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IDEA
Erwin Panofsky
A EVOLUÇÃO DO
CONCEITO DE BELO
Capítulos 1, 2 e 3
Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Ideia, método e linguagem
Professora: Sonia Afonso
Bárbara d’Acampora
Jacinta Milanez Gislon
Thais de Carvalho Larcher
Virgínia Gomes de Luca
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AUTOR: ERWIN PANOFSKY
3/46
Foi crítico e historiador da arte alemão, um dos
principais representantes do método iconológico.
Graduou-se em 1914 na Universidade de
Friburgo.
Entre 1926 e 1933 foi professor na Universidade
de Hamburgo.
Foi professor no Instituto para Estudos
Avançados da Universidade de Princeton (1935-
1962).
Trabalhou nas universidades de Harvard (1947-
1948) e Nova Iorque (1963-1968).
Imagem 01: Erwin Panofsky
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CAPÍTULO 1
A ANTIGUIDADE
―Penso que não existe em parte alguma algo de tão belo cujo original de que
foi copiado não seja ainda mais belo.‖ Orador, de Cícero.
Fídias: quando o artista trabalhava na
criação de Zeus e Atena, ele não
considerava um homem qualquer, isto
é, realmente existente, que teria
podido imitar, mas em seu espírito é
que residia a representação sublime
da beleza.
Imagem 02: Athena Varvakeion,
cópia da Athena Parthenos.
Fídias: (490 – 430 a.C.) célebre escultor da Grécia Antiga, autor de duas das mais famosas
estátuas da Antiguidade: a Athena Parthenos e o Zeus Olympeios.
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O domínio das artes plásticas propõe algo de perfeito e sublime os objetos
inacessíveis à percepção divina (seres divinos) contempla a forma da perfeita
eloquência e é somente sua cópia eu buscamos captar auditivamente.
PLATÃO
aliar a potência do
pensamento à da expressão,
designa essas formas das
coisas sob o termo ideias;
nega que sejam perecíveis
(afirma a existência eterna
contidas apenas na razão e
no pensamento).
revelar uma beleza que é
algo mais que a simples
cópia de uma realidade
encantadora
Imagem 03: Platão (428/ 348 a.C.)
foi um filósofo e matemático do
período clássico da Grécia Antiga.
conceito de ideia conceito de arte
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Estima da arte e do artista
Nos meios helenísticos e romanos (pintor, escultor)
Personalidades superiores e protegidas pelos deuses
PLÍNIO
Pintura contará entre as artes liberais
(dignas de homens nascidos livres)
Imagem 04: Plínio, o
Velho (23 – 79 d.C.) foi
um naturalista romano.
Talentos do conhecedor de arte
e crítico de arte começam a se
desenvolver, mania de colecionar
se manifesta.
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―Quem não tem amor pela pintura ofende a verdade, e ofende também a
sabedoria.‖ Filástrato
O que Platão temia negar ou que admitia mediante o sacrifico da
liberdade e da originalidade artística era cada vez mais reconhecido.
Autonomia da arte em relação às
aparências e às imperfeições da realidade.
Pensamentos da antiguidade
Obra de arte inferior a natureza pois não fazia mais do que imitá-la.
X
Obra de arte superior a natureza corrigindo as falhas das produções
naturais.
8/46
A pintura, embora cópia de coisas
visíveis, era obrigada e capaz, na
ausência de um homem cujo físico fosse
irrepreensível sob todos os aspectos, de
representar um corpo de aparência bela,
combinando a partir da multiplicidade de
corpos, o que mais de belo houve em
cada um deles. partir do que mais belo
houvesse em uma multiplicidade de
corpos.
Imagem 05: Sócrates (469 – 399 a.C.) foi um
filósofo ateniense, um dos mais importantes
ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos
fundadores da atual Filosofia Ocidental.
SÓCRATES
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―Os grandes homens mantêm para com os
homens comuns a mesma diferença que
separa os homens belos dos que não o são, e o
que artisticamente pintado da simples
realidade, essa diferença deve-se a que,
nesse caos, reúne-se num único e mesmo
objeto o que se achava disperso em vários.
Imagem 06: Aristóteles (384 –
322 a.C.) foi um filósofo grego,
aluno de Platão e professor de
Alexandre, o Grande.
O pensamento da antiguidade grega
não permaneceu alheio a concepção
que considera o artista não somente
o humilde copista da natureza, mas
também corrigindo com plena
independência, por seu poder
livremente criador, as inevitáveis
imperfeições dela.
ARISTÓTELES
10/46
―Nem mesmo um insensato poderia ter a impressão de que o Zeus de Fídias, em
Olímpia, se assemelha a algum mortal por seu porte e sua beleza.‖
Díon Crisóstomo
―Foi a imaginação que criou esses deuses, e ela é mais artista do que a
imitação, pois a imitação representa o que vê, e a imaginação o que não vê.‖
Filóstrato, o Antigo
CÍCERO
Ideia platônica representação artística (interior ao espírito do artista).
Crítica de arte elevou o objeto da produção artística de sua condição
primeira realidade exterior e perceptível.
Filosofia disposta a reconduzir a ideia de condição de essência
a um simples conceito.
Ambos poderiam fundir-se e unificar-se na consciência do homem.
11/46
ARISTÓTELES
substituiu o dualismo que opunha
mundo inteligível x o mundo sensível
síntese recíproca entre a universalidade do conceito e a singularidade
da representação individual
―Tudo é produto do suporte e da forma‖
[produto da natureza ou da mão do homem não provém de que uma
ideia seja imitada por uma existência determinada, mas de que uma
forma determinada penetre numa matéria determinada.]
