O documento descreve a instalação da República no Brasil em 1889, quando o povo assistiu à queda da monarquia de forma surpresa e sem compreender o significado do acontecimento. Também menciona a convergência entre o Exército e os fazendeiros de café que possibilitou a concretização da proclamação da República.
4. A Instalação da República
“Uma expressão bastante conhecida a respeito
da proclamação da república é aquela
proferida por Aristides Lobo, dizendo que o
povo assistiu à queda da monarquia
bestializado, atônito, sem conhecer o que
significava”.
DEL PRIORE, Mary, VENÂNCIO Renato. Uma Breve História do
Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
5. A Instalação da República
“O povo assistiu àquilo bestializado, atônito,
surpreso, sem conhecer o que significava.
Muitos acreditaram seriamente estar vendo
uma parada”
(cf. artigo escrito no dia 15, e publicado no "Diário Popular"
de 18 de novembro de 1889).
6. Viúva gaúcha foi o pivô de rivalidade histórica entre
Deodoro e Silveira Martins
Maria Adelaide, a “Baronesa de Triunfo”
7. A Instalação da República
Para a concretização desse “Fato” foi necessária
a convergência de duas forças:
♦ Exército: movido por razões corporativas e
ideológicas – busca de afirmação como
instituição, influência positivista e ideal de
purificação das instituições políticas.
♦ Fazendeiros de café: motivos essencialmente
econômicos
9. Governo Provisório
• Imediatamente à sua instituição, o governo
provisório decretou:
- Dissolução das Câmaras
- Extinção do Conselho de Estado e Senado
- Interventores para as províncias (estados)
- Banimento da Família Real
- Laicização do Estado e casamento civil
- Grande Naturalização
11. O Governo Provisório de
Deodoro
♦ Exército Versus Fazendeiros de Café (PRP)
♦ O Encilhamento
♦ Crise Ministerial
♦ A Constituição Republicana de 1891
♦
A Oposição
Constitucional
à
Deodoro
e
o
Governo
13. O Encilhamento
• Com o trabalho livre e assalariado, o dinheiro passou a ser
utilizado por todos, ampliando o mercado de consumo.
• Para atender à nova necessidade, o Governo Provisório
adotou uma política emissionista em 17 de janeiro de 1890.
O ministro da Fazenda, Rui Barbosa, dividiu o Brasil em
quatro regiões, autorizando em cada uma delas um banco
emissor. As quatro regiões autorizadas eram: Bahia, Rio de
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.
• O objetivo da medida era o de cobrir as necessidades de
pagamento dos assalariados - que aumentaram desde a
abolição - e, além disso, expandir o crédito a fim de
estimular a criação de novas empresas.
14. Crise Ministerial
•
•
•
•
Personalidade de Deodoro e os conflitos
Visão militar de governo
Incidente do porto de Torres (RGS)
Reação da opinião pública e demissão de
ministros
• Composição de ministério “monarquista”.
15. Constituição de 1891
• Promulgada
• Estabelece uma república federativa
• Voto Universal (com as exceções): apenas
para homens com 21 anos ou mais e
alfabetizados.
• Voto aberto
16. O Governo e a Renúncia
• Eleição indireta para Presidente e Vice.
