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Drogas:
Cartilha
sobre
maconha,
cocaína
e inalantes
Drogas:
 Cartilha sobre
maconha, cocaína
  e inalantes
Presidência da República



Vice-Presidência da República



Gabinete de Segurança Institucional
e Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas



Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
Presidência da República
    Gabinete de Segurança Institucional
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas




        Drogas:
     Cartilha sobre
    maconha, cocaína
      e inalantes

                 2ª edição
             Brasília, DF - 2010
Secretária Adjunta
                                          e Responsável Técnica pela Secretaria
                                          Nacional de Políticas sobre Drogas
                                          Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte

                                          Conteúdo e Texto original
 Copyright © 2010                         Beatriz H. Carlini, MPH, PhD
 Secretaria Nacional de
 Políticas sobre Drogas                   Adaptação para esta edição
 Disponível em: www.senad.gov.br          Secretaria Nacional de
 Tiragem:51.000 exemplares                Políticas sobre Drogas
 Impresso no Brasil
                                          Projeto Gráfico
 Edição                                   Lew Lara
 Secretaria Nacional de
 Políticas sobre Drogas                   Ilustração
 Endereço para correspondência:           Toninho Euzébio
 Esplanada dos Ministérios
 Bloco “A” - 5º Andar                     Diagramação
 Brasília - DF                            Ponto Dois Design Gráfico
 CEP:70.050-907                           Bruno Soares



             Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

B823d     Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre
          Drogas
          	      Drogas : cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes / Secretaria
          Nacional de Políticas sobre Drogas. - Brasília : Presidência da República,
          Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010.

          	    48 p. : il. - (Série Por dentro do assunto)
          	
          	    Conteúdo e texto original de Beatriz H. Carlini.
          	    Adaptação para esta edição: Secretaria Nacional de Políticas sobre
          Drogas.
          	    2ª edição


          	     1.Drogas. 2. Maconha. 3. Cocaína. 4. Crack. 5. Drogas - efeitos. 6.
          Inalantes. I. Carlini, Beatriz H. II. Título. III. Série.
          	
                                                                        CDU 613.83
Apresentação
	     Os novos tempos de governo, marcados pela ênfase
na participação social e na organização da sociedade, valori-
zam a descentralização das ações relacionadas à prevenção
do uso de drogas e à atenção e reinserção social de usuários
e dependentes.

	     No desenvolvimento de seu papel de coordenação e arti-
culação de ações voltadas a esses temas, a Secretaria Nacional
de Políticas sobre Drogas apresenta a Série “Por Dentro do As-
sunto”, com o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a
públicos específicos.

	     Esta série, construída com base nas necessidades ex-
pressas por múltiplos setores da população e em conhecimen-
tos científicos atualizados, procura apresentar as questões de
forma leve, informal e interativa com os leitores.

	     A iniciativa é norteada pela crença de que o encaminha-
mento dos temas de interesse social só será efetivo com a alian-
ça entre as ações do poder público e a sabedoria e o empenho
de cada pessoa e de cada comunidade.

	     Acreditamos estar, dessa forma, contribuindo com a
nossa parte.



               Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
Cartilha maconha cocaina_inalantes
Maconha,
                      cocaína e inalantes

Poder fazer escolhas
	     Esse direito é considerado, por muitos, um dos mais fun-
damentais que uma sociedade pode oferecer. E tem sido um
dos pilares dos movimentos sociais e políticos que o Brasil vi-
venciou nos últimos 20 anos.

	     Mas existe real escolha quando não se tem informação?
Quando são veiculados muito mais os preconceitos e mitos so-
bre determinados assuntos do que fatos científicos e estatísticas
bem feitas? Ou será que nesse caso trata-se de manipulação,
travestida de escolha?

	     Esta cartilha oferece, em poucas páginas, informações
científicas atualizadas sobre algumas drogas. O objetivo é con-
tribuir para que nós, brasileiros, possamos exercer nosso direito
de ter acesso a dados científicos numa área dominada por cren-
ças e preconceitos.




                                   7
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
O que são drogas?
	     Drogas são substâncias que produzem mudanças nas
sensações, no grau de consciência e no estado emocional das
pessoas. As alterações causadas por essas substâncias variam
de acordo com as características da pessoa que as usa, da dro-
ga escolhida, da quantidade, frequência, expectativas e circuns-
tâncias em que é consumida.

	     Essa definição inclui os produtos ilegais (cocaína, maco-
nha, ecstasy, heroína...) e também produtos como bebidas alco-
ólicas, cigarros e vários remédios, que são legais, apesar de ha-
ver restrições em sua comercialização. Por exemplo: é proibida
a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade.

                                  8
                    Série: Por Dentro do Assunto
O efeito de uma droga é o
mesmo para qualquer pessoa?
	     Não. Os efeitos dependem basicamente de três fatores:
da droga, do usuário e do meio ambiente.

	     Cada tipo de droga, com suas características químicas,
tende a produzir efeitos diferentes no organismo. A forma como
uma substância é utilizada, assim como a quantidade consumi-
da e o seu grau de pureza, também terão influência no efeito.

	     Cada pessoa, com suas características físicas (biológicas) e
psicológicas, tende a reagir de modo diferente. O estado emocional
do usuário e suas expectativas em relação ao modo como a droga
usada vai influenciá-lo são também fatores muito importantes.

	     Finalmente, o meio ambiente influencia bastante a reação
que a droga pode produzir.

	     Ilustrando: uma pessoa que consome maconha numa
festa, num dia em que está feliz, pode sentir um efeito muito di-
ferente do que quando fuma maconha sozinha, num dia em que
está ansiosa.

	     O jovem que toma cerveja numa festa, pois tem convic-
ção de que essa é a única maneira de relaxar e enturmar-se,
pode perfeitamente se sentir entrosado e relaxado mesmo que
tome cerveja sem álcool, não estando ciente desse fato.


                                    9
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
10
Série: Por Dentro do Assunto
O Brasil destaca-se no mundo pelo
alto consumo de drogas?
Não exatamente


	     Nos últimos vinte anos, o consumo de drogas, principal-
mente o de bebidas alcoólicas, vem aumentando no Brasil. O
mesmo tem acontecido com o uso de maconha, cocaína e crack.
Mas não tem sido observado uso significativo de heroína e mor-
fina, nem de metanfetamina.

	     O uso de drogas no Brasil sempre foi discreto quando
comparado ao de outros países. O crescimento mencionado aci-
ma ainda não nos coloca no ranking das sociedades de maior
consumo. Os Estados Unidos são o país campeão de uso de
drogas, seguido do Canadá e de vários países europeus.

	     É muito importante observar, no entanto, que nosso uso
de drogas, mesmo que discreto no cenário internacional, está
associado a um número muito grande de problemas, principal-
mente violência, acidentes e AIDS.




                                   11
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
12
Série: Por Dentro do Assunto
Cada caso é um caso
    Informações específicas sobre várias substâncias




                                                 Maconha
Quem usa?

	      Maconha é a substância proibida por lei mais usada em
nosso país. De acordo com pesquisa realizada em 2005, de
cada 100 brasileiros, aproximadamente nove já haviam usado
maconha pelo menos uma vez na vida (ou seja 9%). É claro
que esse dado varia conforme o sexo e a idade: entre homens,
14,3% já usaram e, entre mulheres, 5,1%. O uso maior é entre
jovens adultos de 18 a 24 anos de idade, atingindo a porcenta-
gem de 17% nessa faixa etária, e menor entre adolescentes de
12 a 17 anos: 4,1%.


