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Projeto de prevenção ao uso abusivo de drogas na Escola Estadual
Henrique Galvão – Divinópolis MG


POPULAÇÃO A SER TRABALHADA:

Toda a comunidade escolar e a sociedade municipal de modo geral.

INTRODUÇÃO:

O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer
que sua presença em nossa sociedade não é simples.
Não só existem variados tipos de drogas, mas também são diferentes os
efeitos por elas produzidos e a adolescência - período marcado por mudanças e
curiosidades sobre um mundo que existe além da família - representa um
momento especial no qual a droga exerce forte atrativo.
Faz-se necessário portanto, uma educação preventiva e a conscientização de
todos: alunos, pais professores, enfim, toda a comunidade sobre os efeitos e
conseqüências maléficas causadas por essas substâncias à vida humana em
todos os seus aspectos físico, psíquico e social.
O desafio deste projeto é a luta pela valorização da vida como um bem social a
serviço da construção de uma sociedade mais digna e fraterna.

JUSTIFICATIVA:

O projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre as drogas e de
trocar e adquirir informações sobre o assunto.
Engana-se quem acha que adolescentes aparentemente sem problemas nunca
experimentaram drogas. Por isso é importante informar o aluno sobre os
malefícios do vício. Essa noção foi a matriz do Projeto " Prevenção, uma questão de
atitude ", que está sendo desenvolvido pela escola. É muito comum o jovem ter contato

com algum tipo de droga. "Mas há uma grande diferença entre o ato de
experimentar e a necessidade de continuar", diz a especialista em
adolescentes, Roberta Domingues. Ela atribui a curiosidade dos jovens às
próprias características dessa fase da vida. "A adolescência é um momento em
que a pessoa enfrenta limitações e frustrações. A droga funciona como uma
fuga de tudo isso." Falar sobre drogas, porém, não basta. Segundo Roberta,
dependendo da forma como o assunto é tratado, pode até estimular a
curiosidade pelo uso. "É preciso mostrar que a droga é algo que vai estragar o
corpo."
A ação preventiva tem também como justificativa o diagnóstico da situação de
risco da comunidade, que mostra um percentual elevado de pessoas envolvidas
com o uso do álcool, tabaco, bem como diversas drogas ilícitas como maconha,
cocaína e outras mais.

OBJETIVOS:

Sensibilizar os professores para a abordagem da questão.
Facilitar às famílias a conversação com as crianças e com os jovens.
Desenvolver a espontaneidade e a auto-estima dos alunos para facilitar a
comunicação com os pais, não só de modo geral, mas em especial sobre a
questão das drogas.
Mobilização da opinião pública escolar, mediante campanhas de alerta.
Tratar a difusão dos conhecimentos sobre drogas.

ATITUDES POSITIVAS NA PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS:

Observar como a educação, no tocante ao uso de drogas, pode acompanhar a
vida toda, pois até entre os idosos estão crescendo os problemas a ele
associados, notadamente, em relação ao álcool e a certos medicamentos.

INTERVENÇÃO JUNTO AOS PROFESSORES E DEMAIS INTEGRANTES DA
COMUNIDADE ESCOLAR:

Sensibilizar o grupo sobre a questão das drogas em sua vida, na sala de aula,
na escola e arredores.
Ajudar o grupo a repensar sua atitude diante da questão das drogas.
Conscientizá-los de que o fumo e a bebida alcoólica constituem drogas
perigosas e o professor é sempre um exemplo para os alunos.
Facilitar a percepção do grupo acerca de mitos e preconceitos na questão das
drogas.
Sensibilizá-los para a participação direta nas atividades de prevenção ao uso
indevido de drogas.

PARTICIPAÇÃO:

Professora Valéria Pinto Martins - Português, Inglês e Informática
Professora Regina Lúcia Teixeira - Ciências e Biologia
Professora Nilza Moraes Nogueira - Matemática
Pessoas da comunidade interessadas em atuar e professores de outras áreas
que desejarem participar .

ÁREAS ENVOLVIDAS:

Língua Portuguesa, Ciências Biológicas, Geografia, História, Química, Educação
Artística e Informática.

ESTRATÉGIAS:
As classes envolvidas trabalharão individualmente e em grupos para pesquisas
e debates.
Utilização intensiva do Laboratório de Informática para a execução de cartazes,
murais e pesquisas.
Utilização de filmes, vídeos e outros recursos tecnológicos como a Internet
para promover através de pesquisa, a orientação, a prevenção e a
conscientização contra o uso abusivo de drogas.
Os alunos usarão a Internet para comentar e conversar sobre suas descobertas
com especialistas no assunto.

DESENVOLVIMENTO:

1ª ETAPA: Pesquisas de campo.

