2. Introdução a Matéria
Definição de Teologia: Da palavra grega
Théos , Que significa – Deus e Logos
que significa Ciência – Isto é Tratado de
Deus ou tratado sobre Deus ou estudo
do mesmo.
3. Fonte de Estudo da Teologia: Visto que
acima podemos constatar através da
etimologia da palavra “Teologia”, seu
significado já podemos presumir de
onde exaurimos seus estudos, que é da
Própria palavra revelada de Deus ou
seja as Sagradas Escrituras.
4. Toda boa teologia que traga efeitos
expressíveis e duradouros no campo
eclesiástico partiu primariamente de um
estudo cuidadoso das Escrituras através
de métodos hermenêuticos e exegéticos
adequados seguindo o histórico método de
interpretação ortodoxo que por definição
chama-se : Histórico/Gramatical.
5. Razões para o que foi exposto
acima
As Escrituras são a própria Palavra inerrante e infalível de Deus. Cf: (Jo
10:35; Jo 17:17).
As Escrituras não são um produto da mente e da imaginação humana
ela foi Inspirada pelo próprio Deus a homens santos que primeiro
falaram e depois escreveram a Santa Palavra. Cf: (II Tm 3:16; II Pd
1:21; Ex 17: 14; Jr 36:18).
Jesus enquanto esteve em carne tinha as Escrituras como plena
autoridade, inclusive para validação de seu ministério. Cf: ( Lc 10:26; Jo
12:14; Lc 4:21; Mt 4:7, 4:4 e 4:8; Mc 4: 7).
Os apóstolos a utilizaram como regra de Fé: Cf: (II Co 8:5; I Co 1:31; Gl
3:10; I Pd 1:16; Tg 2: 8).
Dos 1.800 versículos utilizados para registrar os sermões de Jesus, 180
contém citações das Escrituras.
6. O que é Teologia Sistemática
Visto que nos slides anteriores nós já
conseguimos compreender bem o que
significa Teologia e de onde se retiram
suas nuances, agora podemos ir além e
explicarmos o que é essa que é
conhecida como rainha de todas as
ciências a Teologia sistemática.
7. Definição
A Teologia Sistemática é uma ciência
teológica que se encarrega da matéria das
disciplinas anteriores com o fim de arranja-los
de forma lógica e metódica, para facilitar a
compreensão e promover a aplicação prática
do mesmo. Por isso tem sido considerada um
disciplina que segue um esquema ou uma
ordem humana de desenvolvimento
doutrinário e que tem propósito de incorporar
no seu sistema toda a verdade sobre Deus e o
seu universo, a partir de toda e qualquer fonte:
Teologia Natural, Bíblica, Histórica, etc.
Fonte: Hermenêutica Fácil e descomplicada. Esdras Costa Bentho
8. História da Teologia
Sistemática
Já no começo da era Cristã depois da morte
dos apóstolos, a igreja teve grande
preocupação em se manter como coluna e
baluarte da verdade, assim como foi ordenado
por nosso Senhor e por seus santos
apóstolos. Já que desde aquela época uma
diversidade de heresias assombravam a
cristandade primitiva, o que fez com que ela
mesmo que em pequenas proporções em
comparação com os tempos modernos,
formulasse sistematicamente algumas de
suas principais doutrinas. Vejamos alguns
exemplos:
9. A doutrina da Trindade formulada por um
dos Pais da igreja chamado Tertuliano em
212 d.C. E mais tarde corroborada pelo
concilio de Nicéia em 325 d.C. Para
combater a doutrina herética conhecida
como Arianismo.
História Eclesiástica de Eusébio de
Cesaréia obra que apesar de histórica
conta muito em seu conteúdo com
algumas das principais doutrinas
sistematizadas da Igreja Primitiva. Data do
século IV.
10. Credo Apostólico formulado na segunda
metade do século II que desenvolve uma base
para notarmos as principais crenças na Igreja
Primitiva
Credo Níceno formulado em 325 d.C. Coam a
principal finalidade de defesa do dogma da
trindade.
Credo Atanásiano formulado provavelmente
no século VI, que abrange a trindade, a
pessoa de Cristo. Lutero considerou o credo
Atanásiano como a maior obra da igreja Cristã
desde o tempo dos Apóstolos.
11. As Sentenças de Pedro Lombardo (no século
XII), em que é coletada uma grande série de
citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base
para a tradição de comentário temático e
explanação da escolástica medieval.
Muitas outras obras foram publicadas por
muitos teólogos medievais aos quais não nos
é dada a oportunidade de falar de forma
extensa nesse momento. Citaremos apenas
alguns nomes desses eruditos: Anselmo de
Cantuária, Agostinho de Hipona, João
Nepomuceno, dentre tantos outros.
12. Sistemática com auge na
Reforma protestante.
Mesmo que a igreja desde seus primordes
tenha produzido algum tipo de Teologia
sistemática essa teve seu auge na reforma
protestante principalmente com as obras
literárias de Lutero sobre a justificação
pela fé e sobretudo com aquele que é
considerado por muitos desde os tempos
de Paulo como o maior Teólogo Cristão
que é João Calvino. Vejamos algumas de
sua brilhantes obras:
13. As institutas da religião Cristã (Inicio do
Século XVI – Obra de João Calvino
reformador francês nascido em 1509, ao
todo foram oito edições de suas institutas,
que compunham os principais aspectos da
fé Cristã, como: Conhecimento de Deus,
condição humana, Deus que se revela,
doutrina das Escrituras, Deus trino,
criação, providencia, predestinação e
muitos outros. Todos esses temas são
abordados pelo grande reformador em sua
Teologia sistemática.
14. As 95 teses de Lutero fixadas na porta da
catedral de Wittemberg em outubro de
1517. O que deu inicio a reforma
protestante que combatia os excessos do
papismo e combatia fortemente as
indulgencias como forma de salvação.
Lutero foi aquele pelo qual Deus
novamente resgatou a doutrina da
justificação única e exclusivamente pela fé
um dos temas principais da reforma, foi
esse que desencadeou todos os outros.
16. Da reforma em diante a Teologia
Sistemática ortodoxa teve alguns bons
avanços e alguns grandes teólogos, que
mesmo estando já mortos, auxiliam
muitas igrejas e seminários com suas
obras, alguns deles são: John Knox,
John Wesley, Jacobs Arminius, John
Stott, Donald Gee, e tantos outros que
no decorrer desse curso serão
abordados.
17. Hoje em dia ainda nos restam bons Teólogos
que diretamente estão ligados ao
desenvolvimento das doutrinas da Igreja
universalmente falando, tanto da ala
Reformada, como da ala Pentecostal. Alguns
exemplos para pesquisas dos alunos:
Augustus Nicodemus Lopes, Louis Berkhof,
Stanley Horton, Esdras Costa Bentho, Antônio
Gilberto, R.C. Sproul, Franklin Ferreira, Roger
Olson, Wayne Grudem, Norman Geisler, Paulo
Romeiro, Hank Hanegraaff, John Piper dentre
outros.
18. 1° Matéria - Bíbliologia
Definição de Bibliologia: A Palavra Bíblia
é de origem grega. Significa: “Rolo
pequeno de Papiro”, diminutivo de
Biblos , que significa: “Folha de Papiro
preparada para a escrita”. A palavra
bíblia foi usada pela primeira vez, pelo
patriarca de Constantinopla: João
Crisóstomo em 398 – 404 d.C.
19. Sintetizando: Bibliologia é o estudo da
bíblia em todos os seus aspectos desde
o material usado para sua confecção
primitiva onde os originais eram
escritos, seus autores, sua inspiração
Divina, e seu desenvolvimento histórico,
seus diferentes tipos de textos e
diversos outros assuntos relacionados a
mesma;
20. Material de Confecção dos
originais das Sagradas Escrituras
No tempo que foi escrita a Bíblia não
existia papel como hoje, muito menos
as máquinas impressoras. A Bíblia foi
escrita à mão, e em diversos materiais,
como cerâmica, papiro e pergaminho.
21. CERÂMICA: conhecida como a arte
mais antiga da humanidade. O barro
servia para fazer desde vasos, até
chapas, nas quais se escrevia. Muitos
textos bíblicos foram escritos nesses "
tijolos“
22. PAPIRO: planta originária do Egito. Nascia
e crescia espontaneamente às margens do
Rio Nilo, chegando até a altura de 4 metros.
Do Egito o papiro passou para a Síria,
Sicília e Palestina (onde foi escrita a Bíblia).
Do papiro era feita uma espécie de folha de
papel para nela se escrever. Seu caniço era
aberto em tiras e prensado ainda úmido. O
papiro era ainda usado na fabricação de
barcos e cestos. Dizem que 3.000 a.C os
egípcios já escreviam no papiro. Tais folhas
eram escritas só de um lado e depois
guardadas em rolos. Daí que veio a palavra
BÍBLIA. A folha tirada do caule do papiro
chamava-se BIBLOS.
23. PERGAMINHO: feito de couro curtido de carneiro.
Começou a ser usado como "papel" na cidade de
Pérgamo, pelo rei Éumens II 200 a.C. Pérgamo era uma
importante cidade da Ásia Menor. Os egípcios, com
inveja da grande importância da biblioteca de Pérgamo,
não quiseram mais vender papiro para os moradores
daquela cidade. Por isso, o rei de Pérgamo se viu
obrigado a usar outro material para a escrita, que foi a
pele de ovelha. O pergaminho se espalhou rapidamente
para outras regiões.
Os pergaminhos, assim como as folhas de papiro, não
eram "encadernados" num livro como fazemos hoje. Os
antigos ligavam umas folhas às outras e faziam "rolos".
Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/catequese/crisma/apostila/01/imaculada/biblia/02.htm
24. As diversas facetas de seus
escritores
A cristandade com toda certeza deve
considerar um grande milagre a bíblia mesmo
sendo escrita por mais de 40 autores, ter em
sua essência a mesma mensagem sem
contradição alguma, só há uma explicação
para isso, a inspiração Divina de seus autores.
É isso que nos afirma o apóstolo Pedro
vejamos: “Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas
homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo”. Lembremo-nos que a
Palavra de Deus primeiro foi falada e depois
registrada a nós.
25. Vejamos algumas das diferenças dos hagiógrafos das
Sagradas letras:
Suas nacionalidades e características: Temos de Moisés um
descendente de hebreus nascido no Egito e criado sobre suas
ciências e costumes e que ainda por cima foi príncipe , a
Pedro um galileu iletrado pescador, uma pessoa simples de
sua região um trabalhador comum, temos Tiago irmão de
nosso Senhor um judeu que se converteu muito
provavelmente após ver Jesus ressurreto, a quem foi dado a
característica de justo por seu estilo de vida extremamente
piedoso, temos Samuel aquele que foi, juiz, profeta e
sacerdote em Israel, Esdras um escriba que pode ser
considerado o segundo legislador de Israel, e o que dizer de
Paulo que apesar de ser um verdadeiro Judeu nasceu na
Cilicia berço da cultura do mundo antigo, homem culto e um
erudito acima da média, considerado por muitos como filósofo,
teólogo e muitos outros títulos que podem ser lhe dado,
todavia concerteza o que mais lhe dava alegria era o de
Apóstolo dos gentios ou até mesmo sem sombra de dúvidas o
de escravo de Cristo.
26. Enfim irmãos, esse grande milagre de
diversidade tanto cultural, como étnica
dos hagiógrafos das Escrituras só
podem ser explicadas pela soberania
de Deus e como foi exposto acima pela
sua plena inspiração das Escrituras
como um todo.
27. As Línguas dos originais das
Escrituras
As Escrituras em seus originais foram
escritas em três linguagens diferentes a
primeira foi o hebraico língua original do
povo judeu, a segunda língua em que as
Escrituras foram escritas é o aramaico que
era a língua dos sírios de ramificação
semítica, a terceira foi o Grego linguagem
predominante no mundo antigo desde a
expansão do império de Alexandre o
grande, em que foi escrito todo o Novo
Testamento.
28. O hebraico foi a língua em que foi escrito a maioria do Antigo
Testamento. Era a língua falada pelos hebreus e,
atualmente, é a língua oficial do estado de Israel. Apenas
alguns trechos do Antigo Testamento foram escritos em outra
língua, no caso, o aramaico.
O aramaico era um grupo de dialetos muito ligado à língua
hebraica. Era falado não só em Israel, mas também em
vários outros países da época no mundo bíblico (2 Rs 18.