                                   13
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Infelizmente, nosso país não dispõe de dados mais an-
tigos para saber se o uso da maconha permanece estável, se
está diminuindo ou aumentando na nossa população como um
todo. Sabe-se, no entanto, que entre estudantes da rede pública
de ensino, pesquisados regularmente em dez capitais de todo o
país, o uso na vida aumentou entre os anos de 1987 a 1997: em
1987, 2,8% dos estudantes de quinta série ao ensino médio re-
lataram que já tinham usado maconha; em 1989 a porcentagem
subiu para 3,4%, em 1993 para 4,5% e, em 1997, foi para 7,6%.
Já no ano de 2004, quando se incluiu na pesquisa as 27 capitais
brasileiras, observou-se que 5,9% dos estudantes pesquisados
usaram maconha pelo menos uma vez na vida.




                                14
                   Série: Por Dentro do Assunto
O que é maconha?

	      Maconha é o nome popular de uma planta chamada Canna-
bis Sativa, que tem sido usada há séculos por diferentes culturas,
e em diferentes momentos da História, com fins médicos e indus-
triais. Desde os anos 60, a maconha ficou mais conhecida pelo seu
uso recreativo, com o propósito de alterar a consciência.




                                    15
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Os efeitos da maconha

	     Como qualquer outra droga, seus efeitos vão depender da
quantidade usada, da combinação com o uso de outras drogas e
com outros fatores já mencionados nesta cartilha, relativos ao am-
biente, ao estado emocional do usuário e às suas expectativas.

	     Algumas pessoas, ao usarem maconha, sentem-se rela-
xadas, falam bastante, riem à toa. Outras sentem-se ansiosas,
amedrontadas e confusas. A mesma pessoa pode, de um uso
para outro, experimentar efeitos diferentes.




                                 16
                    Série: Por Dentro do Assunto
Em doses pequenas, a maconha distorce os sentidos e
a percepção. As pessoas podem relatar que as músicas ficam
mais bonitas, as cores mais vivas, o cheiro, o gosto e o tato mais
aguçados. A percepção de tempo e distância também fica altera-
da e a consciência corporal aumentada. Todas essas sensações
podem ser prazerosas para algumas pessoas e desagradáveis
para outras.

	     Em altas doses, a possibilidade de experimentar sensa-
ções desagradáveis aumenta, podendo gerar confusão mental,
paranóia (sensação de estar sendo perseguido), pânico e agita-
ção. Podem também ocorrer alucinações.




                                    17
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Quais são os riscos de se usar maconha?

	     O uso de maconha pode ser bastante arriscado, caso a
pessoa, sob seu efeito, resolva dirigir, caminhar numa rua es-
cura e movimentada, relacionar-se sexualmente com um des-
conhecido, nadar ou operar uma máquina que exija boa coor-
denação motora e reflexos rápidos. Para correr tais riscos não
é preciso ser usuário habitual de maconha, basta estar sob o
efeito da droga na circunstância inadequada.




                                18
                   Série: Por Dentro do Assunto
O usuário crônico, que usa maconha regularmente por
algum tempo, arrisca-se também a:

    •	 prejudicar sua memória e habilidade de processar infor-
       mações complexas;

    •	 irritar seu sistema respiratório, pela constante presença
       da fumaça em seus pulmões;

    •	 aumentar suas possibilidades de desenvolver câncer de
       pulmão, uma vez que a maconha tem o mesmo teor de
       alcatrão que os cigarros de tabaco.


Maconha pode causar dependência?

	      Pessoas que usam maconha por muitos anos, para lidar
com o estresse, têm dificuldade de parar de usá-la. Em casos
como esse, o usuário pode desenvolver dependência, isto é, a
maconha torna-se tão importante na sua vida, que ele passa a
organizá-la de maneira a facilitar seu uso, sentindo ansiedade
quando não a tem disponível.

	      Alguns desses usuários apresentam sintomas físicos e
ansiedade quando param de usar maconha abruptamente. Po-
dem apresentar distúrbios de sono, irritabilidade, perda de ape-
tite, enjôo e sudorese. Esses sintomas duram, em geral, uma
semana, à exceção do distúrbio de sono, que pode durar mais
tempo.

                                    19
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
20
Série: Por Dentro do Assunto
Cocaína
Quem usa?

	     Em pesquisa realizada em 2005, aproximadamente 3
em cada cem brasileiros relatam ter usado cocaína pelo me-
nos uma vez na vida (2,9%). Nos Estados Unidos, esse con-
sumo situa-se em 11,2%.

	     O uso de cocaína no Brasil varia bastante conforme
sexo e idade: situa-se em 5,4% entre homens e 1,2% entre
mulheres. A faixa etária de maior uso ocorre entre 25 e 34
anos de idade, na qual atinge a porcentagem de 5,2%. Entre
os adolescentes de 12 a 17 anos, 0,5% relatam já terem ex-
perimentado essa droga.

	     Da mesma forma que no uso de outras drogas, não dispo-
mos, ainda, de dados para saber se o uso de cocaína permane-
ce estável, se está diminuindo ou aumentando na nossa popula-
ção como um todo. Entre estudantes da rede pública de ensino,

                                  21
              Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
pesquisados regularmente em dez capitais do país, no entanto,
contatou-se que o uso vem aumentando: em 1987, 0,5% dos
estudantes de quinta série ao ensino médio relataram que já
tinham usado cocaína pelo menos uma vez na vida; em 1989 a
porcentagem subiu para 0,7%, em 1993 para 1,2% e em 1997,
foi para 2,0%. Segundo o levantamento sobre o uso de drogas
entre estudantes, realizado em 2004, o consumo permanece es-
tável, em torno de 2%, para uso na vida desta substância.



O que é cocaína?

	     A cocaína é uma substância extraída das folhas da coca.
Durante o século XIX e o início do século XX, foi vendida nas far-
mácias como anestésico local e como tônico para dar mais ener-
gia. No século XX, tornou-se uma substância ilegal, em grande
parte devido aos efeitos danosos e, frequentemente, fatais cau-
sados a seus usuários.

	     A cocaína, em pó, é usualmente inalada ou injetada.



Os efeitos da cocaína

	     A ação da cocaína no cérebro provoca, em muitos de
seus usuários, a sensação de alerta e faz com que se sintam
cheios de energia, sociáveis, confiantes e controlados. Essas

                                 22
                    Série: Por Dentro do Assunto
sensações podem ser tão poderosas e prazerosas que muitos
usuários querem repetir o uso tão logo o efeito passe. Para
outros, a cocaína não provoca esse prazer. As sensações
mais relatadas, nesse caso, são necessidade de isolamento,
ansiedade ou mesmo pânico.

	     Maiores doses de cocaína aumentam esses efeitos,
sejam os descritos como bons ou ruins. Nos casos em que o
usuário usa cocaína freqüentemente, e por um período pro-
longado, é comum experimentar uma síndrome paranóica
(sensação de perseguição) exacerbada, vendo inimigos em
todos os lugares. Ter dificuldades em comer e dormir é tam-
bém comum nesses casos.


Quais são os riscos de se usar cocaína?

	     A cocaína é uma droga estimulante muito potente que,
basicamente, faz com que o cérebro e o corpo trabalhem com
muita intensidade. O coração dispara, a pressão arterial e a tem-
peratura sobem. Quando o efeito da cocaína pára, o corpo está
exausto e é muito comum a pessoa sentir-se deprimida. Muitos
voltam a usá-la na tentativa de aliviar a exaustão e a depressão
com mais cocaína, criando um ciclo vicioso de alto risco.



                                   23
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
24
Série: Por Dentro do Assunto
Outra possibilidade perigosa é a overdose, não muito
rara em usuários de cocaína injetada. Nesse caso, a morte
pode ocorrer por convulsão, falência cardíaca ou depressão
respiratória.

