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ANÁLISE DE VALOR 
AGREGADO NO CONTROLE 
DE PROJETOS: SUCESSO 
OU FRACASSO? 
Publicações 
AACE - Association for Advancement of Cost Engineering 47th Annual 
Meeting 
Orlando - Flórida – EUA – 2003 
PMI College of Performance Management Measurable News Magazine 
Arlington - Virgínia – EUA - 2003
116 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
Resumo 
O objetivo desse paper é apresentar e discutir os principais obstáculos e bene-fícios 
do emprego da análise de valor agregado em projetos, incluindo fatores a 
serem melhorados e implementados durante o plano do projeto e ações a serem 
tomadas durante a execução e o controle do projeto. Também, através de um 
estudo de caso real na área da construção civil, a real aplicabilidade da técnica é 
confrontada com o referencial teórico, de modo a identificar aspectos da aplica-bilidade 
da ferramenta comprováveis através do estudo de caso. Os resultados a 
serem apresentados e discutidos são subdivididos em duas partes: 
A primeira aborda as diferentes características de cada empreendimento e sua 
contribuição para o sucesso ou fracasso da implementação da análise de Valor 
Agregado e a segunda aborda as características de similaridade encontradas em 
todos os empreendimentos que juntas favoreceram ou não a empregabilidade 
da ferramenta. 
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ricardo-vargas.com 117 
Análise de Valor Agregado como Ferramenta de 
Controle 
Diversos estudos sobre a aplicabilidade da Análise de Valor Agregado foram rea-lizados. 
THAMHAIN (1998) realizou um na tentativa de avaliar a popularidade de 
diferentes práticas de gerenciamento de projetos. Foram realizadas entrevistas e 
questionários objetivos com 400 profissionais ligados a projetos (gerentes, dire-tores, 
encarregados) em 180 projetos nas empresas Fortune-1000, questionando 
sobre a popularidade e o valor de diferentes técnicas de avaliação de desempe-nho. 
Como resultado, ele pode observar que a Análise de Valor Agregado tem 
uma popularidade de 41%, sendo considerada mais popular do que a análise 
de caminho crítico, o QFD e a análise de compressão de duração, dentre outras, 
além de ter aproximadamente a mesma popularidade da rede PERT/CPM. 
Já no que diz respeito ao valor da técnica, os resultados encontrados para a Aná-lise 
de Valor Agregado são enquadrados em uma faixa de pouco valor, ficando 
abaixo de praticamente todas as técnicas analisadas, o que sugere que a popula-ridade 
da técnica não retrata sua aplicabilidade ou valor. 
Na tentativa de justificar o baixo valor afirmado pelos pesquisados, THAMHAIN 
(1998) afirma que a pouca aplicabilidade encontrada como resultado nos estu-dos 
pode ser atribuída a diferentes barreiras, sejam elas internas ou do ambiente. 
São elas: 
• falta de compreensão do funcionamento da técnica; 
• ansiedade quanto ao uso adequado da ferramenta; 
• utilização da ferramenta requerendo muito trabalho e consumindo tempo; 
• ferramentas limitando a criatividade no uso de outras estratégias; 
• inconsistência da ferramenta com os procedimentos gerenciais/processos 
de negócios; 
• métodos de controle atuando como ameaçadores, no que diz respeito à 
liberdade da equipe; 
• o propósito e seu benefício sendo muitas vezes vago e impreciso; 
• custo de sua implementação sendo elevado; 
• experiência anterior fracassada na utilização de outras técnicas; 
• desconforto com a pouca familiaridade da técnica. 
WIDEMAN (1999) propõe que um projeto de grande porte justifica a existência 
dentro da unidade de planejamento e controle de profissionais capacitados para 
coletarem as informações e realizarem a análise de Valor Agregado, tornando sua 
aplicabilidade justificável. 
CHRISTENSEN (1998) afirma, em seus estudos sobre a aplicabilidade do Valor 
Agregado em organizações governamentais dos Estados Unidos, que a imple-
118 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
mentação do Valor Agregado requer uma mudança cultural que demanda tempo 
e esforço. Isso inclui garantir que as políticas e o conhecimento estão distribuídos 
pela organização e pelo projeto de modo a viabilizar os trabalhos dos envolvidos. 
Para SPARROW (2000), a Análise de Valor Agregado propicia um valor adicional 
ao projeto por oferecer uma visibilidade precoce dos seus resultados finais, ou 
seja, pode-se determinar a tendência de custos e prazos finais do projeto em 
uma fase do projeto onde ainda exista possibilidade de implementação de ações 
corretivas. 
De maneira oposta, WEST & MCELROY (2001) consideram a Análise de Valor Agre-gado 
uma ferramenta adequada para a geração de relatórios do trabalho reali-zado, 
e não uma ferramenta gerencial, uma vez que o controle em tempo real 
do projeto utilizando todos os parâmetros da análise torna-se inviável, citando 
que “a Análise de Valor Agregado relata para a equipe do projeto o desempenho 
obtido até o momento, e não quais as previsões futuras para o projeto”. 
WIDEMAN (1999) sustenta que a técnica é conceitualmente atrativa, porém re-quer 
grande quantidade de esforço em sua manutenção, necessitando de uma 
equipe qualificada para compreender e proporcionar informações confiáveis. 
Afirma também, que diversos gerentes de projetos não consideram a análise 
uma adequada relação custo-benefício. 
A partir dessas visões opostas, pode-se sugerir que a Análise de Valor Agregado 
apresenta um conjunto de recursos intrínsecos poderoso, abrangente e variado, 
tais como projeção de pagamentos e forecasting. Porém, encontra-se notada di-ficuldade 
tanto na coleta dos dados quanto na baixa velocidade da geração da 
informação. 
Essas considerações podem significar que, se a coleta dos dados for realizada 
com velocidade e precisão e as informações forem devidamente compiladas em 
tempo hábil, a análise tem sua aplicabilidade sensivelmente aumentada. Caso 
contrário, ela passa a agregar pouco no processo de controle do projeto. 
TERREL et al (1998) afirmam que, para que a Análise de Valor Agregado seja efe-tivamente 
empregada, é necessário que as informações sobre os recursos sejam 
nitidamente definidas e que um fracasso na obtenção desses dados favoreçam 
a criação de linhas de base de desempenho (PMB) imprecisas e distantes do ce-nário 
real. 
