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Projeto História de Coisas, Artes e Ofícios.
A turma 2012 do curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de
Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o projeto na unidade
curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I. O seguinte trabalho
descreve o oficio ou produto escolhido pelos estudantes .




 MAIO-2012
SUMÁRIO
PREFÁCIO                           02


HISTÓRIA DE ARTES E OFÍCIOS        03


JULIANA DA ROCHA                   03
BEATRIZ DE CARVALHO                06
CRISTIANE DE BARROS                08
ELENA CLAUDIO BRITTO               11
ELENICE GONÇALVES                  13
ERICA PIPAS                        18
JULIA GOMES                        23
M ARIANA AMORIM                    27
SCARLETY HOHARA MASON              31
PEDRO CREALESE                     33
THAMIRIS XAVIER                    35
JULIA LADEIRA                      37
FERNANDA SILVA                     41
GABRIELLE FIGUEIREDO               44
M ARIA BEATRIZ AYELLO              47
IZABELE DE ALMEIDA                 51
DAIANY DO NASCIMENTO               53
LAINA LOPES                        59


HISTÓRIA DE COISAS                 63


CAMILA AMÉRICO                     63
GRAZIELE NORONHA                   67
NATHALIA REIS                      74
NICOLAS FERNANDES                  77
FLAVIA CUNHA                       80
EVELISE CARDOZO                    84
THAINARA SAUSA                     91
VIVIANE RAMOS                      94
M ARIANA MENENGOY                  98
PAMELA DE MIRANDA                 102
THALITA DA FONSECA                108
THAIANE PRADO                     112
RAYANE VELLOSO                    119
CRISTIANO GOES                    124
RAPHAEL DA COSTA                  129
P AULO CESAR LEMOS                136
ANA FLAVIA LINS                   141




                              1
PREFÁCIO
           A turma 2012 do Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de
Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o 1° Projeto na unidade
curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I, ministrada pela profª. Patricia
Almeida Ashley.
          A proposta pedagógica deste projeto de História de Coisas, Artes e Ofícios é uma
releitura de uma primeira edição de História de Produtos e Artesãos com Cuidado Social e
Ambiental adotada pela professora em 2004 junto aos estudantes dos Cursos de Ciências
Econômicas e Administração da Universidade Federal de São João Del -Rei, em Minas
Gerais.
          Com o objetivo de oportunizar a experiência prática de fazer um projeto que contribua
para incorporar história e análise do impacto social e ambiental dos ofícios, artes e artigos
comercializados, os alunos se empenharam na realização do projeto. Certamente, foi
realizada uma desconstru ção de certezas antes baseadas em ideias impostas e não bem
definidas sobre as coisas. Uma conduta mais crítica e cidadã foi relatada e será lembrada ao
longo de toda   a vida acadêmica e em nossa memória,pois as experiências expostas de cada
aluno se tornaram experiências do grupo, mobilizando novas ideias, novos projetos e
principalmente novas formas de agir .
          Com o intuito de divulgar o que foi apresentado pelos alunos, os trabalhos foram
reunidos e divididos em História de coisas e Hi stória de artes e ofícios. Uma conquista de
novos saberes e o desenvolvimento de novos ideais.




                                                        2
HISTÓRIA DE ARTE /OFÍCIO
                                                                               TÍTULO: Arte/Ofício- Pintor
                                    AUTORIA: JULIANA DA ROCHA SILVA Matrícula: 112095016



INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir de uma produção artística, conta a
história de um ofício/ arte, em forma de profissão. Relata a história de um pintor, que tem
como forma criativa expressar o seu trabalho através de telas que são decoradas em
cidades brasileiras.

        Proposta feita pela disciplina de Crítica, Consciência e Cidadania Socioambient al I,
aos alunos da Universidade Federal Fluminense no ano de dois mil e doze.


O ENCONTRO:            Fui surpreendida pela arte quando passava por uma rua de meu bairro,
Trindade- São Gonçalo -RJ, no dia dezoito de março de dois mil e doze, como a proposta do
trabalho já havia sido dada, comecei ali a elaboração. A montagem do trabalho foi feita
através de observação, entrevista           e analise de dados coletados no momento em que o
pintor desenvolvia seu ofício, em apenas um encontro.