• Oposição articula-se contra Deodoro e apóia
Prudente de Morais
• Vitória dos “Deodoristas”
• Antagonismo entre Governo e Congresso
• Congresso aprova Lei das “Responsabilidades
do Presidente”
• Deodoro veta a Lei e fecha o Congresso
• A Revolta da Esquadra: Custódio de Melo
• A Renúncia: 23 de novembro de 1891
18. O Governo de Floriano
♦ Autoritarismo Versus Legalidade
♦ Política Econômica e Social
♦ A Revolução Federalista e a Revolta da
Armada
♦ O Fim da República das Espadas
19. A Revolução Federalista
• Início em Fev 1893
• Forças de Gaspar Silveira Martins Versus Júlio
de Castilhos
• Combates entre “Maragatos” e “Pica-Paus”
• Apoio de Floriano aos “Pica-Paus”
• Degola: a marca da Revolução Federalista
22. A Revolta da Armada
• Início em Set 1893
• Almirante Custódio de Melo sublevou a Armada e
bombardeia o Rio de Janeiro
• A causa é questionada
• Floriano tem apoio popular e do Exército
• Revoltosos seguem para o Sul
• Saldanha da Gama permanece no Rio
• Tomada de Desterro
• Floriano compra “esquadra Flint” (esquadra de
papel)
• Mercenários dão conta dos revoltosos
31. Governo de Prudente de Morais
(1894 a 1898)
• O Poder Econômico assume as rédeas
• A Guerra de Canudos
• Atentado e morte:
♦ Anspeçada Marcelino Mello x Marechal Carlos
Bittencourt
32. A Guerra de Canudos (1896/97)
“Cangaceiros, jagunços e beatos, frutos de uma
mesma realidade: a miséria nordestina. O
nordeste, que já fora o centro econômico, político e
cultural do país, transformou-se no palco árido e
hostil onde os atores, sem perspectiva de vida
decente, encontravam na formação de grupos de
cangaceiros e jagunços, ou ainda na liderança
religiosa de um beato, a válvula de escape”.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império,
República. São Paulo: Moderna, 1992. p. 203/204.
34. Canudos
O Conselheiro anunciava para breve o fim do
mundo e não reconhecia o governo terreno da
República recém-proclamada. Em apenas três
anos Belo Monte transformou-se na segunda
maior aglomeração urbana do estado, com 25
mil habitantes, só perdendo para Salvador.
Levas e levas de sertanejos pobres
continuavam a abandonar as fazendas para ir
viver no povoado, rezar, fazer penitência e
esperar o juízo final. E o fim daquele mundo não
tardou. Pressionado pelos coronéis e pela
Igreja, o governo chamou o Exército para
dissolver
a
comunidade
mística.
http://bahia.com.br/roteiros/canudos/
39. Estado de Sítio
• Estado de sítio é um estado de exceção,
instaurado como uma medida provisória de
proteção do Estado, quando este está sob uma
determinada ameaça, como uma guerra ou uma
calamidade pública. Esta situação de exceção
tem algumas semelhanças com o estado de
emergência, porque também implica a
suspensão do exercício dos direitos, liberdades
e garantias.
• O estado de sítio não pode durar mais de 30
dias, no entanto, no caso de uma guerra, esta
medida pode ser prolongada enquanto durar o
conflito armado.
41. Governo de Campos Sales
(1898 a 1902)
• O Funding Loan (Moratória)
• A Política dos Governadores
- Coronelismo
- Política da Degola: Comissão de Verificação
de Poderes
42. O Funding Loan
• Foi uma medida econômica tomada pelo
presidente Campos
Sales e
seu Ministro
da
Fazenda, Joaquim Murtinho, em 1898. Sales fez
uma viagem para a Europa, a fim de estabelecer
conversações com os bancos credores e tentar
negociar uma saída para a questão da dívida
interna causada pela política do encilhamento e
pela herança monárquica.
• Na prática, o funding-loan era um esquema para
dar folga e garantir, através de um novo
empréstimo, o pagamento dos juros e do montante
de empréstimos anteriores.
43. Coronelismo
• Quem exercia de fato o poder local e regional no
início da história republicana brasileira eram os
coronéis. Estes eram os grandes proprietários
de terra ou os comerciantes enriquecidos, que
exerciam seu poder sobre a grande camada
da população, composta de trabalhadores
carentes e analfabetos.
44. Política dos Governadores
• A Política dos Governadores foi um pacto em
que o Governo Federal ligava-se ao governo
dos estados, e estes aos coronéis, para garantir
o acesso aos cargos de poder somente aos
desejados. Desta forma era formada a bancada
na Assembléia Legislativa sem que houvesse
qualquer tipo de oposição ao Governo Federal.
