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1a. AULA

CURSO HISTÓRIA DA ARTEErro! Indicador não definido.



PRÉ HISTÓRIA

A arte nasceu com o homem e deu-lhe a consciência de sua capacidade criadora, a
possibilidade de imaginar.
É muito importante lembrar que a arte revela o ser, independente de cor, religião, locais
geográficos, independente de qualquer coisa.
Se a arte não revela o ser ela não será arte. A arte é comunicação.
Esse sistema de comunicação é sempre ligado a um processo histórico. A arte pressupõe
um público. Mesmo que ela não seja feita para o público sempre haverá um que irá olhar.
A arte é emissora e receptora, ela emite e recebe ao mesmo tempo.
Na pré-história, o homem se tornou artista há 400 séculos ou 40.000 anos. Esse homem
apareceu na fase da Pedra Lascada, em um período chamado PALEOLÍTICO
(Paleo=Velho, Litico=Pedra).
Esses homens tinham uma sensibilidade criadora incrível, habilidade e inteligência para a
arte quase como os homens de hoje.
Homens da pedra-lascada, homens primitivos, homens das cavernas tem o mesmo
significado.
Ha 4 milhões de anos antes dos homens paleolíticos já existia homem na terra quase
como macaco. Dessa época não temos nenhum registro.
Não sabemos o que eles fizeram, apenas que eles sobreviveram.
De arte só sabemos a partir de 400 séculos atrás.
Nesses 2 últimos milhões dos 4 milhões de anos agente já sabe que o homem se utilizava
de pedras e de paus.
O homem, com certeza, desde 4 milhões de anos atrás já usava um instrumento, porque o
macaco como exemplo pega uma planta ou uma pedra para jogar em outro macaco. Então
tudo isso o homem já devia usar. Só que transformar pedras em utensílios levou séculos.
Primeiro ele pensou o que fazia com os seixos (pedras lascadas) ou com gravetos. A partir
dai ele vai associar forma à função, criando assim o utensílio. A madeira por não ser
resistente não durou para que pudéssemos ter como prova mas, os objetos de pedra
permanecem até hoje. Esse objetos pessoais foram se aperfeiçoando. Com o
aperfeiçoamento desses objetos iremos entrar no Paleolítico, época da pedra lascada.
O mundo era totalmente diferente, os homens viviam em cavernas, a temperatura era
baixa, sempre no gelo. Viviam em regiões que correspondem hoje a França, Espanha,
Inglaterra, Alpes, Síria, Palestina, Norte da África, em plena Ásia, no Himalaia.
Viviam em grupos bem grandes para se protegerem. A caça era abundante nessas
regiões. Apesar de se chamarem homens das cavernas, eles pouco habitavam nelas.
Ficavam muito mais do lado de fora, por serem sufocantes, malcheirosas, sem luz,e feias.
Do lado de fora eles podiam ver a mudança do dia e noite, o que achavam fantástico e
completamente inexplicável para eles.

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As cavernas eram mais usadas como abrigos das intempéries do que como moradas.
Esses homens são chamados de primitivos, não por serem mais simples do que nós,
porque eles foram os primeiros do local mais próximo de onde começou a humanidade. O
processo de pensamento deles era muito complicado, muito complexo.
Existem milhares de pinturas rupestres (como são chamadas as pinturas das cavernas).
Mesmo hoje vai ser chamada de “pintura rupestre” aquela pintura feita em tons crus,
marrons, ocres.
As mais importantes cavernas citadas na História da Arte são:
Altamira na Espanha e Lascaux na França.
São cavernas lotadas de pinturas rupestres.
Antes do homem pintar os mamutes, bisontes, ele passava o dedo no pó da caverna e
este nas paredes. Séculos depois ele vai pegar um osso e soprar o pó sobre sua mão na
parede da caverna deixando a marca do contorno de sua mão nela.
Depois começaram a pintar os animais sempre no fundo da caverna, em locais inóspitos,
bem escondidos. Pintavam mamutes, bisontes (era como avô do elefante ou do boi).
Esses locais eram bem inacessíveis e provavelmente subiam um em cima do outro para
alcançarem.
Foram descobertos vestígios de luz artificial, tochas recobertas de gordura animal, para
poder iluminar o fundo da caverna. A explicação disso tudo é “a magia propiciatória”.
O homem era monista, quer dizer, o mundo para eles era uma realidade só e única. Não
separavam o visível do invisível.
Não sabiam a diferença do mundo material do espiritual. Ele pintava o que via. Não sabia a
diferença do real para o irreal. A magia propiciatória era o pintar e o matar o animal através
do desenho, como se fosse uma mágica, não distinguindo o real do irreal. Essa pintura vai
ser uma “pintura realística e figurativa” porque ele vai pintar tal qual ele vê. É a primeira vez
que existe um estilo na história da arte.
O homem pré-histórico desenhou muito bem os animais. Ele não desenhou nunca homens
porque ele não queria matar outro homem dessa forma, do mesmo jeito que não pintava a
flora. Ele precisava do outro homem para preencher aquela imensidão do mundo que
estava totalmente vazia. Se ele tivesse um poder sobre outro homem isso iria causar muito
medo. Ele precisava do animal para sobreviver e não do homem. Se ele não matasse o
animal, ele morria. O animal dava a carne para ele se alimentar, a pele para ele se vestir,e
os ossos para ele usar.
O domínio técnico dos homens da caverna é surpreendente. Primeiro utilizou o dedo como
pincel, depois o pincel bem rudimentar feito de pêlos e penas de animais. As cores
empregadas eram ocre, vermelho, sépia. Essas cores eram devido aos materiais
orgânicos de que eram feitas como: fibras, sangue, sementes, ossos carbonizados, carvão
vegetal (que usamos até hoje). Não existia requinte por não haver intenção de fazer arte,
decorar. O padrão de qualidade não difere do nosso hoje. É tão bom quanto os de hoje. O
que difere são as idéias. Não iríamos pintar hoje com a finalidade de fazer magia
propiciatória.

A história da arte não é uma história de progressos de técnicas. É uma história de artistas,
de pessoas em mutações, com criações, idéias (conteúdo e formas, mas mais de
conteúdo), e não de técnicas.

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Você pode ter muita técnica mas se não tiver uma concepção artística dificilmente fará
alguma coisa.

As ferramentas rudimentares que usaram foram feitas com a mão.
A caverna de Lascaux foi descoberta em 1940, há pouco tempo, e é chamada a catedral
das cavernas. Tem dezenas de representações de animais como: cavalos, vacas,
bisontes, mamutes, touros pintados de tamanho natural e de corpo inteiro. Tem uma
ordem entre as figuras que parecem um código de composição.
Altamira, na Espanha, tem 2 metros de altura, 18 metros de comprimento e 9 metros de
largura. Foi descoberta em 1879, ao acaso, quando um pai fazendo um picnic com sua
filha, essa descobre um buraco que a leva a outras salas com muitos desenhos. Ela corre
para avisar o pai e esse chama os peritos para estudar a caverna.
Se não fossem os terremotos e os deslocamentos de terra que tamparam essas cavernas,
não saberíamos nada sobre esses “museus do mundo”.
E, como as tintas foram feitas com materiais orgânicos, elas permaneceram até hoje.
Nas cavernas do período paleolítico foram descobertas algumas simbologias inexplicáveis
como o “quadrado”, que não existe na natureza.
Obs. O auge do abstracionismo é fazer quadrado, porque não existe na natureza.
Os cientistas não gostam de que sejam fotografados esses desenhos. Eles acham que
podem ser desenhos referentes a extra-terrestres. É um estudo muito sério e não se sabe
a realidade. É através do carbono 14 que se constata tudo da época pré-histórica,
paleolítica.

A arte é realmente a expressão de uma época. O pré-histórico da era paleolítica fez
esculturas de figuras femininas em pedra, mulheres de seios enormes, ventre saltado e
nádegas enormes, que seria a representação de mulheres grávidas, como “deusas da
fertilidade”. É a conquista do pré-histórico de sua capacidade de representar as três
dimensões. Outras formas de arte são as gravuras. Eles fazem incisões nas cavernas
aproveitando os relevos para dar volume nos desenhos. Os retângulos, triângulos,
quadrados, não se sabe como eles tinham conhecimento dessas formas. Nunca ele
fizeram representação escultórica de macho, só da fêmea. Deve ser por causa da
fertilidade.

Começa o período neolítico, na pedra-polida, 8000 anos depois (dos 40.000). A
temperatura era mais amena. Os homens abandonaram a vida nômade, porque com a
temperatura amena podiam ficar mais tempo no mesmo local. Na época do paleolítico
ficavam pouco tempo na caverna, pois esta começava a deteriorar, entrar água, amontoar
um monte de ossos, sem deixar espaço para andar. Eles então largavam tudo lá e
escolhiam outro lugar.
Com o tempo mais estável eles passam a ter uma vida sedentária. O homem neolítico
consegue o controle sobre a sua alimentação. Começa a plantar, a cultivar e se organizar
socialmente formando aldeias. Nessas aldeias não tinha chefe, nem rei por não haver
ainda uma hierarquia.
A arte passa a ser feita do lado de fora na entrada das cavernas com o objetivo de serem
vistas. Vai surgir as primeiras figuras masculinas. O homem será representado mais forte e
mais alto do que a mulher. Não é mais uma magia propiciatória. A arte é feita pela arte.
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Pintam do lado de fora mostrando os atos da vida coletiva deles, como uma forma de
leitura de suas vidas. Eram pinturas sobre a caça, como eles pintavam, etc. Assim vão
documentar para as vidas futuras o que a sua comunidade fazia. Eles também começaram
a dançar e a cantar.


O cantar era um ajuntamento de sons para cultivar os trabalhos coletivos do plantio e da
colheita. Eles percebem que se derem as mãos e saírem cantando a colheita iria ser muito
mais interessante. É a primeira mudança de estilo na história da arte. O homem passa de
figurativo realista para a pintura geométrica. Tudo é geometrizado e certinho. Vai pintar de
uma forma muito esquematizada e muito pior que o homem paleolítico.
A arte neolítica dá um passo atrás pintando da mesma forma que a criança pinta hoje.
As suas preocupações são outras. Passa a ser um ser social.
Vai acontecer uma revolução social, artística econômica e política.
Uma das coisas muito interessantes do homem pré histórico é quando ele toma
consciência da dependência que vivia do bem e do mal.
Ele percebe que tem uma coisa que domina e toma conta dele, que é a natureza. Ele
percebe que a colheita não depende dele, mas de alguma coisa além dele. Ele pode
cultivar e, de repente, não ter essa colheita por causa de uma chuva de granizo ou de uma
tempestade. Ele percebe que quem rege o destino do solo é a natureza. Ele tem a
concepção que existe um ser, benéfico ou maléfico, alguma a coisa a mais que é dono de
tudo isso e que precisa tomar cuidado. A partir da consciência desse ser vai surgir a
necessidade da crença e do culto. Começa então a surgir a religião para protegê-lo, ajudá-
lo. Vão surgir também mitos, símbolos sagrados, cerimônias fúnebres, sepultamento. Vai
aparecer tudo. Vão aparecer as primeiras esculturas dos “deuses”. Ex.: “deus da colheita”

Não tinha ainda a definição de uma mulher para um homem. O sexo era um ato animal, e
feito na posição (por trás) como os animais. Eram muito primitivos.
Acha-se que a primeira plantação foi feita na região Mesopotâmica indo depois para o
resto da Europa.
Eles cultivavam trigo, cevada, ervilhas, lentilhas, papoulas, linho, maçãs, uvas, cenouras e
nozes. Com certeza esse cultivo começou no oriente médio por causa do clima muito seco.
O primeiro animal domesticado pelo homem foi o cão. Ele auxiliava na caça, era fiel,
amigo. Depois domesticou o boi, o porco e a cabra que abastecia de carne, leite e fibra
para tecido.
A última animal a ser domesticado foi o cavalo porque eles se alimentavam dele.
O cavalo como besta de carga só vai aparecer na idade do bronze e como montaria só no
final da idade do bronze quase na Idade Média.
Uma das atividades artísticas mais importantes do neolítico é a cerâmica.
A cerâmica era super importante porque utilizavam-na para tudo. Ex.: prato. Vai existir a
cerâmica crua e cozida. A cerâmica cozida era feita mais no período neolítico.
Eles guardavam as coisas nas cerâmicas porque elas conservam a quentura. Depois da
cerâmica é que vai surgir a madeira.
Eles faziam para dormir uma grande cama de cerâmica em formato de barco para segurar
o calor. Restaram apenas pedaços dessas peças e muitos desenhos desse período
neolítico documentando isso tudo. No período neolítico é que o homem podia ter quantas
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mulheres quisesse e a mulher não. A mulher só poderia ter outro homem quando o dela
morria. A mulher fica em casa cozinhando, tecendo e fazendo tarefas domésticas. O
homem sai para o campo para caçar e fazer a plantação. Na hora de colher a colheita a
mulher e os filhos participavam. O homem não cozinhava. O único homem que cozinhava
era o mágico da tribo para ele fazer rituais. Não vai cozinhar comida. Eles achavam que se
o homem cozinhasse a comida seria uma comida envenenada.
Durante séculos o homem vai ser proibido de cozinhar. Somente depois na Idade Média é
que o homem vai aparecer cozinhando. Os grandes cozinheiros vão ser na época de Luís
XIV, no Barroco.
Eles passam a cozinhar a carne, não comendo mais carne crua e vão usar sal pela
primeira vez.
A idade do Bronze também foi descoberta por acaso, quando estavam fazendo uma
fogueira em um acampamento quando, de repente, derreteram uma pedra que tinha cobre
e estanho. Esses minérios derretidos formaram o bronze que quando esfriava endurecia
rapidamente. Essa liga possibilitou modelar uma infinidade de coisas. Os utensílios ficaram
bem melhores. No final da idade do bronze já não é mais considerado pré história. É
quando eles fazem rodas, carros, etc. Uma grande descoberta sempre leva a outra grande
descoberta. E, para finalizar, a Idade do bronze foi muito pobre artisticamente.
A preocupação do homem na idade do bronze era em cima das descobertas técnicas, e
utilitárias para a época, mais do que com a beleza.
Obs. Vários pintores do século XX vão trabalhar em cima da história da arte primitiva, é o
caso de Picasso.




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2a. AULA


COMENTÁRIOS SOBRE:

EDD MORROW - Arte Pop . Faz silkscreen, litogravuras, serigrafias, gravuras, pinturas
ARCIMBOLDO - surrealista da época do renascimento
RUBENS
MOMA DE NEW YORK
EDWARD HOLPER

APRESENTAÇÃO DE SLIDES:
        Bisonte de tamanho natural. Observar as cores, 40.000 anos atrás. Magia
propiciatória - como se tivesse se apropriando do animal, castrando-o.
Faziam sempre o animal de perfil. O chifres são de frente pois não sabiam fazer de
perfil.
        Figura mosqueada (pegavam pedaço de couro, queimavam e faziam manchas
com a gordura). Isso já mostrava uma técnica diferenciada.
        Animal ferido com uma flecha no meio. Foi aproveitado incisões da parede da
caverna para fazer os músculos.
        Desenho da mão marcada soprando o pó através de um ossinho.
        Desenho de uma forquilha.
        Figura mosqueada.
        Escultura da deusa da fertilidade, com os seios e a barriga grandes.
        Figura da Idade do bronze. Repetiram o que os outros tinham feito. A única
coisa importante foi a descoberta do bronze.
        “Capacete”.
        Pintura feita no Himalaia e que contém muita coisa que não sabemos o que
significa. Ainda pertence ao período da pedra lascada, época paleolítica. Aparecem
caracteres que são parecidos com letras.
        Figura achada nos Alpes Suíços.
        Idade do bronze. Cavalo feito em cobre revestido de ouro.
        Neolítico. Primeira mudança da história da arte. Vão pintar fora da caverna, o
homem, os animais desproporcionais, o que está acontecendo na vida dele.
        Figura que Picasso vai introduzir no cubismo, da época paleolítica, um animal
que vai transformar em figura humana.
Cores usadas: preto, ocre, vermelho e laranja. Cores quentes e não frias.




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MESOPOTÂMIA


MESOPOTÂMIA: quer dizer em grego região entre os rios Tigre e Eufrates. Situada no
Oriente Antigo. Foi tão importante quanto o Egito.
Quando as civilizações européias ainda estavam na pedra polida, a Mesopotâmia já era
uma civilização. Até a metade do século XIX pouco se sabia da Mesopotâmia. Tudo o
que sabíamos sobre a Mesopotâmia era através da Bíblia.
Em 1927 os arqueólogos, depois de muita procura, acharam a cidade de “Hur” que
começou 5000 A.C..Tinham tesouros soberbos como os dos egípcios. A Mesopotâmia
foi uma civilização fantástica como a Egípcia, só que eles não faziam como os egípcios
que trabalhavam em pedras, eles trabalhavam com adornos (que são tijolos pequenos
de terra). Faziam tijolos pequenos um a um à mão, colocavam para secar e depois
construíam palácios, sepulturas, etc.
Com o passar do tempo essas construções não resistiram às mudanças e nada restou.
Os rios Tigre e Eufrades inundaram toda a Mesopotâmia. Foi o dilúvio que a Bíblia
comenta. Era como se tivesse acabado o mundo. Aparece Noé com seu barco e os
animais para se salvar do dilúvio.
A arte Egípcia teve poucas variações, enquanto a arte da Mesopotâmia teve muitas.
Eles eram muitos povos como: caldeus, assírios, babilônios, fenícios, etc. Todos tinham
uma forma muito diferenciada de falar, pintar, escrever, etc. O Museu do Louvre está
lotado sobre as peças da cultura Mesopotâmica.
Os arqueólogos descobriram vários montes chamados tells (téus) e que tinham lá no
fundo tinham a civilização. Em 1927 eles escavaram os montes e descobriram as
cidades da Mesopotâmia.
Entre os muitos povos que faziam parte da Mesopotâmia, os Sumerianos foram os
primeiros a dominá-la. As cidades eram independentes umas das outras, somente a
força da religião era que unia todas elas. O culto aos deuses era muito forte. A religião
era magia, tinha força de lei. Os templos para os sacerdotes era a construção mais bem
organizada.
Existia uma cidade chamada Uruqui, dos sumerianos, na Mesopotâmia. Nessa cidade
tinha um templo fantástico todo branco, lindíssimo. No interior tinha tijolos bem
pequenos e coloridos, surgindo aí a técnica dos mosaicos. Isso ocorre 5.000 A.C.. O
sumeriano é o protótipo mais antigo das construções de dentro de casa.
Durante 3.000 anos, ou seja até 2.000 A.C., todos os povos da Mesopotâmia fizeram as
construções assim. Esse templo enorme que era equivalente a um prédio de 20
andares. Foi o local onde todos os povos como sumerianos, fenícios, etc, foram
convidados para construir esse templo imenso.
Os templos da Mesopotâmia que tinham esse formato chamavam-se Zigurat.
Havia, no interior do Zigurat, os mosaicos. Tinha também só uma porta com uma
escadaria que conduzia o povo a subir para rezar lá em cima, do lado de fora, onde
estaria mais próximo de “deus”. Todos, escravos e não escravos, ajudaram na
construção.
Cada povo falava uma língua. Foi chamada de “TORRE de BABEL”, ninguém se
entendia.



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A invenção da escrita aparece na Mesopotâmia em +/- 3.000 A.C.. Os sinais da escrita
ao invés de serem desenhados, foram gravados na argila. Quando a argila estava mole,
eles pegavam um estilete em forma de cunha e gravavam na parede. É por isso
chamado de cunheiforme.
A escrita da Mesopotâmia (3.000 A.C.) vai bater mais ou menos com os hieróglifos
egípcios, sendo completamente diferentes um do outro. A fase histórica é praticamente
a mesma.
É um passo enorme da Humanidade.
Obs.: A civilização mexicana aparece bem depois de Cristo. Ex.: os Maias.
A Mesopotâmia fica hoje mais ou menos onde estão os países Irã, Iraque.
A arte era feita para “deus”, principalmente a escultura. A escultura era super
importante, especialmente para os sumerianos. Tinha um curioso detalhe: a
desproporção entre a cabeça e o corpo. A cabeça era cuidadosamente elaborada, bem
feita, enquanto o corpo eles nem ligavam. Isso acontece porque para o povo sumeriano,
principalmente o caráter, a alma das pessoas, estava no rosto e o corpo servia só de
suporte.
O material usado para fazer as esculturas era muito variado. Eles utilizavam pedras,
mármore, gesso, concha marítima, sendo que estes dois últimos não duraram com o
tempo. O branco dos olhos era feito de conchas. O azul era feito lápis-lasure. Os olhos
eram enormes e bem expressivos, dando expressão de fé e serenidade.
Os acarianos vão aparecer em 3.000 a 2.500 A.C.. É um povo interessante, guiados
pelo rei Sargão. Dominam toda a Mesopotâmia e toda a Síria. São guerreadores mas
não são grandes artistas. Eles copiam a arte sumeriana. Portanto a arte acariana é
muito parecida com a arte sumeriana. O que vai ter de diferente são as famosas
“estrelas” ou “estelas” que são as pedras desenhadas, gravadas ou esculpidas.




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3a. AULA

Comentários sobre os livros:

KANDINSKY- papa do abstracionismo gestual. Era grande poeta também. Como todo
pintor teve sua fase acadêmica, trabalhando muito até chegar no gestual. Ficou
encantado com uma exposição de Claude Monet sobre uma série de feno. Tentou pintar
igual e deixou seu quadro em casa. Ao retornar da exposição o seu quadro estava de
cabeça para baixo. Kandinsky achou que seu quadro estava melhor assim e passou
então a pintar se preocupando menos com o conteúdo e mais com a forma.
Ele tem um livro fantástico chamado “Do espiritual da Arte”.
Kandinsky comentava “TODOS OS PROCEDIMENTOS SÃO SAGRADOS QUANDO
INTERIORMENTE NECESSÁRIOS”.

MUSEUM FINE ARTS OF BOSTON - Quadro da capa de John Singer, pintor
impressionista norte-americano que foi redescoberto recentemente. Faz uma
composição muito equilibrada e assimétrica. Usava um fundo escuro como Edward
Manet. É uma releitura de “As Meninas” de Velásquez.
Este museu apresenta também pinturas da época contemporânea como a do Edward
Holper.

OSCAR KOKOCHA- Pintor expressionista. Teve um caso com a viúva do grande
compositor Gustave Maller. Ele pintou os dois.

LEONARDO DA VINCI - Tinha vários desenhos de estudo do corpo humano. Escrevia
da direita para a esquerda. Você só podia ler através do espelho.
Clos Lucè, cidade onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos dias de sua vida.

JEROME BOSCH - Pertence a época do renascimento mas é completamente
surrealista. Criou a seita “adamita” para não ser preso na época da inquisição. Nasceu
em Bosch o que seria hoje a Holanda.
Seu quadro mais famoso é o “Jardim das Delícias”.

PICASSO - livro de montagens.