FLEMING & KOPPELMAN (1999) propõem, também, que outro fator de dificulda-de 
encontrada consiste no detalhamento adequado da estrutura de divisão de 
trabalho (WBS) que, se subdividida em pacotes de trabalho muito pequenos, re-presentará 
um custo de controle e um volume de papel muito grande. Por outro
ricardo-vargas.com 119 
lado, uma subdivisão pouco estratificada poderá representar uma diminuição na 
precisão dos dados levantados de custos reais e prazos. 
Essa confirmação pode ser comprovada pela baixa aplicação da Análise de Valor 
Agregado na área de tecnologia e marketing, onde aspectos relacionados ao tra-balho 
criativo atuam como variantes do escopo previamente definido, tornando 
sua aplicabilidade limitada e diretamente relacionada à estabilidade do escopo 
definido, conforme destacam PETERSON & OLIVER (2001). 
Eles afirmam que, com o crescimento de projetos de curto prazo, com equipes re-duzidas 
e escopo genericamente definido, onde a definição do trabalho restante 
é definida à medida que os trabalhos atuais ocorrem, a análise de Valor Agrega-do, 
conforme proposto pela Instrução 5000.2R (DOD, 1997) e pela ANSI/EIA 748, 
torna-se inviável, devido às projeções imprecisas decorrentes do escopo mal de-finido, 
bem como aos custos percebidos pelos empreendedores como elevados. 
Estudo de Caso 
A empresa pesquisada pertence ao setor da construção civil, setor esse que em-prega 
de maneira estável o gerenciamento de projetos e é um dos segmentos 
que mais investe em pesquisas e novas ferramentas na área, além disso, é a única 
do mercado que reconhece publicamente a utilização da Análise de Valor Agre-gado 
dentro de seu processo de controle de obras. 
Essa empresa ocupa a 11ª posição nacional no segmento de construção pesa-da, 
fazendo parte de um dos 3 maiores grupos do segmento no país e líder em 
outros segmentos da economia, tais como o setor de concessões públicas e tele-comunicações, 
com mais de 50 anos de fundação. Seu faturamento em 2001 foi 
da ordem de US$200.000.000, contando em seu quadro de funcionários com um 
contingente de 80 engenheiros e cerca de 4000 operários. 
Tratando do estudo de caso, inicialmente o assunto foi abordado através do pro-cesso 
de entrevista onde os três profissionais do núcleo de planejamento da área 
de negócios da região sudeste da empresa posicionaram sua opinião sobre o 
processo de uma maneira ampla e abrangente. Esses profissionais foram os pri-meiros 
a ser entrevistados por terem sido os que desenvolveram o sistema de 
controle de obras utilizando a análise de Valor Agregado. 
Após analisar os assuntos abordados pelos primeiros entrevistados, uma nova 
série de entrevistas foi realizada, baseada em um novo roteiro aberto de entrevis-tas, 
descrito no anexo III, abordando os chefes das obras e os encarregados pelas 
áreas de planejamento de cada obra. Nesse momento, o objetivo foi evidenciar 
as práticas de planejamento, tratamento e obtenção de dados nos diferentes ní-
120 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
veis, visando captar possíveis distorções, falhas conceituais, resistências e estilo 
de trabalho dentro do emprego da Análise de Valor Agregado nas respectivas 
obras. 
Em um terceiro e final momento, o resultado final das obras (prazos e custos) 
foi confrontado com os valores tabulados para a Análise de Valor Agregado que 
se encontravam em poder da área de planejamento da empresa e, a partir do 
confronto entre os resultados das entrevistas e os dados disponíveis na empresa, 
tentou-se buscar evidências que poderiam vincular o sucesso ou o fracasso de 
empreendimentos com a maturidade na utilização do Valor Agregado. 
No que diz respeito às obras avaliadas, elas foram caracterizadas pela empresa 
como obras de médio porte e média complexidade técnica, estando todas finali-zadas 
no período deste trabalho. 
Resultados 
Os resultados a serem apresentados e discutidos nesta seção abordam as dife-rentes 
características de cada obra e sua contribuição para o sucesso ou fracasso 
da implementação da análise de Valor Agregado. A segunda parte aborda as ca-racterísticas 
de similaridade encontradas nas obras e as conclusões gerais sobre 
o estudo de caso. 
Os resultados obtidos no processo de entrevista e os cruzamentos com os dados 
reais fornecidos pela área de planejamento, como foi visto, foram significativa-mente 
diferenciados para cada empreendimento. 
CARACTERÍSTICA OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 
Escopo Claramente detalhado e 
especificado 
Definido preliminarmente, 
sendo detalhado à medida 
que o projeto é executado. 
Detalhado e especificado 
satisfatoriamente (não no 
mesmo nível da obra 1) 
Determinação de prazos e 
cronogramas 
Fechada e pré-definida 
com cronogramas claros a 
serem seguidos 
Aberta com cronogramas 
sendo definidos a medida 
que os trabalhos são 
realizados 
Fechada porém com 
alterações significativas ao 
longo do projeto fruto de 
problemas relacionados 
à escassês de recursos 
financeiros. 
Processo de 
Orçamentação 
Estruturado através de 
CAP’s permitindo o uso 
adequado da ferramenta 
Tradicional, não baseado 
na análise de Valor 
Agregado 
Tradicional, não baseado 
na análise de Valor 
Agregado 
Tipo de Contrato Preço fixo irreajustável Preço unitário Preço unitário 
Tipo de Cliente Privado Público Público 
Tabela 1 – Análise comparativa das principais características das três obras avaliadas
ricardo-vargas.com 121 
A partir dessas diferentes características, pode-se construir a Tabela 1, onde os 
principais fatores abordados são apresentados e avaliados em cada obra, bem 
como o resultado final quanto à fidelidade dos resultados e as conclusões preli-minares. 
Os fatores avaliados já foram abordados na discussão e análise de cada obra e 
são eles: escopo, determinação de prazos e cronogramas, processo de orçamen-tação, 
tipo de contrato, tipo de cliente, parcerias e/ou consórcios, suporte e apoio 
organizacional, suporte por parte do cliente, distribuição geográfica dos traba-lhos, 
presença de terceirizados, utilização e conhecimento dos índices e modelos 
de projeção fornecidos pela ferramenta. 
