SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 22
De Popper à Nova Heterodoxia
  Metodologia da Economia
        Mark Blaug
Seminário de Metodologia Científica
     26 de Outubro de 2012
Seções
•   Paradigmas de Kuhn;
•   Metodologia versus História;
•   Programas de Pesquisa Científica (PPC);
•   O Arnarquismo de Feyerabend;
•   De Volta aos Princípios Originais;
•   A Circunstância do Monismo Metodológico.
Paradigmas de Kuhn
• Kuhn rompe com o passado de visão
  adquirida, compatível com o falseabilismo
  popperiano.
• Tendência à imunização de teorias torna-se
  tema central de seu trabalho.
• Ciência Normal x Ciência Revolucionária.
  – Arcabouço teórico ortodoxo;
  – Refutações e anomalias.
Paradigmas de Kuhn
• Popper – Revolução Permanente.
• Kuhn - Longos períodos de Status Quo e saltos
  descontínuos entre paradigmas.
• Kuhn usa frequentemente o termo Paradigma:
  – 1ª Ed.: casos exemplares de façanhas que servem de
    modelo atual;
  – 2ª Ed.: admite imprecisão de termos e sugere a
    mudança para “Matriz Disciplinar”;
  – Independe do termo: são crenças, valores e técnicas
    compartilhadas por uma comunidade.
Paradigmas de Kuhn
• Fundamentos da argumentação:
  – Ciência normal possui um colegiado invisível, com
    opiniões relevantes;
  – Seu colapso é precedido de multiplicação de
    teorias e surgimento de controvérsia;
  – Solução já conhecida, porém ignorada;
  – Existe perda e ganho de conteúdo;
  – A mudança assume uma “Natureza Religiosa”
    (mudança de Gestalt – molde)
Paradigmas de Kuhn
• Refutações por Blaug:
   – Demora na aceitação dos modelos de sucesso: Copérnico,
     Newton e Einstein-Planck;
   – Não havia crise na biologia pré-darwiniana;
• Na 2ª Ed., Kuhn admite exagero retórico na descrição
  das revoluções:
   – Saltos de paradigma não implicam interrupção do debate
     científico;
   – O termo revolução é usado para enfatizar que os
     argumentos de um novo paradigma contém fatores não-
     racionais;
   – Diz que a teoria das revoluções não foi bem entendida,
     pois também se aplica a revoluções menores.
Paradigmas de Kuhn
• Períodos de desenvolvimento científico tem
  paradigmas “interpenetrantes e justapostos”.
  – Paradigmas não se substituem subitamente;
  – Novos paradigmas não surgem de maneira
    repentina;
  – Paradigmas emergem vitoriosos ao fim de um
    longo processo de competição intelectual.
• Estas concessões diminuem o impacto da
  mensagem original de Kuhn.
Paradigmas de Kuhn
• Permanecem:
  – Critérios normativos nas controvérsias científicas;
  – Escolha das abordagens concorrentes com base em
    fatores racionais, e não autoridade ou grupos.
• A obra de Kuhn é mais sociológica que
  metodológica:
  – Ao se comparar com Popper, reconhece a natureza
    sociológica de seu trabalho;
  – Popperianos reconhecem que há muito mais trabalho
    em ciência normal que em ciência extraordinária.
Metodologia versus História
• Enigma: escrever história da ciência “ como de
  fato ocorreu”
• Ciência “boa” e “ruim”
• Referência à história da ciência como uma
  justificação parcial de seus pontos de vista
  metodológicos
• Círculo vicioso
• Lakatos desenvolveu e elaborou a filosofia da
  ciência de Popper > converter círculo vicioso em
  círculo virtuoso
Programas de Pesquisa Cientifica
●   Metodologia agressiva de Popper X
    Metodologia defensiva Kuhn
●   Lakatos: Acomodação entre Popper e Kuhn
Programas de Pesquisa Cientifica
●   Lakatos nega que teorias individuais sejam as
    unidades apropriadas para se fazer avaliações
    cientificas.
●   PPC Progressivo e PPC degenerativo
●   Critério de delimitação
Programas de Pesquisa Cientifica
●   Componentes de um PPC:
     –   Partes rígidas e flexíveis;
     –   Núcleo Central e Cinto protetor.
●   Mudança para outro PPC
●   História interna e externa da ciência
●   Lakatos: Tolerância com PPCs emergentes
Anarquismo de Feyerabend
• As tendências de Lakatos em amenizar a
  agressividade do popperianismo são levadas
  adiante por outros críticos da visão adquirida de
  teorias: Hanson, Polanyi e Paul Feyerabend.
• Negam a distinção positivista entre contextos de
  descoberta e justificação.
  – Não desvinculam avaliações de validade ex-post do
    estudo da genese das teorias;
  – Rejeitam o programa popperiano de filosofia da
    ciência “a-histórica”
  – Enfatizam a capacidade de teste interpessoal.
Anarquismo de Feyerabend
• Teorias científicas devem ser avaliadas em termos
  de observações disponíveis a todos.
  – Torna-se obvio que essas observações alterarão as
    avaliações, consequência de “elemento evolucionário
    inevitável”.
• Persiste na nova visão a idéia que as observações
  empíricas são embasadas em teoria.
  – Aproximação de paradoxo de Popper:
     • Exige rigoroso teste de teorias;
     • Dizia que todas as observações são interpretações teóricas.
Anarquismo de Feyerabend
• Lição Lakatosiana sobre testes:
   – É uma luta em 3 frentes: uma factual e duas teorias rivais;
   – Observação da base teórica durante o progresso.
• 3 formas de fatos observados:
   – Fatos observados, numerosos, universalmente aceitos;
   – Fatos inferidos, considerados incontestáveis (ex.: átomos e
     genes);
   – Fatos hipotéticos, sujeita a interpretações (OVNI's, telepatia).
• Independência de Fatos e Teorias
• Aplicação de teorias falíveis aos fatos:
   – Como nos é negado o conhecimento verdadeiro, trata-se o
     mundo real com natureza teórica
Anarquismo de Feyerabend
• Com a perda de conteúdo em teorias sucessivas,
  não haverá condições de exercer uma escolha
  racional entre teorias conflitantes.
• 3 pontos de Feyerabend:
  – Não existem metodologias que não foram quebradas
    em algum ponto da história;
  – A justaposição real entre teorias rivais é muito
    pequena;
  – O progresso científico somente ocorreu, no passado,
    na ausência de limitações da filosofia da ciência.
Anarquismo de Feyerabend
• Único princípio que não inibe o progresso é
  “qualquer coisa vai”.
  – Se houver princípios metodológicos universais, eles
    deve ser vazios e indefinidos.
• É contra o “método” em geral, inclusive o seu.
• “O único valor de ordem maior é a liberdade, e
  não a ciência” – Paul Feyerabend.
• Blaug avalia que o livro de Feyerabend equivale
  substituir a Filosofia da Ciência pela Filosofia
  Hippie.
De Volta aos Princípios Originais