	     Para aqueles que injetam cocaína, o risco de contrair
hepatites, AIDS e outras infecções, pelo uso de seringas con-
taminadas, é também alto.

	     Finalmente, no caso do usuário ser tomado por crises
paranóicas, aumenta ainda mais o risco de ocorrência de vio-
lência e acidentes. Na tentativa de lidar com o pavor e a sen-
sação de perseguição, o usuário pode ferir a si mesmo e aos
outros, de modo muitas vezes irremediável.


Cocaína pode causar dependência?

	     Sim. Muitos usuários que fazem uso abusivo de cocaína
desenvolvem compulsão pela droga e sofrem de intensa depres-
são quando ficam sem ela. A sensação só é amenizada quando
conseguem usar cocaína novamente.




                                    25
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Crack e merla
Quem usa?

	     Menos de 1% dos brasileiros já teve algum contato com o
crack. Na pesquisa realizada em 2005, 0,7% das pessoas rela-
taram já ter usado crack pelo menos uma vez na vida. Homens
experimentaram mais que mulheres, 1,5% e 0,2%, respectiva-
mente. A maior porcentagem de uso se encontra na faixa etá-
ria de 25 a 34 anos, entre homens. Enquanto o crack ganhou
popularidade em São Paulo, a merla é mais usada no Distrito
Federal, de onde se espalhou para o norte e o nordeste do país.
Nos Estados Unidos o crack já foi usado por 2% das pessoas.


                                26
                   Série: Por Dentro do Assunto
O que é crack?

	     Reputado como uma nova droga, o crack não passa de
um novo jeito de preparar e usar a cocaína. Tornado popular
nos meados da década de 1990, o crack é denominado pedra
pelos usuários brasileiros e consumido por via oral (fumado em
cachimbo). A pedra unitária tem preço mais acessível do que a
cocaína em pó, dando a impressão de que o usuário economiza
quando troca o modo de consumo. Mas essa economia é ilu-
sória, pois a pedra tem uma quantidade mínima de substância
ativa, muito menor do que o pó. Seus efeitos, porém, são mais
pronunciados pela liberação da cocaína diretamente na corrente
sanguínea através dos pulmões.


O que é merla?

	     A merla (mela, mel ou melado) é a cocaína apresentada
sob a forma de base ou pasta, um produto ainda sem refino e
muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração. É
preparada de forma diferente do crack, mas também é fumada.


Quais os efeitos do crack e da merla?

	     Os efeitos do crack e da merla, os riscos associados a
seu uso e o potencial de dependência são basicamente os mes-
mos da cocaína em pó, apresentados anteriomente.




                                   27
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
28
Série: Por Dentro do Assunto
Solventes ou inalantes

Quem usa?

	     Cerca de 6% dos brasileiros já inalaram algum produto
solvente ou inalante (cola, benzina, éter, gasolina, acetona).
Esse dado varia conforme o sexo e a idade: entre homens,
10,3% já usaram e entre mulheres, 3,3%. Os solventes ou ina-
lantes são, em geral, a primeira droga usada por adolescentes,
depois de álcool e tabaco. O preço acessível e a grande dis-
ponibilidade também tornam os inalantes muito usados entre
crianças e adolescentes em situação de rua. Os jovens adultos

                                   29
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
tendem a usá-los na forma de lança-perfume ou “loló” (mistura
de éter com aromatizantes). Esses produtos são fabricados com
o intuito de serem usados para obter alterações de consciência,
sem nenhuma utilidade industrial ou combustível.

	     O Brasil não dispõe de dados mais antigos para saber
se o uso de inalantes permanece estável, se está diminuindo
ou aumentando na nossa população. Pesquisas mostram, no
entanto, que entre estudantes da rede pública de ensino, pes-
quisados regularmente nas capitais do país, o uso tem perma-
necido estável entre 14% e 15% desde 1987.




                                30
                   Série: Por Dentro do Assunto
O que são inalantes?

	      Os inalantes são, na sua maioria, produtos industriais, com-
bustíveis ou de limpeza, que são inalados com o propósito de sentir
algum “barato”. Quase todos os solventes ou os inalantes se torna-
ram drogas de uso recreativo, embora não tenham sido fabricados
com esse propósito. No Brasil, alguns inalantes são também fabri-
cados clandestinamente ou contrabandeados, para fins de abuso,
como é o caso do lança-perfume e do “cheirinho da loló”.

	      Todos esses produtos têm em comum alguma substância
volátil, ou seja, que se evapora muito facilmente, sem precisar
de aquecimento. Essa substância volátil, aspirada pelo nariz ou
pela boca, é o componente responsável pelos efeitos que os
usuários de inalantes buscam.	




                                    31
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Na tabela abaixo, são descritos os principais produtos
que são inalados como drogas e seu produto volátil:

    Solventes voláteis
    Tolueno, hexano, acetato de etila, benzeno, tricloroetileno, diclorometano

    Colas, vernizes, esmaltes, tintas, removedores, líquidos
    corretivos, gasolina, tinta spray, fixador de cabelos,
    desodorante

    Gases
    Butano, propano, freon
    Gás de isqueiro, cozinha, geladeira

    Éter, clorofórmio, óxido nitroso
    Anestésicos

    Éter, clorofórmio, acetato de etila (*)
    Lança-perfume, “cheirinho da loló”

(*) esse dado não é preciso, uma vez que esses produtos são produzidos e/ou comer-
cializados ilegalmente.




                                        32
                           Série: Por Dentro do Assunto
Os efeitos dos inalantes

	     Os efeitos do uso de inalantes aparecem e desaparecem
muito rapidamente. Em poucos segundos depois de aspirados,
os efeitos já são sentidos, uma vez que passam diretamente dos
pulmões para a circulação sanguínea, atingindo o cérebro e o
fígado, órgãos com maior volume de sangue no corpo.

	     A inalação desses produtos, inicialmente, provoca euforia,
caracterizada por cabeça leve, girando, fantasias que parecem re-
ais. Essas sensações acabam em poucos minutos e essa é a ra-
zão pela qual os usuários habituais de inalantes colocam o produto
num saco plástico, e ficam cheirando durante muito tempo.




                                    33
                Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Quais são os riscos de se usar inalantes?

	     Apesar da pouca atenção que esses produtos recebem
dos meios de comunicação de massa, em comparação com dro-
gas de menor consumo por nossa população, o uso de inalantes
é uma prática muito arriscada.	

	     Muitos jovens morrem quando usam inalantes, alguns
deles usuários novatos, num fenômeno chamado “morte súbita
por inalação de solventes”. Muitas vezes essas mortes ocorrem
quando alguém que inalou o produto repetidamente se subme-
te a algum exercício ou stress inesperado. Nessas situações, a
morte é causada por falência cardíaca associada à arritmia car-
díaca acentuada. Outra forma frequente de morte por inalação
de solventes dá-se por sufocamento: o usuário desmaia com o
saco plástico na boca e nariz e morre por falta de ar.

	     Outras consequências, menos trágicas, mas também
muito sérias, são os danos ao fígado e rins, perda de peso,
ferimentos no nariz e boca. Em usuários que fazem uso abu-
sivo e crônico, os inalantes podem causar danos irreversíveis
no cérebro.




                                 34
                    Série: Por Dentro do Assunto
Inalantes causam dependência?

	     Alguns usuários de inalantes desenvolvem dependência
desses produtos, tendo muita dificuldade de abandonar o hábi-
to. Mais frequentemente, no entanto, o uso de inalantes é uma
atividade de grupo, passageira ou fruto de curiosidade de alguns
pré-adolescentes, que resolvem experimentar sensações novas
com produtos disponíveis dentro de suas próprias casas. Mas
os acidentes podem acontecer mesmo em um uso ocasional.