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MESOPOTAMIA
                                   (continuação)

Relembrando: Vão construir uma torre na Babilônia, chamada Zigurat para que as
pessoas rezassem mais próximas de “deus”.
A escrita chamava-se cuneiforme por ser em forma de cunha.
A Mesopotâmia não ficou tão famosa porque o material usado nas construções não
resistiu ao tempo por serem feitos de adobe (tijolinhos de pedra). Era uma cerâmica
muito ruim.
Descobriram que por baixo dos “tells” (montes) existia uma civilização fantástica.
Era uma civilização tão rica quanto a do Egito. Eram povos unidos só pela religião.
Kudurros eram os contratos feitos em pedra e escritos em cuneiforme. Era como os
contratos de doações de terras.
Os assírios eram tremendamente guerreiros e tinham um exército muito poderoso. Vão
acabar com o primeiro Império Babilônico. Eles só não acabam com a cultura babilônica
pois vão adquiri-la através da forma deles pintarem, escreverem, cantarem, e falarem.
Vão implantar o terror na Babilônia.
Assur é uma cidade muito famosa. Assurbanipal era o guerreiro imperador.
Os assírios permaneceram na Babilônia de 1100 A.C. até 612 A.C.
O poder deles chegou até o Egito. Eles chegaram a dominar o Egito e a Fenícia.
O que eles produziram de arte era somente ligado às guerras e aos reis. A arquitetura
era pomposa, grandiosa, imperial, gigantescas. Para construí-las pegavam cidades
inteiras, prendendo as pessoas e fazendo atrocidades com elas. Fizeram desses
escravos os construtores das grandes cidades.
O assírio foi o pior povo da antigüidade. A moradia dos monarcas eram obras
arquitetônicas fantásticas só que construídas com tijolinhos de barro. Muito do que
sabemos vêm de pergaminhos desenhados. Não sobrou um monumento pronto,
somente o Zigurat.
Os egípcios ao contrário do que se pensa não só tinha os escravos como pessoas do
próprio povo que ajudavam nas construções faraônicas. Não fazia o povo de escravo só
para construir para eles.
Os assírios pegavam a população e testavam a resistência dos velhos e crianças para
ver quem conseguiria ficar mais tempo sem comer. Através dos escravos eles sabiam a
resistência que eles precisavam ter. Fizeram transplante de córnea, por ex.: pegavam 2
irmãos e arrancavam o olho de um para colocar no olho do outro. Tudo isso para
estudarem a ciência. Deixaram tudo por escrito, auxiliando séculos mais tarde com
esses conhecimentos.
Fizeram imensos tambores de cerâmica cheios de água para testar também a
resistência das pessoas sob o sol fortíssimo com a água subindo. Depois testavam a
resistência sem dar comida e depois sem dar água também.




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O rei Sargão da Síria, construiu um palácio com uma muralha. Essa muralha tinha sete
portas e era ao redor do palácio medindo 300 hectares, o que seria mais ou menos
10.000 m2. Tudo isso foi erguido em apenas 6 anos por causa do trabalho escravo.
Pegavam milhares de escravos até eles resistirem. Quando não resistiam mais
substituíam por outros.
A muralha tinha a altura de um prédio de 8 andares.
Eles utilizavam números cabalísticos como o 7 e o 14. A cabala vai aparecer muito na
Mesopotâmia e no Egito.
Nesse palácio eles faziam rituais para o demônio. Isso também vai aparecer no Egito.
O Rei Sargão cultuava essa coisa do mal. Ajudava os seus sacerdotes a cultuar o mal.
O mal era que ajudava e não o bem. Não acreditavam em outra vida.

O palácio do Sargão tinha 300 salas. Tem uma maquete no British Museum. Tinha 97
pátios, 10 salas de tronos, 22 salas de recepção, armazéns, celeiros, 77 quartos, 17
dormitórios de empregados e 7 banheiros. Tinha um enorme harém com 37 camas.
Essas 37 moças desse harém não eram as preferidas. Tinha o super harém com 7
preferidas. As outras 37 ficavam na expectativa de algum dia serem chamadas.
No grande Zigurat eles rezavam para que suas conquistas fossem sempre maiores.
Na arte assíria o que mais se destacou foi o relevo. Tem um relevo famoso que é “A
leoa ferida”, está no museu do Louvre e era do Palácio do Assurbanípal.
Eles quase não pintavam, eles faziam relevo e arquitetura.
Nos próprios registros das esculturas é que constatam que eram guerreiros e cruéis.
Sempre mostra o horror, mortandade, matança em massa, tortura, cativeiro, trabalho
forçado. Eles não escondiam essa crueldade.
Somente em Ninive é que Assurbanípal mandou fazer baixos relevos, para seu
descanso, onde tudo parecia ser bem tranqüilo. Ele realmente ele vai colocar essa
tranqüilidade através dos relevos de árvores frondosas, músicos tocando, pássaros,
lagos, mulheres passeando. No museu do Louvre você poderá ver esses relevos.
Na síria, principalmente, vai aparecer a primeira propaganda onde o rei sempre aparece
vencendo e os povos caindo e morrendo. Eles colocam só os assírios como
vencedores, embora muitas vezes eles fossem os perdedores. O rei é o vencedor e
todo o resto da humanidade perdedor. Todos os povos tinham medo deles.

Em 612 A.C. os assírios foram destruídos pelos MEDOS (médos). Eles vieram da Ásia
e junto com os babilônios que ainda restavam eles destruíram os assírios e
reconstruíram a Babilônia que é chamada depois de Néo-Babilônia. Daí a Babilônia vai
ser mais uma vez a mais esplêndida cidade do Oriente. Os jardins suspensos da
Babilônia vão ser reconstruídos.
Os jardins da Babilônia eram feitos de flores de várias cores sendo que, eram
distribuídas por vários patamares debaixo para cima, azul, violeta, amarela e branca.
Tinha um sistema de irrigação no qual a água passava por todos os patamares. A flores
e folhas eram da mesma cor. Ex. No patamar azul, o caule, a folha e flor eram azuis
também.
Eram sete patamares. Tinha um platô na parte lateral, na época da Néo-Babilônia, onde
eles plantaram grama e flores em um lugar completamente árido, inóspito, graças a
irrigação.


                                                                                   11
Mais tarde os judeus foram estudar como eles fizeram essa irrigação para resolver esse
problema na terra deles.
Quando Siro, rei da Pérsia, bem mais tarde dominou a Babilônia, destruiu tudo com
exceção do Zigurat por considera-lo um marco muito forte.
Foi o fim do esplendor da Babilônia.
A única pintura que foi registrada da Mesopotâmia é a cidade de Ur. Em UR eles
gostavam tanto de ouro que faziam muita jóia usando também muito rubi, esmeralda, e
ouro vermelho que mandavam buscar no mundo inteiro. Eles obrigavam as mulheres a
usar ouro. As solteiras usavam um bracelete no braço, um grande colar e uma pulseira
também na perna. Em todos os museus do mundo você vai encontrar essas jóias.
Quando essas moças casavam elas passavam a usar somente o bracelete no braço
com ouro de 2 tons sem rubis e esmeraldas. Tiravam o colar do pescoço porque elas
não estavam mais presas aos pais e sim ao marido. Aí começou o cinto da castidade.
Elas colocavam um cinto no quadril, feito também em ouro, quando os maridos saiam
de casa para guerrear, ou outro motivo, para indicar que o homem não estava em casa.
Não era um cinto como o de castidade ainda, era só apoiado no quadril e não tinham
pedras preciosas. As pedras eram usadas só nas solteiras. Após casar o marido é que
representava as pedras preciosas, sendo portanto tiradas dos cintos.
Só na Idade Média é que surgiu o cinto de castidade do jeito que conhecemos.
Quando o homem era solteiro (mas noivo) ele tinha um grande anel no dedo anular.
Quando eles casavam passava para o outro dedo anular da mão esquerda. O anel era
tão grande que ocupava o dedo todo sem poder dobrá-lo. Depois é que vai surgir mais
tarde a aliança.
Na Mesopotâmia é que vai aparecer o esmalte pela primeira vez. Eles usavam uma
substância vermelha que eles tiravam de uma árvore que hoje não existe mais. Era uma
árvore parecida com romã. Era uma substância orgânica que eles maceravam até
conseguir o vermelho, misturando também com outras substâncias. Ficava na unha por
um ano. Na realidade era uma tinta, pois só hoje é que denominamos esmalte. Todo
homem e mulher casada tinham que usar nos pés e nas mãos.
Quando ficavam viúvos tinham que pintar as unhas de preto. As mulheres viúvas tinham
que casar 3 meses depois que o marido morria. Tinha uma fila de homens esperando
porque o marido deixava toda a herança para a mulher e não para os filhos. A casta da
Mesopotâmia, qualquer um caldeu, assírio, qualquer povo, as viúvas tinham que casar.
Ela é que iria decidir se dava ou não a herança para os filhos, dependendo se estes
eram bons ou não.
Até 18 anos os filhos eram considerados crianças só podendo guerrear, mas não
podiam ter nada. A mulher não tinha direito sobre a herança enquanto o marido estava
vivo.
Essa lei vai vigorar todo o tempo na Mesopotâmia.
O homem viúvo não tinha que cumprir essa lei.
Todos esses povos de uma forma ou de outra eram guerreiros.
Obs.:
Na antiga Babilônia é onde se encontra Saddam Hussein hoje.




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EGITO

Tudo no Egito é feito para a eternidade. A arte é totalmente feita para a eternidade. O
Egito tem sido considerado desde a mais remota antigüidade o berço da civilização.
Enquanto a Europa era completamente bárbara, todo mundo se matando, passando do
Paleolítico para o Bronze, o Egito já estava totalmente com a civilização feita. Os
mestres gregos estudaram no Egito. A arte e civilização Egípcia duraram 40 séculos.
Ela começou mesmo como civilização em 5.000 A.C. e chegou ainda como civilização
organizada egípcia até 30 A.C. Ela continuou depois, mas como civilização forte até 30
A.C.
O Egito é uma espécie de oásis no centro de uma região desértica. É um vale estreito
cheio de montanhas nos dois lados. Dos lados tem dois dos maiores desertos do
mundo Saara e Núbia. A alma do Egito era o Nilo, “rio deus”, que tornava as terras
férteis graças às inundações periódicas. Nessas terras férteis eram cultivados os
cereais, especialmente o trigo que fazia daquele país no meio desértico o celeiro da
antigüidade.
A primeira civilização egípcia no 5o. milênio, anterior às dinastias dos faraós eram
divididos em clãs familiares. Não tinha dinastias e nem faraós. As dinastias vão surgir
depois desses grandes clãs. Era uma organização social simples.
Na arte egípcia sempre vai ser exaltado o sentimento de morte e eternidade. A arte
egípcia é toda dirigida para a religião, sendo uma arte simbólica e convencional. A arte
egípcia é extremamente regular, simétrica, equilibrada e geométrica.
Após se formarem as dinastias, quando surgem os faraós, os aspectos sociais,
econômicos, culturais e religiosos eram o seguinte:
O comércio, do qual viviam muito da venda do ouro, cereais, era exercido pelos faraós e
seus funcionários.
A indústria da época como: manufatura de papiros, os moldes belíssimos, as armas, as
cerâmicas, os tecidos, as jóias eram todas concentradas no domínio real ou dos
templos. Não podia existir nada fora do domínio do faraó ou dos sacerdotes.
A arte e a ciência eram muito avançadas para a época. Só os sacerdotes ou amigos
dos sacerdotes é podiam exercê-las.
Para controlar as águas do Nilo foram erguidas obras hidráulicas de represamento e
irrigação.
Durante a época das inundações, os trabalhadores interrompiam o trabalho agrícola
quando grande parte da população estava disponível para as grandes construções.
Não era só trabalho do escravo, mas de todo o povo.




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4a. AULA


Comentários sobre os livros:

CHAGALL - Pintor judeu. Não é impressionista, nem expressionista, é Chagall. Não faz
parte de nenhum “ismo”. Uma das coisas importantes de sua pintura é que ele sempre
representa suas figuras como se estivessem levitando, sem os pés no chão. É
contemporâneo e morreu (+/-) em 1960. Sua pintura está em quase todos os museus
do mundo. Tem em Jerusalém, na Sinagoga da Faculdade de Medicina, todos os vitrais
pintados por ele. Vitral contemporâneo é muito fascinante.

RODIN - Museu Rodin em Paris é muito impressionante. Foi grande escultor de nosso
século junto com Henry Moore. Ele trabalhou muito em mármore e tem alguma coisa
em bronze. Até 7 esculturas que ele fizer igual é considerado peça única em quase
todos os países da Europa. Na França até 12 é considerado peça única. No Brasil não
tem número.

KLIMT - Pintor do final do século passado e começo desse, surgiu depois do
impressionismo, mas que também não pertence a nenhum “ismo”. É vienense e faz
parte do final da arte Noveaux na Europa. Tem obra como “O beijo”. Utiliza muito o
dourado e sua pintura parece uma colcha de retalhos.

VAN GOGH - Pintor que morreu aos 37 anos. Grande desenhista, pintor. Era holandês.

FRICK COLLECTION - Sr. Frick tinha uma casa, em New York, na 5a. Avenue, com
uma belíssima coleção de Rembrandt, Vermeer, Goya, Rubens, Renoir, etc.
Tem um belíssimo pátio e um filme que explica como foi a casa dele. A palavra “Frick”
ficou na época conhecida como uma gíria significando “dinheiro”. Então para ele não ter
má fama, doou a casa dele e tudo o que tinha para New York.

LIVRO SOBRE O EGITO - The Egipt Story

TEORIAS DA ARTE MODERNA - H.B. CHIPP, Martins Fontes.




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Apresentação de slides sobre a Mesopotâmia

       Babilônia = Hoje é Irã, Iraque
       Escultura de um Caldeu em terracota, olhos grandes com conchas. Pode ser
visto no museu do Louvre. Com escrita cuneiforme na própria escultura, na roupa.
       Libações- é uma coisa terrível feita em função da morte, do horror, pelos assírios.
Era um lugar feito em pedra onde o morto ficava atrás e o sangue escoava por um
buraco para a frente.
       Vaso feito de bronze, cujo suporte era como se fossem patinhas. Foi feito na
Mesopotâmia também.
       Cabra ou bode feito de ouro e lápis-lazure.
       Gudéia - personagem muito bom, pensativo e que queria paz. Em sua saia está
escrito em cuneiforme a história de sua vida. Dizia que o homem tinha que governar
como um governante e não como um deus.
       Um rosto em pedra alabastro, deve estar no Louvre.
       Primeiro código feito no mundo, código de Hamurabi. É como se fossem as leis
de Moisés, mas não é religioso.
       Stela - uma pedra escrita, gravada.
       Escultura feita de bronze, como se fosse cabra, tem demônio. Trabalho assírio.
       Deusa da fertilidade, caldéia. Tem cintura fina, quadril largo, seios grandes,
pernas grossas.
       O rei Assurbanípal, e seus assistentes vitoriosos.
       Entrada do palácio de Assurbanípal, no museu do Louvre. Porta com alto e baixo
relevo esculpida com rosto de homem com corpo de animal “touro”. Tem asas em baixo
relevo.
       Palácio da Babilônia em baixo relevo. Já tinham noção de perspectiva.
       A leoa ferida.
       Panzuka é um objeto como se fosse um talismã e que dava sorte a toda
Mesopotâmia. Vão usar pendurado no pescoço, pés, mãos, etc. Está no British
Museum.
       Resto do Zigurat, quando o Siro chegou na Pérsia.




                                                                                       15
EGITO (continuação)

O Egito foi dividido em Alto e Baixo. Toda construção do Egito é feita de pedra
proveniente das abundantes jazidas que existem no Egito. As Pirâmides e as
Mastabas são túmulos onde residem os mortos. Os Templos também são
monumentos colossais. São todos monumentos faraônicos e todos de pedra para
durarem para a eternidade.
Quem vivia nos templos eram os ricos Sacerdotes e Faraós. E nas Pirâmides, os
mortos, mas sempre para os faraós ou pessoas da família dele. Os mais pobres eram
enterrados em uma vala comum.

As habitações da classe média eram na periferia, feitas de pedra e o telhado de palha.
Depois vinham os trabalhadores do campo que tinham uma casa razoável, e os
escravos que moravam em palhoças como se fossem animais.
Existe um estilo egípcio tão forte que durante milênios não vai mudar nada. Ficou 5.000
anos sem mudar nada na escultura, pintura, porque não era permitido.
A arte egípcia estava tão ligada ao país que, assim que o Egito começa a acabar a sua
arte acaba também.
Até 30 A.C. o Egito vale a pena enquanto arte e civilização. A partir daí começa a
decadência do estilo e arte Egípcia.
No estilo egípcio existiam leis muito rigorosas que não podiam nunca ser mudadas. Os
artistas tinham que aprender bem cedo o estilo. O artista tinha que aprender que
sempre que fosse pintado o homem e a mulher, o homem tinha que ser mais alto que a
mulher. Os homens tinham que ter a pele mais escura que a da mulher.
O patrão tinha que ser maior que a esposa, os filhos e os criados. Eles tinham paixão
por pele clara. Elas tomavam banho de leite de cabra para ficarem bem brancas.
Quanto mais branca, mais valiosa ela era. O egípcio tem uma mistura com preto.
Toda pintura egípcia tem a lei da frontalidade, o que quer dizer que sempre a figura
humana vai ser representada com o rosto de perfil, olho de frente, tronco de frente, os
braços e pés de perfil para melhor representar as características da pessoa. É a lei do
ver melhor. As mãos eles fazem sempre sobre o joelho, o que significava a força que a
pessoa tinha.
No Egito existiam escolas de arte cuja função era formar artistas. Só que eles tinham
que aprender tudo: anatomia, lidar com tintas, com cores, lei da frontalidade, até fazer
hieróglifos. Mas o artista não podia passar disso, não podia criar nada. As regras
passavam de geração a geração sem nenhuma renovação.
A arte egípcia ficou 3000 anos sem mudar nada.
O artista tinha que saber mitologia e ser anônimo. Ninguém podia saber quem tinha
feito o trabalho pois o artista não podia assinar.




Um texto escrito por um artista, em hieróglifos, sobre uma pedra, foi descoberto mais
tarde, sobre o que achava dele próprio como artista do novo império:

                                                                                     16
“Conheço o segredos das palavras divinas, conheço a conduta das festas. Sei toda a
magia que pratiquei sem que nada me escapasse. Nada do que se refere à esse
assunto de magia me é oculto. Sou chefe de todos os segredos dos rituais cabalísticos.
Vejo Ra em suas manifestações. Sou um artista excelente em minha arte. Um homem
acima do comum por meus conhecimentos. Conheço a pose da mulher, a postura de
quem lança o arpão, o olhar de alguém à seu auxiliar, conheço a flor, conheço o amor,
sou um artista!”
Ele se valorizava. É uma demonstração que o pintor estava insatisfeito. Conhecia tudo,
mas era um mero artista ignorado. Era uma demonstração de revolta.

Existiam muitos ofícios no Egito: escultores que faziam esculturas em pedra e madeira;
joalheiros que faziam jóias fantásticas, sem exagero, braceletes, anéis e miniaturas de
jóias vistas só com lupa. Eles tinham uma espécie de feira, onde seria o Cairo
hoje,.onde colocavam os produtos sobre as mesinhas, prateleiras para vender ou trocar
por comida, bebida, etc.
Desde o começo da pré-dinastia a arte egípcia era completamente ligada à morte. Para
o egípcio a morte não é um acontecimento triste, é meramente uma transição para uma
outra dimensão. Eles acreditavam profundamente na imortalidade da alma. Acreditavam
na vida eterna.
Eles acreditavam que a alma continuava a viver, só que com as mesmas necessidades
terrenas. O corpo do morto não podia ser tocado, surgindo com isso a mumificação.
Nas primeiras dinastias, eles sabiam que a pessoa que morria só ficaria contente se
tivesse tudo o que tinha em vida e que gostasse junto com ele.
Ex: Um faraó que ia ser enterrado e que gostasse de bailarinas, estas iriam ser
enterradas vivas junto com ele. Elas iam com vontade pois significava uma honra. Jóias,
comidas, etc. também era colocado junto ao morto. É porisso que existia muita riqueza
nos túmulos. Com o passar do tempo, nas outras dinastias não era levado ninguém
mais vivo para ser enterrado. Nos primeiros 2 milênios iam todos juntos. O faraó era
mumificado e em seguida colocado na pirâmide junto com as pessoas que gostava,
vivas, para depois fechar a pirâmide.
Depois da mumificação não podiam mais tocar no morto pois a sua alma poderia ficar
perambulando por milhares de séculos. Dentro da pirâmide o morto iria “ascender” para
se encontrar com “deus”.
Na mumificação era cortada a cabeça, os membros ( braços, pernas) deixando só o
tronco. Eles limpam tudo o que tem dentro do tronco e enchem de bucha, de trapo,
algodão. Daí eles costuram tudo novamente. Colocam uma solução de ácidos e sais
aromáticos deixando o corpo banhado nisso por (+/-) 6 meses a 1 ano. Só depois é que
tiram o corpo dessa solução e não se sabe como secavam esse corpo. Depois eles
montam tudo novamente e estará pronto para ser enterrado nas pirâmides.
Na realidade ninguém nunca mais conseguiu fazer mumificação.




Obs: No Vaticano tem uma múmia egípcia que está parte desenrolada podendo ver até
a carne e um pouco do cabelo.


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A mumificação era feita em toda casta do faraó, até nos ajudantes dele.
Os escravos e os trabalhadores não eram mumificados porque era muito caro fazer a
mumificação.
Os egípcios levavam tudo aquilo que o morto gostava para o túmulo a fim de que a
alma continuasse a gozar de tudo o que eles gostavam enquanto vivos. Era uma
continuação da vida terrena. Eles tinham uma obsessão pela imortalidade da alma. O
faraó era convicto de que se a mulher dele fosse enterrada junto, não daria
continuidade a sua dinastia. Elas tinham que continuar casando com o filho, ou o faraó
com a filha, ou outro parente. Eles não tinham a mesma concepção moral que nós
temos. A parte política e econômica do faraó era também muito importante para que a
mulher do faraó desse continuidade.
Eles também esculpiam um outro corpo, feito em pedra, igual ao do faraó, só que um
pouco mais idealizado, bonito, mais jovem, na sua plenitude, que ficava ao lado da
múmia. Se esta fosse violada o faraó teria um outro corpo. Esta escultura sempre vai
ter o rosto esculpido idealizado, mas com as características do faraó. A múmia depois
de pronta nunca mais poderia ser vista e nem tocada. Ela então, seria colocada na
pirâmide e esta bem fechada. Se ela fosse profanada a alma iria ficar sofrendo pelo
resto da eternidade. Para evitar que fossem tocadas, roubadas e profanadas é que
iriam ser colocadas em monumentos colossais que seriam as pirâmides. O túmulo é a
pirâmide, e a estátua do morto que era colocada ao lado da múmia é chamada hoje em
dia de “o duplo”.
A etimologia da palavra pirâmide:
É uma palavra de origem grega onde “piro” quer dizer fogo e “amid” quer dizer está no
centro, isto é, fogo está no centro.
A pirâmide é um tipo de construção que proliferou no Egito muito mais do que se pensa,
e em alguns lugares da terra também. Tem pirâmide na China, na América do Sul,
Central, Peru, México, etc. Em todo o mundo aparece pirâmides feitas em épocas
diferentes.
Na terceira dinastia, no Egito, foi construída a primeira pirâmide, que é a primeira
pirâmide dos degraus. Foi construída em Sacara. Ela tem 121 metros de base e 60
metros de altura. Dois séculos depois foram construídas as famosas pirâmides de
Quéops, Quefrém e Miquerinos, na planície de Gisé, no Egito (que hoje é o Cairo).
Não há um consenso de como foram construídas as pirâmides.
A pirâmide de Quéops é a maior das 3, tendo 146 metros de altura, a base é do
tamanho do “Maracanã”. Na construção foram empregadas 2.600.000 blocos de granito
e calcário. Cada bloco pesa de 2 a 20 toneladas.
Na região não haviam pedras. Esses blocos eram trazidos de uma região há 1000 km
de distância. Esse local onde existiam pedras se chamava Assuã. Onde hoje tem a
famosa represa de Assuã.
Gisé, local onde foram construídas as pirâmides, é um altiplano rochoso (que não se
mexe). Desde 3500 A.C. até hoje não houve nenhum terremoto, construção. Está tudo
perfeito até hoje. Eles pensaram muito antes de construírem as pirâmides.


