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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
          RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA




AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA
 DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB




                   São Paulo, SP
                       2009
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
          RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA




AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA
 DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB



               Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
               de Sistemas de Informação da Universidade de Mogi das
               Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos
               para a conclusão do curso.




           Professor Orientador: Bruno Hideo Casillo




                       São Paulo, SP
                           2009
RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA




AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA
 DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB



                  Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
                  de Sistemas de Informação da Universidade de Mogi das
                  Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos
                  para a conclusão do curso.




      Aprovado em_________________________________




                BANCA EXAMINADORA




                   Professor: Bruno Hideo Casillo
        Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos


                             Professor:
        Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos


                             Professor:
        Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos
AGRADECIMENTOS


A minha família, por me ajudar e me confortar em todos os momentos de dificuldade.


Ao professor Bruno Hideo Casillo, que contribuiu com suas orientações da melhor
maneira possível.

Aos professores em geral, por estarem sempre disponíveis para ajudar no
desenvolvimento deste trabalho.

Aos amigos em geral, por participarem de alguma forma no progresso deste
trabalho.

Aos participantes deficientes visuais, que aceitaram participar desta pesquisa
acadêmica. O que viabilizou a principal fonte deste trabalho.
“Autoconfiança é o primeiro segredo para se alcançar o sucesso.”
                                        (Ralph Waldo Emerson)
RESUMO


A deficiência visual é um problema que limita em grande parte o acesso de uma
pessoa em diversas atividades. Dentre elas, o acesso ao computador e as principais
tecnologias utilizadas por uma pequena parcela da população. Devido a esta
necessidade, as intenções de tornar mais usáveis e acessíveis estas tecnologias
guiam as pesquisas na área da Interação Humano–Computador dentro do estudo da
Ergonomia. Este trabalho consiste no monitoramento de participantes deficientes
visuais em avaliações práticas de usabilidade e acessibilidade utilizando a
ferramenta assistiva Virtual Vision com o intuito de descobrir as reais necessidades
deste público, no que diz respeito à usabilidade e à acessibilidade, em serviços de
busca na web, realizados nos dias 12, 13 e 21 de novembro de 2009, apontando
problemas e sugerindo correções para o aprimoramento destes serviços de acordo
com diretrizes de diversos autores. Desta maneira, contribuindo para a redução dos
obstáculos enfrentados por este público, ampliando a inclusão digital para todos.


Palavras-chave: Deficiência Visual, IHC, Usabilidade, Acessibilidade, Ferramenta
Assistiva, Virtual Vision, Inclusão Digital, Serviços de Busca.
ABSTRACT


Visual impairment is a problem that largely restricts the access of a person in various
activities. Among them, computer access and the main technologies used by a small
portion of the population. Because of this need, the intentions to make it more usable
and accessible for these technologies guide the research in human-computer
interaction in the study of ergonomics. This work consists of monitoring the visually
impaired participants in practical assessments of usability and accessibility using
assistive tool Virtual Vision in order to discover the real needs of the public with
regard to usability and accessibility of services for Web search, conducted on days
12, 13 and 21 november 2009, identifying the problems and suggesting fixes for the
improvement of these services in accordance with guidelines from various authors. In
this way, contributing to the reduction of barriers faced by the public, broadening
digital inclusion for all.


Keywords: Visual Impairment, HCI, Usability, Accessibility, Assistive Tool, Virtual
Vision, Digital Inclusion, Search Services.
LISTA DE TABELAS


Tabela 1. Cronograma de tarefas. ............................................................................ 27
Tabela 2. Os dez princípios das Heurísticas de Usabilidade. ................................... 28
Tabela 3. Graus de Severidade. ............................................................................... 28
Tabela 4. Descrição do script dos testes. ................................................................. 30
LISTA DE FIGURAS


Figura 1. Desenho Metodológico. ............................................................................. 26
Figura 2. Perfil dos indivíduos da pesquisa. ............................................................. 31
Figura 3. Favorecimento ao acesso de link patrocinado e link de anuncio confuso. 36
Figura 4. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Google. ........ 37
Figura 5. Problemas no filtro por opções em páginas em português e páginas do
Brasil e nas opções de detalhe de imagens. ............................................................ 38
Figura 6. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Bing. ............ 39
Figura 7. Problemas de poluição visual na Interface. ............................................... 40
Figura 8. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Cadê. ........... 41
Figura 9. Barra de serviços do UOL e link patrocinado. ........................................... 42
Figura 10. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no UOL Busca. 43
Figura 11. Avaliação Geral das Ferramentas. .......................................................... 44
Figura 12. Porcentagem de dificuldades das tarefas realizadas. ............................. 45
Figura 13. Alteração do significado de link patrocinado e de legenda com termos
técnicos e em inglês para o português em imagens e vídeos. ................................. 48
Figura 14. Foco prioritário em tag de HTML radio Button e melhor esclarecimento em
opções de exibição de imagens. .............................................................................. 48
Figura 15. Diminuição da poluição visual e reavaliação de termos técnico e em inglês
sem nenhum Feedback. ........................................................................................... 49
Figura 16. Serviços do UOL e reestruturação no design e na programação da página
de busca por vídeos. ................................................................................................ 49
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS


IHC         Interação Humano-Computador

HCI         Human-Computer Interaction

PCD         Pessoa com deficiência

PPD         Pessoa portadora de deficiência

ONU         Organização das Nações Unidas

HTML        Hyper Text Markup Language

NVDA        Non Visual Desktop Access

UFRJ        Universidade Federal do Rio de Janeiro

MS-DOS      Microsoft Document Operation System

W3C         World Wide Web Consortium

WAI         Web Accessibility Initiative

WCAG        Web Contents Accessibility Guidelines

3G          Terceira Geração

UOL         Universo Online
SUMÁRIO


1    INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
    1.1 Objetivo .......................................................................................................... 13
    1.2 Motivação ....................................................................................................... 13
    1.3 Estrutura do Trabalho ..................................................................................... 13
2    CONTEXTO GERAL DA DEFICIÊNCIA VISUAL ............................................... 15
    2.1 A Deficiência Visual ........................................................................................ 16
    2.2 As Diferentes Reações e Dificuldades ........................................................... 16
     2.2.1 Confrontando a Tecnologia ....................................................................... 17
    2.3 A Inclusão Digital e sua Importância na Deficiência Visual ............................ 18
    2.4 A Escolha do Virtual Vision ............................................................................ 19
    2.5 Por Que o Serviço de Busca .......................................................................... 20
3    USABILIDADE E ACESSIBILIDADE NA IHC ..................................................... 21
    3.1 A Interação Humano–Computador ................................................................. 21
    3.2 A Usabilidade na Internet ............................................................................... 22
    3.3 A Acessibilidade na Internet ........................................................................... 23
    3.4 Diretrizes de Usabilidade e Acessibilidade ..................................................... 23
     3.4.1 Hipóteses de Diretrizes para a Deficiência Visual ..................................... 25
4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................ 26
  4.1 Procedimento Metodológico ........................................................................... 26
    4.2 Técnicas Utilizadas......................................................................................... 27
     4.2.1 Critérios para a Escolha dos Serviços de Busca ....................................... 29
    4.3 Pesquisa de Campo ....................................................................................... 29
     4.3.1 Indivíduos da Pesquisa ............................................................................. 31
    4.4 Materiais de Ambiente .................................................................................... 33
5 AVALIAÇÕES E RESULTADOS .......................................................................... 35
  5.1 Avaliação Inicial das Ferramentas .................................................................. 35
    5.2 Avaliações Práticas das Ferramentas com os Pesquisados .......................... 36
     5.2.1 Google ....................................................................................................... 36
     5.2.2 Bing ........................................................................................................... 38
     5.2.3 Cadê .......................................................................................................... 39
     5.2.4 UOL Busca ................................................................................................ 41
    5.3 Análise dos Resultados .................................................................................. 43
    5.4 Proposta de Correções para o Aprimoramento das Ferramentas .................. 46
5.4.1 Virtual Vision ............................................................................................. 47
     5.4.2 Google ....................................................................................................... 47
     5.4.3 Bing ........................................................................................................... 48
     5.4.4 Cadê .......................................................................................................... 48
     5.4.5 UOL Busca ................................................................................................ 49
   5.5 Opiniões de Aprimoramento para as Ferramentas ......................................... 50
6 CONCLUSÃO..................................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 52
GLOSSÁRIO ............................................................................................................ 57
APÊNDICE A ............................................................................................................ 60
Questionário de Perfil ............................................................................................... 60
APÊNDICE B ............................................................................................................ 65
Entrevista Pós Testes ............................................................................................... 65
APÊNDICE C............................................................................................................ 68
Termo de Confidencialidade ..................................................................................... 68
APÊNDICE D............................................................................................................ 71
Banco de Tarefas ..................................................................................................... 71
12




1 INTRODUÇÃO


       A pessoa com deficiência (PCD) está aquém de todo o seu potencial, devido
às limitações que são impostas a eles. Seus sonhos e objetivos esbarram no mundo
que se desenvolve apenas para as pessoas comuns, cultivando a exclusão social.
Esta exclusão deve-se não apenas as barreiras arquitetônicas encontradas pelo
PCD visual, mas também pela percepção de espaço que segundo Lynch (1988),
está vinculado primeiramente ao sentido da visão, que é responsável pelo primeiro
impacto criador de significados do ambiente.


       Quando se trata de tecnologia, a internet é a principal ferramenta de
motivação e incentivo para os PCD’s, por ser uma ferramenta que os conecta com o
mundo exterior, abrindo novos horizontes de conhecimento, fazendo com que eles
se sintam importantes e úteis para a sociedade. Segundo Tonet (2006): “A Internet e
o computador alargaram os horizontes dos deficientes visuais, a quantidade de
informações a que ele tem acesso através desses recursos é muito maior do que por
meio de outros veículos”. Entretanto, a internet não está totalmente apropriada para
um acesso de qualidade por estas pessoas.


       Diante deste cenário, a Interação Humano–Computador (IHC) é um fator
importante para a mudança, provando que é possível ter um site apropriado e
acessível com pouco investimento, mas com um alto retorno. Os padrões de
acessibilidade definidos pelo World Wide Web Consortium (W3C) também
contribuem para a qualidade do acesso à internet, juntamente com as ferramentas
assistivas, configurações e adaptações dos sistemas que auxiliam para uma
melhoria no acesso destas tecnologias, diminuindo as dificuldades encontradas por
estas pessoas.


       Mesmo com estes avanços, tudo que já é disponível ao PCD ainda não é o
suficiente para um uso completo e eficaz. Deve haver uma mudança de
comportamento no que se diz respeito aos PCD’s, estas pessoas também são
usuários capazes de realizar as mesmas tarefas de um usuário comum. Portanto, é
de direito deles, também o acesso a essas tecnologias.
13




1.1 Objetivo

      O objetivo deste trabalho é apresentar uma avaliação de usabilidade e
acessibilidade utilizando ferramentas assistivas para os serviços de busca na web
realizados por voluntários deficientes visuais.


      Como contribuição, o trabalho apontará algumas falhas encontradas nestas
ferramentas e irá propor possíveis correções para o aprimoramento dos mesmos,
baseadas nas diretrizes de usabilidade e acessibilidade.



1.2 Motivação

      O PCD visual tem seus direitos. Porém, muitas vezes esses direitos não são
respeitados. Por isso, a partir de uma reportagem tratando de acessibilidade para
deficientes visuais, surgiu à idéia para o tema e após uma breve pesquisa, a certeza
de que este trabalho pode contribuir de alguma forma para a evolução do acesso
dos PCD’s visuais a internet. É importante salientar que nem todos os problemas
enfrentados por estas pessoas se resumem no acesso a um computador. Mas,
desde que possa ser feito algo para sua melhoria, já é um grande passo para a
diminuição de seus problemas.



1.3 Estrutura do Trabalho


        Para atender os objetivos propostos, o restante deste trabalho possui a
seguinte estrutura:


   • Capítulo 2: Contexto Geral da Deficiência Visual - Apresenta as dificuldades e
       necessidades encontradas pelos PCD’s, em específico o visual, qual a
       importância da inclusão digital para estas pessoas, um resumo sobre a
       escolha da ferramenta assistiva Virtual Vision e o serviço de busca.
14




• Capítulo 3: Usabilidade e Acessibilidade na IHC - Apresenta os conceitos de
   usabilidade e acessibilidade dentro da interação humano-computador e suas
   diretrizes.


• Capítulo 4: Métodos e Técnicas de Pesquisa - Apresenta os métodos e
   técnicas utilizados para a realização dos processos e um breve resumo dos
   participantes pesquisados.


• Capítulo 5: Avaliações e Resultados - Apresentam uma avaliação inicial de
   acordo com as diretrizes pesquisadas, uma avaliação prática com os
   voluntários e seus resultados, e por fim, uma análise dos resultados.


• Capítulo 6: Conclusão - Encerra o trabalho apresentando opiniões,
   discussões e considerações finais sobre a pesquisa.
15




2 CONTEXTO GERAL DA DEFICIÊNCIA VISUAL


      Em toda a legislação brasileira, a pessoa com deficiência é indicado por
pessoa portadora de deficiência (PPD), porém, esta sigla está desatualizada, de
acordo com a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência aprovada na
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 e
incorporada à constituição brasileira em 2008, o termo correto utilizado agora é
pessoa com deficiência (PCD) que é definido como:


                           Aqueles que têm impedimentos de longo prazo na natureza, mental,
                           intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
                           barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva em
                           igualdade de condições com as demais pessoas. (ONU, 2006, 2008).


      Ainda segundo o Ministério da Saúde (MS), a política nacional do PCD define
como propósitos gerais:


                           Proteger a saúde do PCD; reabilitar o PCD na sua capacidade
                           funcional e desempenho humano, contribuindo para a sua inclusão
                           em todas as esferas da visão social; e prevenir agravos que
                           determinem o aparecimento de deficiências. (MS, 2002).


      De acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2000), cerca de 24,6 milhões de pessoas, 14,5% da
população possuem algum tipo de deficiência. Um número alto comparado aos
poucos recursos disponíveis para o amparo, tratamento, entretenimento e outros
recursos que lhe é de direito.


      No que se trata de Inclusão Digital, temos um avanço maior. Para sanar a
exclusão social aos PCD’s, já existem mecanismos tanto físicos, como acessórios,
quanto virtuais, como softwares para o auxílio no uso ao computador. Nesta
reflexão, procura-se repensar não no que está sendo feito para melhorar o acesso
do PCD à tecnologia e sim a tecnologia que não acompanha como deveria os
avanços neste setor.
16




2.1 A Deficiência Visual


      O censo demográfico do IBGE (2000) diz que desses 24,6 milhões de PCD’s,
16,6 milhões de pessoas são incapazes, com alguma ou grande dificuldade
permanente de enxergar, totalizando entre homens, mulheres, crianças e idosos na
faixa etária entre 0 e 80 anos ou mais. Dentre esses números, 150 mil dizem possuir
cegueira. É importante ressaltar também que a proporção desses números aumenta
de acordo com o envelhecimento da população.


      O PCD visual tem um histórico que retrata diferentes momentos: de acordo
com Mecloy (1974) desde a era primitiva, os PCD’s visuais eram considerados
espíritos maus castigados por Deus, sendo excluídos, abandonados ou até mortos.
Passando pelo período do Cristianismo, onde segundo Pessotti (1984) e Amaral
(1995) passaram a ser considerados seres divinos com diferentes indagações até o
período de transição do Feudalismo para o Capitalismo, onde afirma Sanchez
(1992), surgiram os primeiros conhecimentos anátomo-fisiológicos, possibilitando o
melhor entendimento e compreensão sobre a cegueira.


      Desta maneira, os PCD’s visuais foram obtendo o seu espaço com o tempo,
com a criação do sistema em Braille, que é um processo de leitura e escrita em
relevo, criada pelo francês Louis Braille, a criação de institutos para cegos nos
Estados Unidos, a criação universal dos direitos humanos a partir do século XX, os
PCD’s visuais foram adquirindo um espaço na sociedade (FRANCO; DIAS, 2005).



2.2 As Diferentes Reações e Dificuldades

      É importante lembrar que existem diferenças entre uma pessoa que nasceu
cega e uma pessoa que adquiriu a cegueira ao decorrer da vida. A pessoa que
nasceu cega aprendeu a aceitar o problema e a lidar com ele. Entretanto, a pessoa
que adquiriu a cegueira passa a ter diferentes reações. Segundo Adams (1980), ela
reage de diversas maneiras: o choque ao saber que não poderá mais enxergar,
imobilidade psicológica, depressão, sentimentos de piedade, necessidade de
confidências, pensamentos suicidas, retardamento psicomotor, dentre outros,
17




implicando no processo de reabilitação. Três reações contínuas também foram
apontadas: o prolongamento da depressão comum para uma depressão masoquista,
a desordem de características e o isolamento entre aqueles que estão na mesma
situação e o resto da sociedade.


      Ainda segundo Fitzgerald (1970, apud ADAMS, 1980), é descrito mais quatro
fases diferentes num período de dez meses aproximadamente. A descrença em si,
negando sua atual situação, o protesto, não aceitando sua condição, indo à procura
de uma segunda opinião, a depressão refletida em seu corpo como a perda de peso,
falta de apetite, dentre outros e por fim, a recuperação e aceitação de sua situação.
A perda da visão também reflete em sua integridade física, num processo de
debilitação temporária de seus sentidos restantes, a perda do contato com a
realidade, sua noção de espaço e suas habilidades básicas como a comunicação
escrita e corporal. (BARCZINSKI, 2005)


      Segundo Almeida (2005), a cegueira ou a baixa visão limita a pessoa a vários
aspectos: a leitura e a escrita, a aquisição de conceitos, a dependência, a
mobilidade dentre outros, acarretando em um desenvolvimento falho do indivíduo. O
preconceito e a discriminação, também são aspectos que contribuem para a difícil
recuperação de uma pessoa que acabara de perder a visão.



2.2.1 Confrontando a Tecnologia

      Aos poucos PCD’s que possuem o contato com a tecnologia, observa-se uma
dificuldade conflitante com as rápidas evoluções tecnológicas. E não apenas o
acesso ao computador, outras tecnologias domésticas ou eletrônicas não estão
preparadas para o uso geral, em específico aos PCD’s. De acordo com Norman
(1990) deve ser de fácil entendimento e com claros indicadores de manuseio.


      Não é difícil encontrarmos situações em que a tecnologia se forma como uma
barreira para o PCD visual. Temos como um exemplo básico a era do Touchscreen,
uma das principais evoluções da tecnologia, é praticamente impossível um PCD
visual utilizar algum aparelho, seja ele doméstico ou eletrônico que possui telas
18




sensíveis ao toque, uma discussão que deve ser considerada na produção destes
eletrônicos. Conforme afirma Vygotski (1984), o desenvolvimento de um sujeito não
pode ser compreendido por meio de um estudo do indivíduo. É preciso conhecer a
vida social no qual o indivíduo se desenvolve. (BARBOSA; CHEIRAN; VIEIRA,
2008).



2.3 A Inclusão Digital e sua Importância na Deficiência Visual


         A inclusão digital para o PCD visual é possível num contexto geral, de acordo
com Belarmino (2004) “[...] onde a cegueira não seja vista como limitação ou
empecilho, mas que seja pensada como experiência criadora, como condição
específica de um ser humano total”.