●   Questionamento sobre ceticismo, relativismo
    e voluntarismo de Feyerabend.
●   Filosofia de “Qualquer coisa vai”.
De Volta aos Princípios Originais

“A ciência, apesar de todas as falhas, é o único
sistema ideológico autoquestionador e
autocorregedor que o homem já inventou; a
despeito da inércia intelectual, do conservadorismo
incrustado, e a despeito das fileiras cerradas para
manter os heréticos em apuros, a comunidades
científica permanece leal ao ideal de competição
intelectual em que não permite outras armas a não
ser o argumento e a evidência” - BLAUG, Pág 84.
Monismo Metodológico
• Existe um método científico aplicável a todas
  as ciências, independentemente de seu
  campo de estudo ou a ciência social deve
  empregar uma lógica de investigação própria?
• Popper anuncia todas as ciências, teóricas ou
  gerais, devem usar o mesmo método, sejam
  ciências naturais ou ciências sociais.
• Popper: princípio do individualismo
  metodológico para as ciências sociais
Monismo Metodológico
•   Negação do dualismo metodológico.
•   Objeção nova e antiga a essa doutrina.
•   Objeções se harmonizam.
•   Derivação do individualismo metodológico a partir o
    individualismo ontológico.
•   Redução da macroeconomia a micro -> devastação.
•   Defesa do ind. Metodológico.
•   Reafirmação do monismo metodológico.
•   Divisão entre os métodos das ciências sociais e
    físicas.
Obrigado
• Grupo:
   – Rodrigo Barsotti
   – Renan Farias
   – Tiago Braga

• Bibliografia:
   – Blaug, Mark, 1927-
      A Metodologia da Economia, ou, Como os
   Economistas Explicam / Mark Blaug ; [tradução de
   Afonso Luiz Medeiros dos Santos Lima]. – 2. ed. Ver. –
   São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (19)

Popper e kuhn
Popper e kuhnPopper e kuhn
Popper e kuhn
 
Fichamento - Thomas Kuhn
Fichamento - Thomas KuhnFichamento - Thomas Kuhn
Fichamento - Thomas Kuhn
 