Os historiadores acham que a forma mais certa daquelas pedras chegarem seria
através de barcos pelo Rio Nilo, onde cada barcaça levaria 2 pedras amarradas



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embaixo da água para que ficassem mais leves. Só que durante todos esses séculos
nenhuma pedra foi encontrada no Rio Nilo.
Não existe nenhum elemento de ligação como o cimento ou argamassa para unir ou
sustentar essas colunas de pedras nas pirâmides. Os blocos eram sobrepostos
somente através de cálculos matemáticos absolutamente precisos.
Para esses blocos ficarem sobrepostos perfeitamente encaixados, eles tinham que ser
polidos de uma forma manual. Hoje somente o raio lazer conseguiria deixar a superfície
tão lisa.
Essas pirâmides eram totalmente racionais.
“O vértice da grande pirâmide corresponde ao polo e o perímetro do Equador, na escala
exata. Cada lado da pirâmide foi projetada para corresponder a curvatura de 1/4 do
hemisfério norte.”
Algumas pirâmides eram fechadas no topo e outras abertas. Existem muitas portas
falsas e corredores falsos que não levam a nada para, só para proteger o faraó.
obs:
Há 6 anos atrás saiu na Geográfica Universal, que os franceses fizeram um buraco
próximo à base, na lateral, e deixaram cair uma ferramenta, a qual flutuou. Não tinha
nenhuma gravidade. Após muitas pesquisas descobriram que em Maio a cada dois
anos naquele local não tem gravidade.
Quando descobriram a pirâmide de Quéops já não tinha mais nada dentro, pois já tinha
sido violada.
Todas as 3 maiores pirâmides e as outras 70 que tinham no Egito já tinham sido
violadas e roubadas.
Os historiadores acham que as pirâmides foram construídas através de montes de terra
ao lado da construção para apoiar as pedras para serem erguidas. Até hoje as
construções são um mistério. As construções civis perto das pirâmides, quase nada
restou até hoje. Elas não eram tão importantes quanto os templos. O que ficou de
melhor está localizado perto das pirâmides.
A pirâmide de Quéops tem uma força, uma energia, que tudo que está localizado
próximo num raio de 200 metros não morre, não apodrece, mumifica. Se for colocado
água quente sob o sol, esta ficará gelada.
As moradias descobertas próximas às pirâmides eram construídas em alvenaria e
pedra. Todas tinham terraço com cobertura. Os moradores passavam a noite no terraço
tocando música, cantando. Não chovia nunca. Eram todos de classe média. As janelas
eram abertas para o pátio interno.
Depois das pirâmides o que existe de mais fantástico é Karnak e Luxor, são dois
templos ligados entre si localizados na cidade de Tebas.
Estando no Cairo pega-se um avião às 5hs. da manhã até Tebas. Uma distância como
se fosse de São Paulo à Salvador. É um calor infernal.
Esses templos foram construídos através de 3000 anos. O templo é do tamanho de
Manhattan.
Do outro lado do Nilo está o outro templo da rainha Hasétsud. Foi uma rainha poderosa
que conseguiu unir o alto e o baixo Egito. O palácio era fantástico. Ela era uma rainha
faraó. Tinha silos de cajal, 150 leitos para os maridos, porque era feito para a
eternidade.




                                                                                    19
5a. e 6a. AULA




            PERÍODOS                   DATAS          DINASTIAS
                                  (aproximadamente)
Idade Neolítico                   5000 a 3000 A.C.    Pré dinástico

Império Tinita/Capital Tinis *    3000 a 2778 A.C.         I - II

Antigo Império/Capital Menfis *   2778 a 2263 A.C.        III - VI

Primeiro Período Intermediário    2263 a 2040 A.C.        VII - X

Médio Império/Capital Tebas       2040 a 1680 A.C.       XI - XIV

Segundo Período Intermediário     1680 a 1085 A.C.      XV - XVII

Novo Império/Capital Tebas        1085 a 980 A.C.      XVIII - XX **

Baixa Época - Reis Líbios          980 a 332 A.C.       XXI - XXX

Persas, Assírios

Época Grega/Capital                332 a 30 A.C.      Ptolomeus ***
Alexandria

* Fase das Pirâmides
** Auge do Egito
*** Época da Cleópatra




                                                                       20
Comentários sobre os livros:

Karnak e Luxor e Castelos do Vale do Luar (Chambord Cheverny)


Continuação sobre o Egito:

Técnica da pintura Egípcia:
Tudo o que os egípcios desenhavam, faziam primeiro o esboço em pedras arenosas
chamadas de ostrakas (porque a pedra parecia com uma concha). A partir desse
esboço eles elaboravam a obra definitiva sobre a parede, muro, madeira. Primeiro eles
faziam um reboco grosso sobre a parede, depois passavam uma massa fina de gesso
sobre o reboco. Pegavam um pincel fino feito de bambu e desenhavam no gesso ainda
úmido. Após secar colocavam a cor. A pintura não tem nenhum efeito de luz e sombra,
era chapada, cores planas.
 A cor vermelha era dada pelo óxido de ferro. Faziam com goma arábica e clara de
ovo.
O azul era feito com o pó raspado do lápis lázure e misturavam também com goma
arábica, clara e um pouco de óleo de amêndoa.

A mitologia egípcia lida muito com o demônio. A lua era o demônio para eles. O sol era
o divino.
Na iluminação da arquitetura egípcia não há quase janela, ela só aparece
excepcionalmente. Nos templos egípcios a iluminação é importante porque vai haver
uma abertura para passar a luz do sol somente no que for divino, propositadamente,
sobre as esculturas dos deuses, que estão dentro da pirâmide e que tem ligação com o
sol. Os deuses que tem a ligação com a lua vão ser iluminados pela luz da lua.
As esculturas estão sempre fechadas no escuro e só vão ser clareadas naquele
momento quando a luz passa por aquela abertura.
A luz vai ser feita pela mão do homem, por assim dizer, ele é que vai deixar iluminar o
que ele quer. A organização da iluminação inteira dos templos era um verdadeiro “mis
en cène”.
Os gregos foram estudar a iluminação dos teatros com os egípcios.
Existia muito pouca madeira, não tinha andaime. Eles faziam buracos nas paredes, sem
muita divisão, e com madeira para arrematar. Os buracos seriam as janelas com a
função de projetar o canhão de luz ,“o sol”, em cima do que eles quisessem. E durante
a noite eles tem outros buracos para passar a luz da lua, para iluminar os outros
deuses.
Tudo era muito sofisticado. Existia entalhes para o escoamento de águas pluviais. Só
que lá não chovia, mas era feito como precaução para o dia que chovesse.
Os Obeliscos vão ser importantes no Egito, que vem da palavra grega “obelos” que
quer dizer coluna terminada em ponta. Eles erguiam o obelisco quando ganhavam uma
guerra como se fosse um troféu. O faraó mandava fazer o obelisco de mandava deixar
gravado o nome dele, ou então o nome do deus a quem tinha dedicado o obelisco. Isso
é uma característica do antigo império.



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Geralmente todos os obeliscos vão ser para comemorar algum feito político ou alguma
homenagem que o faraó desejava celebrar. Nunca foi compreendido como eles foram
construídos. Eles eram altíssimos, feitos de mármore, colocados sobrepostos sem
andaime, atingindo equivalente a um prédio de 10 ou 12 andares. Os historiadores
acham que construíam rampas de areia ao lado até chegar na altura, ou uma espécie
de catapulta para erguê-lo.
Quando Napoleão foi ao Egito ele pegou aquele obelisco de Karnak e Luxor e levou até
a praça da Concórdia, na França. Também tem um obelisco na praça Navona. Hoje em
dia quase em todos os países tem obelisco do Egito.
Hoje , no Egito, só tem quatro obeliscos. Todo o resto foi retirado. Alguns foram levados
por estrangeiros conquistadores, ou foram destruídos por terremotos, ou afundados em
solo.
Em Karnak 10 obeliscos foram destruídos. Tem um obelisco muito bonito em Karnak,
da rainha HATSEPSUT, que foi feito em sua homenagem medindo 42 metros de altura
e nele está escrito tudo sobre a sua vida. Ela era uma faraó muito poderosa que uniu o
alto e o baixo Egito. O seu palácio fica no Vale das Rainhas. Era uma rainha que tinha
Silos de Cajal, de peruca, 150 leitos para os seus maridos. Tinha câmaras frigoríficas
embaixo com mais de 200 animais, bois, cavalos, etc, abatidos congelados em
conservação, no meio daquele deserto. A água do Rio Nilo vinha canalizada e quando
chegava lá estava gelada conservando assim esses animais para o futuro da vida dela.
Tinha mais de 200 pares de sapatos, sandálias.
Ela foi sucessora do seu pai. Teve mais de 7 maridos. Viveu até mais ou menos 70
anos. Alguns maridos ela mandou matar e casou também com o filho dela.
Obs: O Shampoo apareceu no Egito para a Hatsepsut que tinha um cabelo muito feio
(por ser descendente de preto). Descobriram um shampoo e condicionador feito de
papiro (que solta um sebo) e adicionaram flores para perfumar. Tinham cremes feitos
de leite de cabra. Tomavam banho de leite para clarear a pele e a gordura era
acondicionada em potes feitos de lápis lázure, também para a pele. Tinham sombra
azul para os olhos e cajal para o contorno. Tingiam o cabelo de Rena, onde aparece
pela primeira vez. A mulher realmente era muito bem conceituada na vida privada. Os
maridos dividiam as tarefas, mesmo sendo faraó. O rei e a rainha apareciam abraçados.
Muitas vezes aparece a rainha abraçando o faraó como se estivesse protegendo-o.
Tinha ourives que só faziam jóias para as mulheres. Muito metal, ouro, prata. Faziam
muita coisa para o cabelo e usavam muito pente. Faziam muita coisa com formato de
gato porque era um animal muito forte, misterioso, esperto, bonito, cheiroso para eles.
O homem egípcio usava brinco de argola na orelha. No Metropolitan tem uma escultura
de um homem egípcio com uma argola na orelha e pendurado nela um gatinho.

Vai aparecer o FARAÓ AMENOFIS IV no novo Império que vai mudar completamente
a religião e a arte. Ele briga com os sacerdotes porque estes estavam ganhando
dinheiro vendendo fórmulas, inscrições para a vida eterna, livros dos mortos. Era uma
indulgência daquela época. A religião estava virando um comércio. Então Amenofis IV
disse que para ele só um deus era supremo o “ATON”, deus do sol. Ele disse que deus
tem que ser só um. É a primeira tentativa do monoteísmo. Então ele vai mudar o seu
nome para AQUENATON (onde sufixo aton é “deus do sol”) .


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Vai mudar também a arte não querendo que sigam mais a lei da frontalidade. E ele vai
querer que o pintem sem idealizá-lo. Ele tinha uma cabeça bem comprida. O rei, a corte
e a rainha foram esculpidos de forma realista, sem “endeusar” ou idealizar. A mulher
dele era belíssima e se chamava NEFERTITE. Vai querer que suas filhas, ele e sua
esposa ficassem bem natural nas esculturas, no colo, se abraçando. Antigamente isso
jamais seria feito. Mostra a sua fragilidade humana, sendo pintado com bengala para se
apoiar. São cenas domésticas. Vai ser a única vez que poderá ser visto isso no Egito,
somente no Novo Império. Essas cenas em outros impérios eram consideradas um
desrespeito com a família real e, para ele, o respeito era mostrar a realidade como ela
era. Ele não vai ser reverenciado como um deus, mas como um homem. Esta arte vai
ser de cunho realístico que vai durar por todo o reinado dele. A NEFERTITE,
considerada “A BELA”, vai ter seu rosto muitas vezes esculpido.
Vai ter um refinamento de etiquetas de como se portar socialmente, uma nova maneira
de ser.
Ele vai ser um revolucionário inovador que muita gente não vai gostar.
Assim que ele morre tudo volta a ser como era.

TUTANKAMON, sucessor de AMINOFIS, foi ser rei aos 9 anos de idade.
Aminofis teve quase todas as filhas doentes, de cabeça comprida e eram bem magras.
Os filhos não tinham condições físicas de serem faraós. Eles casavam muito entre
parentes. O parente mais próximo vai ser Tutankamon com 9 anos e que irá morrer aos
18 anos. Não vai ser um faraó muito rico por ter sido faraó por pouco tempo. Esse
túmulo dele no Vale dos Reis foi a maior descoberta arqueológica do Egito.
Em 1922 Haward Carter chegou perto do Cairo e descobriu um sepulcro. Como ele era
inglês, teve que escrever para a Inglaterra para saber se podia abri-lo ou não. Chegou
lá, era uma porta lacrada e ficou esperando naquela época por mais ou menos 18
meses por uma resposta em carta vinda de navio pois não havia avião naquela época.
Ele conseguiu a permissão e abriu a porta.
Obs.: Tem um filme que conta essa história “A maldição da múmia”(?). Quando ele
entrou na ante-sala com mais 3 britânicos e uns 20 egípcios, descobriram o maior
sepulcro do século, até então nunca visto. Até ele chegar na última sala levou 6 anos
cavando e descobrindo só maravilhas e riquezas. Só na antecâmara encontrou 700
peças, inclusive um rico trono de ouro. Tinha 2 estátuas de 2 metros de altura de ouro
maciço, carruagens de ouro e prata. Vasos de 1,5m de alabastro. Muita coisa de coral,
turquesa. Arcas repletas de roupas do tamanho de um container. A múmia real
Tutankamon era protegido por 3 sarcófagos, sendo a última de ouro maciço. Está no
museu do Cairo. Era uma época de esplendor da civilização egípcia.
Quase todos os túmulos, 90 % foram violados, porque todos sabiam que tinha uma
grande riqueza.
Haward Carter ficou muito rico e muita coisa foi para a Inglaterra. O sarcófago, a múmia
e algumas coisas ficaram no Egito. Muita gente começou a morrer de maneira estranha,
outros de doença que mais tarde foi constatado fungo (manchas na pele que
degenerava o tecido) por ter ficado 5000 anos fechado. Todos da expedição morreram.
Ele foi o último a morrer.



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RAMSÉS II, sucessor de Tutankamon, é um grande faraó que vai ter uma grande
autoridade imperial. Ele é um grande arquiteto e tudo o que construía era o mais alto.
Estátuas de proporções gigantescas. Ele é da época do Novo império e depois Baixa
Época.
Ele vai fazer uma avenida como uma via expressa, perto da represa de Assuã, e 86
esculturas de aproximadamente 2 metros de altura cada ladeando a represa com um
espaço entre elas de 1,2 metros. Teria mais ou menos 12 km. São esculturas todas em
pedra, onde ele após morto passearia até o seu túmulo.
Karnak e Luxor tem vários templos, os mais importantes foram construídos por Ramsés
e Amenofis. Os dois templos mais importantes de Karnak e Luxor eram destinados aos
deuses Amon e Rá e ligados entre si por uma monumental avenida.
A pintura de Karnak e Luxor é o auge da pintura Egípcia.
Karnak e Luxor são ricas em obeliscos. Levaram séculos para serem construídos e
passava de faraó para faraó. As colunas mais importantes do Egito são as de Karnak e
Luxor. É aqui que vai aparecer pela primeira vez no mundo as colunas. Os gregos vão
até o Egito para aprender sobre as construções.
Ao lado de Karnak e Luxor tinha um grande lago. Só quem podia entrar no templo de
Karnak e Luxor eram os iniciados. Na primeira sala entrava o povo todo, na segunda
sala o povo ficava do lado de fora e entravam só os iniciados e na terceira sala
entravam os iniciados, o faraó, a faraó, os sacerdotes e a família toda. Lá eles ficavam
trancados sempre (com números de final 7) como 17 semanas, ou 27 semanas,
dependendo do que fossem fazer. Começavam as pesquisas de sexo, magia, como
uma busca ou necessidade de se saber tudo. Os valores morais eram outros. Não são
bacanais, como ocorria na Grécia, mas uma pesquisa séria. Faziam testes de mistura
de sangue, sexo de todas as formas. Na busca de uma coisa que fosse melhor para
eles. Depois de acabar toda essa reunião, após ficarem também um tempo em jejum,
eles saíam e iam se limpar nesse lago, na lua cheia, onde todos estavam trajados de
branco. Após tomar banho no lago eles deixavam a roupa suja lá e vestiam outra roupa
branca, voltando novamente para o templo para dormir e no dia seguinte sairem de lá.
Eles entravam no templo como uma procissão. Muitas vezes eles iam para Karnak e
Luxor através do Nilo como se fosse uma imensa apoteose. O estudo dos deuses do
bem e do mau era feito em Karnak e Luxor. Eles faziam até oferenda de crianças e de
seus próprios filhos.

Depois da morte de Ramsés II começa a chamada Baixa Época, quando o Egito vai ser
dominado pelos persas, assírios e aí nunca mais durante toda a antigüidade o Egito
voltará a ser uma nação tão importante e independente como era.
Depois dos persas chegam os gregos chefiados por Alexandre Magno, vindo da
Macedônia. É o primeiro grego que chega a reinar o trono Egípcio. Aí vai aparecer o
Marco Antônio, a Cleópatra. Ele vai fundar, à beira do Mediterrâneo, a cidade de
Alexandria.




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Alexandria vai ser o encontro das culturas ocidentais e orientais, que são a grega e a
egípcia. É a tentativa de uma coexistência entre o estilo egípcio que é próprio, único, e
o grego com aquele escândalo artístico, com toda a sua beleza. Surge então esculturas
híbridas com rosto grego e corpo egípcio. Aos poucos as formas artísticas passam a
conviver cada uma com seu mundo próprio. A escultura grega vai ser independente da
escultura egípcia.

Entre 332 A.C. até 30 A.C., os gregos permanecem no Egito. Cleópatra em 30 A.C.,
última dos Ptolomeus suicida-se depois de ser derrotada pelos romanos. Estes brigam
com os gregos e com os egípcios. Vão lutar com Cleópatra e ela vendo que vai perder
pega uma cobra venenosa deixando-a picar e morre.

A ruptura final da tradição egípcia cultural, como essas pinturas, esculturas que
estamos costumadas a ver, o fim do Egito como civilização, vai ocorrer no IV século da
nossa era quando o Cristianismo está no auge. Quando o Cristianismo chega para valer
no IV século, vão acabar todos os templos egípcios, vão quebrar quase tudo o que
existia aí e na Grécia. Eles não vão aceitar nenhum outro deus, pois “Cristo” é um só
deus.
No século XIX, Champollion, sábio francês, consegue decifrar os hieróglifos e com isso
ele vai permitir que a arqueologia dê um salto fantástico no século XIX.
Numa visão retrospectiva da história de civilização e da cultura que esse povo alcançou,
mostra o legado para o mundo futuro, tanto nas artes e nas ciências, como na
organização política e social.
O Egito foi a primeira nação a centralizar os poderes do Estado em uma só pessoa, o
faraó. Eles desenvolveram a matemática, a astronomia, a química, fizeram um
calendário solar, um mapa dos céus. Na medicina, os médicos egípcios especializaram
em realizar um trabalho de grande valor na descoberta de droga para dor e nas
doenças. Tinham uma espécie de antibiótico que era quase que a penicilina nossa. Não
deixaram a fórmula.
No setor cirúrgico as maiores conquistas deles foram fantásticas, como por exemplo a
mumificação que foram se aperfeiçoando durante milênios.
Hoje só ruínas restaram, porém para “Mali”, elas parecem que possuem vida. Elas nos
falam da glória de uma nação de um povo que não queria morrer, mas que infelizmente
morreu.
Tudo o que eles fizeram foi para a eternidade.

6a. AULA

Apresentação de vídeo:
NATIONAL GEOGRAFIC VÍDEO
EGITO: EM BUSCA DA ETERNIDADE
Vídeo Arte do Brasil
Tel.: 852-6301
      883-1193
       64-7366
Rua. Gumercindo Saraiva, 54 - Jardim Europa

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7a. AULA

O termo “clássico” surgiu na Grécia.
Vamos usar o termo “estilo clássico” quando se quer dizer de beleza, excelência. E,
quando se fala em “antigüidade clássica” , estamos nos referindo a Grécia e Roma e
nunca ao Egito.
Os antigos gregos, seja pelo idioma grego que falavam, pelos costumes ou pela religião
deles, se sentiam diferentes dos outros povos.
Os gregos dividiram a humanidade em duas partes: os “Helenos” que eram os
habitantes da Grécia e os outros eram chamados de “Bárbaros”.
A essência do Helenismo era, na realidade, social e cultural. O grego, entre todos os
povos do mundo antigo, é o que realmente vai refletir o espírito do homem ocidental.
O “homem” de hoje é o Grego. Nenhuma outra Nação no mundo teve tão forte devoção
pela liberdade e uma crença tão firme nas realizações humanas. O grego dava muito
valor ao Homem. Os gregos glorificavam o homem como a mais importante criatura do
universo. Eles recusavam a se ajoelhar diante de deus porque o homem era
considerado mais importante. O homem é o centro de todas as coisas e do universo.
No Egito acontecia exatamente o oposto.
Os gregos exaltavam a razão de uma forma tal que eles conseguiam superar a fé. E é
por causa disso que existem tantos deuses. Os deuses tinham que ter a forma humana.

“Nada em excesso”, é o lema do grego que quer ver tudo claramente, simplesmente e
sem adornos. Por conseqüência, tanto a escultura quanto a arquitetura encarnavam os
ideais de harmonia, ordem, moderação e proporção, significando “nada em excesso”.
Os gregos não procuravam nem o paraíso e nem o inferno. Os deuses gregos tinham
feições humanas porque a beleza estava na forma do ser humano.
Foi nessa civilização que surgiu OMERO, ARISTÓTELES, SÓCRATES, FIDIAS,
ICTINOS, PLATÃO (que escreveu “A República”), PITÁGORAS (dizem que ele deu
o nome de “filosofia” à filosofia), PÉRICLES e muitos outros para quem o homem
era a medida para todas as coisas. A partir do homem você constrói tudo.
A arquitetura grega é a mais familiar de todas para nós do que qualquer outra
arquitetura de qualquer época no mundo. As casas não tinham a menor pretensão de
serem muito suntuosas. Os Templos eram fantásticos e super importantes.
As casas não eram importantes porque eles não tinham reis e nem governantes.
Fizeram magníficos prédios, chamados “templos”, para protegerem as estátuas dos
deuses. Esses templos famosos eram como se fossem esculturas para eles. Tudo
muito bem organizado, bem feito, proporcional, e sempre construídos em locais
elevados acima das cidades, nas Acrópoles (que quer dizer acima das cidades).

Platão falou o seguinte sobre os templos:
“O templo deverá ser um ponto visto à distância e em aberto. É uma verdadeira
elevação à virtude, ao amor e ao prazer de ver”.




                                                                                   26
O Grego tinha que se maravilhar com tudo, que era o caminho da virtude. Ele tinha que
ver só beleza. A estética vai aparecer aqui, na Grécia.
Os templos eram primeiramente feitos com troncos de madeira. Tempos mais tarde irão
fazer essas colunas, sempre em mármore, com caneluras, para imitar os veios das
toras de madeira.
O tipo Dórico é a coluna que sai direto do chão, é mais grossa, com caneluras e em
cima é reto. Vai dar o nome a tudo aquilo que se parece com ela de “arquitetura dórica”.
É chamada também de coluna masculina, por ser mais robusta.
Coluna Jônica : Elas são mais fininhas, com caneluras, saindo sobre uma base e no
topo tem um desenho denominado “voluta”.
A voluta vai ser muito usada também depois no Barroco.
A época mais fantástica da Grécia será em 350 A.C., chamada de época clássica. É
quando surge a arquitetura, o teatro, a arte, e tudo o que gostamos até os dias de hoje.




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11a. AULA

Vídeo sobre Monet:
“The painter of Light
Monet at Giverny.”
Amadis

Comentários sobre os livros:

David Hockney. Marco Livingstone
Artista Pop, inglês. Pop vem de popular. Artista dos anos 60 para frente. Vai se
apropriar do popular, o que é feito em série, industrializado, o que se usa todo dia e
fazer disso uma arte. Vai até Los Angeles e lá descobre que todo mundo tem piscina e
ficando fascinado vai fazer uma série de obras sobre isso. É um artista homossexual
assumido, o que influencia a arte ao pintar muito homem nu. Caravaggio, no Barroco,
também fez a mesma coisa.

