) Mas esta memória curta, de que políticos e jornalis-
e) “É mais” (l.21) refere-se a “Pesquisa”.                       tas reclamam tanto, não é, como no caso de Bo-
                                                                 gart, uma tentativa de esquecer os lances mais
14. Marque o item que NÃO está de acordo com as                  penosos de seu passado, um conjunto de desilu-
    idéias do texto.                                             sões e perdas que leva ao cinismo e à indiferença.
a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri-
    mordial reconhecer as diferenças entre as várias         a)   1, 2, 6, 5, 4, 3.
    raças do mundo.                                          b)   2, 5, 4, 6, 3, 1.
b) O ser humano tem uma estrutura única independen-          c)   2, 6, 1, 3, 5, 4.
    te de etnia e as diferenças raciais provêm da neces-     d)   1, 5, 4, 6, 3, 2.
    sidade de adaptação às condições geográficas.            e)   2, 5, 4, 1, 6, 3.
c) O código genético determina as características de
    cada ser humano, e conhecer esse código levará
    os cientistas a controlarem doenças.

5.   CONEXÕES

     Os conectivos também são elementos de coesão. Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuida-
     dos, o de depreender as conexões estabelecidas pelos conectivos.
5.1. PRINCIPAIS CONECTIVOS


                                            CONJUNÇÕES COORDENATIVAS




12




                     12
THATYML
                                      Língua Portuguesa

          CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS




             PRONOMES RELATIVOS




                                                    13




     13
Língua Portuguesa

16. A alternativa que substitui, correta e respectiva-     c)    Mesmo que os deputados que deponham na CPI
     ente, as conjunções ou locuções grifadas nos                e ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso
     períodos abaixo é:                                          dos precatórios, a confiança na instituição não foi
I.   Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma               abalada.
     festa de despedida.                                   d)    O ministro reafirmou que é preciso manter a todo
II. Terá sucesso, contanto que tenha amigos influ-               custo o plano de estabilização econômica, sob
     entes.                                                      pena de termos a volta da inflação.
III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava        e)    Antes de fazer ilações irresponsáveis acerca das
     escrito nas estrelas.                                       medidas econômicas, deve-se procurar conhecer
IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com                as razões que, por isso as motivaram.
     muita freqüência.
a) porque, mesmo que, segundo, ainda que.                  As questões 20 e 21 referem-se ao texto que segue.
b) como, desde que, conforme, logo.
c) quando, caso, segundo, tão logo.                                                 Imposto
d) salvo se, a menos que, conforme, pois.
e) pois, mesmo que, segundo, entretanto.                              A insistência das secretarias estaduais de
                                                                 Fazenda em cobrar 25% de ICMS dos provedores
17. Assinale a alternativa em que o pronome relativo             de acesso à Internet deve acabar na Justiça. A paz
    “onde” obedece aos princípios da língua culta                atual entre os dois lados é apenas para celebrar o
    escrita.                                                     fim do ano. Os provedores argumentam que não
a) Os fonemas de uma língua costumam ser repre-                  têm de pagar o imposto porque não são, por lei,
    sentados por uma série de sinais gráficos deno-              considerados empresas de telecomunicação, mas
    minados letras, onde o conjunto delas forma a                apenas prestadores de serviços. Com o caixa que-
    palavra.                                                     brado, os Estados permanecem irredutíveis. O Mi-
b) Todos ficam aflitos no momento da apuração, onde              nistério da Ciência e Tecnologia alertou formal-
    será conhecida a escola campeã.                              mente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que
c) Foi discutida a pequena carga horária de aulas de             a imposição da cobrança será repassada para o
    Cálculo e Física, onde todos concordaram e dese-             consumidor e pode prejudicar o avanço da Inter-
    jam mais aulas.                                              net no Brasil. Hoje, pagam-se em média 40 reais
d) Não se pode ferir um direito constitucional onde visa         para se ligar à rede.
    a garantir a educação pública e gratuita para todos.                                       (Veja – 8/1/97, p. 17)
e) Não se descobriu o esconderijo onde os seqües-
    tradores o deixaram durante esses meses todos.         20. Infere-se do texto que
                                                           a) as empresas caracterizadas como prestadoras de
18. Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas es-            serviço estão isentas do ICMS.
     tabelecem relações sintáticas e de sentido com        b) todas as pessoas que desejam ligar-se à Internet
     outras orações.                                           devem pagar 40 reais de ICMS.
I.   Eles compunham uma grande coleção, que foi se         c) os provedores de acesso à Internet estão proces-
     dispersando à medida que seus filhos se casa-             sando os consumidores que não pagam o ICMS.
     vam, levando cada qual um lote de herança. (PRO-      d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos
     PORCIONALIDADE)                                           provedores para não serem punidos pelo Ministé-
II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Fran-        rio da Ciência e Tecnologia.
     co passou a ver conspirações. (MODO)                  a) o desenvolvimento da Internet no Brasil está sen-
III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se apo-           do prejudicado pela cobrança do ICMS.
     sentou. (CONTRARIEDADE)
IV. Mesmo que tenham sido só esses dois, (...) já não      21.   A conjunção mas no texto estabelece uma relação de
     se configuraria a roubalheira (...) ? (CONCESSÃO)     a)    tempo.
     A classificação dessas relações está correta so-      b)    adição.
     mente nos períodos                                    c)    conseqüência.
a)   I, II e III.                                          d)    causa.
b)   II e IV.                                              e)    oposição.
c)   I e III.
d)   II, III e IV.                                         22. Assinale a única conjunção incorreta para com-
e)   I, III e IV.                                              pletar a lacuna do texto.
                                                                 A partir do ofício enviado pelo fisco, começou-se a
19. Os princípios da coerência e da coesão não foram             levantar informações sobre a sonegação de im-
    violados em:                                                 posto de renda no mundo do esporte no Brasil. “O
a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha do              futebol já é o quarto maior mercado de capitais do
    campeonato. Teria, no entanto, que ser o campeão             mundo”, diz Ives Gandra Martins, advogado tribu-
    este ano.                                                    tarista e conselheiro do São Paulo Futebol Clube,
b) Apesar da Sabesp estar tratando a água da Re-                 ______________ só agora a Receita começa a
    presa de Guarapiranga, portanto o gosto da água              prestar atenção nos jogadores.
    nas regiões sul e oeste da cidade melhorou.

14




                    14
Língua Portuguesa

     Em outros países não é assim. Nos Estados                 Os professores sardenhos sabem que os adultos tam-
     Unidos, ano passado, a contribuição fiscal do             bém apresentam sintomas semelhantes e que, na re-
     astro do basquete Michael Jordan chegou a 20,8            alidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma
     milhões de dólares.                                       grande quantidade de sangue. Por vezes, aproximada-
                    (Exame – 27 de agosto de 1997)             mente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser aco-
a)   todavia.                                                  metidos por este mal.
b)   conquanto.                                                O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia
c)   entretanto.                                               Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motul-
d)   não obstante.                                             sky, da Universidade de Washington, depararam pela
e)   no entanto.                                               primeira vez com a doença em 1959, enquanto desen-
                                                               volviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e
IV. PARÁFRASE                                                  determinaram que os sardenhos eram vítimas de ane-
Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de         mia hemolítica, uma doença hereditária que faz com
                                                               que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem
unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais
                                                               no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urina-
longa. Na paráfrase sempre se conservam basicamen-             vam sangue porque os rins filtram e expelem a hemo-
te as idéias do texto original. O que se inclui são comen-     globina não aproveitada. Se o volume de destruição for
tários, idéias e impressões de quem faz a paráfrase. Na        mínimo, o resultado será a letargia; se for aguda, a
escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui       doença poderá acarretar a morte do paciente.
outras idéias, alongando-se em função do propósito de          A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na
ser mais didático, faz uma paráfrase.                          Sardenha, as experiências indicam que praticamente
Parafrasear consiste em transcrever, com novas pala-           todas as pessoas acometidas por este mal têm defici-
vras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá          ência de uma única enzima, chamada deidrogenase
fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, rea-     fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de
firmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresen-        suma importância na corrente de produção de energia
tado, acrescentando aspectos relevantes de uma opi-            para as células vermelhas do sangue.
nião pessoal ou acercando-se de críticas bem funda-            Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a
                                                               primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítima
mentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o tex-
                                                               não aciona por si só a doença - que há algo no meio
to-base, condensando-o de maneira direta e imperati-           ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiência
va. Consiste em um excelente exercício de redação,             genética pode ser a arma, mas um fator ambiental é
uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e           quem a dispara.
precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar       Entre as plantas que desabrocham durante a primave-
um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efei-    ra na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano -
to estético na literatura moderna.                             observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma
Como ler um texto                                              boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filóso-
Recomendam-se duas leituras. A primeira chamaremos             fo grego e reformador político Pitágoras proibiu que seus
de leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal.        seguidores a comessem, ou mesmo andassem por
Leitura horizontal é a leitura rápida que tem como finalida-   entre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de
de o contato inicial com o assunto do texto. De posse desta    tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoas
                                                               que carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas
visão geral, podemos passar para o próximo passo.
                                                               ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen de uma
Leitura vertical consiste em uma leitura mais atenta; é        planta em flor) apresentavam problemas. todos os de-
o levantamento dos referenciais do texto-base para a           mais eram imunes.
perfeita compreensão. É importante grifar, em cada             Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de
parágrafo lido, as idéias principais. Após escrever à          sangue simples para medir a presença ou ausência de
parte as idéias recolhidas nos grifos, procurando dar          G-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de de-
uma redação própria, independente das palavras utili-          terminar com exatidão quem está predisposto à doença
zadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremos            e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas
de levantamento textual dos referenciais. A redação fi-        começaram a fazer a triagem da população da ilha. Lo-
nal é a união destes referenciais, tendo o redator o           calizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evi-
cuidado especial de unir idéias afins, de acordo com a         tar favas de feijão durante a estação de floração. Como
identidade e evolução do texto-base.                           resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estu-
                                                               dantes apáticos começou a declinar. O uso de marcado-
                                                               res genéticos como instrumento de previsão da reação
Exemplo de paráfrase
                                                               dos sardenhos à fava de feijão há 20 anos foi uma das
                                                               primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram
Profecias de uma Revolução na Medicina                         empregados deste modo; foi um avanço que poderá
Há séculos, os professores de segundo grau da Sar-             mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores
denha vêm testemunhando um fenômenos curioso.                  genéticos podem prever agora a possível eclosão de
Com a chegada da primavera, em fevereiro, alguns de            outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem
seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses sub-            auxiliar os médicos a prevenirem totalmente os ataques
seqüentes, sofrem uma baixa em seu rendimento es-              em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton,
colar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem               publicado no jornal O Globo).
na sala de aula. Depois, repentinamente, suas energi-
as retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo
mês de fevereiro.

                                                                                                                     15




                     15
Língua Portuguesa

23. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido             c)   Os interesses capitalistas que buscavam ampliar
    do trecho sublinhado a seguir:                               o mercado para seus produtos industriais tiveram
                                                                 peso considerável na formulação da política anti-
     Uma das grandes dificuldades operacionais en-               negreira inglesa, mas teve-o também a consciên-
     contradas em planos de estabilização é o conflito           cia liberal antiescravista.
     entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais,         d)   Teve peso considerável na política antinegreira
     outras fictícios, estes conflitos geram confrontos e        britânica, o abolicionismo. Mas as forças de mer-
     polêmicas que, com freqüência, podem pressio-               cado tiveram também peso, pois precisavam dis-
     nar os formuladores da política de estabilização a          por de consumidores para seus produtos.
     tomar decisões erradas e, com isto, comprometer        e)   Ocorreu uma combinação de idealismo e interes-
     o sucesso das estratégias antiinflacionárias.               ses materiais, na primeira metade do século XIX,
                               (Folha de S.Paulo, 7/5/94)        na formulação da política britânica de oposição à
                                                                 escravidão negreira.
a)   Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confron-
     tos e polêmicas que, freqüentemente, podem pres-       V. Perífrase
     sionar os formuladores da política de estabiliza-
     ção a tomar decisões erradas, sem, com isso,           Observe:
     comprometer o sucesso das estratégias antiinfla-       O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente.
     cionárias.
b)   O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode      Utilizou-se a expressão “povo lusitano” para substituir
     ficar comprometido se, pressionados por confli-        “os portugueses”. Esse rodeio de palavras que substi-
     tos, reais ou fictícios, os formuladores da política   tuiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase.
     de estabilização tomarem decisões erradas.             Perífrase é a substituição de um nome comum ou pró-
c)   Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que    prio por um expressão que a caracterize. Nada mais é
     podem pressionar os formuladores da política de        do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras.
     estabilização a confrontos e polêmicas, compro-
     metem o sucesso das antiinflacionárias.                Outros exemplos:
d)   O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode      astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa)
     ficar comprometido se os formuladores da política      Cidade-Luz (Paris)
     de estabilização, pressionados por confrontos e        Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Ma-
     polêmicas decorrentes de conflitos, tomarem de-        ravilhosa (Rio de Janeiro)
     cisões erradas.
e)   Os formuladores da política de estabilização po-       Observação: existe também um tipo especial de perí-
     dem tomar decisões erradas se os conflitos, ge-        frase que se refere somente a pessoas. Tal figura de
     rados por confrontos e polêmicas os pressiona-         estilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas
     rem; o sucesso das estratégias antiinflacionárias      qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da enti-
     fica, com isto comprometido.                           dade a que a expressão se refere.
                                                            Exemplos:
24. Marque a opção que não constitui paráfrase do           A rainha do mar (Iemanjá)
    segmento abaixo:                                        O poeta dos escravos (Castro Alves)
                                                            O criador do teatro português (Gil Vicente)
     “O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão
     nas Antilhas Britânicas, teve peso ponderável na       VI. SÍNTESE
     política antinegreira dos governos britânicos du-      A síntese de texto é um tipo especial de composição
     rante a primeira metade do século passado. Mas         que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que
     tiveram peso também os interesses capitalistas,        o autor expressou amplamente. Desse modo, só de-
     comerciais e industriais, que desejavam expandir       vem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensan-
     o mercado ultramarino, de produtos industriais e       do-se tudo o que for secundário.
     viam na inevitável miséria do trabalhador escravo
     um obstáculo para este desiderato.”                    Procedimentos:
 (P. Singer, A formação da classe operária, São Paulo,      1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assun-
                                     Atual, 1988, p.44)     to e assimilar as idéias principais;
                                                            2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais
a)   Na primeira metade do século passado, a despeito       importantes, ou anotando à parte os pontos que devem
     da forte pressão do mercado ultramarino em criar       ser conservados;
     consumidores potenciais para seus produtos in-         3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo
     dustriais, foi o movimento abolicionista o motor que   a seqüência de idéias do texto original;
     pôs cobro à miséria do trabalhador escravo.            4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos,
b)   A política antinegreira da Grã-Bretanha na primei-     ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar;
     ra metade do século passado foi fortemente influ-      5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar
     enciada não só pelo ideário abolicionista como         seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de lingua-
     também pela pressão das necessidades comer-            gem do autor;
     ciais e industriais emergentes.

