Material apresentado aos professores do eixo de "Hospitalidade, Turismo, Lazer & Eventos" do Centro Paula Souza (sistema ETEC e FATEC) do estado de São Paulo. Palestra ministrada em Santos (SP), em dezembro de 2014.
2. Compartilhar experiências acadêmicas e propor reflexões e
práticas interdisciplinares na formação de profissionais do
turismo e áreas relacionadas em Santos e região.
OBJETIVO
3. Roteiro
• Apresentação pessoal
– Formação acadêmica
– Experiência profissional
• Convergências
– Extensão universitária
– Produção científica (Alegra Centro)
• Marco conceitual
– Logística
– Política Nacional de Turismo
– Segmentação
– Lei Geral dos Portos
– PDZ do Porto de Santos
• Dados e fatos
– Impactos econômicos
– Estamos preparados?
• Considerações finais
4. Apresentação pessoal
• Formação acadêmica
– Bacharel em Turismo (Unisul, 2002)
– Especialista em Gestão de RH (UFSC, 2003)
– MBA em Gestão de Projetos (Unisantos, 2013)
– Mestrado em Hospitalidade (UAM, 2013-2015)
• Experiência profissional
– Consultor e Palestrante da [RH em Hospitalidade]
– Coord. de Turismo & Eventos, SETUR-PG
– Assessor de Eventos & Novos Negócios, SRC&VB
Convergências...
7. Convergências
• Vinculação institucional: Programa de Mestrado em
Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi
• Cronograma de pesquisa:
– Criação do Programa Alegra Centro: 2003
– Revisão do Programa (início): 2013
– Pesquisa bibliográfica: 2° semestre de 2013
– Pesquisa documental: 1° semestre de 2014
– Elaboração do artigo: 1° semestre de 2014
• Publicações sobre o tema (2014):
– V Congresso Latino-americano de Investigação Turística (Argentina)
– Congresso Internacional de Investigação em Turismo (Colômbia)
– XI Seminário da Anptur (Brasil)
9. Marco conceitual: Logística
• O Técnico em Logística executa e colabora na gestão dos processos
de planejamento, operação e controle de:
– programação da produção de bens e serviços;
– programação de manutenção de máquinas e de equipamentos;
– compras, recebimento, armazenamento, estoque, movimentação, expedição,
transporte e distribuição de materiais e produtos;
• Presta atendimento aos clientes;
• Implementa os procedimentos de controle de custos, qualidade,
segurança e higiene do trabalho no sistema logístico.
10. Marco conceitual: Política Nacional de
Turismo (Lei n° 11.771/2008)
Artigo 21°
Consideram-se prestadores de
serviços turísticos, para os fins desta
Lei, as sociedades empresárias,
sociedades simples, os empresários
individuais e os serviços sociais
autônomos que prestem serviços
turísticos remunerados e que exerçam
as seguintes atividades econômicas
relacionadas à cadeia produtiva do
turismo:
I. meios de hospedagem;
II. agências de turismo;
III. transportadoras turísticas;
IV. organizadoras de eventos;
V. parques temáticos; e
VI. acampamentos turístico
Parágrafo único. Poderão ser
cadastradas no Ministério do
Turismo, atendidas as condições
próprias, as sociedades empresárias
que prestem os seguintes serviços:
IV. marinas e empreendimentos de
apoio ao turismo náutico ou à
pesca desportiva.
11. Marco conceitual: Turismo Náutico
• Turismo Náutico caracteriza-se pela utilização de embarcações náuticas como
finalidade da movimentação turística (MTur).
• Área de Navegação:
– Navegação em águas interiores: realizada em águas consideradas abrigadas, podendo
ser subdivididas em duas áreas:
• Área 1: áreas abrigadas, tais como lagos, lagoas, baías, rios e canais, que normalmente não
apresentam dificuldades ao tráfego das embarcações;
• Área 2: áreas parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas combinações
adversas de agentes ambientais tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego
das embarcações
– Navegação em mar aberto: realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas
que podem ser subdividas em:
• Águas costeiras: área localizada dentro dos limites de visibilidade da costa até a distancia de
20 milhas
• Águas oceânicas: área localizada além das 20 milhas da costa.