OFÍCIO E SUA HISTÓRIA: Esse produto que ele vende é ele mesmo que produz, são telas
de paisagens e de coisas abstratas capazes de nos remeterem ao seu interior.
        O trabalho é desenvolvido pelo artista chamado Jessé, de 50 anos de idade e 45 de
profissão. Jessé disse que foi profundamente i nfluenciado pelo trabalho de seus pais, e que
aprendeu seu ofício com eles desde pequeno, assim como seus irmãos, que como Jessé,
decoram telas na magia de proporcionar ao público esse maravilhoso trabalho.
        Jessé é natural de Olinda, Pernambuco, porém reside em Guarapari , Espírito Santo,
quando não esta a rodar cidades brasileiras com o seu trabalho. O próximo lugar segundo




                                                        3
ele será Juiz de Fora, cidade mineira, onde passará alguns dias desenvolvendo suas obras e
daí por diante.




                                               Jessé trabalhando




O DESENVOLVER DA ARTE: Jessé pinta em média de quinze a trinta telas por dia,
diversificadas. Segundo ele, se pegarmos todos os seus trabalhos veremos que não são
iguais.   Sempre tem um detalhe que faz a diferença, pois as telas são feitas de acordo com
sua imaginação.
          Ele trabalha apenas com cinco cores de tinta óleo que se transformam em um grande
arco- íris, são elas o branco, o preto, o vermelho, o amarelo e o azul , um si mples jogo de
pincel e um banco que juntos formam os equipamentos de seu trabalho.




                                 Instrumentos e local de produção das telas



  OS RISCOS DO OFÍCIO: O trabalho de Jessé é sem dúvidas uma grande obra de arte,
que além de utilizar a imaginação, requer um desgaste físico muito grande já que as telas
são feitas em lugar rasteiro, uma calçada, e Jessé passa horas curvado trabalhando, além
do perigo de ficar horas exposto na rua em meio ao caos que se encontra a sociedade



                                                         4
moderna. O sol também é um grande desafio, e o cheiro que vem das tintas é muito forte.




     CONCLUSÃO- O RECONHECIMENTO DO TRABALHO E SEUS RESULTADOS: Todos
que passavam pela calçada paravam para admirar Jessé trabalhando, e ficavam um grande
tempo     a observar e parabenizar. Não tinha quem não se encantasse com a habilidade do
pintor.
          Embora esse encontro tenha sido de puro encantamento pela arte e pelo ofício de
Jessé, acho que ele deixou no coração de cada pessoa que passava uma inspiração para
um mundo melhor, um desejo de mudança, de atribuir valores as coisas que realmente nos
importa: A vida. Aquele senhor mostrou, talvez sem         a intensão, que a paz, a felicidade está
em fazer o que se gosta.




                               A ad mira ção do público ao ver Jessé trabalhando.



          Depois de observar o nobre pintor em seu ofício, pode se dizer que o trabalho é para
o homem algo que o enaltece e dignifica perante a sociedade. Que embora não proporcione
grandes lucros, o que importa é a vontade de querer executá-lo e isso vem se perdendo ao
longo dos tempos. A busca não por uma profissão, mas sim pelo quanto de dinheiro         ela vai
me render, e isso tem feito o homem enxergar o trabalho como algo que não oferece prazer.



 FONTES PESQUISADAS: A coleta de dados para elaboração do trabalho foi feita no
momento em que o pintor desenvolvia sua arte, seu of ício, através de observação, conversa
informal, e fotografias.

          A confecção deste trabalho contou com os métodos apresentados em sala, com o
compartilhamento de ideias trocadas com componentes do grupo e colegas de classe e
visitas a sites na internet: Acessado ao longo da elaboração do trabalho
http://redeeconsciencia.blogspot.com.br/search?updated -max
http://www.projetoterra.org.br/portugues/index.htmlv Acessado 02/05/2012.


                                                              5
ETIQUETA NARRATIVA: A etiqueta do produto foi elaborada em forma de poesia.

                                                                   ImaginAÇÃO
                                                       Imaginação, ès um dom
                                                       que me motiva a ex pressar
                                                       meus desejos, minhas imagens
                                                       em formas, em ações
                                                       e assim confeccionar minhas conclusões.


                                            Pinturas de telas-
                                           Trabalho feito em São Gonçalo -RJ.
                                                         Arte- Ofício – Março/ 2012




                                                                          TÍTULO: Arte/Ofício- Deglier Vidal
                 AUTORIA: BEATRIZ DE CARVALHO SOUZA CUNHA Matrícula: 1120955006


INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir do ofício de Deglier Vidal, brasileira,
casada, natural do Rio de Janeiro, moradora de São Gonçalo. Trata se de uma profissão
que a mesma faz com muito carinho e dedicação, conquista seus clientes pela simpatia e a
competência que aparentemente veio de berço. Cabeleireira e maquiadora, ela produz
noivas, debutantes e afins. Além de ajudar as mulheres a manter a autoestima sempre
elevada, se realiza na sua profissão. Segue algumas fotos de uma das noivas que a mesma
produziu.




