O documento apresenta os resultados de um inquérito sobre a sexualidade realizado a estudantes de uma escola secundária portuguesa. Os principais pontos abordados incluem identificação dos alunos, vida familiar, experiências sexuais, métodos contraceptivos utilizados e atitudes em relação à sexualidade. Os dados recolhidos fornecem informações demográficas e estatísticas sobre a idade de início da atividade sexual, número de parceiros, uso de contraceção e opiniões sobre educação sexual.
7. I - Identificação Relativamente à idade dos alunos responderam 102 alunos com 16 anos, 93 alunos com 14 anos, 90 alunos com 17 anos, 64 alunos com 15 anos, 53 alunos com 18 ou + anos e 1 aluno com 13 anos. Relativamente à raça responderam 283 alunos, dos quais 280 são brancos e 3 negros. Em relação ao sexo, 204 alunos são do sexo masculino e 195 são do sexo feminino. Quanto ao ano de escolaridade responderam 133 alunos do 9º, 107 alunos do 11º, 103 alunos do 10º, 66 alunos do 12º. Quando questionados sobre a reprovação de anos, 157 responderam que sim, já tinham reprovado e 238 responderam que não.
14. II - Família No que diz respeito à profissão do pai 137 alunos responderam que os mesmos eram Trabalhadores de produção, 104 Empregados de comércio e serviços, 31 alunos disseram que o pai estava Desempregado, 30 alunos possuem pais pertencentes a Quadros Técnicos, 16 alunos têm o pai a exercer como Pessoal dos serviços pessoais e domésticos, o pai de 16 alunos é Reformado e o pai de 3 alunos apresentam outra actividade. No que diz respeito à profissão da mãe 117 alunos responderam que eram Domésticas, 72 alunos que estão desempregadas, 68 alunos as mães são Empregadas de comércio e serviços, de 60 alunos são Trabalhadores de produção, 38 alunos são Quadros Técnicos, de 31 alunos são Pessoal dos serviços pessoais e domésticos e de 4 alunos têm outra actividade. Quanto ao estado civil dos pais 274 são casados, 59 são divorciados, 43 são solteiros, 12 são viúvos, e 5 vivem em união de facto.
15. Quanto à idade em que as mães tiveram o 1º filho, 138 alunos responderam que foi entre 25 e 34 anos, 135 mães tiveram o 1º filho entre os 20 e os 24 anos, 68 mães entre os 15 e os 19 anos, 7 mães entre os 35 e os 39 anos e 2 mães com 40 ou + anos. Relativamente ao facto de terem alguma irmã grávida durante a adolescência, 390 responderam que não tinham e os restantes 10 que sim. Quando lhes perguntaram com quem moravam, os alunos responderam que 309 alunos vivem com o pai, 207 alunos vivem com a mãe, 117 alunos vivem com os irmãos, 37 alunos vivem com os avós, 20 alunos vivem com outros e 1 aluno vive com colegas. II - Família
18. III - Vida Sexual Questionados se têm a vida sexual activa, 156 alunos responderam que sim e os restantes 229 responderam que não. Após a contagem dos resultados chegou-se à conclusão que os pais de 112 alunos têm conhecimento que os filhos já iniciaram a sua vida sexual, porém 36 dos pais não concordam, contrariando os 108 que não se opõem. Contudo 52 alunos omitiram este facto aos pais.
19. IV - Primeira relação sexual Idade com que iniciaste a vida sexual
30. IV - Primeira relação sexual Mantiveste algum tipo de relacionamento afectivo com o parceiro pós-relação sexual?
31. IV - Primeira relação sexual Relativamente à idade com que iniciaram a primeira relação sexual, 50 fizeram-no com 16 anos, 47 com 14 anos, 37 com 15, 18 alunos com 17 anos e 3 alunos iniciaram com 18 ou mais anos. Em relação à idade do parceiro, 39 alunos iniciaram a actividade sexual com um parceiro com 16 e outros tantos com um de 18 anos ou mais, 35 fizeram-no com um parceiro de 17 anos, 24 alunos com um de 15 anos e 21 alunos com um de 14 anos ou menos. Quanto ao sexo do parceiro, 52% dos alunos envolveram-se com o sexo feminino e 48% com o sexo masculino. Os motivos que levaram os alunos a iniciar o acto sexual foi a paixão pelo parceiro (108 alunos) e por autonomia (6 alunos). 105 alunos não planearam a actividade sexual e 52 planearam-na previamente. A maioria dos alunos não estava sob nenhum efeito, 140 alunos, e sob efeito de drogas estavam 4 alunos.
