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Tributação
 Por Redação / Fotos: Jacinto Alvarez
                                                                                                          atende muito bem às necessidades locais por ser de fácil
                                                                                                          aplicação e de fácil fiscalização também. “É um modelo cal-
                                                                                                          cado basicamente em regras de custos, preços e margens
                                                                                                          fixas. Nós não temos toda aquela flexibilidade da análise de
                                                                                                          functions que existe no modelo internacional”.


                                          Alterações
                                                                                                             Outra justificativa do órgão é que mesmo se o país imple-
                                                                                                          mentasse o modelo da OCDE, não seria possível colocá-lo
                                                                                                          em prática devido ao fato de existirem poucos comparáveis



                                          nas regras
                                                                                                          de mercado. De acordo com o órgão, não haveria dados pú-
                                                                                                          blicos suficientes de empresas que permitissem uma compa-
                                                                                                          ração razoável de margens e preços de mercado.




                                          de preços de                                                    Trajetória de ideias
                                                                                                             Para chegar ao atual modelo da MP, foram praticamente
                                                                                                          dois anos de discussões com a Receita Federal sobre as alte-



                                          transferência
                                                                                                          rações. As iniciativas partiram de grupos como a Federação
                                                                                                          das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Amcham Brasil, que,
                                                                                                          a partir de discussões com os próprios contribuintes, leva-        Visão geral
                                                                                                          ram até o grupo da Receita Federal o pleito para a alteração.
                                                                                                             “Na verdade, o pleito era até mais amplo e trazia alte-         juros, para quem tiver pagando, e à mínima, para quem esti-
                                                                                                          rações mais interessantes do que a gente acabou tendo na           ver recebendo os juros de pessoa vinculada”, observou Eliete.
                                          Os impactos sobre os custos e a margem                          versão final da MP 563. Inicialmente, havia uma ampla gama            A diretora da KPMG também chamou atenção para o
                                          de lucro das empresas                                           de assuntos e nessas discussões a Receita Federal já foi sina-     fato de que a MP silencia sobre a situação dos mútuos que
                                                                                                          lizando aquelas alterações que ela iria aprovar e aquelas que      já estão com os contratos em andamento. Será necessário
                                                                                                          de início ela já rejeitava”, afirmou Eliete.                       submeter os contratos anteriores às novas regras?
                                                                                                             O texto final da medida, que acabou privilegiando o as-            “Nós acreditamos que o entendimento da Receita é de



                                          A
                                                    Medida Provisória 563/2012, do Plano Brasil Maior,    pecto fiscalizatório em detrimento de um modelo de incen-          que sim. Independente da data do contrato, teremos que
                                                    ganhou grande repercussão na mídia por prever a       tivo econômico, não chegou a ser discutido com o grupo que         fazer o teste para verificar se essa taxa está de acordo com
                                                    desoneração da folha de pagamento de alguns           fomentou a questão. “É difícil para o contribuinte que está        a LIBOR mais o spread de 3%. Pode até ser que com a regu-
                                          setores industriais. No entanto, a matéria – que já obteve      ali, lidando com as questões internacionais, compatibilizar as     lamentação a gente tenha alguma flexibilização por parte da
                                          aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado e está            regras brasileiras com a regra internacional, mas infelizmen-      Receita Federal, mas, a princípio, teremos que pensar tam-
                                          prestes a ser convertida em lei – traz também outras im-        te é esse o modelo com que nós vamos ter que conviver nos          bém nos contratos em andamento”.
                                          portantes mudanças que irão impactar no dia a dia das em-       próximos anos”.
                                          presas: as alterações nas regras de preços de transferência.       A vigência das novas regras será a partir de janeiro de 2013,   Métodos nas exportações
                                             A diretora de Tax e Transfer Price da KPMG, Eliete Ribei-    ficando a critério do contribuinte adotá-las já para 2012.           No tocante às regras para as exportações, a principal
                                          ro, e a sócia da área de Intenational Tax e Transfer Price da                                                                      mudança foi a criação de um método de cotação específico
                                          companhia, Marienne Coutinho, explicaram o que mudou e          Mudanças nos empréstimos                                           para as empresas que operam com commodities, afetando
                                          o que permanece com a MP durante café da manhã organi-             Antes da MP 563, somente estavam sujeitos às regras de          diretamente as exportadoras brasileiras.