―É produto da arte tudo aquilo cuja forma reside na alma humana.‖
A única diferença entre as obras de arte e as produções da natureza é
que sua forma, antes de penetrar na matéria, reside na alma humana.
12/46
ARISTÓTELES + PLATÃO = CÍCERO
[É sob influencia dessa definição aristotélica que se
operou livremente a identificação da representação
artística e da Ideia.]
PROBLEMA
Se essa imagem interior, que representa o objeto
próprio da obra de arte, não é nada mais que uma
representação vigorosa no espírito do artista, uma
representação pensada, o que é que lhe garante
essa perfeição pela qual deve prevalecer sobre os
fenômenos da realidade? E, inversamente , se ela
possui de fato essa perfeição, não seria então algo
bem diferente do que uma simples representação
pensada?
SOLUÇÃO
Recusava-se a ideia (Sêneca) ou conferia-se a esta
alta perfeição uma legitimidade metafísica
(neoplastonismo).
Imagem 07: Cícero (106 –
43 a.C.) foi um filósofo,
orador, escrito, advogado
e político romano.
13/46
Reconhece ao artista a possibilidade de
reproduzir em vez do objeto tomado na
natureza visível, uma representação no
interior dele mesmo
―Suponhamos que eu queria pintar teu
retrato, o modelo de minha pintura és tu, e
de ti meu espírito recebe uma certa
maneira de ser que ele exprime na obra; é
esse rosto, portanto, que me instrui e me
ensina, e sobre ele se baseia a imitação,
precisamente a ideia‖.
Imagem 08: Sêneca ( 4 a.C. – 65 d.C.)
um dos mais célebres escritores e
intelectuais do Império romano.
SÊNECA
14/46
Levanta-se deliberadamente contra os ataques de
Platão a arte mimética.
―Se alguém desdenha das artes sob pretexto de
que sai atividade se reduz a imitar a natureza,
convém declarar-se de uma vez por todas que as
coisas da natureza imitam também outra coisa ...
Além disso, as artes põem e acrescentam muita
delas mesmas quando o objeto representado é
defeituoso, isto é, imperfeitos, pois elas possuem o
sentido da beleza.
Fídias cria Zeus sem imitar nada de visível, mas
deu-lhe os traços sob os quais o próprio Zeus teria
aparecido se quisesse mostrar-se ao nosso olhar.
A ideia passa a ocupar no domínio da arte uma
posição inteiramente nova.
Imagem 09: Plotino ( 205 –
270 d.C.) legou ensinamentos
em seis livros, de nove
capítulos cada, chamados de
As Enéadas.
PLOTINO
15/46
ARISTÓTELES a obra de arte preexiste na alma de seu
criador, antes de penetrar na matéria.
A forma prevalecia sobre a matéria;
A forma representa em relação à matéria algo de melhor e de mais
divino;
A matéria atrai a forma como seu complemento;
ARISTÓTELES e pensamento da antiguidade IDEIA NO SENTIDO
INTERIOR
16/46
PLOTINO
A matéria representa o mal absoluto;
A diferença entre forma (eidos) e matéria assume aspecto de um
conflito entre força e inércia, beleza e feiúra e entre o bem e o mal.
―Como pode o arquiteto adaptar a casa exterior ao ‗eidos‘ interior da
casa e declarar que ela é bela‘? pela simples razão de que, abstração
feita das pedras que a constituem, a casa exterior reduz-se ao eidos
interior, e estando evidentemente dividida pela massa da matéria, é
por essência indivisível, ainda que se dê sob as aparências da
multiplicidade.” Plotino. cit., p. 29 -30.
17/46
Opôs-se à definição de beleza da época de EQUILIBRIO DAS
PROPORÇÕES E SIMETRIA DAS PARTES UNIDAS A UM
COLORIDO.
Concepção poética ou heurística concepção mimética (Platão)
A arte detém a nobre missão
de fazer penetrar uma forma
na matéria.
Uma beleza superior reside precisamente em que a Ideia seja
inicialmente poupada da queda no mundo da matéria. É belo que a
forma triunfe sobre a matéria. E mais belo ainda é que esse triunfo
não seja em absoluto necessário.
18/46
PLATÃO censura as artes por fixarem continuamente o olhar interior
do homem nas imagens sensíveis – por lhe impedirem a contemplação
das IDEIAS.
PLOTINO condena as artes a um trágico destino: dirigir o olhar
interior do homem sempre para além das imagens sensíveis
Abrir-lhe uma perspectiva
para o mundo das IDEIAS
enquanto imitações do
mundo sensível, as obras
de arte são desprovidas de
uma significação mais
elevada ou simbólica.
19/46
CAPÍTULO 2
A IDADE MÉDIA
20/46
TEOLOGIA, LÓGICA DIVINA , CRISTIANISMO
Imagem 10: Hugo van der
Goes (cerca de 1440-1482)
Portinari-Altar,
Gesamtansicht, 1476-1478
21/46
São imanentes ao espírito divino na
medida em que são suas próprias
produções.
Imagem 11: Aurélio Agostinho conhecido como Santo
Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28
de agosto de 430) foi um bispo, escritor, teólogo,
filósofo e é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica.
Neoplatonismo A beleza visível representa apenas o reflexo de
uma beleza invisível esta que é apenas o reflexo da beleza absoluta.
AGOSTINHO Reconhece que a arte NÃO É apenas um objeto
de IMITAÇÃO DA NATUREZA.
Ela reside antes no espírito do artista que a transfere para a matéria.