26). Os trechos bíblicos do Antigo Testamento que foram
escritos em aramaico são: Ed 4. 8-6, 18; Ed 7. 12-26; Dn 2.
4-7, 28 e Jr 10. 11). Todo o restante do Velho Testamento foi
escrito originalmente em hebraico.
Já no Novo Testamento temos como língua original o grego.
Ele não foi escrito no grego clássico, mas em um grego
popular que é chamado de grego Coiné.
Fonte: http://www.esbocandoideias.com/2012/02/em-que-linguas-a-biblia-foi-escrita-originalmente.html
29. Os diferentes textos das
Escrituras
Texto Receptus: As primeiras versões impressas do
Novo Testamento Grego foram feitas tendo como
base o Textus Receptus. O Textus Receptus era
baseado em alguns dos manuscritos chamados
“Bizantinos” (porque acredita-se que sua origem
seja o Império Bizantino) ou “Majoritários” (porque
são a maioria dos manuscritos atualmente
preservados). O Textus Receptus foi utilizado para a
maioria das traduções da Bíblia até o final do século
XIX. A tradução original de Almeida utilizou o Textus
Receptus. Eles também foram os textos que a
Almeida usou para traduzir a Bíblia para o
português. Atualmente, a Almeida Corrigida Fiel, a
Almeida Revista e Corrigida e a Bíblia Livre usam o
Textus Receptus.
30. Texto Crítico: É o texto do Novo Testamento conforme os
procedimentos da crítica textual. Também é conhecido
como Texto Minoritário por ser mais fortemente baseado na
minoria dos manuscritos do Novo Testamento atualmente
existentes, porém sendo alguns deles consideravelmente
antigos, até do segundo século depois de Cristo.
Deve-se esclarecer que não há um único "texto crítico", pois em
diversos trechos há dúvidas do texto originalmente
estabelecido. Todavia é comum chamar de "Texto Crítico" a
todas as edições que mantém semelhanças ao texto mais
utilizado atualmente, o Novum Testamentum Graece, tais como
o texto de Westcott e Hort (The New Testament in the Original
Greeek) e as primeiras edições Eberhard e Erwin Nestle, entre
outras. Elas se baseiam em sua maior parte no Texto-tipo
Alexandrino.
31. Características de cada um dos
textos
Receptus ( Bizantino, Majoritário):
(a) Baseado em uns 5000 (cinco mil)
manuscritos gregos (a maioria);
(b) Tais manuscritos não são os mais
antigos (séculos oito, nove, dez, etc).
(c) Tais manuscritos possuem poucas
variantes textuais entre si.
(d) Foi o texto da reforma.
32. Crítico (Minoritário):
(a) Baseado apenas em cinco manuscritos
gregos;
(b) Tais manuscritos são os mais antigos
existentes (séculos quatro, cinco).
(c) Tais manuscritos possuem muitas
variantes textuais entre si;
33. Algumas diferenças entre um e
outro
Enquanto o texto Receptus declara tudo o que
está abaixo o texto crítico omite.
Omite referência ao Nascimento Virginal
em Lucas 1.27
Omite referência à Divindade de Cristo
em 1 Timóteo 3.16
Omite referência à Divindade de Cristo
em Romanos 14.10,12
Omite referência ao sangue de Cristo
em Colossenses 1.14
34. Cosiderações
Mesmo com essas variantes tanto do
texto Receptus como do texto Crítico,
nenhuma doutrina do Cristianismo foi
afetada, e todas as referências
postadas acima sobre a omissão de
algumas passagens no texto Crítico,
não interferiram na sua forma ortodoxa
e existem varias outras passagens que
as corroboram.
35. Bíblias que utilizam o texto
Receptus
Willian Tyndale 1526
Genebra 1588
King James Bible (Authorized Version de 1611)
Valera 1569, 1602 TR, 1999
Lutero 1545 pela TBS – Trinitarian Bible Society
Almeida 1681/1753 e suas legítimas herdeiras:
“Almeida Revista e Reformada” (1847) “Almeida
Revista e Correcta” (1875) “Almeida Revista e
Corrigida”.
A edição 1894 (para Portugal) foi 100% TR.
ACF – Almeida Corrigida e revisada, Fiel ao texto
original (1995).
Bíblia de estudo Scofiel – Sociedade Biblica
Trinitariana – ACF.
36. Que utilizam o Texto Crítico
ARA – Almeida Revista e Atualizada – 1976
AR – Almeida Revisada … Melhores Textos – 1995
NIV – New International Version – 1986
NVI – Nova Versão Internacional – 1994, 2001
BLH – Bíblia na Linguagem de Hoje – 1988
BBN – Bíblia Boa Nova – 1993
BV – Bíblia Viva – 1993
Bíblia Alfalit – 1996;
Bíblia CEV = Contemporary English Version
NASB – New American Standard Bible – 1977
Bíblia Thompson – contemporânea
Biblia NTLH – Nova Tradução na linguagem de hoje
Biblia DAKE de Estudo
Biblia SHEDD
TNM – Tradução Novo Mundo – 1967 [dos Testemunhas
de Jeová]
37. Formas de traduções das
Escrituras
Nos slides anteriores conseguimos
constatar as formas do texto sagrado,
agora nos vamos ater, as suas duas
formas de tradução, que são a
equivalência formal e dinâmica.
Expliquemos essas duas formas:
38. Equivalência Formal: O modo de
tradução por equivalência formal é
aquele que prima a tradução das
Escrituras palavra por palavra, pra que
seus leitores se aproximem cada vez
mais dos textos originais.
39. Equivalência Dinâmica: O modo de
interpretação conhecido como equivalência
dinâmica, prima pela interpretação do
sentido do texto e não palavra por palavra
como o formal, seu objetivo é apenas
passar a mensagem principal do texto
sagrado e não se preocupa muito com o
sentido original de algumas palavras que
segundo seu conceito são retrógadas e de
difícil interpretação para os leitores
modernos.
40. Vejamos alguns exemplos:
Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó
se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma. Sl. 22.29 - Almeida
Corrigida Fiel.
Todos os opulentos da terra hão de comer e adorar, e todos os que descem ao pó se
prostrarão perante ele, até aquele que não pode preservar a própria vida. Sl. 22.29 -
Almeida Revista e Atualizada.
Todos os poderosos da terra comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se
prostrarão perante ele, os que não podem preservar a vida. Sl. 22.29 – Almeida Século
21
Todos os ricos da terra se banquetearão e o adorarão; haverão de ajoelhar-se diante
dele todos os que descem ao pó, cuja vida se esvai. Sl. 22.29 – NVI
Os ricos também comerão à mesa do Senhor e o adorarão. Todos os homens que
descem ao pó se curvarão diante dele com os rostos no chão, todos os que um dia vão
morrer. Sl. 22.29 – Bíblia Viva
Todos os orgulhosos se curvarão na sua presença, e o adorarão todos os
mortais, todos os que um dia vão morrer. Sl. 22.29 - Nova Tradução Linguagem de
Hoje
41. Você pode perceber que os textos que usam a
equivalência formal são fieis ao texto hebraico, onde
encontramos a palavra Nvd - dashen, esta palavra
realmente segundo o léxico de Strong e o léxico de
Chavez significa alguém gordo, ela é usada no
sentido figurado para alguém que é próspero ou
ficou próspero. A palavra Gordo neste contexto não
faz muito sentido para nós brasileiro, pois não trás a
idéia de alguém Próspero, a idéia do verso não
fica clara, fica obscura, mas se olharmos o
contexto do Salmo 22, o salmista anuncia que
chegará um tempo onde até os poderosos (ricos) se
prostrarão diante do Messias, isto fica claro nas
versões que usam a equivalência dinâmica e
funcional , como no caso da NVI,BV e NTLH.
42. Vejamos os Pontos Fortes e
Fracos de Cada Tradução
Por Equivalência Formal: “O ponto fraco da
primeira tentativa é que em idiomas e
culturas diferentes nem sempre os vocábulos
se equivalem e têm a mesma exatidão.
(como por exemplo, a palavra gordo que para
nós, tem outro sentido). O modelo de
tradução “pensamento por pensamento” (isto
é E.D) tem também seus pontos vulneráveis.
Isto fica evidente quando procuramos
determinar como um autor usa os mesmos
termos em lugares diferentes com o mesmo
significado.” Professor do Novo Testamento Robert H.Stein
43. Por Equivalência Dinâmica: “Há perigos
em se fazer paráfrases, assim como há
valores. Pois sempre que as palavras
exatas do autor não forem traduzidas a
partir das línguas originais, existe a
possibilidade de que o tradutor, não
obstante sua honestidade, possa estar
transmitindo ao leitor... algo que o escritor
original não quis dizer.”
Professor do Novo Testamento Robert H.Stein
44. Opinião
Partindo do ponto da pregação e
exposição das Escrituras considero de
maior valia a equivalência formal pois
como foi exposto acima é aquela que se
aproxima mais da forma original do texto e
por consequência é melhor para aqueles
que são expoentes das Palavra de Deus.
Todavia a tradução por equivalência
dinâmica é muito útil e devocionais e casa,
e também para se entender o sentido do
texto quando esse na formal foge de nosso
entendimento cultural.
45. Vulgata Latina, Septuaginta e
demais traduções
A Vulgata: Vulgata é a forma latina abreviada
de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata
lectio, respectivamente "edição, tradução ou
leitura de divulgação popular" - a versão mais
difundida (ou mais aceita como autêntica) de
um texto.
No sentido corrente, Vulgata é a tradução
para o latim da Bíblia, escrita entre fins do século
IV início do século V, por São Jerónimo, a pedido
do Papa Dâmaso I, que foi usada pela Igreja
Cristã e ainda é muito respeitada. Traduzida dos
originais do Hebraico no V.T e do Grego no N.T,
com excessão dos salmos.
46. Nos primórdios do Cristianismo, quando o
número de cristãos crescia em diversas
regiões do Império Romano, um grave
problema se apresentou. Esses novos
cristãos, de língua latina, não conheciam o
grego, idioma no qual foram escritos (ou para
ele traduzidos), os livros das Sagradas
Escrituras.
Nasceu então a necessidade de versões em
latim para os livros sagrados. Essas primeiras
traduções foram feitas por homens, de um
modo geral, de cultura duvidosa (não
dominavam o grego e muito menos o latim),
usando como base a tradução grega dos
LXX ou Septuaginta.
47. Dessa forma, as cópias das Sagradas
Escrituras se multiplicavam criando grande
confusão. Pior que isso, o texto sagrado
acabou corrompendo-se. Ao que tudo indica,
a primeira dessas controversas versões
surgiu no fim do século dois da Era Cristã,
nas províncias romanas ao norte da África.
Na primeira metade do século IV, surgiu uma
versão européia que Santo Agostinho
chamava de “Ítala” (italiana).
Em 366, inicia-se o pontificado de São
Dâmaso I. Entre 383 e 384, ele pede a São
Jerônimo que revise todas as traduções
feitas até então a fim de elaborar uma última
e definitiva versão em latim.
48. São Jerônimo nasceu em algum lugar
próximo à Emona (atual Croácia). Aos trinta
anos fez-se monge na Síria onde aprendeu o
grego, o hebraico e o aramaico. Para cumprir
a missão dada por Dâmaso, durante quinze
anos Jerônimo procurou cópias, comparou
textos, consultou a ciência dos rabinos e
os Mishna (livros que influenciaram mais
tarde os judeus e os islâmicos). Na biblioteca
de Orígenes, da Escola de Cesaréia,
encontrou a Héxapla (seis colunas), uma
versão da Septuaginta que continha o texto
em hebraico e diversas versões gregas em
colunas paralelas.
49. O primeiro grande resultado alcançado foi a
versão latina do Novo Testamento. Jerônimo
utilizou-se de uma das antigas versões latinas
chamada “Vetus Latina”, além de usar o texto em
grego dos evangelistas. Porém, não parou por aí.
Traduziu também todo o Antigo Testamento
diretamente do hebraico para o latim, rejeitando a
versão dos LXX. Nesta tradução, excluiu os livros
escritos diretamente em grego, considerando-os
não canônicos.
Nascia assim a Vulgata. Uma versão das
Sagradas Escrituras escrita em um latim de estilo
popular e fácil, porém elegante. Dada a excelente
qualidade do trabalho feito por São Jerônimo, ela
tornou-se de domínio indiscutível na Igreja latina.