Cláudio Tozzi. O universo construído da Imagem.
Jacob Klintowitz - Valoart S.A.
Artista brasileiro, nascido em São Paulo. Está fazendo hoje um abstracionismo quase
geométrico. Faz trabalho em acrílico, com cores bem fortes (vermelho, azul e amarelo),
com construções e recortes. É um grande pesquisador. Fez o painel da estação do
metrô da Sé. Teve várias fases em sua carreira.
Fez uma instalação com um cilindro de alumínio onde vai refletir o desenho de um nu
que está abaixo, em uma escala bem aberta.

Balthus. Atanislas Klossowski de Rola
Harper & Row
É artista inglês e seu trabalho está no Metropolitan e no Louvre. Morreu no final do ano
passado. Sua pintura é muito estranha. Não é impressionista, surrealista,
expressionista, etc. Sua forma de pintar é única. Pinta muito as ninfetas. Não chega a
ser surrealista. Ele era casado com uma japonesa muito bonita que vai retratá-la e
influenciar muito sua arte. Vai usar muito os tons pastéis.
Retratou também Joan Miró.

Goya - Eyewitness Art. Esta tendo uma retrospectiva no Metropolitan do Goya e do
Rembrandt, para mostrar quais são os quadros verdadeiros e quais não são.
Este livro é muito interessante pois mostra a vida do pintor e como ele pintava. Mostra
desde o Goya acadêmico até o Goya expressionista.
Pode-se levar uma vida para o pintor descobrir o seu estilo. Picasso é que teve sorte
em descobrir o cubismo quando era jovem antes dos 30 anos de idade. Foi cubista
somente 5 anos e depois fica indo e voltando para este estilo. Pintou até os 92 anos.

Van Gogh - Eyewitness Art




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Monet - Eyewitness Art
No MOMA de Nova York tem um painel imenso das ninféias de Monet e atrás desse
painel pode-se admirar a vista de Nova York.
No Metropolitan também tem um templo Egípcio ao mesmo tempo em que se vê o
Central Park do lado de fora.
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Slides sobre a Grécia

        Deus de 3 cabeças que estava no Parthenon
        Deusa em mármore da época clássica. Figura idealizada.
        Jovem da época clássica por estar apoiado sobre um tronco.
        Duas Amazonas da mitologia Grega. Hoje em dia os historiadores estão
        chegando a conclusão de que essa história era verdadeira.
        Templo redondo THOLEI próximo a Delfus
        Templo Jônico
        Templo Dórico, com Frontão e Métopas.
        Deus Pan e Eros, escultura clássica
        “Diana a Caçadora”
        Escultura helenística em bronze com olhos de pedra
        “Vitória de Samotracia”, helenística, está na subida do Louvre. Esta estátua
        era localizada na proa do navio. Não tem cabeça e a roupa está colada em
        seu corpo mostrando a transparência. Foi achada numa região chamada
        Samotrácia, submersa em um rio.
        Obs.: As três damas do Louvre são: Vitória de Samotrácia, deusa de Millus e a
        Monalisa.
        Jovem esculpido em bronze
        Escultura helenística de um menino que está no Museu Nacional de Atenas
        Templo de Apolo que está no meio de Atenas
        Escultura clássica do Deus Baco (deus do vinho)
        Escultura helenística de Sócrates
        Escultura helenística do rosto de um boxeador cujo nariz está deformado.
        Feito em um mármore não polido misturado com calcário. Foi pintado.
        Templo em Atenas (Nike Atena)
        Coluna Corintia
        Teatro de Epidauro, com acústica perfeita.
        Detalhe do Templo Parthenon, um friso feito em alto relevo onde mostra a
        procissão das virgens com as oferendas para a deusa Atenas. Este friso foi
        tirado e levado para o British Museum.
        Mais detalhes sobre o Parthenon, em alto relevo.
        Deusa carregada dentro da água, onde pode-se notar a transparência da
        roupa. Período clássico.
        Escultura helenística de um Deus
        Três deuses (menos importantes) conversando no Olimpo. Está no British
        Museum. É feita em alto relevo.
        Mosaico grego que retrata sobre a mitologia, os deuses. Como tudo era feito
        para a mitologia, provavelmente a pintura também tinha motivos mitológicos.

                                                                                                                 48
Pintura feita em Pompéia (toda arte romana é cópia da grega)
         Sandro Botticeli, na época de Pompéia, ficou encantado com essa pintura e
         se inspirou para fazer a “Saudação da Primavera”
         Atenas, vista de Acrópoles e do Parthenom
         Vista de Atenas
         Subida da Acrópole e vista da primeira Pinacoteca
         Parthenon, Dórico, com frontão e oito colunas de frente com 17 colunas nas
         laterais e sua construção ligeiramente curva para ser vista reta de longe.
         Tinha a          deusa de Atenas dentro. Foi implodido por uma granada.
         Cariátides, são estátuas de mulheres que estão sustentando o mundo. Estão
         localizadas em um templo pequeno e apenas uma é verdadeira e as outras são
         réplicas. Está no British Museum.
         No centro da coluna grega tem o “dentelo”, que é um espaço para colocar
         um cilindro de madeira onde é encaixado e serve para segurar os pedaços
         de colunas que são sobrepostos.
         Escultura de um homem no meio das ruínas de Atenas.
         Não só os encaixes mas todos os dentes são chamados de dentelos, e estes
         são das caneluras vistos por cima.
         Museu que fica embaixo do Parthenon.
         Vista do Parthenon à noite
         Entrada da acrópoles vendo o Parthenon por trás
         Porta de Adriano
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Continuação da aula: o Gótico

O termo Gótico vem da palavra GODOS que vem de Bárbaros.
O Renascimento classifica de “bárbaros” os Góticos. A idade Média é a época do
Gótico. Vai surgir uma coisa fantástica na Idade Média que são as Catedrais Góticas.

Pré-história é 400 séculos A.C. (40.000 anos A.C.)
Egito no auge 3.500 A.C.
Grécia no auge 350 A.C.
Gótico 1100 D.C.

Entre a história da Grécia e o estilo Gótico, temos a história de Roma, onde a
descoberta do Arco será o único acontecimento importante da época.
O Gótico só existe na Europa. Fora da Europa pode existir somente o “Estilo Gótico”.
O Gótico começou na França por volta de 1100, no norte de Paris, na ilha de La Citè
com A Catedral de Notre Dame.




A arte Gótica vai nascer com as cidades. Ao ser construída a Catedral Gótica, que leva
de 200 a 300 anos, as cidades começam a nascer ao seu redor devido ao número


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grande de pessoas que trabalham na construção. A cidade de Chartres nasceu com as
pessoas que foram chegando e morando ao redor da catedral.
As Catedrais Góticas vão ser verticais, enquanto que os templos gregos horizontais.
Tanto a Catedral Gótica quanto o Templo Grego tem uma arquitetura fantástica. O
templo grego é só para ser visto. A Catedral Gótica é para o homem rezar dentro.
A Catedral vai ser vertical que é para “levar” você para o céu.
Obs.: A Basílica da Catedral é renascentista.

O Gótico Francês é bem diferente do Gótico Italiano, Espanhol, Inglês, Português. Ele
são muito diferentes entre si.
O gótico, em seu esplendor, é como uma gaiola de vidro e de pedras.
O peso das paredes cedem o lugar aos vitrais, dando leveza à construção.
A catedral Gótica é muito grande e não dá para abrangê-la com um só olhar. A forma
de vê-la é fragmentada. É quase que uma visão cubista.

Em 1840 ao redor da Catedral de Notre Dame existia muitas casas medievais que
foram retiradas ao seu redor para que ela fosse vista melhor de longe.
Para ver a Catedral de Notre Dame devemos começar a vê-la de frente, indo depois
para o lado esquerdo, até o fundo, para o lado direito e por último atravessar o rio Sena
pela ponte para vê-la do outro lado.




                                                                                      50
12a. AULA



Comentários sobre os livros:

MONDRIAND AND DE STIJL
Serge Lemoine - Universe

KLIMT
Frank Whitford
World of art

KLIMT ET VIENNE
S. Rasponi
Celiv

RENOIR
par Daniel Wildenstein
à l’école des grands peintres
“Papa” do impressionismo. Teve uma fase bem diferenciada, fazendo a pintura bem
detalhada, chamada de fase Raphaelista.

CATALOGUE OF THE COLLECTION
Whitney Museum of American Art
O museu Metropolitan, que tem 2 milhões de obras, não aceitou a doação de uma
coleção de arte contemporânea possuída por uma mulher chamada “Da. Glória”. Ao
redor de 1910, Da. Glória resolveu abrir o Whitney Museum para expor essas obras.
Este museu fica em New York na Madison Ave.

de VAN GOGH à MONDRIAN
l’art aux Pays-Bas
Beaux Arts - Paris Musees
Mostra a pintura de Van Gogh até chegar à Mondrian.
Mondrian e Van Gogh são holandeses. Mostra as influências de Mondrian na
arquitetura.

KLEE
Will Grohmann
Ars Mundi
Pintor que lida com símbolos, da mesma forma que Miró. Vai lidar muito com veladuras.
Pinta uma camada em cima da outra por diversas vezes. Tem muito no MOMA de New
York.

TURNER



                                                                                  51
VÍDEO

ORSAY painting, sculpture, objects d’art, photography, architecture
ODA, 1990
Musée d’Orsay
Réunion des Musées Nationaux
Centre National de la Cinematographie
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Continuação sobre o Gótico:

A Catedral Gótica é super importante e é uma das coisas mais importantes que os
franceses fizeram além do impressionismo.
A Catedral de Notre Dame de Paris é uma das primeiras Catedrais localizada na Ilha de
La Citè, onde começou a verdadeira Paris. As primeiras pessoas que viveram na
França, foi em Paris. Paris foi o começo da França, na ilha de la Citè.
Ela parece flutuar através da vista do Rio Sena, pelo fato de não existir nenhuma
construção ao seu redor desde 1800 e pouco. Nessa época as construções medievais
foram demolidas. Muita gente foi contra na época.
A Catedral de Chartres tem os mais bonitos vitrais. Ela está totalmente povoada ao seu
redor não sobrando espaço para ser apreciada.
O Gótico vai aparecer em vários países. Começou na França, aparecendo depois na
Inglaterra, Espanha, Portugal, Itália (Duomo de Milão) que foi o último a aceitar. Cada
país vai ter uma forma diferenciada de fazer o gótico.

Anterior ao Gótico tem o ROMÂNICO: Próximo de Assis tem muita Catedral românica.
A Igreja do filme “O nome da Rosa” é românica.

CARACTERÍSTICAS DO ESTILO ROMÂNICO:

As paredes são grossas
Na frente da Catedral românica tem rosáceas (foi quando começou a surgir as
rosáceas)
Tem vitrais
Não tem frontão

CARACTERÍSTICAS DO ESTILO GÓTICO:

Tem que ter rosácea
Contraforte (é o que segura a Catedral)
Arcobotante
Gárgulas
Janelas vitrais (muitos vitrais)



                                                                                                                 52
O vitral é fundamental pois vai surgir quando eles descobrem uma técnica de colocar o
vidro no meio da parede de pedra não prejudicando a sustentação do prédio.
O Gótico que é do ano de 1100 DC, não vai existir na América, somente na Europa.
Nessa época as Américas não tinham sido descobertas.

GRANDES OBRAS GÓTICAS:


Itália:
Catedral de MILÃO, início (+/-) 1386. Levou séculos para ficar pronta.
Catedral de ORVIETTO (cidade de ORVIETTO)
Palácio Comunale di BOLOGNA, construída no princípio do séc. XIV.
A construção C’DORO (em VENEZA, próximo a praça de São Marcos) séc. XIII
Palácio Vecchio ou Della Signorina (1298 a 1320) em FIRENZE, tem grandes torres de
vigia que era para convocar os cidadãos.
Esses palácios são todos feitos em pedra ou com mármore que são chamados de
GÓTICO TOSCANO, e estão sempre com campanário.
Eles são chamados de ESTILO PRÉ-RENASCENTISTA OU GÓTICO TOSCANO.
Nessa região da Itália (Toscana) compreende Bologna, Firenze, Veneza, de Leonardo
da Vince, Michelângelo, Dante Alighieri que são considerados do Norte da Itália (os
fidalgos). Geralmente são cidades com a terminação “i”, “e” ou “ie”.


Espanha:
Catedral de TOLEDO iniciada em 1291 e concluída no séc. XVIII
Catedral de SEVILLA iniciada em 1400 e concluída em 1510
Catedral de GERONA


França:
Catedral de AMIENS
Catedral de ANGERS
Catedral de REIMS
Catedral de CHARTRES


Alemanha:
Porta da cidade de LUBECK, fortificada, construída de tijolinho, com vitrais do lado.
Portal da Catedral de BASILÉIA, do final do séc. XII
Catedral de NUREMBERG, construída por Carlos V. O tema é a “Glorificação da
Virgem”. Toda Catedral tem um portal.
Catedral de COLÔNIA (KÔLL)




                                                                                  53
Inglaterra:
Catedral de WELLS, com muitas “nervuras” no interior. A catedral inglesa geralmente é
mais baixa do que a francesa. Isso ocorre porque o solo da Inglaterra, de um modo
geral, é um pouco pantanoso não oferecendo uma boa sustentação por estar em cima
do mar e assim provocar muita infiltração de água. Tiveram que diminuir o tamanho da
Catedral Gótica por ela ser muito pesada ficando mais horizontal do que vertical em
comparação às Catedrais do resto da Europa.
A Capela de Henrique VII, na Abadia de WESTMINSTER em LONDRES e onde está
enterrado Henrique VII.
ABADIA DE GLOUCESTER
Capela do KINGS COLLEGE em CAMBRIDGE. A Inglaterra é de religião anglicana não
existindo portanto imagens dentro dela.


Portugal:
Torre de Belém , parece torre militar. Estilo MANUELINO ou GÓTICO TARDIO.
Mosteiro da Batalha , construído por D.João I de Portugal. Início da construção em
1387.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Apresentação de Slides:
Porta de Lubeck, gótico alemão.
C’Doro em Veneza, gótico tardio, não é toscano. Em Veneza, durante a Idade Média vai
coexistir os estilos Gótico, Barroco e Renascimento.
Campanário em Firenze, Gótico Toscano.
Catedral e AMIENS na França
Catedral de REIMS, na França
Catedral Terragona, o claustro, na Espanha
Catedral de Saragosa, na Espanha
Mosteiro de São Bento, em Portugal
Portal de uma catedral com esculturas em alto-relevo
Vitral do Mosteiro da Batalha, em Portugal.
Catedral de Wells, em Cambridge
Interior da Catedral de Wells
Toledo, onde nasceu El Greco
Esculturas da Idade Média, são santos estáticos que não tem muita expressão e os
trajes cobrem todo o corpo. A igreja católica não permitia que aparecesse santo com
emoção. Cristo está sempre descalço para pisar e sentir a Terra. Todas as pessoas que
são mais importantes estão do lado direito da igreja e as menos importantes do lado
esquerdo. Não existia a imprensa e porisso eles tinham que documentar desenhando
tudo.
Catedral de Notre Dame de Paris (tem 3 portais)
Catedral de Notre Dame (vista aérea), esculturas de bronze esverdeado
Nossa Senhora de Paris (escultura), sem expressão
Rosácea da Catedral Norte Dame de Paris
Gárgula da Catedral Notre Dame de Paris




                                                                                                          54
13a. AULA


Comentários sobre os livros:

L’Art Nouveau
Klaus - Jürgen Sembach
Taschen

Leonardo da Vinci’s Fabulous Machines at Claslucé in Amboise
Edited by Clos-Lucê
Le Clos-Lucé, 37400 Amboise (Indre et Loire)
Val de Loire, France. Tel. 47 576288
Printed in France

Los Pensamientos de Leonardo da Vinci
A.D. Sertilanges O.P., miembro del Instituto
Val de Loire, France

Mary Cassatt
Getting to Know the World’s Greatest Artists
Written and Illustrated By Mike Venezia
Childrens Press - Chicago

ORSAY el museo,
las collecciones
Los grandes museos 5OF
Beaux Arts
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Vídeo sobre a Vida e Obra de Michelangelo
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dicas de viagem: Ver Capela do Médici em Florença.
Em Off” - A primeira pessoa que comprou a “Monalisa” foi Luís XIV, o Rei Sol, de
Versailles. Leonardo da Vinci morreu na França.
Arte Nouveau - acontece próximo do impressionismo (1874), entre os anos 1880,
1899. É, enquanto arquitetura interna, cansativa e fria. Exteriormente vai ser muito
interessante como pode ser apreciado no metrô de Paris.
Gaudi é arquiteto espanhol e é considerado um grande arquiteto de arte Nouveau. Para
Mali, Gaudi é Gaudi, e não o considera artista da Arte Nouveau. Ele pertence à época
da Arte Nouveau, em Barcelona.
Arte Nouveau que significa Arte Nova, vai surgir em Paris.
Gaudi vai trabalhar com “cacos”, como pode ser visto na “Sagrada Família”.
A Arte Nouveau é uma arte muito sinuosa. No final do século passado tudo que era
feito à mão passou a não ter mais valor, pois o que era feito à máquina passou a ser
fantástico e valorizado. Quem tinha produtos feitos à mão foi se desfazendo, causando
o surgimento de antiquários no mundo inteiro.


                                                                                                         55
Um grupo cansado da industrialização, da massificação e querendo trabalhar com outro
tipo de coisa, faz surgir a Arte Nouveau.
A Arte Nouveau tem linhas sinuosas, sensuais, redondas e com motivos sempre
relacionados à flora e a fauna de cada lugar. É uma arte feita “à mão” em materiais
como o vidro ou madeira e aplicada também na arquitetura.
O único grande pintor que viveu na época da Arte Nouveau foi o “Klimt”.
Decoração em arte Nouveau é extremamente cansativa.
Tiffany, fantástico artista americano, faz belíssimos lustres em arte Nouveau. Tem
muita coisa dele no Museu Metropolitan.
Na Gare D’Orsay tem muitos móveis da “Arte Nouveau”.




                                                                                 56
Continuação da aula: O Renascimento


“OUSO TUDO QUE UM HOMEM PODE OUSAR, QUEM OUSAR MAIS DO QUE ISSO
NÃO O É”
Lord Macbeth - Shakespeare.

Shakespeare - pai do renascimento.
A frase acima significa que tudo tem limites. É o começo do renascimento quando o
homem descobre que tem de ser ousado, mas respeitando os limites.
Renascimento é expansão, expressão e emancipação.
Expressão: É a invenção da imprensa por Gutemberg.
Expressão implica consciência daquilo que é expresso.
Expressão é uma coisa impressa, através da imprensa que Gutemberg criou e que
permite mandar a informação para o mundo inteiro.
Anteriormente as coisas eram mais faladas do que escritas, já que era muito
complicado escrever. Tinham que escrever muitas cópias para fazerem uma divulgação.
Era muito trabalhoso. Com o advindo da imprensa, a máquina vai fazer milhares de
cópias, facilitando a divulgação e o trabalho.
Emancipação: O trabalhador passa pela primeira vez a ser assalariado. Vai sair do
regime feudal da Idade Média. Passa a ter mais consciência da importância de seu
trabalho, que passa a ser muito mais valorizado. No regime feudal existia a troca de
serviços e mercadorias.
Expansão: É quando o homem descobre a América. Quando todo mundo tinha uma
civilização super organizada na Europa e o homem descobre outro mundo com pessoas
primitivas, sem roupa, com a linguagem muito diferente, praticamente sem organização
social, nada a ver com civilização. É lógico que a visão do mundo e da arte foi
modificada. Teria o mesmo significado da descoberta da existência de um planeta
habitado.
O Renascimento ocorre entre 1400 e 1600 D.C.

APOGEU
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
40.000 A.C.                        Auge da Pré-história

3500 a 2500 A.C.                   Auge do Egito (esfinge, pirâmide)

350 A.C.                           Grécia Clássica ou de Péricles -Construção do
                                   Parthenon na Acrópoles

40 D.C.                            Roma

1 A.C. a 1100 D.C.                 Gótico

1400 a 1600 D.C.                   Renascimento




                                                                                                              57
Renascimento é um renovar, recomeçar, renascer. Surge da Idade Média onde o
homem não tinha nenhum valor. O “homem” renasce, renova-se e religa-se. O homem
passa a ser o centro de todas as coisas e não mais “deus”, da mesma forma que os
gregos faziam. É um renascer em cima da Grécia Antiga, da antigüidade. É no
Renascimento, período muito forte, que surge a arte de todos os pintores do mundo.
A escultura e pintura nós conhecemos desde a Grécia, mas as pinturas dos pintores
famosos que encontramos nos museus começaremos a conhecer a partir daqui.
O renascimento vai criar uma “nova concepção do homem”, que perdura até hoje.
É neste momento que surge o conceito do individualismo, do homem possuidor de
direitos inalienáveis.
O mundo passa a ser encarado criação de “Deus”. Mas, nada impede que essa criação
de Deus seja feita à serviço da humanidade. Não impede que Deus sirva à humanidade.
Durante a Idade Média “Deus” era poderoso e distante.
No Renascimento, “Deus” existe, é único, mas posso conversar com ele.
No Renascimento a ciência liga-se às técnicas e às artes.
Vão aparecer os “Humanistas”, homens que conhecem tudo profundamente e que
jamais serão especialistas.
A BAUHAUSS, que surgirá no futuro, será uma escola que fará o trabalho em cima do
Renascimento (1929, na Alemanha).
O homem tem que entender de literatura, anatomia, várias línguas, etc.
O “especialista” é o homem do século XX.
Platão vai ser muito importante para eles, porque estão baseados na cultura Grega.
Renascimento é o resultado de um impulso universal, de uma disposição de
espírito, da vontade de mudar a humanidade.
É uma necessidade de uma mudança de ver e sentir.
A Idade Média estava muito parada, estagnada. Não inventavam e não criavam nada.
Viviam muito em função da Igreja. Quando construíam uma Catedral Gótica ficavam
200 anos ao redor daquela Catedral para a sua construção.
Todas as invenções e criações eram feitas em função daquela Igreja. As construções
eram demoradas porque não tinham uma tecnologia desenvolvida. Tudo isso pode
assistido no filme “O nome da Rosa”.
O Renascimento começou em Florença, na Itália.
Depois se alastrou por toda Europa Ocidental dominando o mundo completamente
entre 1400 a 1600 D.C..
Vai mudar muito a relação do homem com a natureza. Vai procurar saber sobre a
natureza, como ela reage.
Essa busca do conhecimento das leis da natureza, é para melhor aproveitá-la às
necessidades do homem. Não é o saber pelo saber pela essência como na antiga
Grécia, é o saber para poder usufruí-la melhor. A ciência liga-se à técnica e à arte.
A medida que a natureza se transforma em uma coisa digna de ser usada, ela passa a
ser valorizada. Até agora a natureza não era valorizada.
O homem tinha horror à natureza pois viviam muito mal. As cidades pegavam fogo, pois
as casas eram feitas de madeira. As pessoas morriam de frio e dormiam mal com as
casas de madeira. Em locais muito ensolarados as pessoas morriam de calor. A
natureza era uma coisa muito nefasta.
De repente, no Renascimento, eles percebem que a natureza pode ajudar muito.



                                                                                  58
Vão estudar o vento dando o surgimento dos moinhos de vento. Vão estudar a água,
aparecendo as represas. E vão estudar uma série de coisas que até agora não tinham
estudado. Passam a pintar a natureza nos quadros porque vão valorizá-la e
adequar-se à ela.
Eles não vão imitar os antigos, mas complementá-los. Vão se basear nas melhores
idéias dos antigos, o que existia de melhor. É um renovar em cima da Antigüidade,
sem imitá-la.
Para Mali, o quadro “Adão” que está na Capela Sixtina, pintado por Michelangelo, é o
símbolo do Renascimento. Esta obra é o momento em que Deus aponta para o homem
que está deitado no chão, o qual se ergue perante Deus, sem nenhuma vergonha do
seu corpo nu e Deus está apontando com o dedo quase à sua imagem e semelhança.
Essa pintura não podia existir na Idade Média.