                                          zado pela Comissão de Tributos no dia 14 de agosto, na sede     preço de transferência os empréstimos (mútuos) entre pes-            De acordo com Eliete Ribeiro, as companhias exporta-
                                          do IBEF SP.                                                     soas vinculadas não registradas no Banco Central. De cara,         doras que não trabalham com commodities ainda poderão
                                             Eliete Ribeiro explicou que as mudanças nas regras têm       isso já tirava da aplicação da norma 99% dos empréstimos,          comprovar os preços na exportação utilizando o método
                                          sido discutidas há bastante tempo com o intuito de que as al-   já que a grande maioria possui registro no BC.                     CAP (que é o custo de aquisição ou de produção mais lucro
                                          terações nas normas locais possibilitassem uma maior apro-         Pelas novas regras, independente do registro ou não no          de 15%); o PVEX (Preço de Venda nas Exportações – que
                                          ximação com o modelo internacional da Organização para          Banco Central, será preciso fazer o teste da taxa do con-          compara o preço de exportação de vinculado com o preço
                                          a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).                trato. A taxa continua a LIBOR (taxa de referência London          de exportação para não vinculado) e o Preço de Venda por
                                          “A regra brasileira vem sofrendo muitas críticas ao longo de    Interbank Offered Rate) para depósitos em dólares america-         Atacado (PVA) e a Varejo (PVV), método que usa como
                                          todos esses anos, mas as tentativas de mover o modelo bra-      nos pelo prazo de seis meses, acrescida de 3% anuais a título      referência o preço no mercado de destino do bem.
                                          sileiro para o modelo da OCDE – que é o modelo utilizado        de spread. Passou a ficar a critério do ministro da Fazenda          Mas para as empresas que operam com commodities, os
                                          pela grande maioria dos países – têm sido frustradas porque     reduzir o percentual do spread para os contratos, bem como         métodos acima não se aplicam mais. Elas ficam obrigadas
                                          não existe uma vontade política”.                               restabelecê-lo, de acordo com as condições de mercado.             a seguir o método de PECEX (Preço sob Cotação na Ex-
                                             Segundo a diretora, a justificativa da Receita Federal pa-      “Com a nova regra, todos que estão fechando contratos de        portação), que é utilizado como referência para o preço de
 Eliete Ribeiro (KPMG)                    ra não fazer mudanças radicais é que o modelo brasileiro        empréstimos têm que estar atentos a essa taxa máxima de            exportação o preço de Bolsa, internacional.

 22   IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012                                                                                                                                                            IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012   23
Tributação
   Marienne Coutinho, sócia da área de Intenational Tax e        tadora está atuando. A margem passa a ser de 20% para
 Transfer Price, explicou que antes da publicação da MP 563,     todos, com a exceção de alguns setores:
 o pleito das exportadoras de commodities era que o preço de
                                                                 Margem de 40% para os setores:
 cotação da Bolsa fosse considerado como mais um método
 para a verificação de preços, adicionado às outras possibili-   • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos;
 dades já existentes.                                            • Produtos do fumo;
   “No entanto, olha o que aconteceu. Aceitaram o preço          • Equipamentos e instrumentos ópticos, fotográficos e ci-
 de Bolsa, mas as companhias ficaram impedidas de utilizar       nematográficos;
 os outros métodos. Para quem lucrava em Bolsa, veio então       • Comércio de máquinas, aparelhos e equipamentos para
 a discussão para saber qual é a Bolsa de referência, qual é o   uso odonto-médico-hospitalar;
 dia, qual é o horário de cotação – o que não ficou resolvido.   • Extração de petróleo e gás natural e produtos derivados
 E pra quem não lucrava com preço de Bolsa, eles fecharam        do petróleo.                                                    Roberto Goldstajn (IBEF SP); Marienne Coutinho (KPMG);           Bruno Lourenço (Hays Recruiting Experts)
 uma porta relevante para o planejamento tributário”, afir-                                                                      Eliete Ribeiro (KPMG) e André A. Souza (Ernst & Young)
                                                                 (nova redação: § 12, II, do art. 18, da Lei nº 9.430/1996)
 mou Marienne.