50. A denominação Vulgata consolidou-se na primeira
metade do século XVI, sobretudo a partir da
edição da Bíblia de 1532 tendo sido
definitivamente consagrada pelo Concílio de
Trento, em 1546. O Concílio estabeleceu um texto
único para a Vulgata a partir de vários manuscritos
existentes, o qual foi ratificada mais uma vez como
a Bíblia oficial da Igreja(Católica), confirmando
assim os outros concílios desde o século II, e a
essa versão ficou conhecido como Vulgata
Clementina.
Após o Concílio Vaticano II em 1961, por
determinação de Paulo VI, foi realizada uma
revisão da Vulgata, sobretudo para uso litúrgico.
Esta revisão, terminada em 1975, e promulgada
pelo Papa João Paulo II, em 25 de abril de 1979, é
denominada Nova Vulgata e ficou estabelecida
como a nova Bíblia oficial da Igreja Católica .
51. Criticas a Vulgata
Alguns críticos sem fundamento algum,
tentam desvalorizar esse grande trabalho
feito por Jeronimo que foi um dos mais
piedosos eruditos da igreja primitiva,
dizendo que ele traduziu o nome de Jesus
de forma errada e pagã o que há foi
provado por diversos eruditos que é uma
grande mentira pois antes da vulgata, já
circulavam manuscritos em Latim que
traziam o nome de Jesus como nos é
traduzido hoje.
52. A Septuaginta
Septuaginta é o nome da versão da Bíblia hebraica para
o grego koiné, traduzida em etapas entre o terceiro e
o primeiro século a.C. em Alexandria.
Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução da bíblia
hebraica para o grego, língua
franca do Mediterrâneo oriental pelo tempo de Alexandre, o
Grande.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos
Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa
setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de
cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a
história, teriam completado a tradução em setenta e dois
dias.
A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da
Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega e foi usada
como base para diversas traduções da Bíblia.
53. A Septuaginta inclui alguns livros não
encontrados na bíblia hebraica. Muitas
bíblias da Reforma seguem o cânone
judaico e excluem estes livros adicionais.
Entretanto, católicos romanos incluem
alguns destes livros em seu cânon e
as Igrejas ortodoxas usam todos os livros
conforme a Septuaginta. Anglicanos,
assim como a Igreja oriental, usam todos
os livros exceto o Salmo 151, e a bíblia
do rei James em sua versão autorizada
inclui estes livros adicionais em uma parte
separada chamada de Apocrypha.
54. As duas Histórias da
Septuaginta
A versão lendária:
A história mais popular da tradução da septuaginta é envolta
em mito e lenda. Segundo Aristéias, um judeu helênico do
século II a.C., Ptolomeu Filadelfo preparou sua corte em
Alexandria e se dedicou a aumentar sua biblioteca ali para
conter tantos livros quanto possível. O presidente da
biblioteca, Demétrio, falou ao rei sobre os livros da Lei dos
judeus e pediu ao rei que os tivesse em grego na biblioteca.
Segundo este relato, Filadelfo enviou setenta e dois
estudiosos hebreus, seis de cada tribo de Israel, para a
empreitada. Ele colocou estes homens na ilha de Faros, onde
cada um trabalhou em separado em sua própria tradução,
sem a consulta entre si. Segundo a lenda, quando foram
comparar seu trabalho, as setenta e duas cópias mostraram-
se idênticas.
Esta história, talvez improvável, convenceu a muitos (como
Agostinho) que a septuaginta tinha uma qualidade
sobrenatural (inspirada).
55. Criticas a essa versão: H. D. Williams, vice-
presidente da Dean Burgon Society publicou
um estudo detalhado, no qual defende que a
Septuaginta nunca existiu e não passa de
um mito. Os defensores da Septuaginta
alegam que Jesus Cristo e os apóstolos
citaram a Septuaginta. Dr. Williams alega
que foi Orígenes quem utilizou o grego do
Novo Testamento para traduzir em grego o
Velho Testamento na sua obra Héxapla. Dr.
Williams argumenta que esta coluna da
Héxapla, escrita por Orígenes, hoje é
chamada de "Septuaginta", porque a
Septuaginta, propriamente dita, não existe.
56. A versão mais razoável: A versão mais razoável e
provável de toda a questão é que pelo fato de
existirem muitos Judeus espalhado além da
palestina nos dois últimos séculos a.C,
principalmente no Egito, em Alexandria, Judeus
zelosos de seus costumes pela falta de habito
com o hebraico, e por consequência o medo da
perda da intimidade com os textos sagrados e
seus ritos religiosos tenham traduzido
primeiramente o pentateuco e um pouco depois
os profetas. Esses escritos tomaram grande
proporção e logo se espalharam por todo o
mundo e ao que tudo indica já na época de Jesus
onde o grego era altamente difundido no
comércio, ela fazia parte inclusive dos textos
sagrados dos Judeus da palestina.
57. Mais uma caraterística marcante dessa
informação é que o texto da septuaginta
está repleto de alguns fatores literários
de Alexandria o que corrobora com a
informação dada acima.
58. Jesus e os Apóstolos Utilizaram
a Septuaginta?
Tudo indica que sim vejamos algumas
das passagens em que isso ocorre:
“Então José mandou buscar Jacó, seu pai,
e toda sua parentela, em número de
setenta e cinco pessoas. Desceu Jacó
para o Egito e aí morreu, ele e também
nossos pais” – Atos 7,14-15. Neste casso
Estevão usa a Septuaginta pois na versão
hebraica, são setenta pessoas e não 75.
59. Os cinco nomes que faltam no texto hebraico
foram preservados na Septuaginta, em Gên.
46,20, onde Makir, filho de Manassés, e
Makir, filho de Galaad (=Gilead, no hebraico),
são apontados, posteriormente, como os dois
filhos de Efraim, Taam (Tahan, no hebraico) e
Sutalaam (Shuthelah, no hebraico) e seu filho
Edon (Eran, no hebraico).
60. Outro exemplo, ainda usando as citações de
Estevão, é o nome de um deus pagão que
se encontra em Atos 7. 43. Estevão citou-o
como Renfã. Acontece que esta citação é de
Amós 5.26. No texto hebraico o nome do
deus é Quijum ou Quijum. Estevão citou a
versão da Septuaginta que traz Renfã e não
Quijum do texto hebraico.
Um exemplo é o uso que Jesus faz da
versão Septuaginta que se encontra em Sua
resposta ao diabo em Mt. 4.4. O texto hebreu
em Dt. 8.3 diz: “da boca do Senhor”; a
Septuaginta diz “da boca de Deus.” É este
último que Jesus cita.
61. Conclusões sobre a
Septuaginta
Ao que tudo indica essa parece ser uma
versão confiável das Escrituras, pelo fato de
ter se difundido rapidamente pelo mundo e
também aceita ao que tudo indica por Jesus
pelos Apóstolos e por grande parte dos pais
da Igreja, inclusive Agostinho. Contudo não
descartamos os estudos dos originais
hebraicos do V.T, pois Lucas por ser um grego
pode muito bem ter contextualizado as falas
dos personagens a Septuaginta afim de um
maior entendimento de seus leitores, todavia
essa não é a posição mais razoável.
62. Mais algumas Informações
É sempre bom salientar que com a efusão do
Evangelho pelo mundo muitos outros escritos em
diversas línguas existem ainda hoje, vejamos alguns
exemplos:
Versão siríaco Velha. Contém os quatro evangelhos,
copiada por volta do século quarto. Duas cópias
existem hoje.
Siríaca Peshitta. Esta foi a versão standard sírio, criou
cerca de 150-250 dC. Mais de 350 exemplares do que
existe hoje.
Siríaco palestino. Sobre 400-450 AD.
Philoxenian. 508 dC. Policarpo fez esta tradução.
Harkleian siríaco. 616 dC, por Thomas de Harkel.
63. Etíope. Século IV, a partir do grego LXX; Mais de 2.000 cópias do
manuscrito que existem hoje. Alguns estudiosos dizem sexto século.
Memphitic. Circulou no Baixo Egito sobre o quarto século do grego.
Thebaic. Projetado para Alto Egito, sobre o quarto século do grego.
Sahidic. No início do século III no Egito
Bohairic. Quarto século. Cerca de 100 cópias manuscritas já
existem.
Médio egípcio. Quarto ou quinto século.
Gótico, escrito em língua alemã, mas com o alfabeto grego, por
Ulphilas (falecido AD 388), dos quais apenas fragmentos do Antigo
Testamento permanecem; Cerca de 6 textos parciais existem hoje.
Armênio, cerca de 400 dC; cerca de 2.600 cópias manuscritas
existem hoje. Traduzido de uma Bíblia grega.
Eslavo, no século IX, para a Morávia antiga. Mais de 4.000 cópias
manuscritas existem hoje.
Árabe. Cerca de 75 cópias manuscrito existem hoje.
Persa. Apenas duas cópias manuscritas existem hoje.
Anglo-saxão. Sete cópias manuscritas existem hoje.
Georgiano. Quinto século.
Núbia. Século VI.
64. Pergaminhos do mar Morto
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de
centenas de textos e fragmentos de texto encontrados
em cavernas de Qumran, no Mar Morto, no fim da
década de 1940 e durante a década de 1950. Foram
compilados por uma doutrina de judeus conhecida
como Essênios, que viveram em Qumran do século II
a.C. até aproximadamente 70. Porções de toda a Bíblia
Hebraica foram encontradas, exceto do Livro de Ester e
do Livro de Neemias. Os manuscritos incluem
também Livros apócrifos e livros de regras da própria
seita. Os Manuscritos do Mar Morto são de longe a
versão mais antiga do texto bíblico, datando de mil anos
antes do que o texto original da Bíblia Hebraica, usado
pelos judeus. Atualmente, estão guardados no Santuário
do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
65. Os manuscritos do Mar Morto foram
casualmente descobertos por um grupo de
pastores de cabras, que em busca de um de
seus animais localizou, em 1947, a primeira
das cavernas com jarros cerâmicos contendo
os rolos de papíro. Inicialmente os pastores
tentaram sem sucesso vender o material em
Belém. Mais tarde, foram finalmente vendidos
para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro
ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém e
para Eleazar Sukenik, da Universidade
Hebraica, em dois lotes distintos.
66. Sua Importância para o canôn: Antes da descoberta
dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais
antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época
do nono e do décimo século da era cristã. Havia
muitas dúvidas sobre a confiabilidade dessas
cópias. A análise dos textos encontrados mostra que
os textos hebraicos eram bastante fluidos antes de
sua canonização. Há textos que são quase idênticos
ao texto massorético embora haja fragmentos do
livro do Êxodo e de Samuel com diferenças
significativas das cópias modernas.
Mas o Professor Júlio Trebolle Barrera, membro da
equipe internacional de editores dos Rolos do Mar
Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran]
fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto
bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas
mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e
cuidadosa."
67. Anteriormente, os eruditos achavam que as
diferenças na Septuaginta talvez resultassem
de erros ou mesmo de invenções deliberadas
do tradutor. Agora, os rolos revelam que
muitas das diferenças realmente se deviam a
variações no texto hebraico. Isto talvez
explique alguns dos casos em que os
primeiros cristãos citavam textos das
Escrituras Hebraicas usando fraseologia
diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5;
Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e
fragmentos bíblicos fornece uma excelente
base para o estudo da transmissão do texto
bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto
confirmaram o valor tanto da Septuaginta
como do Pentateuco samaritano para a
comparação textual.
68. Os textos de Qumran datam desde o
final do terceiro século a.C. até o ano 70
d.C. (a maior parte deles foi produzida
entre 150 a.C. e 40 d.C.). Eles foram
escritos em hebraico e aramaico, à
exceção dos fragmentos da caverna 7,
todos em grego.
69. Textos Massoréticos
Texto massorético é o
texto hebraico da Bíblia utilizado com a
versão universal da Tanakh(ou Bíblia
hebraica) para o judaísmo moderno, e
também como fonte de tradução para
o Antigo Testamento da Bíblia Cristã,
inicialmente pelos católicos e,
modernamente, também por tradutores
protestantes.
70. Origem do nome: Em torno do século VI, um
grupo de competentes escribas judeus teve por
missão reunir os textos considerados inspirados
por Deus, utilizados pela comunidade hebraica,
em um único escrito. Este grupo recebeu o nome
de "Escola de Massorá". Os "massoretas"
escreveram a Bíblia de Massorá, examinando e
comparando todos os manuscritos bíblicos
conhecidos à época. O resultado deste trabalho
ficou conhecido posteriormente como o "Texto
Massorético".
O termo "massorá" provém na língua
hebraica de mesorah ( מסורה, alt. מסורת) e indica
"tradição". Portanto, massoreta era alguém que
tinha por missão a guarda e preservação da
tradição.