                                   35
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
36
Série: Por Dentro do Assunto
Refletindo

	     Todas as informações apresentadas nesta cartilha têm
fundamento em pesquisas e estudos científicos e podem nos
ajudar a refletir sobre os nossos comportamentos e a avaliar os
riscos a eles associados. Ter liberdade não significa poder fazer
aquilo que queremos, a qualquer hora, mas ter consciência dos
efeitos e consequências de nossos atos para poder tomar deci-
sões responsáveis.




                                   37
               Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Recursos comunitários

	      Apresentamos, abaixo, algumas indicações de institui-
ções públicas, privadas e órgãos não-governamentais das quais
você poderá dispor na sua cidade ou região caso queira obter
maiores informações sobre o assunto abordado nesta cartilha.


Secretaria Nacional de
Políticas Sobre Drogas - SENAD
    •	 SENAD
       Esplanada dos Ministérios Bloco “A” - 5º Andar
       Brasília - DF. CEP:70.050-907
       www.senad.gov.br

    •	 Central de Atendimento VIVA VOZ
       0800 510 0015
       http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/index.php

    •	 Observatório Brasileiro de Informações
       Sobre Drogas - OBID
       www.obid.senad.gov.br

       No Observatório Brasileiro de informações sobre Drogas
(OBID) você vai encontrar muitas informações importantes: contatos
de locais para tratamento em todo o país, instituições que fazem
prevenção, grupos de ajuda-mútua e outros recursos comunitários.
São disponibilizadas, ainda, informações atualizadas sobre drogas,
cursos, palestras e eventos.

                                     39
                 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Dentro do OBID, há dois sites específicos voltados para os
jovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco, além de uma relação
de links para outros sites que irão ampliar o seu conhecimento.

   •	 Mundo Jovem
      www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem

   •	 Jovem sem Tabaco
      www.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabaco




Outras Referências
   •	 Ministério da Saúde
      www.saude.gov.br
      Disque Saúde: 0800 61 1997

   •	 Centros de Atenção Psicossocial - CAPS
      www.saude.gov.br
      Disque Saúde: 0800 61 1997

   •	 Programa Nacional de DST e AIDS
      www.aids.gov.br

   •	 Conselhos Estaduais sobre Drogas
      Para saber o endereço dos Conselhos do seu estado consulte
      o site: www.obid.senad.gov.br

   •	 Conselhos Municipais sobre Drogas
      Para saber o endereço dos Conselhos do seu município
      consulte o site: www.obid.senad.gov.br


                                 40
                    Série: Por Dentro do Assunto
Grupos de auto-ajuda
 •	 Alcoólicos Anônimos - AA
    www.alcoolicosanonimos.org.br
    Central de Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333
    Caixa Postal 580 CEP 01060-970 - São Paulo

 •	 AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos de
    alcoólicos)
    www.al-anon.org.br

 •	 Amor-exigente (Para pais e familiares de usuários de drogas)
    www.amorexigente.org.br

 •	 Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos para familiares e
    amigos de usuários de drogas)
    www.naranon.org.br

 •	 Narcóticos Anônimos - NA
    www.na.org.br

 •	 Associação Brasileira de Terapia Comunitária -
    ABRATECOM
    www.abratecom.org.br

 •	 Pastoral da Sobriedade
    www.sobriedade.org.br




                                  41
              Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Leituras que ajudam

Série de publicações disponibilizadas pela Senad:

As publicações listadas abaixo são distribuídas gratuitamente e

enviadas pelos Correios. Podem ser solicitadas no site da SENAD

(www.senad.gov.br) ou pelo telefone do serviço VIVA VOZ. Estão

também disponíveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) para

download.

   •	 Cartilhas da Série Por Dentro do Assunto.

      Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010

   •	 Glossário de Álcool e Drogas.

      Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010

   •	 Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas.

      Leitura recomendada para alunos a partir do 7º ano do ensino

      fundamental. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

      - SENAD e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas -

      CEBRID, 2010




                                  42
                     Série: Por Dentro do Assunto
Outras referências de leituras
 •	 123 Respostas Sobre Drogas -
    Coleção Diálogo na Sala de Aula.
    Içami Tiba. São Paulo: Editora Scipione, 2003.

 •	 Admirável Mundo Novo.
    Aldous Huxley. São Paulo: Globo, 2001.

 •	 Anjos caídos - Como prevenir e eliminar as
    drogas na vida do adolescente.
    Içami Tiba. São Paulo: Gente, 1999.

 •	 Conversando sobre drogas.
    Ronaldo Ribeiro Jacobina, Antonio Nery Filho, Salvador:
    Edufba, 1999.

 •	 Desafio da convivência - Pais e Filhos.
    Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Gente, 1998.

 •	 Depois Daquela Viagem: Diário de Bordo de uma Jovem
    que Aprendeu a Viver com Aids.
    Valeria Piassa Polizzi. São Paulo: Ática, 2003.

 •	 Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas.
    Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Olho D’ Água, 1991.

 •	 Drogas - mitos e verdades.
    Beatriz Carlini Cotrim. São Paulo: Ática, 1998.

 •	 Drogas, Prevenção e Tratamento - O que você queria saber
    sobre drogas e não tinha a quem perguntar.
    Daniela Maluf e cols. São Paulo: Cia Editora, 2002.


                                  43
              Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
•	 Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.
   Kai Herman. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

•	 Esmeralda - Por que não dancei.
   Esmeralda do Carmo Ortiz. São Paulo: Editora Senac, 2001.

•	 Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com
   Álcool e Outras Drogas - Coleção Guia para Família. v. 1.
   Selma de Lourdes Bordin; Marine Meyer; Sérgio Nicastri; Ellen
   Burd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. São Paulo: Atheneu, 2004.

•	 Liberdade é poder decidir.
   Maria de Lurdes Zemel e Maria Elisa de Lamboy.
   São Paulo: FTD, 2000.

•	 O que é toxicomania.
   Jandira Masur. São Paulo: Brasiliense, 1986.

•	 O Vencedor.
   Frei Betto. São Paulo: Ática, 2000.

•	 Pais e Filhos - companheiros de Viagem.
   Roberto Shinyashiki. São Paulo: Gente, 1992.

•	 Satisfaçam minha curiosidade - Drogas.
   Susana Leote. São Paulo: Impala Editores, 2003.

•	 Tabebuias: ou Histórias Reais daqueles que se livraram
   das drogas na Fazenda da Esperança.
   Christiane Suplicy Teixeira. São Paulo: Cidade Nova, 2001.




                               44
                  Série: Por Dentro do Assunto
Filmes sobre o tema
 •	 28 dias, 2000.
    Direção: Betty Thomas

 •	 A corrente do bem, 2000.
    Direção: Mini Leder

 •	 Bicho de sete cabeças, 2000.
    Direção: Laís Bodanzky

 •	 Coisas Que perdemos pelo Caminho, 2007.
    Direção: Susanne Bier.

 •	 Diário de um adolescente, 1995.
    Direção: Scott Kalvert

 •	 Despedida em Las Vegas, 1996.
    Direção: Mike Figgis

 •	 Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída, 1981.
    Direção: Uli Edel

 •	 Ironweed, 1987.
    Direção: Hector Babenco

 •	 La Luna, 1979.
    Direção: Bernardo Bertolucci

 •	 Maria cheia de graça, 2004.
    Direção: Joshua Marston

 •	 Meu nome não é Johnny, 2008.
    Direção: Mauro Lima


                                  45
              Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
•	 Notícias de uma guerra particular, 1999.
   Direção: João Moreira Salles e Kátia Lund

•	 O Casamento de Rachel, 2008.
   Direção: Jonathan Demme

•	 O Informante, 1999.
   Direção: Michael Mann

•	 Por volta da meia noite, 1986.
   Direção: Bertrand Tavernier

•	 Quando um homem ama uma mulher, 1994.
   Direção: Luis Mandoki

•	 Ray, 2004.
   Direção: Taylor Hackford

•	 Réquiem para um sonho, 2000.
   Direção: Darren Aronofsky

•	 Todos os corações do mundo, 1995.
   Direção: Murillo Salles




                               46
                  Série: Por Dentro do Assunto
O QUE É O VIVAVOZ ?
O VIVAVOZ é uma central telefônica de orientações e informações sobre a
prevenção do uso indevido de drogas. O telefonema é gratuito e o atendi-
mento é sigiloso. A pessoa não precisa se identificar.