47. Governo de Rodrigues Alves
1902 a 1906
♦ Modernização e Saneamento do Rio de Janeiro
- Revolta da Vacina
♦ Convênio de Taubaté: política de Valorização do
Café
- Privatização dos Ganhos e Socialização das
Perdas
♦ Compra do Acre e construção da Ferrovia
Madeira Mamoré
- Tratado de Petrópolis: Barão do Rio Branco
48. Revolta da Vacina
(1904)
• Decreto da Vacinação Obrigatória
• Ação do médico sanitarista Osvaldo Cruz
• A Revolta Popular e militar
49. Compra do Acre
• 1899: Revolução Acreana – Plácido de Castro
• 1903: Tratado de Petrópolis
- compra por 2 milhões de libras esterlinas
- compromisso de construção da Ferrovia
• 1904: o presidente Rodrigues Alves sancionou
a lei que criava o Território do Acre.
• 1962: o presidente João Goulart transforma o
Acre a estado.
52. Governo de Afonso Pena (1906/1909)
Nilo Peçanha (1909/1910)
•
•
•
•
“Governar é Povoar”
Reforma do Exército por Hermes da Fonseca
A morte de Afonso Pena
A criação do Serviço de Proteção ao Índio
(SPI): Marechal Rondon
• Campanha Civilista: Hermes x Rui Barbosa
• Ruptura entre PRP e PRM: São Paulo apóia Rui
e Minas apóia Hermes.
54. Governo Hermes da Fonseca
(1910 a 1914)
• Revolta da Chibata - 1910
• Política das Salvações: Hermes x Pinheiro
Machado
• Guerra do Contestado – 1912 a 1916
• Pacto de Ouro Fino
57. Guerra do Contestado
(1912 a 1916)
• Contexto:
→ A região do Contestado
→ A atuação do grupo de Percival Farquhar
(Brazil Railway e Brazil Lumber)
→ Miséria, desemprego e messianismo
• Miguel Lucena de Boaventura (José Maria) e a
comunidade “Quadrado Santo”
• Os conflitos com as tropas legalistas: Maria
Rosa, Deodato...
58. A Região do Contestado
“Chamou-se Contestado a área de 40 mil quilômetros
quadrados disputada por Santa Catarina e Paraná.
Além de terras, havia em jogo grandes florestas de
madeiras nobres e imensos ervais nativos, que
produziam erva-mate. Santa Catarina já havia ganho
três disputas judiciais no Supremo, sem nunca ver
cumprida suas determinações. Poucos moradores e
fazendeiros tinham documentação das terras que
ocupavam e exploravam. Esta situação começou a
mudar no início da República, com os “coronéis”
legalizando grandes extensões em seus nomes”.
(Sérgio Rubim, jornalista – Blog Canga)
61. Governo de Venceslau Brás
(1914 a 1918)
♦ O Brasil e a 1ª Guerra Mundial
- O Brasil na Guerra – 1917
- A atuação brasileira: policiamento do Atlântico,
fornecimento de alimentos e matérias-primas e
envio de médicos e aviadores.
♦ Primeiro Código Civil Brasileiro: entrou em vigor
em 1º Jan 1916
♦ Surto de Gripe Espanhola: milhares de mortos
♦ Surto Industrial
63. Governo de Epitácio Pessoa
(1919 a 1922)
• Reeleição e morte de Rodrigues Alves – 1919
• 1921: Artur Bernardes x Nilo Peçanha
- Campanha sucessória de Epitácio e a reação
republicana com Nilo Peçanha.
• As “Cartas Falsas” publicadas no Correio da
Manhã – Artur Bernardes.
• A prisão de Hermes da Fonseca e o fechamento
do Clube Militar
• 1922: A Revolta do Forte de CopacabanaEuclides da Fonseca e os “18 do Forte”.