Homens importantes do Renascimento:
Giotto
Michelangelo
Leonardo da Vinci
Raphael
Ticciano
Tintoretto
Dante Alighieri
Botticelli
Colombo
Gutemberg
Vasco da Gama
Bosch
William Shakespeare (por volta de 1600, no final)

A arte passa a ser naturalista, mas o estilo é renascentista.
Em Estética da Arte: a arte pode ser idealizada ou verdadeira (em meados séc. XX). A
arte idealizada é aquela que nós vimos na Grécia, onde ela deixa de ser natural ao
copiar o corpo humano e aperfeiçoá-lo.
A arte verdadeira, quando vão desenhar o corpo realmente como ele é, vai surgir por
volta do século XX, apresentando depois uma queda e voltando a aparecer em finais do
século XX.
Até o Renascimento as pessoas não pintavam nada naturalista. As pessoas posavam.
As esculturas das igrejas eram um protótipo do que seriam os “santos”. Os santos eram
duros, sem movimento e vestidos completamente. Não existia o natural por que a Igreja
não permitia.
Era uma arte totalmente sacra. Ninguém fazia quadro para ser pendurado em casa. As
pessoas não sabiam ler. A arte era feita de uma forma que a leitura fosse muito
acessível.
As figuras dos santos eram postas uma do lado da outra para que o povo, ao chegar à
Igreja, pudesse reconhecê-los facilmente. Era uma história montada.
Começaram a perceber que o homem podia pintar a natureza tal qual ela se apresenta,
um pouquinho idealizada.