É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE
•	 O atendimento é realizado por consultores capacitados e supervisionados
   por profissionais, mestres e doutores, da área da saúde
•	 Os profissionais indicam locais para tratamento
•	 Oferecem aconselhamento por meio de intervenção breve para pessoas
   que usam drogas e seus familiares
•	 Prestam informações científicas sobre drogas
•	 O horário de funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 24h


O VIVAVOZ é resultado de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Polí-
ticas sobre Drogas - SENAD e a Universidade Federal de Ciências de Saúde
de Porto Alegre. Após 4 anos de funcionamento, os resultados positivos e a
demanda do público para o teleatendimento apontaram para a necessidade
de ampliação do serviço. Para isto, uma parceria com o Programa Nacional
de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça,
permitiu a ampliação do período de atendimento.


                                    48
                       Série: Por Dentro do Assunto
DROGAS
Cartilha para pais de crianças
Cartilha para pais de adolescentes
Cartilha álcool e jovens
Cartilha para educadores
Cartilha sobre tabaco
Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
Cartilha mudando comportamentos
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  • 2. Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 3. Presidência da República Vice-Presidência da República Gabinete de Segurança Institucional e Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
  • 4. Presidência da República Gabinete de Segurança Institucional Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Drogas: Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes 2ª edição Brasília, DF - 2010
  • 5. Secretária Adjunta e Responsável Técnica pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte Conteúdo e Texto original Copyright © 2010 Beatriz H. Carlini, MPH, PhD Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Adaptação para esta edição Disponível em: www.senad.gov.br Secretaria Nacional de Tiragem:51.000 exemplares Políticas sobre Drogas Impresso no Brasil Projeto Gráfico Edição Lew Lara Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Ilustração Endereço para correspondência: Toninho Euzébio Esplanada dos Ministérios Bloco “A” - 5º Andar Diagramação Brasília - DF Ponto Dois Design Gráfico CEP:70.050-907 Bruno Soares Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP) B823d Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Drogas : cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. - Brasília : Presidência da República, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010. 48 p. : il. - (Série Por dentro do assunto) Conteúdo e texto original de Beatriz H. Carlini. Adaptação para esta edição: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. 2ª edição 1.Drogas. 2. Maconha. 3. Cocaína. 4. Crack. 5. Drogas - efeitos. 6. Inalantes. I. Carlini, Beatriz H. II. Título. III. Série. CDU 613.83
  • 6. Apresentação Os novos tempos de governo, marcados pela ênfase na participação social e na organização da sociedade, valori- zam a descentralização das ações relacionadas à prevenção do uso de drogas e à atenção e reinserção social de usuários e dependentes. No desenvolvimento de seu papel de coordenação e arti- culação de ações voltadas a esses temas, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas apresenta a Série “Por Dentro do As- sunto”, com o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a públicos específicos. Esta série, construída com base nas necessidades ex- pressas por múltiplos setores da população e em conhecimen- tos científicos atualizados, procura apresentar as questões de forma leve, informal e interativa com os leitores. A iniciativa é norteada pela crença de que o encaminha- mento dos temas de interesse social só será efetivo com a alian- ça entre as ações do poder público e a sabedoria e o empenho de cada pessoa e de cada comunidade. Acreditamos estar, dessa forma, contribuindo com a nossa parte. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
  • 8. Maconha, cocaína e inalantes Poder fazer escolhas Esse direito é considerado, por muitos, um dos mais fun- damentais que uma sociedade pode oferecer. E tem sido um dos pilares dos movimentos sociais e políticos que o Brasil vi- venciou nos últimos 20 anos. Mas existe real escolha quando não se tem informação? Quando são veiculados muito mais os preconceitos e mitos so- bre determinados assuntos do que fatos científicos e estatísticas bem feitas? Ou será que nesse caso trata-se de manipulação, travestida de escolha? Esta cartilha oferece, em poucas páginas, informações científicas atualizadas sobre algumas drogas. O objetivo é con- tribuir para que nós, brasileiros, possamos exercer nosso direito de ter acesso a dados científicos numa área dominada por cren- ças e preconceitos. 7 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 9. O que são drogas? Drogas são substâncias que produzem mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional das pessoas. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, da dro- ga escolhida, da quantidade, frequência, expectativas e circuns- tâncias em que é consumida. Essa definição inclui os produtos ilegais (cocaína, maco- nha, ecstasy, heroína...) e também produtos como bebidas alco- ólicas, cigarros e vários remédios, que são legais, apesar de ha- ver restrições em sua comercialização. Por exemplo: é proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. 8 Série: Por Dentro do Assunto
  • 10. O efeito de uma droga é o mesmo para qualquer pessoa? Não. Os efeitos dependem basicamente de três fatores: da droga, do usuário e do meio ambiente. Cada tipo de droga, com suas características químicas, tende a produzir efeitos diferentes no organismo. A forma como uma substância é utilizada, assim como a quantidade consumi- da e o seu grau de pureza, também terão influência no efeito. Cada pessoa, com suas características físicas (biológicas) e psicológicas, tende a reagir de modo diferente. O estado emocional do usuário e suas expectativas em relação ao modo como a droga usada vai influenciá-lo são também fatores muito importantes. Finalmente, o meio ambiente influencia bastante a reação que a droga pode produzir. Ilustrando: uma pessoa que consome maconha numa festa, num dia em que está feliz, pode sentir um efeito muito di- ferente do que quando fuma maconha sozinha, num dia em que está ansiosa. O jovem que toma cerveja numa festa, pois tem convic- ção de que essa é a única maneira de relaxar e enturmar-se, pode perfeitamente se sentir entrosado e relaxado mesmo que tome cerveja sem álcool, não estando ciente desse fato. 9 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 11. 10 Série: Por Dentro do Assunto
  • 12. O Brasil destaca-se no mundo pelo alto consumo de drogas? Não exatamente Nos últimos vinte anos, o consumo de drogas, principal- mente o de bebidas alcoólicas, vem aumentando no Brasil. O mesmo tem acontecido com o uso de maconha, cocaína e crack. Mas não tem sido observado uso significativo de heroína e mor- fina, nem de metanfetamina. O uso de drogas no Brasil sempre foi discreto quando comparado ao de outros países. O crescimento mencionado aci- ma ainda não nos coloca no ranking das sociedades de maior consumo. Os Estados Unidos são o país campeão de uso de drogas, seguido do Canadá e de vários países europeus. É muito importante observar, no entanto, que nosso uso de drogas, mesmo que discreto no cenário internacional, está associado a um número muito grande de problemas, principal- mente violência, acidentes e AIDS. 11 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 13. 12 Série: Por Dentro do Assunto