A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas KuhnA Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
A Teoria dos Paradigmas de Thomas Kuhn
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
Thomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigmaThomas kuhn e a noção de paradigma
Thomas kuhn e a noção de paradigma
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
 
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas KuhnObjetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
Objetividade e racionalidade na filosofia da ciência de Thomas Kuhn
 
Khun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TPKhun-exemplo etapa2 do TP
Khun-exemplo etapa2 do TP
 
Kuhn-11º N (2009)
Kuhn-11º N (2009)Kuhn-11º N (2009)
Kuhn-11º N (2009)
 
A Perspetiva de T. Kuhn
A Perspetiva de T. KuhnA Perspetiva de T. Kuhn
A Perspetiva de T. Kuhn
 
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciênciaMapa conceitual - Filosofia da ciência
Mapa conceitual - Filosofia da ciência
 
Khun, pop..
Khun, pop..Khun, pop..
Khun, pop..
 
Feyerabend
FeyerabendFeyerabend
Feyerabend
 
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficosCiência natural: os pressupostos filosóficos
Ciência natural: os pressupostos filosóficos
 
D34 es kuhn
D34 es kuhnD34 es kuhn
D34 es kuhn
 
Filosofia 2
Filosofia 2Filosofia 2
Filosofia 2
 
Contra o método resenha 3
Contra o método resenha 3Contra o método resenha 3
Contra o método resenha 3
 
As críticas a kuhn
As críticas a kuhnAs críticas a kuhn
As críticas a kuhn
 
As críticas a kuhn
As críticas a kuhnAs críticas a kuhn
As críticas a kuhn
 

Ähnlich wie De Popper à Nova Heterodoxia: Metodologia da Economia

Philosophy of science and science of philosophy
Philosophy of science and science of philosophyPhilosophy of science and science of philosophy
Philosophy of science and science of philosophyOsame Kinouchi
 
Aula O método nas Ciências Sociais
Aula O método nas Ciências SociaisAula O método nas Ciências Sociais
Aula O método nas Ciências SociaisLeonardo Kaplan
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfCarolinaMendesOlivei
 
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxCópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxmgn7bt9hhy
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científicoJoao Balbi
 
Pesquisa e apresentação em público
Pesquisa e apresentação em públicoPesquisa e apresentação em público
Pesquisa e apresentação em públicoReisla Dias
 
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária Fabiano Antunes
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasCarlos Jonathan Santos
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoFilipaFonseca
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxFlavioCandido8
 
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptobjectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptlgg2hb
 
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa Dias
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa DiasA evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa Dias
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa DiasClaudio da Costa Dias
 
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Jailson Alves
 
Síntese popper/ kuhn
Síntese popper/ kuhnSíntese popper/ kuhn
Síntese popper/ kuhnAnaKlein1
 
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º período
Trabalho de epistemologia marta kerr   2º períodoTrabalho de epistemologia marta kerr   2º período
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º períodoRita Gonçalves
 
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaReflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaCilmara Cristina Dos Santos
 

Ähnlich wie De Popper à Nova Heterodoxia: Metodologia da Economia (20)

Philosophy of science and science of philosophy
Philosophy of science and science of philosophyPhilosophy of science and science of philosophy
Philosophy of science and science of philosophy
 
Aula O método nas Ciências Sociais
Aula O método nas Ciências SociaisAula O método nas Ciências Sociais
Aula O método nas Ciências Sociais
 
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdfevolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
evolucao-da-ciencia-comparacao-de-thomas-kuhn-e-karl-popper-filosofia-11-ano.pdf
 
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptxCópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
Cópia de Thomas Kuhn - 11ºAno.pptx
 
16 o método científico
16 o método científico16 o método científico
16 o método científico
 
Pesquisa e apresentação em público
Pesquisa e apresentação em públicoPesquisa e apresentação em público
Pesquisa e apresentação em público
 
Feyerabend
FeyerabendFeyerabend
Feyerabend
 
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária
Filosofia e ensino de ciências: uma convergência necessária
 
A ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordináriaA ciência normal e a extraordinária
A ciência normal e a extraordinária
 
A estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicasA estrutura das revoluções científicas
A estrutura das revoluções científicas
 
Karl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º anoKarl popper - Filosofia 11º ano
Karl popper - Filosofia 11º ano
 
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptxAULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
AULA 08 - 3 SÉRIE - KARL POPPER E O CRITÉRIO DE REFUTABILIDADE I.pptx
 
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.pptobjectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
objectividadecientficaeracionalidadecientfica-110301030123-phpapp01.ppt
 
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa Dias
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa DiasA evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa Dias
A evolução das ideias científicas (aula) - Cláudio da Costa Dias
 
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
Por que se pode dizer que são relativistas as propostas filosóficas de thomas...
 