PERÍODO: 1º BIMESTRE

ATIVIDADES:

1. Entrevistas:

¨ Delegacia (Sargento da Polícia Militar)
¨ Membros do Conselho Tutelar de Paty do Alferes.
¨ Coordenação do Hospital Fundação Miguel Pereira.

2.   Questionários
3.   Observações
4.   Conversas informais
5.   Leitura de documentos já existentes
6.   Debates em sala de aula.
7.   Pesquisas

OBJETIVOS:

¨ Diagnosticar o índice de pessoas - jovens e adultos - envolvidas com drogas.
¨ Conhecer a situação real, as dificuldades e os recursos disponíveis.

PARTICIPANTES: Alunos e professores.

2ª ETAPA: Contato com pessoas diretamente ligadas à área a ser trabalhada.
- médicos, psiquiatras, psicólogos, ex-viciados em drogas etc.

OBJETIVO:

¨ Convidar estes profissionais para discussões e palestras.

PARTICIPANTES: Alunos, professores e familiares dos alunos.

PERÍODO: do 2º ao 4º bimestre

ATIVIDADES:
1. Pesquisas
2. Relatórios
3. Confecção de murais com base nas pesquisas feitas, contendo informações
sobre os diversos tipos de drogas, seus efeitos e conseqüências maléficas à
vida.
4. Palestras com questionamentos com profissionais e ex-viciados.
5. Criação e apresentação de peças teatrais.
6. Cinema - Filmes que abordem o narcotráfico - O tráfico de drogas
7. Vídeos
8. Entrevistas com ex-viciados.
9. Depoimentos de ex-viciados.



OBJETIVO:

A prevenção e a conscientização.

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

¨   Filmes para máquinas fotográficas.
¨   Microfone.
¨   Videocassete.
¨   Tinta para impressora.
¨   Papel, cartolina, tesoura, fita crepe cola, hidrocor
¨   Gravador
¨   Disquetes
¨   Retroprojetor

RECURSOS HUMANOS:

¨   Psicólogos
¨   Médicos
¨   Membros da PM e do Conselho Tutelar.
¨   Psiquiatras.
¨   Ex-viciados
¨   Familiares dos alunos
¨   Professores

APOIO E ORIENTAÇÃO:

Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD
Universidade de Brasília (Curso de capacitação à distância)

CRONOGRAMA:

¨ Fevereiro e março: Início do Projeto
¨ Primeira apresentação de atividades: no Dia Nacional da Família na Escola.
¨ As ações serão contínuas durante todo o ano letivo e deverão ser repetidas a
cada ano.

TRABALHOS EM GRUPO:

Após cada atividade, acontecerão trabalhos em grupos como discussões e
elaboração de relatório sobre o tema específico.

CULMINÂNCIA:

Diversos trabalhos podem encerrar cada atividade, como teatros
(fundamentados nas pesquisas feitas); músicas, confecção de murais... Esta
escolha ficará a critério de cada grupo e realizadas na própria escola
(refeitório, pátio) ou no Centro Cultural do município de Paty do Alferes.

AVALIAÇÃO:

A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de realização do projeto,
através da observação dos professores baseada em critérios pré-estabelecidos.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos é importante que o professor esteja
presente para interagir com o processo de trabalho dos alunos, diagnosticando
diferenças e conquistas, proporcionando uma análise das etapas do projeto.
Os professores deverão encorajar os participantes do projeto a dizerem "NÃO"
a qualquer espécie de droga.
Na conclusão final o professor deverá propor uma avaliação geral de todo o
processo.

RESULTADOS ESPERADOS:

Com este projeto, esperamos que as pessoas se tornem mais conscientes
sobre os malefícios causados pelo abuso de drogas à vida humana e que
devem sim, buscar sempre formas de melhorar a sua qualidade de vida,
agindo com responsabilidade, preservando a nossa maior fonte de felicidade e
realização: a saúde.

   "Dizer SIM à vida significa estar receptivo a tudo o que o mundo nos
   proporciona de bom e prazeroso, ser capaz de vencer as pressões
   negativas da massificação, do consumismo, da corrupção e da
   violência."



Palestras realizadas no refeitório da escola
Projeto 2

PROJETO DE INTEGRAÇÃO DA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS AO

CURRÍCULO ESCOLAR: ANÁLISE DESCRITIVA DE DADOS

PRELIMINARES.