  • 14. Cada caso é um caso Informações específicas sobre várias substâncias Maconha Quem usa? Maconha é a substância proibida por lei mais usada em nosso país. De acordo com pesquisa realizada em 2005, de cada 100 brasileiros, aproximadamente nove já haviam usado maconha pelo menos uma vez na vida (ou seja 9%). É claro que esse dado varia conforme o sexo e a idade: entre homens, 14,3% já usaram e, entre mulheres, 5,1%. O uso maior é entre jovens adultos de 18 a 24 anos de idade, atingindo a porcenta- gem de 17% nessa faixa etária, e menor entre adolescentes de 12 a 17 anos: 4,1%. 13 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 15. Infelizmente, nosso país não dispõe de dados mais an- tigos para saber se o uso da maconha permanece estável, se está diminuindo ou aumentando na nossa população como um todo. Sabe-se, no entanto, que entre estudantes da rede pública de ensino, pesquisados regularmente em dez capitais de todo o país, o uso na vida aumentou entre os anos de 1987 a 1997: em 1987, 2,8% dos estudantes de quinta série ao ensino médio re- lataram que já tinham usado maconha; em 1989 a porcentagem subiu para 3,4%, em 1993 para 4,5% e, em 1997, foi para 7,6%. Já no ano de 2004, quando se incluiu na pesquisa as 27 capitais brasileiras, observou-se que 5,9% dos estudantes pesquisados usaram maconha pelo menos uma vez na vida. 14 Série: Por Dentro do Assunto
  • 16. O que é maconha? Maconha é o nome popular de uma planta chamada Canna- bis Sativa, que tem sido usada há séculos por diferentes culturas, e em diferentes momentos da História, com fins médicos e indus- triais. Desde os anos 60, a maconha ficou mais conhecida pelo seu uso recreativo, com o propósito de alterar a consciência. 15 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 17. Os efeitos da maconha Como qualquer outra droga, seus efeitos vão depender da quantidade usada, da combinação com o uso de outras drogas e com outros fatores já mencionados nesta cartilha, relativos ao am- biente, ao estado emocional do usuário e às suas expectativas. Algumas pessoas, ao usarem maconha, sentem-se rela- xadas, falam bastante, riem à toa. Outras sentem-se ansiosas, amedrontadas e confusas. A mesma pessoa pode, de um uso para outro, experimentar efeitos diferentes. 16 Série: Por Dentro do Assunto
  • 18. Em doses pequenas, a maconha distorce os sentidos e a percepção. As pessoas podem relatar que as músicas ficam mais bonitas, as cores mais vivas, o cheiro, o gosto e o tato mais aguçados. A percepção de tempo e distância também fica altera- da e a consciência corporal aumentada. Todas essas sensações podem ser prazerosas para algumas pessoas e desagradáveis para outras. Em altas doses, a possibilidade de experimentar sensa- ções desagradáveis aumenta, podendo gerar confusão mental, paranóia (sensação de estar sendo perseguido), pânico e agita- ção. Podem também ocorrer alucinações. 17 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 19. Quais são os riscos de se usar maconha? O uso de maconha pode ser bastante arriscado, caso a pessoa, sob seu efeito, resolva dirigir, caminhar numa rua es- cura e movimentada, relacionar-se sexualmente com um des- conhecido, nadar ou operar uma máquina que exija boa coor- denação motora e reflexos rápidos. Para correr tais riscos não é preciso ser usuário habitual de maconha, basta estar sob o efeito da droga na circunstância inadequada. 18 Série: Por Dentro do Assunto
  • 20. O usuário crônico, que usa maconha regularmente por algum tempo, arrisca-se também a: • prejudicar sua memória e habilidade de processar infor- mações complexas; • irritar seu sistema respiratório, pela constante presença da fumaça em seus pulmões; • aumentar suas possibilidades de desenvolver câncer de pulmão, uma vez que a maconha tem o mesmo teor de alcatrão que os cigarros de tabaco. Maconha pode causar dependência? Pessoas que usam maconha por muitos anos, para lidar com o estresse, têm dificuldade de parar de usá-la. Em casos como esse, o usuário pode desenvolver dependência, isto é, a maconha torna-se tão importante na sua vida, que ele passa a organizá-la de maneira a facilitar seu uso, sentindo ansiedade quando não a tem disponível. Alguns desses usuários apresentam sintomas físicos e ansiedade quando param de usar maconha abruptamente. Po- dem apresentar distúrbios de sono, irritabilidade, perda de ape- tite, enjôo e sudorese. Esses sintomas duram, em geral, uma semana, à exceção do distúrbio de sono, que pode durar mais tempo. 19 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 21. 20 Série: Por Dentro do Assunto
  • 22. Cocaína Quem usa? Em pesquisa realizada em 2005, aproximadamente 3 em cada cem brasileiros relatam ter usado cocaína pelo me- nos uma vez na vida (2,9%). Nos Estados Unidos, esse con- sumo situa-se em 11,2%. O uso de cocaína no Brasil varia bastante conforme sexo e idade: situa-se em 5,4% entre homens e 1,2% entre mulheres. A faixa etária de maior uso ocorre entre 25 e 34 anos de idade, na qual atinge a porcentagem de 5,2%. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, 0,5% relatam já terem ex- perimentado essa droga. Da mesma forma que no uso de outras drogas, não dispo- mos, ainda, de dados para saber se o uso de cocaína permane- ce estável, se está diminuindo ou aumentando na nossa popula- ção como um todo. Entre estudantes da rede pública de ensino, 21 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 23. pesquisados regularmente em dez capitais do país, no entanto, contatou-se que o uso vem aumentando: em 1987, 0,5% dos estudantes de quinta série ao ensino médio relataram que já tinham usado cocaína pelo menos uma vez na vida; em 1989 a porcentagem subiu para 0,7%, em 1993 para 1,2% e em 1997, foi para 2,0%. Segundo o levantamento sobre o uso de drogas entre estudantes, realizado em 2004, o consumo permanece es- tável, em torno de 2%, para uso na vida desta substância. O que é cocaína? A cocaína é uma substância extraída das folhas da coca. Durante o século XIX e o início do século XX, foi vendida nas far- mácias como anestésico local e como tônico para dar mais ener- gia. No século XX, tornou-se uma substância ilegal, em grande parte devido aos efeitos danosos e, frequentemente, fatais cau- sados a seus usuários. A cocaína, em pó, é usualmente inalada ou injetada. Os efeitos da cocaína A ação da cocaína no cérebro provoca, em muitos de seus usuários, a sensação de alerta e faz com que se sintam cheios de energia, sociáveis, confiantes e controlados. Essas 22 Série: Por Dentro do Assunto
  • 24. sensações podem ser tão poderosas e prazerosas que muitos usuários querem repetir o uso tão logo o efeito passe. Para outros, a cocaína não provoca esse prazer. As sensações mais relatadas, nesse caso, são necessidade de isolamento, ansiedade ou mesmo pânico. Maiores doses de cocaína aumentam esses efeitos, sejam os descritos como bons ou ruins. Nos casos em que o usuário usa cocaína freqüentemente, e por um período pro- longado, é comum experimentar uma síndrome paranóica (sensação de perseguição) exacerbada, vendo inimigos em todos os lugares. Ter dificuldades em comer e dormir é tam- bém comum nesses casos. Quais são os riscos de se usar cocaína? A cocaína é uma droga estimulante muito potente que, basicamente, faz com que o cérebro e o corpo trabalhem com muita intensidade. O coração dispara, a pressão arterial e a tem- peratura sobem. Quando o efeito da cocaína pára, o corpo está exausto e é muito comum a pessoa sentir-se deprimida. Muitos voltam a usá-la na tentativa de aliviar a exaustão e a depressão com mais cocaína, criando um ciclo vicioso de alto risco. 23 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 25. 24 Série: Por Dentro do Assunto