32. IV - Primeira relação sexual No que toca à relação que tinham com o parceiro, 106 alunos responderam que tinham um relacionamento afectivo anterior, como por exemplo, namoro. Apenas 1 aluno tinha outro tipo de relacionamento (familiar-prima). Relativamente ao local onde aconteceu o devido acto, 84 afirmaram que tinha sido em casa, pelo contrário, 65 alunos disseram que tinha sido fora de casa. Quanto aos alunos que responderam que tinha sido fora de casa, 4 referiram que foi na praia, 1 no carro, 1 fora de Portugal, 1 na casa do vizinho e 1 numa festa. Analisando os alunos que utilizaram um meio de contracepção, 135 utilizaram e os restantes não. Ainda 1 aluno acrescentou que tinha usado o preservativo. Relativamente aos alunos que não utilizaram nenhum método contraceptivo foi-lhes questionado o porquê. Dos inquiridos 42% responderam que não tinham nenhum meio anticoncepcional disponível, 8% desejavam ter um filho, 8% tinham medo dos pais e outros 8% ainda tinham actividade sexual ocasional ou casual. Acrescenta-se ainda 17% com actividade sexual não esperada ou não planeada e 17% não pensaram no assunto. 97% dos alunos mantiveram um relacionamento afectivo após a actividade sexual e os restantes 3% não o mantiveram.
33. V - Relações sexuais seguintes Tiveste relações sexuais nos últimos 6 meses?
38. V - Relações sexuais seguintes Se não… Não usaste ou deixaste de usar porquê?
39. V - Relações sexuais seguintes Nº de parceiros sexuais nos últimos 12 meses?
40. V - Relações sexuais seguintes Nº de parceiros sexuais durante a vida? Número de alunos
41. V - Relações sexuais seguintes Sexo dos parceiros sexuais?
42. V - Relações sexuais seguintes Dos 154 alunos inquiridos, 81% manteve relações sexuais nos últimos seis meses e 19% não. Relativamente aos alunos que não tiveram relações sexuais nos últimos seis meses, 29% foi por falta de amor, 29% devido a falta de vontade, 14% por cansaço, 14% devido a testes e 14% porque não aconteceu. Sobre o uso de algum meio contraceptivo, 87% usou e 13% não usou. Dos que usaram meios contraceptivos, 70% usou sempre, 21% frequentemente e 9% raramente. Dos alunos questionados sobre o meio contraceptivo utilizado, 75% usou preservativo, 24% pílula e 1% outro meio. Dos que não usaram qualquer método contraceptivo, 50% não usou por confiança no parceiro, 25% porque não gostava de usar, 17% por outro motivo e 8% por efeitos laterais. Quanto ao número de parceiros sexuais nos últimos doze meses, 85 alunos afirmaram que tiveram um parceiro, 25 tiveram 2 parceiros, 9 tiveram 3 parceiros, 8 tiveram 4 parceiros, 2 tiveram 5 parceiros e 12 tiveram mais de 5 parceiros.
43. V - Relações sexuais seguintes Relativamente ao número de parceiros sexuais durante a vida, 52 tiveram 1 parceiro, 25 tiveram 2 parceiros, 12 tiveram 3 parceiros, 8 tiveram 4 parceiros, 5 tiveram 5 parceiros e 19 tiveram mais de 5 parceiros. Sobre o sexo dos parceiros sexuais, 69 são do sexo feminino, 72 do sexo masculino e 2 de ambos os sexos.
44. VI – Perguntas Gerais Qual a idade ideal para iniciar a vida sexual? Rapazes
45. VI – Perguntas Gerais Qual a idade ideal para iniciar a vida sexual? Raparigas
46. VI – Perguntas Gerais Achas que a 1ª experiência sexual deveria ser…
47. VI – Perguntas Gerais Achas importante ter muitos parceiros?
48. VI – Perguntas Gerais Achas importante envolver-se com a pessoa certa?
58. VI – Perguntas gerais Relativamente às Doenças Sexualmente Transmissíveis conheces ou já ouviste falar de…?
59.