16




                    16
Língua Portuguesa

6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a                              MODELO
sintetizá-lo.                                               Arranchados sob um juazeiro, em meio àquela desola-
                                                            ção, um bando de retirantes tentava aproveitar uma vaca
Sem copiar frases, RESUMIR, o texto abaixo:                 já em estado de putrefação, para combater-lhe a fome
                                                            de dois dias. Quando Chico Bento, com o seu bando,
                       O QUINZE                             aproxima-se também em busca de abrigo e, compade-
Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de reti-       cendo-se daquela situação, divide com os miseráveis
rantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma           o resto de alimento que trazia, deixando o animal para
mulher nova, algumas crianças.                              os urubus.
O sol, no céu, marcava onze horas. Quando Chico Ben-
to, com seu grupo, apontou na estrada, os homens            VII. COMO RESUMIR UM TEXTO
esfolavam uma rês e as mulheres faziam ferver uma           Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso
lata de querosene cheia de água, abanando o fogo com        saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o
um chapéu de palha muito sujo e remendado.                  trabalho da memória. Saber resumir as idéias expres-
Em toda a extensão da vista, nenhuma outra árvore           sas em um texto não é difícil. Resumir um texto é repro-
surgia. Só aquele juazeiro, devastado e espinhento,         duzir com poucas palavras aquilo que o autor disse.
verdejava a copa hospitaleira na desolação cor de cin-
za da paisagem.                                             Para se realizar um bom resumo, são necessárias al-
Cordulina ofegava de cansaço. A Limpa-Trilho gania e        gumas recomendações:
parava, lambendo os pés queimados.                          1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata.
Os meninos choramingavam, pedindo de comer.                 2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou
E Chico Bento pensava:                                      palavras importantes. Isto ajuda a identificar.
 – Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansa-     3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias prin-
ço, sempre aparecem com o nome de fome?                     cipais.
– Mãe, eu queria comer... me dá um taquinho de rapa-        4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as
dura!                                                       diferentes idéias do texto, também chamadas de co-
– Ai, pedra do diabo! Topada desgraçada! Papai, vamos       nectivos: “por causa de”, “assim sendo”, “além do mais”,
comer mais aquele povo, debaixo desse pé de pau?            “pois”, “em decorrência de”, “por outro lado”, “da mes-
O juazeiro era um só. O vaqueiro também se achou no         ma forma”.
direito de tomar seu quinhão de abrigo e de frescura.       5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um
E depois de arriar as trouxas e aliviar a burra, reparou    encerra uma idéia diferente.
nos vizinhos. A rês estava quase esfolada. A cabeça         6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma
inchada não tinha chifres. Só dois ocos podres, mal         estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem
cheirosos, donde escorria uma água purulenta.               encadeadas e se formam um todo.
Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos         7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do
esfoladores:                                                autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem
 – De que morreu essa novilha, se não é da minha            usar expressões como “segundo o autor”, “o autor afir-
conta?                                                      mou que”.
Um dos homens levantou-se, com a faca escorrendo            8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de
sangue, as mãos tintas de vermelho, um fartum san-          assunto abordado. É recomendável que nunca ultra-
grento envolvendo-o todo:                                   passe vinte por cento da extensão do texto original.
 – De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E         9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálo-
vamos aproveitar, mode não dar para os urubus.              gos, descrições detalhadas, cenas ou personagens
Chico Bento cuspiu longe, enojado:                          secundárias. Somente as personagens, os ambientes
– E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna           e as ações mais importantes devem ser registrados.
só de olhar...
O outro explicou calmamente:
– Faz dois dias que a gente não bota um de-comer de
panela na boca...
Chico Bento alargou os braços, num grande gesto de
fraternidade:
– Por isso não! Aí nas cargas eu tenho um resto de
criação salgada que dá para nós. Rebolem essa por-
queira pros urubus, que já é deles! Eu vou lá deixar um
cristão comer bicho podre de mal, tenho um bocado no
meu surrão!
Realmente a vaca já fedia, por causa da doença.                                   GABARITO
Toda descarnada, formando um grande bloco sangren-
to, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da      01. A      02. C     03. B      04. B     05. C
frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o                06. A      07. C     08. A      09. D     10. E
achado executavam no ar grandes rondas festivas, ne-           11. E      12. C     13. E      14. A     15. B
grejando as asas pretas em espirais descendentes.              16. B      17. E     18. E      19. D     20. A
                                     Rachel de Queiroz         21. E      22. B     23. D      24. A

                                                                                                                 17




                    17
Língua Portuguesa

                FONÉTICA, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

    É a parte da lingüística que estuda os sons da fala     Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal
(fones).                                                    (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo cres-
                                                            cente), na mesma sílaba.
Fonemas                                                     Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo cres-
   São as entidades capazes de estabelecer distinção        cente).
entre as palavras.
Exemplos: casa/capa, muro/mudo, dia/tia                     Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal,
                                                            formando uma só sílaba.
    A troca de um único fonema determina o surgimen-        Ex.: Paraguai, argüiu.
to de outra palavra ou um som sem sentido. O fonema
se manifesta no som produzido e é registrado pela le-       Hiato: é junção de duas vogais pronunciadas separa-
tra, é representado graficamente por ela. O fonema /z/,     damente formando sílabas distintas.
por exemplo, pode ser representado por várias letras: z     Ex.: saída, coelho
(fazenda), x (exagerado), s (mesa).
                                                               Atenção: Não se esqueça que só as vogais /i/ e
     Atenção: Os fonemas são representados entre               /u/ podem funcionar como semivogais. Quando
     barras. Exemplos: /m/, /o/.                               semivogais, serão representadas por /y/ e /w/
                                                               respectivamente.
Classificação dos fonemas
   Os fonemas da língua portuguesa classificam-se           Dígrafos
em vogais, semivogais e consoantes.                             É a união de duas letras representando um só fone-
                                                            ma. Observe que no caso dos dígrafos não há corres-
Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à            pondência direta entre o número de letras e o número
passagem de ar, chegando livremente ao exterior. Exem-      de fonemas.
plos: pato, bota                                                Dígrafos que desempenham a função de consoan-
                                                            tes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e outros.
Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vo-              Dígrafos que desempenham a função de vogais na-
gal, formando com esta uma só sílaba. Exemplos: cou-        sais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros.
ro, baile. Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos
funcionam como semivogais. Para que não sejam con-          Encontros consonantais
fundidos com as vogais i e u serão representados por           Quando existe uma seqüência de duas ou mais con-
[y] e [w] e chamados respectivamente de iode e vau.         soantes em uma mesma palavra, denominamos essa
                                                            seqüência de encontro consonantal.
Consoantes: são fonemas produzidos mediante a re-              O encontro pode acorrer:
sistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábi-       – na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo.
os) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno,              – em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio
lâmpada.
                                                               Atenção: Nos encontros consonantais somos
     Dica: Em nossa língua, a vogal é o elemento               capazes de perceber o som de todas as conso-
     básico, suficiente e indispensável para a forma-          antes.
     ção da sílaba. Você encontrará sílabas constitu-
     ídas só de vogais, mas nunca formadas somen-           Sílaba
     te com consoantes. Exemplos: viúva, abelha.                É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só
                                                            impulso da voz.
Classificação das vogais
1- Quanto à intensidade                                         Classificação das palavras quanto ao número de
    A intensidade está relacionada com a tonicidade da      sílabas
vogal.                                                      Monossílabas - aquelas que possuem uma só sílaba:
a- tônicas: café, cama                                      dó, mão, cruz, etc.
b- átonas: massa, bote                                      Dissílabas - aquelas que possuem duas sílabas: sa/
                                                            pé, fo/lha, te/la, etc.
2- Quanto ao timbre                                         Trissílabas - aquelas que possuem três sílabas: fun/
    O timbre está relacionado com a abertura da boca        da/ção, mé/di/co, etc.
a- abertas: (sapo), (neve), (bola)                          Polissílabas - aquelas que possuem mais de três síla-
b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e   bas: ve/te/ra/no, na/tu/re/za, pa/la/ci/a/no, etc.
todas as nasais
                                                            Divisão silábica
Encontros vocálicos                                            A fala é o primeiro e mais importante recurso usado
    Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato    para a divisão silábica na escrita.
e tritongo.

18




                     18
THATYML
                                                                                                                  Língua Portuguesa

                Regra geral:
                                                                                   Atenção: Não confunda acento tônico com acento
                  Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal.
                                                                                   gráfico. O acento tônico está relacionado com
                                                                                   intensidade de som e existe em todas as pala-
                Regras práticas:
                                                                                   vras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico
                     Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos:
                                                                                   existirá em apenas algumas palavras e será
                mau, averigüei
                                                                                   usado de acordo com regras de acentuação.
                     Separam-se as letras que representam os hiatos.
                Exemplos: sa-í-da, vô-o...
                                                                                Classificação das palavras quanto ao acento tônico
                     Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc.
                                                                                   As palavras com mais de uma sílaba, conforme a
                Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to...
                                                                                tonicidade, classificam-se em:
                     Separam-se os encontros consonantais pronunci-
                ados separadamente. Exemplo: car-ta
                                                                                Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última - coração,
                     Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radi-
                                                                                São Tomé, etc.
                cais, sufixos), quando incorporados à palavra, obede-
                cem às regras gerais. Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa-
                                                                                Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima -
                vô, tran-sa-tlân-ti-co...
                                                                                cadeira, linha, régua, etc.
                     Consoante não seguida de vogal permanece na sí-
                laba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra,
                                                                                Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúl-
                a consoante se anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad-
                                                                                tima - ibérica, América, etc.
                je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo...
                                                                                   Os monossílabos podem ser tônicos ou átonos:
                Acento tônico / gráfico
                                                                                Tônicos: são autônomos, emitidos fortemente, como
                1 - Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensi-
                                                                                se fossem sílabas tônicas. Exemplos: ré, teu, lá, etc.
                    dade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o
                                                                                Átonos: apóiam-se em outras palavras, pois não são
                    acento tônico, também chamado acento de intensi-
                                                                                autônomos, são emitidos fracamente, como se fos-
                    dade ou prosódico:
                                                                                sem sílabas átonas.São palavras sem sentido quando
                    Exemplos: cajá, caderno, lâmpada
                                                                                estão isoladas: artigos, pronomes oblíquos, preposi-
                2 - Sílaba subtônica - Algumas palavras geralmente
                                                                                ções, junções de preposições e artigos, conjunções,
                    derivadas e polissílabas, além do acento tônico,
                                                                                pronome relativo que. Exemplos: o, lhe, nem, etc.
                    possuem um acento secundário. A sílaba com acento
                    secundário é chamada de subtônica.
                                                                                Acentuação gráfica
                    Exemplos: terrinha, sozinho
                                                                                   As palavras em Língua Portuguesa são acentuadas
                3 - Sílaba átona - As sílabas que não são tônicas nem
                                                                                de acordo com regras. Para que você saiba aplicá-las é
                    subtônicas chamam-se átonas.
                                                                                preciso que tenha claros alguns conceitos como tonici-
                    Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postôni-
                                                                                dade, encontros consonantais e vocálicos...
                    cas (depois da tônica),
                    Exemplos: barata (átona pretônica, tônica, átona
                    postônica); máquina (tônica, átona postônica, áto-
                    na postônica).


                Para você acentuar uma palavra:

                1º Divida-a em sílabas;
                2º Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paroxítona...);
                3º De acordo com sua terminação, encaixe-a nos quadros abaixo.

                Você deve acentuar as vogais tônicas das:




                                   Atenção: não se acentuam as paroxítonas terminadas em -ens. Exemplo: itens, nuvens...




                Degrau Cultural                                                                                                      19




 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd     19                                                  30/9/2010, 09:45
THATYML
                Língua Portuguesa

                Acentuam-se:




                Grupos gu, qu antes de e/i                                       Atenção: O verbo TER, VIR e seus derivados não
                   Quando o u é proferido e tônico, receberá acento              possuem dois EE na 3ª pessoa do plural no pre-
                agudo: averigúe, apazigúe, argúis, etc.                          sente do indicativo: ele tem, eles têm; ele vem,
                   Quando o referido u é proferido e átono, receberá             eles vêm; ele contém, eles contêm...
                trema: freqüente, tranqüilo, etc.
                   Quando o u não for pronunciado, formará com q e g          Sinais Gráficos
                dígrafos, ou seja, duas letras representando um único             Sinais gráficos ou diacríticos são certos sinais que
                fonema /k/ e /g /. Não apresenta nenhum tipo de acento.       se juntam às letras, geralmente para lhes dar um valor
                                                                              fonético especial e permitir a correta pronúncia das
                Acento diferencial                                            palavras.
                    O acento diferencial (que pode ser circunflexo ou
                agudo) é usado como sinal distintivo de vocábulos ho-         1. Til
                mógrafos (palavras que apresentam a mesma escri-                 Indica nasalidade.
                ta). Alguns exemplos:                                            Exemplos: maçã, Irã, órgão...
                • ás (carta de baralho, piloto exímio) - as (artigo femini-   2. Trema
                no plural)                                                       Indica que o u dos grupos gue, gui, que, qui é profe-
                • côa, côas (verbo coar) - coa, coas (contrações com +           rido e átono.
                a, com + as)                                                     Exemplos: lingüiça, tranqüilo...
                • pára (verbo) - para (preposição)                            3. Apóstrofo
                • péla, pélas (substantivo e verbo) - pela, pelas (contra-       Indica a supressão de uma vogal. Pode existir em
                ções de per + a, per + as)                                       palavras compostas, expressões e poesias.
                • pêlo (substantivo) - pelo (per + o)                            Exemplos: caixa-d’água, pau-d’água etc.
                • pólo, pólos (extremidade, jogo) - pôlo, pôlos (falcão)      4. Hífen
                • pêra (fruta) - péra ou péra-fita (grande pedra antiga,         Emprega-se o hífen nos seguintes casos:
                fincada no chão)                                                 – em palavras compostas. Exemplos: beija-flor,
                • pôr (verbo) - por (preposição)                                 amor-perfeito...
                • porquê (substantivo) - porque (conjunção)                      – para ligar pronomes átonos às formas verbais.
                • quê (substantivo, pronome em fim de frase) - que (con-         Exemplos: dar-lhe, amar-te-ia...
                junção)                                                          – para separar palavras em fim de linha.
                                                                                 – para ligar algumas palavras precedidas de prefi-
                                                                                 xos. Exemplos: auto-educação, pré-escolar...




                20                                                                                                   Degrau Cultural




 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd   20                                                  30/9/2010, 09:45
THATYML
                                                                                                                           Língua Portuguesa

                     Observação: o uso do hífen é regulamentado pelo Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portugue-
                     sa. Por se tratar de um item extremamente complexo, com regras confusas e extensas, os autores são
                     contraditórios quando tratam do assunto. Procuramos sintetizar em um quadro o uso do hífen com os
                     prefixos mais comuns.