Observa-se, a partir dos relacionamentos apresentados na Tabela 1, que a conclu-são 
inicial de que foi bem sucedida a implementação na obra 1 e fracassada na 
obra 3, não é necessariamente fruto de um fator isolado, mas, sim, da associação 
de diversos fatores. 
Não é possível concluir que os resultados insatisfatórios encontrados na obra 3 
foram provenientes ou da existência de consórcio ou da distribuição geográfica 
inadequada. O fracasso evidenciado é fruto de um conjunto de características 
CARACTERÍSTICA OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 
Parcerias e/ou consórcios Inexistentes Inexistentes 
Consórcio com outra 
empreiteira com o 
controle da obra sendo 
realizado pela empresa 
avaliada 
Suporte e apoio 
organizacional Elevado Moderado a baixo Moderado 
Suporte por parte do 
cliente Elevado Moderado Moderado a baixo 
Distribuição geográfica 
dos trabalhos 
Concentrado 
geograficamente 
Concentrado 
geograficamente 
Distribuído ao longo 
de 150km de frentes de 
trabalho 
Presença de terceirizados Nenhuma Nenhuma Elevada 
Utilização e 
conhecimento dos 
índices e modelos de 
projeção fornecidos pela 
ferramenta 
Moderado a baixo Baixo Baixo 
Fidelidade dos resultados 
oficiais apresentados com 
os resultados reais 
Elevada Moderada a baixa Baixa 
Conclusão preliminar 
sobre o sucesso da 
implementação 
Sucesso parcial Fracasso parcial Fracasso 
Tabela 1 – Análise comparativa das principais características das três obras avaliadas
122 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
desfavoráveis que contribuíram para que os resultados obtidos não fossem os 
desejados. 
Por outro lado, ao se avaliarem as obras 1 e 2, tem se um conjunto de caracte-rísticas 
na obra 2 significativamente mais próximos do da obra 1. No entanto, a 
principal diferença observada foi a falta de detalhamento do escopo, o que, con-seqüentemente, 
impediu que o processo de orçamentação fosse satisfatório. Isso 
pode sugerir que esse seja um dos principais fatores que diferenciou também os 
resultados, como também se evidencia na Tabela 1. 
No que diz respeito às similaridades, pode também se observar, a partir do pro-cesso 
de entrevistas e dos resultados obtidos, que algumas evidências comuns 
aos três projetos avaliados foram encontradas. 
Inicialmente, pode se concluir que existem fatores relacionados à estrutura orga-nizacional 
e ao modelo de gestão da empresa que podem interferir diretamente 
na fidelidade dos resultados, sugerindo uma necessidade de maior investigação 
sobre a influência da estrutura organizacional na aplicação da ferramenta. 
Também tratando de aspectos organizacionais, os responsáveis pela área de pla-nejamento 
da obra questionavam a necessidade de um número elevado de ín-dices 
e muitas vezes sugeriam que a determinação dos índices de desempenho 
era redundante. 
Uma avaliação preliminar dessas considerações permite que se possa inicialmen-te 
concluir que a Análise de Valor Agregado tal como é evidenciada nos três em-preendimentos 
possa indicar a utilização de um conjunto excessivo de índices, 
superior à capacidade gerencial da obra, podendo até mesmo impossibilitar a 
sua aplicação, fruto de uma baixa prioridade dentro do processo e de uma sobre-posição 
possivelmente desnecessária de índices. 
No que diz respeito ao valor dado à ferramenta pelos entrevistados, todos fo-ram 
unânimes na consideração de que a Análise de Valor Agregado é um gran-de 
passo para o aprimoramento e a introdução de um mecanismo mais moder-no 
de controle de obra, convergindo para o primeiro resultado do estudo de 
THAMHAIN (1998) sobre a popularidade de técnica, porém, dentro desse mesmo 
estudo (THAMHAIN, 1998), todos foram também unânimes em concordar que 
as condições de mercado e a necessidade de velocidade na geração dos resul-tados 
impossibilitavam a dedicação ao uso da ferramenta como desejavam, 
constantando a afirmação do baixo valor da técnica apresentado no estudo de 
THAMHAIN (1998. 
Nas citações anteriores, pode se também observar que, em todos os três casos, 
existiu a participação das áreas de planejamento da unidade de negócios. Con-
ricardo-vargas.com 123 
tudo essa participação foi diferenciada de obra para obra, podendo sugerir que o 
sucesso da obra 1, sob a ótica de implantação da ferramenta, tenha sido favoreci-do 
pela presença marcante de profissionais da área de planejamento. 
Com isso, pode-se concluir que, muitas vezes, os esforços da equipe da obra são 
diluídos em várias frentes, passando eles a se dedicar à ferramenta diretamente 
utilizada pelos altos executivos da empresa na avaliação dos empreendimentos, 
fazendo com que sejam abandonados ou realizados em segundo plano os outros 
esforços em outras ferramentas concorrentes, como foi o caso da Análise de Valor 
Agregado nas obras 2 e 3. 
Já para a obra 1, esse processo se inverteu. Nesse caso, a Análise de Valor Agrega-do 
era o principal mecanismo de controle da obra, tendo obtido todo o suporte 
necessário para seu sucesso. 
Finalmente, pode-se concluir que o estudo de caso possibilitou que fossem evi-denciadas 
algumas caracteristicas de projetos que favorecem a aplicação da fer-ramenta, 
bem como de outras que podem atuar como elementos dificultadores. 
Também pode ser comprovado que a implementação da Análise de Valor Agre-gado 
é um processo complexo que envolve diversos aspectos, desde a natureza 
do empreendimento até sua estrutura organizacional, seu escopo, sua distribui-ção 
geográfica e o relacionamento com o cliente, dentre outros, que merecem 
um estudo isolado mais detalhado. 
Conclusões 
A partir das abordagens apresentadas neste capítulo, pode-se concluir que a 
Análise de Valor Agregado é uma ferramenta poderosa no controle e na avalia-ção 
de desempenho. 
Porém, como a maioria dos projetos têm escopo insuficientemente detalhado, 
equipes com pouca experiência na ferramenta e uma natural dissociação do con-trole 
de custos e prazos, esses elementos tornam seus resultados questionáveis 
para o esforço necessário. 