Éderson de Oliveira Passos

Henrique Souto de Barros

INTRODUÇÃO

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética, que introduzida no organismo modifica suas funções
(SILVA, 2009). As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores
das atividades mentais eenvolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e barbitúricos, além

do álcool e substâncias voláteis (ROTMAN, 1985).Quando se propõe discutir o tema "uso de drogas", comumente a
primeira reação é o medo e a insegurança, geralmente misturada a diferentes posturas, conceitos e preconceitos
como: informar, proibir, reprimir, tratar. Não é para menos: as drogas e os muitos males associados constituem um
dos maiores problemas da saúde em todo o mundo neste novo século (BRESSER, 2009).Os governos e as sociedades
de diversos países estão enfrentando um novo desafio: como se preparar para responder ao surgimento de
substâncias psicoativas cada vez mais diversificadas e com efeitos cada vez mais potentes? Essas mudanças fazem
com que o debate em torno das políticas sobre drogas fique ainda mais complexo.Muito se tem feito nos últimos
tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou
ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas
(TIBA, 2007).A construção de uma sociedade totalmente sem drogas é impossível, historicamente as sociedades
sempre conviveram e fizeram uso de algum tipo de droga. Para vivermos e convivermos em uma sociedade
totalmente sem drogas teríamos que eliminar totalmente o álcool e o café, por exemplo. Se considerarmos
somente essas substâncias, a sua eliminação já seria impraticável (ARRUDA [et al], 2009).O combate às drogas
contraria princípios éticos e também direitos civis, ou seja, o combate a todo, e qualquer, uso de drogas fere o
direito individual de cada um de dispor, livremente, do seu corpo e de sua mente. Numa sociedade de homens livres,
115 Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE          Uberlândia/MG      p. 114-120     21 e 22 de maio 2010torna-
se difícil, para não dizer impossível, controlar hábitos de consumo de escolhas individuais (ARRUDA [et al],
2009).Esses argumentos mostram que é mais eficiente e ético, trabalhar no campo da prevenção e uma forma eficaz
de se fazer isso é a informação, fornecendo dados de modo imparcial e científico. A partir das informações, as
pessoas poderão tomar decisões conscientes e bem fundamentadas sobre as drogas.Cabe a escola, família, governo
e toda sociedade contribuirem para que o jovem possa encontrar os tópicos acima mencionados. A escola pode
oferecer e favorecer a prática de projetos de vida, tornando-se um espaço de participação, realização,
conscientização e criação para a comunidade que ela atende, fazendo surgir cidadãos conscientes e plenamente
desenvolvidos para a vida em sociedade. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a
prevenção e a conscientização dos mesmos. Para que isso ocorra de forma mais natural possível, é necessário que a
família, os amigos, a escola, a sociedade em geral, possa dar apoio, quando necessário ao usuário de qualquer droga
e sem discriminação à pessoa que faz uso de tal substância. E, quando em uma situação em que indivíduo utiliza
drogas, que se busquem formas de ajudá-lo a deixar de lado tal hábito.Na escola é possível criar condições para que
esta se torne um espaço de participação, realização e criação, e não de fracasso ou exclusão. É função da escola
oferecer situações instigantes como parte de seu processo educativo e que correspondam às necessidades e
motivações do adolescente (ALBERTANI, 2008).

A prevenção deve ser feita no dia-a-dia da escola de forma integrada ao currículo escolar, pois a promoção da saúde
abrange diferentes dimensões humanas. Assim, se torna importante de incluir o tema das drogas em atividades de
natureza interdisciplinar, tais como feiras, exposições, gincanas, dramatizações, discussões, palestras e atividades
que estimulem a reflexão dos alunos sobre seu comportamento. Desenvolvendo o senso critico sobre a própria
realidade e vivência, considerando as influências que sofrem e exercem na sociedade em que está inserido, relativas
ao uso de drogas (ALBERTANI & AZEVEDO, 2008).

OBJETIVOS116

Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE       Uberlândia/MG       p. 114-120     21 e 22 de maio 2010

 Fazer levantamento do conhecimento teórico e contato com as drogas apresentado por alunos dos ensinos
fundamental e médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás.

 Promover ações de educação preventiva, de forma continuada,      com foco no individuo e no seu contexto
sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas e incentivar a diminuição do consumo.

METODOLOGIA

O projeto a ser desenvolvido em uma escola para prevenção ao uso e abuso de drogas deve visar intervenções nos
níveis primários, cujo objetivo é evitar o uso ou retardar o início e também a prevenção secundária, destinada
àqueles que já experimentaram, evitando a evolução para usos mais freqüentes e prejudiciais, atendendo toda a
comunidade escolar: alunos, funcionários, pais e sociedade em geral.O projeto foi dividido em três etapas básicas:
A primeira etapa consta de levantamento do conhecimento dos alunos e funcionários acerca das drogas, suas
classificações, efeitos e conseqüências de uso. A segunda etapa se constituirá de palestras, fóruns de disussões
                                                                                                           c
sobre das drogas, suas classificações, efeitos e conseqüências de uso, inicialmente para os professores e funcionários
e posteriormente para toda a comunidade escolar.