                5. Acento agudo                                                       Emprego de letras
                   Indica vogal tônica aberta: pó, ré;
                6. Acento circunflexo                                                 Letra H
                   Indica vogal tônica fechada: astrônomo, três;                      Por que usar a letra H se ela não representa nenhum
                7. Acento grave                                                       som? Realmente ela não possui valor fonético, mas
                   Sinal indicador de crase: à, àquele;                               continua sendo usada em nossa língua por força da
                8. Cedilha                                                            etimologia e da tradição escrita.
                   Indica que o c tem som de ss: pança, muçulmano,
                   moço...                                                            Etimologia: estudo da origem e da evolução das pala-
                                                                                      vras; disciplina que trata da descrição de uma palavra
                     Atenção: O cedilha só é acompanhado pelas                        em diferentes estados de língua anteriores por que
                     vogais a, o, u.                                                  passou, até remontar ao étimo; origem de um termo,
                                                                                      quer na forma mais antiga conhecida, quer em alguma
                Ortografia                                                            etapa de sua evolução; étimo.
                Palavra constituída das partes:                                       Ex: fidalgo é a locução filho de algo (Dicionário Houaiss)
                orto (correta) +grafia (escrita).
                A ortografia é a parte da gramática que trata da correta              Emprega-se o H:
                escrita das palavras.                                                 – Inicial, quando etimológico: horizonte, hulha, etc.
                                                                                      – Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh: cha-
                Nosso alfabeto é composto de 23 letras:                               mada, molha, sonho, etc.
                a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z   – Em algumas interjeições: oh!, hum!, etc.
                                                                                      – Em palavras compostas unidos por hífen, se algum
                     Observação: Você deve estar se perguntando                       elemento começa com H: hispano-americano, super-
                     pelas letras W, Y e K.Elas não pertencem mais                    homem, etc.
                     ao nosso alfabeto.São usadas apenas em ca-                       – Palavras compostas ligadas sem hífen não são es-
                     sos especiais:                                                   critas com H. Exemplo: reaver
                     Nomes próprios estrangeiros                                      – No substantivo próprio Bahia (Estado do Brasil), por
                     (Wellington,Willian...),                                         tradição. As palavras derivadas dessa são escritas sem
                     Abreviaturas e símbolos de uso internacional                     H. Exemplo: baiano...
                     (K- potássio,Y-ítrio...),
                     Palavras estrangeiras (show, play...)                               Atenção: Algumas palavras anteriormente es-
                                                                                         critas com H “perderam” essa letra ao longo
                                                                                         do tempo. Exemplos: herba-erva, hibernum-in-
                                                                                         verno, etc.




                Degrau Cultural                                                                                                              21




 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd       21                                                       30/9/2010, 09:45
THATYML
                Língua Portuguesa

                Letras E / I




                Letras G / J




                Letras S / Z




                     Atenção: O verbo catequizar é derivado da palavra catequese deveria ser escrito com “s”, mas, como é deriva-
                     do do grego, já veio formado para nosso vernáculo (língua do país).
                     MAIZENA é um substantivo próprio, marca registrada.

                Letras X / CH




                22                                                                                                  Degrau Cultural




 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd   22                                                  30/9/2010, 09:45
THATYML
                                                                                               Língua Portuguesa

                Letras SS / Ç




                Uso dos porquês

                Porque
                • Em frases afirmativas ou negativas, quando pode
                ser substituído por pois. Ex: Venha porque precisamos
                de você.
                • Para introduzir justificativas ou causas em frases
                declarativas, no início ou no meio de respostas. Ex: Ela
                não veio porque não quis.

                Porquê
                • Em qualquer tipo de frase, desde que antecedido
                de artigo ou pronome. Ex: Não me interessa o porquê
                de sua ausência.

                Por que
                • Quando equivale a pelo qual (e suas flexões). Ex:
                Essa é a rua por que passamos.
                • Quando equivale a “por que razão”. Ex: Eis por que
                não te amo mais.
                • No início de perguntas. Ex: Por que ela não veio?

                Por quê
                • No final de frases interrogativas. Ex: Ela não veio por
                quê?
                • Quando a expressão estiver isolada. Ex: Nunca mais
                volto aqui. Por quê?

                Uso do Onde e do Aonde

                Onde é o lugar em que se está. Usados com verbos
                que não indicam movimento.
                Observe: Onde você estava no sábado? Onde eu pode-
                ria estar, estava na casa de vovó.

                Aonde é o lugar a que se vai. Usado com verbos que
                indicam movimento.
                Observe: Aonde você vai esta noite? Eu vou ao restau-
                rante mexicano, jantar com meu marido.




                Degrau Cultural                                                                              23




 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd   23                                   30/9/2010, 09:45
THATYML
            Língua Portuguesa

                                      EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
               Estudo da constituição das palavras e dos proces-          Tema
            sos pelos quais elas são construídas a partir de suas         Tema = radical + vogal temática
            partes componentes, os morfemas; parte da gramática           Exemplo: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a
            que estuda as classes de palavras, seus paradigmas
            de flexões com suas exceções.                                 Afixos
                                                                             São partículas que se anexam ao radical para for-
            Estrutura das palavras                                        mar outras palavras. Existem dois tipos de afixos:
                                                                          – Prefixos: colocados antes do radical.
            As palavras são constituídas de morfemas. São eles:           Exemplo: desleal, ilegal.
                                                                          – Sufixos: colocados depois do radical.
            Radical                                                       Exemplo: folhagem, legalmente.
            É o elemento comum de palavras cognatas também
            chamadas de palavras da mesma família. É responsá-            Desinências
            vel pelo significado básico da palavra.                       São morfemas colocados no final das palavras para
            Exemplo: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, ter-   indicar flexões verbais ou nominais.
            restre...
                                                                          Podem ser:
                 Atenção:                                                 Nominais: indicam gênero e número de nomes (subs-
                 Às vezes, ele sofre pequenas alterações.                 tantivos, adjetivos, pronomes, numerais).
                 Ex.: dormir, durmo; querer, quis                         Exemplo: casa - casas, gato - gata
                 As palavras que possuem mais de um radical
                 são chamadas de compostas.                               Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos
                 Ex.: passatempo                                          verbos. Existem dois tipos de desinências verbais: de-
                                                                          sinências modo-temporal (DMT) e desinências núme-
            Vogal Temática                                                ro-pessoal (DNP).
            Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber          Exemplo: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se
            outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe            nós corrêssemos, tu correras (DMT)
            vogal temática em verbos e nomes.
            Exemplo: beber, rosa, sala                                    Atenção: A divisão verbal em morfemas será melhor
                                                                          explicada em: classes de palavras/ verbos. Algumas
            Nos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem          formas verbais não têm desinências como: trouxe,
            (1ª, 2ª ou 3ª ). Exemplo: partir- verbo de 3ª conjugação      bebe...

            Há formas verbais e nomes sem VT.                             Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos ver-
            Exemplo: rapaz, mato(verbo)                                   bos (infinitivo, gerúndio e particípio).
                                                                          Exemplo: beber, correndo, partido




            24                                                                                                     Degrau Cultural




 03_MORFOLOGIA.pmd               24                                                     30/9/2010, 09:45
THATYML
                                                                                                                 Língua Portuguesa

            Processos de formação de palavras                              Exemplo: fidalgo (filho + de + algo), aguardente (água +
                                                                           ardente)
            Maneira como os morfemas se organizam para formar
            as palavras.                                                                       NEOLOGISMO
                                                                              Beijo pouco, falo menos ainda.
                                   DERIVAÇÃO                                  Mas invento palavras
            •   Prefixal: A derivação prefixal é um processo de for-          Que traduzem a ternura mais funda
                mar palavras no qual um prefixo ou mais são acres-            E mais cotidiana.
                centados à palavra primitiva.                                 Inventei, por exemplo, a verbo teadorar.
                Exemplo: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impa-          Intransitivo:
                ciente.                                                       Teadoro, Teodora.
            •   Sufixal: A derivação sufixal é um processo de formar                       (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira.
                palavras no qual um sufixo ou mais são acrescen-                                  Rio de Janeiro: José Olympio, 1970)
                tados à palavra primitiva.
                Exemplo: realmente, folhagem.                                                   HIBRIDISMO
            •   Prefixal e Sufixal: A derivação prefixal e sufixal exis-   Consiste na formação de palavras pela junção de radi-
                te quando um prefixo e um sufixo são acrescenta-           cais de línguas diferentes.
                dos à palavra primitiva de forma independente, ou          Exemplo: auto/móvel (grego + latim); bio/dança (grego
                seja, sem a presença de um dos afixos a palavra            + português)
                continua tendo significado.
                Exemplo: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo).                          ONOMATOPÉIA
                Você pode observar que os dois afixos são indepen-         Consiste na formação de palavras pela imitação de
                dentes: existem as palavras desleal e lealmente.           sons e ruídos.
            •   Parassintética: A derivação parassintética ocorre          Exemplo: triiim, chuá, bué, pingue-pongue, miau, tique-
                quando um prefixo e um sufixo são acrescentados            taque, zunzum
                à palavra primitiva de forma dependente, ou seja,
                os dois afixos não podem se separar, devem ser                                       SIGLA
                usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a                 Consiste na redução de nomes ou expressões empre-
                palavra não se reveste de nenhum significado.              gando a primeira letra ou sílaba de cada palavra.
                Exemplo: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste     Exemplo: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais,
                caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois      IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
                os afixos não podem se separar.
            •   Regressiva: A derivação regressiva existe quando                              ABREVIAÇÃO
                morfemas da palavra primitiva desaparecem.                 Consiste na redução de parte de palavras com objetivo
                Exemplo: mengo (flamengo), dança (dançar), portu-          de simplificação.
                ga (português).                                            Exemplo: moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema).
            •   Imprópria: A derivação imprópria, mudança de clas-
                se ou conversão ocorre quando palavra comumen-                       CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
                te usada como pertencente a uma classe é usada             As palavras costumam ser agrupadas em classes, de
                como fazendo parte de outra.                               acordo com suas funções e formas.
                Exemplo: coelho (substantivo comum) usado como
                substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; ver-
                de geralmente como adjetivo (Comprei uma cami-
                sa verde.) usado como substantivo (O verde do par-
                que comoveu a todos.)

                               COMPOSIÇÃO
               Processo de formação de palavras através do qual
            novas palavras são formadas pela junção de duas ou
            mais palavras já existentes.
               Existem duas formas de composição:
            • Justaposição
            • Aglutinação

               A justaposição ocorre quando duas ou mais pala-
            vras se unem sem que ocorra alteração de suas for-
            mas ou acentuação primitivas.
            Exemplo: guarda-chuva, segunda-feira, passatempo.

                A aglutinação ocorre quando duas ou mais pala-
            vras se unem para formar uma nova palavra ocorrendo
            alteração na forma ou na acentuação.


            Degrau Cultural                                                                                                        25




 03_MORFOLOGIA.pmd                25                                                     30/9/2010, 09:45
THATYML
            Língua Portuguesa

            Substantivo                                                b) DIMINUTIVO:
            É a palavra que dá nome aos seres, coisas e senti-            ANALÍTICO: corpo minúsculo
            mentos. Classificam-se em:                                    SINTÉTICO – usando sufixos. Ex.: corpúsculo

                                                                       Adjetivo
                                                                                                VILA VELHA

                                                                           “Do lado oposto às verdes colinas que se perdem
                                                                       no horizonte, gigantescas rochas formam paredões e
                                                                       desenham uma paisagem árida e silenciosa, num ce-
                                                                       nário de terra vermelha e vegetação rasteira. Os índi-
                                                                       os chegaram, olharam, batizaram de Itacueretaba – “ci-
                                                                       dade extinta de pedras” – e trataram de se mandar
                                                                       para paragens mais animadas. Até hoje, os únicos ha-
                                                                       bitantes destes vastos campos são lobos-guarás, ja-
                                                                       guatiricas, perdizes e tamanduás-bandeiras.
                                                                           A principal atração do Parque Estadual de Vila Velha
                                                                       são 22 enormes blocos areníticos esculpidos pela
                                                                       chuva, pelo vento e movimentos de terra, ao longo de
                                                                       350 milhões de anos.
                                                                           Neles, o tempo imitou a arte nas figuras de um ca-
                                                                       melo, um leão, uma bota, um rinoceronte, a proa de um
                                                                       navio, a cabeça de um índio, uma taça, cogumelos.”
                                                                                               (Guia Turístico da Folha de S. Paulo)

                                                                            O texto acima é descritivo. O autor tem como objetivo
                                                                       fundamental caracterizar Vila Velha, um dos pontos tu-
                                                                       rísticos do Brasil. Para isso, citou alguns seres que com-
                                                                       põem a paisagem, identificou características de alguns
                                                                       deles e atribuiu características a outros. As característi-
                                                                       cas foram expressas pelos então chamados adjetivos.

                                                                       Adjetivo é uma palavra variável que modifica substanti-
                                                                       vos, atribuindo uma característica aos seres nomea-
               Os substantivos flexionam-se para indicar gênero,       dos por eles: Paisagem silenciosa.
            número e grau.
                                                                       LOCUÇÃO ADJETIVA
            I – Gênero:                                                É o grupo formado de preposição mais substantivo,
            É a categoria gramatical que, no português, distribui os   com valor e emprego de adjetivo: A água da chuva.
            nomes masculinos e femininos, não existindo corres-        Os adjetivos se classificam quanto:
            pondência nenhuma entre gênero masculino e sexo
            masculino, ou gênero feminino e sexo feminino.             I – À FORMA
            a) BIFORMES – MASCULINOS, FEMININOS – regula-              • PRIMITIVO → não provém de outra palavra da lín-
            res (menino e menina, gato e gata) e irregulares (bode          gua: bonito, feio, alto, loiro etc.
            e cabra, pai e mãe).                                       • DERIVADO → provém de outra palavra da língua:
            b) UNIFORMES – EPICENOS (não aceitam a flexão do                bondoso, amoroso, maldoso etc.
            determinante, referem-se somente a animais, vegetais,      • SIMPLES → possui apenas um radical: povo japo-
            aves e insetos – macho e fêmea), SOBRECOMUNS (não               nês, preocupações políticas, árvore nova etc.
            aceitam nem a flexão do elemento determinante – a          • COMPOSTO → possui mais de um radical: estudos
            testemunha, o cônjuge), COMUM DE DOIS GÊNEROS                   luso-ítalo-brasileiros, temas políticos-sociais, in-
            (caracterizam-se pela flexão do elemento determinante           divíduo rubro-negro.
            – o/a jovem, o/a poeta).
                                                                       II – AO GÊNERO
                                                                       • Uniformes → apresentam forma única para ambos
            II – Número
                                                                            os gêneros: homem interessante, vinho quente.
            a) SINGULAR – indica um só ser. Ex.: menino
                                                                       • Biformes → apresentam duas formas, uma para o
            b) PLURAL – indica mais de um ser ou mais de um
                                                                            masculino, outra para o feminino: ator famoso/atriz
            conjunto de seres. Ex.: meninos
                                                                            famosa.
            III – Grau                                                 III – AO NÚMERO
            a) AUMENTATIVO:                                            Os adjetivos simples fazem o plural seguindo as mes-
                 SINTÉTICO – usando sufixos.    Ex.: poetastro         mas regras dos substantivos simples: livros utéis, car-
                 ANALÍTICO: poeta grande                               tões iguais.