                                                                                  59
Arte2
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  • 1. 1a. AULA CURSO HISTÓRIA DA ARTEErro! Indicador não definido. PRÉ HISTÓRIA A arte nasceu com o homem e deu-lhe a consciência de sua capacidade criadora, a possibilidade de imaginar. É muito importante lembrar que a arte revela o ser, independente de cor, religião, locais geográficos, independente de qualquer coisa. Se a arte não revela o ser ela não será arte. A arte é comunicação. Esse sistema de comunicação é sempre ligado a um processo histórico. A arte pressupõe um público. Mesmo que ela não seja feita para o público sempre haverá um que irá olhar. A arte é emissora e receptora, ela emite e recebe ao mesmo tempo. Na pré-história, o homem se tornou artista há 400 séculos ou 40.000 anos. Esse homem apareceu na fase da Pedra Lascada, em um período chamado PALEOLÍTICO (Paleo=Velho, Litico=Pedra). Esses homens tinham uma sensibilidade criadora incrível, habilidade e inteligência para a arte quase como os homens de hoje. Homens da pedra-lascada, homens primitivos, homens das cavernas tem o mesmo significado. Ha 4 milhões de anos antes dos homens paleolíticos já existia homem na terra quase como macaco. Dessa época não temos nenhum registro. Não sabemos o que eles fizeram, apenas que eles sobreviveram. De arte só sabemos a partir de 400 séculos atrás. Nesses 2 últimos milhões dos 4 milhões de anos agente já sabe que o homem se utilizava de pedras e de paus. O homem, com certeza, desde 4 milhões de anos atrás já usava um instrumento, porque o macaco como exemplo pega uma planta ou uma pedra para jogar em outro macaco. Então tudo isso o homem já devia usar. Só que transformar pedras em utensílios levou séculos. Primeiro ele pensou o que fazia com os seixos (pedras lascadas) ou com gravetos. A partir dai ele vai associar forma à função, criando assim o utensílio. A madeira por não ser resistente não durou para que pudéssemos ter como prova mas, os objetos de pedra permanecem até hoje. Esse objetos pessoais foram se aperfeiçoando. Com o aperfeiçoamento desses objetos iremos entrar no Paleolítico, época da pedra lascada. O mundo era totalmente diferente, os homens viviam em cavernas, a temperatura era baixa, sempre no gelo. Viviam em regiões que correspondem hoje a França, Espanha, Inglaterra, Alpes, Síria, Palestina, Norte da África, em plena Ásia, no Himalaia. Viviam em grupos bem grandes para se protegerem. A caça era abundante nessas regiões. Apesar de se chamarem homens das cavernas, eles pouco habitavam nelas. Ficavam muito mais do lado de fora, por serem sufocantes, malcheirosas, sem luz,e feias. Do lado de fora eles podiam ver a mudança do dia e noite, o que achavam fantástico e completamente inexplicável para eles. 1
  • 2. As cavernas eram mais usadas como abrigos das intempéries do que como moradas. Esses homens são chamados de primitivos, não por serem mais simples do que nós, porque eles foram os primeiros do local mais próximo de onde começou a humanidade. O processo de pensamento deles era muito complicado, muito complexo. Existem milhares de pinturas rupestres (como são chamadas as pinturas das cavernas). Mesmo hoje vai ser chamada de “pintura rupestre” aquela pintura feita em tons crus, marrons, ocres. As mais importantes cavernas citadas na História da Arte são: Altamira na Espanha e Lascaux na França. São cavernas lotadas de pinturas rupestres. Antes do homem pintar os mamutes, bisontes, ele passava o dedo no pó da caverna e este nas paredes. Séculos depois ele vai pegar um osso e soprar o pó sobre sua mão na parede da caverna deixando a marca do contorno de sua mão nela. Depois começaram a pintar os animais sempre no fundo da caverna, em locais inóspitos, bem escondidos. Pintavam mamutes, bisontes (era como avô do elefante ou do boi). Esses locais eram bem inacessíveis e provavelmente subiam um em cima do outro para alcançarem. Foram descobertos vestígios de luz artificial, tochas recobertas de gordura animal, para poder iluminar o fundo da caverna. A explicação disso tudo é “a magia propiciatória”. O homem era monista, quer dizer, o mundo para eles era uma realidade só e única. Não separavam o visível do invisível. Não sabiam a diferença do mundo material do espiritual. Ele pintava o que via. Não sabia a diferença do real para o irreal. A magia propiciatória era o pintar e o matar o animal através do desenho, como se fosse uma mágica, não distinguindo o real do irreal. Essa pintura vai ser uma “pintura realística e figurativa” porque ele vai pintar tal qual ele vê. É a primeira vez que existe um estilo na história da arte. O homem pré-histórico desenhou muito bem os animais. Ele não desenhou nunca homens porque ele não queria matar outro homem dessa forma, do mesmo jeito que não pintava a flora. Ele precisava do outro homem para preencher aquela imensidão do mundo que estava totalmente vazia. Se ele tivesse um poder sobre outro homem isso iria causar muito medo. Ele precisava do animal para sobreviver e não do homem. Se ele não matasse o animal, ele morria. O animal dava a carne para ele se alimentar, a pele para ele se vestir,e os ossos para ele usar. O domínio técnico dos homens da caverna é surpreendente. Primeiro utilizou o dedo como pincel, depois o pincel bem rudimentar feito de pêlos e penas de animais. As cores empregadas eram ocre, vermelho, sépia. Essas cores eram devido aos materiais orgânicos de que eram feitas como: fibras, sangue, sementes, ossos carbonizados, carvão vegetal (que usamos até hoje). Não existia requinte por não haver intenção de fazer arte, decorar. O padrão de qualidade não difere do nosso hoje. É tão bom quanto os de hoje. O que difere são as idéias. Não iríamos pintar hoje com a finalidade de fazer magia propiciatória. A história da arte não é uma história de progressos de técnicas. É uma história de artistas, de pessoas em mutações, com criações, idéias (conteúdo e formas, mas mais de conteúdo), e não de técnicas. 2
  • 3. Você pode ter muita técnica mas se não tiver uma concepção artística dificilmente fará alguma coisa. As ferramentas rudimentares que usaram foram feitas com a mão. A caverna de Lascaux foi descoberta em 1940, há pouco tempo, e é chamada a catedral das cavernas. Tem dezenas de representações de animais como: cavalos, vacas, bisontes, mamutes, touros pintados de tamanho natural e de corpo inteiro. Tem uma ordem entre as figuras que parecem um código de composição. Altamira, na Espanha, tem 2 metros de altura, 18 metros de comprimento e 9 metros de largura. Foi descoberta em 1879, ao acaso, quando um pai fazendo um picnic com sua filha, essa descobre um buraco que a leva a outras salas com muitos desenhos. Ela corre para avisar o pai e esse chama os peritos para estudar a caverna. Se não fossem os terremotos e os deslocamentos de terra que tamparam essas cavernas, não saberíamos nada sobre esses “museus do mundo”. E, como as tintas foram feitas com materiais orgânicos, elas permaneceram até hoje. Nas cavernas do período paleolítico foram descobertas algumas simbologias inexplicáveis como o “quadrado”, que não existe na natureza. Obs. O auge do abstracionismo é fazer quadrado, porque não existe na natureza. Os cientistas não gostam de que sejam fotografados esses desenhos. Eles acham que podem ser desenhos referentes a extra-terrestres. É um estudo muito sério e não se sabe a realidade. É através do carbono 14 que se constata tudo da época pré-histórica, paleolítica. A arte é realmente a expressão de uma época. O pré-histórico da era paleolítica fez esculturas de figuras femininas em pedra, mulheres de seios enormes, ventre saltado e nádegas enormes, que seria a representação de mulheres grávidas, como “deusas da fertilidade”. É a conquista do pré-histórico de sua capacidade de representar as três dimensões. Outras formas de arte são as gravuras. Eles fazem incisões nas cavernas aproveitando os relevos para dar volume nos desenhos. Os retângulos, triângulos, quadrados, não se sabe como eles tinham conhecimento dessas formas. Nunca ele fizeram representação escultórica de macho, só da fêmea. Deve ser por causa da fertilidade. Começa o período neolítico, na pedra-polida, 8000 anos depois (dos 40.000). A temperatura era mais amena. Os homens abandonaram a vida nômade, porque com a temperatura amena podiam ficar mais tempo no mesmo local. Na época do paleolítico ficavam pouco tempo na caverna, pois esta começava a deteriorar, entrar água, amontoar um monte de ossos, sem deixar espaço para andar. Eles então largavam tudo lá e escolhiam outro lugar. Com o tempo mais estável eles passam a ter uma vida sedentária. O homem neolítico consegue o controle sobre a sua alimentação. Começa a plantar, a cultivar e se organizar socialmente formando aldeias. Nessas aldeias não tinha chefe, nem rei por não haver ainda uma hierarquia. A arte passa a ser feita do lado de fora na entrada das cavernas com o objetivo de serem vistas. Vai surgir as primeiras figuras masculinas. O homem será representado mais forte e mais alto do que a mulher. Não é mais uma magia propiciatória. A arte é feita pela arte. 3
  • 4. Pintam do lado de fora mostrando os atos da vida coletiva deles, como uma forma de leitura de suas vidas. Eram pinturas sobre a caça, como eles pintavam, etc. Assim vão documentar para as vidas futuras o que a sua comunidade fazia. Eles também começaram a dançar e a cantar. O cantar era um ajuntamento de sons para cultivar os trabalhos coletivos do plantio e da colheita. Eles percebem que se derem as mãos e saírem cantando a colheita iria ser muito mais interessante. É a primeira mudança de estilo na história da arte. O homem passa de figurativo realista para a pintura geométrica. Tudo é geometrizado e certinho. Vai pintar de uma forma muito esquematizada e muito pior que o homem paleolítico. A arte neolítica dá um passo atrás pintando da mesma forma que a criança pinta hoje. As suas preocupações são outras. Passa a ser um ser social. Vai acontecer uma revolução social, artística econômica e política. Uma das coisas muito interessantes do homem pré histórico é quando ele toma consciência da dependência que vivia do bem e do mal. Ele percebe que tem uma coisa que domina e toma conta dele, que é a natureza. Ele percebe que a colheita não depende dele, mas de alguma coisa além dele. Ele pode cultivar e, de repente, não ter essa colheita por causa de uma chuva de granizo ou de uma tempestade. Ele percebe que quem rege o destino do solo é a natureza. Ele tem a concepção que existe um ser, benéfico ou maléfico, alguma a coisa a mais que é dono de tudo isso e que precisa tomar cuidado. A partir da consciência desse ser vai surgir a necessidade da crença e do culto. Começa então a surgir a religião para protegê-lo, ajudá- lo. Vão surgir também mitos, símbolos sagrados, cerimônias fúnebres, sepultamento. Vai aparecer tudo. Vão aparecer as primeiras esculturas dos “deuses”. Ex.: “deus da colheita” Não tinha ainda a definição de uma mulher para um homem. O sexo era um ato animal, e feito na posição (por trás) como os animais. Eram muito primitivos. Acha-se que a primeira plantação foi feita na região Mesopotâmica indo depois para o resto da Europa. Eles cultivavam trigo, cevada, ervilhas, lentilhas, papoulas, linho, maçãs, uvas, cenouras e nozes. Com certeza esse cultivo começou no oriente médio por causa do clima muito seco. O primeiro animal domesticado pelo homem foi o cão. Ele auxiliava na caça, era fiel, amigo. Depois domesticou o boi, o porco e a cabra que abastecia de carne, leite e fibra para tecido. A última animal a ser domesticado foi o cavalo porque eles se alimentavam dele. O cavalo como besta de carga só vai aparecer na idade do bronze e como montaria só no final da idade do bronze quase na Idade Média. Uma das atividades artísticas mais importantes do neolítico é a cerâmica. A cerâmica era super importante porque utilizavam-na para tudo. Ex.: prato. Vai existir a cerâmica crua e cozida. A cerâmica cozida era feita mais no período neolítico. Eles guardavam as coisas nas cerâmicas porque elas conservam a quentura. Depois da cerâmica é que vai surgir a madeira. Eles faziam para dormir uma grande cama de cerâmica em formato de barco para segurar o calor. Restaram apenas pedaços dessas peças e muitos desenhos desse período neolítico documentando isso tudo. No período neolítico é que o homem podia ter quantas 4
  • 5. mulheres quisesse e a mulher não. A mulher só poderia ter outro homem quando o dela morria. A mulher fica em casa cozinhando, tecendo e fazendo tarefas domésticas. O homem sai para o campo para caçar e fazer a plantação. Na hora de colher a colheita a mulher e os filhos participavam. O homem não cozinhava. O único homem que cozinhava era o mágico da tribo para ele fazer rituais. Não vai cozinhar comida. Eles achavam que se o homem cozinhasse a comida seria uma comida envenenada. Durante séculos o homem vai ser proibido de cozinhar. Somente depois na Idade Média é que o homem vai aparecer cozinhando. Os grandes cozinheiros vão ser na época de Luís XIV, no Barroco. Eles passam a cozinhar a carne, não comendo mais carne crua e vão usar sal pela primeira vez. A idade do Bronze também foi descoberta por acaso, quando estavam fazendo uma fogueira em um acampamento quando, de repente, derreteram uma pedra que tinha cobre e estanho. Esses minérios derretidos formaram o bronze que quando esfriava endurecia rapidamente. Essa liga possibilitou modelar uma infinidade de coisas. Os utensílios ficaram bem melhores. No final da idade do bronze já não é mais considerado pré história. É quando eles fazem rodas, carros, etc. Uma grande descoberta sempre leva a outra grande descoberta. E, para finalizar, a Idade do bronze foi muito pobre artisticamente. A preocupação do homem na idade do bronze era em cima das descobertas técnicas, e utilitárias para a época, mais do que com a beleza. Obs. Vários pintores do século XX vão trabalhar em cima da história da arte primitiva, é o caso de Picasso. 5
  • 6. 2a. AULA COMENTÁRIOS SOBRE: EDD MORROW - Arte Pop . Faz silkscreen, litogravuras, serigrafias, gravuras, pinturas ARCIMBOLDO - surrealista da época do renascimento RUBENS MOMA DE NEW YORK EDWARD HOLPER APRESENTAÇÃO DE SLIDES: Bisonte de tamanho natural. Observar as cores, 40.000 anos atrás. Magia propiciatória - como se tivesse se apropriando do animal, castrando-o. Faziam sempre o animal de perfil. O chifres são de frente pois não sabiam fazer de perfil. Figura mosqueada (pegavam pedaço de couro, queimavam e faziam manchas com a gordura). Isso já mostrava uma técnica diferenciada. Animal ferido com uma flecha no meio. Foi aproveitado incisões da parede da caverna para fazer os músculos. Desenho da mão marcada soprando o pó através de um ossinho. Desenho de uma forquilha. Figura mosqueada. Escultura da deusa da fertilidade, com os seios e a barriga grandes. Figura da Idade do bronze. Repetiram o que os outros tinham feito. A única coisa importante foi a descoberta do bronze. “Capacete”. Pintura feita no Himalaia e que contém muita coisa que não sabemos o que significa. Ainda pertence ao período da pedra lascada, época paleolítica. Aparecem caracteres que são parecidos com letras. Figura achada nos Alpes Suíços. Idade do bronze. Cavalo feito em cobre revestido de ouro. Neolítico. Primeira mudança da história da arte. Vão pintar fora da caverna, o homem, os animais desproporcionais, o que está acontecendo na vida dele. Figura que Picasso vai introduzir no cubismo, da época paleolítica, um animal que vai transformar em figura humana. Cores usadas: preto, ocre, vermelho e laranja. Cores quentes e não frias. 6
  • 7. MESOPOTÂMIA MESOPOTÂMIA: quer dizer em grego região entre os rios Tigre e Eufrates. Situada no Oriente Antigo. Foi tão importante quanto o Egito. Quando as civilizações européias ainda estavam na pedra polida, a Mesopotâmia já era uma civilização. Até a metade do século XIX pouco se sabia da Mesopotâmia. Tudo o que sabíamos sobre a Mesopotâmia era através da Bíblia. Em 1927 os arqueólogos, depois de muita procura, acharam a cidade de “Hur” que começou 5000 A.C..Tinham tesouros soberbos como os dos egípcios. A Mesopotâmia foi uma civilização fantástica como a Egípcia, só que eles não faziam como os egípcios que trabalhavam em pedras, eles trabalhavam com adornos (que são tijolos pequenos de terra). Faziam tijolos pequenos um a um à mão, colocavam para secar e depois construíam palácios, sepulturas, etc. Com o passar do tempo essas construções não resistiram às mudanças e nada restou. Os rios Tigre e Eufrades inundaram toda a Mesopotâmia. Foi o dilúvio que a Bíblia comenta. Era como se tivesse acabado o mundo. Aparece Noé com seu barco e os animais para se salvar do dilúvio. A arte Egípcia teve poucas variações, enquanto a arte da Mesopotâmia teve muitas. Eles eram muitos povos como: caldeus, assírios, babilônios, fenícios, etc. Todos tinham uma forma muito diferenciada de falar, pintar, escrever, etc. O Museu do Louvre está lotado sobre as peças da cultura Mesopotâmica. Os arqueólogos descobriram vários montes chamados tells (téus) e que tinham lá no fundo tinham a civilização. Em 1927 eles escavaram os montes e descobriram as cidades da Mesopotâmia. Entre os muitos povos que faziam parte da Mesopotâmia, os Sumerianos foram os primeiros a dominá-la. As cidades eram independentes umas das outras, somente a força da religião era que unia todas elas. O culto aos deuses era muito forte. A religião era magia, tinha força de lei. Os templos para os sacerdotes era a construção mais bem organizada. Existia uma cidade chamada Uruqui, dos sumerianos, na Mesopotâmia. Nessa cidade tinha um templo fantástico todo branco, lindíssimo. No interior tinha tijolos bem pequenos e coloridos, surgindo aí a técnica dos mosaicos. Isso ocorre 5.000 A.C.. O sumeriano é o protótipo mais antigo das construções de dentro de casa. Durante 3.000 anos, ou seja até 2.000 A.C., todos os povos da Mesopotâmia fizeram as construções assim. Esse templo enorme que era equivalente a um prédio de 20 andares. Foi o local onde todos os povos como sumerianos, fenícios, etc, foram convidados para construir esse templo imenso. Os templos da Mesopotâmia que tinham esse formato chamavam-se Zigurat. Havia, no interior do Zigurat, os mosaicos. Tinha também só uma porta com uma escadaria que conduzia o povo a subir para rezar lá em cima, do lado de fora, onde estaria mais próximo de “deus”. Todos, escravos e não escravos, ajudaram na construção. Cada povo falava uma língua. Foi chamada de “TORRE de BABEL”, ninguém se entendia. 7
  • 8. A invenção da escrita aparece na Mesopotâmia em +/- 3.000 A.C.. Os sinais da escrita ao invés de serem desenhados, foram gravados na argila. Quando a argila estava mole, eles pegavam um estilete em forma de cunha e gravavam na parede. É por isso chamado de cunheiforme. A escrita da Mesopotâmia (3.000 A.C.) vai bater mais ou menos com os hieróglifos egípcios, sendo completamente diferentes um do outro. A fase histórica é praticamente a mesma. É um passo enorme da Humanidade. Obs.: A civilização mexicana aparece bem depois de Cristo. Ex.: os Maias. A Mesopotâmia fica hoje mais ou menos onde estão os países Irã, Iraque. A arte era feita para “deus”, principalmente a escultura. A escultura era super importante, especialmente para os sumerianos. Tinha um curioso detalhe: a desproporção entre a cabeça e o corpo. A cabeça era cuidadosamente elaborada, bem feita, enquanto o corpo eles nem ligavam. Isso acontece porque para o povo sumeriano, principalmente o caráter, a alma das pessoas, estava no rosto e o corpo servia só de suporte. O material usado para fazer as esculturas era muito variado. Eles utilizavam pedras, mármore, gesso, concha marítima, sendo que estes dois últimos não duraram com o tempo. O branco dos olhos era feito de conchas. O azul era feito lápis-lasure. Os olhos eram enormes e bem expressivos, dando expressão de fé e serenidade. Os acarianos vão aparecer em 3.000 a 2.500 A.C.. É um povo interessante, guiados pelo rei Sargão. Dominam toda a Mesopotâmia e toda a Síria. São guerreadores mas não são grandes artistas. Eles copiam a arte sumeriana. Portanto a arte acariana é muito parecida com a arte sumeriana. O que vai ter de diferente são as famosas “estrelas” ou “estelas” que são as pedras desenhadas, gravadas ou esculpidas. 8
  • 9. 3a. AULA Comentários sobre os livros: KANDINSKY- papa do abstracionismo gestual. Era grande poeta também. Como todo pintor teve sua fase acadêmica, trabalhando muito até chegar no gestual. Ficou encantado com uma exposição de Claude Monet sobre uma série de feno. Tentou pintar igual e deixou seu quadro em casa. Ao retornar da exposição o seu quadro estava de cabeça para baixo. Kandinsky achou que seu quadro estava melhor assim e passou então a pintar se preocupando menos com o conteúdo e mais com a forma. Ele tem um livro fantástico chamado “Do espiritual da Arte”. Kandinsky comentava “TODOS OS PROCEDIMENTOS SÃO SAGRADOS QUANDO INTERIORMENTE NECESSÁRIOS”. MUSEUM FINE ARTS OF BOSTON - Quadro da capa de John Singer, pintor impressionista norte-americano que foi redescoberto recentemente. Faz uma composição muito equilibrada e assimétrica. Usava um fundo escuro como Edward Manet. É uma releitura de “As Meninas” de Velásquez. Este museu apresenta também pinturas da época contemporânea como a do Edward Holper. OSCAR KOKOCHA- Pintor expressionista. Teve um caso com a viúva do grande compositor Gustave Maller. Ele pintou os dois. LEONARDO DA VINCI - Tinha vários desenhos de estudo do corpo humano. Escrevia da direita para a esquerda. Você só podia ler através do espelho. Clos Lucè, cidade onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos dias de sua vida. JEROME BOSCH - Pertence a época do renascimento mas é completamente surrealista. Criou a seita “adamita” para não ser preso na época da inquisição. Nasceu em Bosch o que seria hoje a Holanda. Seu quadro mais famoso é o “Jardim das Delícias”. PICASSO - livro de montagens. 9
  • 10. MESOPOTAMIA (continuação) Relembrando: Vão construir uma torre na Babilônia, chamada Zigurat para que as pessoas rezassem mais próximas de “deus”. A escrita chamava-se cuneiforme por ser em forma de cunha. A Mesopotâmia não ficou tão famosa porque o material usado nas construções não resistiu ao tempo por serem feitos de adobe (tijolinhos de pedra). Era uma cerâmica muito ruim. Descobriram que por baixo dos “tells” (montes) existia uma civilização fantástica. Era uma civilização tão rica quanto a do Egito. Eram povos unidos só pela religião. Kudurros eram os contratos feitos em pedra e escritos em cuneiforme. Era como os contratos de doações de terras. Os assírios eram tremendamente guerreiros e tinham um exército muito poderoso. Vão acabar com o primeiro Império Babilônico. Eles só não acabam com a cultura babilônica pois vão adquiri-la através da forma deles pintarem, escreverem, cantarem, e falarem. Vão implantar o terror na Babilônia. Assur é uma cidade muito famosa. Assurbanipal era o guerreiro imperador. Os assírios permaneceram na Babilônia de 1100 A.C. até 612 A.C. O poder deles chegou até o Egito. Eles chegaram a dominar o Egito e a Fenícia. O que eles produziram de arte era somente ligado às guerras e aos reis. A arquitetura era pomposa, grandiosa, imperial, gigantescas. Para construí-las pegavam cidades inteiras, prendendo as pessoas e fazendo atrocidades com elas. Fizeram desses escravos os construtores das grandes cidades. O assírio foi o pior povo da antigüidade. A moradia dos monarcas eram obras arquitetônicas fantásticas só que construídas com tijolinhos de barro. Muito do que sabemos vêm de pergaminhos desenhados. Não sobrou um monumento pronto, somente o Zigurat. Os egípcios ao contrário do que se pensa não só tinha os escravos como pessoas do próprio povo que ajudavam nas construções faraônicas. Não fazia o povo de escravo só para construir para eles. Os assírios pegavam a população e testavam a resistência dos velhos e crianças para ver quem conseguiria ficar mais tempo sem comer. Através dos escravos eles sabiam a resistência que eles precisavam ter. Fizeram transplante de córnea, por ex.: pegavam 2 irmãos e arrancavam o olho de um para colocar no olho do outro. Tudo isso para estudarem a ciência. Deixaram tudo por escrito, auxiliando séculos mais tarde com esses conhecimentos. Fizeram imensos tambores de cerâmica cheios de água para testar também a resistência das pessoas sob o sol fortíssimo com a água subindo. Depois testavam a resistência sem dar comida e depois sem dar água também. 10
  • 11. O rei Sargão da Síria, construiu um palácio com uma muralha. Essa muralha tinha sete portas e era ao redor do palácio medindo 300 hectares, o que seria mais ou menos 10.000 m2. Tudo isso foi erguido em apenas 6 anos por causa do trabalho escravo. Pegavam milhares de escravos até eles resistirem. Quando não resistiam mais substituíam por outros. A muralha tinha a altura de um prédio de 8 andares. Eles utilizavam números cabalísticos como o 7 e o 14. A cabala vai aparecer muito na Mesopotâmia e no Egito. Nesse palácio eles faziam rituais para o demônio. Isso também vai aparecer no Egito. O Rei Sargão cultuava essa coisa do mal. Ajudava os seus sacerdotes a cultuar o mal. O mal era que ajudava e não o bem. Não acreditavam em outra vida. O palácio do Sargão tinha 300 salas. Tem uma maquete no British Museum. Tinha 97 pátios, 10 salas de tronos, 22 salas de recepção, armazéns, celeiros, 77 quartos, 17 dormitórios de empregados e 7 banheiros. Tinha um enorme harém com 37 camas. Essas 37 moças desse harém não eram as preferidas. Tinha o super harém com 7 preferidas. As outras 37 ficavam na expectativa de algum dia serem chamadas. No grande Zigurat eles rezavam para que suas conquistas fossem sempre maiores. Na arte assíria o que mais se destacou foi o relevo. Tem um relevo famoso que é “A leoa ferida”, está no museu do Louvre e era do Palácio do Assurbanípal. Eles quase não pintavam, eles faziam relevo e arquitetura. Nos próprios registros das esculturas é que constatam que eram guerreiros e cruéis. Sempre mostra o horror, mortandade, matança em massa, tortura, cativeiro, trabalho forçado. Eles não escondiam essa crueldade. Somente em Ninive é que Assurbanípal mandou fazer baixos relevos, para seu descanso, onde tudo parecia ser bem tranqüilo. Ele realmente ele vai colocar essa tranqüilidade através dos relevos de árvores frondosas, músicos tocando, pássaros, lagos, mulheres passeando. No museu do Louvre você poderá ver esses relevos. Na síria, principalmente, vai aparecer a primeira propaganda onde o rei sempre aparece vencendo e os povos caindo e morrendo. Eles colocam só os assírios como vencedores, embora muitas vezes eles fossem os perdedores. O rei é o vencedor e todo o resto da humanidade perdedor. Todos os povos tinham medo deles. Em 612 A.C. os assírios foram destruídos pelos MEDOS (médos). Eles vieram da Ásia e junto com os babilônios que ainda restavam eles destruíram os assírios e reconstruíram a Babilônia que é chamada depois de Néo-Babilônia. Daí a Babilônia vai ser mais uma vez a mais esplêndida cidade do Oriente. Os jardins suspensos da Babilônia vão ser reconstruídos. Os jardins da Babilônia eram feitos de flores de várias cores sendo que, eram distribuídas por vários patamares debaixo para cima, azul, violeta, amarela e branca. Tinha um sistema de irrigação no qual a água passava por todos os patamares. A flores e folhas eram da mesma cor. Ex. No patamar azul, o caule, a folha e flor eram azuis também. Eram sete patamares. Tinha um platô na parte lateral, na época da Néo-Babilônia, onde eles plantaram grama e flores em um lugar completamente árido, inóspito, graças a irrigação. 11
  • 12. Mais tarde os judeus foram estudar como eles fizeram essa irrigação para resolver esse problema na terra deles. Quando Siro, rei da Pérsia, bem mais tarde dominou a Babilônia, destruiu tudo com exceção do Zigurat por considera-lo um marco muito forte. Foi o fim do esplendor da Babilônia. A única pintura que foi registrada da Mesopotâmia é a cidade de Ur. Em UR eles gostavam tanto de ouro que faziam muita jóia usando também muito rubi, esmeralda, e ouro vermelho que mandavam buscar no mundo inteiro. Eles obrigavam as mulheres a usar ouro. As solteiras usavam um bracelete no braço, um grande colar e uma pulseira também na perna. Em todos os museus do mundo você vai encontrar essas jóias. Quando essas moças casavam elas passavam a usar somente o bracelete no braço com ouro de 2 tons sem rubis e esmeraldas. Tiravam o colar do pescoço porque elas não estavam mais presas aos pais e sim ao marido. Aí começou o cinto da castidade. Elas colocavam um cinto no quadril, feito também em ouro, quando os maridos saiam de casa para guerrear, ou outro motivo, para indicar que o homem não estava em casa. Não era um cinto como o de castidade ainda, era só apoiado no quadril e não tinham pedras preciosas. As pedras eram usadas só nas solteiras. Após casar o marido é que representava as pedras preciosas, sendo portanto tiradas dos cintos. Só na Idade Média é que surgiu o cinto de castidade do jeito que conhecemos. Quando o homem era solteiro (mas noivo) ele tinha um grande anel no dedo anular. Quando eles casavam passava para o outro dedo anular da mão esquerda. O anel era tão grande que ocupava o dedo todo sem poder dobrá-lo. Depois é que vai surgir mais tarde a aliança. Na Mesopotâmia é que vai aparecer o esmalte pela primeira vez. Eles usavam uma substância vermelha que eles tiravam de uma árvore que hoje não existe mais. Era uma árvore parecida com romã. Era uma substância orgânica que eles maceravam até conseguir o vermelho, misturando também com outras substâncias. Ficava na unha por um ano. Na realidade era uma tinta, pois só hoje é que denominamos esmalte. Todo homem e mulher casada tinham que usar nos pés e nas mãos. Quando ficavam viúvos tinham que pintar as unhas de preto. As mulheres viúvas tinham que casar 3 meses depois que o marido morria. Tinha uma fila de homens esperando porque o marido deixava toda a herança para a mulher e não para os filhos. A casta da Mesopotâmia, qualquer um caldeu, assírio, qualquer povo, as viúvas tinham que casar. Ela é que iria decidir se dava ou não a herança para os filhos, dependendo se estes eram bons ou não. Até 18 anos os filhos eram considerados crianças só podendo guerrear, mas não podiam ter nada. A mulher não tinha direito sobre a herança enquanto o marido estava vivo. Essa lei vai vigorar todo o tempo na Mesopotâmia. O homem viúvo não tinha que cumprir essa lei. Todos esses povos de uma forma ou de outra eram guerreiros. Obs.: Na antiga Babilônia é onde se encontra Saddam Hussein hoje. 12
