O documento descreve a metodologia de Gerenciamento de Projetos com Corrente Crítica (CCPM), que aplica os princípios da Teoria das Restrições para identificar o caminho crítico do projeto considerando as restrições dos recursos. O CCPM busca completar o projeto no prazo planejado através de identificar, explorar, repetir, elevar e subordinar as atividades à corrente crítica e aos recursos restritos.
2. Teoria das Restrições (TOC)
Identificar
Explorar
Repetir
Elevar Subordinar
Quando um elemento
deixa de ser um gargalo,
outro elemento se torna
a restrição. A melhoria
contínua vem da
repetição do ciclo
Identificar o recurso
superalocado: gargalo
Maximizar a alocação
do gargalo
Subordinar o
funcionamento do
sistema à velocidade
do gargalo
Aumentar a capacidade
do gargalo
3. Corrente crítica
• Principal benefício: realização do projeto
dentro do prazo.
Prazo
Custo
Riscos
RH Qualidade
4. Corrente crítica
• Corrente crítica são os princípios da teoria das
restrições aplicados à gestão de projetos.
• Sistema = Projeto
• Contrapõe-se à prática do “caminho crítico”
onde o gerente de projeto deve administrar as
atividades com “folga zero”, que são críticas
para o cumprimento do prazo do projeto.
5. Corrente crítica
4 mecanismos levam ao desperdício do tempo de segurança
Síndrome do
estudante
Uma tarefa só é
realizada quando se
torna extremamente
urgente
“Nada mais
produtivo quanto o
último minuto”
Lei de Parkinson
O trabalho se
expande de forma a
preencher todo o
tempo disponível
Multitarefas
Tentar fazer várias
atividades ao
mesmo tempo
aumenta
significativamente a
duração de cada
uma
Interdependência
entre atividades
Os atrasos são
acumulados mas os
adiantamentos são
desperdiçados
no método do caminho crítico (CPM)
6. Corrente crítica
Corrente
Crítica Caminho
Crítico
• Recursos com folga
zero
• Incertezas de
cronograma
inseridos em cada
atividade
• Atividades com
folga zero
• Incertezas de
cronograma
inseridas nos
“pulmões” (buffers)
9. Corrente crítica
O primeiro passo na corrente crítica é nivelar os recursos,
o que reduz o problema da multitarefa
Identificar
Repetir
A Corrente Crítica (CCPM) é o caminho mais longo do projeto após o nivelamento dos
recursos que inclua as atividades realizadas pelo recurso restrição (gargalo)
Atividade 5
Lina 15 d.
Atividade 1
Joe 10 d.
Atividade 6
Joe 10 d.
Atividade 7
Suzy 5 d.
Atividade 8
Suzy 12 d.
Atividade 9
Anny 5 d.
Atividade 2
Lina 1 d.
Atividade 3
Rob 2 d.
Atividade 4
Suzy 1 d.
Exemplo
Explorar
Elevar Subordinar
10. Identificar
Caminho
crítico
Repetir
Corrente
crítica
Corrente crítica
Atividade 5
Lina 15 d.
Atividade 1
Joe 10 d.
Atividade 6
Joe 10 d.
Paralelismos!
Atividade 5
Lina 15 d.
Atividade 7
Suzy 5 d.
Atividade 8
Suzy 12 d.
Atividade 9
Anny 5 d.
Atividade 2
Lina 1 d.
Atividade 3
Rob 2 d.
Atividade 4
Suzy 1 d.
Atividade 1
Joe 10 d.
Atividade 6
Joe 10 d.
Atividade 7
Suzy 5 d.
Atividade 8
Suzy 12 d.
Atividade 9
Anny 5 d.
Atividade 2
Lina 1 d.
Atividade 3
Rob 2 d.
Atividade 4
Suzy 1 d.
Nivelamento de
recursos
Exemplo
Explorar
Elevar Subordinar
11. Corrente crítica
Após identificado a corrente crítica, coloca-se toda a
incerteza do calendário no final da corrente, criando o
“Pulmão do Projeto” (Project Buffer).
Duração originalmente planejada
Repetir
Duração originalmente planejada
50%
Exclui do prazo da atividade para
formar o pulmão do projeto
Atividade A
Atv. A
O pulmão do projeto terá 50% do
prazo de segurança das atividades.
Atividade B Atividade C
Atv. B Atv. B Pulmão do projeto
Duração original
reduzida em 50%
50% do prazo de
segurança das
atividades da corrente
Redução do
prazo total
Identificar
Explorar
Elevar Subordinar
12. Corrente crítica
Atividades que não são dependentes do time do projeto não
podem ter suas durações reduzidas!
Exemplos:
• Licenciamento ambiental ou autorização pública
• Operação de um equipamento
• Fornecimentos ou transportes de terceiros
Repetir
A corrente crítica atribui uma estimativa de prazo agressiva mas não impossível para a equipe.
O trabalho é iniciado
quando todos os
inputs estiverem
disponíveis
O recurso trabalha
100% do tempo nas
atividades do
projeto quando
alocado
A atividade seguinte
começa assim que a
atual for concluída
As atividades da
corrente crítica são
prioritárias.
As atividades cujos
pulmões estiverem
mais em perigo
Trabalhos não
relacionados ao
projeto possuem
baixa prioridade
Identificar
Explorar
Elevar Subordinar
13. Corrente crítica
Proteger a corrente crítica de atrasos em correntes não
críticas = pulmões de convergência (feeding buffers)
Repetir
Os pulmões de convergência são calculados como o pulmão
do projeto, porém para as atividades que convergem à
corrente crítica
As correntes de convergência (não críticas) são programadas para iniciar o mais tarde possível
Reduz o impacto das
mudanças de escopo
Retarda
desembolsos
Maior foco na
corrente crítica
(que iniciou mais
cedo)
Elimina a ocorrência
de multitarefas
Eliminação de
milestones
intermediários
(gestão dos
pulmões)
Identificar
Explorar
Elevar Subordinar
14. Corrente crítica: Sumário
Interdependências
entre atividades
Restrições dos
recursos
Caminho mais
longo do projeto
Passo a passo:
1. Construção do diagrama de rede usando estimativas não conservadoras
2. Cálculo do caminho crítico
3. Carregar os recursos ao cronograma
4. Recalcular o caminho crítico
5. Determinar os pulmões e inserir no diagrama de rede
6. Programar as atividades com as datas mais tarde de início (considerando os pulmões)
7. Gerenciar as atividades pulmão
15. Corrente crítica: quebra de paradigmas
O sucesso depende
de:
Patrocínio da diretoria da organização
Disponibilização dos meios para adoção da
metodologia
O time do projeto precisa assumir a metodologia
A metodologia deve ser adotada por todos
A incerteza não é gerenciada colocando
uma “folga” em cada atividade.
A segurança é colocada para proteger a
data de conclusão do projeto, não das
atividades.
Foco na data de início e na duração, não na
entrega de cada atividade.
Incentivo ao término antecipado de
uma atividade
Considera a disputa por recursos (humanos) e o
comportamento dos mesmos
As atividades não críticas são
programadas para começar mais tarde
(as late as possible – ALAP)
16. Fontes
• Eliyahu M. Goldratt: Corrente Crítica (1997)
• Eliyahu M. Goldratt: A meta (1984)
• Material de estudo Prof. Vera Coelho (IETEC)
• Ricardo Vargas: 5 minutes PM Podcast –
Corrente crítica em projetos (2007)