Este documento fornece um resumo sobre técnicas de pesquisa em usabilidade e experiência do usuário, incluindo entrevistas, grupos de foco e observação. O autor discute diferentes tipos de entrevistas e fornece diretrizes para sua aplicação, além de detalhar como conduzir grupos de foco e técnicas de observação.
1. IHC
E
USABILIDADE
Robson
Santos,
D.Sc.
Pós
graduação
em
Arquitetura
de
Informação
2. Robson
Santos
Doutor
em
Design,
PUC-‐Rio,
Departamento
de
Artes
e
Design
Mestre
em
Design,
PUC-‐Rio,
Departamento
de
Artes
e
Design
Bacharel
em
Desenho
Industrial
Escola
Superior
de
Desenho
Industrial/Uerj
Especialista
em
Inovação
em
Tecnologia
e
Experiência
do
Usuário
no
grupo
Itaú
Unibanco
Anteriormente,
pesquisador
sênior
no
InsLtuto
Nokia
de
Tecnologia
Docente
e
palestrante
www.interfaceando.com
@interfaceando
4. CATEGORIAS
DE
TÉCNICAS
Sem
parEcipação
do
usuário
• Lista
de
verificação
• Avaliação
heurísLca
Com
parEcipação
do
usuário
• Observação
• Entrevista
• Grupo
de
foco
• Teste
formal
de
usabilidade
4
6. ESCALAS
DE
AVALIAÇÃO
• São
instrumentos
que
objeLvam
medir
a
intensidade
das
opiniões
e
aLtudes
da
maneira
mais
objeLva
possível.
• A
maior
vantagem
de
uso
de
escalas
é
que
são
instrumentos
estruturados
e
padronizados.
6
8. ENTREVISTA
• Averiguação
de
fatos
• Determinação
das
opiniões
sobre
os
fatos
• Determinação
de
senLmentosDescoberta
de
planos
de
ação
• Conduta
atual
ou
do
passado
• MoLvos
conscientes
para
opiniões,
senLmentos,
sistemas
ou
condutas
8
9. ENTREVISTA
ESTRUTURADA
• É
composta
por
questões
formalmente
elaboradas
que
seguem
uma
seqüência
padronizada,
com
linguagem
sistemaLzada
e
de
preferência
fechada,
voltando-‐se
para
a
obtenção
de
informação
através
de
respostas
curtas
e
concisas.
9
10. ENTREVISTA
ESTRUTURADA
• Entrevista
estruturada
também
pode
ser
chamada
de
padronizada.
• Os
entrevistados
respondem
às
mesmas
perguntas,
na
mesma
ordem
e
formuladas
com
as
mesmas
palavras.
10
11. ENTREVISTA
SEMI-‐ESTRUTURADA
• Ideal
para
uma
exploração
em
profundidade
e
requer
capacitação
do
entrevistador
para
manter
o
foco
e
evitar
o
tendenciamento
dos
resultados.
• Pode
ser
chamada
de
focalizada.
As
questões
devem
ser
formuladas
para
possibilitar
que
o
entrevistado
verbalize
seus
pensamentos,
tendências
e
reflexões.
11
12. ENTREVISTA
LIVRE
• Não
há
questões
formalizadas.
Nem
mesmo
perguntas
abertas,
pois
as
informações
são
coletadas
por
meio
de
um
relato
oral
feito
pelo
entrevistado
sem
a
interferência
do
entrevistador.
• Esse
Lpo
de
entrevista
dá
ao
entrevistado
liberdade
e
flexibilidade
para
expressar
seu
conhecimento
sobre
o
tema
tratado.
12
13. DIRETRIZES
PARA
ENTREVISTA
• Planejamento
da
entrevista:
ter
em
vista
o
objeLvo.
• Conhecimento
prévio
do
entrevistado.
• Oportunidade
da
entrevista.
• Condições
favoráveis
• Contato
com
líderes
• Conhecimento
prévio
do
campo
• Preparação
específica
(roteiro
ou
pauta)
13
17. GRUPO
DE
FOCO
• Grupo
de
pessoas
colocadas
juntas
para
discuLr
um
determinado
assunto.