HISTÓRIA: Deglier começou a trabalhar no salão da Denise, que eu e minha mãe
freqüenta mos   desde   muito   tempo.   Ela   tinha     seu   próprio   negócio, cresceu muito



                                                         6
profissionalmente, porém tinha sócio, o que a desfavorecia em algumas situações. Começou
fazendo   escova e maquiagem em parentes e amigos e desde cedo já demonstrava certa
intimidade com   escovas e pincéis. Com 15 anos abriu um salão, como dito anteriormente.
Contando assim, até parece que foi fácil, mas até chegar nessa conquista passou por
poucas e boas para enfrentar a sociedade, largou os estudos por sofrer bullying, e foi
expulsa da casa da mãe logo assim que assumiu sua homossexualidade.
        Ela apenas nasceu de uma forma e vive de outra. Esta forma de viver a deixa mais
satisfeita e, diante de alguns olhos, por não s er convencional, não é bem aceito. Impôs uma
filosofia de vida para ser feliz,   e isso não depende de raça, cor, credo. Hoje, trabalha no
salão da Denise. Com seu bom humor, contagia a todos com seu jeito e seu talento.
        Têm planos para a realização de um b log e um site onde terão dicas de penteado,
tutoriais de maquiagens   e dicas de como cuidar dos cabelos, ao qual divulgarei em breve.


UTENSÍLIOS: Escova, prancha, tinta, pente, produtos de alisamento, variados cremes,
pincéis, paleta de sombra, rímel, blush, batons, bases, pó de correção, entre outros.


RISCOS ENCONTRADOS: Risco de intoxicação pelo uso de produtos químicos, risco de
alergia a determinados produtos usados tanto no cabelo como em maquiagens. E, por isso,
faz teste antes de   executar o trabalho e faz uso de luvas.


COMO APRENDEU: Não fez cursos, aprendeu vendo outros profissionais trabalharem e
aprimorou o que foi preciso em workshops.


FONTES PESQUISADAS: O trabalho foi feito através da coleta de dados pessoais, uma
entrevista através de vídeo e exposição de fotos de alguns trabalhos já realizados.


CARTÃO DE VISITA:




                                                        7
TÍTULO: Arte/Oficio - A Dádiva do Ensino
                                AUTORIA: CRISTIANE DE BARROS PEREZ Matrícula: 112095001


INTRODUÇÃO: Uma das maiores dádiva do ser humano é capacidade de passar seu
conhecimento para outras pessoas. Um dos trabalhos mais bonitos e importantes do mundo
inteiro   é a do profissional de ensino, o professor. Todos nós em alguma fase de nossas
vidas passamos por esses profissionais e, através deles, que nos capacitamos f uturamente
para sermos profissionais em qualquer escolha de carreira. Sabemos que por mais
importante que seja    esta profissão, aqui no Brasil não há tanto incentivo, vemos todos os
dias esses profissionais lutando por melhores salários e condições de trabalho. Por esse
motivo, resolvi destinar esta pesquisa a esse profissional.
           Minha entrevistada é Fernanda de Barros Perez, ela esta se formando em Biologia na
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de Professores (UERJ/
FFP), futuramente pretende fazer de seu “hobby” sua profissão. Atualmente ela vive no
México, onde voluntariamente dar aulas de língua portuguesa para os mexicanos e está
cursando um semestre na Universidad de Guadalajara (UDG) – Centro Universitário de
Ciências Biológicas Agropecuárias (CUCBA).




                       Foto de Fernanda de Barros Perez, em trabalho de ca mp o, México.




                                        Universidade de Guadalajara, México.




