O documento discute a aplicação das tecnologias da Web Semântica no domínio bibliográfico. Apresenta conceitos como catalógicação, FRBR e FRBROO para modelar informações bibliográficas. Também aborda iniciativas para representar os FRBR em RDF/OWL e integrar dados bibliográficos em modelos como Europeana.
A cronologia dos suportes, dispositivos espaciais e dos instrumentos de deter...
Semântica na bibliografia
1. FÓRUM DE DISCUSSÕES
A WEB
24.11.2012
Renata E. da Silva (mestranda) SEMÂNTICA NO
Plácida L. V. A. da Costa Santos (orientadora)
DOMÍNIO
BIBLIOGRÁFICO
Programa de Pós-Graduação em C.I.
PPGCI – UNESP/Marília
2. INTRODUÇÃO
Essa explanação busca comentar alguns
conceitos acerca do uso das tecnologias
criadas para a Web Semântica no Domínio
Bibliográfico, tendo como base os
conceitos determinados nos FRBR.
4. WEB SEMÂNTICA
Extensão da “Web atual”, que busca integrar
significado aos conteúdos Web.
(BERNERS-LEE; HENDLER; LASSILA, 2001)
Propõe estruturar e atribuir semântica aos dados
representados, com a finalidade de diminuir os
problemas relativos à recuperação da informação
na Web.
(ALVES, 2005, grifo nosso)
10. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados
Linguagens de marcação
Arquiteturas de metadados
Ontologias
Agentes inteligentes
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
11. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados Representação
Linguagens de marcação
Arquiteturas de metadados
Ontologias
Agentes inteligentes
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
12. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados
Linguagens de marcação Estruturação
Arquiteturas de metadados
Ontologias
Agentes inteligentes
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
13. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados
Linguagens de marcação
Arquiteturas de metadados Interoperabilidade
Ontologias
Agentes inteligentes
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
14. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados
Linguagens de marcação
Arquiteturas de metadados
Ontologias Semântica
Agentes inteligentes
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
15. WEB SEMÂNTICA
Principais componentes:
Metadados
Linguagens de marcação
Arquiteturas de metadados
Ontologias
Agentes inteligentes Recuperação
(JORENTE; SANTOS; VIDOTTI, 2009)
16. WEB SEMÂNTICA: ESTRUTURA
Confiança
Camada de validação
Prova
Assinatura digital
Camada de prova
Criptografia
Camada de lógica Lógica
Camada ontológica Vocabulário ontológico
Camada de dados SPARQL RDF + RDF Schema
Camada sintática XML + NS + XML Schema
Característica
internacional
Unicode URI
Berners-Lee Semantic Web “Layer Cake” (adaptado)
20. RDF E RDF SCHEMA
Resource Description Framework
O RDF fornece um modelo formal de dados e sintaxe para
codificar os metadados processados por máquina.
Seu principal objetivo é permitir a interoperabilidade
semântica entre aplicativos que trocam informações na
Web.
O RDF possui três elementos fundamentais: recursos,
propriedades e valores.
É expresso por meio de grafos e triplas.
21. RDF E RDF SCHEMA
Uma tripla é sempre formada por sujeito, predicado e objeto.
“Fulano é o criador da página http://pagina.com/fulano”
criador
http://pagina.com/fulano Fulano
<rdf:RDF>
<rdf:Description about: “http://pagina.com/fulano”>
<f:criador>
Fulano
</f:criador>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>
22. RDF E RDF SCHEMA
Uma tripla é sempre formada por sujeito, predicado e objeto.
“Fulano é o criador da página http://pagina.com/fulano”
criador
http://pagina.com/fulano Fulano
<rdf:RDF>
<rdf:Description about: “http://pagina.com/fulano”>
<f:criador>
Fulano
</f:criador>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>
23. RDF E RDF SCHEMA
O RDF-Schema (RDFS) é uma extensão do RDF;
É utilizado em conjunto com o RDF e pode ser
considerado como um tipo de dicionário que pode ser
lido por máquinas;
Nele são definidos os termos que serão utilizados em
declarações RDF;
O RDF e RDF Schema são recomendações do W3C.