   Além de gerar questionamentos sobre quais seriam as           Margem de 30% para os setores:                                  adotam o método PIC. “Há situações em que a empresa tem
 Bolsas e a cotação do dia consideradas como referência, a       • Produtos químicos;                                            uma série de dificuldades e o único método que se torna viável
 MP levantou outras dúvidas: como a regra seria aplicada         • Vidros e de produtos do vidro;                                para a comparação é o PIC, que é aquela situação em que eu
 para as commodities que não possuem cotação?                    • Celulose, papel e produtos de papel;                          comparo o meu preço da importação de vinculada com o pre-
   Eliete Ribeiro explicou que com a aprovação do texto pela     • Metalurgia.                                                   ço, por exemplo, da minha vinculada vendendo para um ter-
 Câmara dos Deputados, introduziu-se o parágrafo 5º, que         (nova redação: § 12, I, do art. 18, da Lei nº 9.430/1996)       ceiro no exterior, independentemente do mercado”, pontuou.
 prevê que na hipótese de não haver cotação para o bem ex-                                                                          Com a nova redação da MP, as operações a serem utili-
 portado, poderão ser utilizadas como referência pesquisas         Eliete disse que certamente algumas empresas ficarão          zadas como comparáveis passam a ser aquelas relativas a
 de instituições internacionalmente reconhecidas (a serem        em dúvida em relação a esse enquadramento. O código da          compra e venda empreendidas pela própria interessada ou
 regulamentadas pela Receita Federal) e também os preços         CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas),         por terceiros.
 definidos por agências e órgãos reguladores publicados no       utilizado para identificar a atividade econômica para fins de      “Então será viável comparar o meu preço de importação
 Diário Oficial da União.                                        imposto de renda, pode ser útil nesse caso. Mesmo assim,        com o preço de compra do mesmo produto de terceiros, que
                                                                 ainda podem surgir dúvidas. O que é certo é que alguns se-      é a compra e venda empreendida pela própria interessada.         Gabriela Martins
 Alterações nas importações                                      tores deverão sair perdendo com a nova regra.                   E quem é a interessada? É a empresa brasileira, o contribuin-
    A diretora da KPMG afirmou que as regras para as im-           “Por exemplo, o farmacêutico que importa medicamentos         te. Não me parece a própria interessada seria a minha vincu-       Roberto Goldstajn, coordenador da Comissão de Tribu-
 portações têm situação parecida em relação às commodi-          para fim de revenda, que antes submetia à regra dos 20%, ago-   lada no exterior. Então, a intenção da Receita foi fechar uma    tos do IBEF SP, avalia que o debate sobre as alterações das
 ties, apesar de o efeito econômico ser menos abrangente,        ra vem para 40%. Então alguns setores vão ter que fazer um      porta para essa comparação, pois há uma certa dificuldade        regras dos preços de transferência é de extrema relevância
 já que o Brasil exporta muito mais do que importa esse          ensaio de como vai ficar a tributação em 2013. Pode ser que o   de fiscalizar o preço lá fora”.                                  para os executivos de finanças, pois tem impacto direto nos
 produtos.                                                       impacto seja bastante relevante”, ressaltou a palestrante.         Ainda com relação ao PIC, a nova regra determina um           custos das empresas. “É importante mostrar a repercussão
    “O que nós temos na importação é um espelho da opera-                                                                        parâmetro para a amostragem dos preços. Quem utilizar o          dessa nova regra para que as companhias possam se prepa-
 ção de exportação. Também foi criado um método especí-          Custos para fins de importação                                  PIC deve ter pelo menos 5% do valor das operações compa-         rar. Infelizmente, constatamos que o texto final tem cunho
 fico: as empresas importadoras de commodities deverão se-          Uma outra alteração importante da MP 563 é a inclusão        ráveis como referência de preço de mercado. Outra mudan-         mais fiscalizatório do que de desenvolvimento econômico”.
 guir os preços da Bolsa e também poderão usar as pesquisas      do que se considera “custo” para fins de importação e para      ça importante é que caso a empresa não encontre compará-           As representantes da KPMG concordam que as mudan-
 realizadas por empresas reconhecidas internacionalmente         fins de teste do preço de importação. Durante vários anos,      veis no ano vigente, só poderá buscar esses comparáveis no       ças consistem em um desafio para as empresas brasileiras.