  • 26. Outra possibilidade perigosa é a overdose, não muito rara em usuários de cocaína injetada. Nesse caso, a morte pode ocorrer por convulsão, falência cardíaca ou depressão respiratória. Para aqueles que injetam cocaína, o risco de contrair hepatites, AIDS e outras infecções, pelo uso de seringas con- taminadas, é também alto. Finalmente, no caso do usuário ser tomado por crises paranóicas, aumenta ainda mais o risco de ocorrência de vio- lência e acidentes. Na tentativa de lidar com o pavor e a sen- sação de perseguição, o usuário pode ferir a si mesmo e aos outros, de modo muitas vezes irremediável. Cocaína pode causar dependência? Sim. Muitos usuários que fazem uso abusivo de cocaína desenvolvem compulsão pela droga e sofrem de intensa depres- são quando ficam sem ela. A sensação só é amenizada quando conseguem usar cocaína novamente. 25 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 27. Crack e merla Quem usa? Menos de 1% dos brasileiros já teve algum contato com o crack. Na pesquisa realizada em 2005, 0,7% das pessoas rela- taram já ter usado crack pelo menos uma vez na vida. Homens experimentaram mais que mulheres, 1,5% e 0,2%, respectiva- mente. A maior porcentagem de uso se encontra na faixa etá- ria de 25 a 34 anos, entre homens. Enquanto o crack ganhou popularidade em São Paulo, a merla é mais usada no Distrito Federal, de onde se espalhou para o norte e o nordeste do país. Nos Estados Unidos o crack já foi usado por 2% das pessoas. 26 Série: Por Dentro do Assunto
  • 28. O que é crack? Reputado como uma nova droga, o crack não passa de um novo jeito de preparar e usar a cocaína. Tornado popular nos meados da década de 1990, o crack é denominado pedra pelos usuários brasileiros e consumido por via oral (fumado em cachimbo). A pedra unitária tem preço mais acessível do que a cocaína em pó, dando a impressão de que o usuário economiza quando troca o modo de consumo. Mas essa economia é ilu- sória, pois a pedra tem uma quantidade mínima de substância ativa, muito menor do que o pó. Seus efeitos, porém, são mais pronunciados pela liberação da cocaína diretamente na corrente sanguínea através dos pulmões. O que é merla? A merla (mela, mel ou melado) é a cocaína apresentada sob a forma de base ou pasta, um produto ainda sem refino e muito contaminado com as substâncias utilizadas na extração. É preparada de forma diferente do crack, mas também é fumada. Quais os efeitos do crack e da merla? Os efeitos do crack e da merla, os riscos associados a seu uso e o potencial de dependência são basicamente os mes- mos da cocaína em pó, apresentados anteriomente. 27 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 29. 28 Série: Por Dentro do Assunto
  • 30. Solventes ou inalantes Quem usa? Cerca de 6% dos brasileiros já inalaram algum produto solvente ou inalante (cola, benzina, éter, gasolina, acetona). Esse dado varia conforme o sexo e a idade: entre homens, 10,3% já usaram e entre mulheres, 3,3%. Os solventes ou ina- lantes são, em geral, a primeira droga usada por adolescentes, depois de álcool e tabaco. O preço acessível e a grande dis- ponibilidade também tornam os inalantes muito usados entre crianças e adolescentes em situação de rua. Os jovens adultos 29 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 31. tendem a usá-los na forma de lança-perfume ou “loló” (mistura de éter com aromatizantes). Esses produtos são fabricados com o intuito de serem usados para obter alterações de consciência, sem nenhuma utilidade industrial ou combustível. O Brasil não dispõe de dados mais antigos para saber se o uso de inalantes permanece estável, se está diminuindo ou aumentando na nossa população. Pesquisas mostram, no entanto, que entre estudantes da rede pública de ensino, pes- quisados regularmente nas capitais do país, o uso tem perma- necido estável entre 14% e 15% desde 1987. 30 Série: Por Dentro do Assunto
  • 32. O que são inalantes? Os inalantes são, na sua maioria, produtos industriais, com- bustíveis ou de limpeza, que são inalados com o propósito de sentir algum “barato”. Quase todos os solventes ou os inalantes se torna- ram drogas de uso recreativo, embora não tenham sido fabricados com esse propósito. No Brasil, alguns inalantes são também fabri- cados clandestinamente ou contrabandeados, para fins de abuso, como é o caso do lança-perfume e do “cheirinho da loló”. Todos esses produtos têm em comum alguma substância volátil, ou seja, que se evapora muito facilmente, sem precisar de aquecimento. Essa substância volátil, aspirada pelo nariz ou pela boca, é o componente responsável pelos efeitos que os usuários de inalantes buscam. 31 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 33. Na tabela abaixo, são descritos os principais produtos que são inalados como drogas e seu produto volátil: Solventes voláteis Tolueno, hexano, acetato de etila, benzeno, tricloroetileno, diclorometano Colas, vernizes, esmaltes, tintas, removedores, líquidos corretivos, gasolina, tinta spray, fixador de cabelos, desodorante Gases Butano, propano, freon Gás de isqueiro, cozinha, geladeira Éter, clorofórmio, óxido nitroso Anestésicos Éter, clorofórmio, acetato de etila (*) Lança-perfume, “cheirinho da loló” (*) esse dado não é preciso, uma vez que esses produtos são produzidos e/ou comer- cializados ilegalmente. 32 Série: Por Dentro do Assunto
  • 34. Os efeitos dos inalantes Os efeitos do uso de inalantes aparecem e desaparecem muito rapidamente. Em poucos segundos depois de aspirados, os efeitos já são sentidos, uma vez que passam diretamente dos pulmões para a circulação sanguínea, atingindo o cérebro e o fígado, órgãos com maior volume de sangue no corpo. A inalação desses produtos, inicialmente, provoca euforia, caracterizada por cabeça leve, girando, fantasias que parecem re- ais. Essas sensações acabam em poucos minutos e essa é a ra- zão pela qual os usuários habituais de inalantes colocam o produto num saco plástico, e ficam cheirando durante muito tempo. 33 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 35. Quais são os riscos de se usar inalantes? Apesar da pouca atenção que esses produtos recebem dos meios de comunicação de massa, em comparação com dro- gas de menor consumo por nossa população, o uso de inalantes é uma prática muito arriscada. Muitos jovens morrem quando usam inalantes, alguns deles usuários novatos, num fenômeno chamado “morte súbita por inalação de solventes”. Muitas vezes essas mortes ocorrem quando alguém que inalou o produto repetidamente se subme- te a algum exercício ou stress inesperado. Nessas situações, a morte é causada por falência cardíaca associada à arritmia car- díaca acentuada. Outra forma frequente de morte por inalação de solventes dá-se por sufocamento: o usuário desmaia com o saco plástico na boca e nariz e morre por falta de ar. Outras consequências, menos trágicas, mas também muito sérias, são os danos ao fígado e rins, perda de peso, ferimentos no nariz e boca. Em usuários que fazem uso abu- sivo e crônico, os inalantes podem causar danos irreversíveis no cérebro. 34 Série: Por Dentro do Assunto
  • 36. Inalantes causam dependência? Alguns usuários de inalantes desenvolvem dependência desses produtos, tendo muita dificuldade de abandonar o hábi- to. Mais frequentemente, no entanto, o uso de inalantes é uma atividade de grupo, passageira ou fruto de curiosidade de alguns pré-adolescentes, que resolvem experimentar sensações novas com produtos disponíveis dentro de suas próprias casas. Mas os acidentes podem acontecer mesmo em um uso ocasional. 35 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 37. 36 Série: Por Dentro do Assunto