• Essa
discussão
pode
envolver
a
experiência
dos
usuários
com
um
produto
em
parLcular,
os
requisitos
para
um
novo
produto
ou
problemas
de
usabilidade
associados
ao
uso
do
produto.
17
18. GRUPO
DE
FOCO
• No
que
diz
respeito
ao
tamanho
do
grupo,
recomenda-‐
se
que
varie
de
10
a
12
pessoas.
• Contudo,
em
situações
parLculares
como
ao
se
trabalhar
com
pessoas
de
conhecimento
específico,
é
aceitável
realizar
grupos
de
6
a
8
parLcipantes.
• Um
mínimo
de
6
parEcipantes
é
aconselhável
para
que
seja
manEdo
um
fluxo
constante
de
discussão.
• É
possível
realizar
um
grupo
de
foco
pequeno,
ou
mini-‐
grupo
de
foco
que
pode
ser
composto
por
4
a
6
parLcipantes.
18
19. GRUPO
DE
FOCO
• Há
uma
recomendação
geral
de
que
os
parEcipantes
devem
ficar
posicionados
de
maneira
que
todos
possam
se
ver
frente
a
frente.
19
21. TÉCNICAS
DE
OBSERVAÇÃO
• Um
dos
meios
mais
freqüentemente
uLlizados
para
reconhecer
e
compreender
pessoas,
objetos,
acontecimentos
e
situações.
• Uma
das
condições
fundamentais
de
se
observar
bem
é
limitar
e
definir
com
precisão
o
que
se
deseja
observar.
21
22. TÉCNICAS
DE
OBSERVAÇÃO
A observação vulgar está
sujeita a frequentes enganos e
a erros crassos.
22
23. TÉCNICAS
DE
OBSERVAÇÃO
• O
principal
inconveniente
da
observação
está
em
que
a
presença
do
pesquisador
pode
provocar
alterações
no
comportamento
dos
observados.
23
24. TIPOS
DE
OBSERVAÇÃO
• Sistemática X Assistemática
• Participante X Não-participante
• Individual X Em equipe
• Trabalho de Campo X Em laboratório
24
25. LIMITAÇÕES
DA
OBSERVAÇÃO
•
O
observado
pode
criar
impressões
favoráveis
ou
desfavoráveis
no
observador.
•
A
ocorrência
espontânea
não
pode
ser
prevista,
o
que
impede
muitas
vezes,
o
observador
de
presenciar
o
fato.
•
Fatores
imprevistos
podem
interferir
na
tarefa
do
pesquisador.
25
26. LIMITAÇÕES
DA
OBSERVAÇÃO
•
A
duração
dos
acontecimentos
é
variável:
pode
ser
rápida
ou
demorada
e
os
fatos
podem
ocorrer
simultaneamente,
o
que
dificulta
a
coleta
de
dados.
•
Vários
aspectos
da
vida
coLdiana,
parLcular,
podem
não
ser
acessíveis
ao
pesquisador.
26
29. ANÁLISE
DA
TAREFA
• Análise
da
tarefa
é
potencialmente
o
método
mais
poderoso
disponível
para
os
que
trabalham
com
IHC,
tendo
aplicações
em
todos
os
estágios
do
desenvolvimento
de
sistemas,
desde
as
primeiras
especificações
de
requisitos
até
a
avaliação
final
do
sistema.
29
30. ANÁLISE
DA
TAREFA
• Divide-se em duas fases:
• Coleta de dados;
• Análise de dados.
30
31. ANÁLISE
DA
TAREFA
• Os
recursos
mais
uLlizados
para
registro
de
observação
de
tarefas
em
são:
•
registro
com
caneta
e
papel;
•
registro
em
áudio;
•
registro
em
vídeo;
•
captura
por
computador.
• Geralmente
esses
recursos
são
uLlizadas
em
conjunto,
a
fim
de
dar
maior
fidelidade
à
coleta
dos
dados.