12. Marco conceitual: Le Geral dos Portos
(Lei n° 12.815/2013)
Artigo 2°
VII - instalação portuária de turismo:
instalação portuária explorada
mediante arrendamento ou
autorização e utilizada em
embarque, desembarque e trânsito
de passageiros, tripulantes e
bagagens, e de insumos para o
provimento e abastecimento de
embarcações de turismo.
Art. 20°
Será instituído em cada porto organizado um
Conselho de Autoridade Portuária (CAP),
órgão consultivo da administração do porto.
§ 3o A distribuição das vagas no conselho a
que alude o caput observará a seguinte
proporção:
I. 50%de representantes do poder público;
II. 25% de representantes da classe
empresarial; e
III. 25% de representantes da classe
trabalhadora.
13. Plano de Zoneamento do Porto de Santos
5.10 Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida
5.10.3 Ecoturismo
–Elaborar roteiro da região portuária a partir dos pontos e atividades de maior
interesse ecológico e turístico;
–Integrar o Porto aos roteiros turísticos municipais;
–Valorizar o patrimônio histórico e natural da região portuária através do
ecoturismo;
–Mesclar atividades turísticas às portuárias;
–Trabalhar o roteiro turístico como público alvo os passageiros de Cruzeiros
atracados no Porto.
14. Plano de Zoneamento do Porto de Santos
15. Revitalização
15.1 Conceito de revitalização portuária
Um projeto de revitalização, deve ter como oportunidades a beleza e o valor histórico do
local, considerando ainda a recuperação do ambiente, o empreendimento para a região e o
conhecimento tecnológico, e deve também possibilitar alianças e acordos, que visem:
–Gerar oportunidade de uso de parte da área do porto para uso misto portuário-urbano
–Fomentar a recuperação da atividade comercial da região
–Reconversão de área
–Fortalecimento da relação porto-cidade
–Criação de pólo de turismo e de áreas de desenvolvimento social
–Contribuição para a preservação da memória histórica
–Reabilitação e valorização econômica
–Inclusão de Santos em roteiros turísticos nacionais
16. Porto de Santos
• Histórico
– 20 de julho de 1888: contrato de concessão para construção do porto
– 2 de fevereiro de 1892: atracação do navio inglês Nasmith, inaugurando os primeiros
260 metros de cais
• Nessa fase foram substituídos os trapiches e pontes que existiam no Valongo
– 7 de novembro de 1980: a Companhia Docas do Estado de São Paulo assumiu a
administração do porto
• Números
– Cais acostável: 11.042 metros de extensão
– Armazenagem:
• 45 armazéns internos, sendo 34 na margem direita e 11 na margem esquerda
• 39 armazéns externos
• Área total: 516.761 m²
• 33 pátios de estocagem (internos e externos), somando 124.049 m²
• Tancagem (foto) de granéis líquidos: Ilha do Barnabé: 282 tanques
17. Porto de Santos: Benedito Calixto
Praia do Consulado, Porto de
Santos de 1882
Porto de Santos de 1890
18. Cruzeiros marítimos: impactos
• Diferentemente da temporada 2010/2011, constatou-se considerável queda do
fluxo de cruzeiros marítimos na costa brasileira, com a redução da oferta de leitos
nos navios e de rotas por parte das armadoras. Na temporada 2013/2014, foram
contabilizados 596.532 cruzeiristas, que geraram significativos impactos
econômicos no país. A seguir, alguns entraves para o desenvolvimento do setor:
• Taxas operacionais
– As taxas operacionais praticadas pelos portos brasileiros encarecem o preço final do cruzeiro,
principalmente quando se compara com outros mercados internacionais de cruzeiros, como os
ofertados no Caribe, onde as taxas e impostos são mais baixos e, portanto, os preços repassados
aos turistas são inferiores. Exemplos: taxas de pernoite, praticagem, embarque e desembarque.
• Infraestrutura dos portos brasileiros
– O sistema portuário necessita de intervenções e investimentos públicos e privados,
especialmente nos terminais de passageiros, estrutura para atracação e serviços gerais.
• Agentes envolvidos na operação
– A existência de diferentes stakeholders na operação, com suas respectivas competências e
atribuições tornam o processo mais custoso, lento e burocrático.
19.