Síntese popper/ kuhn
Síntese popper/ kuhnSíntese popper/ kuhn
Síntese popper/ kuhn
 
Teologia ciência ou metafísica?
Teologia ciência ou metafísica?Teologia ciência ou metafísica?
Teologia ciência ou metafísica?
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º período
Trabalho de epistemologia marta kerr   2º períodoTrabalho de epistemologia marta kerr   2º período
Trabalho de epistemologia marta kerr 2º período
 
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciênciaReflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
Reflexões em torno das novas retóricas sobre a ciência
 

Kürzlich hochgeladen

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 

Kürzlich hochgeladen (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 

De Popper à Nova Heterodoxia: Metodologia da Economia

  • 1. De Popper à Nova Heterodoxia Metodologia da Economia Mark Blaug Seminário de Metodologia Científica 26 de Outubro de 2012
  • 2. Seções • Paradigmas de Kuhn; • Metodologia versus História; • Programas de Pesquisa Científica (PPC); • O Arnarquismo de Feyerabend; • De Volta aos Princípios Originais; • A Circunstância do Monismo Metodológico.
  • 3. Paradigmas de Kuhn • Kuhn rompe com o passado de visão adquirida, compatível com o falseabilismo popperiano. • Tendência à imunização de teorias torna-se tema central de seu trabalho. • Ciência Normal x Ciência Revolucionária. – Arcabouço teórico ortodoxo; – Refutações e anomalias.
  • 4. Paradigmas de Kuhn • Popper – Revolução Permanente. • Kuhn - Longos períodos de Status Quo e saltos descontínuos entre paradigmas. • Kuhn usa frequentemente o termo Paradigma: – 1ª Ed.: casos exemplares de façanhas que servem de modelo atual; – 2ª Ed.: admite imprecisão de termos e sugere a mudança para “Matriz Disciplinar”; – Independe do termo: são crenças, valores e técnicas compartilhadas por uma comunidade.
  • 5. Paradigmas de Kuhn • Fundamentos da argumentação: – Ciência normal possui um colegiado invisível, com opiniões relevantes; – Seu colapso é precedido de multiplicação de teorias e surgimento de controvérsia; – Solução já conhecida, porém ignorada; – Existe perda e ganho de conteúdo; – A mudança assume uma “Natureza Religiosa” (mudança de Gestalt – molde)
  • 6. Paradigmas de Kuhn • Refutações por Blaug: – Demora na aceitação dos modelos de sucesso: Copérnico, Newton e Einstein-Planck; – Não havia crise na biologia pré-darwiniana; • Na 2ª Ed., Kuhn admite exagero retórico na descrição das revoluções: – Saltos de paradigma não implicam interrupção do debate científico; – O termo revolução é usado para enfatizar que os argumentos de um novo paradigma contém fatores não- racionais; – Diz que a teoria das revoluções não foi bem entendida, pois também se aplica a revoluções menores.
  • 7. Paradigmas de Kuhn • Períodos de desenvolvimento científico tem paradigmas “interpenetrantes e justapostos”. – Paradigmas não se substituem subitamente; – Novos paradigmas não surgem de maneira repentina; – Paradigmas emergem vitoriosos ao fim de um longo processo de competição intelectual. • Estas concessões diminuem o impacto da mensagem original de Kuhn.
  • 8. Paradigmas de Kuhn • Permanecem: – Critérios normativos nas controvérsias científicas; – Escolha das abordagens concorrentes com base em fatores racionais, e não autoridade ou grupos. • A obra de Kuhn é mais sociológica que metodológica: – Ao se comparar com Popper, reconhece a natureza sociológica de seu trabalho; – Popperianos reconhecem que há muito mais trabalho em ciência normal que em ciência extraordinária.
  • 9. Metodologia versus História • Enigma: escrever história da ciência “ como de fato ocorreu” • Ciência “boa” e “ruim” • Referência à história da ciência como uma justificação parcial de seus pontos de vista metodológicos • Círculo vicioso • Lakatos desenvolveu e elaborou a filosofia da ciência de Popper > converter círculo vicioso em círculo virtuoso
  • 10. Programas de Pesquisa Cientifica ● Metodologia agressiva de Popper X Metodologia defensiva Kuhn ● Lakatos: Acomodação entre Popper e Kuhn
  • 11. Programas de Pesquisa Cientifica ● Lakatos nega que teorias individuais sejam as unidades apropriadas para se fazer avaliações cientificas. ● PPC Progressivo e PPC degenerativo ● Critério de delimitação