                                                              8
Universidade do Estado do Rio de Janeir o, São Gonçalo.



Como aprendeu dentro e fora de cursos o que faz?                                       Sobre este questionamento, a
entrevistada não sabe dizer se foi alguém que a ensinou a lecionar aulas, mas ela diz que
desde pequena sempre gostou muito de dar aulas de reforço para os moradores próximos a
elas, e também sempre ajudou a irmã e os primos com as tarefas de casa, então, desde
nova já desenvolveu uma experiência em passar conhecimentos.
        Quando adolescente ela sempre ficava depois da aula para passar a matéria para
seus colegas que não haviam entendido a explicação do docente, e de uma maneira mais
simbólica, conseguia fazer que seus colegas de classe entendessem                a matéria.
        “Então eu tenho isso, não de uma pessoa que me ensinou e sim foi uma habilidade
que eu descobri desde cedo e com o tempo fui me aperfeiçoando através de horas e horas
de estudo.” Ela relata o quanto é prazeroso passar seus conhecimentos para outras
pessoas. E então, só busca adquirir mais conhecimentos com atividade extracurriculares tais
como: Cursos de línguas estrangeiras e outras.


O que precisa para realizar o ofício?                      “Para realizar o oficio eu apenas necessito de
pessoas disposta a aprender e um espaço para poder receber os alunos.”
        Não são necessárias muitas coisas para essa prática, mas, se no caso o local
oferecer outros dispositivos tecnológicos, fica muito melhor. Porém, de nada adianta ter um
local bem   aconchegante e com aparelhos que facilitam o aprendizado se não tiver alunos
com vontade e determinação de aprender. Ela já voluntariou em diversos locais, mas todos
eles sempre tiveram alguma precariedade, mas mesmo assim, nunca deixou de dar aulas
por esses motivos, “É sempre um prazer ver que as pessoas que buscam conhecimentos
também não se importam com os locais.”


Quais as situações de risco a saúde você vive, ou pode sofrer? Todos nós estamos
predispostos a qualquer tipo de perturbação. Como o professor fala muito, o que pode ter
risco se não cuidar   é a perda da voz e também o contato direto com pessoas, que podem ter
algum tipo de doença contagiosa e passar, mas fora isso, a credita que não há grandes


                                                              9
riscos   a saúde neste ofício. Acrescenta que: “O maior risco a saúde acho que pode ser o
psicológico, porque lidamos com pessoas de todos os tipos. E às vezes podemos nos
envolver demais com os alunos, ou então eles conosco. Além do que é um oficio muito
desgastante e estressante!”
           Numa turma de alunos existem diversas características, assim como pessoas mais
tímidas, outros mais brigões   e os dispersos. Há uma enorme pressão para que você se
adapte a esses tipos de pessoas “(...) ainda mais nós que somos professores, somos o
intermediário desses   alunos, através de nós que eles conhecem outros amigos e interagem
entre si. Há também aqueles alunos em que a educação em casa é tão falha que os pais
cobram de nós o que seria o papel d eles. Vivemos com pressões psicológicas a todos os
momentos e eu sei que isso pouco a pouco vai afetando a minha saúde. Procuro ser bem
maleável com os alunos, até criando amizades com eles e eles comigo, para assim minha
rotina não ser tão desgastante.     Por enquanto eu só sou voluntária, mas já trabalhei em
algumas escolas. Vejo como essa profissão é desvalorizada aqui no Brasil, não existe
nenhum incentivo para os alunos e professores para melhorar o ensino, e muita das vezes o
salário de um professor mal dá para cobrir as contas no final do mês obrigando assim um
docente ter mais de um trabalho ”


SOBRE O MEIO AMBIENTE: “Em relação ao meu trabalho, se através dele existe algum
impacto   ambiental de grande escala, creio que não, contudo, a energia elétrica e o consumo
de papel estão na lista”


PARA FUGIR DA ROTINA: “Um meio que eu utilizo para aliviar essa rotina exaustiva é
sempre estar em contato com a natureza, vou a diversos trabalhos de campos e costumo ir
a locais que me tragam paz, assim consigo conciliar os estudos com o voluntariado.
          Mesmo com todas as dificuldades encontradas para exercer essa profissão, creio que
o que você faz com determinação, empolgação e seja prazeroso em exercê-la, não haverá
nenhum empecilho para continuar. E é isso que eu quero mesmo, é algo que eu descobri
desde cedo e que tenho talento para ensinar.”


FONTES PESQUISADAS: Entrevista feita através de sites de redes sociais, como a
entrevistada que está atualmente no México.


VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/HauIok3lUnk.