         É importante que a sociedade tenha consciência de que os PCD’s não são
pessoas incapazes devido a sua deficiência, o importante é que exista uma estrutura
de comunicação entre o PCD e uma pessoa comum. Segundo Vygotski (1984), o
que compensa a cegueira não é o maior desenvolvimento dos outros sentidos, mas
sim a experiência social com outras pessoas. Observamos também em estudos
feitos pelo instituto Benjamin Constant (IBC, 2005), que o PCD visual, tratado com
seus devidos cuidados, consegue se desenvolver normalmente, tornando-se
independente em diversas tarefas e o auxílio do computador tem uma grande
contribuição para esse desenvolvimento.


         Entretanto, o estigma social de inaptidão, trás um sentimento de culpa ao
PCD visual, fazendo com que ele se sinta reprimido por não saber ou não estar apto
a lidar com este tipo de tecnologia.


         Portanto, em respeito à cidadania e os direitos do PCD visual, a Inclusão
Digital justifica-se para o melhor convívio destas pessoas com a tecnologia, a
informação, o entretenimento, novas idéias, comunicação, e tudo que é
disponibilizado a informatizada sociedade atual, com o direito igual para todos.
19




2.4 A Escolha do Virtual Vision


       O desenvolvimento de ferramentas assistivas foi um grande passo para o
auxílio da navegação do PCD visual ao computador. Sintetizadores de voz, leitores
de tela, lentes de aumento, barras de acessibilidade, dentre outros.


       Uma das principais ferramentas, o leitor de tela é um importante componente
para a navegação, devido a sua capacidade de conversão de tags em HTML em voz
sem a necessidade de adaptação do hardware. Dentre as mais conhecidas, temos o
Jaws, que segundo o depoimento de um dos indivíduos pesquisados, é a
preferência de 90% dos PCD’s visuais. Existem outros leitores de telat como o Non
Visual Desktop Access (NVDA), o WebAnywhere, o DosVox, e o Virtual Vision.


       Destas ferramentas, o DosVox e o Virtual Vision foram desenvolvidas aqui no
Brasil. O DosVox foi desenvolvido pelo núcleo de computação Eletrônica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e consiste em um ambiente
semelhante ao Microsoft Document Operation System (MS-DOS) para a execução
de diversas tarefas através do teclado. Já o Virtual Vison, foi desenvolvido pela
empresa MicroPower e teve a Fundação Bradesco como seu patrocinador. Consiste
num leitor de tela que faz uma varredura nas tags em HTML convertendo estas tags
para voz. O Virtual Vision pode ter sua navegação feita tanto pelo mouse quanto
pelo teclado.


       Para a escolha do Virtual Vision, foram levadas em consideração duas
vertentes. A primeira, pelos estudos realizados por (MIRANDA; ALVES, 2001), onde
foi constatado que o Virtual Vision é a ferramenta mais adequada para o uso na
internet. E segundo, pelo critério de utilizar uma mesma ferramenta para o uso em
todos os testes, mantendo um padrão. Considerando também, que em sua maioria,
a inicialização ao computador e a internet dos indivíduos pesquisados foi feita pelo
Virtual Vision.
20




2.5 Por Que o Serviço de Busca


      A busca por informações define uma das mais importantes características da
internet. De acordo com o Núcleo de Informação e Coordenação (NIC, 2008), a
procura de informações na internet se torna cada vez mais frequente. Dentro da
área urbana, onde o uso do computador e da internet é maior, 83% usam a internet
para busca de informações e serviços on-line, dentro deste percentual, as atividades
mais utilizadas são a procura por entretenimento e diversão, bens e serviços, saúde,
emprego e viagens, sendo que 37% se utilizam dos mecanismos de busca para
encontrar a informação desejada.


      E o PCD visual também deve fazer parte desses números, mesmo que em
uma proporção menor. Tendo em vista que seus direitos de participação em
atividades como esta devem ser respeitados.


      Ainda segundo questionários respondidos pelos indivíduos pesquisados, o
serviço de busca é utilizado com freqüência para estudos, trabalho, pesquisas
específicas e variadas, provando que o usuário é capaz de buscar informações de
diversos interesses nestes serviços.
21




3 USABILIDADE E ACESSIBILIDADE NA IHC


      A identificação de fatores humanos referentes à eficiência na utilização de
sistemas é o que chamamos de Ergonomia, e a interação humano–computador está
diretamente relacionada a este conceito. Onde a IHC, segundo Rosa (2006), é uma
das mais recentes áreas de pesquisa da Ergonomia no qual se estuda os
fenômenos e comportamento da comunicação entre o homem e a máquina. Desta
área, podemos apontar dois termos que podem ter uma grande contribuição na
melhoria destas tecnologias para o PCD visual: a Usabilidade e a Acessibilidade.



3.1 A Interação Humano–Computador

      Para que uma tecnologia seja bem sucedida, é necessário se pensar em
todos os fatores que a leve a este sucesso. Segundo Pimenta:


                          O sucesso de um sistema interativo é determinado pelos seres
                          humanos que o usam e, portanto é profundamente afetado pela sua
                          facilidade de uso, pela sua capacidade de desfazer ações
                          indesejadas e de auxiliar a minimizar erros [...] na perspectiva de seus
                          usuários. (PIMENTA, 2006).


      E hoje, tudo que nos rodeia, é relacionado à tecnologia e a interação, desde o
despertador que toca no horário programado até o cartão magnético que debita no
sistema uma compra feita na loja. Porém, muitas vezes, esta interação entre o
homem e a máquina é falha. Podemos ter como exemplo, o problema das portas
giratórias nos bancos.


      Com isso, constata-se que nem sempre esta interação é satisfatória, e que
segundo Norman (1990), o que muitas vezes é considerado erro humano, pode
estar relacionado a não adequação no funcionamento deste sistema. Rocha e
Baranauskas definem isto como uma área interdisciplinar, onde a “disciplina é
relativa ao design, a avaliação e a implementação de sistemas computacionais
interativos para uso humano e aos fenômenos que os cercam” (ROCHA;
BARANAUSKAS, 2003) onde a usabilidade e a acessibilidade têm sua grande
contribuição. E a internet é a tecnologia que evolui a cada dia, provocando uma
22




necessidade contínua de aperfeiçoamento e melhoria de qualidade para usuários
comuns e específicos.



3.2 A Usabilidade na Internet

      De acordo com (BASTIEN; SCAPIN; LEULIER, 1996), usabilidade é a
capacidade do sistema em permitir que o usuário consiga realizar suas metas de
interação. Já para (NIELSEN, 2003), usabilidade é um atributo de qualidade que
avalia o quanto as interfaces são fáceis de usar, com métodos para melhoria e
facilidade de uso durante um processo de design. O autor define também cinco
componentes de usabilidade. Aprendizagem: se é fácil a realização das tarefas em
um primeiro contato, Eficiência: se após o aprendizado, o usuário é rápido na
realização das tarefas, Memorização: se os usuários lembram-se de como realizar
as tarefas após um tempo, Erros: como os usuários lidam com os erros que possam
aparecer e Satisfação: se o design agrada os usuários.


      Ainda segundo Nielsen (2003), a usabilidade é uma condição de
sobrevivência na web, tendo em vista que qualquer dificuldade acima do normal que
o usuário possa encontrar, como um difícil acesso, a não indicação do que o website
oferece, se o usuário se perder na navegação, são motivos suficientes para que o
usuário abandone o website e parta para outro.


      Nielsen (2003a) chama de melhores práticas, o uso de 10% do orçamento de
todo o projeto para testes de usabilidade. Isto duplicará em média as métricas de
qualidade desejadas no website. Entretanto, estas melhorias são relativamente
menores, porém, substanciais e enfatizam a usabilidade no processo de design.


      Nielsen (2007) afirma também que houve uma estabilidade nas diretrizes de
usabilidade e que mesmo com o passar do tempo, ainda permanecem válidas
mesmo com novas descobertas. Provando que testes sólidos, porém simples e
eficazes, podem fazer a diferença.
23




3.3 A Acessibilidade na Internet


       No que se diz respeito à acessibilidade, de acordo com Tim Berners-Lee: “o
poder da web está em sua universalidade. O acesso por todos, é um aspecto
essencial, independente da deficiência”. (W3C, 2009, tradução do próprio autor).


       Segundo o W3C (2009), a web é projetada para funcionar corretamente para
todos os públicos, independente de seu hardware, software, cultura ou localização.
Quando este objetivo é alcançado, a acessibilidade se torna universal, eliminando
barreiras. A acessibilidade também deve ser lembrada em outros dispositivos, como
aparelhos eletrônicos, domésticos, e também em obstáculos arquitetônicos como
transportes públicos, locais de lazer, instituições de ensino, hospitais, dentre outros.


       Isto, além de promover a acessibilidade, provoca um retorno positivo. No caso
da web, um website que possui uma acessibilidade correta, tem melhores resultados
de pesquisa, redução de custo de manutenção, alcança maior audiência, dentre
outros benefícios (W3C, 2009, tradução do próprio autor).

       Contudo, a web ainda não está neste patamar. Nielsen expõe duas questões:
“se o usuário tem algum problema que dificulta o uso de dispositivos de entrada e
saída tradicionais da forma pretendida” e “tornar a web mais acessível [...] resume-
se, até certo ponto, a usar o HTML da forma pretendida: para codificar significado
em vez de aparência” (NIELSEN, 2000). Isto deve ser levado em consideração,
tendo em vista que a remodelagem de um website para adaptações à acessibilidade
gera tempo e custos maiores. Outro aspecto importante é que, segundo conversas
informais com os pesquisados, se o website for acessível, tiver um bom
atendimento, e superar suas expectativas, a tendência, é de se tornarem usuários
fieis a este serviço.



3.4 Diretrizes de Usabilidade e Acessibilidade

       O desenvolvimento de websites surgiu a partir da década de 90, onde o
conceito de usabilidade foi aplicado à acessibilidade, onde Amstel (1996) referencia
24




este conceito ao princípio básico da web acessada por todos. No entanto, segundo
(LEPORINI; ANDRONICO; BUZZI, 2004), os problemas de usabilidade continuaram
existindo. Diretrizes de usabilidade e acessibilidade devem ser seguidas para uma
padronização geral dos websites, todavia, este trabalho não citará todas as diretrizes
existentes por serem muito extensas, fugindo do foco deste trabalho.


      A princípio, as diretrizes de usabilidade estão relacionadas com os princípios
de design escritos por Norman (1990), que são:


   • Visibilidade de funções;
   • Feedback relacionado à visibilidade;
   • Restrições num papel de consistência;
   • Mapeamento entre os controles;
   • Consistência na projeção de interfaces.


      Norman (1990) também cita o termo affordance, que pode ser entendido
como a forma de algo nos dar uma pista de seu funcionamento. Como por exemplo,
uma escada que nos mostra como subir ou descer por ela. (ROCHA;
BARANAUSKAS, 2003) citam que muitas vezes, estes princípios são determinados
pelos próprios fabricantes como forma de identificação e consolidação de seus
produtos.


      Quanto às diretrizes de acessibilidade, a Web Accessibility Initiative (WAI) é o
departamento da W3C responsável pela documentação. Eles desenvolveram a Web
Contents    Accessibility   Guidelines   1.0   (WCAG   1.0),   guia   internacional   de
acessibilidade destinada a todos os profissionais da web. Este documento define
configurações de adaptação em conteúdos multimídia em websites, utilização
correta de indexação na navegação via teclado dentre outras diretrizes.


      Por fim, Queiroz (2006) salienta que não basta ter uma web acessível e
usável, é preciso torná-la mais rápida, fácil e eficaz para todos os públicos,
tornando-a mais confortável e confiável.
25




3.4.1 Hipóteses de Diretrizes para a Deficiência Visual


          Segundo Pimenta (2006), é impossível criar um artefato que seja
completamente usável, já que um website acessível não é necessariamente usável.
Hanson (2004) também afirma que uma página pode conter a usabilidade,
facilitando o uso de um usuário comum, mas pode ser inacessível para um PCD
visual.


          (TAKAGI; ASAKAWA; FUKUDA; MAEDA, 2004) apresentam em seus
estudos, alguns problemas de usabilidade em relação à acessibilidade. Os autores
destacam três tipos: foco maior na acessibilidade e menor na usabilidade,
dependência na verificação e validação apenas da acessibilidade, e falta de atenção
ao comportamento do usuário.


          Desta maneira, é possível definir algumas especificações: o uso de palavras
em links, links consistentes, opções para o aumento do texto, usar um contexto claro
e objetivo, usar navegação simples e redundante, dentre outros.


          Ainda segundo o W3C (2000), são importantes alguns outros fatores: fornecer
alternativas equivalentes ao conteúdo sonoro e visual, não depender apenas de
cores em textos e links, orientações quando for necessário, texto alternativo para
imagens, opção de atalho via teclado, linguagem simples, e flexibilidade e total
domínio da navegação.


          Ao decorrer dos testes com os pesquisados, algumas outras informações
devem ser consideradas: o leitor de tela teve um papel importante no auxilio a
navegação dos PCD’s visuais na internet. Sem esta ferramenta, não seria possível a
navegação. Devido a esta importância, não só os leitores de tela, mas todas as
ferramentas assistivas, devem estar em constante evolução, para auxiliarem da
melhor maneira possível os PCD’s visuais no uso da internet.
26




4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

      A metodologia utilizada neste trabalho é precedida por uma pesquisa
bibliográfica e composta por uma abordagem quantitativa e qualitativa, uma
pesquisa de campo e a coleta de dados. A figura 1 define o desenho metodológico.




                           Figura 1. Desenho Metodológico.
                                 Fonte: Próprio autor.



4.1 Procedimento Metodológico

      Dentro de uma pesquisa aplicada, que visa à prática do conhecimento geral
voltado para a solução de problemas, o método dialético foi o utilizado. Por conter
segundo Gil (1999) e (MARCONI; LAKATOS, 2002), a junção de contradições
transcendidas, originando novas contradições que requerem soluções.


      Também foi utilizada a abordagem qualitativa para a avaliação inicial das
ferramentas e quantitativa para a coleta de dados do perfil de cada PCD visual
pesquisado. A partir destas informações, foi possível a realização do campo de
pesquisa para o levantamento das informações iniciais. Ambas as abordagens,
tiveram amostragens intencional, que é uma amostragem não probabilística definida
de acordo com os interesses deste trabalho, (SILVA; MENEZES, 2001) sugerem que
seja feito um cronograma para o conhecimento geral de cada tarefa realizada
durante a pesquisa. Este trabalho foi realizado em um período de 2 meses e meio,
27




tendo o seu início a partir da metade do mês de Setembro e seu final do mês de
Novembro. A tabela 1 descreve melhor o cronograma.


                            Tabela 1. Cronograma de tarefas.

                          CRONOGRAMA DE TAREFAS
Nº da Tarefa    Período                               Descrição
      1          Set/09                        Pesquisa Bibliográfica
      2          Out/09                        Elaboração do Projeto
      3          Out/09      Avaliação inicial das ferramentas de serviço de busca
      4          Nov/09                             Questionários
      5          Nov/09                           Coleta de Dados
      6          Nov/09                         Pesquisa de Campo
      7          Nov/09                              Entrevistas
      8          Nov/09       Levantamento dos dados e análise dos resultados
      9          Nov/09                               Conclusão
                                  Fonte: Próprio autor.



4.2 Técnicas Utilizadas

      A partir das hipóteses definidas no capítulo 3.4.1, foi utilizado também duas
avaliações distintas. Uma avaliação inicial das ferramentas de serviço de busca de
acordo com as diretrizes pesquisadas e após a escolha dos participantes através de
um questionário, uma avaliação prática com os PCD’s visuais, utilizando as
Heurísticas e os graus de severidade de usabilidade (NIELSEN, 1994) e as
recomendações de acessibilidade do W3C.


      Desta forma, foram utilizadas duas abordagens diferentes, a qualitativa para a
avaliação inicial e a quantitativa para a pesquisa de campo. Isto trouxe uma eficácia
maior, que segundo o autor, é uma boa maneira para encontrar problemas maiores
ou menores em uma interface com o usuário, variando entre 32% para um problema
menor até 42% para um problema maior.
28




         As Heurísticas definidas por Nielsen estão divididas em dez princípios que
vão desde a visibilidade do status do sistema até a ajuda a documentação e
privacidade e estão listados de acordo com a tabela 2.


                    Tabela 2. Os dez princípios das Heurísticas de Usabilidade.
1.       Visibilidade do status do sistema
2.       Compatibilidade entre o sistema e o mundo real
3.       Controle e liberdade do usuário
4.       Consistência e padrões
5.       Reconhecimento e prevenção de erros
6.       Ajuda aos usuários a reconhecer, diagnosticar e se recuperar de erros
7.       Reconhecimento em vez de lembrança
8.       Flexibilidade e eficiência de uso
9.       Estética e design minimalista
10.      Ajuda a documentação e privacidade
                            Fonte: NIELSEN, 1994. p. 30. (adaptação)


         Nielsen (1994) define também alguns graus de severidade, que são
determinados por três fatores de problema: frequência, impacto e persistência.
Esses graus de severidade ajudam a detectar e a entender de uma maneira mais
precisa os problemas encontrados dentro de uma avaliação. A tabela 3 define os
graus definidos por (NIELSEN, 1994) e relatados por (ROCHA; BARANAUSKAS,
2003).


                                 Tabela 3. Graus de Severidade.
1.       Eu não concordo que isto é um problema de usabilidade
2.       É um problema cosmético somente: precisa ser corrigido caso sobre algum
tempo de projeto
3.       Problema de usabilidade menor: corrigi-lo, deve ser prioridade baixa
4.       Problema de usabilidade grave: corrigi-lo, deve ser de prioridade alta
5.       Catástrofe de usabilidade: a sua correção é imperativa antes do produto ser
liberado
                         Fonte: ROCHA; BARANAUSKAS, 2003. p. 183.
29




4.2.1 Critérios para a Escolha dos Serviços de Busca


      Para a escolha das ferramentas de serviços de busca, não houve nenhum
critério relevante durante a pesquisa bibliográfica. Apenas foi considerado o fato de
que os questionários com os indivíduos pesquisados indicaram a preferência pelo
Google. Decidiu-se escolher mais três outras ferramentas de serviço de busca que
são concorrentes diretas: Bing, da empresa Microsoft, Cadê, da empresa Yahoo
Brasil e UOL busca, da empresa UOL.



4.3 Pesquisa de Campo

      Após uma avaliação inicial das ferramentas baseadas nas diretrizes de alguns
autores, foi utilizada a abordagem quantitativa para a seleção dos participantes
PCD’s visuais. Nielsen (2000a) afirma que: de três a cinco usuário é a quantidade
ideal para se ter uma idéia da diversidade e comportamento. Ao todo, foram
escolhidos quatro indivíduos, para que houvesse um equilíbrio na pesquisa e
também pela disponibilidade de cada PCD visual.


      A princípio, a procura por PCD’s visuais, foi feita por instituições
especializadas. Entretanto, o longo processo de solicitação de agendamento para
trabalhos acadêmicos seguido pela maioria das instituições, impediu a sequência do
processo, obrigando a alteração da estratégia, passando a ser independente.
Portanto, a procura por PCD’s visuais foi feita através de contatos pessoais.


      Houve um primeiro contato com o indivíduo em uma conversa informal via
telefone. Nesta conversa, foram feitas perguntas prévias sobre seu conhecimento ao
computador, a internet e a ferramentas assistivas como leitores de tela por exemplo.
Tendo respostas positivas as perguntas, foi feito um convite para a participação dos
testes, com uma explicação prévia do que se tratava. Com a aceitação de
participação, foi marcada uma data para a realização dos testes.