            26                                                                                                    Degrau Cultural




 03_MORFOLOGIA.pmd              26                                                   30/9/2010, 09:45
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizada

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revistoTeste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revistoAna Araújo
 
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84Luciana Silveira
 
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesMonteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesTânia Sampaio
 
A moska 5º edição
A moska 5º ediçãoA moska 5º edição
A moska 5º ediçãoamoskaonline
 
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )jullyvi
 
Preparação 1º teste 8º ano
Preparação 1º teste 8º anoPreparação 1º teste 8º ano
Preparação 1º teste 8º anocridio73
 
Prova Final de Língua Portuguesa 2012
Prova Final de Língua Portuguesa 2012Prova Final de Língua Portuguesa 2012
Prova Final de Língua Portuguesa 2012Maria Catarina Santos
 
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versão
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versãoProva Final Português 9º Ano - 2ª versão
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versãoMaria Catarina Santos
 
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]Maria Coelho
 
1º estudo de interpretação de texto - 7º ano
1º estudo de interpretação de texto - 7º ano1º estudo de interpretação de texto - 7º ano
1º estudo de interpretação de texto - 7º anoLuiza Collet
 
Gramática Prof. Fernando Santos
Gramática   Prof. Fernando SantosGramática   Prof. Fernando Santos
Gramática Prof. Fernando SantosPré-Enem Seduc
 
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeAlçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeBlogPP
 
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013Teste Intermédio Português 9º Ano 2013
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013Ana Tapadinhas
 

Was ist angesagt? (20)

SIMULADO SARESP - Língua Portuguesa
SIMULADO SARESP - Língua PortuguesaSIMULADO SARESP - Língua Portuguesa
SIMULADO SARESP - Língua Portuguesa
 
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revistoTeste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
Teste de diagnose (2ª fase 2014) 10º ano-revisto
 
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84
Avaliação segundo trimestre recuperação marcelo ana carolina 82 84
 
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_PronomesMonteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
Monteiro lobato -_O_Colocador_de_Pronomes
 
A moska 5º edição
A moska 5º ediçãoA moska 5º edição
A moska 5º edição
 
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )
UERJ 1º exam. de qualificação ( vest. 2012 )
 
Preparação 1º teste 8º ano
Preparação 1º teste 8º anoPreparação 1º teste 8º ano
Preparação 1º teste 8º ano
 
Prova Final de Língua Portuguesa 2012
Prova Final de Língua Portuguesa 2012Prova Final de Língua Portuguesa 2012
Prova Final de Língua Portuguesa 2012
 
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versão
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versãoProva Final Português 9º Ano - 2ª versão
Prova Final Português 9º Ano - 2ª versão
 
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]
Avaliação de língua portuguesa 7º ano[1]
 
Soli10 de março
Soli10 de marçoSoli10 de março
Soli10 de março
 
1º estudo de interpretação de texto - 7º ano
1º estudo de interpretação de texto - 7º ano1º estudo de interpretação de texto - 7º ano
1º estudo de interpretação de texto - 7º ano
 
Gramática Prof. Fernando Santos
Gramática   Prof. Fernando SantosGramática   Prof. Fernando Santos
Gramática Prof. Fernando Santos
 
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles PradeAlçapão para gigantes, de Péricles Prade
Alçapão para gigantes, de Péricles Prade
 
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013Teste Intermédio Português 9º Ano 2013
Teste Intermédio Português 9º Ano 2013
 
Prova3358
Prova3358Prova3358
Prova3358
 
Avaliação da aprendizagem 7 anojv
Avaliação da aprendizagem 7 anojvAvaliação da aprendizagem 7 anojv
Avaliação da aprendizagem 7 anojv
 
Avaliação da aprendizagem 7 anocs
Avaliação da aprendizagem 7 anocsAvaliação da aprendizagem 7 anocs
Avaliação da aprendizagem 7 anocs
 
Português8ºanos
Português8ºanosPortuguês8ºanos
Português8ºanos
 
Provas finais
Provas finaisProvas finais
Provas finais
 

Andere mochten auch

Capa Sistema Nervoso
Capa Sistema NervosoCapa Sistema Nervoso
Capa Sistema Nervosoguest375168e
 
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.Victor Ruiz
 
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,Jaqueline Sarges
 
trabalho de Geografia
trabalho de Geografiatrabalho de Geografia
trabalho de GeografiaAnaTajes
 
Capa trabalho de historias
Capa trabalho de historiasCapa trabalho de historias
Capa trabalho de historiasJorge Jose
 
Itapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayItapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayavisaassociacao
 
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.Máximo Moura Santos
 
Apostila inss
Apostila inssApostila inss
Apostila inssRean5
 
Apostila portugues-janaina-docx
Apostila portugues-janaina-docxApostila portugues-janaina-docx
Apostila portugues-janaina-docxmsfhb
 
Sueli deslandes os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
Sueli deslandes   os elementos constitutivos do projeto de pesquisaSueli deslandes   os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
Sueli deslandes os elementos constitutivos do projeto de pesquisaGeovane Junior
 
Modelo trabalho de português
Modelo trabalho de portuguêsModelo trabalho de português
Modelo trabalho de portuguêsThiago Xavier
 
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRica
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRicaAnimais Venenosos Da PeníNsula IbéRica
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRicaJoaquimMaria
 
Capa trabalho de química
Capa trabalho de químicaCapa trabalho de química
Capa trabalho de químicaCarlos Eduardo
 
O caipira chico bento
O caipira chico bentoO caipira chico bento
O caipira chico bentoUNIOESTE
 
Trabalho de filosofia ensino médio
Trabalho de filosofia ensino médioTrabalho de filosofia ensino médio
Trabalho de filosofia ensino médioWANDERSON JONER
 

Andere mochten auch (20)

Modelo de capa trabalhos
Modelo de capa trabalhosModelo de capa trabalhos
Modelo de capa trabalhos
 
Capa Sistema Nervoso
Capa Sistema NervosoCapa Sistema Nervoso
Capa Sistema Nervoso
 
Capa do trabalho
Capa do trabalhoCapa do trabalho
Capa do trabalho
 
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.
Planeacion y reflexion de clase muestra Gramática-traducción.
 
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,
Capa, contra capa, introdução ,conclusão, biografia,
 
trabalho de Geografia
trabalho de Geografiatrabalho de Geografia
trabalho de Geografia
 
Capa trabalho de historias
Capa trabalho de historiasCapa trabalho de historias
Capa trabalho de historias
 
Itapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_krayItapua floresta estacional_kray
Itapua floresta estacional_kray
 
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.
Capa e índice Livro de Crônicas dos Alunos da EMEF Máximo de Moura Santos.
 
Apostila inss
Apostila inssApostila inss
Apostila inss
 
Apostila portugues-janaina-docx
Apostila portugues-janaina-docxApostila portugues-janaina-docx
Apostila portugues-janaina-docx
 
Sueli deslandes os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
Sueli deslandes   os elementos constitutivos do projeto de pesquisaSueli deslandes   os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
Sueli deslandes os elementos constitutivos do projeto de pesquisa
 
Trabalho De Portugues
Trabalho De PortuguesTrabalho De Portugues
Trabalho De Portugues
 
Modelo trabalho de português
Modelo trabalho de portuguêsModelo trabalho de português
Modelo trabalho de português
 
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRica
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRicaAnimais Venenosos Da PeníNsula IbéRica
Animais Venenosos Da PeníNsula IbéRica
 
6º e av1 inglês aula 2 31. 01.12
6º e av1  inglês  aula 2 31. 01.126º e av1  inglês  aula 2 31. 01.12
6º e av1 inglês aula 2 31. 01.12
 
Capa trabalho de química
Capa trabalho de químicaCapa trabalho de química
Capa trabalho de química
 
O caipira chico bento
O caipira chico bentoO caipira chico bento
O caipira chico bento
 
Animais venenosos
Animais venenososAnimais venenosos
Animais venenosos
 
Trabalho de filosofia ensino médio
Trabalho de filosofia ensino médioTrabalho de filosofia ensino médio
Trabalho de filosofia ensino médio
 

Ähnlich wie Apostila inss 2010-atualizada

O realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasilO realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasilhipolitus
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaotsciepalexandrecarvalho
 
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio  Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio Lenivaldo Costa
 
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdf
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdfCiencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdf
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdfCarlosAugustoAfonso
 
Simulado MACVEST - 3 2012
Simulado MACVEST - 3 2012Simulado MACVEST - 3 2012
Simulado MACVEST - 3 2012Matheus Ronconi
 
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdf
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdffoucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdf
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdfMonique Inocêncio
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1gsbq
 
944 exercícios de fixação língua portuguesa
944 exercícios de fixação língua portuguesa944 exercícios de fixação língua portuguesa
944 exercícios de fixação língua portuguesaGuilherme Silva
 
o que aprendi sobre contos, organização, estrutura
o que aprendi sobre contos, organização, estruturao que aprendi sobre contos, organização, estrutura
o que aprendi sobre contos, organização, estruturassuser784e30
 
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secasElis Lima Escapacherri
 
Uma história sobre ventos e mares
Uma história sobre ventos e maresUma história sobre ventos e mares
Uma história sobre ventos e maresDaladier Lima
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdfDenise De Ramos
 

Ähnlich wie Apostila inss 2010-atualizada (20)

O realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasilO realismo e o naturalismo no brasil
O realismo e o naturalismo no brasil
 
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesaBanco de questões e soluções de língua portuguesa
Banco de questões e soluções de língua portuguesa
 
Lingua Portuguesa
Lingua PortuguesaLingua Portuguesa
Lingua Portuguesa
 
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio  Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio
Prova - Simulado Alvaro Gaudêncio
 
Quebradas (aula 12 de novembro 2013)
Quebradas   (aula 12 de novembro 2013)Quebradas   (aula 12 de novembro 2013)
Quebradas (aula 12 de novembro 2013)
 
13. tqa ufmg 2012, 10
13. tqa ufmg 2012, 1013. tqa ufmg 2012, 10
13. tqa ufmg 2012, 10
 
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdf
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdfCiencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdf
Ciencia-Na-Alma-Richard-Dawkins.pdf
 
Apostila completa inss
Apostila completa   inssApostila completa   inss
Apostila completa inss
 
Simulado MACVEST - 3 2012
Simulado MACVEST - 3 2012Simulado MACVEST - 3 2012
Simulado MACVEST - 3 2012
 
texto sobre mitologia amazonica -
texto sobre mitologia amazonica - texto sobre mitologia amazonica -
texto sobre mitologia amazonica -
 
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdf
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdffoucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdf
foucault-michel-as-palavras-e-as-coisas-digitalizado.pdf
 
Prova de validação para o 3º ano
Prova de validação para o 3º anoProva de validação para o 3º ano
Prova de validação para o 3º ano
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
944 exercícios de fixação língua portuguesa
944 exercícios de fixação língua portuguesa944 exercícios de fixação língua portuguesa
944 exercícios de fixação língua portuguesa
 
o que aprendi sobre contos, organização, estrutura
o que aprendi sobre contos, organização, estruturao que aprendi sobre contos, organização, estrutura
o que aprendi sobre contos, organização, estrutura
 
Gênero textual narrativo do Ensino Médio: conto
Gênero textual narrativo do Ensino Médio: contoGênero textual narrativo do Ensino Médio: conto
Gênero textual narrativo do Ensino Médio: conto
 
Estudos independentes 2 ano
Estudos independentes 2 anoEstudos independentes 2 ano
Estudos independentes 2 ano
 
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas
 
Uma história sobre ventos e mares
Uma história sobre ventos e maresUma história sobre ventos e mares
Uma história sobre ventos e mares
 
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdftexto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
texto 1-Alves, Rubens -Conversas_com_quem_gosta_ensinar.pdf
 

Mehr von rosemerepfarias1

Mehr von rosemerepfarias1 (19)

Srl04 rac logico_exerc_resolvido
Srl04 rac logico_exerc_resolvidoSrl04 rac logico_exerc_resolvido
Srl04 rac logico_exerc_resolvido
 
Noções de informática inss
Noções de informática inssNoções de informática inss
Noções de informática inss
 
Jorge conceitos internet
Jorge conceitos internetJorge conceitos internet
Jorge conceitos internet
 
3108916
31089163108916
3108916
 
Intranet & extranet
Intranet & extranetIntranet & extranet
Intranet & extranet
 
Apostila inss 2010-www.concurserirosonlines.com
Apostila   inss 2010-www.concurserirosonlines.comApostila   inss 2010-www.concurserirosonlines.com
Apostila inss 2010-www.concurserirosonlines.com
 
Apostila inss 2010-www.concurserirosonlines.com
Apostila   inss 2010-www.concurserirosonlines.comApostila   inss 2010-www.concurserirosonlines.com
Apostila inss 2010-www.concurserirosonlines.com
 
Apostila inss 2010-atualizada
Apostila   inss 2010-atualizadaApostila   inss 2010-atualizada
Apostila inss 2010-atualizada
 
Cartilha inss
Cartilha inssCartilha inss
Cartilha inss
 
Simulado curso sã³lon
Simulado curso sã³lonSimulado curso sã³lon
Simulado curso sã³lon
 
Gabaritobasica
GabaritobasicaGabaritobasica
Gabaritobasica
 
Previdenciario -hugo_goes
Previdenciario  -hugo_goesPrevidenciario  -hugo_goes
Previdenciario -hugo_goes
 
Anotações não arquivadas inss
Anotações não arquivadas inssAnotações não arquivadas inss
Anotações não arquivadas inss
 
Prova16295 técnico do seguro social
Prova16295 técnico do seguro socialProva16295 técnico do seguro social
Prova16295 técnico do seguro social
 
Prova4243 tec previdenciario
Prova4243 tec previdenciarioProva4243 tec previdenciario
Prova4243 tec previdenciario
 
Normas braziellas 2010
Normas braziellas 2010Normas braziellas 2010
Normas braziellas 2010
 
Prova14923
Prova14923Prova14923
Prova14923
 
Prova3936
Prova3936Prova3936
Prova3936
 
Prova defensoria
Prova defensoriaProva defensoria
Prova defensoria
 

Kürzlich hochgeladen

Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalSilvana Silva
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mentalADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
ADJETIVO para 8 ano. Ensino funda.mental
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Apostila inss 2010-atualizada