• A Semana de Arte Moderna - 1922
64. Os “18 do Forte”
• A Revolta do Forte de Copacabana, também
conhecida como Revolta dos dezoito do Forte, foi a
primeira do Movimento Tenentista durante a
República Velha. O levante ocorrido em julho de
1922, na cidade do Rio de Janeiro, teve como
motivação buscar a queda da República Velha,
cujas características oligárquicas atreladas ao
latifúndio e ao poderio dos fazendeiros, se
opunham ao ideal democrático vislumbrado por
setores das forças armadas, em especial de baixa
patente como tenentes, sargentos, cabos e
soldados.
65. Os “18 do Forte”
17 Tenentes e o civil Otávio Correia
66. A Semana de Arte Moderna
• No Brasil, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 foi
realizada, no Teatro Municipal de São Paulo, a
“Semana de Arte Moderna", que contou com a
participação de escritores, artistas plásticos,
arquitetos e músicos.
• Participaram desse movimento os seguintes
artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti,
com
pinturas e desenhos; Victor Brecheret, com
esculturas; Antonio Garcia Moya , com projetos
de arquitetura;
os
escritores Mário
de
Andrade, Menotti
del
Picchia,
Plínio
Salgado, Manuel Bandeira, e na música,
como Heitor Villa Lobos, dentre outros.
68. Governo de Artur Bernardes
(1922 a 1926)
• O Estado de Sítio
• A Revolução Paulista de 1924: comando do
General Isidoro Dias Lopes
• A Coluna Prestes:
- 25 mil Km de marcha
- Ápice do movimento tenentista
- Gen Miguel Costa e Luís Carlos Prestes
70. Governo de Washington Luís
(1926 a 1930)
•
•
•
•
“Governar é abrir estradas”
A “Lei Celerada de 1927”
Crise de 1929
Revolução de 1930
71. A Lei Celerada
• A Lei Celerada autorizava o governo a fechar
indeterminadamente
toda
e
qualquer
agremiação que representasse algum tipo de
ameaça à ordem pública. No intuito de proteger
a estabilidade, o governo federal impôs o
fechamento de clubes militares, sindicatos de
trabalhadores e colocou o Partido Comunista
Brasileiro na ilegalidade
72. A Crise de 1929
• A Grande Depressão, também chamada por vezes
de Crise de 1929, foi uma grande depressão
econômica que teve início em Out de 1929, com a
quebra da Bolsa de Valores de Nova York, e que
persistiu ao longo da década de 1930, terminando
apenas com a 2ª GM. Este período de depressão
econômica causou altas taxas de desemprego,
quedas drásticas do PIB de diversos países, bem
como quedas drásticas na produção industrial,
preços de ações, e em praticamente todo medidor
de atividade econômica, em diversos países no
mundo.
73. Revolução de 1930
• Sucessão de Washington Luís - 1929
• Política do Café com Leite (SP e MG): indicação
de Júlio Prestes, paulista.
• A formação da Aliança Nacional (RGS, MG e PB:
indicação de Getúlio Vargas, gaúcho.
75. Revolução de 1930
• As eleições fraudulentas e a vitória de Júlio
Prestes
• A ação dos tenentes: Assis Brasil, Oswaldo
Aranha, Lindolfo Collor, Siqueira Campos e
Juarez Távora
• A reação de Washington Luís
• As agitações populares
76. Revolução de 1930
• O estopim: o assassinato de João Pessoa
• O estouro da revolução: 3 de outubro de 1930
• O domínio de estados do sul: o comando do
Tenente-Coronel Góis Monteiro
• A revolta nos estados do Nordeste: Juarez
Távora
• “A batalha que não houve”
• A ação da Junta Militar: Gen Tasso Fragoso e
Mena Barreto e Almirante Isaías Noronha.
• Início da “Era Vargas”
78. Os significados da revolução
•
•
•
•
Fim da República Velha
Início da “Era Vargas”
Fim dos governos oligárquicos no Brasil
Fim da Hegemonia da Burguesia do café no
Brasil
• Revisão da política de exportação do Brasil:
com o predomínio de um único gênero de
exportação
• Abre-se uma espécie de “vazio de poder”