  • 13. EGITO Tudo no Egito é feito para a eternidade. A arte é totalmente feita para a eternidade. O Egito tem sido considerado desde a mais remota antigüidade o berço da civilização. Enquanto a Europa era completamente bárbara, todo mundo se matando, passando do Paleolítico para o Bronze, o Egito já estava totalmente com a civilização feita. Os mestres gregos estudaram no Egito. A arte e civilização Egípcia duraram 40 séculos. Ela começou mesmo como civilização em 5.000 A.C. e chegou ainda como civilização organizada egípcia até 30 A.C. Ela continuou depois, mas como civilização forte até 30 A.C. O Egito é uma espécie de oásis no centro de uma região desértica. É um vale estreito cheio de montanhas nos dois lados. Dos lados tem dois dos maiores desertos do mundo Saara e Núbia. A alma do Egito era o Nilo, “rio deus”, que tornava as terras férteis graças às inundações periódicas. Nessas terras férteis eram cultivados os cereais, especialmente o trigo que fazia daquele país no meio desértico o celeiro da antigüidade. A primeira civilização egípcia no 5o. milênio, anterior às dinastias dos faraós eram divididos em clãs familiares. Não tinha dinastias e nem faraós. As dinastias vão surgir depois desses grandes clãs. Era uma organização social simples. Na arte egípcia sempre vai ser exaltado o sentimento de morte e eternidade. A arte egípcia é toda dirigida para a religião, sendo uma arte simbólica e convencional. A arte egípcia é extremamente regular, simétrica, equilibrada e geométrica. Após se formarem as dinastias, quando surgem os faraós, os aspectos sociais, econômicos, culturais e religiosos eram o seguinte: O comércio, do qual viviam muito da venda do ouro, cereais, era exercido pelos faraós e seus funcionários. A indústria da época como: manufatura de papiros, os moldes belíssimos, as armas, as cerâmicas, os tecidos, as jóias eram todas concentradas no domínio real ou dos templos. Não podia existir nada fora do domínio do faraó ou dos sacerdotes. A arte e a ciência eram muito avançadas para a época. Só os sacerdotes ou amigos dos sacerdotes é podiam exercê-las. Para controlar as águas do Nilo foram erguidas obras hidráulicas de represamento e irrigação. Durante a época das inundações, os trabalhadores interrompiam o trabalho agrícola quando grande parte da população estava disponível para as grandes construções. Não era só trabalho do escravo, mas de todo o povo. 13
  • 14. 4a. AULA Comentários sobre os livros: CHAGALL - Pintor judeu. Não é impressionista, nem expressionista, é Chagall. Não faz parte de nenhum “ismo”. Uma das coisas importantes de sua pintura é que ele sempre representa suas figuras como se estivessem levitando, sem os pés no chão. É contemporâneo e morreu (+/-) em 1960. Sua pintura está em quase todos os museus do mundo. Tem em Jerusalém, na Sinagoga da Faculdade de Medicina, todos os vitrais pintados por ele. Vitral contemporâneo é muito fascinante. RODIN - Museu Rodin em Paris é muito impressionante. Foi grande escultor de nosso século junto com Henry Moore. Ele trabalhou muito em mármore e tem alguma coisa em bronze. Até 7 esculturas que ele fizer igual é considerado peça única em quase todos os países da Europa. Na França até 12 é considerado peça única. No Brasil não tem número. KLIMT - Pintor do final do século passado e começo desse, surgiu depois do impressionismo, mas que também não pertence a nenhum “ismo”. É vienense e faz parte do final da arte Noveaux na Europa. Tem obra como “O beijo”. Utiliza muito o dourado e sua pintura parece uma colcha de retalhos. VAN GOGH - Pintor que morreu aos 37 anos. Grande desenhista, pintor. Era holandês. FRICK COLLECTION - Sr. Frick tinha uma casa, em New York, na 5a. Avenue, com uma belíssima coleção de Rembrandt, Vermeer, Goya, Rubens, Renoir, etc. Tem um belíssimo pátio e um filme que explica como foi a casa dele. A palavra “Frick” ficou na época conhecida como uma gíria significando “dinheiro”. Então para ele não ter má fama, doou a casa dele e tudo o que tinha para New York. LIVRO SOBRE O EGITO - The Egipt Story TEORIAS DA ARTE MODERNA - H.B. CHIPP, Martins Fontes. 14
  • 15. Apresentação de slides sobre a Mesopotâmia Babilônia = Hoje é Irã, Iraque Escultura de um Caldeu em terracota, olhos grandes com conchas. Pode ser visto no museu do Louvre. Com escrita cuneiforme na própria escultura, na roupa. Libações- é uma coisa terrível feita em função da morte, do horror, pelos assírios. Era um lugar feito em pedra onde o morto ficava atrás e o sangue escoava por um buraco para a frente. Vaso feito de bronze, cujo suporte era como se fossem patinhas. Foi feito na Mesopotâmia também. Cabra ou bode feito de ouro e lápis-lazure. Gudéia - personagem muito bom, pensativo e que queria paz. Em sua saia está escrito em cuneiforme a história de sua vida. Dizia que o homem tinha que governar como um governante e não como um deus. Um rosto em pedra alabastro, deve estar no Louvre. Primeiro código feito no mundo, código de Hamurabi. É como se fossem as leis de Moisés, mas não é religioso. Stela - uma pedra escrita, gravada. Escultura feita de bronze, como se fosse cabra, tem demônio. Trabalho assírio. Deusa da fertilidade, caldéia. Tem cintura fina, quadril largo, seios grandes, pernas grossas. O rei Assurbanípal, e seus assistentes vitoriosos. Entrada do palácio de Assurbanípal, no museu do Louvre. Porta com alto e baixo relevo esculpida com rosto de homem com corpo de animal “touro”. Tem asas em baixo relevo. Palácio da Babilônia em baixo relevo. Já tinham noção de perspectiva. A leoa ferida. Panzuka é um objeto como se fosse um talismã e que dava sorte a toda Mesopotâmia. Vão usar pendurado no pescoço, pés, mãos, etc. Está no British Museum. Resto do Zigurat, quando o Siro chegou na Pérsia. 15
  • 16. EGITO (continuação) O Egito foi dividido em Alto e Baixo. Toda construção do Egito é feita de pedra proveniente das abundantes jazidas que existem no Egito. As Pirâmides e as Mastabas são túmulos onde residem os mortos. Os Templos também são monumentos colossais. São todos monumentos faraônicos e todos de pedra para durarem para a eternidade. Quem vivia nos templos eram os ricos Sacerdotes e Faraós. E nas Pirâmides, os mortos, mas sempre para os faraós ou pessoas da família dele. Os mais pobres eram enterrados em uma vala comum. As habitações da classe média eram na periferia, feitas de pedra e o telhado de palha. Depois vinham os trabalhadores do campo que tinham uma casa razoável, e os escravos que moravam em palhoças como se fossem animais. Existe um estilo egípcio tão forte que durante milênios não vai mudar nada. Ficou 5.000 anos sem mudar nada na escultura, pintura, porque não era permitido. A arte egípcia estava tão ligada ao país que, assim que o Egito começa a acabar a sua arte acaba também. Até 30 A.C. o Egito vale a pena enquanto arte e civilização. A partir daí começa a decadência do estilo e arte Egípcia. No estilo egípcio existiam leis muito rigorosas que não podiam nunca ser mudadas. Os artistas tinham que aprender bem cedo o estilo. O artista tinha que aprender que sempre que fosse pintado o homem e a mulher, o homem tinha que ser mais alto que a mulher. Os homens tinham que ter a pele mais escura que a da mulher. O patrão tinha que ser maior que a esposa, os filhos e os criados. Eles tinham paixão por pele clara. Elas tomavam banho de leite de cabra para ficarem bem brancas. Quanto mais branca, mais valiosa ela era. O egípcio tem uma mistura com preto. Toda pintura egípcia tem a lei da frontalidade, o que quer dizer que sempre a figura humana vai ser representada com o rosto de perfil, olho de frente, tronco de frente, os braços e pés de perfil para melhor representar as características da pessoa. É a lei do ver melhor. As mãos eles fazem sempre sobre o joelho, o que significava a força que a pessoa tinha. No Egito existiam escolas de arte cuja função era formar artistas. Só que eles tinham que aprender tudo: anatomia, lidar com tintas, com cores, lei da frontalidade, até fazer hieróglifos. Mas o artista não podia passar disso, não podia criar nada. As regras passavam de geração a geração sem nenhuma renovação. A arte egípcia ficou 3000 anos sem mudar nada. O artista tinha que saber mitologia e ser anônimo. Ninguém podia saber quem tinha feito o trabalho pois o artista não podia assinar. Um texto escrito por um artista, em hieróglifos, sobre uma pedra, foi descoberto mais tarde, sobre o que achava dele próprio como artista do novo império: 16
  • 17. “Conheço o segredos das palavras divinas, conheço a conduta das festas. Sei toda a magia que pratiquei sem que nada me escapasse. Nada do que se refere à esse assunto de magia me é oculto. Sou chefe de todos os segredos dos rituais cabalísticos. Vejo Ra em suas manifestações. Sou um artista excelente em minha arte. Um homem acima do comum por meus conhecimentos. Conheço a pose da mulher, a postura de quem lança o arpão, o olhar de alguém à seu auxiliar, conheço a flor, conheço o amor, sou um artista!” Ele se valorizava. É uma demonstração que o pintor estava insatisfeito. Conhecia tudo, mas era um mero artista ignorado. Era uma demonstração de revolta. Existiam muitos ofícios no Egito: escultores que faziam esculturas em pedra e madeira; joalheiros que faziam jóias fantásticas, sem exagero, braceletes, anéis e miniaturas de jóias vistas só com lupa. Eles tinham uma espécie de feira, onde seria o Cairo hoje,.onde colocavam os produtos sobre as mesinhas, prateleiras para vender ou trocar por comida, bebida, etc. Desde o começo da pré-dinastia a arte egípcia era completamente ligada à morte. Para o egípcio a morte não é um acontecimento triste, é meramente uma transição para uma outra dimensão. Eles acreditavam profundamente na imortalidade da alma. Acreditavam na vida eterna. Eles acreditavam que a alma continuava a viver, só que com as mesmas necessidades terrenas. O corpo do morto não podia ser tocado, surgindo com isso a mumificação. Nas primeiras dinastias, eles sabiam que a pessoa que morria só ficaria contente se tivesse tudo o que tinha em vida e que gostasse junto com ele. Ex: Um faraó que ia ser enterrado e que gostasse de bailarinas, estas iriam ser enterradas vivas junto com ele. Elas iam com vontade pois significava uma honra. Jóias, comidas, etc. também era colocado junto ao morto. É porisso que existia muita riqueza nos túmulos. Com o passar do tempo, nas outras dinastias não era levado ninguém mais vivo para ser enterrado. Nos primeiros 2 milênios iam todos juntos. O faraó era mumificado e em seguida colocado na pirâmide junto com as pessoas que gostava, vivas, para depois fechar a pirâmide. Depois da mumificação não podiam mais tocar no morto pois a sua alma poderia ficar perambulando por milhares de séculos. Dentro da pirâmide o morto iria “ascender” para se encontrar com “deus”. Na mumificação era cortada a cabeça, os membros ( braços, pernas) deixando só o tronco. Eles limpam tudo o que tem dentro do tronco e enchem de bucha, de trapo, algodão. Daí eles costuram tudo novamente. Colocam uma solução de ácidos e sais aromáticos deixando o corpo banhado nisso por (+/-) 6 meses a 1 ano. Só depois é que tiram o corpo dessa solução e não se sabe como secavam esse corpo. Depois eles montam tudo novamente e estará pronto para ser enterrado nas pirâmides. Na realidade ninguém nunca mais conseguiu fazer mumificação. Obs: No Vaticano tem uma múmia egípcia que está parte desenrolada podendo ver até a carne e um pouco do cabelo. 17
  • 18. A mumificação era feita em toda casta do faraó, até nos ajudantes dele. Os escravos e os trabalhadores não eram mumificados porque era muito caro fazer a mumificação. Os egípcios levavam tudo aquilo que o morto gostava para o túmulo a fim de que a alma continuasse a gozar de tudo o que eles gostavam enquanto vivos. Era uma continuação da vida terrena. Eles tinham uma obsessão pela imortalidade da alma. O faraó era convicto de que se a mulher dele fosse enterrada junto, não daria continuidade a sua dinastia. Elas tinham que continuar casando com o filho, ou o faraó com a filha, ou outro parente. Eles não tinham a mesma concepção moral que nós temos. A parte política e econômica do faraó era também muito importante para que a mulher do faraó desse continuidade. Eles também esculpiam um outro corpo, feito em pedra, igual ao do faraó, só que um pouco mais idealizado, bonito, mais jovem, na sua plenitude, que ficava ao lado da múmia. Se esta fosse violada o faraó teria um outro corpo. Esta escultura sempre vai ter o rosto esculpido idealizado, mas com as características do faraó. A múmia depois de pronta nunca mais poderia ser vista e nem tocada. Ela então, seria colocada na pirâmide e esta bem fechada. Se ela fosse profanada a alma iria ficar sofrendo pelo resto da eternidade. Para evitar que fossem tocadas, roubadas e profanadas é que iriam ser colocadas em monumentos colossais que seriam as pirâmides. O túmulo é a pirâmide, e a estátua do morto que era colocada ao lado da múmia é chamada hoje em dia de “o duplo”. A etimologia da palavra pirâmide: É uma palavra de origem grega onde “piro” quer dizer fogo e “amid” quer dizer está no centro, isto é, fogo está no centro. A pirâmide é um tipo de construção que proliferou no Egito muito mais do que se pensa, e em alguns lugares da terra também. Tem pirâmide na China, na América do Sul, Central, Peru, México, etc. Em todo o mundo aparece pirâmides feitas em épocas diferentes. Na terceira dinastia, no Egito, foi construída a primeira pirâmide, que é a primeira pirâmide dos degraus. Foi construída em Sacara. Ela tem 121 metros de base e 60 metros de altura. Dois séculos depois foram construídas as famosas pirâmides de Quéops, Quefrém e Miquerinos, na planície de Gisé, no Egito (que hoje é o Cairo). Não há um consenso de como foram construídas as pirâmides. A pirâmide de Quéops é a maior das 3, tendo 146 metros de altura, a base é do tamanho do “Maracanã”. Na construção foram empregadas 2.600.000 blocos de granito e calcário. Cada bloco pesa de 2 a 20 toneladas. Na região não haviam pedras. Esses blocos eram trazidos de uma região há 1000 km de distância. Esse local onde existiam pedras se chamava Assuã. Onde hoje tem a famosa represa de Assuã. Gisé, local onde foram construídas as pirâmides, é um altiplano rochoso (que não se mexe). Desde 3500 A.C. até hoje não houve nenhum terremoto, construção. Está tudo perfeito até hoje. Eles pensaram muito antes de construírem as pirâmides. Os historiadores acham que a forma mais certa daquelas pedras chegarem seria através de barcos pelo Rio Nilo, onde cada barcaça levaria 2 pedras amarradas 18
  • 19. embaixo da água para que ficassem mais leves. Só que durante todos esses séculos nenhuma pedra foi encontrada no Rio Nilo. Não existe nenhum elemento de ligação como o cimento ou argamassa para unir ou sustentar essas colunas de pedras nas pirâmides. Os blocos eram sobrepostos somente através de cálculos matemáticos absolutamente precisos. Para esses blocos ficarem sobrepostos perfeitamente encaixados, eles tinham que ser polidos de uma forma manual. Hoje somente o raio lazer conseguiria deixar a superfície tão lisa. Essas pirâmides eram totalmente racionais. “O vértice da grande pirâmide corresponde ao polo e o perímetro do Equador, na escala exata. Cada lado da pirâmide foi projetada para corresponder a curvatura de 1/4 do hemisfério norte.” Algumas pirâmides eram fechadas no topo e outras abertas. Existem muitas portas falsas e corredores falsos que não levam a nada para, só para proteger o faraó. obs: Há 6 anos atrás saiu na Geográfica Universal, que os franceses fizeram um buraco próximo à base, na lateral, e deixaram cair uma ferramenta, a qual flutuou. Não tinha nenhuma gravidade. Após muitas pesquisas descobriram que em Maio a cada dois anos naquele local não tem gravidade. Quando descobriram a pirâmide de Quéops já não tinha mais nada dentro, pois já tinha sido violada. Todas as 3 maiores pirâmides e as outras 70 que tinham no Egito já tinham sido violadas e roubadas. Os historiadores acham que as pirâmides foram construídas através de montes de terra ao lado da construção para apoiar as pedras para serem erguidas. Até hoje as construções são um mistério. As construções civis perto das pirâmides, quase nada restou até hoje. Elas não eram tão importantes quanto os templos. O que ficou de melhor está localizado perto das pirâmides. A pirâmide de Quéops tem uma força, uma energia, que tudo que está localizado próximo num raio de 200 metros não morre, não apodrece, mumifica. Se for colocado água quente sob o sol, esta ficará gelada. As moradias descobertas próximas às pirâmides eram construídas em alvenaria e pedra. Todas tinham terraço com cobertura. Os moradores passavam a noite no terraço tocando música, cantando. Não chovia nunca. Eram todos de classe média. As janelas eram abertas para o pátio interno. Depois das pirâmides o que existe de mais fantástico é Karnak e Luxor, são dois templos ligados entre si localizados na cidade de Tebas. Estando no Cairo pega-se um avião às 5hs. da manhã até Tebas. Uma distância como se fosse de São Paulo à Salvador. É um calor infernal. Esses templos foram construídos através de 3000 anos. O templo é do tamanho de Manhattan. Do outro lado do Nilo está o outro templo da rainha Hasétsud. Foi uma rainha poderosa que conseguiu unir o alto e o baixo Egito. O palácio era fantástico. Ela era uma rainha faraó. Tinha silos de cajal, 150 leitos para os maridos, porque era feito para a eternidade. 19
  • 20. 5a. e 6a. AULA PERÍODOS DATAS DINASTIAS (aproximadamente) Idade Neolítico 5000 a 3000 A.C. Pré dinástico Império Tinita/Capital Tinis * 3000 a 2778 A.C. I - II Antigo Império/Capital Menfis * 2778 a 2263 A.C. III - VI Primeiro Período Intermediário 2263 a 2040 A.C. VII - X Médio Império/Capital Tebas 2040 a 1680 A.C. XI - XIV Segundo Período Intermediário 1680 a 1085 A.C. XV - XVII Novo Império/Capital Tebas 1085 a 980 A.C. XVIII - XX ** Baixa Época - Reis Líbios 980 a 332 A.C. XXI - XXX Persas, Assírios Época Grega/Capital 332 a 30 A.C. Ptolomeus *** Alexandria * Fase das Pirâmides ** Auge do Egito *** Época da Cleópatra 20
  • 21. Comentários sobre os livros: Karnak e Luxor e Castelos do Vale do Luar (Chambord Cheverny) Continuação sobre o Egito: Técnica da pintura Egípcia: Tudo o que os egípcios desenhavam, faziam primeiro o esboço em pedras arenosas chamadas de ostrakas (porque a pedra parecia com uma concha). A partir desse esboço eles elaboravam a obra definitiva sobre a parede, muro, madeira. Primeiro eles faziam um reboco grosso sobre a parede, depois passavam uma massa fina de gesso sobre o reboco. Pegavam um pincel fino feito de bambu e desenhavam no gesso ainda úmido. Após secar colocavam a cor. A pintura não tem nenhum efeito de luz e sombra, era chapada, cores planas. A cor vermelha era dada pelo óxido de ferro. Faziam com goma arábica e clara de ovo. O azul era feito com o pó raspado do lápis lázure e misturavam também com goma arábica, clara e um pouco de óleo de amêndoa. A mitologia egípcia lida muito com o demônio. A lua era o demônio para eles. O sol era o divino. Na iluminação da arquitetura egípcia não há quase janela, ela só aparece excepcionalmente. Nos templos egípcios a iluminação é importante porque vai haver uma abertura para passar a luz do sol somente no que for divino, propositadamente, sobre as esculturas dos deuses, que estão dentro da pirâmide e que tem ligação com o sol. Os deuses que tem a ligação com a lua vão ser iluminados pela luz da lua. As esculturas estão sempre fechadas no escuro e só vão ser clareadas naquele momento quando a luz passa por aquela abertura. A luz vai ser feita pela mão do homem, por assim dizer, ele é que vai deixar iluminar o que ele quer. A organização da iluminação inteira dos templos era um verdadeiro “mis en cène”. Os gregos foram estudar a iluminação dos teatros com os egípcios. Existia muito pouca madeira, não tinha andaime. Eles faziam buracos nas paredes, sem muita divisão, e com madeira para arrematar. Os buracos seriam as janelas com a função de projetar o canhão de luz ,“o sol”, em cima do que eles quisessem. E durante a noite eles tem outros buracos para passar a luz da lua, para iluminar os outros deuses. Tudo era muito sofisticado. Existia entalhes para o escoamento de águas pluviais. Só que lá não chovia, mas era feito como precaução para o dia que chovesse. Os Obeliscos vão ser importantes no Egito, que vem da palavra grega “obelos” que quer dizer coluna terminada em ponta. Eles erguiam o obelisco quando ganhavam uma guerra como se fosse um troféu. O faraó mandava fazer o obelisco de mandava deixar gravado o nome dele, ou então o nome do deus a quem tinha dedicado o obelisco. Isso é uma característica do antigo império. 21
  • 22. Geralmente todos os obeliscos vão ser para comemorar algum feito político ou alguma homenagem que o faraó desejava celebrar. Nunca foi compreendido como eles foram construídos. Eles eram altíssimos, feitos de mármore, colocados sobrepostos sem andaime, atingindo equivalente a um prédio de 10 ou 12 andares. Os historiadores acham que construíam rampas de areia ao lado até chegar na altura, ou uma espécie de catapulta para erguê-lo. Quando Napoleão foi ao Egito ele pegou aquele obelisco de Karnak e Luxor e levou até a praça da Concórdia, na França. Também tem um obelisco na praça Navona. Hoje em dia quase em todos os países tem obelisco do Egito. Hoje , no Egito, só tem quatro obeliscos. Todo o resto foi retirado. Alguns foram levados por estrangeiros conquistadores, ou foram destruídos por terremotos, ou afundados em solo. Em Karnak 10 obeliscos foram destruídos. Tem um obelisco muito bonito em Karnak, da rainha HATSEPSUT, que foi feito em sua homenagem medindo 42 metros de altura e nele está escrito tudo sobre a sua vida. Ela era uma faraó muito poderosa que uniu o alto e o baixo Egito. O seu palácio fica no Vale das Rainhas. Era uma rainha que tinha Silos de Cajal, de peruca, 150 leitos para os seus maridos. Tinha câmaras frigoríficas embaixo com mais de 200 animais, bois, cavalos, etc, abatidos congelados em conservação, no meio daquele deserto. A água do Rio Nilo vinha canalizada e quando chegava lá estava gelada conservando assim esses animais para o futuro da vida dela. Tinha mais de 200 pares de sapatos, sandálias. Ela foi sucessora do seu pai. Teve mais de 7 maridos. Viveu até mais ou menos 70 anos. Alguns maridos ela mandou matar e casou também com o filho dela. Obs: O Shampoo apareceu no Egito para a Hatsepsut que tinha um cabelo muito feio (por ser descendente de preto). Descobriram um shampoo e condicionador feito de papiro (que solta um sebo) e adicionaram flores para perfumar. Tinham cremes feitos de leite de cabra. Tomavam banho de leite para clarear a pele e a gordura era acondicionada em potes feitos de lápis lázure, também para a pele. Tinham sombra azul para os olhos e cajal para o contorno. Tingiam o cabelo de Rena, onde aparece pela primeira vez. A mulher realmente era muito bem conceituada na vida privada. Os maridos dividiam as tarefas, mesmo sendo faraó. O rei e a rainha apareciam abraçados. Muitas vezes aparece a rainha abraçando o faraó como se estivesse protegendo-o. Tinha ourives que só faziam jóias para as mulheres. Muito metal, ouro, prata. Faziam muita coisa para o cabelo e usavam muito pente. Faziam muita coisa com formato de gato porque era um animal muito forte, misterioso, esperto, bonito, cheiroso para eles. O homem egípcio usava brinco de argola na orelha. No Metropolitan tem uma escultura de um homem egípcio com uma argola na orelha e pendurado nela um gatinho. Vai aparecer o FARAÓ AMENOFIS IV no novo Império que vai mudar completamente a religião e a arte. Ele briga com os sacerdotes porque estes estavam ganhando dinheiro vendendo fórmulas, inscrições para a vida eterna, livros dos mortos. Era uma indulgência daquela época. A religião estava virando um comércio. Então Amenofis IV disse que para ele só um deus era supremo o “ATON”, deus do sol. Ele disse que deus tem que ser só um. É a primeira tentativa do monoteísmo. Então ele vai mudar o seu nome para AQUENATON (onde sufixo aton é “deus do sol”) . 22
  • 23. Vai mudar também a arte não querendo que sigam mais a lei da frontalidade. E ele vai querer que o pintem sem idealizá-lo. Ele tinha uma cabeça bem comprida. O rei, a corte e a rainha foram esculpidos de forma realista, sem “endeusar” ou idealizar. A mulher dele era belíssima e se chamava NEFERTITE. Vai querer que suas filhas, ele e sua esposa ficassem bem natural nas esculturas, no colo, se abraçando. Antigamente isso jamais seria feito. Mostra a sua fragilidade humana, sendo pintado com bengala para se apoiar. São cenas domésticas. Vai ser a única vez que poderá ser visto isso no Egito, somente no Novo Império. Essas cenas em outros impérios eram consideradas um desrespeito com a família real e, para ele, o respeito era mostrar a realidade como ela era. Ele não vai ser reverenciado como um deus, mas como um homem. Esta arte vai ser de cunho realístico que vai durar por todo o reinado dele. A NEFERTITE, considerada “A BELA”, vai ter seu rosto muitas vezes esculpido. Vai ter um refinamento de etiquetas de como se portar socialmente, uma nova maneira de ser. Ele vai ser um revolucionário inovador que muita gente não vai gostar. Assim que ele morre tudo volta a ser como era. TUTANKAMON, sucessor de AMINOFIS, foi ser rei aos 9 anos de idade. Aminofis teve quase todas as filhas doentes, de cabeça comprida e eram bem magras. Os filhos não tinham condições físicas de serem faraós. Eles casavam muito entre parentes. O parente mais próximo vai ser Tutankamon com 9 anos e que irá morrer aos 18 anos. Não vai ser um faraó muito rico por ter sido faraó por pouco tempo. Esse túmulo dele no Vale dos Reis foi a maior descoberta arqueológica do Egito. Em 1922 Haward Carter chegou perto do Cairo e descobriu um sepulcro. Como ele era inglês, teve que escrever para a Inglaterra para saber se podia abri-lo ou não. Chegou lá, era uma porta lacrada e ficou esperando naquela época por mais ou menos 18 meses por uma resposta em carta vinda de navio pois não havia avião naquela época. Ele conseguiu a permissão e abriu a porta. Obs.: Tem um filme que conta essa história “A maldição da múmia”(?). Quando ele entrou na ante-sala com mais 3 britânicos e uns 20 egípcios, descobriram o maior sepulcro do século, até então nunca visto. Até ele chegar na última sala levou 6 anos cavando e descobrindo só maravilhas e riquezas. Só na antecâmara encontrou 700 peças, inclusive um rico trono de ouro. Tinha 2 estátuas de 2 metros de altura de ouro maciço, carruagens de ouro e prata. Vasos de 1,5m de alabastro. Muita coisa de coral, turquesa. Arcas repletas de roupas do tamanho de um container. A múmia real Tutankamon era protegido por 3 sarcófagos, sendo a última de ouro maciço. Está no museu do Cairo. Era uma época de esplendor da civilização egípcia. Quase todos os túmulos, 90 % foram violados, porque todos sabiam que tinha uma grande riqueza. Haward Carter ficou muito rico e muita coisa foi para a Inglaterra. O sarcófago, a múmia e algumas coisas ficaram no Egito. Muita gente começou a morrer de maneira estranha, outros de doença que mais tarde foi constatado fungo (manchas na pele que degenerava o tecido) por ter ficado 5000 anos fechado. Todos da expedição morreram. Ele foi o último a morrer. 23
  • 24. RAMSÉS II, sucessor de Tutankamon, é um grande faraó que vai ter uma grande autoridade imperial. Ele é um grande arquiteto e tudo o que construía era o mais alto. Estátuas de proporções gigantescas. Ele é da época do Novo império e depois Baixa Época. Ele vai fazer uma avenida como uma via expressa, perto da represa de Assuã, e 86 esculturas de aproximadamente 2 metros de altura cada ladeando a represa com um espaço entre elas de 1,2 metros. Teria mais ou menos 12 km. São esculturas todas em pedra, onde ele após morto passearia até o seu túmulo. Karnak e Luxor tem vários templos, os mais importantes foram construídos por Ramsés e Amenofis. Os dois templos mais importantes de Karnak e Luxor eram destinados aos deuses Amon e Rá e ligados entre si por uma monumental avenida. A pintura de Karnak e Luxor é o auge da pintura Egípcia. Karnak e Luxor são ricas em obeliscos. Levaram séculos para serem construídos e passava de faraó para faraó. As colunas mais importantes do Egito são as de Karnak e Luxor. É aqui que vai aparecer pela primeira vez no mundo as colunas. Os gregos vão até o Egito para aprender sobre as construções. Ao lado de Karnak e Luxor tinha um grande lago. Só quem podia entrar no templo de Karnak e Luxor eram os iniciados. Na primeira sala entrava o povo todo, na segunda sala o povo ficava do lado de fora e entravam só os iniciados e na terceira sala entravam os iniciados, o faraó, a faraó, os sacerdotes e a família toda. Lá eles ficavam trancados sempre (com números de final 7) como 17 semanas, ou 27 semanas, dependendo do que fossem fazer. Começavam as pesquisas de sexo, magia, como uma busca ou necessidade de se saber tudo. Os valores morais eram outros. Não são bacanais, como ocorria na Grécia, mas uma pesquisa séria. Faziam testes de mistura de sangue, sexo de todas as formas. Na busca de uma coisa que fosse melhor para eles. Depois de acabar toda essa reunião, após ficarem também um tempo em jejum, eles saíam e iam se limpar nesse lago, na lua cheia, onde todos estavam trajados de branco. Após tomar banho no lago eles deixavam a roupa suja lá e vestiam outra roupa branca, voltando novamente para o templo para dormir e no dia seguinte sairem de lá. Eles entravam no templo como uma procissão. Muitas vezes eles iam para Karnak e Luxor através do Nilo como se fosse uma imensa apoteose. O estudo dos deuses do bem e do mau era feito em Karnak e Luxor. Eles faziam até oferenda de crianças e de seus próprios filhos. Depois da morte de Ramsés II começa a chamada Baixa Época, quando o Egito vai ser dominado pelos persas, assírios e aí nunca mais durante toda a antigüidade o Egito voltará a ser uma nação tão importante e independente como era. Depois dos persas chegam os gregos chefiados por Alexandre Magno, vindo da Macedônia. É o primeiro grego que chega a reinar o trono Egípcio. Aí vai aparecer o Marco Antônio, a Cleópatra. Ele vai fundar, à beira do Mediterrâneo, a cidade de Alexandria. 24