      Outras técnicas foram utilizadas durante a realização dos testes com os
PCD’s visuais pesquisados. Think Aloud: proposto por (ERICSSON; SIMON, 1993) e
30




(ERICSSON; SIMON; FAERCH; KASPER, 1987), que propõe ao pesquisado,
expressar suas reações em voz alta. Avaliações Analíticas: propõe um questionário
para levantamento de perfil e entrevistas após os testes para a identificação de erros
e História Oral: que é definida como uma técnica de produção e tratamento de
depoimentos gravados, segundo Alberti (1990).


      Foi montado um script para a realização dos testes seguindo as
recomendações de Rubin (1994). A tabela 4 descreve os passos.


                         Tabela 4. Descrição do script dos testes.
                     Segundo Barnum (2002), a melhor forma na determinação de
                     tarefas é definir um objetivo geral. Desta forma, foi elaborado
 Lista de tarefas
                     um conjunto de oito tarefas básicas para a execução dos
                     testes. Estas tarefas estão presentes no apêndice D.
                     O detalhamento das tarefas para o PCD visual, para que ele
Orientações gerais
                     pudesse entender melhor do que se tratava.
                     Com a permissão do participante, foi utilizada a técnica de
                     História Oral, gravando seu rosto e captando suas reações a
 Documentação        partir da técnica Think Aloud. Porém, não houve contagem de
                     tempo para a finalização dos testes. Houve também a gravação
                     das telas durante os testes.
                     Foram feitas validações e observações ao decorrer de todas as
    Validação
                     tarefas de acordo com as diretrizes pesquisadas.
                     Foram feitas entrevistas ao final de cada teste de acordo com a
   Entrevistas       técnica de Avaliações Analíticas. O questionário e a entrevista
                     estão presentes nos apêndices A e B.
                     Foi entregue um termo de confidencialidade, comprometendo o
    Termo de
                     pesquisador a responsabilizar-se pela quebra de sigilo das
confidencialidade
                     informações obtidas, encontrado no apêndice C.
Agradecimentos e     O agradecimento pela contribuição na pesquisa e um breve
    conclusão        resumo de como seriam utilizadas as informações obtidas.
                                  Fonte: Próprio autor.
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4.3.1 Indivíduos da Pesquisa


      Embora a disponibilidade e a aceitação do indivíduo tenham contribuído para
sua escolha, o fator conhecimento também foi importante. Com isso, conseguiu-se
manter um bom nível de conhecimento dos participantes que resultasse em testes
de boa qualidade para detectar os problemas e falhas de usabilidade e
acessibilidade nos serviços de busca escolhidos. As informações do perfil geral dos
participantes da pesquisa são: sexo, idade, escolaridade, profissão e grau de
cegueira, conforme a figura 2.




                        Figura 2. Perfil dos indivíduos da pesquisa.
                                   Fonte: Próprio autor.


      Como pré-requisito, todos os PCD’s visuais pesquisados já utilizam o
computador. Todos eles usam o computador tanto em seus ambientes profissionais
quanto em suas residências e a média de uso entre eles varia de 8 a 12 anos.
Dentre os indivíduos que usam o mesmo computador, estão os indivíduos 1 e 2, já
os indivíduos 2 e 4 não usam o mesmo computador.


      Todos utilizam o computador diariamente para comunicar-se, trabalhar,
estudar, para notícias e lazer. Apenas o indivíduo 2, não usa para estudo e notícias.
Todos eles usam seus computadores sozinhos, sem o auxílio de terceiros e sem o
auxílio do mouse, a navegação é feita apenas via teclado.
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      Todos já utilizam a internet e o tempo de uso entre eles varia de 5 a 11 anos.
A maioria já teve um contato com a internet ao aprender a usar o computador. Os
indivíduos 1, 3 e 4, utilizam a internet todos os dias, apenas o indivíduo 2 não usa a
internet com frequência. A maioria usa a internet para comunicar-se, trabalhar,
estudar, lazer, realizar pesquisas variadas e específicas. O indivíduo 2, usa apenas
para comunicar-se, para conhecer novas pessoas e para lazer. Já o indivíduo 3, é o
único que usa a internet também para compras em lojas virtuais e acesso ao
Internet-Banking.


      Dos leitores de tela, a maioria usa ou já usou o Virtual Vision e o Jaws,
apenas o indivíduo 4, usa além destas duas ferramentas, a ferramenta NVDA e a
ferramenta Orca em ambiente Linux.


      O problema da organização na navegação dos componentes no website é a
maior dificuldade dos pesquisados ao navegar na internet. Quanto ao medo de
pegar algum vírus, apenas o indivíduo 3 demonstrou algum receio. O indivíduo 4,
também relatou alguns problemas com legenda nas imagens, poluição sonora,
dentre outros.


      Todos os pesquisados já utilizaram alguma vez um serviço de busca na web.
Os indivíduos 3 e 4, usam sempre, o indivíduo 1 usa de três a quatro dias por
semana e o indivíduo 2 usa raramente. Todos têm preferência pelo Google, isto
porque, todos se acostumaram a utilizar este serviço. Porém, os indivíduo 2, 3 e 4, já
utilizaram o Cadê no início de seus aprendizados ou ainda o usam eventualmente.


      Quanto ao tipo de pesquisa nos serviços de busca, o indivíduo 1 busca por
pesquisas escolares, diversas, vídeos e pesquisas traduzidas. O indivíduo 2 busca
apenas por pesquisas diversas. O indivíduo 3 busca pesquisas escolares e diversas
e o indivíduo 4 busca por pesquisas escolares, diversas e por vídeos. Todos têm
preferência pelo Internet Explorer da Microsoft para o uso na internet, principalmente
pelo fato de já estarem acostumados à ferramenta. Apenas o indivíduo 4 usa
também o Mozilla Firefox.
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4.4 Materiais de Ambiente

      Os testes foram realizados em diferentes locais de acordo com a
disponibilidade e horário de cada participante. Os locais utilizados foram seus
ambientes de trabalho e suas residências, nos dias 12, 13 e 21 de novembro de
2009 nos períodos da manhã, noite e tarde respectivamente.


      Antes da execução das tarefas, foram realizados alguns testes para verificar
se tudo estava correndo bem, tanto ao leitor de tela, quanto à internet. Uma
conversa prévia sobre assuntos diversos com o objetivo de descontração e maior
familiaridade entre o pesquisador e o participante também foram realizadas.


      Com a permissão dos participantes, foram gravados seus rostos e suas
reações, juntamente com suas vozes e as ações na tela do computador. Para
gravação, foi utilizada uma câmera fotográfica digital Kodak de 7.1 mega pixels. Ao
final dos testes, foi entregue um termo de confidencialidade assinado pelo
pesquisador se responsabilizando por qualquer quebra de sigilo das informações
pessoais coletadas nos questionários.


      Durante as pesquisas, foram utilizados dois Desktops, um foi utilizado em
local de trabalho e outro em residência. E dois Notebooks, um também utilizado em
local de trabalho e outro em residência.


      Com exceção de um dos Notebooks, que foi utilizado o Sistema Operacional
Windows Vista, os outros três foram utilizados o Sistema Operacional Windows XP,
com o navegador Internet Explorer. Aos Desktops, foram utilizadas redes de banda
larga convencional e aos Notebooks, foram utilizados redes de banda larga móvel de
terceira geração (3g).


      Um fato interessante observado foi que todos os PCD’s visuais pesquisados,
utilizam Hand-Sets para ouvir a voz do leitor de tela, e para falarem no microfone
acoplado se necessário, como uma forma de não atrapalhar quem está em volta
com a voz emitida pelo leitor de tela. Foi pedido para que desconectasse o Hand-Set
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e fosse conectada a caixa de som, para que fosse captado também o som emitido
pelo leitor de tela nas gravações através da caixa de som.


      Um fato inesperado foi que os quatro PCD’s visuais pesquisados possuíam
suas habilidades rotineiras para o manuseio ao computador. Habilidades que
ajudaram o participante 3 no decorrer dos testes, mas atrapalhou um pouco os
demais participantes.


      É importante destacar que outras pessoas indiretamente acabaram sendo
envolvidas durante os testes, tanto nos ambientes de trabalho quanto nas
residências. Estas intervenções contribuíram da melhor maneira possível para uma
realização satisfatória em todos os testes.
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5 AVALIAÇÕES E RESULTADOS

      A avaliação das ferramentas de serviço de busca se fez necessária de duas
maneiras: uma avaliação inicial de acordo com as diretrizes dos autores
pesquisados e uma avaliação prática com os indivíduos PCD’s visuais. Após a
realização dos testes, foi feito uma análise dos resultados obtidos com o intuito de
apontar os problemas e assim, sugerir algumas correções de acordo com diretrizes
pesquisadas e resultados dos testes.



5.1 Avaliação Inicial das Ferramentas

      No geral, as quatro ferramentas não apresentam maiores problemas. Apenas
algumas diferenças nas opções de pesquisa. Como o Bing, que não possui pesquisa
por vídeos e o Cadê e o UOL Busca, que não possuem pesquisas por páginas do
Brasil e páginas em português respectivamente. Em todas as ferramentas, não
existe nenhuma opção que permita a busca por páginas em português ou por
páginas no Brasil a partir de buscas por imagens ou vídeos.


      Alguns termos técnicos e em inglês, também estão presentes na maioria das
ferramentas e que não fazem parte da linguagem de um PCD visual. No que se trata
de poluição visual, apesar de irrelevante para um PCD visual, pode atrapalhar em
alguns pontos, e o Cadê é o que possui uma poluição maior.


      Todas as ferramentas apresentam uma desordem na indexação com a
navegação a partir da tecla Tab e durante esta navegação, todas passam antes por
links patrocinados e por opções desnecessárias para uma pesquisa básica. O Bing
possui um problema de desordem maior referente às pesquisas por imagens, tendo
em vista que ele utiliza recursos de Javascript como o Mouseover que é invocado a
partir do momento em que o cursor do mouse está sobre determinada imagem. Ao
deixar o cursor sobre a imagem, é ampliada a imagem, porém, a indexação se
perde, por não saber se navega pelo objeto em foco ou pelas imagens ao fundo. Um
recurso bom para a Web 2.0, mas ruim para uma boa usabilidade e acessibilidade.
36




5.2 Avaliações Práticas das Ferramentas com os Pesquisados

       A partir destas avaliações com os PCD’s visuais pesquisados, foi possível
ampliar a identificação dos problemas. Devido ao fato dos quatro pesquisados terem
preferência ao Google, foi criada uma ordem de inicio de testes diferente para cada
pesquisado. O indivíduo 1 iniciou pelo Google, o indivíduo 2, iniciou pelo Bing, o
indivíduo 3 iniciou pelo Cadê e o indivíduo 4 iniciou pelo UOL Busca. O leitor de tela
utilizado durante os testes foi o Virtual Vision de acordo com critérios descritos no
capítulo 2.4.


       Além dos problemas relatados, será apresentado um gráfico com o nível de
dificuldade em possíveis situações que pudessem ocorrer durante as tarefas. A lista
completa destas tarefas encontra-se no apêndice D.



5.2.1 Google


       Ao passar por links patrocinados, o Google não notifica em nenhum momento
que se está passando por eles, podendo influenciar o participante, fazendo com que
ele clique no link patrocinado, favorecendo a empresa que pagou pelo espaço. Este
problema foi classificado como Controle e Liberdade do Usuário com grau de
severidade 4. Este problema estende-se para aos outros tipos de pesquisa do
Google. Outra opção: Veja o seu anúncio aqui, foi um link encontrado abaixo dos
links patrocinados, dando a entender que o usuário anunciou alguma coisa
causando dúvidas quanto ao clicar ou não no link. Problema classificado como
Compatibilidade entre o Sistema e o Mundo Real com grau de severidade 1. A figura
3 demonstra os dois problemas.




        Figura 3. Favorecimento ao acesso de link patrocinado e link de anuncio confuso.
                                       Fonte: Google.
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      Outro problema encontrado foi na pesquisa por imagens e por vídeos, onde o
Virtual Vision, lê as palavras Ingrin e Watch quando passa pelo foco nas respectivas
miniaturas. Isto confunde o participante que não pode visualizar e perceber que o
que o Google chama de Ingrin e Watch nada mais é do que a miniatura de uma
imagem e de um vídeo. Existe também o termo de memorização Cache, que
também é encontrado em todas as ferramentas. O indivíduo 2 fez o seguinte
comentário referindo-se a esses termos: “Por que esses vídeos vem em inglês? Por
que não colocar assistir?” [sic] referindo-se a tradução da palavra Watch. O idioma
inglês e outros termos técnicos da informática não estão no cotidiano no PCD visual,
portanto este problema foi classificado como Consistência e Padrões com grau de
severidade 3.


      A figura 4 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações
durante as tarefas.




          Figura 4. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Google.
                                       Fonte: Próprio autor.
38




5.2.2 Bing


       Problemas consideráveis na busca filtrada por páginas em português e do
Brasil e nas pesquisas por imagens foram encontrados. O indivíduo 1, se perdia na
navegação em alguns momentos e perguntava ao pesquisador: “Mas é aqui? E
agora?” [sic] e comentou: “Esse site é diferente né?” [sic]. O indivíduo 4 comentou
sobre a formatação no texto para a opção do(a) Brasil: "É estranho né?! deve ser
uma formatação automática, uma coisa que não tenha sentido" [sic]. Houve também
problemas na busca por páginas em português, onde o foco posicionado nesta
opção, na maioria das vezes era sobre o link para configurações avançadas para a
busca por páginas em português ao invés da tag de HTML radio Button. Problema
classificado como Consistência e Padrões e Estética e Design Minimalista com grau
de severidade 2.


       O indivíduo 2, se perdeu durante a navegação em alguns momentos fazendo
o seguinte comentário: “Eu nunca entrei no Bing” [sic]. O indivíduo 3, se confundiu
na busca por imagens, no momento em que o Virtual Vision leu as opções de
visualização das imagens, acreditando ser a lista das imagens fazendo o seguinte
comentário: “Como ele falou, detalhes da imagem, eu pensei que ele já estava na
imagem” [sic]. Problema classificado como Visibilidade do Status do Sistema com
grau de severidade 4. A figura 5 demonstra as duas situações onde ocorreram
problemas.




Figura 5. Problemas no filtro por opções em páginas em português e páginas do Brasil e nas opções
                                       de detalhe de imagens.
                                            Fonte: Bing.
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      A figura 6 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações
durante as tarefas.




             Figura 6. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Bing.
                                         Fonte: Próprio autor.



5.2.3 Cadê


         Durante os quatro testes, a poluição visual do Cadê, apesar de parecer
irrelevante para um PCD visual, atrapalhou bastante, pelo fato do Virtual Vision ler
todas as opções de palavras relacionadas à palavra-chave e aos filtros relacionados.
O indivíduo 1 se confundiu com algumas legendas das imagens, de vídeos e
comentou: “Viu como esse site demorou muito mais?” [sic] e finalizou os testes com
a seguinte opinião: “Eu achei bem poluído o site do Cadê. Realmente não gostei!”
[sic].


         Com os mesmos problemas, o indivíduo 2 comentou: “Fica difícil de saber
qual que é o certo né?” [sic] referindo-se a navegação pelas opções de filtro e pelos
resultados. Quanto às opções de filtro para buscas por páginas em português e do
Brasil, também houve dificuldades, tanto por parte da navegação quanto pelo Virtual
40




Vision não ter lido as tags de radio Button de HTML, este problema resultou no
seguinte comentário: “Você viu que ele não leu? Se você não tivesse aqui, eu não
saberia” [sic]. Problemas classificados como Controle e Liberdade do Usuário e
Estética e Design Minimalista com grau de severidade 4. A figura 7 demonstra os
problemas da interface.




                    Figura 7. Problemas de poluição visual na Interface.
                                      Fonte: Cadê.


      Alguns outros problemas foram encontrados pelos participantes durante os
testes. O indivíduo 3, se confundiu com a legenda reproduzir, da miniatura do vídeo.
O indivíduo 4 comentou o fato de algumas vezes, o Virtual Vision soletrar algumas
palavras e fez o seguinte comentário: “As vezes é chato ouvir a palavra sendo
soletrada” [sic]. Uma vez que o indivíduo 4 clicou num link errado, teve que navegar
pelas opções desde o começo e relatou o fato do foco não voltar no mesmo lugar e
comentou em tom de brincadeira: “Perdi a paciência!” [sic]. Estes problemas foram
classificados como Compatibilidade entre o Sistema e o Mundo Real e Estética e
Design Minimalista com grau de severidade 4.
41




      Outro problema encontrado foi o uso de opções com palavras em inglês de
difícil compreensão, sem nenhum suporte ou explicação do que se tratam a opção,
opções do tipo: Filtro Familiar ativado, Search Pad ou SearchSan - Ativado.
Problema classificado como Visibilidade do Status do Sistema e Compatibilidade
entre o Sistema e o Mundo Real com grau de severidade 4.


      A figura 8 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações
durante as tarefas.




           Figura 8. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Cadê.
                                      Fonte: Do próprio autor.



5.2.4 UOL Busca


      A ordem de navegação do UOL busca, obrigou o participante a navegar
primeiro pelos serviços do UOL para depois navegar pelos resultados de busca. O
indivíduo 1 comentou: “Isso é péssimo!” [sic]. Além dos problemas de navegação de
links patrocinados, o participante navega também pelo texto publicado desses
resultados, o que causou constrangimento ao indivíduo 1. Diante da situação, fez o
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seguinte comentário em tom de brincadeira quando passou por um bloco de texto
publicado no link patrocinado: “Olha isso! Deficiente em oferta!” [sic]. O indivíduo 1
fez a seguinte pergunta: “Como a gente identifica que já saiu dos links
patrocinados?” [sic]. O indivíduo 3, só percebeu que passou pelos links patrocinados
porque ouviu o Virtual Vision falar o link de próxima, que identifica que há mais
páginas de resultados e fez o seguinte comentário: “Eu só percebi que passou os
links patrocinados porque eu ouvi falar próximo” [sic]. Problema classificado como
Controle e Liberdade do Usuário com grau de severidade 4. A figura 9 demonstra a
barra de serviços do UOL e o link patrocinado que causou constrangimento ao
participante 1.




                   Figura 9. Barra de serviços do UOL e link patrocinado.
                                        Fonte: UOL.


       Na pesquisa comum, existem duas formas de acesso ao resultado da lista, o
link comum, abrindo o resultado na mesma janela e um link em forma de imagem
pouco explicativa, abrindo para uma nova janela. O indivíduo 1 se confundiu um
pouco com estas duas opções. Também foram encontrados nos resultados por
vídeos, algumas miniaturas que não aparecem, mostrando apenas a tag em HTML
do título do vídeo. Problemas classificados como Consistência e Padrões e Estética
e Design Minimalista com severidade 4.


       Outro problema que esteve presente não só no UOL Busca, mas em todas as
outras ferramentas, foi à incompatibilidade considerável do Virtual Vision com as
tags de HTML de radio Button. Todos os indivíduos tiveram dificuldades ao executar
as pesquisas filtradas por páginas em português ou do Brasil, mesmo o Cadê
contendo apenas filtro de pesquisa por páginas em português e o UOL Busca
apenas por páginas do Brasil. Este problema foi classificado como Flexibilidade e
Eficiência de uso com grau de severidade 4.
43




       A figura 10 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações
durante as tarefas.