 como referência de preço”.                                      existiu uma discussão sobre se o que é submetido ao preço       limite de até um ano anterior.                                   “Eu acredito que os profissionais do setor têm feito sua
    Os demais métodos continuam em vigência para os se-          de transferência na importação é apenas o preço FOB (Free                                                                        parte em tentar sensibilizar a Receita em relação a várias
 tores restantes: PIC (Preço Independente Comparado), o          on Board) ou é o preço FOB já acrescido de impostos, frete      Alterações no método                                             questões. Mas acredito que será uma luta isolada de cada
 PRL (Preço de Revenda menos Lucro – método que teve             e seguro.                                                          Por fim, outra grande discussão existente é sobre até que     empresa para buscar o seu direito”, finalizou Eliete. v
 as margens alteradas com a MP 563), e o CPL (Custo de              A medida provisória define que o que deve ser submeti-       momento o contribuinte poderá alterar o método pelo qual
 Produção mais Lucro).                                           do ao preço de transferência é somente o preço FOB, sem         optou na declaração do imposto de renda. Eliete Ribeiro dis-
                                                                                                                                                                                                     “Infelizmente, constatamos que o texto final tem cunho mais
    Na importação de commodities, o tópico que permite a com-    acrescer outros custos, desde que o frete e o seguro não        se que a alteração na DIPJ continua sendo possível dentro
                                                                                                                                                                                                  fiscalizatório do que de desenvolvimento econômico.”
 paração com o preço publicado em Diário Oficial não existe,     sejam pagos para pessoas vinculadas. Os gastos aduaneiros       do prazo de cinco anos.                                          Roberto Goldstajn, coordenador da Comissão de Tributos do IBEF SP
 pois o governo não possui controle sobre essa referência.       também não integram nenhum dos custos, reafirmando o               O que mudou é que uma vez iniciado o processo de fisca-
    Com a MP, a destinação da importação também deixou           que já era válido pela regra anterior.                          lização não será mais possível fazer a alteração, exceto se o       “É difícil para o contribuinte que está ali, lidando com as ques-
 de ser relevante para fins da margem de lucro do PRL. Não                                                                       método pelo qual a empresa optou for desconsiderado pela         tões internacionais compatibilizar as regras brasileiras com a regra
 há mais diferença se a importação for realizada para pro-       Novidades para o PIC                                            fiscalização (no caso de provas insuficientes, por exemplo).     internacional, mas é esse o modelo com que nós vamos ter que
 dução, revenda, acondicionamento ou embalagem. O que              A consultora tributária destacou que as alterações devem      O Fisco dará 30 dias para que o contribuinte apresente um        conviver nos próximos anos.”
 passa a ser considerado é o setor no qual a empresa impor-      afetar também um número grande de empresas que hoje             novo cálculo.                                                    Eliete Ribeiro, diretora de Tax e Transfer Price da KPMG

 24   IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012                                                                                                                                                                                    IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012      25