24. OWL
Web Ontology Language
Representar conceitos e seus relacionamentos na forma
de ontologia formal;
Foi baseada nas linguagens OIL e DAML+OIL;
Utiliza as tecnologias XML, RDF e RDFS;
Recomendação do W3C para a representação de
ontologias na Web.
26. CATALOGAÇÃO
Definição
[...] disciplina e prática profissional que tem como
missão construir as formas de representação para
alimentação de catálogos a partir da descrição
padronizada de recursos informacionais,
contemplando sua forma, seu conteúdo e o seu
arranjo em acervos, de modo a tornar a unidade
informacional única e multiplicar os pontos de
acesso para a sua identificação, localização e
recuperação. (SANTOS, 2008, p. 165, grifo nosso)
27. CATALOGAÇÃO
Processo de comunicação entre usuário e recurso;
Processo de representação documentária;
Permite o acesso à informação;
Permite a recuperação e disseminação da informação.
Proporciona condições para a agilização do processo
de aquisição de conhecimento.
(PEREIRA; SANTOS, 1998, p. 123)
29. MUDANÇA DE FOCO
Orientado ao
bibliotecário Orientado ao
usuário
(LE COADIC, 2004)
30. TAREFAS DO USUÁRIO
Princípios de Paris (1961)
Encontrar Identificar Selecionar Obter
... os materiais correspondentes a sua busca.
31. TAREFAS DO USUÁRIO
Princípios de Paris (1961)
Encontrar Identificar Selecionar Obter
... um item dentre vários com as mesmas características.
32. TAREFAS DO USUÁRIO
Princípios de Paris (1961)
Encontrar Identificar Selecionar Obter
... um item apropriado às suas necessidades.
33. TAREFAS DO USUÁRIO
Princípios de Paris (1961)
Encontrar Identificar Selecionar Obter
... o item selecionado
(por compra, empréstimo, acesso online, etc.).
34. FRBR
Functional Requirements for Bibliographic Records
(Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos)
Baseado nas tarefas do usuário.
Modelo conceitual do tipo Entidade-Relacionamento (ER):
Entidades, atributos e relacionamentos.
“Universo bibliográfico” (TILLETT, 2004)
35. FRBR
10 entidades → divididas em 3 grupos:
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Obra Pessoa Conceito
Expressão Entidade Coletiva Objeto
Manifestação Evento
Item Lugar
36. FRBROO (OBJECT ORIENTED)
Iniciativa em conjunto do CIDOC (International
Committee on Documentation) e da IFLA (International
Federation of Librarian Association and Institutions),
tendo como base o modelo já elaborado denominado
CIDOC CRM (Conceptual Reference Model), formando o
International Working Group on FRBR/CIDOC CRM
Harmonisation.
Ontologia formal dos FRBR para uso em uma proposta da
modelagem orientada a objeto, com foco nas
informações presentes em bibliotecas e museus.
37. CIDOC CRM HARMONISATION
O Modelo de Referência CIDOC Conceitual (CRM)
fornece definições e uma estrutura formal para descrever
os conceitos implícitos e explícitos e relações utilizadas
na documentação relativas ao patrimônio cultural;
ISO 21127:2006 - Information and documentation – A
reference ontology for the interchange of cultural
heritage information.
38. FRBROO (OBJECT ORIENTED)
Alternativa aos FRBR;
Implementável;
Compatível com RDF;
A metodologia utilizada para a reformulação dos FRBR a
FRBRoo, consistiu na análise de todos os atributos e
relacionamentos definidos nos FRBR entidade-
relacionamento, de modo que se pudesse extrair toda a
semântica a ser expressa como propriedades, para que
se pudesse compará-las às propriedades previamente
determinadas no CIDOC CRM.
39. FRBR X FRBROO
Classes são identificadas por:
um código e um nome
Ex.: F1 Work
Propriedades são identificadas por:
um código e um nome
Ex.: F1 Word R2 is derivative of (has devivative) F1 Work
Não existem “atributos” e sim “propriedades” entre as
classes.
40. FRBR X FRBROO
A entidade Obra é dividida em outras três:
F14 Individual Work
F15 Complex Work
F16 Container Work
Entidade Manifestação é dividida em:
F3 Manifestation Product Type
F4 Manifestation Singleton
41. EUROPEANA (EUROPEAN DIGITAL LIBRARY)
EDM – Europeana Data Model
DC – Dublin Core
ORE – Object Reuse and Exchange
CRM – Conceptual Reference Model
CRMdig
FRBRoo
EDM-DC-ORE-CRM-FRBR-CRMdig_Integration
42. Como, então, as tecnologias da Web
Semântica podem ser utilizadas no
Domínio Bibliográfico?