 A terceira etapa agregará uma mostra sobre as drogas, com exposições dos
                                                                         tipos de drogas e dramatizações sobre
os efeitos e conseqüências do uso e abuso de drogas.

A primeira etapa foi realizada através da aplicação de um questionário simples, elaborado pelos professores da
escola com o objetivo de identificar o conhecimento e presença dos diferentes tipos de drogas no cotidiano dos
alunos da unidade escolar. O questionário foi aplicado à uma amostra de estudantes dos ensinos fundamental e
médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás, durante o mês de fevereiro de 2010.

Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise descritiva.117Anais do II Seminário de Pesquisa do
NUPEPE      Uberlândia/MG      p. 114-120    21 e 22 de maio 2010

RESULTADOS

A pesquisa transversal foi realizada com uma amostra de 36 alunos da unidade escolar, dos quais 21 cursam o ensino
fundamental e 15 o ensino médio. Cinco são do turno matutino, 9 do vespertino e 22 do noturno, sendo 20 do sexo
feminino e 16 do sexo masculino. Dentre os pesquisados, 69% têm entre 14 e 17 anos, 25% entre 10 e 13 anos e 6%
são maiores de 18 anos.

Quando questionados sobre o que são drogas e se conheciam drogas proibidas:

SABEM O QUE SÃO DROGAS CONHECEM DROGAS PROIBIDAS

ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO

SIM 21 14 19 14

NÃO 0      1   2    1

Do turno matutino foi escolhida ao acaso uma turma do ensino médio, por ser a modalidade prevalente no período,
assim como foi também no período vespertino para o ensino fundamental. No noturno foram escolhidas uma turma
do ensino fundamental e outra do ensino médio.No turno matutino e vespertino 100% dos entrevistados afirmaram
já terem consumido bebida alcoólica, porém no turno vespertino 88,89% não fizeram uso de outras drogas enquanto
isso no turno matutino isso ocorreu com todos os entrevistados.

Nos dois turnos 78,57% desconhecem a classificação do café como droga.No turno noturno 90,91% também já
ingeriram bebida alcoólica, mesmo índice que afirmaram saber que o café também é considerado droga e 54,55% já
usaram algum tipo de droga proibida.

Dos entrevistados 25% afirmaram não saberem diferenciar drogas lícitas de ilícitas. 88,89% conhecem alguém que
usa drogas proibidas e 27,78% afirmam fazerem uso destas. Verificou-se também que a droga proibida mais
conhecida é a maconha com 20 citações, seguidas do crack e da cocaína com 13 citações cada. A droga mais
experimentada foram as bebidas alcoólicas seguidas pelo cigarro.Tabela 1: comparação quanto ao conhecimento118

Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE      Uberlândia/MG       p. 114-120     21 e 22 de maio 2010

Nenhum pesquisado respondeu à questão: “há quanto tempo fez uso de algum tipo de droga?” talvez por certo
“receio” de falar sobre o assunto.

DISCUSSÃO

A escola pesquisada possui grande parte dos seus alunos no turno noturno por estes terem que trabalhar para
ajudar no sustento da família, por isso foi escolhida duas turmas deste período.

A epidemiologia do uso de drogas que se revela no Brasil não é diferente nas escolas. No V Levantamento Nacional
sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de
Ensino nas 27 Capitais Brasileiras considera que 65,2% dos estudantes já consumiram bebida alcoólica ao menos
uma vez na vida e o consumo de maconha e cocaína é predominante entre jovens do sexo masculino (GALDURÓZ;
NOTO e NAPPO, 2008).

Os altos índices indicam a forte presença de drogas no cotidiano dos entrevistados, principalmente os do ensino
fundamental que por serem mais imaturos são mais facilmente influenciáveis.

A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré-
adolescência. As drogas cada vez mais são banalizadas, barateadas, difundidas por uma contravenção e uma rede
cada vez mais estruturada e difícil de combater, sendo facilmente encontradas em todas as cidades.

Quem as procura não precisa mais ir a pontos conhecidos de tráfico, como favelas; basta andar à toa pelas ruas, e
possivelmente será abordado (BRESSER, 2009).

Acredita-se que quanto mais previamente o indivíduo começa a usar drogas, mais possibilidades terão de haver
maiores complicações com elas. Assim, constitui-se um ganho significativo evitar o consumo pelos adolescentes e
procurar retardar ao máximo a sua experimentação (ALBERTANI, 2008).