Outra conclusão é que os resultados não são aparentes no curto prazo, podendo 
ser evidenciados em fases posteriores dos projetos, principalmente em termos 
de redução nos custos de operação e retrabalho. 
Uma terceira conclusão é que, em projetos onde o escopo é claramente definido, 
ou em contratos de preço e trabalho fixos, a Análise de Valor Agregado apresenta 
relação custo-benefício favorável.
124 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
Outro elemento que pode favorecer a aplicabilidade da ferramenta é a adequa-da 
capacitação dos times do projeto no uso da ferramenta e o devido suporte 
organizacional, que permita que a ferramenta seja simplificada para atender às 
necessidades específicas do projeto e da organização. 
Resumindo as conclusões obtidas a partir da análise do referencial teórico e do 
confrontamento com o estudo de caso realizado são apresentadas a seguir, tem-se 
os aspectos listados a seguir. 
Natureza do projeto. A aplicação da Análise de Valor Agregado pode ser consi-derada 
com maior possibilidade de sucesso em projetos com objetivos claros e 
tangíveis, com um detalhamento de escopo simples e direto. Esse tipo de projeto 
apresenta melhores resultados no uso da análise, conforme foi evidenciado no 
estudo de caso (obra 1). Projetos com produtos ou serviços finais incompletos ou 
indefinidos, ou projetos que envolvam aspectos de criatividade que impossibili-tem 
um preciso planejamento apresentam elevada inviabilidade no uso da téc-nica, 
uma vez que, sem o planejamento estabelecido, os dados de desempenho 
não podem ser determinados (obras 2 e 3). 
Definição de escopo. A partir da evidência empírica obtida nas obras avaliadas 
e com base nas discussões teóricas apresentadas no referencial teórico, pode-se 
sugerir que a facilidade ou a dificuldade quanto ao detalhamento e à especifica-ção 
do escopo permitem que a ferramenta seja favorecida ou desfavorecida, já 
que um escopo tangível, controlável e detalhado permite maior especificação do 
trabalho a ser realizado e, conseqüentemente, facilita o processo de medição dos 
valores reais e agregados. O estabelecimento de um escopo tangível, controlável 
e detalhado é um processo decorrente, na maioria das vezes, da natureza do em-preendimento 
e do modelo de negócios estabelecido (contrato, tipo de cliente, 
etc.). Com isso, uma dedicação ao processo de desenvolvimento de escopo pos-sibilita 
diretamente um conjunto de resultados no emprego da Análise de Valor 
Agregado mais satisfatório. 
Informalidade no gerenciamento e resistência à mudança. Pode-se observar, 
no estudo de caso, que a informalidade no controle dos projetos é elevada e que 
existe e não pode ser desconsiderada a resistência encontrada na implementa-ção 
de um novo modelo de controle. Essa resistência está normalmente associa-da 
a uma percepção de que o trabalho de planejamento e controle aumenta de 
modo injustificável ao se utilizar a ferramenta. Na tentativa de associar esses dois 
fatores, ANTVIK (1998) propõe que a resistência é decorrente de um processo 
cultural de informalidade no controle de projetos. Nesse aspecto, sugere-se que 
seja necessário um trabalho diferenciado de gerenciamento de mudanças, como,
ricardo-vargas.com 125 
por exemplo o treinamento em gerenciamento de projetos, a realização de wor-kshops, 
a criação de uma estrutura de suporte eficaz, o desenvolvimento de pro-gramas 
de reconhecimento da dedicação de profissionais ao assunto, inclusive 
com premiações e bônus. Tudo isso visa minimizar a resistência encontrada na 
sua implementação e favorecer o ambiente do projeto. 
Atratividade e valor da técnica. A partir da comprovação do estudo de caso e 
com base nas pesquisas apresentadas no referencial teórico, foi observado que a 
Análise de Valor Agregado é considerada por todos que já a adotaram ou conhe-cem 
seu funcionamento como atrativa e abrangente. Porém, isso não se reflete na 
empregabilidade da técnica, já que, tanto no conjunto de entrevistados, quanto 
em diversos autores abordados no referencial teórico (c.f. WIDEMAN, 1999; FLE-MING 
& KOPPELMAN, 1998), existe um consenso natural de que a técnica requer 
um esforço que, se não analisado de modo abrangente, pode não justificar sua 
adoção. Essa consideração converge para os resultados apresentados na pesqui-sa 
de THAMHAIN (1998). 
Treinamento. A Análise de Valor Agregado propõe uma mudança cultural no 
processo de controle de projetos, sendo necessário um acompanhamento por 
profissionais com experiência na utilização da ferramenta, bem como necessi-ta 
de um processo de capacitação e treinamento intenso, de modo a reduzir a 
resistência à sua implementação decorrente do baixo conhecimento técnico da 
ferramenta. 
Suporte e apoio organizacional. O posicionamento da organização implemen-tadora 
influencia diretamente os resultados. Como foi verificado empiricamente 
no estudo de caso, a obra 1, que contou com maior apoio organizacional, que, 
por sua vez, deslocou recursos especializados e acompanhou de modo perma-nente 
os resultados obtidos, teve melhores resultados do que os demais projetos 
sob o ponto de vista de aplicabilidade da ferramenta. Contudo, é preciso consi-derar 
que essa mobilização tem um custo indireto que precisa ser determinado 
e contabilizado, pois a não determinação distorce os resultados obtidos no uso 
da ferramenta. 
Referências Bibliográficas 
ANTVIK, L. C. S. (1998). Earned value Management – a 200 Year Perspective. Long 
Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. 
CHRISTENSEN, D. S. (1998). The Cost and Benefits of the Earned value Management 
Process. Acquisition Review Quarterly.
126 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? 
DOD (1997). Earned value Management Implementation Guide. Washington: Uni-ted 
States of America Department of Defense 
FLEMING, Q. W. & KOPPELMAN, J. M. (1999). Earned value Project Management, 2nd 
Ed. Newton Square: Project Management Institute. 
PETERSON, C. D. & OLIVER, M. E. (2001). EV-Lite – Earned value Control for Fast Pa-ced 
Projects. Nashville: 32th Annual Project Management Institute Seminars & 
Symposium. 
SPARROW, H. (2000). EVM = Earned value Management Results in Early Visibility and 
Management Opportunities. Houston: 31st Annual Project Management Institute 
Seminars & Symposium. 