           Figura 10. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no UOL Busca.
                                          Fonte: Próprio autor.




5.3 Análise dos Resultados


       Ao final dos testes, foram analisados os resultados obtidos com a avaliação
inicial das ferramentas e com a avaliação prática dos PCD’s visuais pesquisados. As
figuras captadas dos capítulos 5.2.1, 5.2.2, 5.2.3 e 5.2.4 demonstram os problemas
mais relevantes encontrados pelos participantes, além das figuras, foi descrito suas
expressões e opiniões. Com isso, foi possível converter em níveis as possíveis
dificuldades relatadas no apêndice B, que foram encontradas no decorrer das
tarefas.


       Foi observado que grande parte destas dificuldades foi concentrada na
organização de navegação entre os componentes do website. Todos os
44




participantes tiveram algum tipo de dificuldade na navegação, desde uma dificuldade
baixa até uma dificuldade alta. O Cadê foi o que obteve um maior índice de
dificuldades sem sua navegação, principalmente pela sua poluição visual e suas
inúmeras opções.


      Outra dificuldade considerável foi a falta de um Feedback em todas as
ferramentas. Em sua maioria, o pesquisador teve que interferir no teste, ajudando ou
explicando funções, termos ou falhas durante os testes.


      O fato dos participantes terem se perdido na navegação, confundindo o que o
Virtual Vision falava e onde eles imaginavam estar, também contribuiu para um
índice razoável nesta dificuldade. Isto ocorreu devido a uma incompatibilidade entre
o leitor de tela e a padronização de navegação de acordo com as recomendações
do W3C. A maioria dos serviços não segue uma ordem lógica de indexação em sua
navegação. Entretanto, o Virtual Vision possui alguns atalhos e uma navegação
pelas setas do teclado que é habilitada com a ativação da tecla Num Lock do
teclado, causando um conflito de navegação entre as setas e o Tab.


      Outra informação interessante revelada foi à avaliação geral dos participantes
quanto às ferramentas. A figura 11 demonstra os resultados.




                       Figura 11. Avaliação Geral das Ferramentas.
                                   Fonte: Próprio autor.
45




      Pode-se perceber a preferência dos participantes pelo Google, que de acordo
com a avaliação, foi à ferramenta que menos apresentou problemas. Devido ao fato
do Google ter sido a primeira ferramenta apresentada a um PCD visual em sua
maioria. Desta maneira, sua facilidade no uso aumenta. Todavia, percebe-se uma
nivelação entre as outras ferramentas, variando entre fácil e médio. O Bing foi à
ferramenta que mais surpreendeu, pelo fato de não conter buscas por vídeos, fator
importante em termos de concorrência e também por ser uma ferramenta recente. O
Cadê foi à única ferramenta com uma avaliação negativa, devido principalmente a
sua variedade de opções derivadas de busca. Fator que pode agregar a um usuário
comum, mas não a um usuário PCD visual.


      A porcentagem de dificuldade durante as tarefas também foi contabilizada em
cada tarefa. Segundo demonstra a figura 12.




               Figura 12. Porcentagem de dificuldades das tarefas realizadas.
                                   Fonte: Próprio autor.
46




       As maiores dificuldades encontradas pelos participantes foram principalmente
a busca pelas opções de filtro que são feitos através da tag de HTML radio Button
para páginas em português e do Brasil. Esta dificuldade alegada pelos participantes
coincide com a dificuldade em navegar com a tecla Tab e as setas do teclado
habilitadas pelo Virtual Vision.


       Outro problema relatado, foi a navegação de busca por vídeos, onde é
confusa a identificação das miniaturas, o acesso a elas de formas diferentes e
principalmente, à navegação de controle dos vídeos, que apesar de não constar nas
tarefas, a manipulação do vídeo para iniciá-lo, pausá-lo, aumentar seu volume ou
sua resolução foi de extrema dificuldade.


       A tarefa em que era digitada a palavra chave para busca também recebeu um
destaque, porém este foi um fato isolado, onde apenas o indivíduo 2 teve
dificuldades no foco do campo de pesquisa do Bing e do Cadê.



5.4 Proposta de Correções para o Aprimoramento das Ferramentas


       Este capítulo apresenta uma proposta de correções para o aprimoramento
destas ferramentas baseando-se no método de pesquisa dialético onde, as
hipóteses definidas no capítulo 3.4.1, a avaliação inicial das ferramentas de acordo
com as diretrizes e as avaliações práticas com os PCD’s visuais pesquisados
servirão de apoio.


       Antes da especificação de cada ferramenta, podem-se definir algumas
correções gerais que servirão para o aprimoramento das 4 ferramentas: um espaço
bem localizado na página inicial do website, mostrando um passo a passo
explicando o funcionamento inicial da ferramenta, links de Feedback durante a
navegação, para termos técnicos, termos em inglês e alguma possível dificuldade
encontrada durante o processo de busca, para que o PCD visual não se perca, uma
padronização na estrutura e estética do website no que se diz respeito a
organização da indexação para navegação com a tecla Tab do teclado, valendo não
47




só para a tag de HTML radio Button, mas também para os demais links, facilitando a
navegação, um resultado de busca ordenado por números que viabilize o acesso via
teclado, opções de aumento de texto, a reavaliação da linguagem Javascript em
algumas funções, em Plug-ins instalados e em componentes de Flash, e por fim,
alternativas de acesso visual ou sonoro nos resultados listados.


      Com estes aprimoramentos sendo aplicados de forma geral, podem-se
reduzir consideravelmente os problemas encontrados nestas ferramentas e também,
aumentará a produtividade destes produtos, tendo um resultado satisfatório tanto
para as empresas quanto para os usuários.



5.4.1 Virtual Vision


      O Virtual Vision, apesar de ser limitado, ainda é uma boa alternativa para os
PCD visuais, contanto que haja algumas modificações. Como o problema de
incompatibilidade entre as teclas Tab e as setas habilitadas pela tecla Num Lock,
estas funcionalidades da ferramenta devem estar separadas, de tal forma que não
implique no funcionamento da tecla Tab.


      Deve existir também, a inteligência necessária para que o Virtual Vision não
soletre palavras aleatoriamente. Segundo o indivíduo 4, isto causa uma certa
irritação por soletrar uma palavra não desejada.


      Outro fator importante é a padronização do Virtual Vision. Tendo em vista que
outras ferramentas como o Jaws e o NVDA são preferência por existir um padrão em
todas as suas funcionalidades.



5.4.2 Google


      Antes, é importante lembrar que o problema na ordem de indexação tanto na
tag de HTML radio Button quanto nos links e outras opções, persiste nas 4
ferramentas devendo ser revisto. Este foi à maior dificuldade encontrada nos testes
com os pesquisados. Portanto, tem prioridade.
48




       Deve-se preocupar com o vocabulário técnico de alguns links e termos. Como
a alteração do termo Veja o seu anúncio aqui para Visualizar outros anúncios, por
exemplo. Assim como a notificação de passagem por links patrocinados, e também,
a substituição de palavras técnicas como Ingris e Watch para Imagem e Assistir.
Desta maneira, o PCD visual assemelha o que ouviu as funcionalidades corretas. A
figura 13 identifica os locais associados.




Figura 13. Alteração do significado de link patrocinado e de legenda com termos técnicos e em inglês
                                para o português em imagens e vídeos.
                                            Fonte: Google.



5.4.3 Bing


       O foco na tag de HTML radio Button deve ser prioritária ao invés do link
Português (Brasil) ao passar por esta opção de filtro de busca e o detalhamento de
exibição por imagens deve ser expresso de uma maneira mais clara o seu
funcionamento, para que não haja outras interpretações. A figura 14 identifica os
locais associados.




  Figura 14. Foco prioritário em tag de HTML radio Button e melhor esclarecimento em opções de
                                        exibição de imagens.
                                            Fonte: Bing.



5.4.4 Cadê


       A poluição visual deve ser amenizada. Apesar de isto parecer irrelevante para
o PCD visual. O leitor de tela lê todas as opções disponíveis, transformando a
poluição visual em sonora para os usuários PCD’s visuais. Os termos técnicos e em
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inglês sem nenhum Feedback devem ser reavaliados. A figura 15 identifica os locais
associados.




 Figura 15. Diminuição da poluição visual e reavaliação de termos técnico e em inglês sem nenhum
                                             Feedback.
                                           Fonte: Cadê.



5.4.5 UOL Busca


       A alteração na posição dos serviços do UOL para uma posição menos
privilegiada, de forma a não influenciar o PCD visual a acessar algum de seus
serviços por engano. A notificação de passagem por links patrocinados e a re-
estruturação no design da página de busca por vídeo de modo que, ao buscar um
vídeo, não apareça mais a tag de HTML de identificação do vídeo. E sim, a miniatura
do vídeo. A figura 16 identifica os locais associados.




 Figura 16. Serviços do UOL e reestruturação no design e na programação da página de busca por
                                             vídeos.
                                          Fonte: UOL.
50




5.5 Opiniões de Aprimoramento para as Ferramentas


      A opinião dos PCD’s visuais pesquisados também foi levada em consideração
para estas propostas de aprimoramento, tanto no Virtual Vision quanto nos serviços
de busca avaliados. Para os indivíduos 1 e 3, a navegação deve ser melhorada, e
mais concisa, com mais recursos de acessibilidade, com menos arquivos em Flash e
Pop-ups e uma reavaliação na utilização do Javascript. Para o indivíduo 2, um dos
dois deve ser aprimorado, senão as ferramentas de busca, ao menos os leitores de
tela. O indivíduo 4 tem uma opinião semelhante, que seja feita não só uma
aprimoramento, mas também uma padronização dos leitores de tela além dos
recursos de HTML como o radio Button, que poderiam estar numa sequência vertical
ao invés de horizontal, para uma melhor localização.
51




6 CONCLUSÃO

      Este trabalho buscou descobrir as reais dificuldades encontradas por um PCD
visual no uso de serviços de busca na internet. E como conseqüência, encontrou-se
necessidades reais de aprimoramento no que se diz respeito à usabilidade e
acessibilidade para estes serviços, para que se tenha websites consistentes e com
uma boa qualidade de navegação.


      É certo de que neste trabalho, houve limitações financeiras e de maior
especialização durante os processos. Entretanto, em seu conteúdo, pode-se obter
uma fundamentação sólida para trabalhos futuros.


      Desta maneira, este trabalho abre a possibilidade da realização de algumas
propostas: O aprimoramento no acesso dos PCD’s visuais a estas ferramentas, uma
avaliação mais específica e com proporções maiores. E a criação de uma ferramenta
padrão, viabilizando um acesso melhor voltado para este público.


      Com isso, é interessante que desperte o interesse das empresas para que
algo seja feito. Não só as envolvidas neste trabalho, para que aprimorem suas
ferramentas, mas também as que tenham o interesse ou a possibilidade de fazer
algo para este público. Desta maneira, gerando lucro e retorno para seus
investidores e refletindo positivamente para o seu público alvo.


      A satisfação pela contribuição de alguma forma para a melhoria na qualidade
destes serviços ou até mesmo nas tecnologias em geral para os deficientes visuais é
imensa. Dificuldades continuarão existindo, contudo desde que tenhamos o
interesse e o empenho necessários para que algo seja feito, já será um grande
passo para a melhoria na qualidade de vida destas pessoas.
52




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digital. Publicado em 2006. Disponível em:
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ROCHA, Heloisa V.; BARANAUSKAS, Maria C. C. Design e Avaliação de
Interfaces Humano-Computador. Campinas: Unicamp, 2003.
56




ROSA, Renato. Palestra de Usabilidade: Conceitos, Aplicações e Testes.
Publicado em 2006. Disponível em http://www.slideshare.net/wudrs/palestra-
usabilidade-conceito-aplicaes-e-testes-de-renato-rosa Acesso em: 19 de Setembro
de 2009.


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SANCHEZ, Júlio, G. La ceguera, su concepto en la historia. Revista Perfiles, (80),
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de Dissertação. Laboratório de Ensino a Distância. 3º. Ed. Santa Catarina: UFSC,
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http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia%20da%20Pesquisa%203a%20edicao
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TAKAGI, Hinorobu; ASAKAWA, Chieko; FUKUDA, Kentarou; MAEDA Junji.
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Conference on Assistive Technologies – Proceedings of the ACM SIGACCESS
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TONET, Luisa, H. Avaliação Comparativa de Usabilidade das Ferramentas de
Acessibilidade Web para Deficientes Visuais e Aplicação das Recomendações
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2006. Disponível em:
http://guaiba.ulbra.tche.br/si/content/tcc/tccI_2006_1/Artigo%20TCCI-Luisa.pdf
Acesso em 22 de Outubro de 2009.


VYGOTSKI, Lev, S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.


W3C, Word Wide web Consortium. Accessibility. Publicado em 2009. Disponível
em http://www.w3.org/standards/webdesign/accessibility Acesso em: 02 de Outubro
de 2009.


W3C, Word Wide web Consortium. Techniques for Web Content Accessibility
Guidelines 1.0. Publicado em 2000. Disponível em http://www.w3.org/TR/WAI-
WEBCONTENT-TECHS/#tech-meaningful-links Acesso em: 04 de Outubro de 2009.
57




                                 GLOSSÁRIO


3

3g: Internet móvel de terceira geração disponibilizada por operadoras de celular.
Muito utilizada nos dias de hoje por notebooks em lugares públicos.


A

Affordance: É a forma de algo nos dar uma pista de seu funcionamento. Como por
exemplo, uma escada que nos mostra como subir ou descer por ela.

Anátomo-Fisiológicos: São estudos referentes às funções e células responsáveis
pelo cérebro.

Avaliações Analíticas: Técnica utilizada para avaliação. É um questionário para
levantamento de perfil e entrevistas após uma avaliação para a identificação de
erros.


C

Cache: É quando um site está memorizado em seu navegador, por ter sido
acessado anteriormente. Podendo assim, ser acessado via off-line.


D

Design: Processo técnico e criativo relacionado a configuração, concepção,
elaboração e especificação de um artefato.


E

Ergonomia: É a identificação de fatores humanos referentes à eficiência na utilização
de sistemas.


F

Flash: Tecnologia composta por animações. Grande parte dos websites utilizam ou
criam artes em flash em seus websites.


H

Hand-set: Aparelho que consiste num fone e um microfone para fala e escuta.
58




História Oral: Técnica utilizada para avaliação. São depoimentos gravados durante
as avaliações.


I

Internet-banking: Tecnologia usada pela maioria dos bancos na internet para o
acesso virtual a uma conta de banco, podendo realizar diversas operações.


J

Javascript: Linguagem utilizada para a construção da funções e efeitos nos websites
da internet.


L

Leitor de tela: Tecnologia assistiva, utilizada por deficientes visuais com o intuito de
auxiliar no uso ao computador, sintetizando em voz, os comandos executados pelos
usuários.

Link: Utilizado na internet, é uma palavra, texto ou imagem que ao ser clicado, leva o
usuário para alguma outra página ou assunto dentro de um website.

Linux: Sistema operacional de código aberto gratuito, criado em meados da década
de 90, utilizado por uma parcela de usuários como alternativa ao sistema
operacional Windows.


M

Mouseover: É um comando da linguagem javascript, utilizado para invocar efeitos a
partir do cursor do mouse sobre tal objeto.


O

Orca: Leitor de tela de código aberto gratuito, desenvolvido para o sistema
operacional Linux. É uma das poucas ferramentas assistivas disponíveis para este
sistema operacional.


P

PCD: Sigla definida pela Organização das Nações Unidas para pessoa com
deficiência.
59




Pixel: Ponto colorido dentro de uma resolução que em conjunto com vários outros
foram uma imagem.

Plug-ins: Componentes que, instalados ao navegador, facilitam ou aprimoram
determinada funcionalidade no uso.

Pop-ups: Funcionalidade integrante da linguagem javascript onde ao carregar uma
página da internet, abre-se uma janela no canto superior com alguma informação.

PPD: Antiga sigla utilizada para pessoa portadora de deficiência.


T

Think Aloud: Técnica utilizada para avaliação, onde é proposto ao pesquisado
expressar suas reações no decorrer da avaliação em voz alta.

Touchscreen: Tecnologia de toque sensível para ativar determinadas funções.
Normalmente, é utilizado em celulares.


W

W3C: Sigla utilizada para Word Wide web Consortium, é a empresa que rege as
regras de acessibilidade na web. Tem escritórios em todo o mundo inclusive aqui no
Brasil.

Web 2.0: Novo recurso da internet utilizado nos websites para que haja mais opções
de interação, correção de problemas constantes, novas utilidades dentre outros.

Website: Página na internet contendo diversos temas, interações, informações,
músicas, vídeos, imagens, dentre outros.
60




   APÊNDICE A
Questionário de Perfil
61




Obrigado por sua participação nesta pesquisa.
O objetivo desse questionário é aprender mais sobre o seu perfil.
Você não será identificado em qualquer momento da pesquisa e seus dados
pessoais também não serão revelados.
Sinta-se livre para não responder qualquer uma das perguntas.


1 – Qual é a sua idade? ________ anos.

2 – Qual é a sua escolaridade?

      ( ) Nenhuma (nunca fui à escola)
      ( ) Ensino fundamental (1º grau, primário e médio) incompleto
      ( ) Ensino fundamental (1º grau, primário e médio) completo
      ( ) Ensino médio (2º grau, técnico) incompleto
      ( ) Ensino médio (2º grau, técnico) completo
      ( ) Ensino superior (3º grau) incompleto. Qual curso? __________________
      ( ) Ensino superior (3º grau) completo. Qual curso? ___________________
      ( ) Pós – graduação (especialização, mestrado ou doutorado). Qual curso?
      ______________________________________________________________
      ( ) Outro. Qual? ________________________________________________

3 – Qual o seu grau de cegueira?

      (   ) Parcialmente. Qual o seu grau de cegueira? _______________________
      (   ) Totalmente

4 – Qual é a sua profissão? _____________________________________________

5 – Já usa o computador?

      (   ) Sim
      (   ) Não (pule para a questão 6)

             A – Há quanto tempo (aproximadamente)? ______________________

             B – Com que frequência?

                   (   ) Sempre (todos os dias)
                   (   ) Frequente (três ou quatro dias por semana)
                   (   ) De vez em quando (um ou dois dias por semana)
                   (   ) Raramente (poucos dias por mês)
                   (   ) Quase nunca (usei uma ou duas vezes)
                   (   ) Outra. Qual? _____________________________________

             C – Para que usa o computador? Você pode marcar várias respostas
             nesta questão.