31
33. ANÁLISE
DA
TAREFA
• A
freqüência
relaLva
das
tarefas
será
importante
na
formulação,
por
exemplo,
de
um
conjunto
de
comandos
ou
de
uma
árvore
de
menu.
• Tarefas
freqüentemente
desempenhadas
devem
ser
simples
e
rápidas
de
realizar,
mesmo
se
isto
implicar
prolongamento
de
algumas
tarefas
pouco
freqüentes.
33
35. TESTES
DE
USABILIDADE
• É
uma
maneira
sistemáLca
de
observar
experiência
de
usuários
reais
com
uma
interface
ou
aplicaLvo
e
coletar
informação
sobre
as
situações
específicas
em
que
o
produto
apresenta
facilidades
ou
dificuldades
de
uso.
35
36. TESTES
DE
USABILIDADE
• ObjeLvo
primário
é
melhorar
a
usabilidade
de
um
website.
• ParLcipantes
representam
usuários
reais
e
realizam
tarefas
reais.
As
ações
e
as
verbalizações
dos
parLcipantes
são
registradas.
• Deve-‐se
analisar
os
dados,
diagnosLcar
os
problemas
reais
e
recomendar
mudanças
para
corrigi-‐los.
36
37. TESTES
DE
USABILIDADE
• O
teste
formal
de
usabilidade
deve
ser
realizado
em
um
laboratório
de
usabilidade,
com
rígido
controle
de
variáveis
e
uLlização
de
instrumentos
de
captura
para
coleta
de
dados.
37
38. TESTES
DE
USABILIDADE
• É
possível
realizar
um
teste
de
usabilidade
com
recursos
pouco
dispendiosos,
ao
se
estabelecer
um
ambiente
livre
de
e
interferências
externas,
com
equipamento
e
mobiliário
adequados
e
o
observador
posicionado
de
maneira
pouco
intrusiva.
38
45. TESTES
DE
USABILIDADE
PROCEDIMENTOS
Definir
objeLvos
e
interesses
que
guiam
o
teste;
Decidir
quem
serão
os
parLcipantes;
Recrutar
parLcipantes;
Selecionar
e
organizar
tarefas
a
serem
testadas;
Preparar
o
ambiente
de
teste;
Preparar
a
equipe
de
teste;
Definir
qual
recompensa
será
oferecida
;
Realizar
teste
piloto
e
fazer
mudanças
necessárias.
45
46. TESTES
DE
USABILIDADE
1. Formar
a
equipe
2. Definir
papéis
da
equipe
3. Estabelecer
metas
e
objeLvos
4. Elaborar
tarefas
e
perguntas
5. Escrever
o
roteiro
6. Recrutar
parLcipantes
7. Preparar
o
ambiente
8. Realizar
teste
piloto
9. Registrar
as
aLvidades
10. Analisar
os
dados
46
51. ROTEIRO
DE
TESTE
Dividir o roteiro em quatro seções
• Dados sobre o participante
• Perguntas de abertura
• Perguntas foco/tarefas
• Perguntas de encerramento
51
54. ANÁLISE
DOS
DADOS
COLETADOS
1. Buscar pontos de similaridade entre as respostas
2. Elaborar planilha contendo as perguntas do roteiro
(linhas) e os diversos respondentes (colunas)
3. Montar diagrama de afinidade, a fim de encontrar
relações entre as diferentes respostas obtidas
54
55. RELATÓRIO
DA
PESQUISA
1. Apresentar o objetivo do estudo/pesquisa
2. Apresentar resumo da abordagem e das técnicas
utilizadas
3. Apresentar pontos positivos encontrados
4. Apresentar os pontos de melhoria (evitar termos como
“problemas” ou pontos negativos”)
5. Apresentar as recomendações e sugestões de melhoria
(se possível, apresentar soluções similares de outros
sistemas, sites ou aplicativos, ou mesmo desenhar um
esboço da solução ideal)
55