TERREL, M. S., BROCK, A. W., WISE, J. R. (1998). Evaluating Project Performance Tools 
– A Case Study. Long Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars 
& Symposium. 
THAMHAIN, H. J. (1998). Integrating Project Management Tools with the Project 
Team. Long Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars & Sym-posium. 
WEST, S. M & MCELROY, S. (2001). EVMS: A Managerial Tool vs. a Reporting Tool. 
Nashville: 32th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. 
WIDEMAN, R. M. (1999). Cost Control of Capital Projects and the Project Cost Ma-nagement 
Systems Requirements. 2ª ed. Vancouver: AEW Services e BiTech Publi-shers.

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  • 1. ANÁLISE DE VALOR AGREGADO NO CONTROLE DE PROJETOS: SUCESSO OU FRACASSO? Publicações AACE - Association for Advancement of Cost Engineering 47th Annual Meeting Orlando - Flórida – EUA – 2003 PMI College of Performance Management Measurable News Magazine Arlington - Virgínia – EUA - 2003
  • 2. 116 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? Resumo O objetivo desse paper é apresentar e discutir os principais obstáculos e bene-fícios do emprego da análise de valor agregado em projetos, incluindo fatores a serem melhorados e implementados durante o plano do projeto e ações a serem tomadas durante a execução e o controle do projeto. Também, através de um estudo de caso real na área da construção civil, a real aplicabilidade da técnica é confrontada com o referencial teórico, de modo a identificar aspectos da aplica-bilidade da ferramenta comprováveis através do estudo de caso. Os resultados a serem apresentados e discutidos são subdivididos em duas partes: A primeira aborda as diferentes características de cada empreendimento e sua contribuição para o sucesso ou fracasso da implementação da análise de Valor Agregado e a segunda aborda as características de similaridade encontradas em todos os empreendimentos que juntas favoreceram ou não a empregabilidade da ferramenta. Podcasts Relacionados ♫♫Earned Value Project Man-agement http://rvarg.as/bk ♫♫Earned Value Management System – Critical Success Factors http://rvarg.as/bh ♫♫Success Factors in Project Control http://rvarg.as/3y ♫♫4 Mechanisms for Forecast the Project Schedule and Cost http://rvarg.as/15 ♫♫4 Different Indexes to Forecast the Project Final Cost Using the Earned Value Analysis http://rvarg.as/21
  • 3. ricardo-vargas.com 117 Análise de Valor Agregado como Ferramenta de Controle Diversos estudos sobre a aplicabilidade da Análise de Valor Agregado foram rea-lizados. THAMHAIN (1998) realizou um na tentativa de avaliar a popularidade de diferentes práticas de gerenciamento de projetos. Foram realizadas entrevistas e questionários objetivos com 400 profissionais ligados a projetos (gerentes, dire-tores, encarregados) em 180 projetos nas empresas Fortune-1000, questionando sobre a popularidade e o valor de diferentes técnicas de avaliação de desempe-nho. Como resultado, ele pode observar que a Análise de Valor Agregado tem uma popularidade de 41%, sendo considerada mais popular do que a análise de caminho crítico, o QFD e a análise de compressão de duração, dentre outras, além de ter aproximadamente a mesma popularidade da rede PERT/CPM. Já no que diz respeito ao valor da técnica, os resultados encontrados para a Aná-lise de Valor Agregado são enquadrados em uma faixa de pouco valor, ficando abaixo de praticamente todas as técnicas analisadas, o que sugere que a popula-ridade da técnica não retrata sua aplicabilidade ou valor. Na tentativa de justificar o baixo valor afirmado pelos pesquisados, THAMHAIN (1998) afirma que a pouca aplicabilidade encontrada como resultado nos estu-dos pode ser atribuída a diferentes barreiras, sejam elas internas ou do ambiente. São elas: • falta de compreensão do funcionamento da técnica; • ansiedade quanto ao uso adequado da ferramenta; • utilização da ferramenta requerendo muito trabalho e consumindo tempo; • ferramentas limitando a criatividade no uso de outras estratégias; • inconsistência da ferramenta com os procedimentos gerenciais/processos de negócios; • métodos de controle atuando como ameaçadores, no que diz respeito à liberdade da equipe; • o propósito e seu benefício sendo muitas vezes vago e impreciso; • custo de sua implementação sendo elevado; • experiência anterior fracassada na utilização de outras técnicas; • desconforto com a pouca familiaridade da técnica. WIDEMAN (1999) propõe que um projeto de grande porte justifica a existência dentro da unidade de planejamento e controle de profissionais capacitados para coletarem as informações e realizarem a análise de Valor Agregado, tornando sua aplicabilidade justificável. CHRISTENSEN (1998) afirma, em seus estudos sobre a aplicabilidade do Valor Agregado em organizações governamentais dos Estados Unidos, que a imple-
  • 4. 118 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? mentação do Valor Agregado requer uma mudança cultural que demanda tempo e esforço. Isso inclui garantir que as políticas e o conhecimento estão distribuídos pela organização e pelo projeto de modo a viabilizar os trabalhos dos envolvidos. Para SPARROW (2000), a Análise de Valor Agregado propicia um valor adicional ao projeto por oferecer uma visibilidade precoce dos seus resultados finais, ou seja, pode-se determinar a tendência de custos e prazos finais do projeto em uma fase do projeto onde ainda exista possibilidade de implementação de ações corretivas. De maneira oposta, WEST & MCELROY (2001) consideram a Análise de Valor Agre-gado uma ferramenta adequada para a geração de relatórios do trabalho reali-zado, e não uma ferramenta gerencial, uma vez que o controle em tempo real do projeto utilizando todos os parâmetros da análise torna-se inviável, citando que “a Análise de Valor Agregado relata para a equipe do projeto o desempenho obtido até o momento, e não quais as previsões futuras para o projeto”. WIDEMAN (1999) sustenta que a técnica é conceitualmente atrativa, porém re-quer grande quantidade de esforço em sua manutenção, necessitando de uma equipe qualificada para compreender e proporcionar informações confiáveis. Afirma também, que diversos gerentes de projetos não consideram a análise uma adequada relação custo-benefício. A partir dessas visões opostas, pode-se sugerir que a Análise de Valor Agregado apresenta um conjunto de recursos intrínsecos poderoso, abrangente e variado, tais como projeção de pagamentos e forecasting. Porém, encontra-se notada di-ficuldade