CONCLUSÃO

A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré-
adolescência. Os dados preliminares indicam alto 119Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE
Uberlândia/MG         p. 114-120    21 e 22 de maio 2010 índice da presença de drogas no cotidiano dos alunos
indicando uma necessidade de estudos mais aprofundados e melhores analisados com uma população escolar mais
expressiva. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a prevenção, o conhecimento e a
conscientização dos mesmos. Os dados preliminares indicam a urgência de uma ação preventiva para evitar e/ou
retardar o uso e o início da experimentação de drogas seja elas lícitas ou ilícitas

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Projeto Drogas e seus fatores de risco
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DEPENDENCIA QUIMICA: ACAO PEDAGOGICA
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Prevenção ao uso de drogas na escola

  • 1. Projeto de prevenção ao uso abusivo de drogas na Escola Estadual Henrique Galvão – Divinópolis MG POPULAÇÃO A SER TRABALHADA: Toda a comunidade escolar e a sociedade municipal de modo geral. INTRODUÇÃO: O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer que sua presença em nossa sociedade não é simples. Não só existem variados tipos de drogas, mas também são diferentes os efeitos por elas produzidos e a adolescência - período marcado por mudanças e curiosidades sobre um mundo que existe além da família - representa um momento especial no qual a droga exerce forte atrativo. Faz-se necessário portanto, uma educação preventiva e a conscientização de todos: alunos, pais professores, enfim, toda a comunidade sobre os efeitos e conseqüências maléficas causadas por essas substâncias à vida humana em todos os seus aspectos físico, psíquico e social. O desafio deste projeto é a luta pela valorização da vida como um bem social a serviço da construção de uma sociedade mais digna e fraterna. JUSTIFICATIVA: O projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre as drogas e de trocar e adquirir informações sobre o assunto. Engana-se quem acha que adolescentes aparentemente sem problemas nunca experimentaram drogas. Por isso é importante informar o aluno sobre os malefícios do vício. Essa noção foi a matriz do Projeto " Prevenção, uma questão de atitude ", que está sendo desenvolvido pela escola. É muito comum o jovem ter contato com algum tipo de droga. "Mas há uma grande diferença entre o ato de experimentar e a necessidade de continuar", diz a especialista em adolescentes, Roberta Domingues. Ela atribui a curiosidade dos jovens às próprias características dessa fase da vida. "A adolescência é um momento em que a pessoa enfrenta limitações e frustrações. A droga funciona como uma fuga de tudo isso." Falar sobre drogas, porém, não basta. Segundo Roberta, dependendo da forma como o assunto é tratado, pode até estimular a curiosidade pelo uso. "É preciso mostrar que a droga é algo que vai estragar o corpo." A ação preventiva tem também como justificativa o diagnóstico da situação de
  • 2. risco da comunidade, que mostra um percentual elevado de pessoas envolvidas com o uso do álcool, tabaco, bem como diversas drogas ilícitas como maconha, cocaína e outras mais. OBJETIVOS: Sensibilizar os professores para a abordagem da questão. Facilitar às famílias a conversação com as crianças e com os jovens. Desenvolver a espontaneidade e a auto-estima dos alunos para facilitar a comunicação com os pais, não só de modo geral, mas em especial sobre a questão das drogas. Mobilização da opinião pública escolar, mediante campanhas de alerta. Tratar a difusão dos conhecimentos sobre drogas. ATITUDES POSITIVAS NA PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS: Observar como a educação, no tocante ao uso de drogas, pode acompanhar a vida toda, pois até entre os idosos estão crescendo os problemas a ele associados, notadamente, em relação ao álcool e a certos medicamentos. INTERVENÇÃO JUNTO AOS PROFESSORES E DEMAIS INTEGRANTES DA COMUNIDADE ESCOLAR: Sensibilizar o grupo sobre a questão das drogas em sua vida, na sala de aula, na escola e arredores. Ajudar o grupo a repensar sua atitude diante da questão das drogas. Conscientizá-los de que o fumo e a bebida alcoólica constituem drogas perigosas e o professor é sempre um exemplo para os alunos. Facilitar a percepção do grupo acerca de mitos e preconceitos na questão das drogas. Sensibilizá-los para a participação direta nas atividades de prevenção ao uso indevido de drogas. PARTICIPAÇÃO: Professora Valéria Pinto Martins - Português, Inglês e Informática Professora Regina Lúcia Teixeira - Ciências e Biologia Professora Nilza Moraes Nogueira - Matemática Pessoas da comunidade interessadas em atuar e professores de outras áreas que desejarem participar . ÁREAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa, Ciências Biológicas, Geografia, História, Química, Educação Artística e Informática. ESTRATÉGIAS:
  • 3. As classes envolvidas trabalharão individualmente e em grupos para pesquisas e debates. Utilização intensiva do Laboratório de Informática para a execução de cartazes, murais e pesquisas. Utilização de filmes, vídeos e outros recursos tecnológicos como a Internet para promover através de pesquisa, a orientação, a prevenção e a conscientização contra o uso abusivo de drogas. Os alunos usarão a Internet para comentar e conversar sobre suas descobertas com especialistas no assunto. DESENVOLVIMENTO: 1ª ETAPA: Pesquisas de campo. PERÍODO: 1º BIMESTRE ATIVIDADES: 1. Entrevistas: ¨ Delegacia (Sargento da Polícia Militar) ¨ Membros do Conselho Tutelar de Paty do Alferes. ¨ Coordenação do Hospital Fundação Miguel Pereira. 2. Questionários 3. Observações 4. Conversas informais 5. Leitura de documentos já existentes 6. Debates em sala de aula. 7. Pesquisas OBJETIVOS: ¨ Diagnosticar o índice de pessoas - jovens e adultos - envolvidas com drogas. ¨ Conhecer a situação real, as dificuldades e os recursos disponíveis. PARTICIPANTES: Alunos e professores. 2ª ETAPA: Contato com pessoas diretamente ligadas à área a ser trabalhada. - médicos, psiquiatras, psicólogos, ex-viciados em drogas etc. OBJETIVO: ¨ Convidar estes profissionais para discussões e palestras. PARTICIPANTES: Alunos, professores e familiares dos alunos. PERÍODO: do 2º ao 4º bimestre ATIVIDADES:
  • 4. 1. Pesquisas 2. Relatórios 3. Confecção de murais com base nas pesquisas feitas, contendo informações sobre os diversos tipos de drogas, seus efeitos e conseqüências maléficas à vida. 4. Palestras com questionamentos com profissionais e ex-viciados. 5. Criação e apresentação de peças teatrais. 6. Cinema - Filmes que abordem o narcotráfico - O tráfico de drogas 7. Vídeos 8. Entrevistas com ex-viciados. 9. Depoimentos de ex-viciados. OBJETIVO: A prevenção e a conscientização. MATERIAIS NECESSÁRIOS: ¨ Filmes para máquinas fotográficas. ¨ Microfone. ¨ Videocassete. ¨ Tinta para impressora. ¨ Papel, cartolina, tesoura, fita crepe cola, hidrocor ¨ Gravador ¨ Disquetes ¨ Retroprojetor RECURSOS HUMANOS: ¨ Psicólogos ¨ Médicos ¨ Membros da PM e do Conselho Tutelar. ¨ Psiquiatras. ¨ Ex-viciados ¨ Familiares dos alunos ¨ Professores APOIO E ORIENTAÇÃO: Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD Universidade de Brasília (Curso de capacitação à distância) CRONOGRAMA: ¨ Fevereiro e março: Início do Projeto ¨ Primeira apresentação de atividades: no Dia Nacional da Família na Escola.
  • 5. ¨ As ações serão contínuas durante todo o ano letivo e deverão ser repetidas a cada ano. TRABALHOS EM GRUPO: Após cada atividade, acontecerão trabalhos em grupos como discussões e elaboração de relatório sobre o tema específico. CULMINÂNCIA: Diversos trabalhos podem encerrar cada atividade, como teatros (fundamentados nas pesquisas feitas); músicas, confecção de murais... Esta escolha ficará a critério de cada grupo e realizadas na própria escola (refeitório, pátio) ou no Centro Cultural do município de Paty do Alferes. AVALIAÇÃO: A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de realização do projeto, através da observação dos professores baseada em critérios pré-estabelecidos. Durante o desenvolvimento dos trabalhos é importante que o professor esteja presente para interagir com o processo de trabalho dos alunos, diagnosticando diferenças e conquistas, proporcionando uma análise das etapas do projeto. Os professores deverão encorajar os participantes do projeto a dizerem "NÃO" a qualquer espécie de droga. Na conclusão final o professor deverá propor uma avaliação geral de todo o processo. RESULTADOS ESPERADOS: Com este projeto, esperamos que as pessoas se tornem mais conscientes sobre os malefícios causados pelo abuso de drogas à vida humana e que devem sim, buscar sempre formas de melhorar a sua qualidade de vida, agindo com responsabilidade, preservando a nossa maior fonte de felicidade e realização: a saúde. "Dizer SIM à vida significa estar receptivo a tudo o que o mundo nos proporciona de bom e prazeroso, ser capaz de vencer as pressões negativas da massificação, do consumismo, da corrupção e da violência." Palestras realizadas no refeitório da escola