A beleza visível é apenas uma débil parábola da invisível beleza.
Aquelas que o artista pode conceber em seu espírito e tornar visíveis
pelo trabalho de suas mãos.
22/46
Substitui o espírito impessoal ao mundo do neoplatonismo pelo Deus
pessoal do cristianismo.
IDEIA DECISIVA PARA A IDADE MÉDIA
As Ideias são as formas ou os princípios originários das coisas – são
imóveis e incorruptíveis. Não obtém sua forma de si mesmas.
Eternas, conservam o mesmo estado e estão encerradas no espírito
divino. TUDO QUE NASCE E MORRE É MODELADO A PARTIR DELAS.
AS IDEIAS DEVEM EXISTIR PORQUE DEUS CRIOU UM MUNDO
SEGUNDO UMA RAZÃO.
Só se pode representar as IDEIAS como conteúdos da consciência divina
– caso contrário seria blasfêmia.
23/46
Teoria da IDEIA converte-se da razão humana para uma lógica do
pensamento divino. (Pensamento que se manteve por toda a idade média)
Mestre Eckhart três questões principais:
1- Se as IDEIAS estão em Deus;
2- Se existem várias IDEIAS ou apenas uma;
3- Se Deus só pode conhecer as coisas por meio da IDEIA.
As respostas tem sentido agostiniano e são quase sempre afirmativas
nos 3 pontos.
Platão
Conversão COSMOLÓGICO TEOLÓGICO
24/46
Produzir as IDEIAS e abrigá-las Privilégio do espírito divino
Comparação do artista com o Deus artista mesmo que o
artista não possua a IDEIA ele está de posse com uma QUASE-
IDEIA.
Fazer compreender a essência e a eficácia do espírito divino.
Tomás de Aquino numa explicação sobre o conceito de IDEIA:
― A casa preexiste no espírito do arquiteto e pode ser definida como a
ideia da casa, porque o artista se esforça para reproduzir a casa, segundo
a forma que concebeu em seu espírito.‖ (citação p. 41)
Imagem 12: São Tomás de Aquino OP (Roccasecca, 1225 — Fossanova, 7
de março 1274) foi um padre dominicano, filósofo, teólogo, distinto
expoente da escolástica, proclamado santo e cognominado Doctor
Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.
25/46
ESSÊNCIA CONCEITUAL DA IDEIA NA IDADE MÉDIA
O mundo foi criado por Deus, pela ação do seu espírito e
é necessário que haja uma forma no espírito divino sobre
cujo modelo o mundo foi criado.
A obra de arte não resulta de uma explicação entre
HOMEM X NATUREZA, mas da projeção da matéria de
uma imagem interior. – este pode ser comparado ao
conceito de IDEIA
A arte encontra-se em 3 níveis: no
espírito do artista, no instrumento
que ele utiliza e na matéria que
recebe sua forma da arte.
26/46
CAPÍTULO 3
O RENASCIMENTO
27/46
Publicações do Renascimento italiano sobre teoria e história da arte
ARTE tem por missão ser uma imitação direta da realidade
Cenino Cenini - tratado
O pintor é aconselhado a colocar-se em frente a um modelo.
NOVA ÉPOCA CULTURAL:
28/46
A literatura do Renascimento arranca do esquecimento a
concepção de que a arte fosse uma representação fiel
da realidade.
Trouxe como mérito revolucionário a semelhança com a
natureza.
―A pintura mais digna de elogio é a que apresenta
maior semelhança com a coisa que quer pintar.‖
Leonardo, trattato, op. cit., nº 411
Rejeitando os pintores que
queriam corrigir as
coisas da natureza.
29/46
Paralelamente surge na literatura do início do
Renascimento outra ideia.
Triunfo da arte sobre a natureza.
Imaginação cuja liberdade criadora permite
alterar as aparências.
Ordena-se que o artista escolha
o que há de mais belo na
natureza. Evite deformidade
sobretudo quanto a proporção.
Se afaste da simples verdade
natural para se elevar à
representação da beleza.
“O pintor não deve apenas obter uma semelhança total; deve ainda
acrescentar-lhe a beleza; pois em pintura a beleza é tão agradável
quanto indispensável.” Alberti, p.151
30/46
Exigiu de suas obras de arte, ao mesmo tempo,
fidelidade à natureza e à beleza.
Sem perceber a menor contradição nisso.
Colocou-se contra a imitação dos mestres
―O artista que imitasse as obras, em vez de imitar
a natureza, se rebaixaria a ser apenas neto de uma
natureza da qual no entanto podia ser filho.‘‘
Leonardo, trattato, op. cit., nº 81
A natureza é infinitamente mais rica que
as obras dos pintores.
31/46
SURGIMENTO
TEORIA DA ARTE
Embora apoiada emantigos
fundamentos,
constitui uma disciplina
especificamente moderna.
Não responde mais a questão: como se faz?
E sim:
O que se pode fazer e, sobretudo, o que se deve saber
para sercapaz, dada a circunstância, de enfrentar a
natureza com armas iguais?
32/46
EM OPOSIÇÃO A IDADE MÉDIA TEM COMO
CARACTERÍSTICA, O FATO DE ARRANCAR O OBJETO DO
MUNDO INTERIOR DA REPRESENTAÇÃO NUM MUNDO
EXTERIOR SOLIDAMENTE ESTABELECIDO. E TAMBÉM
DISPÕE UMA DISTÂNCIA ENTRE SUJEITO E OBJETO.