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  • 1. Tributação Por Redação / Fotos: Jacinto Alvarez atende muito bem às necessidades locais por ser de fácil aplicação e de fácil fiscalização também. “É um modelo cal- cado basicamente em regras de custos, preços e margens fixas. Nós não temos toda aquela flexibilidade da análise de functions que existe no modelo internacional”. Alterações Outra justificativa do órgão é que mesmo se o país imple- mentasse o modelo da OCDE, não seria possível colocá-lo em prática devido ao fato de existirem poucos comparáveis nas regras de mercado. De acordo com o órgão, não haveria dados pú- blicos suficientes de empresas que permitissem uma compa- ração razoável de margens e preços de mercado. de preços de Trajetória de ideias Para chegar ao atual modelo da MP, foram praticamente dois anos de discussões com a Receita Federal sobre as alte- transferência rações. As iniciativas partiram de grupos como a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Amcham Brasil, que, a partir de discussões com os próprios contribuintes, leva- Visão geral ram até o grupo da Receita Federal o pleito para a alteração. “Na verdade, o pleito era até mais amplo e trazia alte- juros, para quem tiver pagando, e à mínima, para quem esti- rações mais interessantes do que a gente acabou tendo na ver recebendo os juros de pessoa vinculada”, observou Eliete. Os impactos sobre os custos e a margem versão final da MP 563. Inicialmente, havia uma ampla gama A diretora da KPMG também chamou atenção para o de lucro das empresas de assuntos e nessas discussões a Receita Federal já foi sina- fato de que a MP silencia sobre a situação dos mútuos que lizando aquelas alterações que ela iria aprovar e aquelas que já estão com os contratos em andamento. Será necessário de início ela já rejeitava”, afirmou Eliete. submeter os contratos anteriores às novas regras? O texto final da medida, que acabou privilegiando o as- “Nós acreditamos que o entendimento da Receita é de A Medida Provisória 563/2012, do Plano Brasil Maior, pecto fiscalizatório em detrimento de um modelo de incen- que sim. Independente da data do contrato, teremos que ganhou grande repercussão na mídia por prever a tivo econômico, não chegou a ser discutido com o grupo que fazer o teste para verificar se essa taxa está de acordo com desoneração da folha de pagamento de alguns fomentou a questão. “É difícil para o contribuinte que está a LIBOR mais o spread de 3%. Pode até ser que com a regu- setores industriais. No entanto, a matéria – que já obteve ali, lidando com as questões internacionais, compatibilizar as lamentação a gente tenha alguma flexibilização por parte da aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado e está regras brasileiras com a regra internacional, mas infelizmen- Receita Federal, mas, a princípio, teremos que pensar tam- prestes a ser convertida em lei – traz também outras im- te é esse o modelo com que nós vamos ter que conviver nos bém nos contratos em andamento”. portantes mudanças que irão impactar no dia a dia das em- próximos anos”. presas: as alterações nas regras de preços de transferência. A vigência das novas regras será a partir de janeiro de 2013, Métodos nas exportações A diretora de Tax e Transfer Price da KPMG, Eliete Ribei- ficando a critério do contribuinte adotá-las já para 2012. No tocante às regras para as exportações, a principal ro, e a sócia da área de Intenational Tax e Transfer Price da mudança foi a criação de um método de cotação específico companhia, Marienne Coutinho, explicaram o que mudou e Mudanças nos empréstimos para as empresas que operam com commodities, afetando o que permanece com a MP durante café da manhã organi- Antes da MP 563, somente estavam sujeitos às regras de diretamente as exportadoras brasileiras. zado pela Comissão de Tributos no dia 14 de agosto, na sede preço de transferência os empréstimos (mútuos) entre pes- De acordo com Eliete Ribeiro, as companhias exporta- do IBEF SP. soas vinculadas não registradas no Banco Central. De cara, doras que não trabalham com commodities ainda poderão Eliete Ribeiro explicou que as mudanças nas regras têm isso já tirava da aplicação da norma 99% dos empréstimos, comprovar os preços na exportação utilizando o método sido discutidas há bastante tempo com o intuito de que as al- já que a grande maioria possui registro no BC. CAP (que é o custo de aquisição ou de produção mais lucro terações nas normas locais possibilitassem uma maior apro- Pelas novas regras, independente do registro ou não no de 15%); o PVEX (Preço de Venda nas Exportações – que ximação com o modelo internacional da Organização para Banco Central, será preciso fazer o teste da taxa do con- compara o preço de exportação de vinculado com o preço a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). trato. A taxa continua a LIBOR (taxa de referência London de exportação para não vinculado) e o Preço de Venda por “A regra brasileira vem sofrendo muitas críticas ao longo de Interbank Offered Rate) para depósitos em dólares america- Atacado (PVA) e a Varejo (PVV), método que usa como todos esses anos, mas as tentativas de mover o modelo bra- nos pelo prazo de seis meses, acrescida de 3% anuais