  • 6. Projeto 2 PROJETO DE INTEGRAÇÃO DA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS AO CURRÍCULO ESCOLAR: ANÁLISE DESCRITIVA DE DADOS PRELIMINARES. Éderson de Oliveira Passos Henrique Souto de Barros INTRODUÇÃO Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética, que introduzida no organismo modifica suas funções (SILVA, 2009). As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais eenvolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranqüilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis (ROTMAN, 1985).Quando se propõe discutir o tema "uso de drogas", comumente a primeira reação é o medo e a insegurança, geralmente misturada a diferentes posturas, conceitos e preconceitos como: informar, proibir, reprimir, tratar. Não é para menos: as drogas e os muitos males associados constituem um dos maiores problemas da saúde em todo o mundo neste novo século (BRESSER, 2009).Os governos e as sociedades de diversos países estão enfrentando um novo desafio: como se preparar para responder ao surgimento de substâncias psicoativas cada vez mais diversificadas e com efeitos cada vez mais potentes? Essas mudanças fazem com que o debate em torno das políticas sobre drogas fique ainda mais complexo.Muito se tem feito nos últimos tempos para que as pessoas se previnam contra o uso de drogas. Mas também muito se tem feito, legal ou ilegalmente, para que elas sejam usadas. O resultado final é que as pessoas estão consumindo cada vez mais drogas (TIBA, 2007).A construção de uma sociedade totalmente sem drogas é impossível, historicamente as sociedades sempre conviveram e fizeram uso de algum tipo de droga. Para vivermos e convivermos em uma sociedade totalmente sem drogas teríamos que eliminar totalmente o álcool e o café, por exemplo. Se considerarmos somente essas substâncias, a sua eliminação já seria impraticável (ARRUDA [et al], 2009).O combate às drogas contraria princípios éticos e também direitos civis, ou seja, o combate a todo, e qualquer, uso de drogas fere o direito individual de cada um de dispor, livremente, do seu corpo e de sua mente. Numa sociedade de homens livres, 115 Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010torna- se difícil, para não dizer impossível, controlar hábitos de consumo de escolhas individuais (ARRUDA [et al], 2009).Esses argumentos mostram que é mais eficiente e ético, trabalhar no campo da prevenção e uma forma eficaz de se fazer isso é a informação, fornecendo dados de modo imparcial e científico. A partir das informações, as pessoas poderão tomar decisões conscientes e bem fundamentadas sobre as drogas.Cabe a escola, família, governo e toda sociedade contribuirem para que o jovem possa encontrar os tópicos acima mencionados. A escola pode oferecer e favorecer a prática de projetos de vida, tornando-se um espaço de participação, realização, conscientização e criação para a comunidade que ela atende, fazendo surgir cidadãos conscientes e plenamente desenvolvidos para a vida em sociedade. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a prevenção e a conscientização dos mesmos. Para que isso ocorra de forma mais natural possível, é necessário que a família, os amigos, a escola, a sociedade em geral, possa dar apoio, quando necessário ao usuário de qualquer droga e sem discriminação à pessoa que faz uso de tal substância. E, quando em uma situação em que indivíduo utiliza drogas, que se busquem formas de ajudá-lo a deixar de lado tal hábito.Na escola é possível criar condições para que esta se torne um espaço de participação, realização e criação, e não de fracasso ou exclusão. É função da escola oferecer situações instigantes como parte de seu processo educativo e que correspondam às necessidades e motivações do adolescente (ALBERTANI, 2008). A prevenção deve ser feita no dia-a-dia da escola de forma integrada ao currículo escolar, pois a promoção da saúde abrange diferentes dimensões humanas. Assim, se torna importante de incluir o tema das drogas em atividades de natureza interdisciplinar, tais como feiras, exposições, gincanas, dramatizações, discussões, palestras e atividades
  • 7. que estimulem a reflexão dos alunos sobre seu comportamento. Desenvolvendo o senso critico sobre a própria realidade e vivência, considerando as influências que sofrem e exercem na sociedade em que está inserido, relativas ao uso de drogas (ALBERTANI & AZEVEDO, 2008). OBJETIVOS116 Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010  Fazer levantamento do conhecimento teórico e contato com as drogas apresentado por alunos dos ensinos fundamental e médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás.  Promover ações de educação preventiva, de forma continuada, com foco no individuo e no seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas e incentivar a diminuição do consumo. METODOLOGIA O projeto a ser desenvolvido em uma escola para prevenção ao uso e abuso de drogas deve visar intervenções nos níveis primários, cujo objetivo é evitar o uso ou retardar o início e também a prevenção secundária, destinada àqueles que já experimentaram, evitando a evolução para usos mais freqüentes e prejudiciais, atendendo toda a comunidade escolar: alunos, funcionários, pais e sociedade em geral.O projeto foi dividido em três etapas básicas: A primeira etapa consta de levantamento do conhecimento dos alunos e funcionários acerca das drogas, suas classificações, efeitos e conseqüências de uso. A segunda etapa se constituirá de palestras, fóruns de disussões c sobre das drogas, suas classificações, efeitos e conseqüências de uso, inicialmente para os professores e funcionários e posteriormente para toda a comunidade escolar.  