  • 25. Alexandria vai ser o encontro das culturas ocidentais e orientais, que são a grega e a egípcia. É a tentativa de uma coexistência entre o estilo egípcio que é próprio, único, e o grego com aquele escândalo artístico, com toda a sua beleza. Surge então esculturas híbridas com rosto grego e corpo egípcio. Aos poucos as formas artísticas passam a conviver cada uma com seu mundo próprio. A escultura grega vai ser independente da escultura egípcia. Entre 332 A.C. até 30 A.C., os gregos permanecem no Egito. Cleópatra em 30 A.C., última dos Ptolomeus suicida-se depois de ser derrotada pelos romanos. Estes brigam com os gregos e com os egípcios. Vão lutar com Cleópatra e ela vendo que vai perder pega uma cobra venenosa deixando-a picar e morre. A ruptura final da tradição egípcia cultural, como essas pinturas, esculturas que estamos costumadas a ver, o fim do Egito como civilização, vai ocorrer no IV século da nossa era quando o Cristianismo está no auge. Quando o Cristianismo chega para valer no IV século, vão acabar todos os templos egípcios, vão quebrar quase tudo o que existia aí e na Grécia. Eles não vão aceitar nenhum outro deus, pois “Cristo” é um só deus. No século XIX, Champollion, sábio francês, consegue decifrar os hieróglifos e com isso ele vai permitir que a arqueologia dê um salto fantástico no século XIX. Numa visão retrospectiva da história de civilização e da cultura que esse povo alcançou, mostra o legado para o mundo futuro, tanto nas artes e nas ciências, como na organização política e social. O Egito foi a primeira nação a centralizar os poderes do Estado em uma só pessoa, o faraó. Eles desenvolveram a matemática, a astronomia, a química, fizeram um calendário solar, um mapa dos céus. Na medicina, os médicos egípcios especializaram em realizar um trabalho de grande valor na descoberta de droga para dor e nas doenças. Tinham uma espécie de antibiótico que era quase que a penicilina nossa. Não deixaram a fórmula. No setor cirúrgico as maiores conquistas deles foram fantásticas, como por exemplo a mumificação que foram se aperfeiçoando durante milênios. Hoje só ruínas restaram, porém para “Mali”, elas parecem que possuem vida. Elas nos falam da glória de uma nação de um povo que não queria morrer, mas que infelizmente morreu. Tudo o que eles fizeram foi para a eternidade. 6a. AULA Apresentação de vídeo: NATIONAL GEOGRAFIC VÍDEO EGITO: EM BUSCA DA ETERNIDADE Vídeo Arte do Brasil Tel.: 852-6301 883-1193 64-7366 Rua. Gumercindo Saraiva, 54 - Jardim Europa 25
  • 26. 7a. AULA O termo “clássico” surgiu na Grécia. Vamos usar o termo “estilo clássico” quando se quer dizer de beleza, excelência. E, quando se fala em “antigüidade clássica” , estamos nos referindo a Grécia e Roma e nunca ao Egito. Os antigos gregos, seja pelo idioma grego que falavam, pelos costumes ou pela religião deles, se sentiam diferentes dos outros povos. Os gregos dividiram a humanidade em duas partes: os “Helenos” que eram os habitantes da Grécia e os outros eram chamados de “Bárbaros”. A essência do Helenismo era, na realidade, social e cultural. O grego, entre todos os povos do mundo antigo, é o que realmente vai refletir o espírito do homem ocidental. O “homem” de hoje é o Grego. Nenhuma outra Nação no mundo teve tão forte devoção pela liberdade e uma crença tão firme nas realizações humanas. O grego dava muito valor ao Homem. Os gregos glorificavam o homem como a mais importante criatura do universo. Eles recusavam a se ajoelhar diante de deus porque o homem era considerado mais importante. O homem é o centro de todas as coisas e do universo. No Egito acontecia exatamente o oposto. Os gregos exaltavam a razão de uma forma tal que eles conseguiam superar a fé. E é por causa disso que existem tantos deuses. Os deuses tinham que ter a forma humana. “Nada em excesso”, é o lema do grego que quer ver tudo claramente, simplesmente e sem adornos. Por conseqüência, tanto a escultura quanto a arquitetura encarnavam os ideais de harmonia, ordem, moderação e proporção, significando “nada em excesso”. Os gregos não procuravam nem o paraíso e nem o inferno. Os deuses gregos tinham feições humanas porque a beleza estava na forma do ser humano. Foi nessa civilização que surgiu OMERO, ARISTÓTELES, SÓCRATES, FIDIAS, ICTINOS, PLATÃO (que escreveu “A República”), PITÁGORAS (dizem que ele deu o nome de “filosofia” à filosofia), PÉRICLES e muitos outros para quem o homem era a medida para todas as coisas. A partir do homem você constrói tudo. A arquitetura grega é a mais familiar de todas para nós do que qualquer outra arquitetura de qualquer época no mundo. As casas não tinham a menor pretensão de serem muito suntuosas. Os Templos eram fantásticos e super importantes. As casas não eram importantes porque eles não tinham reis e nem governantes. Fizeram magníficos prédios, chamados “templos”, para protegerem as estátuas dos deuses. Esses templos famosos eram como se fossem esculturas para eles. Tudo muito bem organizado, bem feito, proporcional, e sempre construídos em locais elevados acima das cidades, nas Acrópoles (que quer dizer acima das cidades). Platão falou o seguinte sobre os templos: “O templo deverá ser um ponto visto à distância e em aberto. É uma verdadeira elevação à virtude, ao amor e ao prazer de ver”. 26
  • 27. O Grego tinha que se maravilhar com tudo, que era o caminho da virtude. Ele tinha que ver só beleza. A estética vai aparecer aqui, na Grécia. Os templos eram primeiramente feitos com troncos de madeira. Tempos mais tarde irão fazer essas colunas, sempre em mármore, com caneluras, para imitar os veios das toras de madeira. O tipo Dórico é a coluna que sai direto do chão, é mais grossa, com caneluras e em cima é reto. Vai dar o nome a tudo aquilo que se parece com ela de “arquitetura dórica”. É chamada também de coluna masculina, por ser mais robusta. Coluna Jônica : Elas são mais fininhas, com caneluras, saindo sobre uma base e no topo tem um desenho denominado “voluta”. A voluta vai ser muito usada também depois no Barroco. A época mais fantástica da Grécia será em 350 A.C., chamada de época clássica. É quando surge a arquitetura, o teatro, a arte, e tudo o que gostamos até os dias de hoje. 27
  • 28. 11a. AULA Vídeo sobre Monet: “The painter of Light Monet at Giverny.” Amadis Comentários sobre os livros: David Hockney. Marco Livingstone Artista Pop, inglês. Pop vem de popular. Artista dos anos 60 para frente. Vai se apropriar do popular, o que é feito em série, industrializado, o que se usa todo dia e fazer disso uma arte. Vai até Los Angeles e lá descobre que todo mundo tem piscina e ficando fascinado vai fazer uma série de obras sobre isso. É um artista homossexual assumido, o que influencia a arte ao pintar muito homem nu. Caravaggio, no Barroco, também fez a mesma coisa. Cláudio Tozzi. O universo construído da Imagem. Jacob Klintowitz - Valoart S.A. Artista brasileiro, nascido em São Paulo. Está fazendo hoje um abstracionismo quase geométrico. Faz trabalho em acrílico, com cores bem fortes (vermelho, azul e amarelo), com construções e recortes. É um grande pesquisador. Fez o painel da estação do metrô da Sé. Teve várias fases em sua carreira. Fez uma instalação com um cilindro de alumínio onde vai refletir o desenho de um nu que está abaixo, em uma escala bem aberta. Balthus. Atanislas Klossowski de Rola Harper & Row É artista inglês e seu trabalho está no Metropolitan e no Louvre. Morreu no final do ano passado. Sua pintura é muito estranha. Não é impressionista, surrealista, expressionista, etc. Sua forma de pintar é única. Pinta muito as ninfetas. Não chega a ser surrealista. Ele era casado com uma japonesa muito bonita que vai retratá-la e influenciar muito sua arte. Vai usar muito os tons pastéis. Retratou também Joan Miró. Goya - Eyewitness Art. Esta tendo uma retrospectiva no Metropolitan do Goya e do Rembrandt, para mostrar quais são os quadros verdadeiros e quais não são. Este livro é muito interessante pois mostra a vida do pintor e como ele pintava. Mostra desde o Goya acadêmico até o Goya expressionista. Pode-se levar uma vida para o pintor descobrir o seu estilo. Picasso é que teve sorte em descobrir o cubismo quando era jovem antes dos 30 anos de idade. Foi cubista somente 5 anos e depois fica indo e voltando para este estilo. Pintou até os 92 anos. Van Gogh - Eyewitness Art 47
  • 29. Monet - Eyewitness Art No MOMA de Nova York tem um painel imenso das ninféias de Monet e atrás desse painel pode-se admirar a vista de Nova York. No Metropolitan também tem um templo Egípcio ao mesmo tempo em que se vê o Central Park do lado de fora. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Slides sobre a Grécia Deus de 3 cabeças que estava no Parthenon Deusa em mármore da época clássica. Figura idealizada. Jovem da época clássica por estar apoiado sobre um tronco. Duas Amazonas da mitologia Grega. Hoje em dia os historiadores estão chegando a conclusão de que essa história era verdadeira. Templo redondo THOLEI próximo a Delfus Templo Jônico Templo Dórico, com Frontão e Métopas. Deus Pan e Eros, escultura clássica “Diana a Caçadora” Escultura helenística em bronze com olhos de pedra “Vitória de Samotracia”, helenística, está na subida do Louvre. Esta estátua era localizada na proa do navio. Não tem cabeça e a roupa está colada em seu corpo mostrando a transparência. Foi achada numa região chamada Samotrácia, submersa em um rio. Obs.: As três damas do Louvre são: Vitória de Samotrácia, deusa de Millus e a Monalisa. Jovem esculpido em bronze Escultura helenística de um menino que está no Museu Nacional de Atenas Templo de Apolo que está no meio de Atenas Escultura clássica do Deus Baco (deus do vinho) Escultura helenística de Sócrates Escultura helenística do rosto de um boxeador cujo nariz está deformado. Feito em um mármore não polido misturado com calcário. Foi pintado. Templo em Atenas (Nike Atena) Coluna Corintia Teatro de Epidauro, com acústica perfeita. Detalhe do Templo Parthenon, um friso feito em alto relevo onde mostra a procissão das virgens com as oferendas para a deusa Atenas. Este friso foi tirado e levado para o British Museum. Mais detalhes sobre o Parthenon, em alto relevo. Deusa carregada dentro da água, onde pode-se notar a transparência da roupa. Período clássico. Escultura helenística de um Deus Três deuses (menos importantes) conversando no Olimpo. Está no British Museum. É feita em alto relevo. Mosaico grego que retrata sobre a mitologia, os deuses. Como tudo era feito para a mitologia, provavelmente a pintura também tinha motivos mitológicos. 48
  • 30. Pintura feita em Pompéia (toda arte romana é cópia da grega) Sandro Botticeli, na época de Pompéia, ficou encantado com essa pintura e se inspirou para fazer a “Saudação da Primavera” Atenas, vista de Acrópoles e do Parthenom Vista de Atenas Subida da Acrópole e vista da primeira Pinacoteca Parthenon, Dórico, com frontão e oito colunas de frente com 17 colunas nas laterais e sua construção ligeiramente curva para ser vista reta de longe. Tinha a deusa de Atenas dentro. Foi implodido por uma granada. Cariátides, são estátuas de mulheres que estão sustentando o mundo. Estão localizadas em um templo pequeno e apenas uma é verdadeira e as outras são réplicas. Está no British Museum. No centro da coluna grega tem o “dentelo”, que é um espaço para colocar um cilindro de madeira onde é encaixado e serve para segurar os pedaços de colunas que são sobrepostos. Escultura de um homem no meio das ruínas de Atenas. Não só os encaixes mas todos os dentes são chamados de dentelos, e estes são das caneluras vistos por cima. Museu que fica embaixo do Parthenon. Vista do Parthenon à noite Entrada da acrópoles vendo o Parthenon por trás Porta de Adriano ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Continuação da aula: o Gótico O termo Gótico vem da palavra GODOS que vem de Bárbaros. O Renascimento classifica de “bárbaros” os Góticos. A idade Média é a época do Gótico. Vai surgir uma coisa fantástica na Idade Média que são as Catedrais Góticas. Pré-história é 400 séculos A.C. (40.000 anos A.C.) Egito no auge 3.500 A.C. Grécia no auge 350 A.C. Gótico 1100 D.C. Entre a história da Grécia e o estilo Gótico, temos a história de Roma, onde a descoberta do Arco será o único acontecimento importante da época. O Gótico só existe na Europa. Fora da Europa pode existir somente o “Estilo Gótico”. O Gótico começou na França por volta de 1100, no norte de Paris, na ilha de La Citè com A Catedral de Notre Dame. A arte Gótica vai nascer com as cidades. Ao ser construída a Catedral Gótica, que leva de 200 a 300 anos, as cidades começam a nascer ao seu redor devido ao número 49
  • 31. grande de pessoas que trabalham na construção. A cidade de Chartres nasceu com as pessoas que foram chegando e morando ao redor da catedral. As Catedrais Góticas vão ser verticais, enquanto que os templos gregos horizontais. Tanto a Catedral Gótica quanto o Templo Grego tem uma arquitetura fantástica. O templo grego é só para ser visto. A Catedral Gótica é para o homem rezar dentro. A Catedral vai ser vertical que é para “levar” você para o céu. Obs.: A Basílica da Catedral é renascentista. O Gótico Francês é bem diferente do Gótico Italiano, Espanhol, Inglês, Português. Ele são muito diferentes entre si. O gótico, em seu esplendor, é como uma gaiola de vidro e de pedras. O peso das paredes cedem o lugar aos vitrais, dando leveza à construção. A catedral Gótica é muito grande e não dá para abrangê-la com um só olhar. A forma de vê-la é fragmentada. É quase que uma visão cubista. Em 1840 ao redor da Catedral de Notre Dame existia muitas casas medievais que foram retiradas ao seu redor para que ela fosse vista melhor de longe. Para ver a Catedral de Notre Dame devemos começar a vê-la de frente, indo depois para o lado esquerdo, até o fundo, para o lado direito e por último atravessar o rio Sena pela ponte para vê-la do outro lado. 50
  • 32. 12a. AULA Comentários sobre os livros: MONDRIAND AND DE STIJL Serge Lemoine - Universe KLIMT Frank Whitford World of art KLIMT ET VIENNE S. Rasponi Celiv RENOIR par Daniel Wildenstein à l’école des grands peintres “Papa” do impressionismo. Teve uma fase bem diferenciada, fazendo a pintura bem detalhada, chamada de fase Raphaelista. CATALOGUE OF THE COLLECTION Whitney Museum of American Art O museu Metropolitan, que tem 2 milhões de obras, não aceitou a doação de uma coleção de arte contemporânea possuída por uma mulher chamada “Da. Glória”. Ao redor de 1910, Da. Glória resolveu abrir o Whitney Museum para expor essas obras. Este museu fica em New York na Madison Ave. de VAN GOGH à MONDRIAN l’art aux Pays-Bas Beaux Arts - Paris Musees Mostra a pintura de Van Gogh até chegar à Mondrian. Mondrian e Van Gogh são holandeses. Mostra as influências de Mondrian na arquitetura. KLEE Will Grohmann Ars Mundi Pintor que lida com símbolos, da mesma forma que Miró. Vai lidar muito com veladuras. Pinta uma camada em cima da outra por diversas vezes. Tem muito no MOMA de New York. TURNER 51
  • 33. VÍDEO ORSAY painting, sculpture, objects d’art, photography, architecture ODA, 1990 Musée d’Orsay Réunion des Musées Nationaux Centre National de la Cinematographie -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Continuação sobre o Gótico: A Catedral Gótica é super importante e é uma das coisas mais importantes que os franceses fizeram além do impressionismo. A Catedral de Notre Dame de Paris é uma das primeiras Catedrais localizada na Ilha de La Citè, onde começou a verdadeira Paris. As primeiras pessoas que viveram na França, foi em Paris. Paris foi o começo da França, na ilha de la Citè. Ela parece flutuar através da vista do Rio Sena, pelo fato de não existir nenhuma construção ao seu redor desde 1800 e pouco. Nessa época as construções medievais foram demolidas. Muita gente foi contra na época. A Catedral de Chartres tem os mais bonitos vitrais. Ela está totalmente povoada ao seu redor não sobrando espaço para ser apreciada. O Gótico vai aparecer em vários países. Começou na França, aparecendo depois na Inglaterra, Espanha, Portugal, Itália (Duomo de Milão) que foi o último a aceitar. Cada país vai ter uma forma diferenciada de fazer o gótico. Anterior ao Gótico tem o ROMÂNICO: Próximo de Assis tem muita Catedral românica. A Igreja do filme “O nome da Rosa” é românica. CARACTERÍSTICAS DO ESTILO ROMÂNICO: As paredes são grossas Na frente da Catedral românica tem rosáceas (foi quando começou a surgir as rosáceas) Tem vitrais Não tem frontão CARACTERÍSTICAS DO ESTILO GÓTICO: Tem que ter rosácea Contraforte (é o que segura a Catedral) Arcobotante Gárgulas Janelas vitrais (muitos vitrais) 52
  • 34. O vitral é fundamental pois vai surgir quando eles descobrem uma técnica de colocar o vidro no meio da parede de pedra não prejudicando a sustentação do prédio. O Gótico que é do ano de 1100 DC, não vai existir na América, somente na Europa. Nessa época as Américas não tinham sido descobertas. GRANDES OBRAS GÓTICAS: Itália: Catedral de MILÃO, início (+/-) 1386. Levou séculos para ficar pronta. Catedral de ORVIETTO (cidade de ORVIETTO) Palácio Comunale di BOLOGNA, construída no princípio do séc. XIV. A construção C’DORO (em VENEZA, próximo a praça de São Marcos) séc. XIII Palácio Vecchio ou Della Signorina (1298 a 1320) em FIRENZE, tem grandes torres de vigia que era para convocar os cidadãos. Esses palácios são todos feitos em pedra ou com mármore que são chamados de GÓTICO TOSCANO, e estão sempre com campanário. Eles são chamados de ESTILO PRÉ-RENASCENTISTA OU GÓTICO TOSCANO. Nessa região da Itália (Toscana) compreende Bologna, Firenze, Veneza, de Leonardo da Vince, Michelângelo, Dante Alighieri que são considerados do Norte da Itália (os fidalgos). Geralmente são cidades com a terminação “i”, “e” ou “ie”. Espanha: Catedral de TOLEDO iniciada em 1291 e concluída no séc. XVIII Catedral de SEVILLA iniciada em 1400 e concluída em 1510 Catedral de GERONA França: Catedral de AMIENS Catedral de ANGERS Catedral de REIMS Catedral de CHARTRES Alemanha: Porta da cidade de LUBECK, fortificada, construída de tijolinho, com vitrais do lado. Portal da Catedral de BASILÉIA, do final do séc. XII Catedral de NUREMBERG, construída por Carlos V. O tema é a “Glorificação da Virgem”. Toda Catedral tem um portal. Catedral de COLÔNIA (KÔLL) 53
  • 35. Inglaterra: Catedral de WELLS, com muitas “nervuras” no interior. A catedral inglesa geralmente é mais baixa do que a francesa. Isso ocorre porque o solo da Inglaterra, de um modo geral, é um pouco pantanoso não oferecendo uma boa sustentação por estar em cima do mar e assim provocar muita infiltração de água. Tiveram que diminuir o tamanho da Catedral Gótica por ela ser muito pesada ficando mais horizontal do que vertical em comparação às Catedrais do resto da Europa. A Capela de Henrique VII, na Abadia de WESTMINSTER em LONDRES e onde está enterrado Henrique VII. ABADIA DE GLOUCESTER Capela do KINGS COLLEGE em CAMBRIDGE. A Inglaterra é de religião anglicana não existindo portanto imagens dentro dela. Portugal: Torre de Belém , parece torre militar. Estilo MANUELINO ou GÓTICO TARDIO. Mosteiro da Batalha , construído por D.João I de Portugal. Início da construção em 1387. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Apresentação de Slides: Porta de Lubeck, gótico alemão. C’Doro em Veneza, gótico tardio, não é toscano. Em Veneza, durante a Idade Média vai coexistir os estilos Gótico, Barroco e Renascimento. Campanário em Firenze, Gótico Toscano. Catedral e AMIENS na França Catedral de REIMS, na França Catedral Terragona, o claustro, na Espanha Catedral de Saragosa, na Espanha Mosteiro de São Bento, em Portugal Portal de uma catedral com esculturas em alto-relevo Vitral do Mosteiro da Batalha, em Portugal. Catedral de Wells, em Cambridge Interior da Catedral de Wells Toledo, onde nasceu El Greco Esculturas da Idade Média, são santos estáticos que não tem muita expressão e os trajes cobrem todo o corpo. A igreja católica não permitia que aparecesse santo com emoção. Cristo está sempre descalço para pisar e sentir a Terra. Todas as pessoas que são mais importantes estão do lado direito da igreja e as menos importantes do lado esquerdo. Não existia a imprensa e porisso eles tinham que documentar desenhando tudo. Catedral de Notre Dame de Paris (tem 3 portais) Catedral de Notre Dame (vista aérea), esculturas de bronze esverdeado Nossa Senhora de Paris (escultura), sem expressão Rosácea da Catedral Norte Dame de Paris Gárgula da Catedral Notre Dame de Paris 54
  • 36. 13a. AULA Comentários sobre os livros: L’Art Nouveau Klaus - Jürgen Sembach Taschen Leonardo da Vinci’s Fabulous Machines at Claslucé in Amboise Edited by Clos-Lucê Le Clos-Lucé, 37400 Amboise (Indre et Loire) Val de Loire, France. Tel. 47 576288 Printed in France Los Pensamientos de Leonardo da Vinci A.D. Sertilanges O.P., miembro del Instituto Val de Loire, France Mary Cassatt Getting to Know the World’s Greatest Artists Written and Illustrated By Mike Venezia Childrens Press - Chicago ORSAY el museo, las collecciones Los grandes museos 5OF Beaux Arts ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Vídeo sobre a Vida e Obra de Michelangelo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Dicas de viagem: Ver Capela do Médici em Florença. Em Off” - A primeira pessoa que comprou a “Monalisa” foi Luís XIV, o Rei Sol, de Versailles. Leonardo da Vinci morreu na França. Arte Nouveau - acontece próximo do impressionismo (1874), entre os anos 1880, 1899. É, enquanto arquitetura interna, cansativa e fria. Exteriormente vai ser muito interessante como pode ser apreciado no metrô de Paris. Gaudi é arquiteto espanhol e é considerado um grande arquiteto de arte Nouveau. Para Mali, Gaudi é Gaudi, e não o considera artista da Arte Nouveau. Ele pertence à época da Arte Nouveau, em Barcelona. Arte Nouveau que significa Arte Nova, vai surgir em Paris. Gaudi vai trabalhar com “cacos”, como pode ser visto na “Sagrada Família”. A Arte Nouveau é uma arte muito sinuosa. No final do século passado tudo que era feito à mão passou a não ter mais valor, pois o que era feito à máquina passou a ser fantástico e valorizado. Quem tinha produtos feitos à mão foi se desfazendo, causando o surgimento de antiquários no mundo inteiro. 55
  • 37. Um grupo cansado da industrialização, da massificação e querendo trabalhar com outro tipo de coisa, faz surgir a Arte Nouveau. A Arte Nouveau tem linhas sinuosas, sensuais, redondas e com motivos sempre relacionados à flora e a fauna de cada lugar. É uma arte feita “à mão” em materiais como o vidro ou madeira e aplicada também na arquitetura. O único grande pintor que viveu na época da Arte Nouveau foi o “Klimt”. Decoração em arte Nouveau é extremamente cansativa. Tiffany, fantástico artista americano, faz belíssimos lustres em arte Nouveau. Tem muita coisa dele no Museu Metropolitan. Na Gare D’Orsay tem muitos móveis da “Arte Nouveau”. 56
  • 38. Continuação da aula: O Renascimento “OUSO TUDO QUE UM HOMEM PODE OUSAR, QUEM OUSAR MAIS DO QUE ISSO NÃO O É” Lord Macbeth - Shakespeare. Shakespeare - pai do renascimento. A frase acima significa que tudo tem limites. É o começo do renascimento quando o homem descobre que tem de ser ousado, mas respeitando os limites. Renascimento é expansão, expressão e emancipação. Expressão: É a invenção da imprensa por Gutemberg. Expressão implica consciência daquilo que é expresso. Expressão é uma coisa impressa, através da imprensa que Gutemberg criou e que permite mandar a informação para o mundo inteiro. Anteriormente as coisas eram mais faladas do que escritas, já que era muito complicado escrever. Tinham que escrever muitas cópias para fazerem uma divulgação. Era muito trabalhoso. Com o advindo da imprensa, a máquina vai fazer milhares de cópias, facilitando a divulgação e o trabalho. Emancipação: O trabalhador passa pela primeira vez a ser assalariado. Vai sair do regime feudal da Idade Média. Passa a ter mais consciência da importância de seu trabalho, que passa a ser muito mais valorizado. No regime feudal existia a troca de serviços e mercadorias. Expansão: É quando o homem descobre a América. Quando todo mundo tinha uma civilização super organizada na Europa e o homem descobre outro mundo com pessoas primitivas, sem roupa, com a linguagem muito diferente, praticamente sem organização social, nada a ver com civilização. É lógico que a visão do mundo e da arte foi modificada. Teria o mesmo significado da descoberta da existência de um planeta habitado. O Renascimento ocorre entre 1400 e 1600 D.C. APOGEU ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40.000 A.C. Auge da Pré-história 3500 a 2500 A.C. Auge do Egito (esfinge, pirâmide) 350 A.C. Grécia Clássica ou de Péricles -Construção do Parthenon na Acrópoles 40 D.C. Roma 1 A.C. a 1100 D.C. Gótico 1400 a 1600 D.C. Renascimento 57
  • 39. Renascimento é um renovar, recomeçar, renascer. Surge da Idade Média onde o homem não tinha nenhum valor. O “homem” renasce, renova-se e religa-se. O homem passa a ser o centro de todas as coisas e não mais “deus”, da mesma forma que os gregos faziam. É um renascer em cima da Grécia Antiga, da antigüidade. É no Renascimento, período muito forte, que surge a arte de todos os pintores do mundo. A escultura e pintura nós conhecemos desde a Grécia, mas as pinturas dos pintores famosos que encontramos nos museus começaremos a conhecer a partir daqui. O renascimento vai criar uma “nova concepção do homem”, que perdura até hoje. É neste momento que surge o conceito do individualismo, do homem possuidor de direitos inalienáveis. O mundo passa a ser encarado criação de “Deus”. Mas, nada impede que essa criação de Deus seja feita à serviço da humanidade. Não impede que Deus sirva à humanidade. Durante a Idade Média “Deus” era poderoso e distante. No Renascimento, “Deus” existe, é único, mas posso conversar com ele. No Renascimento a ciência liga-se às técnicas e às artes. Vão aparecer os “Humanistas”, homens que conhecem tudo profundamente e que jamais serão especialistas. A BAUHAUSS, que surgirá no futuro, será uma escola que fará o trabalho em cima do Renascimento (1929, na Alemanha). O homem tem que entender de literatura, anatomia, várias línguas, etc. O “especialista” é o homem do século XX. Platão vai ser muito importante para eles, porque estão baseados na cultura Grega. Renascimento é o resultado de um impulso universal, de uma disposição de espírito, da vontade de mudar a humanidade. É uma necessidade de uma mudança de ver e sentir. A Idade Média estava muito parada, estagnada. Não inventavam e não criavam nada. Viviam muito em função da Igreja. Quando construíam uma Catedral Gótica ficavam 200 anos ao redor daquela Catedral para a sua construção. Todas as invenções e criações eram feitas em função daquela Igreja. As construções eram demoradas porque não tinham uma tecnologia desenvolvida. Tudo isso pode assistido no filme “O nome da Rosa”. O Renascimento começou em Florença, na Itália. Depois se alastrou por toda Europa Ocidental dominando o mundo completamente entre 1400 a 1600 D.C.. Vai mudar muito a relação do homem com a natureza. Vai procurar saber sobre a natureza, como ela reage. Essa busca do conhecimento das leis da natureza, é para melhor aproveitá-la às necessidades do homem. Não é o saber pelo saber pela essência como na antiga Grécia, é o saber para poder usufruí-la melhor. A ciência liga-se à técnica e à arte. A medida que a natureza se transforma em uma coisa digna de ser usada, ela passa a ser valorizada. Até agora a natureza não era valorizada. O homem tinha horror à natureza pois viviam muito mal. As cidades pegavam fogo, pois as casas eram feitas de madeira. As pessoas morriam de frio e dormiam mal com as casas de madeira. Em locais muito ensolarados as pessoas morriam de calor. A natureza era uma coisa muito nefasta. De repente, no Renascimento, eles percebem que a natureza pode ajudar muito. 58
  • 40. Vão estudar o vento dando o surgimento dos moinhos de vento. Vão estudar a água, aparecendo as represas. E vão estudar uma série de coisas que até agora não tinham estudado. Passam a pintar a natureza nos quadros porque vão valorizá-la e adequar-se à ela. Eles não vão imitar os antigos, mas complementá-los. Vão se basear nas melhores idéias dos antigos, o que existia de melhor. É um renovar em cima da Antigüidade, sem imitá-la. Para Mali, o quadro “Adão” que está na Capela Sixtina, pintado por Michelangelo, é o símbolo do Renascimento. Esta obra é o momento em que Deus aponta para o homem que está deitado no chão, o qual se ergue perante Deus, sem nenhuma vergonha do seu corpo nu e Deus está apontando com o dedo quase à sua imagem e semelhança. Essa pintura não podia existir na Idade Média. Homens importantes do Renascimento: Giotto Michelangelo Leonardo da Vinci Raphael Ticciano Tintoretto Dante Alighieri Botticelli Colombo Gutemberg Vasco da Gama Bosch William Shakespeare (por volta de 1600, no final) A arte passa a ser naturalista, mas o estilo é renascentista. Em Estética da Arte: a arte pode ser idealizada ou verdadeira (em meados séc. XX). A arte idealizada é aquela que nós vimos na Grécia, onde ela deixa de ser natural ao copiar o corpo humano e aperfeiçoá-lo. A arte verdadeira, quando vão desenhar o corpo realmente como ele é, vai surgir por volta do século XX, apresentando depois uma queda e voltando a aparecer em finais do século XX. Até o Renascimento as pessoas não pintavam nada naturalista. As pessoas posavam. As esculturas das igrejas eram um protótipo do que seriam os “santos”. Os santos eram duros, sem movimento e vestidos completamente. Não existia o natural por que a Igreja não permitia. Era uma arte totalmente sacra. Ninguém fazia quadro para ser pendurado em casa. As pessoas não sabiam ler. A arte era feita de uma forma que a leitura fosse muito acessível. As figuras dos santos eram postas uma do lado da outra para que o povo, ao chegar à Igreja, pudesse reconhecê-los facilmente. Era uma história montada. Começaram a perceber que o homem podia pintar a natureza tal qual ela se apresenta, um pouquinho idealizada. 59