O poema descreve a saudade de alguém que deixou a cidade para voltar para o sertão, onde pode beber da fonte que canta e viver uma vida mais simples e tranquila na roça. Fala da lua que ilumina a jornada noturna e da música da fonte e da água que parece expressar a mágoa da saudade da pessoa.
3. E a fonte a cantar, chuá, chuá,
e a água a correr, chuê, chuê,
parece que alguém que cheio de mágoas, deixasse quem há
de dizer a saudade, no meio das águas rolando também.
4. Deixa a cidade formosa morena. Linda pequena e voltar ao sertão.
Beber a água da fonte que canta e se levantado meio do chão.
Se tu nasceste cabocla cheirosa, cheirando a rosa, do peito da terra.
Volta pra vida serena da roça, daquela palhoça no alto da serra
5. A lua branda de luz prateada, faz a jornada no alto dos céus.
Como se fosse uma sombra altaneira, da cachoeira fazendo escarcéu.
Quando esta luz, na altura distante, loira ofegante, no poente a cair.
Dá-me essa trova que e o pinho descerra, que eu volto pra serra
que eu quero partir.
6. E a fonte a cantar, chuá, chuá, e a água a correr, chuê, chuê,
Parece que alguém, que cheio de mágoas, deixasse quem há de dizer
a saudade. No meio das águas, rolando também.