71. O Ápice dos textos do mar morto foram
ter corroborado com, de forma
significativa com a obra dos massoretas,
o que mostra que a bíblia vem sendo
preservada em sua integridade e
fidelidade para o povo de Deus.
72. Pentateuco Samaritano
Pentateuco Samaritano ou Torá Samaritana é o nome que se
dá à Torá usada pelos judeus samaritanos. Os samaritanos
recusam o restante dos livros do Tanakh, aceitando apenas
sua Torá como livro inspirado. Os samaritanos os rejeitam por
não aceitá-lo como vindo de Deus.
O Pentateuco samaritano está escrito no alfabeto samaritano, que
é diferente do hebraico e era a forma de escrita usada antes
do cativeiro babilônico (cerca de 597-586 a.C). Além da linguagem
diferente, existem outras discrepâncias entre o Texto
Massorético e a Torá Samaritana. Um exemplo é que na versão
samaritana dos Dez Mandamentos, onde Deus conclama o povo
que construa o altar no Monte Gerizim. O Pentateuco Samaritano
ficou conhecido mundialmente, quando Pietro della Valle trouxe
de Damasco em 1616 uma cópia do texto.
Mesmo assim essa versão do texto samaritano não é absoluta.
Em Q'umran foram encontrados fragmentos do texto que
combinam com o Texto Massorético, como por exemplo não
trazer nenhuma referência ao Monte Gerizim, uma clara
adulteração por parte dos Samaritanos.
73. Os Códices da Bíblia
A partir do quarto século depois de Cristo,
os livros cristãos passaram a ser escritos
em codex, palavra derivada de caudex,
que era uma tabuinha coberta de cera na
qual se escrevia com um estilete metálico.
Reunidos por um cordão que passava por
orifícios feitos no alto dos exemplares, à
esquerda, os códices ficavam em forma de
livro, portanto bem mais práticos de serem
manuseados que os antigos rolos.
74. SINAÍTICO – Códice Alef
Produzido em cerca de 325 d.C., contem todo o
Antigo Testamento grego, além das epístolas de
Barnabé e parte do Pastor de Hermas. Foi
encontrado pelo sábio alemão Constantino
Tischendorf, em 1844, no mosteiro de Santa
Catarina, situado na encosta do Sinai.
Tischendorf viu 129 páginas do manuscrito numa
cesta de papel, para serem lançadas no fogo.
Percebendo o seu enorme valor, levou-as para a
Europa. Nesse mesmo ano, ele descobriu 43
folhas de velino contendo porções da
Septuaginta (I Crônicas, Jeremias, Neemias e
Ester). Este pesquisador descobriu que as
páginas desse manuscrito eram utilizadas pelos
monges para acender o fogo.
75. Em 1859 ele voltou ao mosteiro e encontrou
as páginas restantes. Doada por seu
descobridor a Alexandre II, da Rússia, essa
preciosidade foi posteriormente comprada
pela Inglaterra pela vultosa quantia de cem
mil libras esterlinas. Está no Museu
Britânico desde 1933, e é considerada a
testemunha mais importante do texto bíblico
por sua antiguidade, precisão e ausência de
omissão. Junto com o Vaticano, o Sinaítico
é considerado um dos dois manuscritos
mais importantes existentes. Ele é o único
que contém o Novo Testamento completo.
76. ALEXANDRINO – Códice A
De meados do quarto século d.C., contem o Antigo
Testamento grego e quase todo o Novo Testamento,
com omissões de 24 capítulos de Mateus, cerce de
quatro de João e oito de 2 Coríntios. Contém ainda
a Primeira Epístola de Clemente de Roma e parte
da Segunda. É o melhor testemunho existente do
texto do Apocalipse. Em 1708 esse códice foi dado
de presente ao patriarca de Alexandria, que lhe deu
a designação que ostenta até hoje. Está no Museu
Britânico. Foi provavelmente escrito em Alexandria,
no Egito. Não chega a alcançar o elevado padrão
dos manuscritos Vaticano e Sinaítico.
77. VATICANO – Códice B
Este famoso uncial em velino, datado do inicio do século IV, está
escrito em grego e contém o texto completo da Septuaginta,
com exceção dos livros dos Macabeus e da Oração de
Manassés. Datado do século IV (350 ou 325 d.C.). Não era
conhecido pelos estudiosos textuais até 1475, quando foi
catalogado na Biblioteca do Vaticano, em Roma, pertencente à
Igreja Católica Romana. Contém 759 folhas, sendo 617 no
Antigo Testamento e 142 no Novo Testamento. Esse manuscrito
é considerado como a melhor cópia conhecida do Novo
Testamento. É interessante notar que não incluiu Marcos 16.9-
20, porém o escriba deixou mais de uma coluna vazia nesse
lugar, como se conhecesse esses versículos, mas estivesse
indeciso quanto a incluí-los o não.
78. EPHRAEMI RESCRIPTUS – Códice C
Também conhecido como códice palimpsesto. Este manuscrito
continha todo o Antigo e Novo Testamento. Conservam-se
atualmente só os textos de Jó, Provérbios, Eclesiastes,
Sabedoria, Eclesiástico e Cântico dos Cânticos, e do Novo
Testamento ainda preservam-se parte do todos os livros, exceto 2
Tessalonicenses e 2 João. Suspeita-se que se originou em
Alexandria, no Egito, e é datado do início do século V (por volta de
450). Este manuscrito foi raspado, por isso é chamado
de polimpsesto. O texto sagrado foi apagado par que nesses
pergaminhos se escrevessem os sermões de Ephraem, pai da
igreja do século IV, por essa razão foi chamado de Manuscrito
Ephraemi Rescriptus. Por meio de solução química, o Dr.
Tischendorf foi capaz de decifrar as escritas quase invisíveis dos
pergaminhos. Esse manuscrito está conservado na Biblioteca
Nacional de Paris.
79. BEZAE – Códice D
Também chamado de Códice de Cambridge, datado
por volta do século V ou VI. Este é o mais antigo
manuscrito conhecido em dois idiomas; é um códice
Greco-latino. A página esquerda é grego, enquanto o
texto correspondente em latim fica do lado oposto, à
direita. Foi descoberto em 1562, por Teodoro de Beza,
teólogo francês, no mosteiro de Santo Irineu, em Lyon
na França. Com algumas omissões, contêm os
Evangelhos e Atos, os primeiros na ordem chamada
ocidental: Mateus, João, Lucas e Marcos. Em 1581,
Beza o entregou a Universidade de Cambridge. Há,
ainda, vários outros códices de menor importância,
expostos em museus e bibliotecas de vários países do
mundo. Somente de livros do Novo Testamento,
completos ou em fragmentos, conhece-se hoje 156.
80. LECIONÁRIOS
Esses manuscritos incluem um grupo de materiais
chamados "lecionários". O termo "leitura" refere-se a
uma passagem escolhida na Escritura, destinada a
ser lida nos serviços públicos. Assim sendo, um
lecionário é um manuscrito especialmente arranjado e
copiado com este propósito. Alguns eram unciais e
outros cursivos. A maioria deles foi extraída dos
Evangelhos, mas existem alguns de Atos e das
Epístolas. Os estudos mostram que eles foram
copiados com mais cuidado do que um manuscrito
comum; portanto, fornecem cópias excelentes para
comparações. Mais de 1800 lecionários foram
enumerados.
81. CÓDICE DE LENIGRANDO
O Códice de Leningrado ("Codex Leningradensis, L")
catalogado com a sigla "Firkovich B 19", é um dos mais
antigos e completos manuscritos do texto
massorético da Bíblia hebraica, escrito em pergaminho e
datado de 1008 d.C., de acordo com o Colophon (book), é a
cópia completa mais antiga das Escrituras Hebraicas do
mundo. Este manuscrito serve como texto básico para
modernas traduções da Bíblia, e encontra-se na famosa
Biblioteca Pública de São Petersburgo Leningrado, Rússia.
Atualmente, o Códice de Leningrado, é o mais
importante texto Hebraico reproduzido na Rudolf Kittel's Bíblia
Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica
Stuttgartensia (BHS), (1977). Serve também como uma fonte
para que eruditos trabalhem na recuperação de detalhes nas
partes faltantes do Codex de Aleppo.
82. Sobre os Códices
Esses são os diversos códices
preservados ao longo da história e são
de grande valia para estudiosos das
Escrituras e para comparações afim de
que se chegue a uma melhor
compreensão dos textos sagrados. E
ainda existem alguns outros aqui não
citados.
83. A bíblia em capítulos e
versículos
Os primeiros a dividirem as Escrituras
Sagradas em porções menores para facilitar
sua leitura foram os judeus . Eles dividiram
a Lei (Torá) em 54 seções
chamadas parashiot (divisões).
Os profetas (neviim) também eram divididos
em 54 trechos
chamados haftarot (despedidas). Essas
divisões tinham uma intenção litúrgica, já que
determinadas porções do texto eram lidas ao
longo dos sábados durante o ano. Não há
consenso entre os rabinos a respeito da
origem dessas divisões.
84. Os cristãos da igreja primitiva também
pensaram num método de divisão que
facilitasse a leitura da Bíblia. Eles
fracionaram o Novo Testamento em
seções visando facilitar a localização de
determinados trechos da Escritura. Isso
pode ser visto em alguns manuscritos
do século V (Mateus tinha 68
capítulos, Marcos 48, Lucas 83 e João
18).
85. Na Idade Média, em 1220, Estephen
Langton, futuro arcebispo de
Canterbury, foi o responsável pela divisão
em capítulos. A primeira Bíblia dividida
desse modo (uma versão latina) foi
realizada em paris e ficou conhecida como
a Bíblia parisiense. Em 1525, Jacob ben
Jayim publicou uma bíblia
rabínica em Veneza, que continha os
capítulos de Langton. A divisão feita por
Langton permanece até os nossos dias.
Fonte: http://numinosumteologia.blogspot.com.br/2009/10/quem-pos-os-capitulos-e-os-
versiculos.html
86. O crédito da divisão da Bíblia em versículos é dado
ao dominicano italiano Santos Pagnino, que
publicou em Lião, em 1528, a primeira Bíblia
organizada nessas subdivisões menores. No
entanto Robert Stephanus, um editor protestante,
fez mudanças no seu trabalho. Em relação ao
Antigo Testamento fez pequenos retoques. No que
diz respeito ao Novo Testamento, reelaborou todo o
trabalho de Pagnino. Stephanus também fez a
subdivisão
dos livros apócrifos (ou deuterocanônicos, como
preferem os católicos) de Tobias, Judite, 1 e 2
Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc.
Pagnino não havia trabalhado nesses
livros. Stephanus publicou o primeiro o Novo
Testamento em 1551, depois a Bíblia completa,
em 1555. Seu modo de dividir o texto bíblico foi
mais tarde adotado em todo o mundo.
87. Em 1572 foi publicada a
primeira Bíblia hebraica com versículos.
Finalmente o Papa Clemente VIII fez publicar
uma nova versão da Bíblia, em latim,
para uso oficial da Igreja, pois o texto anterior,
de tanto ser copiado à mão, tinha-se
deformado. A obra apareceu no dia 9 de
novembro de 1592 e foi a primeira edição da
Igreja Católica com a já consagrada divisão de
capítulos e versículos.
88. Um Fato histórico de Grande
importância
Foi a tradução da Bíblia feita por Erasmo de Roterdã no
Século XVI, um teólogo e humanista holandês que
traduziu a toda a Bíblia das línguas originais, seguindo o
lema renascentista “Ad Fonts”, o que culminou em uma
grande perda para a igreja romana já que sua versão da
vulgata estava repleta de seus dogmas antibíblicos, um
exemplo claro disso está em Mt 4:17 onde a Palavra
“Arrependei-vos”, era traduzida por “Penitenciai-vos”, afim
de que se sustentasse o dogma das penitencias no
processo da salvação, fazendo assim uma grande
distorção nas verdades das Escrituras. Outra passagem
muito conhecida e que foi desqualificada por Erasmo é a
de Lc 1:28 onde o anjo chama Maria de “agraciada”, mais
na versão católica isso era traduzida por “cheia de graça”,
afim de se defender os dogmas acerca de Maria.
89. Sobre o desenvolvimento do
Canon das Escrituras
Todos podemos crer e experimentar o
poder da Palavra vivificante de Deus,
todavia a Bíblia como a temos hoje foi
se formando ao longo de 1600 anos. E
é sobre todos os aspectos que
envolveram esse advento é que nós nos
aprofundaremos agora.