  • 1. INSS TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL LÍNGUA PORTUGUESA RACIOCÍNIO LÓGICO INFORMÁTICA MATEMÁTICA ATUALIDADES ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO REGIME JURÍDICO ÚNICO PREVIDÊNCIA - CONJUNTURA E ESTRUTURA CONHECIMENTOS COMPLEMENTARES 1
  • 2. Sumário 005 Língua Portuguesa 073 Raciocínio Lógico 087 Informática 193 Matemática 233 Atualidades 263 Ética no Serviço Público 271 Regime Jurídico Único (Lei 8.112/90) 295 Previdência - Conjuntura e Estrutura 317 Conhecimentos Complementares 337 Exercícios 3
  • 3. Língua Portuguesa Língua Portuguesa 07 Interpretação de textos e Tipologia textual 18 Fonética, ortografia e acentuação gráfica 24 Emprego das classes de palavras 34 Crase 35 Sintaxe da oração e do período 39 Pontuação 42 Concordância verbal e nominal 46 Regência verbal e nominal 48 Significação das palavras 51 Redação de correspondência oficial 65 Novo Acordo Ortográfico 5 5
  • 4. Língua Portuguesa INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS TIPOLOGIA TEXTUAL I. Tipologia Textual Obs.: Às vezes, um fragmento pode apresentar características que o assemelham a uma descrição e também a uma narração. Nesse caso, é interessante observar que em um fragmento narrativo a relação entre os fatos relacionados é de anterioridade e posterioridade, ou seja, existe o fato que ocorre antes e aquele que ocorre depois. Em uma narração ocorre a progressão temporal. Já na descrição a relação entre os fatos é de simultaneidade, ou seja, os fatos relacionados são concomitantes, não ocorrendo progressão temporal. 7
  • 5. Língua Portuguesa Classifique os trechos abaixo. Marque: Texto para a questão 07. (A) Narração (B) Descrição 1 (...) em volta das bicas era um zunzum cres- (C) Dissertação cente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns após outros, lavavam a cara, incomo- 01. Ocorreu um pequeno incêndio na noite de ontem, damente, debaixo do fio de água que escorria da em um apartamento de propriedade do Sr. Marcos 5 altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As da Fonseca. No local habitavam o proprietário, sua esposa e seus dois filhos. O fogo despontou em mulheres precisavam já prender as saias entre as um dos quartos que, por sorte, ficava na frente do coxas para não as molhar, via-se-lhes a tostada prédio. nudez dos braços e do pescoço que elas despiam suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; 02. O mundo moderno caminha atualmente para sua 10 os homens, esses não se preocupavam em não própria destruição, pois tem havido inúmeros con- molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem flitos internacionais, o meio ambiente encontra-se debaixo da água e esfregavam com força as ventas ameaçado por sério desequilíbrio ecológico e, e as barbas, fossando e fungando contra as pal- além do mais, permanece o perigo de uma catás- mas das mãos. As portas das latrinas não descan- trofe nuclear. 15 savam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá 03. Qualquer pessoa que o visse, quer pessoalmente dentro e vinham ainda amarrando as calças ou sai- ou através dos meios de comunicação, era logo levada a sentir que dele emanava uma serenida- as; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, de e autoconfiança próprias daqueles que vivem despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fun- com sabedoria e dignidade. 20 dos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas. (Aluísio Azevedo, O Cortiço) 04. De baixa estatura, magro, calvo, tinha a idade de um pai que cada pessoa gostaria de ter e de quem 07. O fragmento acima pode ser considerado: a nação tanto precisava naquele momento de de- a) narrativo, pois ocorre entre seus enunciados uma samparo. progressão temporal de modo que um pode ser considerado anterior ao outro. 05. Em virtude dos fatos mencionados, somos leva- b) um típico fragmento dissertativo em que se obser- dos a acreditar na possibilidade de estarmos a vam muitos argumentos. caminho do nosso próprio extermínio. É desejo de c) descritivo, pois não ocorre entre os enunciados todos nós que algo possa ser feito no sentido de uma progressão temporal: um enunciado não pode conter essas diversas forças destrutivas, para po- ser considerado anterior ao outro. dermos sobreviver às adversidades e construir um d) descritivo, pois os argumentos apresentados são mundo que, por ser pacífico, será mais facilmente objetivos e subjetivos. habitado pelas gerações vindouras. 08. Filosofia dos Epitáfios 06. O homem, dono da barraca de tomates, tentava, em vão, acalmar a nervosa senhora. Não sei por 1 Saí, afastando-me dos grupos e fingindo ler que brigavam, mas sei o que vi: a mulher imensa- os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, mente gorda, mais do que gorda, monstruosa, er- entre a gente civilizada, uma expressão daquele guia os enormes braços e, com os punhos cerra- pio e secreto egoísmo que induz o homem a ar- dos, gritava contra o feirante. Comecei a me as- 5 rancar à morte um farrapo ao menos da sombra sustar, com medo de que ela destruísse a barraca que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolá- — e talvez o próprio homem — devido à sua fúria vel dos que sabem os seus mortos na vala co- incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com mum; parece-lhes que a podridão anônima os al- sua raiva crescente e ficando cada vez mais ver- cança a eles mesmos. melha, assim como os tomates, ou até mais. (Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas) 8 8
  • 6. Língua Portuguesa Do ponto de vista da composição, é correto afir- miniatura, a visão prefigurada do paraíso que san- mar que o capítulo “Filosofia dos Epitáfios” tos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e, embora pudesse parecer bom demais para a vida a) é predominantemente dissertativo, servindo os 20 humana, foi o que encontrei. dados do enredo do ambiente como fundo para a Com igual paixão busquei o conhecimento. digressão. Desejei compreender os corações dos homens. b) é predominantemente descritivo, com a suspen- Desejei saber por que as estrelas brilham. E ten- são do curso da história dando lugar à construção tei apreender a força pitagórica pela qual o núme- do cenário. 25 ro se mantém acima do fluxo. Um pouco disso, c) equilibra em harmonia narração e descrição, à não muito, encontrei. medida que faz avançar a história e cria o cenário Amor e conhecimento, até onde foram possí- de sua ambientação. veis, conduziram-me aos caminhos do paraíso. d) é predominantemente narrativo, visto que o narrador Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Ter- evoca os acontecimentos que marcaram sua saída. 30 ra. Ecos de gritos de dor reverberam em meu co- ração. Crianças famintas, vítimas torturadas por II. ROTEIRO PARA LEITURA DE TEXTOS opressores, velhos desprotegidos – odiosa carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, • ler atentamente o texto, tendo noção do conjunto pobreza e dor transformaram em arremedo o que • compreender as relações entre as partes do texto 35 a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente • sublinhar momentos mais significativos aliviar o mal, mas não posso, e também sofro. • fazer anotações à margem Isso foi a minha vida. Achei-a digna de ser vivi- da e vivê-la-ia de novo com a maior alegria se a III. ENTENDIMENTO DO TEXTO oportunidade me fosse oferecida. O que deve ser observado para chegar à melhor (RUSSEL, Bertrand, Revista Mensal de Cultura, compreensão do texto? Enciclopédia Bloch, n. 53, set.1971, p.83) 1. PALAVRAS-CHAVE O texto é constituído de cinco parágrafos que se encadeiam de forma coerente, a partir das pala- Palavras mais importantes de cada parágrafo, vras-chave vida e paixões do primeiro parágrafo: em torno das quais outras se organizam, criando uma ligação para produzirem sentido. As palavras- palavras-chave chave aparecem, muitas vezes, ao longo do texto • 1º parágrafo – vida / paixões de diversas formas: repetidas, modificadas ou re- • 2º parágrafo - amor tomadas por sinônimos. As palavras-chave formam • 3º parágrafo - conhecimento o alicerce do texto, são a base de sua sustentação, • 4º parágrafo - compaixão levam o leitor ao entendimento da totalidade do tex- • 5º parágrafo – vida to, dando condições para reconstruí-lo. As palavras-chave vida e paixões prolongam-se em: • atenção especial para verbos e substantivos; amor, conhecimento e compaixão. Cada parágrafo irá • o título é uma boa dica de palavra-chave. ater-se a cada uma dessas paixões. Observe o texto de Bertrand Russel, “Minha Vida”, Leia o texto abaixo para responder às questões 9 e 10. a fim de compreender a forma como ele está cons- truído: 1 É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a reparação das perdas por acidentes de tra- 1 Três paixões, simples mas irresistivelmente balho que o investimento em sua prevenção. Mas, fortes, governaram minha vida: o desejo imenso então, por que eles ocorrem com tanta freqüência? do amor, a procura do conhecimento e a insupor- 5 Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal tável compaixão pelo sofrimento da humanidade. fato exige apenas o trabalho de observar obras de 5 Essas paixões, como os fortes ventos, levaram- engenharia civil, ao longo de qualquer trajeto por me de um lado para outro, em caminhos capricho- ônibus ou por carro na cidade. E quem poderia sos, para além de um profundo oceano de angús- suprir as deficiências da fiscalização oficial – os tias, chegando à beira do verdadeiro desespero. 10 sindicatos patronais ou de empregados – não o Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – faz; se não for por um conformismo cruel, a tomar 10 êxtase tão grande que sacrificaria o resto de mi- por fatalidade o que é perfeitamente possível de nha vida por umas poucas horas dessa alegria. prevenir, terá sido por nosso baixo nível de organi- Procurei-o, também, porque abranda a solidão – zação e escasso interesse pela filiação a entida- aquela terrível solidão em que uma consciência 15 des de classe, ou por desvio dessas de seus inte- horrorizada observa, da margem do mundo, o in- resses primordiais. 15 sondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, final- Falta também a educação básica, prévia a mente, porque na união do amor vi, em mística qualquer treinamento: com a baixíssima escola- ridade do trabalhador brasileiro, não há compre- 9 9
  • 7. Língua Portuguesa 20 ensão suficiente da necessidade e benefício dos porte torna precários os programas governa- equipamentos de segurança, assim como da mentais para atendimento à demanda por saú- mais simples mensagem ou de um manual de de, educação, habitação, assistência previden- instruções. ciária e segurança pública. E há, enfim, o fenômeno recente da terceiriza- Quanto aos trabalhadores sem anotação em ção, que pode estar funcionando às avessas, ao carteira, formam um colossal conjunto de excluí- 25 propiciar o surgimento e a multiplicação de em- dos. Estão à margem dos benefícios sociais ga- presas fantasmas de serviços, que contratam a rantidos pelos direitos de cidadania, entre os primeira mão-de-obra disponível, em vez de sele- quais vale citar o acesso à aposentadoria, ao cionar e de oferecer mão-de-obra especializada. seguro-desemprego e às indenizações repara- (O Estado de S.Paulo – 22 de fevereiro de 1998 – doras pela despedida sem justa causa. De outro adaptado) lado, não recolhem a contribuição previdenciária, mas exercem fortes pressões sobre os serviços 09. Assinale a opção que apresenta as palavras-cha- públicos de assistência médico-hospitalar. ve do texto. A reforma tributária poderá converter a expres- a) aceitação universal – constatação – benefício – sões toleráveis a economia informal. A redução escolaridade. fiscal incidente sobre as micro e pequenas em- b) investimento em prevenção – deficiências – enti- presas provocará, com certeza, a regularização dades – equipamentos. de grande parte das unidades produtivas em ação c) falta de fiscalização – organização – benefício – clandestina. E a adoção de uma política consis- mão-de-obra. tente para permitir o aumento do emprego e da d) prevenção de acidentes – fiscalização – educa- renda trará de volta ao mercado formal os milhões ção – terceirização. de empregados sem carteira assinada. É preci- e) crescimento – conformismo – treinamento – em- so entender que o esforço em favor da inserção presas. da economia no sistema mundial não pode pa- gar tributo ao desemprego e à marginalização 10. Assinale a opção INCORRETA em relação aos ele- social de milhões de pessoas. mentos do texto. (Correio Braziliense – 13.7.97) a) O pronome “eles” (l.4) refere-se a “acidentes de trabalho” (l.2 e 3). 1º parágrafo: b) A expressão “tal fato” (l.5-6) retoma a idéia antece- palavras-chave: economia informal e trabalha- dente de “falta de fiscalização” (l.5). dores admitidos sem carteira assinada c) Para compreender corretamente a expressão “não o último período do primeiro parágrafo apresenta o faz” (l.10 e 11), é necessário retomar a idéia de uma informação que vai nortear todo o texto: “Am- “suprir as deficiências da fiscalização oficial” (l.9). bas são portadoras de efeitos econômicos e soci- d) A palavra “primordiais” vincula-se à idéia de “bási- ais catastróficos.” cos, principais”. (l.17) e) “dessas” refere-se a “deficiências da fiscalização Idéia-chave: Economia informal e trabalhadores oficial” (l.9). admitidos sem carteira assinada trazem prejuí- zos econômicos e sociais. 2. IDÉIAS-CHAVE 2° parágrafo: Se houver dificuldade para chegar à síntese do palavra-chave: economia informal texto só pelas palavras-chave, deve-se buscar a efeitos econômicos - perda de receitas tributárias idéia-chave, que deve refletir o assunto principal efeitos sociais - precariedade dos programas de cada parágrafo, de forma sintetizada. sociais do governo • A partir da síntese de cada parágrafo, chega-se à Idéia-chave: A perda de receitas tributárias cau- idéia central do texto. sada pela economia informal prejudica os pro- gramas sociais do governo. Observe o texto: 3° parágrafo: Existem duas formas de operação marginal: a palavra-chave: trabalhadores admitidos sem car- que toma a classificação genérica de economia teira assinada informal, correspondente a mais de 50% do Pro- efeitos econômicos - não recolhem contribuição duto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos previdenciária trabalhadores admitidos sem carteira assinada. efeitos sociais – não têm garantia de direitos Ambas são portadoras de efeitos econômicos e sociais sociais catastróficos. A atividade econômica exercida ao largo dos Idéia-chave: Trabalhadores admitidos sem car- registros oficiais frustra a arrecadação de re- teira assinada causam prejuízos econômicos por ceitas tributárias nunca inferiores a R$ 50 bi- não recolherem contribuição previdenciária e so- lhões ao ano. A perda de receita fiscal de tal frem os efeitos sociais, por não terem seus direi- tos assegurados. 10 10