Noção de perspectiva
Concretiza o objeto e personifica o sujeito
33/46
TEORIA DAS PROPORÇÕES
A apreciação puramente subjetiva e individual do artista não
deveria servir de critério para uma justa proporção.
Harmonia, racionalmente
determinada das cores, das
qualidades e sobretudo das
relações entre volumes.
No pensamento do Renascimento o ser e o comportamento do
sujeito e do objeto eram regidos por regras que tinham ou
uma validade a priori, ou um fundamento empírico.
Fazia da arte uma concepção ao mesmo tempo prática e racional.
34/46
DEFINIÇÃO DE BELEZA COMO:
Semelhança evidente dos corpos com as ideias.
A beleza consiste numa harmonia e num acordo das partes
com o todo, segundo determinações de número, de
proporcionalidade e de ordem, tais como o exige a harmonia,
isto é, a lei absoluta e soberana da natureza.
Harmonia das proporções assim como das cores e das qualidades
sensíveis, eis o que Alberti e, com ele, todos os outros teóricos da
arte do Renascimento reconhecem como a própria essência da beleza.
Ficino
Alberti
35/46
MAIOR INFLUÊNCIA A PARTIR DA OBRA
Divina proporzione de Luca
Pacioli em 1509, obra de um
matemático e cosmólogo e não
um teórico da arte.
36/46
Apenas NUM ASPECTO o renascimento do
platonismo parece ter exercido desde o início
influência sobre a teoria da arte.
NOÇÃO DE IDEIA
Segundo as concepções da Academia platônica:
As ideias são realidades metafísicas: elas existem como
verdadeiras substâncias, ao passo que as coisas terrestres
são simplesmente suas imagens[...]
37/46
A IDEIA DO BELO
Está impressa em nosso espírito como uma fórmula de
reconhecer a beleza visível e de julgá-la em função de uma
visível beleza.
BELO Harmonia com ideia de beleza FÓRMULA
38/46
ALBERTI
Acreditava que a faculdade de perceber em espírito a beleza só podia
ser adquirida pela experiência e pelo exercício.
Imagem 13:Templo Malatestiana, Rimini,
Itália. Originalmente construído no séc. XIII.
Alberti.
LEONARDO DA VINCI
Poder de emancipar da realidade,
modificando e inventando.
Imagem 14: Pintura Madona do fuso.
Leonardo Da Vinci.
39/46
DÍON E CÍCERO (Nenhum renascentista ousou condiderar)
Beleza é filha da imaginação.
Imagem 15:Três graças. Rafael Sanzio.
RAFAEL SANZIO
Na carta ao Conde Castiglione,
1516, mensiona noção de ideia na
qual para pintar uma bela mulher,
deveria olhar mulheres mais belas
ainda, mas existem tão poucas
belas mulheres. Serve-se de uma
certa ideia que vem ao espírito.
40/46
GIORGIO VESARI DESENHO
• Conhece as proporções que existem
entre o todo e suas partes, e as que
unem as partes entre si e o todo.
• É nada mais do que a criação de uma
forma intuitivamente clara e
corresponde ao conceito que o espírito
contém e se representa, e do qual a
ideia é de certo modo o produto.
Imagem 16: O profeta Eleazar.
Giorgio Vesari
41/46
A IDEIA PARA O RENASCIMENTO
• Faculdade da representação, na qual a expressão equivale ao
termo imaginação e se tornam possíveis figuras de linguagem.
• Intermédio de um julgamento universal.
Transformar o conceito de Ideia no
de Ideal e identificar o mundo das
idéias como um mundo de realidades
superiores. Realiza o aperfeiçoamento
do natural pela arte
42/46
DEFINIÇÃO TEORIA DA ARTE SÉCULO XVI
1. Beleza supera a natureza (Alberti e Rafael).
2. A representação que se tem de uma imagem independe da
natureza (Vasari).
Teoria da arte produção da Ideia à visão da natureza
primeiro passo ao reconhecimento de Genialidade.
43/46
IDEIA SÉCULO XVI E XVII
O artista tem o direito e o dever de atingir com suas próprias
forças o conhecimento perfeito do objeto inteligível.
ARTISTA Autor das regras enquanto houver
verdadeiros artistas.
44/46
CRÍTICA AO RENASCIMENTO
Foi incapaz de sublinhar o papel de genialidade artística, quanto
de formular a existência do conceito de Ideal.
• Conceito de Ideia permite conciliar claramente essas oposições.
• Conceito de Ideia ao mesmo tempo garante e limita a liberdade do
espírito do artista em relação às exigências da realidade.
45/46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
46/46
PANOFSKY, Erwin. Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte. Ed. Martins
Fontes. São Paulo, 1994.
Imagens:
Imagem 01: Disponível em <http://es.domotica.net/Erwin_Panofsky> Acesso em: 10 de jul. de 2011;
Imagem 02: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%Addias> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 03: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 04: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Pl%C3%ADnio_Segundo> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 05: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 06: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 07: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%Adcero> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 08: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9neca > Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 09: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Plotino> Acesso em 12 de jul. de 2011;
Imagem 10: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hugo_van_der_Goes_004.jpg> Acesso 07 de jul. de
2011;
Imagem 11: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona> Acesso 07 de jul. de 2011;
Imagem 12: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona> Acesso 07 de jul. de 2011;
Imagem 13: Disponível em <http://home.earthlink.net/~ov/proportion_4.html> Acesso 07 de jul. de 2011;
Imagem 14: Disponível em <http://washingtonallifer.wordpress.com/2010/07/14/obras-e-biografia-de-leonardo-da-
vinci/> Acesso 09 de jul. de 2011;
Imagem 15: Disponível em <http://www.universitario.com.br/noticias/noticias_noticia.php?id_noticia=9364> Acesso 07
de jul. de 2011;
Imagem 16: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Giorgio_Vasari> Acesso 07 de jul. de 2011.