60. VI – Perguntas gerais Já precisaste de usar contracepção de emergência?
61. VI – Perguntas gerais Onde adquiriste a contracepção de emergência?
62. VI – Perguntas gerais Já suspeitaste de uma eventual gravidez tua ou da tua parceira?
63. VI – Perguntas gerais Quando suspeitaste de uma eventual gravidez tua ou da tua parceira utilizaste a pílula do dia seguinte?
64. VI – Perguntas gerais Quando suspeitaste de uma eventual gravidez tua ou da tua parceira interrompeste a gravidez?
65. VI – Perguntas Gerais Relativamente à idade com que os rapazes devem iniciar a sua vida sexual 58% dos alunos responderam entre 15 e 17 anos, 28% dos alunos entre os 18 e 20 anos e 13% dos alunos com idade inferior a 15 anos. Relativamente à idade com que as raparigas devem iniciar a sua vida sexual 62% dos alunos responderam entre os 15 e 17 anos, 26% dos alunos entre os 18 e os 20 anos e 10% dos alunos com menos de 15 anos. No que diz respeito à altura em que se deve ter a 1ª experiência sexual, 95% dos alunos acham que deve ser antes do casamento e os restantes 5% que deve ser depois. Questionados sobre se achavam importante ter muitos parceiros 75% acharam que não, 17% acharam que talvez e 8% acharam que sim, era importante. Questionados sobre se achavam importante o envolvimento com a pessoa certa 90% responderam que sim, 2% que não e 8% que talvez. Quanto à questão de acharem importante experimentar vários parceiros 55% dos alunos responderam que sim, 28% dos alunos que talvez e 17% dos alunos que não.
66. VI – Perguntas Gerais 43% dos alunos não procuraram aconselhamento antes de iniciar a sua vida sexual, já 57% recorreram a uma ajuda. Relativamente aos alunos que procuraram aconselhamento, 40% recorreram aos amigos, 15% ao médico, 13% a revistas/internet, 12% ao parceiro, 9% a consultas, 7% a professores e 4% a outro tipo de ajuda. Relativamente aos alunos que procuraram aconselhamento, 40% recorreram aos amigos, 15% ao médico, 13% a revistas/internet, 12% ao parceiro, 9% a consultas, 7% a professores e 4% a outro tipo de ajuda. Relativamente à sexualidade 290 alunos afirmaram não ter dúvidas e 98 dizem ter. Questionados se habitualmente discutem assuntos relacionados com a sexualidade, 253 responderam afirmativamente e 132 negativamente. A maioria dos alunos diz não ter dúvidas relativamente à sexualidade ou acham ser um assunto difícil de abordar.
67. VI – Perguntas Gerais Relativamente ao esclarecimento de dúvidas verificou-se o seguinte resultado: A maioria dos alunos esclarece as dúvidas com a família e em menor percentagem com os primos e o irmão.
68. VI – Perguntas Gerais Quanto à informação retida pelos adolescentes sobre a sexualidade, 127 acham que estão devidamente informados, 24 pensam que não e 238 dizem ter algumas dúvidas. Em relação à importância da Educação Sexual para os jovens, 144 dos alunos acham-na imprescindível, 197 muito importante, 66 razoavelmente importante, 11 pouco importante e 3 sem interesse nenhum. Questionados sobre a participação em actividades relativas à Educação Sexual, 124 alunos dizem ter participado e 234 não. Relativamente aos alunos que já participaram em actividades de Educação Sexual a grande maioria recorreu a estas actividades na escola, e a minoria recorre a hospitais, grupos de jovens ou palestras. Relativamente ao local adequado para se discutirem assuntos sobre a sexualidade, 131 dos inqueridos acham ser em casa, 206 a escola, 135 no centro de saúde e 7 responderam que noutro local.