90. O Canon do Antigo Testamento
Foram diversos aspectos que culminaram
na formulação do Canon do V.T. Citaremos
algumas:
Inspiração de Deus – Deus deu o primeiro
passo na canonização da Bíblia, quando ele
mesmo os inspirou. O povo de Deus não
teria como reconhecer a inspiração de um
livro, se Deus mesmo não tivesse dotado os
39 livros que compõem o Velho Testamento,
de autoridade divina.
91. Reconhecimento por parte do povo de Deus –
Quando Deus dotava algum livro de
autoridade, seu povo o reconhecia. Este
reconhecimento ocorria imediatamente pela
comunidade para a qual o livro foi destinado.
Os escritos de Moisés foram reconhecidos
em seus dias(. 24:3), como também os de
Josué(Js. 24:26), os de Samuel(1 Sm. 10:25)
e os de Jeremias(Dn. 9:2). Este
reconhecimento seria confirmado pelos
crentes do Novo Testamento e também por
Jesus.
92. Coleção e preservação pelo povo de Deus –
O povo de Deus colecionava e guardava sua
Palavra. Os escritos de Moisés foram
colocados na arca(Dt. 31:26). As palavras de
Samuel foram colocadas num livro e o pôs
perante o Senhor(1 Sm. 10:25). A lei de
Moisés foi preservada no templo nos dias de
Josias(2 Rs. 23:24). Daniel tinha uma coleção
da lei de Moisés e dos profetas(Dn. 9:2; 6:13).
Os crentes do Novo Testamento tinham toda
escritura do Velho Testamento(2 Tm. 3:16),
tanto a Lei como os Profetas(Mt. 5:17).
93. Reconhecimento por parte de Jesus –
O mais importante de tudo isso é salientar o
valor que nosso Senhor deu para as
Escrituras veterotestamentárias, ele em
diversas partes do N.T, se achou no V.T e o
descreveu como base para seu ministério
dizendo que era ele mesmo que testificava
de sua divindade e ministério como Cristo.
Cf: Jo 5:39; Mt 5:17; Lc 24:27. Todo o V.T são
39 livros inspirados por Deus.
94. O Canon do Novo Testamento
Visto que Deus fez uma nova aliança com
seu povo (Hb 8:8) logo se presume por
necessidade que necessitaríamos de um
Novo Testamento, não no sentido que que o
Velho Testamento não sirva pra mais nada,
muito pelo contrário ele é tão importante
quanto o novo, mais no tocante ao que esse
Novo Testamento nos explica mais
abertamente aquelas coisas que nos eram
um mistério e figuras no Velho Testamento.
95. Sua Formulação e critérios
utilizados para isso.
Assim como foram apresentados
argumentos sólidos sobre a inspiração
divina de todo o V.T, dessa mesma
forma, procuraremos apresentar
diversos motivos pelos quais o N.T,
também é de total inspiração Divina e
digno de toda a aceitação da Igreja.
96. O próprio mandado de Nosso Senhor –
Assim como na antiga aliança, Deus mais uma vez por sua
vontade escolhe 12 homens aos quais lhes da o nome de
Apóstolos, homens esses que tinham única e exclusivamente a
autoridade de falar e escrever em nome do próprio Deus. (Cf: At
15:7; At 22:14; 1 Co 14:17; At 16:4; Cl 4:16) Nesses três textos as
Escrituras nos declaram abertamente a autoridade Apostólica
constituida por Cristo. E o que dizer então da autoridade dada por
Deus a Paulo homem esse que não aprendeu o Evangelho de
homem algum mais Deus alguma forma miraculosa lhe
apresentou sua Palavra(Cf: Gl 1:12), e da própria citação de
Paulo sobre o Evangelho de Lucas e sua autenticidade como
Escrituras(Cf: 1 Tm 5:18 B), e sobre a declaração de Pedro de
que as cartas Paulinas estavam no mesmo crivo de autoridade de
os Escritos antigos(2 Pd 3: 15 e 16). Fora também o Apocalipse
que foi uma visão dada do próprio Deus a João(Cf : Ap 1:1). Vale
também nos lembrar do argumento de Paulo na carta ao Efésios
de que a Igreja é constituida sobre o fundamento dos Apóstolos e
dos Profetas do qual a Pedra Principal é Cristo(Cf: Ef 2:20).
Baseado nessas afirmações podemos constatar verdadeiramente
toda inspiração Neotestamentária.
97. Afirmações dos Pais da Igreja –
No começo de sua formulação o Canon tinha
cada parte de seu completo em algumas igrejas e
regiões. Vejamos algumas afirmações dos Pais
da Igreja sobre sua autenticidade e valia na Igreja
Primitiva.
Escritos atribuídos aos apóstolos circularam entre
as primeiras comunidades cristãs. As epístolas de
Paulo estavam circulando, talvez em formulários
recolhidos, até o final do século I d.C . Justino, o
Mártir, em meados do século 2, menciona as
"Memórias dos Apóstolos", como sendo lidas no
Domingo junto com os "Escritos dos Profetas ".
Um canon de quatro evangelhos (o chamado
Tetramorfo) foi afirmado por Irineu, cerca de 180
d.C., que se refere a ele diretamente.
98. No início dos anos 200 d.C., Orígenes pode ter
estado usando os mesmos vinte e sete livros como
no cânone católico do Novo Testamento, embora
ainda houvesse disputas sobre a canonicidade da
Carta aos Hebreus, Tiago, II Pedro, II e III João e
Revelação (Apocalipse de João), conhecido como
o Antilegomena. Da mesma forma, o fragmento de
Muratori evidência que, talvez no inicio de 200,
existia um conjunto de escritos cristãos um pouco
semelhante ao canon de vinte e sete livros atuais
do Novo Testamento, que incluía quatro
evangelhos e argumentava contra objeções a elas.
Assim, enquanto houve uma boa medida de debate
na igreja primitiva sobre o cânon do Novo
Testamento, os principais escritos são alegados
terem sido aceito por quase todos os cristãos, em
meados do século 3 d.C.
99. Em sua carta de Páscoa de 367, Atanásio,
bispo de Alexandria, deu uma lista dos livros
que viria a ser o cânon de vinte e sete livros do
Novo Testamento , e ele usou a palavra
"canonizado" (kanonizomena) no que diz
respeito a eles. O primeiro conselho que
aceitou o presente cânon do Novo Testamento
pode ter sido o Sínodo de Hipona no norte da
África (393 d.C.), os atos deste Concílio, no
entanto, são perdidos. Um breve resumo dos
atos foi lido em e aceitos pelos Concílios de
Cartago em 397 e 419. Esses concílios foram
sob a autoridade de Santo Agostinho, que
considerava o cânon como já foi fechado.
100. Alguns embates sobre quais
seriam os Livros Canônicos
Nos primeiros séculos da Igreja primitiva
houveram alguns embates sobre quais livros
eram verdadeiramente canônicos . No
primeiro grupo definido antes do século II,
estavam os quatro Evangelhos, Atos, as treze
epistolas de Paulo, 1 Pedro e 1 João. Sete
não foram reconhecidos imediatamente,
porque alguns não traziam o nome do autor,
como a epistola ao Hebreus. Livros como o
Apocalipse e a epístola de Tiago também
foram alvo de discussões da Igreja.
101. Havia também muitos escritos cristãos
apócrifos: “Atos”, epístolas e “
apocalipses”, sendo a maioria deles de
conteúdo tendencioso ou legendário.
Alguns eram até anticristãos. Tais obras
jamais fizeram parte de qualquer lista de
livros potencialmente canônicos.
102. Enfim o Fechamento do Canon
A decisão quanto ao Canon definitivo do
Novo testamento foi tomada no concílio
de Hipona no ano 393, e confirmada
pelo concilio de Cartago, quatro anos
depois. Foram aprovados os 27 livros
que compõem nossa Bíblia hoje e
também todo o Velho testamento 39
Livros. Enfim a Palavra de Deus estava
totalmente revelada a nós.
103. Livros apócrifos e
pseudoepígrafos
Livros Apócrifos: No dia 8 de Abril de 1546, o
concilio de Trento, publicando seu dogma sobre a
regra de fé: “Houve por em que a este decreto se
ajuntasse o index dos livros sagrados, para que
não possa haver dúvida alguma sobre quais são
os que o mesmo sínodo recebe”. Segue-se então
uma lista que incluem não somente os livros do
antigo e do novo Testamento, mais também os
livros apócrifos que são: Tobias, Judite, Sabedoria,
Eclesiástico, Baruc, e acréscimos aos livros de
Ester e Daniel. O concilio então conclui: “Se
alguém não receber por sagrados e canônicos
estes livros inteiros em todas as partes [...] seja
anátema”. Vejamos o porque de esse livros não
serem aceitos por nós protestantes.
104. Rejeição por Evidência Externa: Os Apócrifos
não foram incluídos em qualquer lista de
escritos canônicos nos quatro primeiros séculos
da era Cristã, fato admitido pelos católicos.
Esses livros não foram considerados parte da
regra de fé pela igreja romana antes do concilio
de Trento em 1546. E muito provavelmente só
aceito para se diferenciar da Bíblia protestante.
Até essa época, os primeiros teólogos da igreja
romana os rejeitavam. Os Judeus a quem “as
Palavras de Deus”, foram confiadas (Rm 3:2),
nunca aceitaram os apócrifos como canônicos.
Não são citados por Jesus nem pelos Apóstolos
e são repudiados até por escritores Judeus,
como Filo e Flavio Jusefo.
105. Rejeição por evidência interna: Os próprios
livros apócrifos não alegam ter autoridade
Divina. Pelo contrário alguns dizem o contrário
vejamos: “Sois, portanto, convidados [...] a
serdes indulgentes onde, a despeito do esforço
de interpretação, parecemos enfraquecer
algumas expressões” Prólogo Eclesiástico;
Bíblia de Jerusalém. Esses livros contém
informações que contradizem a história. Baruc,
por exemplo principia dizendo que o autor que
estava na Babilônia, mas Jeremias diz que ele e
o profeta estavam no Egito( Jr 43: 6 e 7).
106. Os apócrifos são contraditórios entre si.
Lemos em Macabeus três versões para a
morte de Antíoco( 1 Macabeus 6:4 a 16; 2
Macabeus 1:16 a 16 e 9:28). Sabedoria
supostamente escrito por Salomão, cita uma
passagem de Isaías, profeta que viveu 250
anos depois do rei de Israel. Muitas coisas
nos apócrifos são contrárias aos preceitos e
doutrinas das Escrituras. O suicídio é louvado
em (2 Macabeus 14: 41 ao 46), e encantos e
adivinhações são sancionados em diversos
lugares. Pelas razões apontadas acima,
concluímos que os livros chamados apócrifos
são indignos de ser incluídos no cânon das
Escrituras.
107. Testemunho dos pais da Igreja
ORÍGENES: No terceiro século a.D., Orígenes (que morreu em
254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo
Testamento, preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25.
Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e
do Texto Massorético), inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é
declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de
Macabeus estão “fora desses [livros canônicos]”.
TERTULIANO: Tertuliano (160-250 d.C.) era aproximadamente
contemporâneo de Orígenes. Declara que os livros canônicos são
vinte e quatro.
HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo
vinte e dois.
ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da
igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e
alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e
do Antigo Testamento, exceto Ester.
108. JERÔNIMO: Jerônimo (340-420. a.D.) fez a
seguinte citação: “Este prólogo, como
vanguarda, com capacete das Escrituras, pode
ser aplicado a todos os livros que traduzimos do
hebraico para o latim, de tal maneira que
possamos saber que tudo quanto é separado
destes deve ser colocado entre os apócrifos.
Portanto, a sabedoria comumente chamada de
Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e
Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o
Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon.
Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em
hebraico; o Segundo foi escrito em grego,
conforme testifica sua própria linguagem”.
109. Os Pseudoepígrafos: Esses Livros são: )
Salmos de Salomão: 18 salmos semelhantes
aos canônicos que denunciam a classe
dominante opressora e defendem a causa dos
pobres e piedosos.
Livro dos Jubileus: Narra de forma verossímil
o discurso de Deus a Moisés no dia 16 de Sivã
do primeiro ano do Êxodo que é um convite a
subir ao monte a fim de receber as tábuas da
Lei. Em seguida, Metatron, o Anjo da Presença
( Teofania), por ordem de Deus narra a História,
desde a Criação até aquele momento. De
autoria essênia.