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Trabalho conceitos da arte

  • 1. IDEA Erwin Panofsky A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE BELO Capítulos 1, 2 e 3
  • 2. Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Ideia, método e linguagem Professora: Sonia Afonso Bárbara d’Acampora Jacinta Milanez Gislon Thais de Carvalho Larcher Virgínia Gomes de Luca 2/46
  • 3. AUTOR: ERWIN PANOFSKY 3/46 Foi crítico e historiador da arte alemão, um dos principais representantes do método iconológico. Graduou-se em 1914 na Universidade de Friburgo. Entre 1926 e 1933 foi professor na Universidade de Hamburgo. Foi professor no Instituto para Estudos Avançados da Universidade de Princeton (1935- 1962). Trabalhou nas universidades de Harvard (1947- 1948) e Nova Iorque (1963-1968). Imagem 01: Erwin Panofsky
  • 5. ―Penso que não existe em parte alguma algo de tão belo cujo original de que foi copiado não seja ainda mais belo.‖ Orador, de Cícero. Fídias: quando o artista trabalhava na criação de Zeus e Atena, ele não considerava um homem qualquer, isto é, realmente existente, que teria podido imitar, mas em seu espírito é que residia a representação sublime da beleza. Imagem 02: Athena Varvakeion, cópia da Athena Parthenos. Fídias: (490 – 430 a.C.) célebre escultor da Grécia Antiga, autor de duas das mais famosas estátuas da Antiguidade: a Athena Parthenos e o Zeus Olympeios. 5/46
  • 6. O domínio das artes plásticas propõe algo de perfeito e sublime os objetos inacessíveis à percepção divina (seres divinos) contempla a forma da perfeita eloquência e é somente sua cópia eu buscamos captar auditivamente. PLATÃO aliar a potência do pensamento à da expressão, designa essas formas das coisas sob o termo ideias; nega que sejam perecíveis (afirma a existência eterna contidas apenas na razão e no pensamento). revelar uma beleza que é algo mais que a simples cópia de uma realidade encantadora Imagem 03: Platão (428/ 348 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga. conceito de ideia conceito de arte 6/46
  • 7. Estima da arte e do artista Nos meios helenísticos e romanos (pintor, escultor) Personalidades superiores e protegidas pelos deuses PLÍNIO Pintura contará entre as artes liberais (dignas de homens nascidos livres) Imagem 04: Plínio, o Velho (23 – 79 d.C.) foi um naturalista romano. Talentos do conhecedor de arte e crítico de arte começam a se desenvolver, mania de colecionar se manifesta. 7/46
  • 8. ―Quem não tem amor pela pintura ofende a verdade, e ofende também a sabedoria.‖ Filástrato O que Platão temia negar ou que admitia mediante o sacrifico da liberdade e da originalidade artística era cada vez mais reconhecido. Autonomia da arte em relação às aparências e às imperfeições da realidade. Pensamentos da antiguidade Obra de arte inferior a natureza pois não fazia mais do que imitá-la. X Obra de arte superior a natureza corrigindo as falhas das produções naturais. 8/46
  • 9. A pintura, embora cópia de coisas visíveis, era obrigada e capaz, na ausência de um homem cujo físico fosse irrepreensível sob todos os aspectos, de representar um corpo de aparência bela, combinando a partir da multiplicidade de corpos, o que mais de belo houve em cada um deles. partir do que mais belo houvesse em uma multiplicidade de corpos. Imagem 05: Sócrates (469 – 399 a.C.) foi um filósofo ateniense, um dos mais importantes ícones da tradição filosófica ocidental, e um dos fundadores da atual Filosofia Ocidental. SÓCRATES 9/46
  • 10. ―Os grandes homens mantêm para com os homens comuns a mesma diferença que separa os homens belos dos que não o são, e o que artisticamente pintado da simples realidade, essa diferença deve-se a que, nesse caos, reúne-se num único e mesmo objeto o que se achava disperso em vários. Imagem 06: Aristóteles (384 – 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. O pensamento da antiguidade grega não permaneceu alheio a concepção que considera o artista não somente o humilde copista da natureza, mas também corrigindo com plena independência, por seu poder livremente criador, as inevitáveis imperfeições dela. ARISTÓTELES 10/46
  • 11. ―Nem mesmo um insensato poderia ter a impressão de que o Zeus de Fídias, em Olímpia, se assemelha a algum mortal por seu porte e sua beleza.‖ Díon Crisóstomo ―Foi a imaginação que criou esses deuses, e ela é mais artista do que a imitação, pois a imitação representa o que vê, e a imaginação o que não vê.‖ Filóstrato, o Antigo CÍCERO Ideia platônica representação artística (interior ao espírito do artista). Crítica de arte elevou o objeto da produção artística de sua condição primeira realidade exterior e perceptível. Filosofia disposta a reconduzir a ideia de condição de essência a um simples conceito. Ambos poderiam fundir-se e unificar-se na consciência do homem. 11/46
  • 12. ARISTÓTELES substituiu o dualismo que opunha mundo inteligível x o mundo sensível síntese recíproca entre a universalidade do conceito e a singularidade da representação individual ―Tudo é produto do suporte e da forma‖ [produto da natureza ou da mão do homem não provém de que uma ideia seja imitada por uma existência determinada, mas de que uma forma determinada penetre numa matéria determinada.] ―É produto da arte tudo aquilo cuja forma reside na alma humana.‖ A única diferença entre as obras de arte e as produções da natureza é que sua forma, antes de penetrar na matéria, reside na alma humana. 12/46