  • 8. Língua Portuguesa 4º parágrafo: ( ) A culminação desse processo evolutivo encontra- há uma proposta de solução para cada um dos se no conceito de risco social e na idéia correlata problemas apresentados no texto: de responsabilidade social. para a economia informal: reforma tributária – ( ) Daí as restrições da jornada normal e ao trabalho redução fiscal para micro e pequenas empresas noturno. para os trabalhadores sem carteira assinada: ( ) A necessidade de trabalhar não deve prejudicar o política consistente para aumento do emprego e normal desenvolvimento de seu organismo. da renda ( ) Enquanto esta é inerente a determinados ramos Idéia-chave: A reforma tributária poderá minimi- de atividade, os primeiros são aqueles que ocor- zar os efeitos da economia informal e uma política rem pelo exercício do trabalho, provocando lesão consistente para aumento do emprego e da renda corporal. pode provocar a formalização de contratos legais ( ) Constitui aquela o conjunto de princípios e regras para milhões de empregados. destinados a preservar a saúde do trabalhador. Idéia-central do texto: A seqüência numérica correta é: A economia informal tem efeitos econômicos e so- a) 1, 3, 4, 5, 2. ciais prejudiciais ao indivíduo e ao sistema, mas b) 3, 2, 1, 5, 4. ações políticas, como a reforma tributária, pode- c) 2, 5, 3, 1, 4. rão estimular a regularização de empresas, bene- d) 5, 1, 4, 3, 2. ficiado, também, os trabalhadores. e) 2, 4, 5, 3, 1. 3. COERÊNCIA 12. As propostas abaixo dão seguimento coerente e ló- Coerência é perfeita relação de sentido entre as gico ao trecho citado, EXCETO uma delas. Aponte-a: diversas palavras e/ou partes do texto. Haverá co- “Provavelmente devido à proximidade com os erência se for mantido um elo conceitual entre os perigos e a morte, os marinheiros dos séculos XV diversos segmentos do texto. e XVI eram muito religiosos. Praticavam um tipo de religião popular em que os conhecimentos teo- 4. COESÃO lógicos eram mínimos e as superstições muitas.” Quando lemos com atenção um texto bem cons- (Janaína Amado, com cortes e adaptações) truído, percebemos que existe uma ligação entre os diversos segmentos que o constituem. Cada a) Entre essas, figuravam o medo de zarpar numa frase enunciada deve manter um vínculo com a sexta-feira e o de olhar fixamente para o mar à anterior ou anteriores para não perder o fio do pen- meia-noite. samento. Cada enunciado do texto deve estabele- b) Cristóvão Colombo, talvez o mais religioso entre cer relações estreitas com os outros a fim de tor- todos os navegantes, costumava antepor a cada nar sólida sua estrutura. A essa conexão interna coisa que faria os dizeres: “Em nome da Santíssi- entre os vários enunciados presentes no texto dá- ma Trindade farei isto”. se o nome de coesão. Diz-se, pois, que um texto c) Apesar disso, os instrumentos náuticos represen- tem coesão quando seus vários enunciados es- taram progressos para a navegação oceânica, fa- tão organicamente articulados entre si, quando há cilitando a tarefa de pilotos e aumentando a segu- concatenação entre eles. rança e confiabilidade das rotas e viagens. d) Nos navios, que não raro transportavam padres, 11. Numere o conjunto de sentenças de acordo com o promoviam-se rezas coletivas várias vezes ao primeiro, de modo que cada par forme uma se- dia e, nos fins de semana, serviços religiosos qüência coesa e lógica. Identifique, em seguida, a especiais. letra da seqüência numérica correta (Baseado em e) Constituíam expressão de religiosidade dos ma- Délio Maranhão). rinheiros constantes promessas aos santos, indi- viduais ou coletivas. (1) Cumpre, inicialmente, distinguir a higiene do tra- balho da segurança do trabalho. Leia o texto para solucionar as questões 13 e 14. (2) Na evolução por que passou a teoria do risco pro- fissional, abandonou-se o trabalho profissional 1 Cientistas de diversos países decidiram abra- como ponto de referência para colocar-se, em seu çar, em 1990, um projeto ambicioso: identificar todo lugar, a atividade empresarial. o código genético contido nas células humanas (3) Há que se fazer a distinção entre acidentes do tra- (cerca de três bilhões de caracteres). O objetivo balho e doença do trabalho. 5 principal de tal iniciativa é compreender melhor o (4) O Direito do Trabalho reconhece a importância da funcionamento da vida, e, conseqüentemente, a função da mulher no lar. forma mais eficaz de curar as doenças que nos (5) Motivos de ordem biológica, moral, social e eco- ameaçam. Como é esse código que define como nômica encontram-se na base da regulamenta- somos, desde a cor dos cabelos até o tamanho ção legal do trabalho do menor. 10 dos pés, o trabalho com amostras genéticas co- lhidas em várias partes do mundo está ajudando Degrau Cultural 11 11
  • 9. Língua Portuguesa também a entender as diferenças entre as etnias d) As amostras para a pesquisa do Projeto Genoma humanas. Chamado de Projeto Genoma Huma- Humano estão sendo colhidas em diversas par- no, desde o seu início ele não parou de produzir tes do mundo. 15 novidades científicas. A mais importante delas é a e) O racismo não tem fundamento científico; é um confirmação de que o homem surgiu realmente fenômeno que se forma apoiado em estruturas sociais e culturais. na África e se espalhou pelo resto do planeta. A pesquisa contribuiu também para derrubar velhas 15. Indique a ordem em que as questões devem se teorias sobre a superioridade racial e está provan- organizar no texto, de modo a preservar-lhe a coe- 20 do que o racismo não tem nenhuma base científi- são e coerência (Baseado no texto de José Onofre). ca. É mais uma construção social e cultural. O que ( ) O País não é um velho senhor desencantado com percebemos como diferenças raciais são apenas a vida que trata de acomodar-se. adaptações biológicas às condições geográficas. ( ) O Brasil tem memória curta. Originalmente o ser humano é um só. ( ) É mais como um desses milhões de jovens mal (ISTO É – 15.1.97) nascidos cujo único dote é um ego dominante e predador, que o impele para a frente e para cima, 13. Assinale o item em que não há correspondência impedindo que a miséria onde nasceu e cresceu entre os dois elementos. lhe sirva de freio. a) “tal iniciativa” (l.5) refere-se a “projeto ambicioso”. ( ) “Não lembro”, responde, “faz muito tempo”. b) “ele” (l.14) refere-se a “Projeto Genoma Humano”. ( ) Lembra o personagem de Humphrey Bogart em c) “delas” (l.15) refere-se a “novidades científicas”. Casablanca, quando lhe perguntaram o que fizera d) “A pesquisa” (l.18) refere-se a “Projeto Genoma na noite anterior. Humano”. ( ) Mas esta memória curta, de que políticos e jornalis- e) “É mais” (l.21) refere-se a “Pesquisa”. tas reclamam tanto, não é, como no caso de Bo- gart, uma tentativa de esquecer os lances mais 14. Marque o item que NÃO está de acordo com as penosos de seu passado, um conjunto de desilu- idéias do texto. sões e perdas que leva ao cinismo e à indiferença. a) O Projeto Genoma Humano tem como objetivo pri- mordial reconhecer as diferenças entre as várias a) 1, 2, 6, 5, 4, 3. raças do mundo. b) 2, 5, 4, 6, 3, 1. b) O ser humano tem uma estrutura única independen- c) 2, 6, 1, 3, 5, 4. te de etnia e as diferenças raciais provêm da neces- d) 1, 5, 4, 6, 3, 2. sidade de adaptação às condições geográficas. e) 2, 5, 4, 1, 6, 3. c) O código genético determina as características de cada ser humano, e conhecer esse código levará os cientistas a controlarem doenças. 5. CONEXÕES Os conectivos também são elementos de coesão. Uma leitura eficiente do texto pressupõe, entre outros cuida- dos, o de depreender as conexões estabelecidas pelos conectivos. 5.1. PRINCIPAIS CONECTIVOS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 12 12
  • 10. THATYML Língua Portuguesa CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS PRONOMES RELATIVOS 13 13
  • 11. Língua Portuguesa 16. A alternativa que substitui, correta e respectiva- c) Mesmo que os deputados que deponham na CPI ente, as conjunções ou locuções grifadas nos e ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso períodos abaixo é: dos precatórios, a confiança na instituição não foi I. Visto que pretende deixar-nos, preparamos uma abalada. festa de despedida. d) O ministro reafirmou que é preciso manter a todo II. Terá sucesso, contanto que tenha amigos influ- custo o plano de estabilização econômica, sob entes. pena de termos a volta da inflação. III. Casaram-se e viveram felizes, tudo como estava e) Antes de fazer ilações irresponsáveis acerca das escrito nas estrelas. medidas econômicas, deve-se procurar conhecer IV. Foi transferido, portanto não nos veremos com as razões que, por isso as motivaram. muita freqüência. a) porque, mesmo que, segundo, ainda que. As questões 20 e 21 referem-se ao texto que segue. b) como, desde que, conforme, logo. c) quando, caso, segundo, tão logo. Imposto d) salvo se, a menos que, conforme, pois. e) pois, mesmo que, segundo, entretanto. A insistência das secretarias estaduais de Fazenda em cobrar 25% de ICMS dos provedores 17. Assinale a alternativa em que o pronome relativo de acesso à Internet deve acabar na Justiça. A paz “onde” obedece aos princípios da língua culta atual entre os dois lados é apenas para celebrar o escrita. fim do ano. Os provedores argumentam que não a) Os fonemas de uma língua costumam ser repre- têm de pagar o imposto porque não são, por lei, sentados por uma série de sinais gráficos deno- considerados empresas de telecomunicação, mas minados letras, onde o conjunto delas forma a apenas prestadores de serviços. Com o caixa que- palavra. brado, os Estados permanecem irredutíveis. O Mi- b) Todos ficam aflitos no momento da apuração, onde nistério da Ciência e Tecnologia alertou formal- será conhecida a escola campeã. mente ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, que c) Foi discutida a pequena carga horária de aulas de a imposição da cobrança será repassada para o Cálculo e Física, onde todos concordaram e dese- consumidor e pode prejudicar o avanço da Inter- jam mais aulas. net no Brasil. Hoje, pagam-se em média 40 reais d) Não se pode ferir um direito constitucional onde visa para se ligar à rede. a garantir a educação pública e gratuita para todos. (Veja – 8/1/97, p. 17) e) Não se descobriu o esconderijo onde os seqües- tradores o deixaram durante esses meses todos. 20. Infere-se do texto que a) as empresas caracterizadas como prestadoras de 18. Nos períodos abaixo, as orações sublinhadas es- serviço estão isentas do ICMS. tabelecem relações sintáticas e de sentido com b) todas as pessoas que desejam ligar-se à Internet outras orações. devem pagar 40 reais de ICMS. I. Eles compunham uma grande coleção, que foi se c) os provedores de acesso à Internet estão proces- dispersando à medida que seus filhos se casa- sando os consumidores que não pagam o ICMS. vam, levando cada qual um lote de herança. (PRO- d) os Estados precisam cobrar mais impostos dos PORCIONALIDADE) provedores para não serem punidos pelo Ministé- II. Mal se sentou na cadeira presidencial, Itamar Fran- rio da Ciência e Tecnologia. co passou a ver conspirações. (MODO) a) o desenvolvimento da Internet no Brasil está sen- III. Nunca foi professor da UnB, mas por ela se apo- do prejudicado pela cobrança do ICMS. sentou. (CONTRARIEDADE) IV. Mesmo que tenham sido só esses dois, (...) já não 21. A conjunção mas no texto estabelece uma relação de se configuraria a roubalheira (...) ? (CONCESSÃO) a) tempo. A classificação dessas relações está correta so- b) adição. mente nos períodos c) conseqüência. a) I, II e III. d) causa. b) II e IV. e) oposição. c) I e III. d) II, III e IV. 22. Assinale a única conjunção incorreta para com- e) I, III e IV. pletar a lacuna do texto. A partir do ofício enviado pelo fisco, começou-se a 19. Os princípios da coerência e da coesão não foram levantar informações sobre a sonegação de im- violados em: posto de renda no mundo do esporte no Brasil. “O a) O Santos foi o time que fez a melhor campanha do futebol já é o quarto maior mercado de capitais do campeonato. Teria, no entanto, que ser o campeão mundo”, diz Ives Gandra Martins, advogado tribu- este ano. tarista e conselheiro do São Paulo Futebol Clube, b) Apesar da Sabesp estar tratando a água da Re- ______________ só agora a Receita começa a presa de Guarapiranga, portanto o gosto da água prestar atenção nos jogadores. nas regiões sul e oeste da cidade melhorou. 14 14
  • 12. Língua Portuguesa Em outros países não é assim. Nos Estados Os professores sardenhos sabem que os adultos tam- Unidos, ano passado, a contribuição fiscal do bém apresentam sintomas semelhantes e que, na re- astro do basquete Michael Jordan chegou a 20,8 alidade, alguns chegam a morrer após urinarem uma milhões de dólares. grande quantidade de sangue. Por vezes, aproximada- (Exame – 27 de agosto de 1997) mente 35% dos habitantes da ilha chegam a ser aco- a) todavia. metidos por este mal. b) conquanto. O Dr. Marcelo Siniscalco, do Centro de Cancerologia c) entretanto. Sloan-Kedttering, em Nova Iorque, e o Dr. Arno G. Motul- d) não obstante. sky, da Universidade de Washington, depararam pela e) no entanto. primeira vez com a doença em 1959, enquanto desen- volviam um estudo sobre padrões de hereditariedade e IV. PARÁFRASE determinaram que os sardenhos eram vítimas de ane- Paráfrase é a reprodução explicativa de um texto ou de mia hemolítica, uma doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem unidade de um texto, por meio de uma linguagem mais no interior dos veios sangüíneos. Os pacientes urina- longa. Na paráfrase sempre se conservam basicamen- vam sangue porque os rins filtram e expelem a hemo- te as idéias do texto original. O que se inclui são comen- globina não aproveitada. Se o volume de destruição for tários, idéias e impressões de quem faz a paráfrase. Na mínimo, o resultado será a letargia; se for aguda, a escola, quando o professor, ao comentar um texto, inclui doença poderá acarretar a morte do paciente. outras idéias, alongando-se em função do propósito de A anemia hemolítica pode ter diversas origens. Mas na ser mais didático, faz uma paráfrase. Sardenha, as experiências indicam que praticamente Parafrasear consiste em transcrever, com novas pala- todas as pessoas acometidas por este mal têm defici- vras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá ência de uma única enzima, chamada deidrogenase fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, rea- fosfo-glucosada-6 (ou G-6-PD), que forma um elo de firmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresen- suma importância na corrente de produção de energia tado, acrescentando aspectos relevantes de uma opi- para as células vermelhas do sangue. nião pessoal ou acercando-se de críticas bem funda- Mas os sardenhos ficam doentes apenas durante a primavera, o que indica que a falta de G-6-PD da vítima mentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o tex- não aciona por si só a doença - que há algo no meio to-base, condensando-o de maneira direta e imperati- ambiente que tira proveito da deficiência. A deficiência va. Consiste em um excelente exercício de redação, genética pode ser a arma, mas um fator ambiental é uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e quem a dispara. precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar Entre as plantas que desabrocham durante a primave- um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efei- ra na Sardenha encontra-se a fava ou feijão italiano - to estético na literatura moderna. observou o Dr. Siniscalco. Esta planta não tem uma Como ler um texto boa reputação desde ao ano 500 a.C. , quando o filóso- Recomendam-se duas leituras. A primeira chamaremos fo grego e reformador político Pitágoras proibiu que seus de leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal. seguidores a comessem, ou mesmo andassem por Leitura horizontal é a leitura rápida que tem como finalida- entre os campos onde floresciam. Agora, o motivo de de o contato inicial com o assunto do texto. De posse desta tal proibição tornou-se claro; apenas aquelas pessoas que carregam o gene defeituoso e comiam favas cruas visão geral, podemos passar para o próximo passo. ou parcialmente cozidas (ou inspiravam o pólen de uma Leitura vertical consiste em uma leitura mais atenta; é planta em flor) apresentavam problemas. todos os de- o levantamento dos referenciais do texto-base para a mais eram imunes. perfeita compreensão. É importante grifar, em cada Em dois anos, o Dr. Motusky desenvolveu um teste de parágrafo lido, as idéias principais. Após escrever à sangue simples para medir a presença ou ausência de parte as idéias recolhidas nos grifos, procurando dar G-6-PD. Atualmente, os cientistas têm um modo de de- uma redação própria, independente das palavras utili- terminar com exatidão quem está predisposto à doença zadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremos e quem não está; a enzima hemolítica, os geneticistas de levantamento textual dos referenciais. A redação fi- começaram a fazer a triagem da população da ilha. Lo- nal é a união destes referenciais, tendo o redator o calizaram aqueles em perigo e advertiram-lhes para evi- cuidado especial de unir idéias afins, de acordo com a tar favas de feijão durante a estação de floração. Como identidade e evolução do texto-base. resultado, a incidência de anemia hemolítica e de estu- dantes apáticos começou a declinar. O uso de marcado- res genéticos como instrumento de previsão da reação Exemplo de paráfrase dos sardenhos à fava de feijão há 20 anos foi uma das primeiras vezes em que os marcadores genéticos eram Profecias de uma Revolução na Medicina empregados deste modo; foi um avanço que poderá Há séculos, os professores de segundo grau da Sar- mudar o aspecto da medicina moderna. Os marcadores denha vêm testemunhando um fenômenos curioso. genéticos podem prever agora a possível eclosão de Com a chegada da primavera, em fevereiro, alguns de outras doenças e, tal como a anemia hemolítica, podem seus alunos tornam-se apáticos. Nos três meses sub- auxiliar os médicos a prevenirem totalmente os ataques seqüentes, sofrem uma baixa em seu rendimento es- em diversos casos. (Zsolt Harsanyi e Richard Hutton, colar, sentem-se tontos e nauseados, e adormecem publicado no jornal O Globo). na sala de aula. Depois, repentinamente, suas energi- as retornam. E ficam ativos e saudáveis até o próximo mês de fevereiro. 15 15