110. Livro de Enoque: Composto pelo Livro de Enoque original,
citado por Judas; pelo Livro de Noé, Que é um fragmento do
Livro de Lameque; pelo Apocalipse das Semanas; e pelo
Apocalipse dos Símbolos dos Animais. O livro original, que
não é de autoria de Enoque ( bem como o Livro de Lameque
não é de Lameque), gozava de credibilidade na Igreja
Primitiva. A Igreja Católica o baniu no Século VI.
O Testamento dos Doze Patriarcas: Livro composto de
doze obras, em sua maioria essênias, sobre os Doze
Patriarcas, com extensa escatologia e apologia à Ética.
A Profecia dos Dois Messias, que não é de origem
essênia, surge no Testamento de Simeão e no Testamento
de Dã. O Testamento de Levi chama seu protagonista de
sacerdote em paralelo com Jubileus 32:1.
111. A Assunção de Moisés: Livro que conta
inicialmente a designação de Josué como
sucessor de Moisés e a morte de Moisés. A
atual apresentação do livro possui suas três
primeiras linhas apagadas, a inserção de um
livro essênio de ficção à época de Herodes, e
sua conclusão está fragmentada. O livro
original não é essênio.
O Martírio de Isaías: É a narrativa essênia
dos fatos que antecederam a morte do
Profeta pelas mãos de Manassés.
112. A Vida de Adão e Eva: Narrativa essênia
sobre as revelações da vida de Adão e Eva
contadas a Moisés pelo Arcanjo Miguel.
A Carta de Aristéias: É o relato sobre a
tradução grega da Torah, a Septuaginta, escrita
por uma pessoa envolvida na obra.
Segundo Livro de Baruque: Apocalipse
narrando da Destruição de Jerusalém ao
Reinado do Messias.
113. Porque não aceita-los? Pelos mesmos
motivos citados aos apócrifos, são cheio de
lendas Judaicas, e jamais fizeram parte do
canôn do Velho Testamento, são livros
históricos que contém sim fatos históricos
verdadeiros mais jamais devem ser
considerados como inspirados por Deus.
114. Alguns fatos Históricos
Um fato histórico de grande importância
para que a Igreja formulasse o cânon
das Escrituras, foi uma heresia datada
por volta do ano 140 d.C. Conhecida
como Marcionismo, pelo fato de seu
percussor se chamar Marcião, que
afrontava e dissimulava os escritos
antigos segundo sua convicção herética
chegando até a formar seu próprio
cânon repleto de omissões e erros.
115. Algumas características dessa
heresia
Não aceitava de forma alguma o V.T,
dizendo que esse demonstrava um Deus
irado e mal ao contrário de Jesus o Deus
do N.T, criando assim uma dualidade de
dois deuses um bom e outro mal, segundo
sua concepção herética.
Não aceitava os escritos dos outros
apóstolos nem as cartas pastorais de
Paulo, se referia aos escritos dos outros
apóstolos como sendo contaminado por
judaizantes e judaísmos.
116. Formou seu próprio cânon que continha o
Evangelho de Lucas e as outras dez cartas
paulinas. Lhes manipulou segundo seu bel
prazer e segundo suas convicções
heréticas
Anulou do Evangelho de Lucas, as
passagens do nascimento de Jesus pois
não aceitava seu nascimento virginal e dizia
que em algum momento do mundo antigo
ele apareceu subitamente na história.
Anulou todas as passagens onde Jesus
chama Deus de Pai afim de sustentar sua
idéia de que o Deus do V.T é um Deus
cruel.
117. Não entendia as consequências do
pecado e a justa punição de Deus
considerando-o assim um Deus mal,
zombava da criação de Deus, e da forma
ao qual Deus escolheu para que
nascêssemos. Dizia ele: Nascemos entre
as fezes e a urina?.
Se utiliza do batismo pelos mortos.
Para ele Cristo não veio em carne,
apenas parecia que tinha um corpo real,
uma espécie de ilusão, aí podemos
apreciar sua aproximação com o
gnosticismo.
118. Marcião pregava sobre duas ou três
forças principais: A força de um Deus
bondoso; que Cristo mostrou ao mundo;
as forças do mal, governadas pelo
Maligno, e o criador do mundo, que é
finito, imperfeito, e irado Deus dos judeus.
Jesus nada tem a ver com o Messias
anunciado no AT; sua morte era uma
ilusão, ainda que tivesse um sentido.
119. Marcião cortou (dentre outras coisas) todo
o relato do nascimento e do ministério de
João Batista de sua edição do evangelho
de Lucas, já que o relato ligava
intimamente a história de Jesus com a
ordem do Antigo Testamento, que Marcião
repudiava .
Pregava e praticava o ascetismo, como
disciplina pessoal e era contra o
casamento, o comer carne e beber vinho.
Só aceitava batizar casados desde que
estes se abstivessem de toda relação
sexual.
120. Marcião foi excomungado em 144 d.C. E
morreu em 160 d.C. Mais sua seita se
propagou por mais duzentos anos até sua
total extinção. Ao se encontrar com
Policarpo um dos mais ilustres bispos e
martirie de Cristo, Marcião o Perguntou:
Sabes quem eu sou? Logo Policarpo o
respondeu: Tu és o primogênito de
Satanás. Demonstrando assim seu repúdio
a doutrina Marcionista. Alguns consideram
Marcião como o pai do Racionalismo e até
o intitulam como um dos primeiros a
aderirem o que chamamos hoje de alta
crítica.
121. Alguns Benefícios dessa
heresia a Igreja
O Marcionismo foi importante para que
a igreja despertasse e formulasse de
uma forma ordeira seu próprio Canon e
também para que formulasse seu
credos afim de expressar
sistematicamente suas verdadeiras
crenças.
122. A história de JFA e a Bíblia em
Português
João Ferreira de Almeida: (Torre de
Tavares, Portugal, 1628 — Java,
Indonésia, 1691) foi uma importante
personalidade do protestantismo
português, especialmente conhecido por
ter traduzido a Bíblia para a língua
portuguesa.
123. Inicio de Sua vida:
Filho de pais católicos, João Ferreira de Almeida nasceu
na localidade de Torre de Tavares, concelho de
Mangualde, em Portugal. Ficou órfão ainda em criança e
veio a ser criado na cidade de Lisboa por um tio que era
membro de uma ordem religiosa. Pouco se sabe sobre a
infância e início da adolescência de Almeida, mas afirma-
se que teria recebido uma excelente educação visando a
sua entrada no sacerdócio. Não se sabe o que teria
levado Almeida a sair de Portugal mas talvez isso se
devesse à forte influência exercida pela Inquisição em
Portugal. Viajou para a Holanda e, aos 14 anos,
embarcou para a Ásia, passando pela Batavia (atual
Jacarta), na ilha de Java, Indonésia. Naquela época, a
Batávia era o centro administrativo da Companhia
Holandesa das Índias Orientais, no sudeste da Ásia.
124. Conversão ao protestantismo:
Ao velejar entre Batávia e Malaca, na Malásia,
Almeida, aos 14 anos de idade, leu um folheto
protestante, em espanhol, intitulado “Diferencias
de la Cristandad” (Diferenças da Cristandade).
Este panfleto atacava algumas das doutrinas e
conceitos católicos, incluindo a utilização de
línguas incompreensíveis para o povo comum,
tal como o latim, durante os ofícios religiosos.
Isto provocou um grande impacto em Almeida
sendo que, ao chegar a Malaca, converteu-se à
Igreja Reformada Holandesa, em 1642, e
dedicou-se imediatamente à tradução de trechos
dos Evangelhos, do castelhano para o
português.
125. Tradutor da Bíblia:
Dois anos mais tarde, João Ferreira de Almeida lançou-se num
enorme projeto: a tradução do Novo Testamento para o português
usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo
Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569.
Almeida usou também como fontes nessa tradução as versões:
Latina (de Beza), Francesa (Genebra, 1588) e Italiana (Diodati,
1641) – todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi
concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16
anos de idade. Apesar da sua juventude, enviou uma cópia do texto
ao governador geral holandês, em Batávia. Crê-se que a cópia teria
sido enviada para Amsterdã mas que o responsável pela publicação
do texto faleceu resultando no desaparecimento do trabalho de
Almeida. Em 1651, ao lhe ser solicitada uma cópia da sua tradução
para a Igreja Reformada na ilha de Ceilão, (atual Sri Lanka),
Almeida descobriu que o original havia desaparecido. Lançando-se
de novo ao trabalho, partindo de uma cópia ou rascunhos
anteriores do seu trabalho, Almeida concluiu no ano seguinte uma
versão revista dos Evangelhos e do livro de Atos dos Apóstolos. Em
1654, completou todo o Novo Testamento mas, uma vez mais, nada
foi feito para imprimir a tradução, sendo realizadas apenas algumas
poucas cópias manuscritas.
126. Almeida entrou no ministério da Igreja Reformada
Holandesa, primeiramente como “visitador de doentes” e,
em seguida, como “pastor suplente”. Em 1656, foi
submetido a exame em matérias teológicas e, tendo sido
aprovado, foi ordenado para o ministério pastoral e
missionário. Serviu primeiro em Ceilão e depois na Índia,
sendo considerado um dos primeiros missionários
protestantes a visitar aquele país. Visto que servia como
missionário convertido, ao serviço de um país estrangeiro, e
ainda devido à exposição direta do que considerava ser
doutrinas falsas da Igreja Católica, bem como à denúncia
de corrupção moral entre o clero, muitos entre as
comunidades de língua portuguesa passaram a
considerara-lo apóstata e traidor. Esses confrontos
resultaram num julgamento por um tribunal da Inquisição
em Goa, Índia, em 1661, sendo sentenciado à morte por
heresia. O governador geral da Holanda chamou-o de volta
a Batávia, evitando assim a consumação da sentença.
127. Em 1676, Almeida apresentou o seu trabalho de tradução do
Novo Testamento ao consistório da Igreja Reformada em
Batávia, para revisão. As relações entre Almeida e os
revisores da tradução ficaram tensas, especialmente devido
a diferenças de opinião sobre o significado de algumas
palavras e sobre o estilo do português usado. Isto resultou
em grandes demoras no trabalho de revisão, sendo que
quatro anos depois ainda se discutiam os capítulos iniciais
do Evangelho de Lucas. Almeida decidiu assim, sem o
conhecimento dos revisores, enviar uma cópia para a
Holanda visando a sua publicação. Apesar da reação
negativa do consistório em Java, a versão em português do
Novo Testamento foi finalmente impressa em Amsterdã, em
1681, tendo as cópias chegado à Ásia no ano seguinte. No
entanto, os revisores conseguiram fazer valer a sua posição,
introduzindo alterações ao trabalho de Almeida. O governo
holandês concordou com a insatisfação de Almeida e
mandou destruir toda a primeira impressão. Ainda assim,
Almeida conseguiu salvar algumas cópias sob a condição de
que, até nova impressão, os erros principais fossem
corrigidos à mão.
128. Os revisores em Batávia reuniram-se
novamente para completar a verificação do
Novo Testamento e avançar para o Velho
Testamento à medida que Almeida o fosse
completando. Em 1689, já com a saúde
bastante abalada, Almeida deixou o trabalho
missionário para se dedicar em pleno ao
trabalho de tradução. Veio a morrer em
1691 enquanto traduzia o último capítulo de
Ezequiel. Coube ao seu amigo Jacobus op
den Akker completar a tradução em 1694.
129. Tradução após a morte de Almeida
A segunda edição do Novo Testamento em português, revista pouco
antes da morte de Almeida, veio a ser publicada em 1693. No
entanto, alguns historiadores afirmam que, uma vez mais, esta
segunda edição foi desfigurada pela mão dos revisores. Perdendo-
se a motivação para a continuação do trabalho de tradução da Bíblia
para o português na Ásia, foi a pedido dos missionários
dinamarqueses em Tranquebar, no sul da Índia e então parte da
Índia Dinamarquesa, que uma sociedade inglesa, a Society for
Promoting Christian Knowledge, em Londres, financiou a terceira
edição do Novo Testamento de Almeida, em 1711. Durante o Século
XIX, a British and Foreign Bible Society e a American Bible Society
distribuíram milhares de exemplares da versão de Almeida em
Portugal e nas principais cidades do Brasil. Isto resultou em tornar a
Tradução João Ferreira de Almeida um dos textos mais populares
das Escrituras em língua portuguesa, sendo especialmente usada
pelos evangélicos lusófonos.