a título referência o preço no mercado de destino do bem. sileiro para o modelo da OCDE – que é o modelo utilizado de spread. Passou a ficar a critério do ministro da Fazenda Mas para as empresas que operam com commodities, os pela grande maioria dos países – têm sido frustradas porque reduzir o percentual do spread para os contratos, bem como métodos acima não se aplicam mais. Elas ficam obrigadas não existe uma vontade política”. restabelecê-lo, de acordo com as condições de mercado. a seguir o método de PECEX (Preço sob Cotação na Ex- Segundo a diretora, a justificativa da Receita Federal pa- “Com a nova regra, todos que estão fechando contratos de portação), que é utilizado como referência para o preço de Eliete Ribeiro (KPMG) ra não fazer mudanças radicais é que o modelo brasileiro empréstimos têm que estar atentos a essa taxa máxima de exportação o preço de Bolsa, internacional. 22 IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012 IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012 23
  • 2. Tributação Marienne Coutinho, sócia da área de Intenational Tax e tadora está atuando. A margem passa a ser de 20% para Transfer Price, explicou que antes da publicação da MP 563, todos, com a exceção de alguns setores: o pleito das exportadoras de commodities era que o preço de Margem de 40% para os setores: cotação da Bolsa fosse considerado como mais um método para a verificação de preços, adicionado às outras possibili- • Produtos farmoquímicos e farmacêuticos; dades já existentes. • Produtos do fumo; “No entanto, olha o que aconteceu. Aceitaram o preço • Equipamentos e instrumentos ópticos, fotográficos e ci- de Bolsa, mas as companhias ficaram impedidas de utilizar nematográficos; os outros métodos. Para quem lucrava em Bolsa, veio então • Comércio de máquinas, aparelhos e equipamentos para a discussão para saber qual é a Bolsa de referência, qual é o uso odonto-médico-hospitalar; dia, qual é o horário de cotação – o que não ficou resolvido. • Extração de petróleo e gás natural e produtos derivados E pra quem não lucrava com preço de Bolsa, eles fecharam do petróleo. Roberto Goldstajn (IBEF SP); Marienne Coutinho (KPMG); Bruno Lourenço (Hays Recruiting Experts) uma porta relevante para o planejamento tributário”, afir- Eliete Ribeiro (KPMG) e André A. Souza (Ernst & Young) (nova redação: § 12, II, do art. 18, da Lei nº 9.430/1996) mou Marienne. Além de gerar questionamentos sobre quais seriam as Margem de 30% para os setores: adotam o método PIC. “Há situações em que a empresa tem Bolsas e a cotação do dia consideradas como referência, a • Produtos químicos; uma série de dificuldades e o único método que se torna viável MP levantou outras dúvidas: como a regra seria aplicada • Vidros e de produtos do vidro; para a comparação é o PIC, que é aquela situação em que eu para as commodities que não possuem cotação? • Celulose, papel e produtos de papel; comparo o meu preço da importação de vinculada com o pre- Eliete Ribeiro explicou que com a aprovação do texto pela • Metalurgia. ço, por exemplo, da minha vinculada vendendo para um ter- Câmara dos Deputados, introduziu-se o parágrafo 5º, que (nova redação: § 12, I, do art. 18, da Lei nº 9.430/1996) ceiro no exterior, independentemente do mercado”, pontuou. prevê que na hipótese de não haver cotação para o bem ex- Com a nova redação da MP, as operações a serem utili- portado, poderão ser utilizadas como referência pesquisas Eliete disse que certamente algumas empresas ficarão zadas como comparáveis passam a ser aquelas relativas a de instituições internacionalmente reconhecidas (a serem em dúvida em relação a esse enquadramento. O código da compra e venda empreendidas pela própria interessada ou regulamentadas pela Receita Federal) e também os preços CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), por terceiros. definidos por agências e órgãos reguladores publicados no utilizado para identificar a atividade econômica para fins de “Então será viável comparar o meu preço de importação Diário Oficial da União. imposto de renda, pode ser útil nesse caso. Mesmo assim, com o preço de compra do mesmo produto de terceiros, que ainda podem surgir dúvidas. O que é certo é que alguns se- é a compra e venda empreendida pela própria interessada. Gabriela Martins Alterações nas importações tores deverão sair perdendo com a nova regra. E quem é a interessada? É a empresa brasileira, o contribuin- A diretora da KPMG afirmou que as regras para as im- “Por exemplo, o farmacêutico que importa medicamentos te. Não me parece a própria interessada seria a minha vincu- Roberto Goldstajn, coordenador da Comissão de Tribu- portações