                                                      10
TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato:O cara de pau
                                       AUTORIA: ELENA CLÁUDIO BRITTO Matrícula: 112095032


INTRODUÇÃO: O meu avô Vicente (Fig. 1) é muito habilidoso com trabalhos manuais.
Quando era mais jovem trabalhou em estaleiro e serraria, além de gostar de desenhar. Ele
realizou diversos serviços em sua casa como reforma de sofás, construção de mesas,
cadeiras, galinheiros, viveiros, conserto de instalações elétricas e de pequenos aparel hos
domésticos, como ferro elétrico, e de ferramentas, como enxadas. A maioria dos seus
trabalhos foi feito artesanalmente. Contudo, o que chamou minha atenção, foi sua habilidade
para esculpir bonecos em madeira, que ele apelidou de cara de pau.




                                                                       Fig. 1




HISTÓRIA: Inicialmente seu irmão Francisco foi quem começou a esculpir em madeira. Ele
se inspirou folheando uma revista em quadrinhos chamada Gibi, observando a fisionomia
dos personagens (Fig. 2). Meu avô se interessou pelo trabalho do irmão e logo começou a
esculpir também, inspirando-se nas famosas estátuas da Ilha de Páscoa. (Fig. 3)




                                             Fig. 2                             Fig. 3



        O processo de criação da escultura exige muito cuidado, paciência e atenção. Foram
precisos muitos dias de dedicação para adquirir prática em esculpir.




                                                       11
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Para realização do trabalho meu avô utiliza um canivete bem
afiado. (Fig. 4)




                                                                           Fig.4



         A escolha da madeira é muito importante, pois ela precisa ser macia. Meu avô e seu
irmão   reaproveitavam galhos secos, das árvores popularmente chamadas de cedro (Fig. 5),
pinho e leiteira, encontradas perto de casa. Além disso, eles coletavam restos de madeira de
serrarias ou marcenarias.




                                                                  Fig. 5

         A melhor opção de ambiente para esculpir era a área dos fundos da casa onde
ocorria bastante luz.
         Segundo meu avô, a etapa de criação mais difícil eram os olhos. Primeiramente ele
fazia o queixo   e pescoço, depois a testa e o nariz, e por fim os olhos. Depois de prontos ele
decidia se envernizava ou não os bonecos.


CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE: Os resíduos gerados pelo serviço eram pequenas
lascas de madeira que posteriormente, poderia ser utilizado em outros trabalhos artesanais.
         Meu avô esculpiu vários caras de pau e presenteou minha mãe e minhas tias.




                                                       12
Ele criava os bonecos por prazer e realização pessoal.




 FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal.


 FOLDER:

                         “O cara
                         de pau”


                          Produzido por
                             Vicente




                                                              TÍTULO: Arte/Ofício – Técnico em Eletrônica
                    AUTORIA: ELENICE GONÇALVES RODRIGUES Matrícula:112095011


 INTRODUÇÃO: X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
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 HISTÓRIA:
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TÍTULO: Arte/Oficio: Artesanato com ferro reciclado e madeira de demolição
                                        AUTORIA: ERICA PIPAS MORGADO Matrícula: 112095041


INTRODUÇÃO:               Este trabalho relata sobre um artesão chamado Marcelo José Gouveia,
de 35 anos, que mora no Estado de Minas Gerais. Ele produz um artesanato com metal
típico da sua cidade   e sustenta toda sua família atra vés desse oficio. Será mostrada a sua
prática através de um vídeo onde poderemos observar suas condições de trabalho, bem
como a estrutura local.

BREVE HISTÓRICO DA VIDA PROFISSIONAL: Iniciou sua vida trabalhando de pedreiro
ainda adolescente, teve 2 filhos no primeiro casamento ( 10 e 16 anos) mas separou -se.
Posteriormente, já com 25 anos, tornou -se entregador de artesanato para um artesão do
local. Um ano depois, de entregador passou     a ser ajudante do artesão (cortador de chapa)
nesta mesma época, com 26 anos, quando conheceu sua atual companheira Luana que já
tinha um filho hoje com   8 anos. Hoje, Marcelo tem 35 anos e sua companheira Luana tem 24
anos, juntos eles tiveram 3 filhos atualmente: 1, 3 e 5 anos.

        Após mais um ano nesse trabalho de ajudante, tornou-se sócio e 2 anos depois abriu
seu próprio negócio. Vale ressaltar que Marcelo aprendeu seu oficio observando o artesão
que lhe deu a primeira oportunidade na vida (seu ex -patrão e ex-sócio). Nunca fez curso
algum. Comprou seu material com seu suor, vive de aluguel e sustenta sua família com a
venda de seus produtos somente para lojistas e eventualmente para particular.