Atualmente é editada no Brasil principalmente pela Sociedade
Bíblica do Brasil e pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil
Fonte: Wikipédia
130. As divisões da Bíblia
Como já aprendemos a Bíblia é uma
coleção de livros inspirados por Deus, e
dentre esses tantos livros existem
diversos gêneros literários, Vejamos:
132. Poéticos e de Sabedoria: Jó, 42 capítulos.
Salmos, 150 capítulos. Provérbios, 31
capítulos. Eclesiastes, 12 capítulos. Cântico
dos cânticos, 8 capítulos.
Profetas Maiores: Isaías 66. Jeremias 52,.
Lamentações de Jeremias 5. Ezequiel 48.
Daniel 12.
Profetas Menores: Oséias 14. Joel 3. Amós
9. Obadias 1. Jonas 4. Miquéias 7. Naum 3.
Habacuque 3. Sofonias 3. Ageu 2. Zacarias
14. Malaquias 4.
133. NOVO TESTAMENTO:
Evangelhos(Biográficos): Mateus 28. Marcos
16. Lucas 24. João 21. Os três primeiros
evangelhos são chamados de sinópticos
devido aos paralelismos nos seus textos
narrados.
Epístolas Paulinas: Romanos 16, I Coríntios
16, II Coríntios 16. Gálatas 6. Efésios 6.
Filipenses 4. Colossenses 4. I
Tessalonicenses 5. II Tessalonicenses 3.
134. Epístolas Gerais: Hebreus 13. Tiago 5,. I
Pedro 5. II Pedro 3. I João 5. II João 1. III
João 1. Judas 1.
Históricos: Atos dos Apóstolos 28.
Profético: Apocalipse 22.
Total: 1189 Capítulos.
135. O Conceito de Inerrância
Infalibilidade, inspiração das
Escrituras
Textos Base para o conceito de
Inerrância e Inabilidade Bíblica:
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça;(II Tm
3:16).
Porque a profecia nunca foi produzida por
vontade de homem algum, mas os homens
santos de Deus falaram inspirados pelo
Espírito Santo. (2 Pd 1:21)
136. Inspiração a Luz do texto
original Grego
O Conceito de Divinamente Inspirada deriva da palavra
grega: Theopneustos que literalmente significa: “Tendo
assimilado Deus”. Essa é a declaração mais importante da
Escritura sobre si mesma, significando que a Escritura é
produto do sopro divino. Portanto sendo a própria
expressão de Deus é adequadamente chamada de a
Palavra de Deus. Deus comunicou ás pessoas verdades
específicas o Espírito Santo supervisionou esse processo
por isso não houve nenhum erro nos manuscritos
originais(Traduções são suscetíveis a erros). Essa Palavra
escrita é infalível( “Não pode falhar”, Jo 10:35) e, por ser a
Palavra de Deus não é apenas inspirada; é também útil.
Sua utilidade é vista em quatro áreas : No ensino da
verdade divina as pessoas; Na reprovação ou repreensão
daqueles que estão em pecado(I Tm 5:20; 2 Tm 4:2); na
correção aos que se opõem(2 Tm 2:25); e na preparação
das pessoas afim de que andem nos caminhos de Deus.
137. Alguns conceitos de Teólogos
sobre a inspiração das Escrituras
“A INSPIRAÇÃO BÍBLICA DEVERIA SER DEFINIDA NOS
MESMOS TERMOS TEOLÓGICOS QUE DEFINEM A
INSPIRAÇÃO PROFÉTICA: A SABER, COMO O
PROCESSO INTEIRO [...] POR MEIO DO QUAL DEUS
MOVEU OS HOMENS QUE HAVIA ESCOLHIDO E
PREPARADO (cf. Jr 1:5; Gl 1:15) PARA ESCREVER
EXATAMENTE O QUE ELE QUERIA QUE FOSSE
ESCRITO, A FIM DE COMUNICAR A INSTRUÇÃO DE
SALVAÇÃO AO SEU POVO E, ATRAVÉS DELE, AO
MUNDO. ASSIM, A INSPIRAÇÃO BÍBLICA É VERBAL POR
SUA PRÓPRIA NATUREZA, POIS A ESCRITURA
RESPIRADA POR DEUS É CONSTITUIDA PELAS
PALAVRAS DADAS POR ELE” (J. I. PACKER “A Inspiração
da Bíblia” in “A origem da Bíblia. p. 45).
138. Antônio Gilberto define inspiração nos
seguintes moldes: “(...) é a influência
sobrenatural do Espírito Santo como um
sopro sobre os escritores da Bíblia,
capacitando-os a receber e transmitir a
mensagem sem mistura de erro”
(GILBERTO, Antônio. A Bíblia: o livro, a
história, a mensagem. 2 ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 1982. p. 87).
139. Louis Berkhof disse:
O significado do termo “inspiração” é um tanto
indefinido e requer uma precisão maior.
Entendemos por inspiração a influência
sobrenatural exercida pelo Espírito Santo
sobre os escritores sagrados, pela virtude do
qual seus escritos receberam autenticidade
divina, e constituem uma regra infalível e
suficiente de fé e prática (BERKHOF, Louis.
Princípios de Interpretação Bíblica. São
Paulo: Cultura Cristã, 2000. p. 39).
140. Pode-se definir a inspiração de maneira
bem simples, como segue: “A inspiração
das Escrituras é aquela influência que
Deus exerceu sobre os autores humanos
por intermédio de quem o Antigo
Testamento foram escritos” (Chafer).
•“A inspiração, quando aplicada à Bíblia, é
o sopro de Deus dentro dos homens,
habilitando-os dessa forma a receber e a
comunicar a verdade divina” (Miller).
141. “A inspiração bíblica é aquela influência do
Espírito Santo sobre certos homens
escolhidos por Deus para ensinar Sua
vontade, que os guardava de erro na
comunicação de tudo que deveria construir
uma parte da revelação divina” (Miles). Miles
acrescenta ainda: “Essa influência se
estendia: 1º - à isenção do erro no relato dos
fatos históricos; 2º - à confirmação autoritária
das verdades da revelação natural às quais
fez referência; 3º - à revelação sobrenatural,
ou seja, às verdades que só podem ser
conhecidas por revelação direta de Deus”.
142. A bíblia é Deus falando por meio do Espírito
Santo aos homens, por intermédio dos
homens” (Donald D. Turner).
“Assim notamos que Deus é a origem das
Escrituras, porque não somente impulsionou
seus autores humanos a escrever, mas
também os guiou enquanto escreviam. É
claro, portanto, que se houver erro nas
Escrituras Originais, então o erro é da parte
de Deus, o que já é um absurdo. A obra de
Deus é perfeita, e de conformidade com Seu
caráter” (Donald D. Turner).
143. Inspiração Verbal
A inspiração é verbal – A Bíblia toma para si mesma a
qualidade de inspiração verbal. Texto clássico: 2ª Tm
3:16. Declara que as graphā (textos) são inspiradas.
“Moisés escreveu todas as palavras do Senhor…” (Ex
24:4).
O Senhor ordenou a Isaías que escrevesse num livro a
mensagem eterna de Deus (Is 30:8).
Davi confessou: “O Espírito do Senhor fala por mim, e a
sua palavra está na minha boca” (2ª Sm 23:2).
Era a palavra do Senhor que chegava até aos profetas
no Antigo Testamento.
Jeremias recebeu esta ordem: “… não te esqueças de
nenhuma palavra…” (Jr. 26:2).
144. Jesus e os apóstolos corroboraram a inspiração verbal
sempre citando a expressão: “… está escrito…” (Mt 4:4, 7;
Lc 24:27, 44).
O apóstolo Paulo afirmou: “… falamos, não com palavras de
sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo
ensina…” (1ª Co 2:13).
João nos adverte a não “tirar quaisquer palavras do livro
desta profecia.” (Ap. 22:19).
Jesus enfatizou até mesmo os menores sinais ortográficos
de uma palavra hebraica: “Em verdade vos digo que até que
a terra e o céu passem, nem um jota ou til se omitirá da lei,
sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18)
Pedro afirmou a inspiração de seus escritos com os de
outros apóstolos (2ª Pe 3:1, 2, 15 e 16).
Portanto, vemos que fica bem clara a ideia de que a Bíblia
reivindica para si toda autoridade verbal e escrita.
145. Inspiração Plenária
A inspiração é plena - A Bíblia toma para si a qualidade
de ser totalmente inspirada por Deus, de capa a capa.
“Toda a escritura é divinamente inspirada…” (2ª Tm
3:16).
Nenhuma parte da Bíblia deixou de receber autoridade
doutrinária. Paulo foi além ao declarar ainda: “… tudo o
que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito…”
(Rm 15:4).
Jesus e todos os autores no NT deixaram bem claro que
todos os escritos do VT foram divinamente inspirados e
citaram vários trechos, para reforçar a autoridade das
Escrituras. Até os ensinos mais polêmicos como a
criação de Adão e Eva, o dilúvio, Jonas e o grande peixe
são mencionados por Jesus, deixando bem clara a
autoridade deles.
146. A inspiração plena abrange também
conceitos científicos:
o A Terra é circular, mesmo quando os
homens não acreditavam nisso (Is 40:22).
o Ensinou o ciclo hidrológico antes que
pudesse ser estudado pela ciência (Sl 104:5
- 13).
147. A inspiração atribui
autoridade
A inspiração concede autoridade indiscutível ao texto.
Disse Jesus: “… a Escritura não pode ser anulada…” (Jo
10:35).
Em diversas ocasiões Jesus recorreu à palavra de Deus
escrita, que Ele considerava juiz nas questões de fé e de
prática.
Para purificar o templo – Mc 11:17
Pôr em cheque a tradição dos fariseus – Mt. 15:3-4
Para resolver divergências doutrinárias – Mt 22:29
Para confrontar Satanás – Mt 4:4, 7 e 10
Encontramos total autoridade das Escrituras em outra
declaração de Jesus: “É mais fácil passar o céu e a terra
do que cair um til sequer da lei” (Lc 16:17).
148. Implicações da doutrina
bíblica da inspiração
Existem algumas coisas, que embora
não estando explicitamente
apresentados na doutrina da inspiração,
acham-se implícitos. Vamos verificar 3
deles:
149. a) A inspiração diz respeito igualmente ao VT e NT
A maioria das passagens citadas acima explicitamente se
referem a textos do VT. Com base em que podemos afirmar
que o NT também faz parte das Escrituras?
I. O NT, assim como o VT, reivindica ser também Escritura
Sagrada, e toda Escritura é divinamente inspirada;
II. 2ª Tm 3:16 – A referência explícita aqui é ao VT. Porém
sendo o NT parte das Escrituras, logo a referência está
implícita ao NT;
III. Pedro diz em 2ª Pe 3:16 que os escritos de Paulo fazem
parte das Escrituras do VT;
IV. Paulo cita em 1ª Tm 5:18 o Evangelho de Lucas (10:7)
como Escritura.
150. Como nem Paulo, nem Lucas fizeram parte do apostolado
original, e seus escritos estão classificados como Escritura,
por implicação direta podemos considerar o restante do NT,
escrito pelos apóstolos, como sendo Escritura Sagrada.
Se todo NT é Escritura Sagrada, e toda Escritura é
divinamente inspirada, temos então que o NT também é
inspirado por Deus.
Na verdade, os primeiros cristãos consideravam os escritos
dos apóstolos como tendo autoridade de Deus.
De acordo com 1ª Pe 1:20 e 21, todas as mensagens
escritas de natureza profética foram dadas ou inspiradas
por Deus. Visto que o NT reivindica a natureza de escrito
profético, segue-se que reclama a mesma autoridade dos
escritos proféticos do VT.
João, por exemplo, cita em Ap. 22:18 “…palavras da
profecia deste livro.”
Paulo afirmou que a Igreja está fundamentada sobre o
alicerce dos apóstolos e profetas do NT – Ef 2:20 e 3:5.
151. b) A inspiração engloba uma
variedade de fontes e gêneros
literários
A Bíblia não foi ditada palavra por
palavra no sentido comum que se atribui
ao verbo ditar. Na verdade, há certos
trechos que Deus deu diretamente ao
homem, assim como os Dez
mandamentos (Dt. 4:10). Os escritores
da Bíblia eram compositores, não meros
secretários.
152. Podemos identificar:
1) Diversos estilos na Bíblia:
I. As poderosas expressões de Isaías e os tons de lamúria de
Jeremias.
II. Construção literária complexa de Hebreus e o estilo simples de
João.