tanto na coleta dos dados quanto na baixa velocidade da geração da informação. Essas considerações podem significar que, se a coleta dos dados for realizada com velocidade e precisão e as informações forem devidamente compiladas em tempo hábil, a análise tem sua aplicabilidade sensivelmente aumentada. Caso contrário, ela passa a agregar pouco no processo de controle do projeto. TERREL et al (1998) afirmam que, para que a Análise de Valor Agregado seja efe-tivamente empregada, é necessário que as informações sobre os recursos sejam nitidamente definidas e que um fracasso na obtenção desses dados favoreçam a criação de linhas de base de desempenho (PMB) imprecisas e distantes do ce-nário real. FLEMING & KOPPELMAN (1999) propõem, também, que outro fator de dificulda-de encontrada consiste no detalhamento adequado da estrutura de divisão de trabalho (WBS) que, se subdividida em pacotes de trabalho muito pequenos, re-presentará um custo de controle e um volume de papel muito grande. Por outro
  • 5. ricardo-vargas.com 119 lado, uma subdivisão pouco estratificada poderá representar uma diminuição na precisão dos dados levantados de custos reais e prazos. Essa confirmação pode ser comprovada pela baixa aplicação da Análise de Valor Agregado na área de tecnologia e marketing, onde aspectos relacionados ao tra-balho criativo atuam como variantes do escopo previamente definido, tornando sua aplicabilidade limitada e diretamente relacionada à estabilidade do escopo definido, conforme destacam PETERSON & OLIVER (2001). Eles afirmam que, com o crescimento de projetos de curto prazo, com equipes re-duzidas e escopo genericamente definido, onde a definição do trabalho restante é definida à medida que os trabalhos atuais ocorrem, a análise de Valor Agrega-do, conforme proposto pela Instrução 5000.2R (DOD, 1997) e pela ANSI/EIA 748, torna-se inviável, devido às projeções imprecisas decorrentes do escopo mal de-finido, bem como aos custos percebidos pelos empreendedores como elevados. Estudo de Caso A empresa pesquisada pertence ao setor da construção civil, setor esse que em-prega de maneira estável o gerenciamento de projetos e é um dos segmentos que mais investe em pesquisas e novas ferramentas na área, além disso, é a única do mercado que reconhece publicamente a utilização da Análise de Valor Agre-gado dentro de seu processo de controle de obras. Essa empresa ocupa a 11ª posição nacional no segmento de construção pesa-da, fazendo parte de um dos 3 maiores grupos do segmento no país e líder em outros segmentos da economia, tais como o setor de concessões públicas e tele-comunicações, com mais de 50 anos de fundação. Seu faturamento em 2001 foi da ordem de US$200.000.000, contando em seu quadro de funcionários com um contingente de 80 engenheiros e cerca de 4000 operários. Tratando do estudo de caso, inicialmente o assunto foi abordado através do pro-cesso de entrevista onde os três profissionais do núcleo de planejamento da área de negócios da região sudeste da empresa posicionaram sua opinião sobre o processo de uma maneira ampla e abrangente. Esses profissionais foram os pri-meiros a ser entrevistados por terem sido os que desenvolveram o sistema de controle de obras utilizando a análise de Valor Agregado. Após analisar os assuntos abordados pelos primeiros entrevistados, uma nova série de entrevistas foi realizada, baseada em um novo roteiro aberto de entrevis-tas, descrito no anexo III, abordando os chefes das obras e os encarregados pelas áreas de planejamento de cada obra. Nesse momento, o objetivo foi evidenciar as práticas de planejamento, tratamento e obtenção de dados nos diferentes ní-
  • 6. 120 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? veis, visando captar possíveis distorções, falhas conceituais, resistências e estilo de trabalho dentro do emprego da Análise de Valor Agregado nas respectivas obras. Em um terceiro e final momento, o resultado final das obras (prazos e custos) foi confrontado com os valores tabulados para a Análise de Valor Agregado que se encontravam em poder da área de planejamento da empresa e, a partir do confronto entre os resultados das entrevistas e os dados disponíveis na empresa, tentou-se buscar evidências que poderiam vincular o sucesso ou o fracasso de empreendimentos com a maturidade na utilização do Valor Agregado. No que diz respeito às obras avaliadas, elas foram caracterizadas pela empresa como obras de médio porte e média complexidade técnica, estando todas finali-zadas no período deste trabalho. Resultados Os resultados a serem apresentados e discutidos nesta seção abordam as dife-rentes características de cada obra e sua contribuição para o sucesso ou fracasso da implementação da análise de Valor Agregado. A segunda parte aborda as ca-racterísticas de similaridade encontradas nas obras e as conclusões gerais sobre o estudo de caso. Os resultados obtidos no processo de entrevista e os cruzamentos com os dados reais fornecidos pela área de planejamento, como foi visto, foram significativa-mente diferenciados para cada empreendimento. CARACTERÍSTICA OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 Escopo Claramente detalhado e especificado Definido preliminarmente, sendo detalhado à medida que o projeto é executado. Detalhado e especificado satisfatoriamente (não no mesmo nível da obra 1) Determinação de prazos e cronogramas Fechada e pré-definida com cronogramas claros a serem seguidos Aberta com cronogramas sendo definidos a medida que os trabalhos são realizados Fechada porém com alterações significativas ao longo do projeto fruto de problemas relacionados à escassês de recursos financeiros. Processo de Orçamentação Estruturado através de CAP’s permitindo o uso adequado da ferramenta Tradicional, não baseado na análise de Valor Agregado Tradicional, não baseado na análise de Valor Agregado Tipo de Contrato Preço fixo irreajustável Preço unitário Preço unitário Tipo de Cliente Privado Público Público Tabela 1 – Análise comparativa das principais características das três obras avaliadas