20. Agentes envolvidos na operação
• Ministério do Turismo (MTur): organização das escalas dos transatlânticos, programas de
qualificação nas regiões portuárias e avaliação das rotas dos cruzeiros
• Conselho Nacional de Turismo (CNTur): Assessorar o Ministério do Turismo na formulação
de planos, programas e projetos relacionados a cruzeiros marítimos
• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): Legislação dos funcionários
• Polícia Federal: Responsável pela emissão de passaporte e controle dos postos de fronteira
• Receita Federal: Controle e fiscalização da arrecadação de impostos
• Conselho Nacional de Imigração: Coordenar e orientar as atividades de imigração
• Capitania dos Portos: Administração de todas as atividades marítimas e operações portuárias
da região
• Guarda Portuária: Atendimento de ocorrências e fiscalização da faixa portuária, verificando
e caracterizando os fatos que contrariem as normas da Cia. Docas e a legislação penal em
vigor
• Secretaria Nacional dos Portos: Apoio ao desenvolvimento da infraestrutura portuária, com
investimentos orçamentários e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
• ANVISA: Controle sanitário de produção e comercialização dos produtos
21. Impacto econômico
• Riqueza gerada a partir do mercado de cruzeiros marítimos (2013/2014): R$ 1,15 bilhão
• Armadores: aproximadamente R$ 693 milhões (60%)
– R$ 510 milhões são “impactos diretos”; R$ 183 milhões são “impactos indiretos”
• Combustíveis: maior gerador de impacto econômico, que totalizou
aproximadamente R$ 232 milhões de impactos direto e indireto
• Taxas portuárias mais Impostos: somaram R$ 169 milhões de impacto direto
• Alimentos & Bebidas: R$ 117 milhões de impactos direto e indireto
• Comissões: R$ 90 milhões de impacto direto
• Marketing, excursões e escritório: R$ 68 milhões
• Água e lixo: R$ 18 milhões de impactos direto e indireto
• Cruzeiristas e tripulantes: R$ 455 milhões (40%)
– Alimentação, suvenir, excursão, roupa, transporte, entre outros.
25. Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS. Porto de Santos. Disponível em <
http://www.antaq.gov.br/Portal/pdf/Portos/2012/Santos.pdf >. Acesso em 2 de dezembro de 2014.
BRASIL. Lei Geral dos Portos. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm >. Acesso em 02
de dezembro de 2014.
BRASIL. Política Nacional de Turismo. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11771.htm >. Acesso
em 02 de dezembro de 2014.
CLIA ABREMAR; FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Cruzeiros Marítimos: estudo do perfil e impactos econômicos no Brasil. Disponível
em < http://www.abremar.com.br/down/fgv2014.pdf >. Acesso em 02 de dezembro de 2014.
COMPANHIA DOCAS DE SANTOS. Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Santos: Disponível em <
http://www.portodesantos.com.br/pdz.php >. Acesso em 02 de dezembro de 2014.
ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL. Benedito Calixto. Disponível em < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8777/benedito-calixto
>. Acesso em 02 de dezembro de 2014.
FASSINA. Motorista de carro sobrevive após colidir com trem. Disponível em <
http://www.fassina.com.br/noticias/noticia.aspx?codnoticia=759 >. Acesso em 2 de dezembro de 2014.
FOLHA DE SÃO PAULO. PM inaugura "radiopatrulhamento hidroviário" na Baixada Santista. Disponível em <
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u49056.shtml >. Acesso em 2 de dezembro de 2014.
G1. Incêndio atinge armazém de açúcar no Porto de Santos, n litoral de SP. Disponível em < http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/
noticia/2014/08/incendio-atinge-armazem-de-acucar-em-porto-de-santos-no-litoral-de-sp.html >. Acesso em 2 de dezembro de 2014.
JORNAL PORTUÁRIO. Homem morre ao ser esmagado por caminhão no Porto de Santos. Disponível em <
http://www.jornalportuario.com.br/ultima-noticia/homem-morre-ao-ser-esmagado-por-caminhao-no-porto-de-santos#.VIBz19LF_ng >. Acesso
em 2 de dezembro de 2014.
UOL Cotidiano. Ações de "piratas" assusta praticantes de pesca esportiva em rios da Baixada Santista. Disponível em <
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/17/acao-de-piratas-assusta-praticantes-de-pesca-esportiva-em-rios-da-baixada-santista.
htm >. Acesso em 2 de dezembro de 2014.