  • 12. Programas de Pesquisa Cientifica ● Componentes de um PPC: – Partes rígidas e flexíveis; – Núcleo Central e Cinto protetor. ● Mudança para outro PPC ● História interna e externa da ciência ● Lakatos: Tolerância com PPCs emergentes
  • 13. Anarquismo de Feyerabend • As tendências de Lakatos em amenizar a agressividade do popperianismo são levadas adiante por outros críticos da visão adquirida de teorias: Hanson, Polanyi e Paul Feyerabend. • Negam a distinção positivista entre contextos de descoberta e justificação. – Não desvinculam avaliações de validade ex-post do estudo da genese das teorias; – Rejeitam o programa popperiano de filosofia da ciência “a-histórica” – Enfatizam a capacidade de teste interpessoal.
  • 14. Anarquismo de Feyerabend • Teorias científicas devem ser avaliadas em termos de observações disponíveis a todos. – Torna-se obvio que essas observações alterarão as avaliações, consequência de “elemento evolucionário inevitável”. • Persiste na nova visão a idéia que as observações empíricas são embasadas em teoria. – Aproximação de paradoxo de Popper: • Exige rigoroso teste de teorias; • Dizia que todas as observações são interpretações teóricas.
  • 15. Anarquismo de Feyerabend • Lição Lakatosiana sobre testes: – É uma luta em 3 frentes: uma factual e duas teorias rivais; – Observação da base teórica durante o progresso. • 3 formas de fatos observados: – Fatos observados, numerosos, universalmente aceitos; – Fatos inferidos, considerados incontestáveis (ex.: átomos e genes); – Fatos hipotéticos, sujeita a interpretações (OVNI's, telepatia). • Independência de Fatos e Teorias • Aplicação de teorias falíveis aos fatos: – Como nos é negado o conhecimento verdadeiro, trata-se o mundo real com natureza teórica
  • 16. Anarquismo de Feyerabend • Com a perda de conteúdo em teorias sucessivas, não haverá condições de exercer uma escolha racional entre teorias conflitantes. • 3 pontos de Feyerabend: – Não existem metodologias que não foram quebradas em algum ponto da história; – A justaposição real entre teorias rivais é muito pequena; – O progresso científico somente ocorreu, no passado, na ausência de limitações da filosofia da ciência.
  • 17. Anarquismo de Feyerabend • Único princípio que não inibe o progresso é “qualquer coisa vai”. – Se houver princípios metodológicos universais, eles deve ser vazios e indefinidos. • É contra o “método” em geral, inclusive o seu. • “O único valor de ordem maior é a liberdade, e não a ciência” – Paul Feyerabend. • Blaug avalia que o livro de Feyerabend equivale substituir a Filosofia da Ciência pela Filosofia Hippie.
  • 18. De Volta aos Princípios Originais ● Questionamento sobre ceticismo, relativismo e voluntarismo de Feyerabend. ● Filosofia de “Qualquer coisa vai”.
  • 19. De Volta aos Princípios Originais “A ciência, apesar de todas as falhas, é o único sistema ideológico autoquestionador e autocorregedor que o homem já inventou; a despeito da inércia intelectual, do conservadorismo incrustado, e a despeito das fileiras cerradas para manter os heréticos em apuros, a comunidades científica permanece leal ao ideal de competição intelectual em que não permite outras armas a não ser o argumento e a evidência” - BLAUG, Pág 84.
  • 20. Monismo Metodológico • Existe um método científico aplicável a todas as ciências, independentemente de seu campo de estudo ou a ciência social deve empregar uma lógica de investigação própria? • Popper anuncia todas as ciências, teóricas ou gerais, devem usar o mesmo método, sejam ciências naturais ou ciências sociais. • Popper: princípio do individualismo metodológico para as ciências sociais
  • 21. Monismo Metodológico • Negação do dualismo metodológico. • Objeção nova e antiga a essa doutrina. • Objeções se harmonizam. • Derivação do individualismo metodológico a partir o individualismo ontológico. • Redução da macroeconomia a micro -> devastação. • Defesa do ind. Metodológico. • Reafirmação do monismo metodológico. • Divisão entre os métodos das ciências sociais e físicas.
  • 22. Obrigado • Grupo: – Rodrigo Barsotti – Renan Farias – Tiago Braga • Bibliografia: – Blaug, Mark, 1927- A Metodologia da Economia, ou, Como os Economistas Explicam / Mark Blaug ; [tradução de Afonso Luiz Medeiros dos Santos Lima]. – 2. ed. Ver. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.