  • 7. ricardo-vargas.com 121 A partir dessas diferentes características, pode-se construir a Tabela 1, onde os principais fatores abordados são apresentados e avaliados em cada obra, bem como o resultado final quanto à fidelidade dos resultados e as conclusões preli-minares. Os fatores avaliados já foram abordados na discussão e análise de cada obra e são eles: escopo, determinação de prazos e cronogramas, processo de orçamen-tação, tipo de contrato, tipo de cliente, parcerias e/ou consórcios, suporte e apoio organizacional, suporte por parte do cliente, distribuição geográfica dos traba-lhos, presença de terceirizados, utilização e conhecimento dos índices e modelos de projeção fornecidos pela ferramenta. Observa-se, a partir dos relacionamentos apresentados na Tabela 1, que a conclu-são inicial de que foi bem sucedida a implementação na obra 1 e fracassada na obra 3, não é necessariamente fruto de um fator isolado, mas, sim, da associação de diversos fatores. Não é possível concluir que os resultados insatisfatórios encontrados na obra 3 foram provenientes ou da existência de consórcio ou da distribuição geográfica inadequada. O fracasso evidenciado é fruto de um conjunto de características CARACTERÍSTICA OBRA 1 OBRA 2 OBRA 3 Parcerias e/ou consórcios Inexistentes Inexistentes Consórcio com outra empreiteira com o controle da obra sendo realizado pela empresa avaliada Suporte e apoio organizacional Elevado Moderado a baixo Moderado Suporte por parte do cliente Elevado Moderado Moderado a baixo Distribuição geográfica dos trabalhos Concentrado geograficamente Concentrado geograficamente Distribuído ao longo de 150km de frentes de trabalho Presença de terceirizados Nenhuma Nenhuma Elevada Utilização e conhecimento dos índices e modelos de projeção fornecidos pela ferramenta Moderado a baixo Baixo Baixo Fidelidade dos resultados oficiais apresentados com os resultados reais Elevada Moderada a baixa Baixa Conclusão preliminar sobre o sucesso da implementação Sucesso parcial Fracasso parcial Fracasso Tabela 1 – Análise comparativa das principais características das três obras avaliadas
  • 8. 122 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? desfavoráveis que contribuíram para que os resultados obtidos não fossem os desejados. Por outro lado, ao se avaliarem as obras 1 e 2, tem se um conjunto de caracte-rísticas na obra 2 significativamente mais próximos do da obra 1. No entanto, a principal diferença observada foi a falta de detalhamento do escopo, o que, con-seqüentemente, impediu que o processo de orçamentação fosse satisfatório. Isso pode sugerir que esse seja um dos principais fatores que diferenciou também os resultados, como também se evidencia na Tabela 1. No que diz respeito às similaridades, pode também se observar, a partir do pro-cesso de entrevistas e dos resultados obtidos, que algumas evidências comuns aos três projetos avaliados foram encontradas. Inicialmente, pode se concluir que existem fatores relacionados à estrutura orga-nizacional e ao modelo de gestão da empresa que podem interferir diretamente na fidelidade dos resultados, sugerindo uma necessidade de maior investigação sobre a influência da estrutura organizacional na aplicação da ferramenta. Também tratando de aspectos organizacionais, os responsáveis pela área de pla-nejamento da obra questionavam a necessidade de um número elevado de ín-dices e muitas vezes sugeriam que a determinação dos índices de desempenho era redundante. Uma avaliação preliminar dessas considerações permite que se possa inicialmen-te concluir que a Análise de Valor Agregado tal como é evidenciada nos três em-preendimentos possa indicar a utilização de um conjunto excessivo de índices, superior à capacidade gerencial da obra, podendo até mesmo impossibilitar a sua aplicação, fruto de uma baixa prioridade dentro do processo e de uma sobre-posição possivelmente desnecessária de índices. No que diz respeito ao valor dado à ferramenta pelos entrevistados, todos fo-ram unânimes na consideração de que a Análise de Valor Agregado é um gran-de passo para o aprimoramento e a introdução de um mecanismo mais moder-no de controle de obra, convergindo para o primeiro resultado do estudo de THAMHAIN (1998) sobre a popularidade de técnica, porém, dentro desse mesmo estudo (THAMHAIN, 1998), todos foram também unânimes em concordar que as condições de mercado e a necessidade de velocidade na geração dos resul-tados impossibilitavam a dedicação ao uso da ferramenta como desejavam, constantando a afirmação do baixo valor da técnica apresentado no estudo de THAMHAIN (1998. Nas citações anteriores, pode se também observar que, em todos os três casos, existiu a participação das áreas de planejamento da unidade de negócios. Con-
  • 9. ricardo-vargas.com 123 tudo essa participação foi diferenciada de obra para obra, podendo sugerir que o sucesso da obra 1, sob a ótica de implantação da ferramenta, tenha sido favoreci-do pela presença marcante de profissionais da área de planejamento. Com isso, pode-se concluir que, muitas vezes, os esforços da equipe da obra são diluídos em várias frentes, passando eles a se dedicar à ferramenta diretamente utilizada pelos altos executivos da empresa na avaliação dos empreendimentos, fazendo com que sejam abandonados ou realizados em segundo plano os outros esforços em outras ferramentas concorrentes, como foi o caso da Análise de Valor Agregado nas obras 2 e 3. Já para a obra 1, esse processo se inverteu. Nesse caso, a Análise de Valor Agrega-do era o principal mecanismo de controle da obra, tendo obtido todo o suporte necessário para seu sucesso. Finalmente, pode-se concluir que o estudo de caso possibilitou que fossem evi-denciadas algumas caracteristicas de projetos que favorecem a aplicação da fer-ramenta, bem como de outras que podem atuar como elementos dificultadores. Também pode ser comprovado que a implementação da Análise de Valor Agre-gado é um processo complexo que envolve diversos aspectos, desde a natureza do empreendimento até sua estrutura organizacional, seu escopo, sua distribui-ção geográfica e o relacionamento com o cliente, dentre outros, que merecem um estudo isolado mais detalhado. Conclusões A partir das abordagens apresentadas neste capítulo, pode-se concluir que a Análise de Valor Agregado é uma ferramenta poderosa no controle e na avalia-ção de desempenho. Porém, como a maioria dos projetos têm escopo insuficientemente detalhado, equipes com pouca experiência na ferramenta e uma natural dissociação do con-trole de custos e prazos, esses elementos tornam seus resultados questionáveis para o esforço necessário. Outra conclusão é que os resultados não são aparentes no curto prazo, podendo ser evidenciados em fases posteriores dos projetos, principalmente em termos de redução nos custos de operação e retrabalho. Uma terceira conclusão é que, em projetos onde o escopo é claramente definido, ou em contratos de preço e trabalho fixos, a Análise de Valor Agregado apresenta relação custo-benefício favorável.