                   (   ) Comunicar-se com outras pessoas
                   (   ) Trabalhar
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TCC - Avaliação de Usabilidade e Acessibilidade para Deficientes Visuais em Serviços de Busca Web

  • 1. UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB São Paulo, SP 2009
  • 2. UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Mogi das Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos para a conclusão do curso. Professor Orientador: Bruno Hideo Casillo São Paulo, SP 2009
  • 3. RICARDO FABIO RIBEIRO DE SOUSA AVALIAÇÃO DE USABILIDADE E ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES VISUAIS EM SERVIÇOS DE BUSCA WEB Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Sistemas de Informação da Universidade de Mogi das Cruzes, Campus Villa-Lobos, como parte dos requisitos para a conclusão do curso. Aprovado em_________________________________ BANCA EXAMINADORA Professor: Bruno Hideo Casillo Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos Professor: Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos Professor: Universidade de Mogi das Cruzes – Campus Villa Lobos
  • 4. AGRADECIMENTOS A minha família, por me ajudar e me confortar em todos os momentos de dificuldade. Ao professor Bruno Hideo Casillo, que contribuiu com suas orientações da melhor maneira possível. Aos professores em geral, por estarem sempre disponíveis para ajudar no desenvolvimento deste trabalho. Aos amigos em geral, por participarem de alguma forma no progresso deste trabalho. Aos participantes deficientes visuais, que aceitaram participar desta pesquisa acadêmica. O que viabilizou a principal fonte deste trabalho.
  • 5. “Autoconfiança é o primeiro segredo para se alcançar o sucesso.” (Ralph Waldo Emerson)
  • 6. RESUMO A deficiência visual é um problema que limita em grande parte o acesso de uma pessoa em diversas atividades. Dentre elas, o acesso ao computador e as principais tecnologias utilizadas por uma pequena parcela da população. Devido a esta necessidade, as intenções de tornar mais usáveis e acessíveis estas tecnologias guiam as pesquisas na área da Interação Humano–Computador dentro do estudo da Ergonomia. Este trabalho consiste no monitoramento de participantes deficientes visuais em avaliações práticas de usabilidade e acessibilidade utilizando a ferramenta assistiva Virtual Vision com o intuito de descobrir as reais necessidades deste público, no que diz respeito à usabilidade e à acessibilidade, em serviços de busca na web, realizados nos dias 12, 13 e 21 de novembro de 2009, apontando problemas e sugerindo correções para o aprimoramento destes serviços de acordo com diretrizes de diversos autores. Desta maneira, contribuindo para a redução dos obstáculos enfrentados por este público, ampliando a inclusão digital para todos. Palavras-chave: Deficiência Visual, IHC, Usabilidade, Acessibilidade, Ferramenta Assistiva, Virtual Vision, Inclusão Digital, Serviços de Busca.
  • 7. ABSTRACT Visual impairment is a problem that largely restricts the access of a person in various activities. Among them, computer access and the main technologies used by a small portion of the population. Because of this need, the intentions to make it more usable and accessible for these technologies guide the research in human-computer interaction in the study of ergonomics. This work consists of monitoring the visually impaired participants in practical assessments of usability and accessibility using assistive tool Virtual Vision in order to discover the real needs of the public with regard to usability and accessibility of services for Web search, conducted on days 12, 13 and 21 november 2009, identifying the problems and suggesting fixes for the improvement of these services in accordance with guidelines from various authors. In this way, contributing to the reduction of barriers faced by the public, broadening digital inclusion for all. Keywords: Visual Impairment, HCI, Usability, Accessibility, Assistive Tool, Virtual Vision, Digital Inclusion, Search Services.
  • 8. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Cronograma de tarefas. ............................................................................ 27 Tabela 2. Os dez princípios das Heurísticas de Usabilidade. ................................... 28 Tabela 3. Graus de Severidade. ............................................................................... 28 Tabela 4. Descrição do script dos testes. ................................................................. 30
  • 9. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Desenho Metodológico. ............................................................................. 26 Figura 2. Perfil dos indivíduos da pesquisa. ............................................................. 31 Figura 3. Favorecimento ao acesso de link patrocinado e link de anuncio confuso. 36 Figura 4. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Google. ........ 37 Figura 5. Problemas no filtro por opções em páginas em português e páginas do Brasil e nas opções de detalhe de imagens. ............................................................ 38 Figura 6. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Bing. ............ 39 Figura 7. Problemas de poluição visual na Interface. ............................................... 40 Figura 8. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Cadê. ........... 41 Figura 9. Barra de serviços do UOL e link patrocinado. ........................................... 42 Figura 10. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no UOL Busca. 43 Figura 11. Avaliação Geral das Ferramentas. .......................................................... 44 Figura 12. Porcentagem de dificuldades das tarefas realizadas. ............................. 45 Figura 13. Alteração do significado de link patrocinado e de legenda com termos técnicos e em inglês para o português em imagens e vídeos. ................................. 48 Figura 14. Foco prioritário em tag de HTML radio Button e melhor esclarecimento em opções de exibição de imagens. .............................................................................. 48 Figura 15. Diminuição da poluição visual e reavaliação de termos técnico e em inglês sem nenhum Feedback. ........................................................................................... 49 Figura 16. Serviços do UOL e reestruturação no design e na programação da página de busca por vídeos. ................................................................................................ 49
  • 10. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS IHC Interação Humano-Computador HCI Human-Computer Interaction PCD Pessoa com deficiência PPD Pessoa portadora de deficiência ONU Organização das Nações Unidas HTML Hyper Text Markup Language NVDA Non Visual Desktop Access UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro MS-DOS Microsoft Document Operation System W3C World Wide Web Consortium WAI Web Accessibility Initiative WCAG Web Contents Accessibility Guidelines 3G Terceira Geração UOL Universo Online
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12 1.1 Objetivo .......................................................................................................... 13 1.2 Motivação ....................................................................................................... 13 1.3 Estrutura do Trabalho ..................................................................................... 13 2 CONTEXTO GERAL DA DEFICIÊNCIA VISUAL ............................................... 15 2.1 A Deficiência Visual ........................................................................................ 16 2.2 As Diferentes Reações e Dificuldades ........................................................... 16 2.2.1 Confrontando a Tecnologia ....................................................................... 17 2.3 A Inclusão Digital e sua Importância na Deficiência Visual ............................ 18 2.4 A Escolha do Virtual Vision ............................................................................ 19 2.5 Por Que o Serviço de Busca .......................................................................... 20 3 USABILIDADE E ACESSIBILIDADE NA IHC ..................................................... 21 3.1 A Interação Humano–Computador ................................................................. 21 3.2 A Usabilidade na Internet ............................................................................... 22 3.3 A Acessibilidade na Internet ........................................................................... 23 3.4 Diretrizes de Usabilidade e Acessibilidade ..................................................... 23 3.4.1 Hipóteses de Diretrizes para a Deficiência Visual ..................................... 25 4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................ 26 4.1 Procedimento Metodológico ........................................................................... 26 4.2 Técnicas Utilizadas......................................................................................... 27 4.2.1 Critérios para a Escolha dos Serviços de Busca ....................................... 29 4.3 Pesquisa de Campo ....................................................................................... 29 4.3.1 Indivíduos da Pesquisa ............................................................................. 31 4.4 Materiais de Ambiente .................................................................................... 33 5 AVALIAÇÕES E RESULTADOS .......................................................................... 35 5.1 Avaliação Inicial das Ferramentas .................................................................. 35 5.2 Avaliações Práticas das Ferramentas com os Pesquisados .......................... 36 5.2.1 Google ....................................................................................................... 36 5.2.2 Bing ........................................................................................................... 38 5.2.3 Cadê .......................................................................................................... 39 5.2.4 UOL Busca ................................................................................................ 41 5.3 Análise dos Resultados .................................................................................. 43 5.4 Proposta de Correções para o Aprimoramento das Ferramentas .................. 46
  • 12. 5.4.1 Virtual Vision ............................................................................................. 47 5.4.2 Google ....................................................................................................... 47 5.4.3 Bing ........................................................................................................... 48 5.4.4 Cadê .......................................................................................................... 48 5.4.5 UOL Busca ................................................................................................ 49 5.5 Opiniões de Aprimoramento para as Ferramentas ......................................... 50 6 CONCLUSÃO..................................................................................................... 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 52 GLOSSÁRIO ............................................................................................................ 57 APÊNDICE A ............................................................................................................ 60 Questionário de Perfil ............................................................................................... 60 APÊNDICE B ............................................................................................................ 65 Entrevista Pós Testes ............................................................................................... 65 APÊNDICE C............................................................................................................ 68 Termo de Confidencialidade ..................................................................................... 68 APÊNDICE D............................................................................................................ 71 Banco de Tarefas ..................................................................................................... 71
  • 13. 12 1 INTRODUÇÃO A pessoa com deficiência (PCD) está aquém de todo o seu potencial, devido às limitações que são impostas a eles. Seus sonhos e objetivos esbarram no mundo que se desenvolve apenas para as pessoas comuns, cultivando a exclusão social. Esta exclusão deve-se não apenas as barreiras arquitetônicas encontradas pelo PCD visual, mas também pela percepção de espaço que segundo Lynch (1988), está vinculado primeiramente ao sentido da visão, que é responsável pelo primeiro impacto criador de significados do ambiente. Quando se trata de tecnologia, a internet é a principal ferramenta de motivação e incentivo para os PCD’s, por ser uma ferramenta que os conecta com o mundo exterior, abrindo novos horizontes de conhecimento, fazendo com que eles se sintam importantes e úteis para a sociedade. Segundo Tonet (2006): “A Internet e o computador alargaram os horizontes dos deficientes visuais, a quantidade de informações a que ele tem acesso através desses recursos é muito maior do que por meio de outros veículos”. Entretanto, a internet não está totalmente apropriada para um acesso de qualidade por estas pessoas. Diante deste cenário, a Interação Humano–Computador (IHC) é um fator importante para a mudança, provando que é possível ter um site apropriado e acessível com pouco investimento, mas com um alto retorno. Os padrões de acessibilidade definidos pelo World Wide Web Consortium (W3C) também contribuem para a qualidade do acesso à internet, juntamente com as ferramentas assistivas, configurações e adaptações dos sistemas que auxiliam para uma melhoria no acesso destas tecnologias, diminuindo as dificuldades encontradas por estas pessoas. Mesmo com estes avanços, tudo que já é disponível ao PCD ainda não é o suficiente para um uso completo e eficaz. Deve haver uma mudança de comportamento no que se diz respeito aos PCD’s, estas pessoas também são usuários capazes de realizar as mesmas tarefas de um usuário comum. Portanto, é de direito deles, também o acesso a essas tecnologias.
  • 14. 13 1.1 Objetivo O objetivo deste trabalho é apresentar uma avaliação de usabilidade e acessibilidade utilizando ferramentas assistivas para os serviços de busca na web realizados por voluntários deficientes visuais. Como contribuição, o trabalho apontará algumas falhas encontradas nestas ferramentas e irá propor possíveis correções para o aprimoramento dos mesmos, baseadas nas diretrizes de usabilidade e acessibilidade. 1.2 Motivação O PCD visual tem seus direitos. Porém, muitas vezes esses direitos não são respeitados. Por isso, a partir de uma reportagem tratando de acessibilidade para deficientes visuais, surgiu à idéia para o tema e após uma breve pesquisa, a certeza de que este trabalho pode contribuir de alguma forma para a evolução do acesso dos PCD’s visuais a internet. É importante salientar que nem todos os problemas enfrentados por estas pessoas se resumem no acesso a um computador. Mas, desde que possa ser feito algo para sua melhoria, já é um grande passo para a diminuição de seus problemas. 1.3 Estrutura do Trabalho Para atender os objetivos propostos, o restante deste trabalho possui a seguinte estrutura: • Capítulo 2: Contexto Geral da Deficiência Visual - Apresenta as dificuldades e necessidades encontradas pelos PCD’s, em específico o visual, qual a importância da inclusão digital para estas pessoas, um resumo sobre a escolha da ferramenta assistiva Virtual Vision e o serviço de busca.
  • 15. 14 • Capítulo 3: Usabilidade e Acessibilidade na IHC - Apresenta os conceitos de usabilidade e acessibilidade dentro da interação humano-computador e suas diretrizes. • Capítulo 4: Métodos e Técnicas de Pesquisa - Apresenta os métodos e técnicas utilizados para a realização dos processos e um breve resumo dos participantes pesquisados. • Capítulo 5: Avaliações e Resultados - Apresentam uma avaliação inicial de acordo com as diretrizes pesquisadas, uma avaliação prática com os voluntários e seus resultados, e por fim, uma análise dos resultados. • Capítulo 6: Conclusão - Encerra o trabalho apresentando opiniões, discussões e considerações finais sobre a pesquisa.
  • 16. 15 2 CONTEXTO GERAL DA DEFICIÊNCIA VISUAL Em toda a legislação brasileira, a pessoa com deficiência é indicado por pessoa portadora de deficiência (PPD), porém, esta sigla está desatualizada, de acordo com a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência aprovada na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006 e incorporada à constituição brasileira em 2008, o termo correto utilizado agora é pessoa com deficiência (PCD) que é definido como: Aqueles que têm impedimentos de longo prazo na natureza, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva em igualdade de condições com as demais pessoas. (ONU, 2006, 2008). Ainda segundo o Ministério da Saúde (MS), a política nacional do PCD define como propósitos gerais: Proteger a saúde do PCD; reabilitar o PCD na sua capacidade funcional e desempenho humano, contribuindo para a sua inclusão em todas as esferas da visão social; e prevenir agravos que determinem o aparecimento de deficiências. (MS, 2002). De acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000), cerca de 24,6 milhões de pessoas, 14,5% da população possuem algum tipo de deficiência. Um número alto comparado aos poucos recursos disponíveis para o amparo, tratamento, entretenimento e outros recursos que lhe é de direito. No que se trata de Inclusão Digital, temos um avanço maior. Para sanar a exclusão social aos PCD’s, já existem mecanismos tanto físicos, como acessórios, quanto virtuais, como softwares para o auxílio no uso ao computador. Nesta reflexão, procura-se repensar não no que está sendo feito para melhorar o acesso do PCD à tecnologia e sim a tecnologia que não acompanha como deveria os avanços neste setor.
  • 17. 16 2.1 A Deficiência Visual O censo demográfico do IBGE (2000) diz que desses 24,6 milhões de PCD’s, 16,6 milhões de pessoas são incapazes, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar, totalizando entre homens, mulheres, crianças e idosos na faixa etária entre 0 e 80 anos ou mais. Dentre esses números, 150 mil dizem possuir cegueira. É importante ressaltar também que a proporção desses números aumenta de acordo com o envelhecimento da população. O PCD visual tem um histórico que retrata diferentes momentos: de acordo com Mecloy (1974) desde a era primitiva, os PCD’s visuais eram considerados espíritos maus castigados por Deus, sendo excluídos, abandonados ou até mortos. Passando pelo período do Cristianismo, onde segundo Pessotti (1984) e Amaral (1995) passaram a ser considerados seres divinos com diferentes indagações até o período de transição do Feudalismo para o Capitalismo, onde afirma Sanchez (1992), surgiram os primeiros conhecimentos anátomo-fisiológicos, possibilitando o melhor entendimento e compreensão sobre a cegueira. Desta maneira, os PCD’s visuais foram obtendo o seu espaço com o tempo, com a criação do sistema em Braille, que é um processo de leitura e escrita em relevo, criada pelo francês Louis Braille, a criação de institutos para cegos nos Estados Unidos, a criação universal dos direitos humanos a partir do século XX, os PCD’s visuais foram adquirindo um espaço na sociedade (FRANCO; DIAS, 2005). 2.2 As Diferentes Reações e Dificuldades É importante lembrar que existem diferenças entre uma pessoa que nasceu cega e uma pessoa que adquiriu a cegueira ao decorrer da vida. A pessoa que nasceu cega aprendeu a aceitar o problema e a lidar com ele. Entretanto, a pessoa que adquiriu a cegueira passa a ter diferentes reações. Segundo Adams (1980), ela reage de diversas maneiras: o choque ao saber que não poderá mais enxergar, imobilidade psicológica, depressão, sentimentos de piedade, necessidade de confidências, pensamentos suicidas, retardamento psicomotor, dentre outros,