III. Linguagem técnica de Lucas com imagens pastorais de Tiago.
2) A Bíblia faz uso de documentos não-bíblicos, assim como:
I. Livro de Jasar (Js 10:13; 2ª Sm 1:18).
II. Poeta Epimenedes (At 17:28).
III. Alguns provérbios de Salomão foram editados pelos homens de
Ezequias (Pv 25:1).
IV. Lucas diz que usou muitas fontes escritas na composição de seu
evangelho (Lc 1:1 - 4).
3) A Bíblia contém muitos gêneros literários;
I. Poesia (Jó, Salmos e Provérbios).
II. Os evangelhos contêm muitas parábolas.
III. Jesus empregava a sátira (Mt 19:24).
IV. Paulo usou alegorias (Gl 4) e hipérboles (Cl 1:23)
153. A Bíblia usa linguagem comum do dia-a-dia e não
linguagem científica. Porém, isso não quer dizer que
haja negação da ciência, mas antes, usavam palavras
simples para descrever eventos científicos.
Não é anticientífico afirmar que sol permaneceu parado
(Js 10:12) do que dizer que o sol nasceu ou subiu (Js
1:15). Dizer que a rainha de Sabá veio dos confins da
Terra ou que as pessoas no pentecostes vieram de
todas as nações debaixo do céu, não é dizer coisas
com exatidão científica. Os autores usaram formas
comuns para escrever as situações.
A Bíblia foi escrita usando-se a personalidade de cada
escritor e respeitando cada tempo histórico no qual foi
escrito.
154. c) A inspiração pressupõe inerrância
A Bíblia, devido à sua inspiração divina é
também inerrante. Deus não pode cometer
erro, ou mentir. Por isso, sua Palavra é a
verdade e tudo quanto está na Bíblia, sendo
as próprias palavras de Deus, é isento de erro.
A Bíblia não é um livro de ciências, mas
sempre que a Bíblia trata de algum assunto
científico, o faz sem cometer erro.
A Bíblia não é um livro de História, porém,
sempre que a História secular se cruza com a
história bíblica, este referência é isenta de
erros.
155. A Bíblia, apesar de ter sido escrita por autores
humanos, é isenta de erros relativos à
condição pecaminosa do homem. Não há
distorção ou falsidade na Palavra por conta
disso.
Se a Bíblia não estivesse correta quanto aos
assuntos que podemos claramente comprovar,
como poderíamos crer nela quando se
tratasse dos assuntos espirituais, nos quais
não podemos comprovar por nenhuma tese
humana?
Como disse Jesus a Nicodemos: “Se vos falei
de coisas terrestres, e não crestes, como
crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:12)
156. Teorias a respeito da
inspiração
Existem 3 correntes teológicas sobre a
inspiração da Bíblia. Iremos examinar cada
uma delas, porém nem todas estão de
acordo com a própria Bíblia. São elas:
Ortodoxia: a Bíblia é a palavra de Deus.
Modernismo: a Bíblia contém a palavra
de Deus.
Neo-ortodoxia: a Bíblia torna-se a palavra
de Deus.
157. Ortodoxia
Foi por 18 séculos defendida por todos os teólogos.
Os pais da Igreja sempre ensinaram que a Bíblia é a palavra escrita de
Deus e que foi inspirada verbalmente, ou seja, é o registro escrito por
inspiração de Deus.
Esta linha de pensamento ainda se divide em duas correntes:
Ditado verbal – Deus mesmo inspirou cada palavra da Bíblia. Porém
descarta-se a idéia de que o escritor tenha sido meramente um
“secretário”. Ou seja, Deus ditou sua palavra a cada escritor, porém,
manteve-se a personalidade de cada escritor individualmente. Desta
maneira temos estilos diferentes na Bíblia, mas toda ela é obra da mesma
inspiração Divina. Deus ditou sua palavra mediante a personalidade do
autor humano.
Conceitos inspirados – Deus deu a cada autor a inspiração dos conceitos
que deveriam ser escritos e não palavra por palavra. Assim, desta forma,
cada autor estaria livre para expressar em termos humanos, cada um em
seu estilo, aquilo que Deus revelou a cada um.
158. Modernismo
Ensinam que algumas partes da Bíblia
são inspiradas e outras não. Certas partes
podem conter erros e são fruto apenas da
experiência humana e contém lendas,
mitos e fatos relativos à sua época de
escrita. Inclusive falsas crenças
relacionadas à ciência.
Só as verdades divinas incluídas nessa
mistura de ignorância antiga e erro
grosseiro, é que de fato, teriam sido
inspiradas por Deus.
159. Conceito de iluminação – As partes inspiradas da Bíblia
resultam de uma profunda percepção religiosa que Deus teria
concedido a alguns homens piedosos. Daí então houve o
registro desta percepção dada por Deus com conceitos
humanos e errôneos da época.
Conceito de intuição – Na outra extremidade da visão
modernista estão aqueles que atribuem apenas à intuição
humana o registro bíblico. Ou seja, não há nenhum elemento
divino na composição da Bíblia.
A Bíblia passa a ser somente um registro das lendas, fatos e
folclore do povo judeu dentro de sua época. Não descartam o
elevado padrão moral e algum cunho religioso, mas as
percepções espirituais são puramente naturalistas, ou seja,
aconteceram sem a intervenção divina.
160. Neo Ortodoxia
Surgiu no início do século, como uma
tentativa dos homens a se voltarem
novamente para a palavra como fonte
de revelação de Deus aos homens.
Afirmam que Deus fala aos homens
mediante a Bíblia, porém, dizem que a
Bíblia torna-se a palavra de Deus
quando há um encontro pessoal entre o
homem e Deus.
161. Visão demitizante – Dizem que a Bíblia foi
escrita em linguagem mitológica, em seu
tempo, que hoje não se aplica mais. A
tarefa do cristão moderno é demitizar, ou
seja, tirar todas as lendas e mitos e
descobrir o qual é o conhecimento real
aplicável. Desta forma, a Bíblia torna-se a
palavra Deus. A Bíblia, em si mesma, não é
a revelação alguma. Apenas quando
conseguimos extrair o verdadeiro
significado é que ela se torna a palavra de
Deus.
162. Encontro pessoal – Reconhecem que existem
imperfeições nos relatos bíblicos, porém afirmam
ser, a Bíblia, a fonte da revelação de Deus aos
homens. Assim como um cão consegue
reconhecer a voz de seu dono numa gravação
imperfeita numa fita cassete, o homem consegue,
mesmo com estas imperfeições, reconhecer a voz
de Deus impressa nas Escrituras. Assim, a Bíblia
deixa de ser a revelação direta de Deus,
passando a ser meramente um registro de Deus a
homens de Deus do passado. Toda vez que o
homem moderno lê a Bíblia, esta torna-se a
palavra de Deus para nós. Em oposição aos
ortodoxos, a Bíblia não é um registro inspirado de
Deus, mas sim escritos imperfeitos, que
constituem o testemunho singular de Deus.
163. Criticas de alguns céticos as
Escrituras
Durante toda história os Cristãos tem
combatido fortemente contra alguns
céticos que argumentam contra a
inspiração das Escrituras e sua
autoridade. Vejamos alguns dos
argumentos dos tais:
164. A Bíblia pode resistir aos ataques que
constantemente os críticos lançam contra
ela? Neste tópico adentraremos à
apologética propriamente dita. Lançaremos
mão de várias descobertas científicas
principalmente arqueológicas como meio de
refutação às criticas levantadas contra o
Antigo Testamento.
165. Por muito tempo vários episódios
descritos na Bíblia foram considerados
não históricos. Contudo, descobertas
após descobertas foram confirmando,
fatos bíblicos que outrora considerado
apenas lenda, era de fato historia real.
Daremos um pequeno resumo logo
abaixo:
166. Pessoas -
Muitas personagens bíblicas foram tidas
como não históricas mas que recentemente
as descobertas tem mostrado que eram
pessoas reais como bem descreve a Bíblia.
Eis algumas:
167. Belsazar: Tempos atrás o nome de Belsazar foi tido
como lenda. Contudo no século 19 descobriu-se alguns
cilindros com inscrições cuneiformes. O escrito
mencionava uma certa oração ao filho de Nabonido cujo
nome era Belsazar. Também havia a discrepância de
que a Bíblia mencionava-o como rei, enquanto as
inscrições o chama de filho de Nabonido, sendo ele na
verdade um príncipe. Mas novas inscrições encontradas
em escavações relatam a estreita união entre Belsazar
e Nabonido na regência do reino. Também o nome rei
podia ser dado mesmo a um regente abaixo do rei
oficial. Escavações arqueológicas feitas na Síria
descobriram uma estátua de um governante com duas
inscrições em línguas diferentes, uma delas
mencionava-o como governador a outra como rei.
168. Joaquim: Importantes inscrições babilônicas
mencionam uma lista de rações dadas a um
certo “Yaukin (Joaquim), rei de iahudu
(Judá)”.
Davi: A existência do rei Davi era
considerada como lenda até 1993 quando
foi descoberta uma pedra de basalto
contendo a inscrição “Casa de Davi”.
Provando assim que se há uma casa
(dinastia) de Davi, houve de fato um
personagem real histórico que a deu origem.
169. Balaão: Em Deir Alá, localizado no vale do
Jordão, foi descoberta uma inscrição
aramaica de meados do século VIII,
mencionando o vidente Balaão (Nm. 22-24).
170. Cidades -
Muitas cidades que outrora eram conhecidas
apenas nos relatos bíblico foram desenterradas
por escavações arqueológicas. Eis algumas
delas:
Cidades antediluvianas: Eridu, Obeide, Ereque,
Susa, Tepe Gawra, Sipar, Larsa tem sido
desenterradas com utensílios da época ainda
intactos, com isso muito dos costumes daqueles
povos primitivos foram expostos ao
conhecimento moderno.
171. Ur dos Caldeus: O arqueólogo Sir Charles
Leonard Woolley descobriu Ur dos Caldeus.
Cidades Bíblicas como Faleg e Sarug,
Nacor, Tare e Harã foram mencionadas em
textos cuneiformes encontrados em Mari
uma antiga cidade do século XIX a.C. Pelos
arquivos do palácio de Mari as cidades de
Harã e Nacor eram cidades florescentes em
1.900 a.C.
172. Siquém: “Escavações foram empenhadas em Siquém,
primeiramente pelas expedições austríaco-alemãs em
1913 e 1914; posteriormente no período de 1926 a 1934,
sob a responsabilidade de vários arqueólogos; e, por fim,
por uma expedição americana no período de 1956 a 1972
[...] A escavação na área sagrada revelou uma fortaleza
na qual havia um santuário e um templo dedicado a El-
berith, ‘o deus da convenção’. Este templo foi destruído
por Abimeleque, filho do juiz Gideão (Veja Jz 9) e nos
proporcionou uma data confiável acerca do ‘período
teocrático’. Recentemente, nas proximidades do monte
Ebal (Veja Dt 27.13), foi encontrada uma estrutura que
sugere identificar um altar israelita. Datado do 13º ou 12º
século a.C., o altar pode ser considerado como
contemporâneo de Josué, indicando a possibilidade de o
altar ter sido construído pelo próprio líder hebreu,
conforme é descrito em Deuteronômio 27 e 28″. (Horn,
Siegfried H, Biblical archaeology: a generation of
discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan,
1985, p.40).
173. Povos -
Hititas: Duvidava-se da existência deste povo
até uma escavação feita em 1905 descobrir
uma enorme quantidade de inscrições
cuneiformes. A tradução mencionava um povo
cuja Bíblia chamava de filhos de het. Os
escombros das cidades hititas foram expostos
ao mundo novamente.
174. Notas explicativas:
Muitos lugares e acontecimentos descritos na
Bíblia que outrora fora posto sob suspeita,
podem agora, graças as recentes pesquisas na
terra santa, serem verificados.
Por exemplo, até hoje existe a fonte chamada
na Bíblia de Mara (Amarga). É sabido que
naquela região os nômades atestam a
existência de fontes de águas salobras como
registra as fontes bíblicas.
175. Até hoje os beduínos conseguem tirar água
da rocha como fez Moisés devido a um
fenômeno natural daquela região. O Dr.
Halley cita um interessante comentário de
Cobern em Recent Explorations in
Palestine sobre o episódio de Números
20.8-12. Diz ele que no lugar da antiga
Cades existe até hoje ao lado de duas
fontes que jorram água viva uma fonte
extinta: “Cobern pensa que Moisés feriu a
rocha acima da fonte extinta…e estas duas
fontes brotaram…” (p. 138)