  • 10. 124 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? Outro elemento que pode favorecer a aplicabilidade da ferramenta é a adequa-da capacitação dos times do projeto no uso da ferramenta e o devido suporte organizacional, que permita que a ferramenta seja simplificada para atender às necessidades específicas do projeto e da organização. Resumindo as conclusões obtidas a partir da análise do referencial teórico e do confrontamento com o estudo de caso realizado são apresentadas a seguir, tem-se os aspectos listados a seguir. Natureza do projeto. A aplicação da Análise de Valor Agregado pode ser consi-derada com maior possibilidade de sucesso em projetos com objetivos claros e tangíveis, com um detalhamento de escopo simples e direto. Esse tipo de projeto apresenta melhores resultados no uso da análise, conforme foi evidenciado no estudo de caso (obra 1). Projetos com produtos ou serviços finais incompletos ou indefinidos, ou projetos que envolvam aspectos de criatividade que impossibili-tem um preciso planejamento apresentam elevada inviabilidade no uso da téc-nica, uma vez que, sem o planejamento estabelecido, os dados de desempenho não podem ser determinados (obras 2 e 3). Definição de escopo. A partir da evidência empírica obtida nas obras avaliadas e com base nas discussões teóricas apresentadas no referencial teórico, pode-se sugerir que a facilidade ou a dificuldade quanto ao detalhamento e à especifica-ção do escopo permitem que a ferramenta seja favorecida ou desfavorecida, já que um escopo tangível, controlável e detalhado permite maior especificação do trabalho a ser realizado e, conseqüentemente, facilita o processo de medição dos valores reais e agregados. O estabelecimento de um escopo tangível, controlável e detalhado é um processo decorrente, na maioria das vezes, da natureza do em-preendimento e do modelo de negócios estabelecido (contrato, tipo de cliente, etc.). Com isso, uma dedicação ao processo de desenvolvimento de escopo pos-sibilita diretamente um conjunto de resultados no emprego da Análise de Valor Agregado mais satisfatório. Informalidade no gerenciamento e resistência à mudança. Pode-se observar, no estudo de caso, que a informalidade no controle dos projetos é elevada e que existe e não pode ser desconsiderada a resistência encontrada na implementa-ção de um novo modelo de controle. Essa resistência está normalmente associa-da a uma percepção de que o trabalho de planejamento e controle aumenta de modo injustificável ao se utilizar a ferramenta. Na tentativa de associar esses dois fatores, ANTVIK (1998) propõe que a resistência é decorrente de um processo cultural de informalidade no controle de projetos. Nesse aspecto, sugere-se que seja necessário um trabalho diferenciado de gerenciamento de mudanças, como,
  • 11. ricardo-vargas.com 125 por exemplo o treinamento em gerenciamento de projetos, a realização de wor-kshops, a criação de uma estrutura de suporte eficaz, o desenvolvimento de pro-gramas de reconhecimento da dedicação de profissionais ao assunto, inclusive com premiações e bônus. Tudo isso visa minimizar a resistência encontrada na sua implementação e favorecer o ambiente do projeto. Atratividade e valor da técnica. A partir da comprovação do estudo de caso e com base nas pesquisas apresentadas no referencial teórico, foi observado que a Análise de Valor Agregado é considerada por todos que já a adotaram ou conhe-cem seu funcionamento como atrativa e abrangente. Porém, isso não se reflete na empregabilidade da técnica, já que, tanto no conjunto de entrevistados, quanto em diversos autores abordados no referencial teórico (c.f. WIDEMAN, 1999; FLE-MING & KOPPELMAN, 1998), existe um consenso natural de que a técnica requer um esforço que, se não analisado de modo abrangente, pode não justificar sua adoção. Essa consideração converge para os resultados apresentados na pesqui-sa de THAMHAIN (1998). Treinamento. A Análise de Valor Agregado propõe uma mudança cultural no processo de controle de projetos, sendo necessário um acompanhamento por profissionais com experiência na utilização da ferramenta, bem como necessi-ta de um processo de capacitação e treinamento intenso, de modo a reduzir a resistência à sua implementação decorrente do baixo conhecimento técnico da ferramenta. Suporte e apoio organizacional. O posicionamento da organização implemen-tadora influencia diretamente os resultados. Como foi verificado empiricamente no estudo de caso, a obra 1, que contou com maior apoio organizacional, que, por sua vez, deslocou recursos especializados e acompanhou de modo perma-nente os resultados obtidos, teve melhores resultados do que os demais projetos sob o ponto de vista de aplicabilidade da ferramenta. Contudo, é preciso consi-derar que essa mobilização tem um custo indireto que precisa ser determinado e contabilizado, pois a não determinação distorce os resultados obtidos no uso da ferramenta. Referências Bibliográficas ANTVIK, L. C. S. (1998). Earned value Management – a 200 Year Perspective. Long Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. CHRISTENSEN, D. S. (1998). The Cost and Benefits of the Earned value Management Process. Acquisition Review Quarterly.
  • 12. 126 Análise de Valor Agregado no Controle de Projetos: Sucesso ou Fracasso? DOD (1997). Earned value Management Implementation Guide. Washington: Uni-ted States of America Department of Defense FLEMING, Q. W. & KOPPELMAN, J. M. (1999). Earned value Project Management, 2nd Ed. Newton Square: Project Management Institute. PETERSON, C. D. & OLIVER, M. E. (2001). EV-Lite – Earned value Control for Fast Pa-ced Projects. Nashville: 32th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. SPARROW, H. (2000). EVM = Earned value Management Results in Early Visibility and Management Opportunities. Houston: 31st Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. TERREL, M. S., BROCK, A. W., WISE, J. R. (1998). Evaluating Project Performance Tools – A Case Study. Long Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. THAMHAIN, H. J. (1998). Integrating Project Management Tools with the Project Team. Long Beach: 29th Annual Project Management Institute Seminars & Sym-posium. WEST, S. M & MCELROY, S. (2001). EVMS: A Managerial Tool vs. a Reporting Tool. Nashville: 32th Annual Project Management Institute Seminars & Symposium. WIDEMAN, R. M. (1999). Cost Control of Capital Projects and the Project Cost Ma-nagement Systems Requirements. 2ª ed. Vancouver: AEW Services e BiTech Publi-shers.