69. VI – Perguntas Gerais Em relação aos alunos que responderam à questão anterior que o sítio mais adequado para se discutir sobre a sexualidade seria noutro local, a maioria diz ser em casa de amigos e os restantes, em percentagem muito semelhante, diz ser em casa dos primos, no café, no centro de estudos e no clube do pijama. Questionados sobre o conhecimento do CAJ (Centro de Atendimento a Jovens), 164 responderam já conhecerem, ao contrário dos restantes 230 alunos. Questionados sobre a recorrência ao CAJ, 30 alunos já recorreram a esta consulta, já 352 dizem nunca ter recorrido a esta consulta. Relativamente à frequência das consultas do CAJ, 18 alunos frequentam habitualmente ao contrário dos outros 348 que responderam negativamente a esta questão. Questionados sobre o motivo da recorrência ao CAJ, 71 alunos dizem obter meios de contracepção e 57 informação sobre estes. Contudo 115 alunos recorrem ao CAJ para esclarecimento de dúvidas e 35 para realizarem exames.
70. VI – Perguntas Gerais Quanto aos métodos contraceptivos que os alunos conhecem, 321 responderam que conheciam a pílula, 317 conheciam o preservativo masculino, 158 o dispositivo intra-uterino, 179 conheciam o anel vaginal, 121 a laqueação tubárica, 88 o adesivo transdérmico e 74 o implante subcutâneo. Quanto à utilização do método do calendário como método de contracepção, 300 alunos responderam que nunca tinham utilizado, ao passo que apenas 37 recorreram a esse método. Dos inquiridos relativamente à utilização do coito interrompido com método de contracepção, apenas 32 alunos responderam que tinham utilizado ao contrário de 312 que não usaram. A abstinência periódica só foi utilizada por 16 dos alunos inquiridos e 312 nunca a usaram como método de contracepção. Dos 336 alunos que responderam a sua opinião relativamente à eficácia destes métodos, 171 acham que não são eficazes ao passo que 135 acham que sim. Questionados sobre o que achavam da eficácia do preservativo, 35 acham que protege da gravidez , 61 acham que protege das DST, 298 acham que protege de ambas e 6 que não protege de nada.
71. VI – Perguntas gerais Dos 398 alunos questionados sobre a eficácia da pílula, 305 acham que protege da gravidez, 18 pensam que protege das doenças sexualmente transmissíveis, 58 ambas as situações e 17 nenhuma das referidas. Quanto à questão da utilização do preservativo consoante a duração da relação sexual/confiança no parceiro, 204 acham que sim e 108 que não. Em relação ao facto de o preservativo ser sempre usado, 273 afirmam que usaram sempre e 23 não usaram. Relativamente a quem deve tomar a iniciativa da contracepção, 15 alunos pensam que deve ser o rapaz, 7 pensam que deve ser a rapariga, 53 qualquer um dos dois, 324 ambas as partes, 1 outros e 3 não sabem. Quanto à importância de evitar uma gravidez ou prevenir uma DST, 74 alunos afirmam que é mais importante prevenir uma DST e 21 acham que o mais importante é evitar uma gravidez e 314 ambas as situações.
72. VI – Perguntas gerais Relativamente às DST conhecidas ou já faladas, os alunos responderam que:
73. VI – Perguntas gerais Quanto à contracepção de emergência, 186 sabem o que significa e 193 não sabem o que significa. Relativamente à concordância da contracepção de emergência, 136 concordam com ela e 118 não concordam. Quanto ao uso da contracepção de emergência, maioritariamente usam por esquecimento, no dia seguinte, logo depois do acto sexual e em casos extremos. Relativamente à necessidade de usar contracepção de emergência, 296 alunos não usaram, 16 alunos usaram uma vez, 6 usaram quatro ou mais vezes e apenas 2 alunos usaram uma vez. Quanto ao local da aquisição da contracepção de emergência, dos alunos inquiridos, 16 responderam que adquiriram na farmácia e 2 adquiriram em casa do ex-namorado. Sobre a questão de suspeita de uma eventual gravidez, 273 alunos responderam não suspeitaram e 231 já suspeitaram.
74. VI – Perguntas gerais Relativamente ao uso ou não da pílula do dia seguinte depois da suspeita de uma eventual gravidez, 93 alunos responderam que não usaram pílula do dia seguinte e 25 responderam que usaram. Quanto à interrupção de uma eventual gravidez, cerca de 16 alunos já interromperam e 97 alunos não interromperam a gravidez.