  • 13. ARISTÓTELES + PLATÃO = CÍCERO [É sob influencia dessa definição aristotélica que se operou livremente a identificação da representação artística e da Ideia.] PROBLEMA Se essa imagem interior, que representa o objeto próprio da obra de arte, não é nada mais que uma representação vigorosa no espírito do artista, uma representação pensada, o que é que lhe garante essa perfeição pela qual deve prevalecer sobre os fenômenos da realidade? E, inversamente , se ela possui de fato essa perfeição, não seria então algo bem diferente do que uma simples representação pensada? SOLUÇÃO Recusava-se a ideia (Sêneca) ou conferia-se a esta alta perfeição uma legitimidade metafísica (neoplastonismo). Imagem 07: Cícero (106 – 43 a.C.) foi um filósofo, orador, escrito, advogado e político romano. 13/46
  • 14. Reconhece ao artista a possibilidade de reproduzir em vez do objeto tomado na natureza visível, uma representação no interior dele mesmo ―Suponhamos que eu queria pintar teu retrato, o modelo de minha pintura és tu, e de ti meu espírito recebe uma certa maneira de ser que ele exprime na obra; é esse rosto, portanto, que me instrui e me ensina, e sobre ele se baseia a imitação, precisamente a ideia‖. Imagem 08: Sêneca ( 4 a.C. – 65 d.C.) um dos mais célebres escritores e intelectuais do Império romano. SÊNECA 14/46
  • 15. Levanta-se deliberadamente contra os ataques de Platão a arte mimética. ―Se alguém desdenha das artes sob pretexto de que sai atividade se reduz a imitar a natureza, convém declarar-se de uma vez por todas que as coisas da natureza imitam também outra coisa ... Além disso, as artes põem e acrescentam muita delas mesmas quando o objeto representado é defeituoso, isto é, imperfeitos, pois elas possuem o sentido da beleza. Fídias cria Zeus sem imitar nada de visível, mas deu-lhe os traços sob os quais o próprio Zeus teria aparecido se quisesse mostrar-se ao nosso olhar. A ideia passa a ocupar no domínio da arte uma posição inteiramente nova. Imagem 09: Plotino ( 205 – 270 d.C.) legou ensinamentos em seis livros, de nove capítulos cada, chamados de As Enéadas. PLOTINO 15/46
  • 16. ARISTÓTELES a obra de arte preexiste na alma de seu criador, antes de penetrar na matéria. A forma prevalecia sobre a matéria; A forma representa em relação à matéria algo de melhor e de mais divino; A matéria atrai a forma como seu complemento; ARISTÓTELES e pensamento da antiguidade IDEIA NO SENTIDO INTERIOR 16/46
  • 17. PLOTINO A matéria representa o mal absoluto; A diferença entre forma (eidos) e matéria assume aspecto de um conflito entre força e inércia, beleza e feiúra e entre o bem e o mal. ―Como pode o arquiteto adaptar a casa exterior ao ‗eidos‘ interior da casa e declarar que ela é bela‘? pela simples razão de que, abstração feita das pedras que a constituem, a casa exterior reduz-se ao eidos interior, e estando evidentemente dividida pela massa da matéria, é por essência indivisível, ainda que se dê sob as aparências da multiplicidade.” Plotino. cit., p. 29 -30. 17/46
  • 18. Opôs-se à definição de beleza da época de EQUILIBRIO DAS PROPORÇÕES E SIMETRIA DAS PARTES UNIDAS A UM COLORIDO. Concepção poética ou heurística concepção mimética (Platão) A arte detém a nobre missão de fazer penetrar uma forma na matéria. Uma beleza superior reside precisamente em que a Ideia seja inicialmente poupada da queda no mundo da matéria. É belo que a forma triunfe sobre a matéria. E mais belo ainda é que esse triunfo não seja em absoluto necessário. 18/46
  • 19. PLATÃO censura as artes por fixarem continuamente o olhar interior do homem nas imagens sensíveis – por lhe impedirem a contemplação das IDEIAS. PLOTINO condena as artes a um trágico destino: dirigir o olhar interior do homem sempre para além das imagens sensíveis Abrir-lhe uma perspectiva para o mundo das IDEIAS enquanto imitações do mundo sensível, as obras de arte são desprovidas de uma significação mais elevada ou simbólica. 19/46
  • 20. CAPÍTULO 2 A IDADE MÉDIA 20/46
  • 21. TEOLOGIA, LÓGICA DIVINA , CRISTIANISMO Imagem 10: Hugo van der Goes (cerca de 1440-1482) Portinari-Altar, Gesamtansicht, 1476-1478 21/46
  • 22. São imanentes ao espírito divino na medida em que são suas próprias produções. Imagem 11: Aurélio Agostinho conhecido como Santo Agostinho (Tagaste, 13 de novembro de 354 - Hipona, 28 de agosto de 430) foi um bispo, escritor, teólogo, filósofo e é um Padre latino e Doutor da Igreja Católica. Neoplatonismo A beleza visível representa apenas o reflexo de uma beleza invisível esta que é apenas o reflexo da beleza absoluta. AGOSTINHO Reconhece que a arte NÃO É apenas um objeto de IMITAÇÃO DA NATUREZA. Ela reside antes no espírito do artista que a transfere para a matéria. A beleza visível é apenas uma débil parábola da invisível beleza. Aquelas que o artista pode conceber em seu espírito e tornar visíveis pelo trabalho de suas mãos. 22/46