  • 18. 17 implicando no processo de reabilitação. Três reações contínuas também foram apontadas: o prolongamento da depressão comum para uma depressão masoquista, a desordem de características e o isolamento entre aqueles que estão na mesma situação e o resto da sociedade. Ainda segundo Fitzgerald (1970, apud ADAMS, 1980), é descrito mais quatro fases diferentes num período de dez meses aproximadamente. A descrença em si, negando sua atual situação, o protesto, não aceitando sua condição, indo à procura de uma segunda opinião, a depressão refletida em seu corpo como a perda de peso, falta de apetite, dentre outros e por fim, a recuperação e aceitação de sua situação. A perda da visão também reflete em sua integridade física, num processo de debilitação temporária de seus sentidos restantes, a perda do contato com a realidade, sua noção de espaço e suas habilidades básicas como a comunicação escrita e corporal. (BARCZINSKI, 2005) Segundo Almeida (2005), a cegueira ou a baixa visão limita a pessoa a vários aspectos: a leitura e a escrita, a aquisição de conceitos, a dependência, a mobilidade dentre outros, acarretando em um desenvolvimento falho do indivíduo. O preconceito e a discriminação, também são aspectos que contribuem para a difícil recuperação de uma pessoa que acabara de perder a visão. 2.2.1 Confrontando a Tecnologia Aos poucos PCD’s que possuem o contato com a tecnologia, observa-se uma dificuldade conflitante com as rápidas evoluções tecnológicas. E não apenas o acesso ao computador, outras tecnologias domésticas ou eletrônicas não estão preparadas para o uso geral, em específico aos PCD’s. De acordo com Norman (1990) deve ser de fácil entendimento e com claros indicadores de manuseio. Não é difícil encontrarmos situações em que a tecnologia se forma como uma barreira para o PCD visual. Temos como um exemplo básico a era do Touchscreen, uma das principais evoluções da tecnologia, é praticamente impossível um PCD visual utilizar algum aparelho, seja ele doméstico ou eletrônico que possui telas
  • 19. 18 sensíveis ao toque, uma discussão que deve ser considerada na produção destes eletrônicos. Conforme afirma Vygotski (1984), o desenvolvimento de um sujeito não pode ser compreendido por meio de um estudo do indivíduo. É preciso conhecer a vida social no qual o indivíduo se desenvolve. (BARBOSA; CHEIRAN; VIEIRA, 2008). 2.3 A Inclusão Digital e sua Importância na Deficiência Visual A inclusão digital para o PCD visual é possível num contexto geral, de acordo com Belarmino (2004) “[...] onde a cegueira não seja vista como limitação ou empecilho, mas que seja pensada como experiência criadora, como condição específica de um ser humano total”. É importante que a sociedade tenha consciência de que os PCD’s não são pessoas incapazes devido a sua deficiência, o importante é que exista uma estrutura de comunicação entre o PCD e uma pessoa comum. Segundo Vygotski (1984), o que compensa a cegueira não é o maior desenvolvimento dos outros sentidos, mas sim a experiência social com outras pessoas. Observamos também em estudos feitos pelo instituto Benjamin Constant (IBC, 2005), que o PCD visual, tratado com seus devidos cuidados, consegue se desenvolver normalmente, tornando-se independente em diversas tarefas e o auxílio do computador tem uma grande contribuição para esse desenvolvimento. Entretanto, o estigma social de inaptidão, trás um sentimento de culpa ao PCD visual, fazendo com que ele se sinta reprimido por não saber ou não estar apto a lidar com este tipo de tecnologia. Portanto, em respeito à cidadania e os direitos do PCD visual, a Inclusão Digital justifica-se para o melhor convívio destas pessoas com a tecnologia, a informação, o entretenimento, novas idéias, comunicação, e tudo que é disponibilizado a informatizada sociedade atual, com o direito igual para todos.
  • 20. 19 2.4 A Escolha do Virtual Vision O desenvolvimento de ferramentas assistivas foi um grande passo para o auxílio da navegação do PCD visual ao computador. Sintetizadores de voz, leitores de tela, lentes de aumento, barras de acessibilidade, dentre outros. Uma das principais ferramentas, o leitor de tela é um importante componente para a navegação, devido a sua capacidade de conversão de tags em HTML em voz sem a necessidade de adaptação do hardware. Dentre as mais conhecidas, temos o Jaws, que segundo o depoimento de um dos indivíduos pesquisados, é a preferência de 90% dos PCD’s visuais. Existem outros leitores de telat como o Non Visual Desktop Access (NVDA), o WebAnywhere, o DosVox, e o Virtual Vision. Destas ferramentas, o DosVox e o Virtual Vision foram desenvolvidas aqui no Brasil. O DosVox foi desenvolvido pelo núcleo de computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e consiste em um ambiente semelhante ao Microsoft Document Operation System (MS-DOS) para a execução de diversas tarefas através do teclado. Já o Virtual Vison, foi desenvolvido pela empresa MicroPower e teve a Fundação Bradesco como seu patrocinador. Consiste num leitor de tela que faz uma varredura nas tags em HTML convertendo estas tags para voz. O Virtual Vision pode ter sua navegação feita tanto pelo mouse quanto pelo teclado. Para a escolha do Virtual Vision, foram levadas em consideração duas vertentes. A primeira, pelos estudos realizados por (MIRANDA; ALVES, 2001), onde foi constatado que o Virtual Vision é a ferramenta mais adequada para o uso na internet. E segundo, pelo critério de utilizar uma mesma ferramenta para o uso em todos os testes, mantendo um padrão. Considerando também, que em sua maioria, a inicialização ao computador e a internet dos indivíduos pesquisados foi feita pelo Virtual Vision.
  • 21. 20 2.5 Por Que o Serviço de Busca A busca por informações define uma das mais importantes características da internet. De acordo com o Núcleo de Informação e Coordenação (NIC, 2008), a procura de informações na internet se torna cada vez mais frequente. Dentro da área urbana, onde o uso do computador e da internet é maior, 83% usam a internet para busca de informações e serviços on-line, dentro deste percentual, as atividades mais utilizadas são a procura por entretenimento e diversão, bens e serviços, saúde, emprego e viagens, sendo que 37% se utilizam dos mecanismos de busca para encontrar a informação desejada. E o PCD visual também deve fazer parte desses números, mesmo que em uma proporção menor. Tendo em vista que seus direitos de participação em atividades como esta devem ser respeitados. Ainda segundo questionários respondidos pelos indivíduos pesquisados, o serviço de busca é utilizado com freqüência para estudos, trabalho, pesquisas específicas e variadas, provando que o usuário é capaz de buscar informações de diversos interesses nestes serviços.
  • 22. 21 3 USABILIDADE E ACESSIBILIDADE NA IHC A identificação de fatores humanos referentes à eficiência na utilização de sistemas é o que chamamos de Ergonomia, e a interação humano–computador está diretamente relacionada a este conceito. Onde a IHC, segundo Rosa (2006), é uma das mais recentes áreas de pesquisa da Ergonomia no qual se estuda os fenômenos e comportamento da comunicação entre o homem e a máquina. Desta área, podemos apontar dois termos que podem ter uma grande contribuição na melhoria destas tecnologias para o PCD visual: a Usabilidade e a Acessibilidade. 3.1 A Interação Humano–Computador Para que uma tecnologia seja bem sucedida, é necessário se pensar em todos os fatores que a leve a este sucesso. Segundo Pimenta: O sucesso de um sistema interativo é determinado pelos seres humanos que o usam e, portanto é profundamente afetado pela sua facilidade de uso, pela sua capacidade de desfazer ações indesejadas e de auxiliar a minimizar erros [...] na perspectiva de seus usuários. (PIMENTA, 2006). E hoje, tudo que nos rodeia, é relacionado à tecnologia e a interação, desde o despertador que toca no horário programado até o cartão magnético que debita no sistema uma compra feita na loja. Porém, muitas vezes, esta interação entre o homem e a máquina é falha. Podemos ter como exemplo, o problema das portas giratórias nos bancos. Com isso, constata-se que nem sempre esta interação é satisfatória, e que segundo Norman (1990), o que muitas vezes é considerado erro humano, pode estar relacionado a não adequação no funcionamento deste sistema. Rocha e Baranauskas definem isto como uma área interdisciplinar, onde a “disciplina é relativa ao design, a avaliação e a implementação de sistemas computacionais interativos para uso humano e aos fenômenos que os cercam” (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003) onde a usabilidade e a acessibilidade têm sua grande contribuição. E a internet é a tecnologia que evolui a cada dia, provocando uma
  • 23. 22 necessidade contínua de aperfeiçoamento e melhoria de qualidade para usuários comuns e específicos. 3.2 A Usabilidade na Internet De acordo com (BASTIEN; SCAPIN; LEULIER, 1996), usabilidade é a capacidade do sistema em permitir que o usuário consiga realizar suas metas de interação. Já para (NIELSEN, 2003), usabilidade é um atributo de qualidade que avalia o quanto as interfaces são fáceis de usar, com métodos para melhoria e facilidade de uso durante um processo de design. O autor define também cinco componentes de usabilidade. Aprendizagem: se é fácil a realização das tarefas em um primeiro contato, Eficiência: se após o aprendizado, o usuário é rápido na realização das tarefas, Memorização: se os usuários lembram-se de como realizar as tarefas após um tempo, Erros: como os usuários lidam com os erros que possam aparecer e Satisfação: se o design agrada os usuários. Ainda segundo Nielsen (2003), a usabilidade é uma condição de sobrevivência na web, tendo em vista que qualquer dificuldade acima do normal que o usuário possa encontrar, como um difícil acesso, a não indicação do que o website oferece, se o usuário se perder na navegação, são motivos suficientes para que o usuário abandone o website e parta para outro. Nielsen (2003a) chama de melhores práticas, o uso de 10% do orçamento de todo o projeto para testes de usabilidade. Isto duplicará em média as métricas de qualidade desejadas no website. Entretanto, estas melhorias são relativamente menores, porém, substanciais e enfatizam a usabilidade no processo de design. Nielsen (2007) afirma também que houve uma estabilidade nas diretrizes de usabilidade e que mesmo com o passar do tempo, ainda permanecem válidas mesmo com novas descobertas. Provando que testes sólidos, porém simples e eficazes, podem fazer a diferença.
  • 24. 23 3.3 A Acessibilidade na Internet No que se diz respeito à acessibilidade, de acordo com Tim Berners-Lee: “o poder da web está em sua universalidade. O acesso por todos, é um aspecto essencial, independente da deficiência”. (W3C, 2009, tradução do próprio autor). Segundo o W3C (2009), a web é projetada para funcionar corretamente para todos os públicos, independente de seu hardware, software, cultura ou localização. Quando este objetivo é alcançado, a acessibilidade se torna universal, eliminando barreiras. A acessibilidade também deve ser lembrada em outros dispositivos, como aparelhos eletrônicos, domésticos, e também em obstáculos arquitetônicos como transportes públicos, locais de lazer, instituições de ensino, hospitais, dentre outros. Isto, além de promover a acessibilidade, provoca um retorno positivo. No caso da web, um website que possui uma acessibilidade correta, tem melhores resultados de pesquisa, redução de custo de manutenção, alcança maior audiência, dentre outros benefícios (W3C, 2009, tradução do próprio autor). Contudo, a web ainda não está neste patamar. Nielsen expõe duas questões: “se o usuário tem algum problema que dificulta o uso de dispositivos de entrada e saída tradicionais da forma pretendida” e “tornar a web mais acessível [...] resume- se, até certo ponto, a usar o HTML da forma pretendida: para codificar significado em vez de aparência” (NIELSEN, 2000). Isto deve ser levado em consideração, tendo em vista que a remodelagem de um website para adaptações à acessibilidade gera tempo e custos maiores. Outro aspecto importante é que, segundo conversas informais com os pesquisados, se o website for acessível, tiver um bom atendimento, e superar suas expectativas, a tendência, é de se tornarem usuários fieis a este serviço. 3.4 Diretrizes de Usabilidade e Acessibilidade O desenvolvimento de websites surgiu a partir da década de 90, onde o conceito de usabilidade foi aplicado à acessibilidade, onde Amstel (1996) referencia
  • 25. 24 este conceito ao princípio básico da web acessada por todos. No entanto, segundo (LEPORINI; ANDRONICO; BUZZI, 2004), os problemas de usabilidade continuaram existindo. Diretrizes de usabilidade e acessibilidade devem ser seguidas para uma padronização geral dos websites, todavia, este trabalho não citará todas as diretrizes existentes por serem muito extensas, fugindo do foco deste trabalho. A princípio, as diretrizes de usabilidade estão relacionadas com os princípios de design escritos por Norman (1990), que são: • Visibilidade de funções; • Feedback relacionado à visibilidade; • Restrições num papel de consistência; • Mapeamento entre os controles; • Consistência na projeção de interfaces. Norman (1990) também cita o termo affordance, que pode ser entendido como a forma de algo nos dar uma pista de seu funcionamento. Como por exemplo, uma escada que nos mostra como subir ou descer por ela. (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003) citam que muitas vezes, estes princípios são determinados pelos próprios fabricantes como forma de identificação e consolidação de seus produtos. Quanto às diretrizes de acessibilidade, a Web Accessibility Initiative (WAI) é o departamento da W3C responsável pela documentação. Eles desenvolveram a Web Contents Accessibility Guidelines 1.0 (WCAG 1.0), guia internacional de acessibilidade destinada a todos os profissionais da web. Este documento define configurações de adaptação em conteúdos multimídia em websites, utilização correta de indexação na navegação via teclado dentre outras diretrizes. Por fim, Queiroz (2006) salienta que não basta ter uma web acessível e usável, é preciso torná-la mais rápida, fácil e eficaz para todos os públicos, tornando-a mais confortável e confiável.
  • 26. 25 3.4.1 Hipóteses de Diretrizes para a Deficiência Visual Segundo Pimenta (2006), é impossível criar um artefato que seja completamente usável, já que um website acessível não é necessariamente usável. Hanson (2004) também afirma que uma página pode conter a usabilidade, facilitando o uso de um usuário comum, mas pode ser inacessível para um PCD visual. (TAKAGI; ASAKAWA; FUKUDA; MAEDA, 2004) apresentam em seus estudos, alguns problemas de usabilidade em relação à acessibilidade. Os autores destacam três tipos: foco maior na acessibilidade e menor na usabilidade, dependência na verificação e validação apenas da acessibilidade, e falta de atenção ao comportamento do usuário. Desta maneira, é possível definir algumas especificações: o uso de palavras em links, links consistentes, opções para o aumento do texto, usar um contexto claro e objetivo, usar navegação simples e redundante, dentre outros. Ainda segundo o W3C (2000), são importantes alguns outros fatores: fornecer alternativas equivalentes ao conteúdo sonoro e visual, não depender apenas de cores em textos e links, orientações quando for necessário, texto alternativo para imagens, opção de atalho via teclado, linguagem simples, e flexibilidade e total domínio da navegação. Ao decorrer dos testes com os pesquisados, algumas outras informações devem ser consideradas: o leitor de tela teve um papel importante no auxilio a navegação dos PCD’s visuais na internet. Sem esta ferramenta, não seria possível a navegação. Devido a esta importância, não só os leitores de tela, mas todas as ferramentas assistivas, devem estar em constante evolução, para auxiliarem da melhor maneira possível os PCD’s visuais no uso da internet.
  • 27. 26 4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA A metodologia utilizada neste trabalho é precedida por uma pesquisa bibliográfica e composta por uma abordagem quantitativa e qualitativa, uma pesquisa de campo e a coleta de dados. A figura 1 define o desenho metodológico. Figura 1. Desenho Metodológico. Fonte: Próprio autor. 4.1 Procedimento Metodológico Dentro de uma pesquisa aplicada, que visa à prática do conhecimento geral voltado para a solução de problemas, o método dialético foi o utilizado. Por conter segundo Gil (1999) e (MARCONI; LAKATOS, 2002), a junção de contradições transcendidas, originando novas contradições que requerem soluções. Também foi utilizada a abordagem qualitativa para a avaliação inicial das ferramentas e quantitativa para a coleta de dados do perfil de cada PCD visual pesquisado. A partir destas informações, foi possível a realização do campo de pesquisa para o levantamento das informações iniciais. Ambas as abordagens, tiveram amostragens intencional, que é uma amostragem não probabilística definida de acordo com os interesses deste trabalho, (SILVA; MENEZES, 2001) sugerem que seja feito um cronograma para o conhecimento geral de cada tarefa realizada durante a pesquisa. Este trabalho foi realizado em um período de 2 meses e meio,
  • 28. 27 tendo o seu início a partir da metade do mês de Setembro e seu final do mês de Novembro. A tabela 1 descreve melhor o cronograma. Tabela 1. Cronograma de tarefas. CRONOGRAMA DE TAREFAS Nº da Tarefa Período Descrição 1 Set/09 Pesquisa Bibliográfica 2 Out/09 Elaboração do Projeto 3 Out/09 Avaliação inicial das ferramentas de serviço de busca 4 Nov/09 Questionários 5 Nov/09 Coleta de Dados 6 Nov/09 Pesquisa de Campo 7 Nov/09 Entrevistas 8 Nov/09 Levantamento dos dados e análise dos resultados 9 Nov/09 Conclusão Fonte: Próprio autor. 4.2 Técnicas Utilizadas A partir das hipóteses definidas no capítulo 3.4.1, foi utilizado também duas avaliações distintas. Uma avaliação inicial das ferramentas de serviço de busca de acordo com as diretrizes pesquisadas e após a escolha dos participantes através de um questionário, uma avaliação prática com os PCD’s visuais, utilizando as Heurísticas e os graus de severidade de usabilidade (NIELSEN, 1994) e as recomendações de acessibilidade do W3C. Desta forma, foram utilizadas duas abordagens diferentes, a qualitativa para a avaliação inicial e a quantitativa para a pesquisa de campo. Isto trouxe uma eficácia maior, que segundo o autor, é uma boa maneira para encontrar problemas maiores ou menores em uma interface com o usuário, variando entre 32% para um problema menor até 42% para um problema maior.
  • 29. 28 As Heurísticas definidas por Nielsen estão divididas em dez princípios que vão desde a visibilidade do status do sistema até a ajuda a documentação e privacidade e estão listados de acordo com a tabela 2. Tabela 2. Os dez princípios das Heurísticas de Usabilidade. 1. Visibilidade do status do sistema 2. Compatibilidade entre o sistema e o mundo real 3. Controle e liberdade do usuário 4. Consistência e padrões 5. Reconhecimento e prevenção de erros 6. Ajuda aos usuários a reconhecer, diagnosticar e se recuperar de erros 7. Reconhecimento em vez de lembrança 8. Flexibilidade e eficiência de uso 9. Estética e design minimalista 10. Ajuda a documentação e privacidade Fonte: NIELSEN, 1994. p. 30. (adaptação) Nielsen (1994) define também alguns graus de severidade, que são determinados por três fatores de problema: frequência, impacto e persistência. Esses graus de severidade ajudam a detectar e a entender de uma maneira mais precisa os problemas encontrados dentro de uma avaliação. A tabela 3 define os graus definidos por (NIELSEN, 1994) e relatados por (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003). Tabela 3. Graus de Severidade. 1. Eu não concordo que isto é um problema de usabilidade 2. É um problema cosmético somente: precisa ser corrigido caso sobre algum tempo de projeto 3. Problema de usabilidade menor: corrigi-lo, deve ser prioridade baixa 4. Problema de usabilidade grave: corrigi-lo, deve ser de prioridade alta 5. Catástrofe de usabilidade: a sua correção é imperativa antes do produto ser liberado Fonte: ROCHA; BARANAUSKAS, 2003. p. 183.
  • 30. 29 4.2.1 Critérios para a Escolha dos Serviços de Busca Para a escolha das ferramentas de serviços de busca, não houve nenhum critério relevante durante a pesquisa bibliográfica. Apenas foi considerado o fato de que os questionários com os indivíduos pesquisados indicaram a preferência pelo Google. Decidiu-se escolher mais três outras ferramentas de serviço de busca que são concorrentes diretas: Bing, da empresa Microsoft, Cadê, da empresa Yahoo Brasil e UOL busca, da empresa UOL. 4.3 Pesquisa de Campo Após uma avaliação inicial das ferramentas baseadas nas diretrizes de alguns autores, foi utilizada a abordagem quantitativa para a seleção dos participantes PCD’s visuais. Nielsen (2000a) afirma que: de três a cinco usuário é a quantidade ideal para se ter uma idéia da diversidade e comportamento. Ao todo, foram escolhidos quatro indivíduos, para que houvesse um equilíbrio na pesquisa e também pela disponibilidade de cada PCD visual. A princípio, a procura por PCD’s visuais, foi feita por instituições especializadas. Entretanto, o longo processo de solicitação de agendamento para trabalhos acadêmicos seguido pela maioria das instituições, impediu a sequência do processo, obrigando a alteração da estratégia, passando a ser independente. Portanto, a procura por PCD’s visuais foi feita através de contatos pessoais. Houve um primeiro contato com o indivíduo em uma conversa informal via telefone. Nesta conversa, foram feitas perguntas prévias sobre seu conhecimento ao computador, a internet e a ferramentas assistivas como leitores de tela por exemplo. Tendo respostas positivas as perguntas, foi feito um convite para a participação dos testes, com uma explicação prévia do que se tratava. Com a aceitação de participação, foi marcada uma data para a realização dos testes. Outras técnicas foram utilizadas durante a realização dos testes com os PCD’s visuais pesquisados. Think Aloud: proposto por (ERICSSON; SIMON, 1993) e