A terceira etapa agregará uma mostra sobre as drogas, com exposições dos tipos de drogas e dramatizações sobre os efeitos e conseqüências do uso e abuso de drogas. A primeira etapa foi realizada através da aplicação de um questionário simples, elaborado pelos professores da escola com o objetivo de identificar o conhecimento e presença dos diferentes tipos de drogas no cotidiano dos alunos da unidade escolar. O questionário foi aplicado à uma amostra de estudantes dos ensinos fundamental e médio de uma escola estadual da cidade de Itumbiara – Goiás, durante o mês de fevereiro de 2010. Os dados coletados foram tabulados e submetidos à análise descritiva.117Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010 RESULTADOS A pesquisa transversal foi realizada com uma amostra de 36 alunos da unidade escolar, dos quais 21 cursam o ensino fundamental e 15 o ensino médio. Cinco são do turno matutino, 9 do vespertino e 22 do noturno, sendo 20 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. Dentre os pesquisados, 69% têm entre 14 e 17 anos, 25% entre 10 e 13 anos e 6% são maiores de 18 anos. Quando questionados sobre o que são drogas e se conheciam drogas proibidas: SABEM O QUE SÃO DROGAS CONHECEM DROGAS PROIBIDAS ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO ENS. FUNDAMENTAL ENSINO MEDIO SIM 21 14 19 14 NÃO 0 1 2 1 Do turno matutino foi escolhida ao acaso uma turma do ensino médio, por ser a modalidade prevalente no período, assim como foi também no período vespertino para o ensino fundamental. No noturno foram escolhidas uma turma
  • 8. do ensino fundamental e outra do ensino médio.No turno matutino e vespertino 100% dos entrevistados afirmaram já terem consumido bebida alcoólica, porém no turno vespertino 88,89% não fizeram uso de outras drogas enquanto isso no turno matutino isso ocorreu com todos os entrevistados. Nos dois turnos 78,57% desconhecem a classificação do café como droga.No turno noturno 90,91% também já ingeriram bebida alcoólica, mesmo índice que afirmaram saber que o café também é considerado droga e 54,55% já usaram algum tipo de droga proibida. Dos entrevistados 25% afirmaram não saberem diferenciar drogas lícitas de ilícitas. 88,89% conhecem alguém que usa drogas proibidas e 27,78% afirmam fazerem uso destas. Verificou-se também que a droga proibida mais conhecida é a maconha com 20 citações, seguidas do crack e da cocaína com 13 citações cada. A droga mais experimentada foram as bebidas alcoólicas seguidas pelo cigarro.Tabela 1: comparação quanto ao conhecimento118 Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010 Nenhum pesquisado respondeu à questão: “há quanto tempo fez uso de algum tipo de droga?” talvez por certo “receio” de falar sobre o assunto. DISCUSSÃO A escola pesquisada possui grande parte dos seus alunos no turno noturno por estes terem que trabalhar para ajudar no sustento da família, por isso foi escolhida duas turmas deste período. A epidemiologia do uso de drogas que se revela no Brasil não é diferente nas escolas. No V Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras considera que 65,2% dos estudantes já consumiram bebida alcoólica ao menos uma vez na vida e o consumo de maconha e cocaína é predominante entre jovens do sexo masculino (GALDURÓZ; NOTO e NAPPO, 2008). Os altos índices indicam a forte presença de drogas no cotidiano dos entrevistados, principalmente os do ensino fundamental que por serem mais imaturos são mais facilmente influenciáveis. A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré- adolescência. As drogas cada vez mais são banalizadas, barateadas, difundidas por uma contravenção e uma rede cada vez mais estruturada e difícil de combater, sendo facilmente encontradas em todas as cidades. Quem as procura não precisa mais ir a pontos conhecidos de tráfico, como favelas; basta andar à toa pelas ruas, e possivelmente será abordado (BRESSER, 2009). Acredita-se que quanto mais previamente o indivíduo começa a usar drogas, mais possibilidades terão de haver maiores complicações com elas. Assim, constitui-se um ganho significativo evitar o consumo pelos adolescentes e procurar retardar ao máximo a sua experimentação (ALBERTANI, 2008). CONCLUSÃO A faixa etária de iniciação no mundo das drogas é progressiva e perigosamente aproxima-se da infância e da pré- adolescência. Os dados preliminares indicam alto 119Anais do II Seminário de Pesquisa do NUPEPE Uberlândia/MG p. 114-120 21 e 22 de maio 2010 índice da presença de drogas no cotidiano dos alunos indicando uma necessidade de estudos mais aprofundados e melhores analisados com uma população escolar mais expressiva. A melhor arma contra o uso de drogas por parte dos adolescentes é a prevenção, o conhecimento e a conscientização dos mesmos. Os dados preliminares indicam a urgência de uma ação preventiva para evitar e/ou retardar o uso e o início da experimentação de drogas seja elas lícitas ou ilícitas