Rui Infante candidatou-se pelo PCTP/MRPP para lutar contra o acordo com a "troika" e o aumento do desemprego e da miséria. Suas prioridades incluem mobilizar o eleitorado contra as medidas de austeridade e promover um plano de desenvolvimento econômico para a região baseado nos recursos naturais e humanos disponíveis. A campanha do partido será baseada em debates e esclarecimento junto às populações para mostrar que há alternativas às políticas de austeridade.
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Entrevista com Rui Infante sobre prioridades da candidatura do PCTP/MRPP em Castelo Branco
1. ENTREVISTA COM RUI INFANTE
CABEÇA-DE-LISTA DO PCTP/MRPP
PELO CÍRCULO ELEITORAL DE CASTELO BRANCO
O que o levou a candidatar-se pelo PCTP/MRPP nestas
eleições?
O PCTP/MRPP é um partido pequeno mas que oferece plena
garantia de tudo fazer pelos interesses da população trabalhadora.
Estas eleições têm de ser a ocasião de o povo português e o
eleitorado popular do distrito de Castelo Branco manifestar a sua
revolta e o seu desejo de mudança. Sou particularmente sensível à
palavra-de-ordem de que “não pagamos a dívida que não é
nossa!”. A luta contra o FMI, contra a “troika” e contra o acordo
de traição nacional subscrito pelo PS, pelo PSD e pelo CDS é um
dever patriótico de toda a população trabalhadora. É no
PCTP/MRPP que se podem encontrar as posições mais firmes e
consequentes nesta situação tão grave em que o país se encontra.
Por isso aceitei encabeçar a sua candidatura.
2. Quais são as prioridades da sua candidatura?
Queremos contribuir com a nossa campanha para um aumento
substancial da votação do PCTP/MRPP a nível nacional e para
impor uma derrota eleitoral ao PS e ao PSD, através de uma
descida acentuada da votação nesses dois partidos. Queremos
mobilizar o eleitorado do distrito de Castelo Branco para lutar
contra o acordo com a “troika” e contra o aumento do
desemprego, da fome e da miséria para o povo que ele representa.
Defendemos também para o distrito de Castelo Branco uma
política de desenvolvimento económico que tire partido dos
recursos naturais, humanos e tecnológicos de que dispomos. Em
lugar de liquidar empregos, baixar salários e aumentar impostos
sobre quem menos tem, é necessário criar empregos, valorizar o
trabalho e ir buscar mais impostos à banca e às grandes fortunas.
Na nossa campanha defendemos a prioridade da produção
agrícola e agro-industrial no distrito. As condições de que
dispomos para criar novas indústrias com elevada capacidade
tecnológica devem ser aproveitadas. É preciso que as instituições
de ensino superior do distrito cumpram plenamente o seu papel de
alavancas de desenvolvimento e de criação científica, tecnológica
e cultural. É necessário também impedir a aplicação de portagens
na A23, pois elas liquidarão muitas pequenas e médias empresas e
representarão um peso incomportável para os que precisam de se
deslocar diariamente para os seus empregos.
Como vai decorrer a campanha eleitoral do
PCTP/MRPP no distrito?
Basearemos a nossa campanha em acções de inquérito, de debate
e de esclarecimento junto das populações. Os nossos meios são
escassos mas temos a força das nossas ideias e das nossas
convicções. Procuraremos mostrar a importância de que todos
participem neste acto eleitoral, recusando a chantagem da “troika”
e dos partidos que pretendem impor mais sacrifícios e
desemprego, como se não houvesse alternativas. Apelaremos com
firmeza ao voto no PCTP/MRPP, a esquerda que não se vende e
3. que não capitula. Defendemos um programa democrático e
patriótico de desenvolvimento do país e do distrito e queremos
demonstrar que ele pode ser aplicado.