Conversão de dados bibliográficos em RDF;
Utilizar os conceitos dos FRBR e a ontologia formal dos
FRBRoo para a representar o domínio bibliográfico em
OWL.
43. INICIATIVAS
Expression of Core FRBR Concepts in RDF
Essential FRBR in OWL2 DL
Erlangen Functional Requirements for Bibliographic
Records object-oriented (EFRBRoo)
44. A proposta de analisar as tecnologias
CONSIDERAÇÕES
da Web Semântica é uma forma de
buscar meios de modelar um catálogo
bibliográfico que permita otimizar o
processo de recuperação para seus
usuários, além de fornecer maior
interoperabilidade de informações com
motores de busca, possibilitando
torná-las visíveis e recuperáveis na
Web.
45. CONSIDERAÇÕES
Espera-se que os resultados deste
estudo possa contribuir de maneira
significativa aos demais trabalhos e
pesquisas da área, assim como para a
modelagem e implementação futura de
catálogos cada vez mais eficientes e
úteis aos seus usuários.
47. REFERÊNCIAS
ALVES, R. C. V. Web Semântica: uma análise focada no uso de metadados. 2005. 180 f. Dissertação
(Mestrado em Ciência da Informação)-Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual
Paulista, Marília, 2005.
BERNERS-LEE, T. Semantic Web - XML2000. [S.l.], W3C. 2000. Disponível em:
<http://www.w3.org/2000/Talks/1206-xml2k-tbl/Overview.html> Acesso em: 18 set. 2012
BERNERS-LEE, T. Artificial Intelligence and the Semantic Web. [S.l.], W3C. 2006. Disponível em:
<http://www.w3.org/2006/Talks/0718-aaai-tbl/Overview.html#(1)> Acesso em: 18 set. 2012.
BERNERS-LEE, T.; HENDER, J.; LASSILA, O. The Semantic Web: a new form of Web content that is
meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities. Scientific American. 2001.
Disponível em: < http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=00048144-10D2-1C70-
84A9809EC588EF21>. Acesso em: 11 nov. 2012.
INTERNATIONAL WORKING GROUP ON FRBR AND CIDOC CRM HARMONISATION. FRBR object-
oriented definition and mapping to FRBRer. Version 2.0. nov./2012. Disponível em:
<http://www.cidoc-crm.org/docs/frbr_oo/frbr_docs/FRBRoo_V2.0_draft.pdf> Acesso em: 19 nov.
2012.
LE COADIC, Y. F. A Ciência da informação. 2 ed. Brasília, DF: Briquet de Lemos/Livros, 2004, 124p.
48. REFERÊNCIAS
PEREIRA, A. M., SANTOS, P. L. V. A. C. O uso estratégico das tecnologias em catalogação. Cadernos
da F.F.C., Marília, v. 7, n. 1/2, p. 121- 131, 1998.
SANTOS, P. L. V. A. C. Redes informacionais como ambientes colaborativos e de empoderamento: a
catalogação em foco. In: GUIMARÃES, J. A. C.; FUJITA, M. S. L. (Orgs.). Ensino e pesquisa em
biblioteconomia no Brasil: a emergência de um novo olhar. Marília: Cultura acadêmica, 2008, p.
155-171.
SPIVACK, N. How the WebOS evolves? 2007. Disponível em:
<http://novaspivack.typepad.com/nova_spivacks_weblog/2007/02/steps_towards_a.htm>. Acesso
em: 19 nov 2012.
SPIVACK, N. Web Evolution. Twine, 2009. Disponível em:
<http://www.slideshare.net/novaspivack/web-evolution-nova-spivack-twine> Acesso em: 19 nov.
2012
TILLETT, B. B. What is FRBR?: A Conceptual Model for the Bibliographic Universe. Library of
Congress, Cataloging Distribution Service, 2004. Disponível em:
<http://www.loc.gov/cds/downloads/FRBR.PDF >. Acesso em: 28 out. 2008.