  • 38. Refletindo Todas as informações apresentadas nesta cartilha têm fundamento em pesquisas e estudos científicos e podem nos ajudar a refletir sobre os nossos comportamentos e a avaliar os riscos a eles associados. Ter liberdade não significa poder fazer aquilo que queremos, a qualquer hora, mas ter consciência dos efeitos e consequências de nossos atos para poder tomar deci- sões responsáveis. 37 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 39. Recursos comunitários Apresentamos, abaixo, algumas indicações de institui- ções públicas, privadas e órgãos não-governamentais das quais você poderá dispor na sua cidade ou região caso queira obter maiores informações sobre o assunto abordado nesta cartilha. Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas - SENAD • SENAD Esplanada dos Ministérios Bloco “A” - 5º Andar Brasília - DF. CEP:70.050-907 www.senad.gov.br • Central de Atendimento VIVA VOZ 0800 510 0015 http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/index.php • Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas - OBID www.obid.senad.gov.br No Observatório Brasileiro de informações sobre Drogas (OBID) você vai encontrar muitas informações importantes: contatos de locais para tratamento em todo o país, instituições que fazem prevenção, grupos de ajuda-mútua e outros recursos comunitários. São disponibilizadas, ainda, informações atualizadas sobre drogas, cursos, palestras e eventos. 39 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 40. Dentro do OBID, há dois sites específicos voltados para os jovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco, além de uma relação de links para outros sites que irão ampliar o seu conhecimento. • Mundo Jovem www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem • Jovem sem Tabaco www.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabaco Outras Referências • Ministério da Saúde www.saude.gov.br Disque Saúde: 0800 61 1997 • Centros de Atenção Psicossocial - CAPS www.saude.gov.br Disque Saúde: 0800 61 1997 • Programa Nacional de DST e AIDS www.aids.gov.br • Conselhos Estaduais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu estado consulte o site: www.obid.senad.gov.br • Conselhos Municipais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu município consulte o site: www.obid.senad.gov.br 40 Série: Por Dentro do Assunto
  • 41. Grupos de auto-ajuda • Alcoólicos Anônimos - AA www.alcoolicosanonimos.org.br Central de Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333 Caixa Postal 580 CEP 01060-970 - São Paulo • AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos de alcoólicos) www.al-anon.org.br • Amor-exigente (Para pais e familiares de usuários de drogas) www.amorexigente.org.br • Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos para familiares e amigos de usuários de drogas) www.naranon.org.br • Narcóticos Anônimos - NA www.na.org.br • Associação Brasileira de Terapia Comunitária - ABRATECOM www.abratecom.org.br • Pastoral da Sobriedade www.sobriedade.org.br 41 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 42. Leituras que ajudam Série de publicações disponibilizadas pela Senad: As publicações listadas abaixo são distribuídas gratuitamente e enviadas pelos Correios. Podem ser solicitadas no site da SENAD (www.senad.gov.br) ou pelo telefone do serviço VIVA VOZ. Estão também disponíveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) para download. • Cartilhas da Série Por Dentro do Assunto. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010 • Glossário de Álcool e Drogas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010 • Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas. Leitura recomendada para alunos a partir do 7º ano do ensino fundamental. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas - CEBRID, 2010 42 Série: Por Dentro do Assunto
  • 43. Outras referências de leituras • 123 Respostas Sobre Drogas - Coleção Diálogo na Sala de Aula. Içami Tiba. São Paulo: Editora Scipione, 2003. • Admirável Mundo Novo. Aldous Huxley. São Paulo: Globo, 2001. • Anjos caídos - Como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente. Içami Tiba. São Paulo: Gente, 1999. • Conversando sobre drogas. Ronaldo Ribeiro Jacobina, Antonio Nery Filho, Salvador: Edufba, 1999. • Desafio da convivência - Pais e Filhos. Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Gente, 1998. • Depois Daquela Viagem: Diário de Bordo de uma Jovem que Aprendeu a Viver com Aids. Valeria Piassa Polizzi. São Paulo: Ática, 2003. • Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas. Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Olho D’ Água, 1991. • Drogas - mitos e verdades. Beatriz Carlini Cotrim. São Paulo: Ática, 1998. • Drogas, Prevenção e Tratamento - O que você queria saber sobre drogas e não tinha a quem perguntar. Daniela Maluf e cols. São Paulo: Cia Editora, 2002. 43 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 44. • Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída. Kai Herman. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. • Esmeralda - Por que não dancei. Esmeralda do Carmo Ortiz. São Paulo: Editora Senac, 2001. • Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com Álcool e Outras Drogas - Coleção Guia para Família. v. 1. Selma de Lourdes Bordin; Marine Meyer; Sérgio Nicastri; Ellen Burd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. São Paulo: Atheneu, 2004. • Liberdade é poder decidir. Maria de Lurdes Zemel e Maria Elisa de Lamboy. São Paulo: FTD, 2000. • O que é toxicomania. Jandira Masur. São Paulo: Brasiliense, 1986. • O Vencedor. Frei Betto. São Paulo: Ática, 2000. • Pais e Filhos - companheiros de Viagem. Roberto Shinyashiki. São Paulo: Gente, 1992. • Satisfaçam minha curiosidade - Drogas. Susana Leote. São Paulo: Impala Editores, 2003. • Tabebuias: ou Histórias Reais daqueles que se livraram das drogas na Fazenda da Esperança. Christiane Suplicy Teixeira. São Paulo: Cidade Nova, 2001. 44 Série: Por Dentro do Assunto
  • 45. Filmes sobre o tema • 28 dias, 2000. Direção: Betty Thomas • A corrente do bem, 2000. Direção: Mini Leder • Bicho de sete cabeças, 2000. Direção: Laís Bodanzky • Coisas Que perdemos pelo Caminho, 2007. Direção: Susanne Bier. • Diário de um adolescente, 1995. Direção: Scott Kalvert • Despedida em Las Vegas, 1996. Direção: Mike Figgis • Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída, 1981. Direção: Uli Edel • Ironweed, 1987. Direção: Hector Babenco • La Luna, 1979. Direção: Bernardo Bertolucci • Maria cheia de graça, 2004. Direção: Joshua Marston • Meu nome não é Johnny, 2008. Direção: Mauro Lima 45 Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes
  • 46. • Notícias de uma guerra particular, 1999. Direção: João Moreira Salles e Kátia Lund • O Casamento de Rachel, 2008. Direção: Jonathan Demme • O Informante, 1999. Direção: Michael Mann • Por volta da meia noite, 1986. Direção: Bertrand Tavernier • Quando um homem ama uma mulher, 1994. Direção: Luis Mandoki • Ray, 2004. Direção: Taylor Hackford • Réquiem para um sonho, 2000. Direção: Darren Aronofsky • Todos os corações do mundo, 1995. Direção: Murillo Salles 46 Série: Por Dentro do Assunto
  • 47. O QUE É O VIVAVOZ ? O VIVAVOZ é uma central telefônica de orientações e informações sobre a prevenção do uso indevido de drogas. O telefonema é gratuito e o atendi- mento é sigiloso. A pessoa não precisa se identificar. É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE • O atendimento é realizado por consultores capacitados e supervisionados por profissionais, mestres e doutores, da área da saúde • Os profissionais indicam locais para tratamento • Oferecem aconselhamento por meio de intervenção breve para pessoas que usam drogas e seus familiares • Prestam informações científicas sobre drogas • O horário de funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 24h O VIVAVOZ é resultado de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Polí- ticas sobre Drogas - SENAD e a Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre. Após 4 anos de funcionamento, os resultados positivos e a demanda do público para o teleatendimento apontaram para a necessidade de ampliação do serviço. Para isto, uma parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça, permitiu a ampliação do período de atendimento. 48 Série: Por Dentro do Assunto
  • 48. DROGAS Cartilha para pais de crianças Cartilha para pais de adolescentes Cartilha álcool e jovens Cartilha para educadores Cartilha sobre tabaco Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes Cartilha mudando comportamentos