  • 13. Língua Portuguesa 23. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar do trecho sublinhado a seguir: o mercado para seus produtos industriais tiveram peso considerável na formulação da política anti- Uma das grandes dificuldades operacionais en- negreira inglesa, mas teve-o também a consciên- contradas em planos de estabilização é o conflito cia liberal antiescravista. entre perdedores e ganhadores. Às vezes reais, d) Teve peso considerável na política antinegreira outras fictícios, estes conflitos geram confrontos e britânica, o abolicionismo. Mas as forças de mer- polêmicas que, com freqüência, podem pressio- cado tiveram também peso, pois precisavam dis- nar os formuladores da política de estabilização a por de consumidores para seus produtos. tomar decisões erradas e, com isto, comprometer e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interes- o sucesso das estratégias antiinflacionárias. ses materiais, na primeira metade do século XIX, (Folha de S.Paulo, 7/5/94) na formulação da política britânica de oposição à escravidão negreira. a) Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confron- tos e polêmicas que, freqüentemente, podem pres- V. Perífrase sionar os formuladores da política de estabiliza- ção a tomar decisões erradas, sem, com isso, Observe: comprometer o sucesso das estratégias antiinfla- O povo lusitano foi bastante satirizado por Gil Vicente. cionárias. b) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode Utilizou-se a expressão “povo lusitano” para substituir ficar comprometido se, pressionados por confli- “os portugueses”. Esse rodeio de palavras que substi- tos, reais ou fictícios, os formuladores da política tuiu um nome comum ou próprio chama-se perífrase. de estabilização tomarem decisões erradas. Perífrase é a substituição de um nome comum ou pró- c) Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, que prio por um expressão que a caracterize. Nada mais é podem pressionar os formuladores da política de do que um circunlóquio, isto é, um rodeio de palavras. estabilização a confrontos e polêmicas, compro- metem o sucesso das antiinflacionárias. Outros exemplos: d) O sucesso das estratégias antiinflacionárias pode astro rei (Sol) | última flor do Lácio (língua portuguesa) ficar comprometido se os formuladores da política Cidade-Luz (Paris) de estabilização, pressionados por confrontos e Rainha da Borborema (Campina Grande) | Cidade Ma- polêmicas decorrentes de conflitos, tomarem de- ravilhosa (Rio de Janeiro) cisões erradas. e) Os formuladores da política de estabilização po- Observação: existe também um tipo especial de perí- dem tomar decisões erradas se os conflitos, ge- frase que se refere somente a pessoas. Tal figura de rados por confrontos e polêmicas os pressiona- estilo é chamada de antonomásia e baseia-se nas rem; o sucesso das estratégias antiinflacionárias qualidades ou ações notórias do indivíduo ou da enti- fica, com isto comprometido. dade a que a expressão se refere. Exemplos: 24. Marque a opção que não constitui paráfrase do A rainha do mar (Iemanjá) segmento abaixo: O poeta dos escravos (Castro Alves) O criador do teatro português (Gil Vicente) “O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nas Antilhas Britânicas, teve peso ponderável na VI. SÍNTESE política antinegreira dos governos britânicos du- A síntese de texto é um tipo especial de composição rante a primeira metade do século passado. Mas que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que tiveram peso também os interesses capitalistas, o autor expressou amplamente. Desse modo, só de- comerciais e industriais, que desejavam expandir vem ser aproveitadas as idéias essenciais, dispensan- o mercado ultramarino, de produtos industriais e do-se tudo o que for secundário. viam na inevitável miséria do trabalhador escravo um obstáculo para este desiderato.” Procedimentos: (P. Singer, A formação da classe operária, São Paulo, 1. Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assun- Atual, 1988, p.44) to e assimilar as idéias principais; 2. Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais a) Na primeira metade do século passado, a despeito importantes, ou anotando à parte os pontos que devem da forte pressão do mercado ultramarino em criar ser conservados; consumidores potenciais para seus produtos in- 3. Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo dustriais, foi o movimento abolicionista o motor que a seqüência de idéias do texto original; pôs cobro à miséria do trabalhador escravo. 4. Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primei- ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar; ra metade do século passado foi fortemente influ- 5. Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar enciada não só pelo ideário abolicionista como seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de lingua- também pela pressão das necessidades comer- gem do autor; ciais e industriais emergentes. 16 16
  • 14. Língua Portuguesa 6. Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a MODELO sintetizá-lo. Arranchados sob um juazeiro, em meio àquela desola- ção, um bando de retirantes tentava aproveitar uma vaca Sem copiar frases, RESUMIR, o texto abaixo: já em estado de putrefação, para combater-lhe a fome de dois dias. Quando Chico Bento, com o seu bando, O QUINZE aproxima-se também em busca de abrigo e, compade- Debaixo de um juazeiro grande, todo um bando de reti- cendo-se daquela situação, divide com os miseráveis rantes se arranchara: uma velha, dois homens, uma o resto de alimento que trazia, deixando o animal para mulher nova, algumas crianças. os urubus. O sol, no céu, marcava onze horas. Quando Chico Ben- to, com seu grupo, apontou na estrada, os homens VII. COMO RESUMIR UM TEXTO esfolavam uma rês e as mulheres faziam ferver uma Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso lata de querosene cheia de água, abanando o fogo com saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o um chapéu de palha muito sujo e remendado. trabalho da memória. Saber resumir as idéias expres- Em toda a extensão da vista, nenhuma outra árvore sas em um texto não é difícil. Resumir um texto é repro- surgia. Só aquele juazeiro, devastado e espinhento, duzir com poucas palavras aquilo que o autor disse. verdejava a copa hospitaleira na desolação cor de cin- za da paisagem. Para se realizar um bom resumo, são necessárias al- Cordulina ofegava de cansaço. A Limpa-Trilho gania e gumas recomendações: parava, lambendo os pés queimados. 1. Ler todo o texto para descobrir do que se trata. Os meninos choramingavam, pedindo de comer. 2. Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou E Chico Bento pensava: palavras importantes. Isto ajuda a identificar. – Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansa- 3. Distinguir os exemplos ou detalhes das idéias prin- ço, sempre aparecem com o nome de fome? cipais. – Mãe, eu queria comer... me dá um taquinho de rapa- 4. Observar as palavras que fazem a ligação entre as dura! diferentes idéias do texto, também chamadas de co- – Ai, pedra do diabo! Topada desgraçada! Papai, vamos nectivos: “por causa de”, “assim sendo”, “além do mais”, comer mais aquele povo, debaixo desse pé de pau? “pois”, “em decorrência de”, “por outro lado”, “da mes- O juazeiro era um só. O vaqueiro também se achou no ma forma”. direito de tomar seu quinhão de abrigo e de frescura. 5. Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um E depois de arriar as trouxas e aliviar a burra, reparou encerra uma idéia diferente. nos vizinhos. A rês estava quase esfolada. A cabeça 6. Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma inchada não tinha chifres. Só dois ocos podres, mal estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem cheirosos, donde escorria uma água purulenta. encadeadas e se formam um todo. Encostando-se ao tronco, Chico Bento se dirigiu aos 7. Num resumo, não se devem comentar as idéias do esfoladores: autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem – De que morreu essa novilha, se não é da minha usar expressões como “segundo o autor”, “o autor afir- conta? mou que”. Um dos homens levantou-se, com a faca escorrendo 8. O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de sangue, as mãos tintas de vermelho, um fartum san- assunto abordado. É recomendável que nunca ultra- grento envolvendo-o todo: passe vinte por cento da extensão do texto original. – De mal-dos-chifres. Nós já achamos ela doente. E 9. Nos resumos de livros, não devem aparecer diálo- vamos aproveitar, mode não dar para os urubus. gos, descrições detalhadas, cenas ou personagens Chico Bento cuspiu longe, enojado: secundárias. Somente as personagens, os ambientes – E vosmecês têm coragem de comer isso? Me ripuna e as ações mais importantes devem ser registrados. só de olhar... O outro explicou calmamente: – Faz dois dias que a gente não bota um de-comer de panela na boca... Chico Bento alargou os braços, num grande gesto de fraternidade: – Por isso não! Aí nas cargas eu tenho um resto de criação salgada que dá para nós. Rebolem essa por- queira pros urubus, que já é deles! Eu vou lá deixar um cristão comer bicho podre de mal, tenho um bocado no meu surrão! Realmente a vaca já fedia, por causa da doença. GABARITO Toda descarnada, formando um grande bloco sangren- to, era uma festa para os urubus vê-la, lá de cima, lá da 01. A 02. C 03. B 04. B 05. C frieza mesquinha das nuvens. E para comemorar o 06. A 07. C 08. A 09. D 10. E achado executavam no ar grandes rondas festivas, ne- 11. E 12. C 13. E 14. A 15. B grejando as asas pretas em espirais descendentes. 16. B 17. E 18. E 19. D 20. A Rachel de Queiroz 21. E 22. B 23. D 24. A 17 17
  • 15. Língua Portuguesa FONÉTICA, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA É a parte da lingüística que estuda os sons da fala Ditongo: é a junção de uma vogal + uma semivogal (fones). (ditongo decrescente), ou vice-versa (ditongo cres- cente), na mesma sílaba. Fonemas Ex.: noite (ditongo decrescente), quase (ditongo cres- São as entidades capazes de estabelecer distinção cente). entre as palavras. Exemplos: casa/capa, muro/mudo, dia/tia Tritongo: é a junção de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba. A troca de um único fonema determina o surgimen- Ex.: Paraguai, argüiu. to de outra palavra ou um som sem sentido. O fonema se manifesta no som produzido e é registrado pela le- Hiato: é junção de duas vogais pronunciadas separa- tra, é representado graficamente por ela. O fonema /z/, damente formando sílabas distintas. por exemplo, pode ser representado por várias letras: z Ex.: saída, coelho (fazenda), x (exagerado), s (mesa). Atenção: Não se esqueça que só as vogais /i/ e Atenção: Os fonemas são representados entre /u/ podem funcionar como semivogais. Quando barras. Exemplos: /m/, /o/. semivogais, serão representadas por /y/ e /w/ respectivamente. Classificação dos fonemas Os fonemas da língua portuguesa classificam-se Dígrafos em vogais, semivogais e consoantes. É a união de duas letras representando um só fone- ma. Observe que no caso dos dígrafos não há corres- Vogais: são fonemas pronunciados sem obstáculo à pondência direta entre o número de letras e o número passagem de ar, chegando livremente ao exterior. Exem- de fonemas. plos: pato, bota Dígrafos que desempenham a função de consoan- tes: ch (chuva), lh (molho), nh (unha), rr (carro) e outros. Semivogais: são os fonemas que se juntam a uma vo- Dígrafos que desempenham a função de vogais na- gal, formando com esta uma só sílaba. Exemplos: cou- sais: am (campo), en (bento), om (tombo) e outros. ro, baile. Observe que só os fonemas /i/ e /u/ átonos funcionam como semivogais. Para que não sejam con- Encontros consonantais fundidos com as vogais i e u serão representados por Quando existe uma seqüência de duas ou mais con- [y] e [w] e chamados respectivamente de iode e vau. soantes em uma mesma palavra, denominamos essa seqüência de encontro consonantal. Consoantes: são fonemas produzidos mediante a re- O encontro pode acorrer: sistência que os órgãos bucais (língua, dentes, lábi- – na mesma sílaba: cla-ri-da-de, fri-tu-ra, am-plo. os) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, – em sílabas diferentes: af-ta, com-pul-só-rio lâmpada. Atenção: Nos encontros consonantais somos Dica: Em nossa língua, a vogal é o elemento capazes de perceber o som de todas as conso- básico, suficiente e indispensável para a forma- antes. ção da sílaba. Você encontrará sílabas constitu- ídas só de vogais, mas nunca formadas somen- Sílaba te com consoantes. Exemplos: viúva, abelha. É a unidade ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. Classificação das vogais 1- Quanto à intensidade Classificação das palavras quanto ao número de A intensidade está relacionada com a tonicidade da sílabas vogal. Monossílabas - aquelas que possuem uma só sílaba: a- tônicas: café, cama dó, mão, cruz, etc. b- átonas: massa, bote Dissílabas - aquelas que possuem duas sílabas: sa/ pé, fo/lha, te/la, etc. 2- Quanto ao timbre Trissílabas - aquelas que possuem três sílabas: fun/ O timbre está relacionado com a abertura da boca da/ção, mé/di/co, etc. a- abertas: (sapo), (neve), (bola) Polissílabas - aquelas que possuem mais de três síla- b- fechadas: ê (mesa), ô (domador), i (bico), u (útero) e bas: ve/te/ra/no, na/tu/re/za, pa/la/ci/a/no, etc. todas as nasais Divisão silábica Encontros vocálicos A fala é o primeiro e mais importante recurso usado Há três tipos de encontros vocálicos: ditongo, hiato para a divisão silábica na escrita. e tritongo. 18 18
  • 16. THATYML Língua Portuguesa Regra geral: Atenção: Não confunda acento tônico com acento Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. gráfico. O acento tônico está relacionado com intensidade de som e existe em todas as pala- Regras práticas: vras com duas ou mais sílabas. O acento gráfico Não se separam ditongos e tritongos. Exemplos: existirá em apenas algumas palavras e será mau, averigüei usado de acordo com regras de acentuação. Separam-se as letras que representam os hiatos. Exemplos: sa-í-da, vô-o... Classificação das palavras quanto ao acento tônico Separam-se somente os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc. As palavras com mais de uma sílaba, conforme a Exemplos: pas-se-a-ta, car-ro, ex-ce-to... tonicidade, classificam-se em: Separam-se os encontros consonantais pronunci- ados separadamente. Exemplo: car-ta Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última - coração, Os elementos mórficos das palavras (prefixos, radi- São Tomé, etc. cais, sufixos), quando incorporados à palavra, obede- cem às regras gerais. Exemplos: de-sa-ten-to, bi-sa- Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima - vô, tran-sa-tlân-ti-co... cadeira, linha, régua, etc. Consoante não seguida de vogal permanece na sí- laba anterior. Quando isso ocorrer em início de palavra, Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúl- a consoante se anexa à sílaba seguinte. Exemplos: ad- tima - ibérica, América, etc. je-ti-vo, tungs-tê-nio, psi-có-lo-go, gno-mo... Os monossílabos podem ser tônicos ou átonos: Acento tônico / gráfico Tônicos: são autônomos, emitidos fortemente, como 1 - Sílaba tônica - A sílaba proferida com mais intensi- se fossem sílabas tônicas. Exemplos: ré, teu, lá, etc. dade que as outras é a sílaba tônica. Esta possui o Átonos: apóiam-se em outras palavras, pois não são acento tônico, também chamado acento de intensi- autônomos, são emitidos fracamente, como se fos- dade ou prosódico: sem sílabas átonas.São palavras sem sentido quando Exemplos: cajá, caderno, lâmpada estão isoladas: artigos, pronomes oblíquos, preposi- 2 - Sílaba subtônica - Algumas palavras geralmente ções, junções de preposições e artigos, conjunções, derivadas e polissílabas, além do acento tônico, pronome relativo que. Exemplos: o, lhe, nem, etc. possuem um acento secundário. A sílaba com acento secundário é chamada de subtônica. Acentuação gráfica Exemplos: terrinha, sozinho As palavras em Língua Portuguesa são acentuadas 3 - Sílaba átona - As sílabas que não são tônicas nem de acordo com regras. Para que você saiba aplicá-las é subtônicas chamam-se átonas. preciso que tenha claros alguns conceitos como tonici- Podem ser pretônicas (antes da tônica) ou postôni- dade, encontros consonantais e vocálicos... cas (depois da tônica), Exemplos: barata (átona pretônica, tônica, átona postônica); máquina (tônica, átona postônica, áto- na postônica). Para você acentuar uma palavra: 1º Divida-a em sílabas; 2º Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paroxítona...); 3º De acordo com sua terminação, encaixe-a nos quadros abaixo. Você deve acentuar as vogais tônicas das: Atenção: não se acentuam as paroxítonas terminadas em -ens. Exemplo: itens, nuvens... Degrau Cultural 19 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd 19 30/9/2010, 09:45