têm situação parecida em relação às commodi- para fim de revenda, que antes submetia à regra dos 20%, ago- lada no exterior. Então, a intenção da Receita foi fechar uma tos do IBEF SP, avalia que o debate sobre as alterações das ties, apesar de o efeito econômico ser menos abrangente, ra vem para 40%. Então alguns setores vão ter que fazer um porta para essa comparação, pois há uma certa dificuldade regras dos preços de transferência é de extrema relevância já que o Brasil exporta muito mais do que importa esse ensaio de como vai ficar a tributação em 2013. Pode ser que o de fiscalizar o preço lá fora”. para os executivos de finanças, pois tem impacto direto nos produtos. impacto seja bastante relevante”, ressaltou a palestrante. Ainda com relação ao PIC, a nova regra determina um custos das empresas. “É importante mostrar a repercussão “O que nós temos na importação é um espelho da opera- parâmetro para a amostragem dos preços. Quem utilizar o dessa nova regra para que as companhias possam se prepa- ção de exportação. Também foi criado um método especí- Custos para fins de importação PIC deve ter pelo menos 5% do valor das operações compa- rar. Infelizmente, constatamos que o texto final tem cunho fico: as empresas importadoras de commodities deverão se- Uma outra alteração importante da MP 563 é a inclusão ráveis como referência de preço de mercado. Outra mudan- mais fiscalizatório do que de desenvolvimento econômico”. guir os preços da Bolsa e também poderão usar as pesquisas do que se considera “custo” para fins de importação e para ça importante é que caso a empresa não encontre compará- As representantes da KPMG concordam que as mudan- realizadas por empresas reconhecidas internacionalmente fins de teste do preço de importação. Durante vários anos, veis no ano vigente, só poderá buscar esses comparáveis no ças consistem em um desafio para as empresas brasileiras. como referência de preço”. existiu uma discussão sobre se o que é submetido ao preço limite de até um ano anterior. “Eu acredito que os profissionais do setor têm feito sua Os demais métodos continuam em vigência para os se- de transferência na importação é apenas o preço FOB (Free parte em tentar sensibilizar a Receita em relação a várias tores restantes: PIC (Preço Independente Comparado), o on Board) ou é o preço FOB já acrescido de impostos, frete Alterações no método questões. Mas acredito que será uma luta isolada de cada PRL (Preço de Revenda menos Lucro – método que teve e seguro. Por fim, outra grande discussão existente é sobre até que empresa para buscar o seu direito”, finalizou Eliete. v as margens alteradas com a MP 563), e o CPL (Custo de A medida provisória define que o que deve ser submeti- momento o contribuinte poderá alterar o método pelo qual Produção mais Lucro). do ao preço de transferência é somente o preço FOB, sem optou na declaração do imposto de renda. Eliete Ribeiro dis- “Infelizmente, constatamos que o texto final tem cunho mais Na importação de commodities, o tópico que permite a com- acrescer outros custos, desde que o frete e o seguro não se que a alteração na DIPJ continua sendo possível dentro fiscalizatório do que de desenvolvimento econômico.” paração com o preço publicado em Diário Oficial não existe, sejam pagos para pessoas vinculadas. Os gastos aduaneiros do prazo de cinco anos. Roberto Goldstajn, coordenador da Comissão de Tributos do IBEF SP pois o governo não possui controle sobre essa referência. também não integram nenhum dos custos, reafirmando o O que mudou é que uma vez iniciado o processo de fisca- Com a MP, a destinação da importação também deixou que já era válido pela regra anterior. lização não será mais possível fazer a alteração, exceto se o “É difícil para o contribuinte que está ali, lidando com as ques- de ser relevante para fins da margem de lucro do PRL. Não método pelo qual a empresa optou for desconsiderado pela tões internacionais compatibilizar as regras brasileiras com a regra há mais diferença se a importação for realizada para pro- Novidades para o PIC fiscalização (no caso de provas insuficientes, por exemplo). internacional, mas é esse o modelo com que nós vamos ter que dução, revenda, acondicionamento ou embalagem. O que A consultora tributária destacou que as alterações devem O Fisco dará 30 dias para que o contribuinte apresente um conviver nos próximos anos.” passa a ser considerado é o setor no qual a empresa impor- afetar também um número grande de empresas que hoje novo cálculo. Eliete Ribeiro, diretora de Tax e Transfer Price da KPMG 24 IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012 IBEF NEWS ~ SETEMBRO/OUTUBRO 2012 25