  • 23. Substitui o espírito impessoal ao mundo do neoplatonismo pelo Deus pessoal do cristianismo. IDEIA DECISIVA PARA A IDADE MÉDIA As Ideias são as formas ou os princípios originários das coisas – são imóveis e incorruptíveis. Não obtém sua forma de si mesmas. Eternas, conservam o mesmo estado e estão encerradas no espírito divino. TUDO QUE NASCE E MORRE É MODELADO A PARTIR DELAS. AS IDEIAS DEVEM EXISTIR PORQUE DEUS CRIOU UM MUNDO SEGUNDO UMA RAZÃO. Só se pode representar as IDEIAS como conteúdos da consciência divina – caso contrário seria blasfêmia. 23/46
  • 24. Teoria da IDEIA converte-se da razão humana para uma lógica do pensamento divino. (Pensamento que se manteve por toda a idade média) Mestre Eckhart três questões principais: 1- Se as IDEIAS estão em Deus; 2- Se existem várias IDEIAS ou apenas uma; 3- Se Deus só pode conhecer as coisas por meio da IDEIA. As respostas tem sentido agostiniano e são quase sempre afirmativas nos 3 pontos. Platão Conversão COSMOLÓGICO TEOLÓGICO 24/46
  • 25. Produzir as IDEIAS e abrigá-las Privilégio do espírito divino Comparação do artista com o Deus artista mesmo que o artista não possua a IDEIA ele está de posse com uma QUASE- IDEIA. Fazer compreender a essência e a eficácia do espírito divino. Tomás de Aquino numa explicação sobre o conceito de IDEIA: ― A casa preexiste no espírito do arquiteto e pode ser definida como a ideia da casa, porque o artista se esforça para reproduzir a casa, segundo a forma que concebeu em seu espírito.‖ (citação p. 41) Imagem 12: São Tomás de Aquino OP (Roccasecca, 1225 — Fossanova, 7 de março 1274) foi um padre dominicano, filósofo, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica. 25/46
  • 26. ESSÊNCIA CONCEITUAL DA IDEIA NA IDADE MÉDIA O mundo foi criado por Deus, pela ação do seu espírito e é necessário que haja uma forma no espírito divino sobre cujo modelo o mundo foi criado. A obra de arte não resulta de uma explicação entre HOMEM X NATUREZA, mas da projeção da matéria de uma imagem interior. – este pode ser comparado ao conceito de IDEIA A arte encontra-se em 3 níveis: no espírito do artista, no instrumento que ele utiliza e na matéria que recebe sua forma da arte. 26/46
  • 28. Publicações do Renascimento italiano sobre teoria e história da arte ARTE tem por missão ser uma imitação direta da realidade Cenino Cenini - tratado O pintor é aconselhado a colocar-se em frente a um modelo. NOVA ÉPOCA CULTURAL: 28/46
  • 29. A literatura do Renascimento arranca do esquecimento a concepção de que a arte fosse uma representação fiel da realidade. Trouxe como mérito revolucionário a semelhança com a natureza. ―A pintura mais digna de elogio é a que apresenta maior semelhança com a coisa que quer pintar.‖ Leonardo, trattato, op. cit., nº 411 Rejeitando os pintores que queriam corrigir as coisas da natureza. 29/46
  • 30. Paralelamente surge na literatura do início do Renascimento outra ideia. Triunfo da arte sobre a natureza. Imaginação cuja liberdade criadora permite alterar as aparências. Ordena-se que o artista escolha o que há de mais belo na natureza. Evite deformidade sobretudo quanto a proporção. Se afaste da simples verdade natural para se elevar à representação da beleza. “O pintor não deve apenas obter uma semelhança total; deve ainda acrescentar-lhe a beleza; pois em pintura a beleza é tão agradável quanto indispensável.” Alberti, p.151 30/46
  • 31. Exigiu de suas obras de arte, ao mesmo tempo, fidelidade à natureza e à beleza. Sem perceber a menor contradição nisso. Colocou-se contra a imitação dos mestres ―O artista que imitasse as obras, em vez de imitar a natureza, se rebaixaria a ser apenas neto de uma natureza da qual no entanto podia ser filho.‘‘ Leonardo, trattato, op. cit., nº 81 A natureza é infinitamente mais rica que as obras dos pintores. 31/46
  • 32. SURGIMENTO TEORIA DA ARTE Embora apoiada emantigos fundamentos, constitui uma disciplina especificamente moderna. Não responde mais a questão: como se faz? E sim: O que se pode fazer e, sobretudo, o que se deve saber para sercapaz, dada a circunstância, de enfrentar a natureza com armas iguais? 32/46
  • 33. EM OPOSIÇÃO A IDADE MÉDIA TEM COMO CARACTERÍSTICA, O FATO DE ARRANCAR O OBJETO DO MUNDO INTERIOR DA REPRESENTAÇÃO NUM MUNDO EXTERIOR SOLIDAMENTE ESTABELECIDO. E TAMBÉM DISPÕE UMA DISTÂNCIA ENTRE SUJEITO E OBJETO. Noção de perspectiva Concretiza o objeto e personifica o sujeito 33/46
  • 34. TEORIA DAS PROPORÇÕES A apreciação puramente subjetiva e individual do artista não deveria servir de critério para uma justa proporção. Harmonia, racionalmente determinada das cores, das qualidades e sobretudo das relações entre volumes. No pensamento do Renascimento o ser e o comportamento do sujeito e do objeto eram regidos por regras que tinham ou uma validade a priori, ou um fundamento empírico. Fazia da arte uma concepção ao mesmo tempo prática e racional. 34/46