  • 31. 30 (ERICSSON; SIMON; FAERCH; KASPER, 1987), que propõe ao pesquisado, expressar suas reações em voz alta. Avaliações Analíticas: propõe um questionário para levantamento de perfil e entrevistas após os testes para a identificação de erros e História Oral: que é definida como uma técnica de produção e tratamento de depoimentos gravados, segundo Alberti (1990). Foi montado um script para a realização dos testes seguindo as recomendações de Rubin (1994). A tabela 4 descreve os passos. Tabela 4. Descrição do script dos testes. Segundo Barnum (2002), a melhor forma na determinação de tarefas é definir um objetivo geral. Desta forma, foi elaborado Lista de tarefas um conjunto de oito tarefas básicas para a execução dos testes. Estas tarefas estão presentes no apêndice D. O detalhamento das tarefas para o PCD visual, para que ele Orientações gerais pudesse entender melhor do que se tratava. Com a permissão do participante, foi utilizada a técnica de História Oral, gravando seu rosto e captando suas reações a Documentação partir da técnica Think Aloud. Porém, não houve contagem de tempo para a finalização dos testes. Houve também a gravação das telas durante os testes. Foram feitas validações e observações ao decorrer de todas as Validação tarefas de acordo com as diretrizes pesquisadas. Foram feitas entrevistas ao final de cada teste de acordo com a Entrevistas técnica de Avaliações Analíticas. O questionário e a entrevista estão presentes nos apêndices A e B. Foi entregue um termo de confidencialidade, comprometendo o Termo de pesquisador a responsabilizar-se pela quebra de sigilo das confidencialidade informações obtidas, encontrado no apêndice C. Agradecimentos e O agradecimento pela contribuição na pesquisa e um breve conclusão resumo de como seriam utilizadas as informações obtidas. Fonte: Próprio autor.
  • 32. 31 4.3.1 Indivíduos da Pesquisa Embora a disponibilidade e a aceitação do indivíduo tenham contribuído para sua escolha, o fator conhecimento também foi importante. Com isso, conseguiu-se manter um bom nível de conhecimento dos participantes que resultasse em testes de boa qualidade para detectar os problemas e falhas de usabilidade e acessibilidade nos serviços de busca escolhidos. As informações do perfil geral dos participantes da pesquisa são: sexo, idade, escolaridade, profissão e grau de cegueira, conforme a figura 2. Figura 2. Perfil dos indivíduos da pesquisa. Fonte: Próprio autor. Como pré-requisito, todos os PCD’s visuais pesquisados já utilizam o computador. Todos eles usam o computador tanto em seus ambientes profissionais quanto em suas residências e a média de uso entre eles varia de 8 a 12 anos. Dentre os indivíduos que usam o mesmo computador, estão os indivíduos 1 e 2, já os indivíduos 2 e 4 não usam o mesmo computador. Todos utilizam o computador diariamente para comunicar-se, trabalhar, estudar, para notícias e lazer. Apenas o indivíduo 2, não usa para estudo e notícias. Todos eles usam seus computadores sozinhos, sem o auxílio de terceiros e sem o auxílio do mouse, a navegação é feita apenas via teclado.
  • 33. 32 Todos já utilizam a internet e o tempo de uso entre eles varia de 5 a 11 anos. A maioria já teve um contato com a internet ao aprender a usar o computador. Os indivíduos 1, 3 e 4, utilizam a internet todos os dias, apenas o indivíduo 2 não usa a internet com frequência. A maioria usa a internet para comunicar-se, trabalhar, estudar, lazer, realizar pesquisas variadas e específicas. O indivíduo 2, usa apenas para comunicar-se, para conhecer novas pessoas e para lazer. Já o indivíduo 3, é o único que usa a internet também para compras em lojas virtuais e acesso ao Internet-Banking. Dos leitores de tela, a maioria usa ou já usou o Virtual Vision e o Jaws, apenas o indivíduo 4, usa além destas duas ferramentas, a ferramenta NVDA e a ferramenta Orca em ambiente Linux. O problema da organização na navegação dos componentes no website é a maior dificuldade dos pesquisados ao navegar na internet. Quanto ao medo de pegar algum vírus, apenas o indivíduo 3 demonstrou algum receio. O indivíduo 4, também relatou alguns problemas com legenda nas imagens, poluição sonora, dentre outros. Todos os pesquisados já utilizaram alguma vez um serviço de busca na web. Os indivíduos 3 e 4, usam sempre, o indivíduo 1 usa de três a quatro dias por semana e o indivíduo 2 usa raramente. Todos têm preferência pelo Google, isto porque, todos se acostumaram a utilizar este serviço. Porém, os indivíduo 2, 3 e 4, já utilizaram o Cadê no início de seus aprendizados ou ainda o usam eventualmente. Quanto ao tipo de pesquisa nos serviços de busca, o indivíduo 1 busca por pesquisas escolares, diversas, vídeos e pesquisas traduzidas. O indivíduo 2 busca apenas por pesquisas diversas. O indivíduo 3 busca pesquisas escolares e diversas e o indivíduo 4 busca por pesquisas escolares, diversas e por vídeos. Todos têm preferência pelo Internet Explorer da Microsoft para o uso na internet, principalmente pelo fato de já estarem acostumados à ferramenta. Apenas o indivíduo 4 usa também o Mozilla Firefox.
  • 34. 33 4.4 Materiais de Ambiente Os testes foram realizados em diferentes locais de acordo com a disponibilidade e horário de cada participante. Os locais utilizados foram seus ambientes de trabalho e suas residências, nos dias 12, 13 e 21 de novembro de 2009 nos períodos da manhã, noite e tarde respectivamente. Antes da execução das tarefas, foram realizados alguns testes para verificar se tudo estava correndo bem, tanto ao leitor de tela, quanto à internet. Uma conversa prévia sobre assuntos diversos com o objetivo de descontração e maior familiaridade entre o pesquisador e o participante também foram realizadas. Com a permissão dos participantes, foram gravados seus rostos e suas reações, juntamente com suas vozes e as ações na tela do computador. Para gravação, foi utilizada uma câmera fotográfica digital Kodak de 7.1 mega pixels. Ao final dos testes, foi entregue um termo de confidencialidade assinado pelo pesquisador se responsabilizando por qualquer quebra de sigilo das informações pessoais coletadas nos questionários. Durante as pesquisas, foram utilizados dois Desktops, um foi utilizado em local de trabalho e outro em residência. E dois Notebooks, um também utilizado em local de trabalho e outro em residência. Com exceção de um dos Notebooks, que foi utilizado o Sistema Operacional Windows Vista, os outros três foram utilizados o Sistema Operacional Windows XP, com o navegador Internet Explorer. Aos Desktops, foram utilizadas redes de banda larga convencional e aos Notebooks, foram utilizados redes de banda larga móvel de terceira geração (3g). Um fato interessante observado foi que todos os PCD’s visuais pesquisados, utilizam Hand-Sets para ouvir a voz do leitor de tela, e para falarem no microfone acoplado se necessário, como uma forma de não atrapalhar quem está em volta com a voz emitida pelo leitor de tela. Foi pedido para que desconectasse o Hand-Set
  • 35. 34 e fosse conectada a caixa de som, para que fosse captado também o som emitido pelo leitor de tela nas gravações através da caixa de som. Um fato inesperado foi que os quatro PCD’s visuais pesquisados possuíam suas habilidades rotineiras para o manuseio ao computador. Habilidades que ajudaram o participante 3 no decorrer dos testes, mas atrapalhou um pouco os demais participantes. É importante destacar que outras pessoas indiretamente acabaram sendo envolvidas durante os testes, tanto nos ambientes de trabalho quanto nas residências. Estas intervenções contribuíram da melhor maneira possível para uma realização satisfatória em todos os testes.
  • 36. 35 5 AVALIAÇÕES E RESULTADOS A avaliação das ferramentas de serviço de busca se fez necessária de duas maneiras: uma avaliação inicial de acordo com as diretrizes dos autores pesquisados e uma avaliação prática com os indivíduos PCD’s visuais. Após a realização dos testes, foi feito uma análise dos resultados obtidos com o intuito de apontar os problemas e assim, sugerir algumas correções de acordo com diretrizes pesquisadas e resultados dos testes. 5.1 Avaliação Inicial das Ferramentas No geral, as quatro ferramentas não apresentam maiores problemas. Apenas algumas diferenças nas opções de pesquisa. Como o Bing, que não possui pesquisa por vídeos e o Cadê e o UOL Busca, que não possuem pesquisas por páginas do Brasil e páginas em português respectivamente. Em todas as ferramentas, não existe nenhuma opção que permita a busca por páginas em português ou por páginas no Brasil a partir de buscas por imagens ou vídeos. Alguns termos técnicos e em inglês, também estão presentes na maioria das ferramentas e que não fazem parte da linguagem de um PCD visual. No que se trata de poluição visual, apesar de irrelevante para um PCD visual, pode atrapalhar em alguns pontos, e o Cadê é o que possui uma poluição maior. Todas as ferramentas apresentam uma desordem na indexação com a navegação a partir da tecla Tab e durante esta navegação, todas passam antes por links patrocinados e por opções desnecessárias para uma pesquisa básica. O Bing possui um problema de desordem maior referente às pesquisas por imagens, tendo em vista que ele utiliza recursos de Javascript como o Mouseover que é invocado a partir do momento em que o cursor do mouse está sobre determinada imagem. Ao deixar o cursor sobre a imagem, é ampliada a imagem, porém, a indexação se perde, por não saber se navega pelo objeto em foco ou pelas imagens ao fundo. Um recurso bom para a Web 2.0, mas ruim para uma boa usabilidade e acessibilidade.
  • 37. 36 5.2 Avaliações Práticas das Ferramentas com os Pesquisados A partir destas avaliações com os PCD’s visuais pesquisados, foi possível ampliar a identificação dos problemas. Devido ao fato dos quatro pesquisados terem preferência ao Google, foi criada uma ordem de inicio de testes diferente para cada pesquisado. O indivíduo 1 iniciou pelo Google, o indivíduo 2, iniciou pelo Bing, o indivíduo 3 iniciou pelo Cadê e o indivíduo 4 iniciou pelo UOL Busca. O leitor de tela utilizado durante os testes foi o Virtual Vision de acordo com critérios descritos no capítulo 2.4. Além dos problemas relatados, será apresentado um gráfico com o nível de dificuldade em possíveis situações que pudessem ocorrer durante as tarefas. A lista completa destas tarefas encontra-se no apêndice D. 5.2.1 Google Ao passar por links patrocinados, o Google não notifica em nenhum momento que se está passando por eles, podendo influenciar o participante, fazendo com que ele clique no link patrocinado, favorecendo a empresa que pagou pelo espaço. Este problema foi classificado como Controle e Liberdade do Usuário com grau de severidade 4. Este problema estende-se para aos outros tipos de pesquisa do Google. Outra opção: Veja o seu anúncio aqui, foi um link encontrado abaixo dos links patrocinados, dando a entender que o usuário anunciou alguma coisa causando dúvidas quanto ao clicar ou não no link. Problema classificado como Compatibilidade entre o Sistema e o Mundo Real com grau de severidade 1. A figura 3 demonstra os dois problemas. Figura 3. Favorecimento ao acesso de link patrocinado e link de anuncio confuso. Fonte: Google.
  • 38. 37 Outro problema encontrado foi na pesquisa por imagens e por vídeos, onde o Virtual Vision, lê as palavras Ingrin e Watch quando passa pelo foco nas respectivas miniaturas. Isto confunde o participante que não pode visualizar e perceber que o que o Google chama de Ingrin e Watch nada mais é do que a miniatura de uma imagem e de um vídeo. Existe também o termo de memorização Cache, que também é encontrado em todas as ferramentas. O indivíduo 2 fez o seguinte comentário referindo-se a esses termos: “Por que esses vídeos vem em inglês? Por que não colocar assistir?” [sic] referindo-se a tradução da palavra Watch. O idioma inglês e outros termos técnicos da informática não estão no cotidiano no PCD visual, portanto este problema foi classificado como Consistência e Padrões com grau de severidade 3. A figura 4 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações durante as tarefas. Figura 4. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Google. Fonte: Próprio autor.
  • 39. 38 5.2.2 Bing Problemas consideráveis na busca filtrada por páginas em português e do Brasil e nas pesquisas por imagens foram encontrados. O indivíduo 1, se perdia na navegação em alguns momentos e perguntava ao pesquisador: “Mas é aqui? E agora?” [sic] e comentou: “Esse site é diferente né?” [sic]. O indivíduo 4 comentou sobre a formatação no texto para a opção do(a) Brasil: "É estranho né?! deve ser uma formatação automática, uma coisa que não tenha sentido" [sic]. Houve também problemas na busca por páginas em português, onde o foco posicionado nesta opção, na maioria das vezes era sobre o link para configurações avançadas para a busca por páginas em português ao invés da tag de HTML radio Button. Problema classificado como Consistência e Padrões e Estética e Design Minimalista com grau de severidade 2. O indivíduo 2, se perdeu durante a navegação em alguns momentos fazendo o seguinte comentário: “Eu nunca entrei no Bing” [sic]. O indivíduo 3, se confundiu na busca por imagens, no momento em que o Virtual Vision leu as opções de visualização das imagens, acreditando ser a lista das imagens fazendo o seguinte comentário: “Como ele falou, detalhes da imagem, eu pensei que ele já estava na imagem” [sic]. Problema classificado como Visibilidade do Status do Sistema com grau de severidade 4. A figura 5 demonstra as duas situações onde ocorreram problemas. Figura 5. Problemas no filtro por opções em páginas em português e páginas do Brasil e nas opções de detalhe de imagens. Fonte: Bing.
  • 40. 39 A figura 6 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações durante as tarefas. Figura 6. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Bing. Fonte: Próprio autor. 5.2.3 Cadê Durante os quatro testes, a poluição visual do Cadê, apesar de parecer irrelevante para um PCD visual, atrapalhou bastante, pelo fato do Virtual Vision ler todas as opções de palavras relacionadas à palavra-chave e aos filtros relacionados. O indivíduo 1 se confundiu com algumas legendas das imagens, de vídeos e comentou: “Viu como esse site demorou muito mais?” [sic] e finalizou os testes com a seguinte opinião: “Eu achei bem poluído o site do Cadê. Realmente não gostei!” [sic]. Com os mesmos problemas, o indivíduo 2 comentou: “Fica difícil de saber qual que é o certo né?” [sic] referindo-se a navegação pelas opções de filtro e pelos resultados. Quanto às opções de filtro para buscas por páginas em português e do Brasil, também houve dificuldades, tanto por parte da navegação quanto pelo Virtual
  • 41. 40 Vision não ter lido as tags de radio Button de HTML, este problema resultou no seguinte comentário: “Você viu que ele não leu? Se você não tivesse aqui, eu não saberia” [sic]. Problemas classificados como Controle e Liberdade do Usuário e Estética e Design Minimalista com grau de severidade 4. A figura 7 demonstra os problemas da interface. Figura 7. Problemas de poluição visual na Interface. Fonte: Cadê. Alguns outros problemas foram encontrados pelos participantes durante os testes. O indivíduo 3, se confundiu com a legenda reproduzir, da miniatura do vídeo. O indivíduo 4 comentou o fato de algumas vezes, o Virtual Vision soletrar algumas palavras e fez o seguinte comentário: “As vezes é chato ouvir a palavra sendo soletrada” [sic]. Uma vez que o indivíduo 4 clicou num link errado, teve que navegar pelas opções desde o começo e relatou o fato do foco não voltar no mesmo lugar e comentou em tom de brincadeira: “Perdi a paciência!” [sic]. Estes problemas foram classificados como Compatibilidade entre o Sistema e o Mundo Real e Estética e Design Minimalista com grau de severidade 4.
  • 42. 41 Outro problema encontrado foi o uso de opções com palavras em inglês de difícil compreensão, sem nenhum suporte ou explicação do que se tratam a opção, opções do tipo: Filtro Familiar ativado, Search Pad ou SearchSan - Ativado. Problema classificado como Visibilidade do Status do Sistema e Compatibilidade entre o Sistema e o Mundo Real com grau de severidade 4. A figura 8 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações durante as tarefas. Figura 8. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no Cadê. Fonte: Do próprio autor. 5.2.4 UOL Busca A ordem de navegação do UOL busca, obrigou o participante a navegar primeiro pelos serviços do UOL para depois navegar pelos resultados de busca. O indivíduo 1 comentou: “Isso é péssimo!” [sic]. Além dos problemas de navegação de links patrocinados, o participante navega também pelo texto publicado desses resultados, o que causou constrangimento ao indivíduo 1. Diante da situação, fez o
  • 43. 42 seguinte comentário em tom de brincadeira quando passou por um bloco de texto publicado no link patrocinado: “Olha isso! Deficiente em oferta!” [sic]. O indivíduo 1 fez a seguinte pergunta: “Como a gente identifica que já saiu dos links patrocinados?” [sic]. O indivíduo 3, só percebeu que passou pelos links patrocinados porque ouviu o Virtual Vision falar o link de próxima, que identifica que há mais páginas de resultados e fez o seguinte comentário: “Eu só percebi que passou os links patrocinados porque eu ouvi falar próximo” [sic]. Problema classificado como Controle e Liberdade do Usuário com grau de severidade 4. A figura 9 demonstra a barra de serviços do UOL e o link patrocinado que causou constrangimento ao participante 1. Figura 9. Barra de serviços do UOL e link patrocinado. Fonte: UOL. Na pesquisa comum, existem duas formas de acesso ao resultado da lista, o link comum, abrindo o resultado na mesma janela e um link em forma de imagem pouco explicativa, abrindo para uma nova janela. O indivíduo 1 se confundiu um pouco com estas duas opções. Também foram encontrados nos resultados por vídeos, algumas miniaturas que não aparecem, mostrando apenas a tag em HTML do título do vídeo. Problemas classificados como Consistência e Padrões e Estética e Design Minimalista com severidade 4. Outro problema que esteve presente não só no UOL Busca, mas em todas as outras ferramentas, foi à incompatibilidade considerável do Virtual Vision com as tags de HTML de radio Button. Todos os indivíduos tiveram dificuldades ao executar as pesquisas filtradas por páginas em português ou do Brasil, mesmo o Cadê contendo apenas filtro de pesquisa por páginas em português e o UOL Busca apenas por páginas do Brasil. Este problema foi classificado como Flexibilidade e Eficiência de uso com grau de severidade 4.
  • 44. 43 A figura 10 demonstra os níveis de dificuldade de nove possíveis situações durante as tarefas. Figura 10. Nível de dificuldade encontrado em possíveis situações no UOL Busca. Fonte: Próprio autor. 5.3 Análise dos Resultados Ao final dos testes, foram analisados os resultados obtidos com a avaliação inicial das ferramentas e com a avaliação prática dos PCD’s visuais pesquisados. As figuras captadas dos capítulos 5.2.1, 5.2.2, 5.2.3 e 5.2.4 demonstram os problemas mais relevantes encontrados pelos participantes, além das figuras, foi descrito suas expressões e opiniões. Com isso, foi possível converter em níveis as possíveis dificuldades relatadas no apêndice B, que foram encontradas no decorrer das tarefas. Foi observado que grande parte destas dificuldades foi concentrada na organização de navegação entre os componentes do website. Todos os