  • 17. THATYML Língua Portuguesa Acentuam-se: Grupos gu, qu antes de e/i Atenção: O verbo TER, VIR e seus derivados não Quando o u é proferido e tônico, receberá acento possuem dois EE na 3ª pessoa do plural no pre- agudo: averigúe, apazigúe, argúis, etc. sente do indicativo: ele tem, eles têm; ele vem, Quando o referido u é proferido e átono, receberá eles vêm; ele contém, eles contêm... trema: freqüente, tranqüilo, etc. Quando o u não for pronunciado, formará com q e g Sinais Gráficos dígrafos, ou seja, duas letras representando um único Sinais gráficos ou diacríticos são certos sinais que fonema /k/ e /g /. Não apresenta nenhum tipo de acento. se juntam às letras, geralmente para lhes dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das Acento diferencial palavras. O acento diferencial (que pode ser circunflexo ou agudo) é usado como sinal distintivo de vocábulos ho- 1. Til mógrafos (palavras que apresentam a mesma escri- Indica nasalidade. ta). Alguns exemplos: Exemplos: maçã, Irã, órgão... • ás (carta de baralho, piloto exímio) - as (artigo femini- 2. Trema no plural) Indica que o u dos grupos gue, gui, que, qui é profe- • côa, côas (verbo coar) - coa, coas (contrações com + rido e átono. a, com + as) Exemplos: lingüiça, tranqüilo... • pára (verbo) - para (preposição) 3. Apóstrofo • péla, pélas (substantivo e verbo) - pela, pelas (contra- Indica a supressão de uma vogal. Pode existir em ções de per + a, per + as) palavras compostas, expressões e poesias. • pêlo (substantivo) - pelo (per + o) Exemplos: caixa-d’água, pau-d’água etc. • pólo, pólos (extremidade, jogo) - pôlo, pôlos (falcão) 4. Hífen • pêra (fruta) - péra ou péra-fita (grande pedra antiga, Emprega-se o hífen nos seguintes casos: fincada no chão) – em palavras compostas. Exemplos: beija-flor, • pôr (verbo) - por (preposição) amor-perfeito... • porquê (substantivo) - porque (conjunção) – para ligar pronomes átonos às formas verbais. • quê (substantivo, pronome em fim de frase) - que (con- Exemplos: dar-lhe, amar-te-ia... junção) – para separar palavras em fim de linha. – para ligar algumas palavras precedidas de prefi- xos. Exemplos: auto-educação, pré-escolar... 20 Degrau Cultural 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd 20 30/9/2010, 09:45
  • 18. THATYML Língua Portuguesa Observação: o uso do hífen é regulamentado pelo Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua Portugue- sa. Por se tratar de um item extremamente complexo, com regras confusas e extensas, os autores são contraditórios quando tratam do assunto. Procuramos sintetizar em um quadro o uso do hífen com os prefixos mais comuns. 5. Acento agudo Emprego de letras Indica vogal tônica aberta: pó, ré; 6. Acento circunflexo Letra H Indica vogal tônica fechada: astrônomo, três; Por que usar a letra H se ela não representa nenhum 7. Acento grave som? Realmente ela não possui valor fonético, mas Sinal indicador de crase: à, àquele; continua sendo usada em nossa língua por força da 8. Cedilha etimologia e da tradição escrita. Indica que o c tem som de ss: pança, muçulmano, moço... Etimologia: estudo da origem e da evolução das pala- vras; disciplina que trata da descrição de uma palavra Atenção: O cedilha só é acompanhado pelas em diferentes estados de língua anteriores por que vogais a, o, u. passou, até remontar ao étimo; origem de um termo, quer na forma mais antiga conhecida, quer em alguma Ortografia etapa de sua evolução; étimo. Palavra constituída das partes: Ex: fidalgo é a locução filho de algo (Dicionário Houaiss) orto (correta) +grafia (escrita). A ortografia é a parte da gramática que trata da correta Emprega-se o H: escrita das palavras. – Inicial, quando etimológico: horizonte, hulha, etc. – Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh: cha- Nosso alfabeto é composto de 23 letras: mada, molha, sonho, etc. a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z – Em algumas interjeições: oh!, hum!, etc. – Em palavras compostas unidos por hífen, se algum Observação: Você deve estar se perguntando elemento começa com H: hispano-americano, super- pelas letras W, Y e K.Elas não pertencem mais homem, etc. ao nosso alfabeto.São usadas apenas em ca- – Palavras compostas ligadas sem hífen não são es- sos especiais: critas com H. Exemplo: reaver Nomes próprios estrangeiros – No substantivo próprio Bahia (Estado do Brasil), por (Wellington,Willian...), tradição. As palavras derivadas dessa são escritas sem Abreviaturas e símbolos de uso internacional H. Exemplo: baiano... (K- potássio,Y-ítrio...), Palavras estrangeiras (show, play...) Atenção: Algumas palavras anteriormente es- critas com H “perderam” essa letra ao longo do tempo. Exemplos: herba-erva, hibernum-in- verno, etc. Degrau Cultural 21 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd 21 30/9/2010, 09:45
  • 19. THATYML Língua Portuguesa Letras E / I Letras G / J Letras S / Z Atenção: O verbo catequizar é derivado da palavra catequese deveria ser escrito com “s”, mas, como é deriva- do do grego, já veio formado para nosso vernáculo (língua do país). MAIZENA é um substantivo próprio, marca registrada. Letras X / CH 22 Degrau Cultural 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd 22 30/9/2010, 09:45
  • 20. THATYML Língua Portuguesa Letras SS / Ç Uso dos porquês Porque • Em frases afirmativas ou negativas, quando pode ser substituído por pois. Ex: Venha porque precisamos de você. • Para introduzir justificativas ou causas em frases declarativas, no início ou no meio de respostas. Ex: Ela não veio porque não quis. Porquê • Em qualquer tipo de frase, desde que antecedido de artigo ou pronome. Ex: Não me interessa o porquê de sua ausência. Por que • Quando equivale a pelo qual (e suas flexões). Ex: Essa é a rua por que passamos. • Quando equivale a “por que razão”. Ex: Eis por que não te amo mais. • No início de perguntas. Ex: Por que ela não veio? Por quê • No final de frases interrogativas. Ex: Ela não veio por quê? • Quando a expressão estiver isolada. Ex: Nunca mais volto aqui. Por quê? Uso do Onde e do Aonde Onde é o lugar em que se está. Usados com verbos que não indicam movimento. Observe: Onde você estava no sábado? Onde eu pode- ria estar, estava na casa de vovó. Aonde é o lugar a que se vai. Usado com verbos que indicam movimento. Observe: Aonde você vai esta noite? Eu vou ao restau- rante mexicano, jantar com meu marido. Degrau Cultural 23 02_Fonetica, Ortografia e Acent.pmd 23 30/9/2010, 09:45
  • 21. THATYML Língua Portuguesa EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS Estudo da constituição das palavras e dos proces- Tema sos pelos quais elas são construídas a partir de suas Tema = radical + vogal temática partes componentes, os morfemas; parte da gramática Exemplo: cantar = cant + a, mala = mal + a, rosa = ros + a que estuda as classes de palavras, seus paradigmas de flexões com suas exceções. Afixos São partículas que se anexam ao radical para for- Estrutura das palavras mar outras palavras. Existem dois tipos de afixos: – Prefixos: colocados antes do radical. As palavras são constituídas de morfemas. São eles: Exemplo: desleal, ilegal. – Sufixos: colocados depois do radical. Radical Exemplo: folhagem, legalmente. É o elemento comum de palavras cognatas também chamadas de palavras da mesma família. É responsá- Desinências vel pelo significado básico da palavra. São morfemas colocados no final das palavras para Exemplo: terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, ter- indicar flexões verbais ou nominais. restre... Podem ser: Atenção: Nominais: indicam gênero e número de nomes (subs- Às vezes, ele sofre pequenas alterações. tantivos, adjetivos, pronomes, numerais). Ex.: dormir, durmo; querer, quis Exemplo: casa - casas, gato - gata As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas. Verbais: indicam número, pessoa, tempo e modo dos Ex.: passatempo verbos. Existem dois tipos de desinências verbais: de- sinências modo-temporal (DMT) e desinências núme- Vogal Temática ro-pessoal (DNP). Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber Exemplo: Nós corremos, se eles corressem (DNP); se outros elementos. Fica entre dois morfemas. Existe nós corrêssemos, tu correras (DMT) vogal temática em verbos e nomes. Exemplo: beber, rosa, sala Atenção: A divisão verbal em morfemas será melhor explicada em: classes de palavras/ verbos. Algumas Nos verbos, a VT indica a conjugação a que pertencem formas verbais não têm desinências como: trouxe, (1ª, 2ª ou 3ª ). Exemplo: partir- verbo de 3ª conjugação bebe... Há formas verbais e nomes sem VT. Verbo-nominais: indicam as formas nominais dos ver- Exemplo: rapaz, mato(verbo) bos (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplo: beber, correndo, partido 24 Degrau Cultural 03_MORFOLOGIA.pmd 24 30/9/2010, 09:45
  • 22. THATYML Língua Portuguesa Processos de formação de palavras Exemplo: fidalgo (filho + de + algo), aguardente (água + ardente) Maneira como os morfemas se organizam para formar as palavras. NEOLOGISMO Beijo pouco, falo menos ainda. DERIVAÇÃO Mas invento palavras • Prefixal: A derivação prefixal é um processo de for- Que traduzem a ternura mais funda mar palavras no qual um prefixo ou mais são acres- E mais cotidiana. centados à palavra primitiva. Inventei, por exemplo, a verbo teadorar. Exemplo: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impa- Intransitivo: ciente. Teadoro, Teodora. • Sufixal: A derivação sufixal é um processo de formar (BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. palavras no qual um sufixo ou mais são acrescen- Rio de Janeiro: José Olympio, 1970) tados à palavra primitiva. Exemplo: realmente, folhagem. HIBRIDISMO • Prefixal e Sufixal: A derivação prefixal e sufixal exis- Consiste na formação de palavras pela junção de radi- te quando um prefixo e um sufixo são acrescenta- cais de línguas diferentes. dos à palavra primitiva de forma independente, ou Exemplo: auto/móvel (grego + latim); bio/dança (grego seja, sem a presença de um dos afixos a palavra + português) continua tendo significado. Exemplo: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). ONOMATOPÉIA Você pode observar que os dois afixos são indepen- Consiste na formação de palavras pela imitação de dentes: existem as palavras desleal e lealmente. sons e ruídos. • Parassintética: A derivação parassintética ocorre Exemplo: triiim, chuá, bué, pingue-pongue, miau, tique- quando um prefixo e um sufixo são acrescentados taque, zunzum à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devem ser SIGLA usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a Consiste na redução de nomes ou expressões empre- palavra não se reveste de nenhum significado. gando a primeira letra ou sílaba de cada palavra. Exemplo: anoitecer ( a- prefixo e -ecer sufixo), neste Exemplo: UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais, caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística os afixos não podem se separar. • Regressiva: A derivação regressiva existe quando ABREVIAÇÃO morfemas da palavra primitiva desaparecem. Consiste na redução de parte de palavras com objetivo Exemplo: mengo (flamengo), dança (dançar), portu- de simplificação. ga (português). Exemplo: moto (motocicleta), gel (gelatina), cine (cinema). • Imprópria: A derivação imprópria, mudança de clas- se ou conversão ocorre quando palavra comumen- CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS te usada como pertencente a uma classe é usada As palavras costumam ser agrupadas em classes, de como fazendo parte de outra. acordo com suas funções e formas. Exemplo: coelho (substantivo comum) usado como substantivo próprio em Daniel Coelho da Silva; ver- de geralmente como adjetivo (Comprei uma cami- sa verde.) usado como substantivo (O verde do par- que comoveu a todos.) COMPOSIÇÃO Processo de formação de palavras através do qual novas palavras são formadas pela junção de duas ou mais palavras já existentes. Existem duas formas de composição: • Justaposição • Aglutinação A justaposição ocorre quando duas ou mais pala- vras se unem sem que ocorra alteração de suas for- mas ou acentuação primitivas. Exemplo: guarda-chuva, segunda-feira, passatempo. A aglutinação ocorre quando duas ou mais pala- vras se unem para formar uma nova palavra ocorrendo alteração na forma ou na acentuação. Degrau Cultural 25 03_MORFOLOGIA.pmd 25 30/9/2010, 09:45
  • 23. THATYML Língua Portuguesa Substantivo b) DIMINUTIVO: É a palavra que dá nome aos seres, coisas e senti- ANALÍTICO: corpo minúsculo mentos. Classificam-se em: SINTÉTICO – usando sufixos. Ex.: corpúsculo Adjetivo VILA VELHA “Do lado oposto às verdes colinas que se perdem no horizonte, gigantescas rochas formam paredões e desenham uma paisagem árida e silenciosa, num ce- nário de terra vermelha e vegetação rasteira. Os índi- os chegaram, olharam, batizaram de Itacueretaba – “ci- dade extinta de pedras” – e trataram de se mandar para paragens mais animadas. Até hoje, os únicos ha- bitantes destes vastos campos são lobos-guarás, ja- guatiricas, perdizes e tamanduás-bandeiras. A principal atração do Parque Estadual de Vila Velha são 22 enormes blocos areníticos esculpidos pela chuva, pelo vento e movimentos de terra, ao longo de 350 milhões de anos. Neles, o tempo imitou a arte nas figuras de um ca- melo, um leão, uma bota, um rinoceronte, a proa de um navio, a cabeça de um índio, uma taça, cogumelos.” (Guia Turístico da Folha de S. Paulo) O texto acima é descritivo. O autor tem como objetivo fundamental caracterizar Vila Velha, um dos pontos tu- rísticos do Brasil. Para isso, citou alguns seres que com- põem a paisagem, identificou características de alguns deles e atribuiu características a outros. As característi- cas foram expressas pelos então chamados adjetivos. Adjetivo é uma palavra variável que modifica substanti- vos, atribuindo uma característica aos seres nomea- Os substantivos flexionam-se para indicar gênero, dos por eles: Paisagem silenciosa. número e grau. LOCUÇÃO ADJETIVA I – Gênero: É o grupo formado de preposição mais substantivo, É a categoria gramatical que, no português, distribui os com valor e emprego de adjetivo: A água da chuva. nomes masculinos e femininos, não existindo corres- Os adjetivos se classificam quanto: pondência nenhuma entre gênero masculino e sexo masculino, ou gênero feminino e sexo feminino. I – À FORMA a) BIFORMES – MASCULINOS, FEMININOS – regula- • PRIMITIVO → não provém de outra palavra da lín- res (menino e menina, gato e gata) e irregulares (bode gua: bonito, feio, alto, loiro etc. e cabra, pai e mãe). • DERIVADO → provém de outra palavra da língua: b) UNIFORMES – EPICENOS (não aceitam a flexão do bondoso, amoroso, maldoso etc. determinante, referem-se somente a animais, vegetais, • SIMPLES → possui apenas um radical: povo japo- aves e insetos – macho e fêmea), SOBRECOMUNS (não nês, preocupações políticas, árvore nova etc. aceitam nem a flexão do elemento determinante – a • COMPOSTO → possui mais de um radical: estudos testemunha, o cônjuge), COMUM DE DOIS GÊNEROS luso-ítalo-brasileiros, temas políticos-sociais, in- (caracterizam-se pela flexão do elemento determinante divíduo rubro-negro. – o/a jovem, o/a poeta). II – AO GÊNERO • Uniformes → apresentam forma única para ambos II – Número os gêneros: homem interessante, vinho quente. a) SINGULAR – indica um só ser. Ex.: menino • Biformes → apresentam duas formas, uma para o b) PLURAL – indica mais de um ser ou mais de um masculino, outra para o feminino: ator famoso/atriz conjunto de seres. Ex.: meninos famosa. III – Grau III – AO NÚMERO a) AUMENTATIVO: Os adjetivos simples fazem o plural seguindo as mes- SINTÉTICO – usando sufixos. Ex.: poetastro mas regras dos substantivos simples: livros utéis, car- ANALÍTICO: poeta grande tões iguais. 26 Degrau Cultural 03_MORFOLOGIA.pmd 26 30/9/2010, 09:45