  • 35. DEFINIÇÃO DE BELEZA COMO: Semelhança evidente dos corpos com as ideias. A beleza consiste numa harmonia e num acordo das partes com o todo, segundo determinações de número, de proporcionalidade e de ordem, tais como o exige a harmonia, isto é, a lei absoluta e soberana da natureza. Harmonia das proporções assim como das cores e das qualidades sensíveis, eis o que Alberti e, com ele, todos os outros teóricos da arte do Renascimento reconhecem como a própria essência da beleza. Ficino Alberti 35/46
  • 36. MAIOR INFLUÊNCIA A PARTIR DA OBRA Divina proporzione de Luca Pacioli em 1509, obra de um matemático e cosmólogo e não um teórico da arte. 36/46
  • 37. Apenas NUM ASPECTO o renascimento do platonismo parece ter exercido desde o início influência sobre a teoria da arte. NOÇÃO DE IDEIA Segundo as concepções da Academia platônica: As ideias são realidades metafísicas: elas existem como verdadeiras substâncias, ao passo que as coisas terrestres são simplesmente suas imagens[...] 37/46
  • 38. A IDEIA DO BELO Está impressa em nosso espírito como uma fórmula de reconhecer a beleza visível e de julgá-la em função de uma visível beleza. BELO Harmonia com ideia de beleza FÓRMULA 38/46
  • 39. ALBERTI Acreditava que a faculdade de perceber em espírito a beleza só podia ser adquirida pela experiência e pelo exercício. Imagem 13:Templo Malatestiana, Rimini, Itália. Originalmente construído no séc. XIII. Alberti. LEONARDO DA VINCI Poder de emancipar da realidade, modificando e inventando. Imagem 14: Pintura Madona do fuso. Leonardo Da Vinci. 39/46
  • 40. DÍON E CÍCERO (Nenhum renascentista ousou condiderar) Beleza é filha da imaginação. Imagem 15:Três graças. Rafael Sanzio. RAFAEL SANZIO Na carta ao Conde Castiglione, 1516, mensiona noção de ideia na qual para pintar uma bela mulher, deveria olhar mulheres mais belas ainda, mas existem tão poucas belas mulheres. Serve-se de uma certa ideia que vem ao espírito. 40/46
  • 41. GIORGIO VESARI DESENHO • Conhece as proporções que existem entre o todo e suas partes, e as que unem as partes entre si e o todo. • É nada mais do que a criação de uma forma intuitivamente clara e corresponde ao conceito que o espírito contém e se representa, e do qual a ideia é de certo modo o produto. Imagem 16: O profeta Eleazar. Giorgio Vesari 41/46
  • 42. A IDEIA PARA O RENASCIMENTO • Faculdade da representação, na qual a expressão equivale ao termo imaginação e se tornam possíveis figuras de linguagem. • Intermédio de um julgamento universal. Transformar o conceito de Ideia no de Ideal e identificar o mundo das idéias como um mundo de realidades superiores. Realiza o aperfeiçoamento do natural pela arte 42/46
  • 43. DEFINIÇÃO TEORIA DA ARTE SÉCULO XVI 1. Beleza supera a natureza (Alberti e Rafael). 2. A representação que se tem de uma imagem independe da natureza (Vasari). Teoria da arte produção da Ideia à visão da natureza primeiro passo ao reconhecimento de Genialidade. 43/46
  • 44. IDEIA SÉCULO XVI E XVII O artista tem o direito e o dever de atingir com suas próprias forças o conhecimento perfeito do objeto inteligível. ARTISTA Autor das regras enquanto houver verdadeiros artistas. 44/46
  • 45. CRÍTICA AO RENASCIMENTO Foi incapaz de sublinhar o papel de genialidade artística, quanto de formular a existência do conceito de Ideal. • Conceito de Ideia permite conciliar claramente essas oposições. • Conceito de Ideia ao mesmo tempo garante e limita a liberdade do espírito do artista em relação às exigências da realidade. 45/46
  • 46. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46/46 PANOFSKY, Erwin. Contribuição à história do conceito da antiga teoria da arte. Ed. Martins Fontes. São Paulo, 1994. Imagens: Imagem 01: Disponível em <http://es.domotica.net/Erwin_Panofsky> Acesso em: 10 de jul. de 2011; Imagem 02: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%Addias> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 03: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 04: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caio_Pl%C3%ADnio_Segundo> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 05: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 06: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 07: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%Adcero> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 08: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9neca > Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 09: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Plotino> Acesso em 12 de jul. de 2011; Imagem 10: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hugo_van_der_Goes_004.jpg> Acesso 07 de jul. de 2011; Imagem 11: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona> Acesso 07 de jul. de 2011; Imagem 12: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona> Acesso 07 de jul. de 2011; Imagem 13: Disponível em <http://home.earthlink.net/~ov/proportion_4.html> Acesso 07 de jul. de 2011; Imagem 14: Disponível em <http://washingtonallifer.wordpress.com/2010/07/14/obras-e-biografia-de-leonardo-da- vinci/> Acesso 09 de jul. de 2011; Imagem 15: Disponível em <http://www.universitario.com.br/noticias/noticias_noticia.php?id_noticia=9364> Acesso 07 de jul. de 2011; Imagem 16: Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Giorgio_Vasari> Acesso 07 de jul. de 2011.