  • 45. 44 participantes tiveram algum tipo de dificuldade na navegação, desde uma dificuldade baixa até uma dificuldade alta. O Cadê foi o que obteve um maior índice de dificuldades sem sua navegação, principalmente pela sua poluição visual e suas inúmeras opções. Outra dificuldade considerável foi a falta de um Feedback em todas as ferramentas. Em sua maioria, o pesquisador teve que interferir no teste, ajudando ou explicando funções, termos ou falhas durante os testes. O fato dos participantes terem se perdido na navegação, confundindo o que o Virtual Vision falava e onde eles imaginavam estar, também contribuiu para um índice razoável nesta dificuldade. Isto ocorreu devido a uma incompatibilidade entre o leitor de tela e a padronização de navegação de acordo com as recomendações do W3C. A maioria dos serviços não segue uma ordem lógica de indexação em sua navegação. Entretanto, o Virtual Vision possui alguns atalhos e uma navegação pelas setas do teclado que é habilitada com a ativação da tecla Num Lock do teclado, causando um conflito de navegação entre as setas e o Tab. Outra informação interessante revelada foi à avaliação geral dos participantes quanto às ferramentas. A figura 11 demonstra os resultados. Figura 11. Avaliação Geral das Ferramentas. Fonte: Próprio autor.
  • 46. 45 Pode-se perceber a preferência dos participantes pelo Google, que de acordo com a avaliação, foi à ferramenta que menos apresentou problemas. Devido ao fato do Google ter sido a primeira ferramenta apresentada a um PCD visual em sua maioria. Desta maneira, sua facilidade no uso aumenta. Todavia, percebe-se uma nivelação entre as outras ferramentas, variando entre fácil e médio. O Bing foi à ferramenta que mais surpreendeu, pelo fato de não conter buscas por vídeos, fator importante em termos de concorrência e também por ser uma ferramenta recente. O Cadê foi à única ferramenta com uma avaliação negativa, devido principalmente a sua variedade de opções derivadas de busca. Fator que pode agregar a um usuário comum, mas não a um usuário PCD visual. A porcentagem de dificuldade durante as tarefas também foi contabilizada em cada tarefa. Segundo demonstra a figura 12. Figura 12. Porcentagem de dificuldades das tarefas realizadas. Fonte: Próprio autor.
  • 47. 46 As maiores dificuldades encontradas pelos participantes foram principalmente a busca pelas opções de filtro que são feitos através da tag de HTML radio Button para páginas em português e do Brasil. Esta dificuldade alegada pelos participantes coincide com a dificuldade em navegar com a tecla Tab e as setas do teclado habilitadas pelo Virtual Vision. Outro problema relatado, foi a navegação de busca por vídeos, onde é confusa a identificação das miniaturas, o acesso a elas de formas diferentes e principalmente, à navegação de controle dos vídeos, que apesar de não constar nas tarefas, a manipulação do vídeo para iniciá-lo, pausá-lo, aumentar seu volume ou sua resolução foi de extrema dificuldade. A tarefa em que era digitada a palavra chave para busca também recebeu um destaque, porém este foi um fato isolado, onde apenas o indivíduo 2 teve dificuldades no foco do campo de pesquisa do Bing e do Cadê. 5.4 Proposta de Correções para o Aprimoramento das Ferramentas Este capítulo apresenta uma proposta de correções para o aprimoramento destas ferramentas baseando-se no método de pesquisa dialético onde, as hipóteses definidas no capítulo 3.4.1, a avaliação inicial das ferramentas de acordo com as diretrizes e as avaliações práticas com os PCD’s visuais pesquisados servirão de apoio. Antes da especificação de cada ferramenta, podem-se definir algumas correções gerais que servirão para o aprimoramento das 4 ferramentas: um espaço bem localizado na página inicial do website, mostrando um passo a passo explicando o funcionamento inicial da ferramenta, links de Feedback durante a navegação, para termos técnicos, termos em inglês e alguma possível dificuldade encontrada durante o processo de busca, para que o PCD visual não se perca, uma padronização na estrutura e estética do website no que se diz respeito a organização da indexação para navegação com a tecla Tab do teclado, valendo não
  • 48. 47 só para a tag de HTML radio Button, mas também para os demais links, facilitando a navegação, um resultado de busca ordenado por números que viabilize o acesso via teclado, opções de aumento de texto, a reavaliação da linguagem Javascript em algumas funções, em Plug-ins instalados e em componentes de Flash, e por fim, alternativas de acesso visual ou sonoro nos resultados listados. Com estes aprimoramentos sendo aplicados de forma geral, podem-se reduzir consideravelmente os problemas encontrados nestas ferramentas e também, aumentará a produtividade destes produtos, tendo um resultado satisfatório tanto para as empresas quanto para os usuários. 5.4.1 Virtual Vision O Virtual Vision, apesar de ser limitado, ainda é uma boa alternativa para os PCD visuais, contanto que haja algumas modificações. Como o problema de incompatibilidade entre as teclas Tab e as setas habilitadas pela tecla Num Lock, estas funcionalidades da ferramenta devem estar separadas, de tal forma que não implique no funcionamento da tecla Tab. Deve existir também, a inteligência necessária para que o Virtual Vision não soletre palavras aleatoriamente. Segundo o indivíduo 4, isto causa uma certa irritação por soletrar uma palavra não desejada. Outro fator importante é a padronização do Virtual Vision. Tendo em vista que outras ferramentas como o Jaws e o NVDA são preferência por existir um padrão em todas as suas funcionalidades. 5.4.2 Google Antes, é importante lembrar que o problema na ordem de indexação tanto na tag de HTML radio Button quanto nos links e outras opções, persiste nas 4 ferramentas devendo ser revisto. Este foi à maior dificuldade encontrada nos testes com os pesquisados. Portanto, tem prioridade.
  • 49. 48 Deve-se preocupar com o vocabulário técnico de alguns links e termos. Como a alteração do termo Veja o seu anúncio aqui para Visualizar outros anúncios, por exemplo. Assim como a notificação de passagem por links patrocinados, e também, a substituição de palavras técnicas como Ingris e Watch para Imagem e Assistir. Desta maneira, o PCD visual assemelha o que ouviu as funcionalidades corretas. A figura 13 identifica os locais associados. Figura 13. Alteração do significado de link patrocinado e de legenda com termos técnicos e em inglês para o português em imagens e vídeos. Fonte: Google. 5.4.3 Bing O foco na tag de HTML radio Button deve ser prioritária ao invés do link Português (Brasil) ao passar por esta opção de filtro de busca e o detalhamento de exibição por imagens deve ser expresso de uma maneira mais clara o seu funcionamento, para que não haja outras interpretações. A figura 14 identifica os locais associados. Figura 14. Foco prioritário em tag de HTML radio Button e melhor esclarecimento em opções de exibição de imagens. Fonte: Bing. 5.4.4 Cadê A poluição visual deve ser amenizada. Apesar de isto parecer irrelevante para o PCD visual. O leitor de tela lê todas as opções disponíveis, transformando a poluição visual em sonora para os usuários PCD’s visuais. Os termos técnicos e em
  • 50. 49 inglês sem nenhum Feedback devem ser reavaliados. A figura 15 identifica os locais associados. Figura 15. Diminuição da poluição visual e reavaliação de termos técnico e em inglês sem nenhum Feedback. Fonte: Cadê. 5.4.5 UOL Busca A alteração na posição dos serviços do UOL para uma posição menos privilegiada, de forma a não influenciar o PCD visual a acessar algum de seus serviços por engano. A notificação de passagem por links patrocinados e a re- estruturação no design da página de busca por vídeo de modo que, ao buscar um vídeo, não apareça mais a tag de HTML de identificação do vídeo. E sim, a miniatura do vídeo. A figura 16 identifica os locais associados. Figura 16. Serviços do UOL e reestruturação no design e na programação da página de busca por vídeos. Fonte: UOL.
  • 51. 50 5.5 Opiniões de Aprimoramento para as Ferramentas A opinião dos PCD’s visuais pesquisados também foi levada em consideração para estas propostas de aprimoramento, tanto no Virtual Vision quanto nos serviços de busca avaliados. Para os indivíduos 1 e 3, a navegação deve ser melhorada, e mais concisa, com mais recursos de acessibilidade, com menos arquivos em Flash e Pop-ups e uma reavaliação na utilização do Javascript. Para o indivíduo 2, um dos dois deve ser aprimorado, senão as ferramentas de busca, ao menos os leitores de tela. O indivíduo 4 tem uma opinião semelhante, que seja feita não só uma aprimoramento, mas também uma padronização dos leitores de tela além dos recursos de HTML como o radio Button, que poderiam estar numa sequência vertical ao invés de horizontal, para uma melhor localização.
  • 52. 51 6 CONCLUSÃO Este trabalho buscou descobrir as reais dificuldades encontradas por um PCD visual no uso de serviços de busca na internet. E como conseqüência, encontrou-se necessidades reais de aprimoramento no que se diz respeito à usabilidade e acessibilidade para estes serviços, para que se tenha websites consistentes e com uma boa qualidade de navegação. É certo de que neste trabalho, houve limitações financeiras e de maior especialização durante os processos. Entretanto, em seu conteúdo, pode-se obter uma fundamentação sólida para trabalhos futuros. Desta maneira, este trabalho abre a possibilidade da realização de algumas propostas: O aprimoramento no acesso dos PCD’s visuais a estas ferramentas, uma avaliação mais específica e com proporções maiores. E a criação de uma ferramenta padrão, viabilizando um acesso melhor voltado para este público. Com isso, é interessante que desperte o interesse das empresas para que algo seja feito. Não só as envolvidas neste trabalho, para que aprimorem suas ferramentas, mas também as que tenham o interesse ou a possibilidade de fazer algo para este público. Desta maneira, gerando lucro e retorno para seus investidores e refletindo positivamente para o seu público alvo. A satisfação pela contribuição de alguma forma para a melhoria na qualidade destes serviços ou até mesmo nas tecnologias em geral para os deficientes visuais é imensa. Dificuldades continuarão existindo, contudo desde que tenhamos o interesse e o empenho necessários para que algo seja feito, já será um grande passo para a melhoria na qualidade de vida destas pessoas.
  • 53. 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMS, Cyrus E. Psychotherapy with a blind patient. American Journal of Psychotherapy. v. XXXIV, n. 3, Julho 1980. ALBERTI, Verena. Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. FGV. História Oral: a experiência do CPDOC. 1. ed. Rio de Janeiro, 202 p. 1990. ALMEIDA, Maria. G. S. Aspectos psicológicos e o processo educacional da pessoa com deficiência visual. Publicado em 2005. Disponível em: http://www.teleduc.cefetmt.br/teleduc/arquivos/18/leituras/28/3_aspectos_psicologico s_e_o_processo_educacional_da_pessoa_com_deficiencia_visual.doc Acesso em: 18 de Setembro de 2009. AMARAL, Luis A. N. Conhecendo a Deficiência (Em Companhia de Hércules). São Paulo, 1995. AMSTEL, Frederick. V. Usabilidade na acessibilidade. Publicado em 2006. Disponível em: http://www.usabilidoido.com.br/usabilidade_na_acessibilidade.html Acesso em: 25 de Setembro de 2009. BRASIL, Síntese da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Publicado em maio 2008. Disponível em: http://www.apaebrasil.org.br/arquivo.phtml?a=11085 Acesso em: 13 de Setembro de 2009. BARBOSA, Angelo, A. M; CHEIRAN, Jean. F. P; VIEIRA, Maristela, C. Inclusão digital na terceira idade: avaliação de usabilidade em sites de cadastro de correio eletrônico. Publicado em: dezembro 2008. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2008/artigos/6b_angelo.pdf Acesso em: 18 de Setembro de 2009. BARCZINSKI, Maria C. C. Reações Psicológicas à Perda da Visão. Publicado em 2005. Disponível em: http://www.ibc.gov.br/?itemid=110#more Acesso em 17 de Setembro de 2009. BARNUM, Carol. M. Usability Testing and Research. Pearson Education, New York, 2002. 428 p.
  • 54. 53 BASTIEN, Christian, J. M.; SCAPIN, Dominique L.; LEULIER, Corinne. Looking for Usability Problems With the Ergonomic Criteria and the ISO 9241-10 dialogue priciples, In. Proceedings of CHI’96. Vancouver, 1996. BELARMINO, Joana. Entrelinhas. Publicado em janeiro 2004. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/~joana/textos/entrelinhas_jan-jun2004.doc Acesso em 23 de Setembro de 2009. ERICSSON, Anders, K; SIMON, Herbert, A. Protocol Analysis: Verbal Reports as Data. MIT Press, 2. ed. Boston, 1993. ERICSSON, Andres, K; SIMON, Herbert, A. Verbal reports on thinking. In: FAERCH, C.; KASPER, G. eds. Introspection in Second Language Research. Clevedon, Avon: Multilingual Matters, 1987. p. 24-54. FRANCO, João R.; DIAS, Tárcia, R, S. A Pessoa cega num processo histórico: Um breve percurso. Publicado em Abril de 2005. Disponível em: http://200.156.28.7/Nucleus/media/common/Nossos_Meios_RBC_RevAbr2005_Artig o%201.doc Acesso em: 17 de Setembro de 2009. GIL, Antonio, C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. HANSON, Vicki, L. The User Experience: Designs and Adaptations. ACM Internacional Conference Proceeding Series – Proceedings of the internacional cross-disciplinary workshop on Web access, v.63, 2004. Disponível em: http://portal.acm.org/citation.cfm?id=990659 Acesso em: 18 de Setembro de 2009. IBC, Instituto Benjamin Constant Tópico de artigos – Caracterizando o problema. Publicado em 2005. Disponível em: http://www.ibc.gov.br/?catid=97&blogid=1&itemid=92 Acesso em: 19 de Setembro de 2009. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censo Demográfico - 2000 - Resultados da Amostra. Publicado em dezembro 2002. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/primeiros_resultados_ amostra/brasil/pdf/tabela_1_1_3.pdf Acesso em 16 de Setembro de 2009. LEPORINI, Barbara; ANDRONICO, Patrizia; BUZZI, Marina Designing search engine user interfaces for the visually impaired. ACM Internacional Conference Proceeding Series – Proceeding of the internacional cross-disciplinary workshop on
  • 55. 54 Web accessibility, v.63, 2004. Disponível em: http://portal.acm.org/citation.cfm?id=990657.990668 Acesso em: 20 de Setembro de 2009. LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. Tradução: AFONSO, Maria C. Tavares. ed. 70. Lisboa, 1988. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/afetoelugar.php Acesso em: 28 de Outubro de 2009. MARCONI, Marina, A.; LAKATOS, Eva, M. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas; amostragens e técnicas de pesquisa; elaboração, análise e interpretação de dados. 5ª ed. São Paulo, Editora Atlas, 2002. MECLOY, Enrique, P. Psicologia de la ceguera. Madrid: Editorial Fragua, 1974. MIRANDA, Andréa. S.; ALVES, João B. M. Acessibilidade, Tecnologia da Informação e Inclusão Digital. Publicado em agosto 2001. Disponível em: http://www.fsp.usp.br/acessibilidade/cd/atiid2001/artigos/ANALIsergonomica.pdf Acesso em 18 de Setembro de 2009. MS, Ministério da Saúde, Política Nacional da Pessoa com Deficiência. Publicado em junho 2002. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=29043 Acesso em 14 de Setembro de 2009. NIC, Núcleo de Informação e Coordenação, Atividades desenvolvidas na internet – Busca de informações e serviços online. Publicado em novembro 2008. Disponível em: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2008/rel-int-09.htm Acesso em 22 de Setembro de 2009. NIC, Núcleo de Informação e Coordenação, Habilidades relacionadas ao uso da internet. Publicado em novembro 2008. Disponível em: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2008/rel-habil-03.htm Acesso em 22 de Setembro de 2009. NIC, Núcleo de Informação e Coordenação, Proporção de indivíduos que usam a internet para busca de informações e serviços online. Publicado em novembro 2008. Disponível em: http://www.cetic.br/usuarios/tic/2008/rel-int-08.htm Acesso em: 22 de Setembro de 2009. NIELSEN, Jakob. Change vs. Stability in Web Usability Guidelines. Alertbox: Current Issues in Web Usability. Publicado em 2007. Disponível em:
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  • 58. 57 GLOSSÁRIO 3 3g: Internet móvel de terceira geração disponibilizada por operadoras de celular. Muito utilizada nos dias de hoje por notebooks em lugares públicos. A Affordance: É a forma de algo nos dar uma pista de seu funcionamento. Como por exemplo, uma escada que nos mostra como subir ou descer por ela. Anátomo-Fisiológicos: São estudos referentes às funções e células responsáveis pelo cérebro. Avaliações Analíticas: Técnica utilizada para avaliação. É um questionário para levantamento de perfil e entrevistas após uma avaliação para a identificação de erros. C Cache: É quando um site está memorizado em seu navegador, por ter sido acessado anteriormente. Podendo assim, ser acessado via off-line. D Design: Processo técnico e criativo relacionado a configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. E Ergonomia: É a identificação de fatores humanos referentes à eficiência na utilização de sistemas. F Flash: Tecnologia composta por animações. Grande parte dos websites utilizam ou criam artes em flash em seus websites. H Hand-set: Aparelho que consiste num fone e um microfone para fala e escuta.
  • 59. 58 História Oral: Técnica utilizada para avaliação. São depoimentos gravados durante as avaliações. I Internet-banking: Tecnologia usada pela maioria dos bancos na internet para o acesso virtual a uma conta de banco, podendo realizar diversas operações. J Javascript: Linguagem utilizada para a construção da funções e efeitos nos websites da internet. L Leitor de tela: Tecnologia assistiva, utilizada por deficientes visuais com o intuito de auxiliar no uso ao computador, sintetizando em voz, os comandos executados pelos usuários. Link: Utilizado na internet, é uma palavra, texto ou imagem que ao ser clicado, leva o usuário para alguma outra página ou assunto dentro de um website. Linux: Sistema operacional de código aberto gratuito, criado em meados da década de 90, utilizado por uma parcela de usuários como alternativa ao sistema operacional Windows. M Mouseover: É um comando da linguagem javascript, utilizado para invocar efeitos a partir do cursor do mouse sobre tal objeto. O Orca: Leitor de tela de código aberto gratuito, desenvolvido para o sistema operacional Linux. É uma das poucas ferramentas assistivas disponíveis para este sistema operacional. P PCD: Sigla definida pela Organização das Nações Unidas para pessoa com deficiência.
  • 60. 59 Pixel: Ponto colorido dentro de uma resolução que em conjunto com vários outros foram uma imagem. Plug-ins: Componentes que, instalados ao navegador, facilitam ou aprimoram determinada funcionalidade no uso. Pop-ups: Funcionalidade integrante da linguagem javascript onde ao carregar uma página da internet, abre-se uma janela no canto superior com alguma informação. PPD: Antiga sigla utilizada para pessoa portadora de deficiência. T Think Aloud: Técnica utilizada para avaliação, onde é proposto ao pesquisado expressar suas reações no decorrer da avaliação em voz alta. Touchscreen: Tecnologia de toque sensível para ativar determinadas funções. Normalmente, é utilizado em celulares. W W3C: Sigla utilizada para Word Wide web Consortium, é a empresa que rege as regras de acessibilidade na web. Tem escritórios em todo o mundo inclusive aqui no Brasil. Web 2.0: Novo recurso da internet utilizado nos websites para que haja mais opções de interação, correção de problemas constantes, novas utilidades dentre outros. Website: Página na internet contendo diversos temas, interações, informações, músicas, vídeos, imagens, dentre outros.
  • 61. 60 APÊNDICE A Questionário de Perfil
  • 62. 61 Obrigado por sua participação nesta pesquisa. O objetivo desse questionário é aprender mais sobre o seu perfil. Você não será identificado em qualquer momento da pesquisa e seus dados pessoais também não serão revelados. Sinta-se livre para não responder qualquer uma das perguntas. 1 – Qual é a sua idade? ________ anos. 2 – Qual é a sua escolaridade? ( ) Nenhuma (nunca fui à escola) ( ) Ensino fundamental (1º grau, primário e médio) incompleto ( ) Ensino fundamental (1º grau, primário e médio) completo ( ) Ensino médio (2º grau, técnico) incompleto ( ) Ensino médio (2º grau, técnico) completo ( ) Ensino superior (3º grau) incompleto. Qual curso? __________________ ( ) Ensino superior (3º grau) completo. Qual curso? ___________________ ( ) Pós – graduação (especialização, mestrado ou doutorado). Qual curso? ______________________________________________________________ ( ) Outro. Qual? ________________________________________________ 3 – Qual o seu grau de cegueira? ( ) Parcialmente. Qual o seu grau de cegueira? _______________________ ( ) Totalmente 4 – Qual é a sua profissão? _____________________________________________ 5 – Já usa o computador? ( ) Sim ( ) Não (pule para a questão 6) A – Há quanto tempo (aproximadamente)? ______________________ B – Com que frequência? ( ) Sempre (todos os dias) ( ) Frequente (três ou quatro dias por semana) ( ) De vez em quando (um ou dois dias por semana) ( ) Raramente (poucos dias por mês) ( ) Quase nunca (usei uma ou duas vezes) ( ) Outra. Qual? _____________________________________ C – Para que usa o computador? Você pode marcar várias respostas nesta questão. ( ) Comunicar-se com outras pessoas ( ) Trabalhar