ACHADO POR ACASO: Como cheguei até o artesanato do Marcelo. O 1 º CONTATO:
        Em um passeio de férias, meus pais tomaram como destino Tiradentes em setembro
de 2010. Apreciando o artesanato local, depararam com uma casa humilde com desenhos
na porta que chamaram a atenção. Meu pai resolveu parar e descobriu uma lojinha
improvisada onde o   Marcelo vendia seus materiais. De tão refinado e com muitos detalhes,
ficaram encantados com tanta destreza de sua      esposa em fazer cortes na folha de metal
para que essa se tornasse uma flor e assim, constituir varias peças decorativas.

        No primeiro momento, Marcelo apresenta o seu ateliê num local inade quado,
diretamente exposto ao sol, sem condições de realizar dignamente o seu trabalho.
Atualmente desativado (foto abaixo).




                                                      18
Visão interna do                                                Visão externa do
        loc al antigo de trabalho. A seta                                      loc alantigo de trabalho
         indica onde era a sua bancada




2 º CONTATO: Em uma segunda visita, ele já está instalado em novo local de trabalho, ao
lado da lojinha, onde preparou melhor sua bancada e suas ferramentas de trabalho com
uma cobertura mais favorável para a realização do seu oficio. (a casa da família fica
integrada   a lojinha, nos fundos da mesma).




                                                                                                             Mesmo carro que
                                                                                                             ele fazia as
                                                                                                             entregas do
                                                                                                             artesão (ex-sócio)
                                                                                                             a dez anos atrás.


                                            Visão panorâmica do local atu al                  Novo local de tra balho



3 º CONTATO: Em Janeiro de 2012, fui ao encontro do Marcelo por indicação dos meus
pais. Deparei-me com crianças em seu local de trabalho e sua esposa a cortar as folhas de
metal. As condições não foram agradáveis, porém, vê o esforço dessas duas pessoas, a
dedicação ao trabalho para o sustento da família, foi muito interessante para a abordagem
futura do meu trabalho, onde retornei especialmente para finalizar o mesmo.


O OFICIO/ A ARTE: ARTESANATO EM METAL: O trabalho realizado por eles depende
das encomendas que são solicitadas por lojistas já clientes do Marcelo. Clientes estes de
várias partes do Brasil: Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul...

        O seu oficio depende de algumas ferramentas e materiais que ele compra na própria
cidade, tais como as chapas de metal, os                eletrodos, liga de solda, a tinta látex e acetinada.
As ferramentas como compressor, lixadeira, tesourão, alicate são necessários para a
fabricação do produto.




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Relacionando a prática do oficio com a saúde, pude observar que a segurança no
ambiente de trabalho é um risco a saúde do Marcelo, da Luana e das crianças.( não se tem
equipamentos de segurança e vestimenta adequada)

        No vídeo observamos com clareza as condições de trabalho. ”A roupa rasga, queima,
queima o sapato”. As mãos não têm proteção para a tinta, que é tóxica, as crianças brincam
no mesmo ambiente de trabalho dos pais onde se encontram materiais cortantes e
perigosos. A mãe limpa as mãos com gasolina par retirar a tinta nas crianças e nela mesma,
o solo não tem proteção, a tinta que respinga da p istola ao pintar as peças contaminam o
solo.

        Antes ele trabalhava no tempo, o sol muito forte e a chuva eram um problema para a
sua prática. Depois que passou para o galpão, a instalação física

ficou favorável ao trabalho.


        As inspirações vêm da própria natureza no caso das flores e das árvores, mas
também da sua imaginação.




ENVOLVENDO O MEIO AMBIENTE NO OFICIO: Apesar de existirem alguns problemas
quanto a prática do oficio, é importante salientar que todo resíduo que é descartado (corte
das chapas de metal, restos de solda e ferro) são vendidos para reciclagem, garantindo que
nada é desperdiçado, Luana junta tudo na mesma hora que recorta as chapas.) Inclusive, a
madeira    que   utiliza   para emoldurar seus trabalhos, são madeiras de demolição,
reaproveitadas de batentes de portas antigas. Agregando em seu trabalho um maior valor e
dessa venda para a reciclagem ele compra a madeira e reaproveita-as. A base de troca,
começou a utilizar peças de carros para incrementar seu trabalho.




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“Reaproveito         peças    de
       automóveis, bicicletas para
       fazer abajur, lustres...”




PRAZER NO TRABALHO: Relata que trabalha de 12 a 14 horas por dia, dependendo dos
pedidos. Mas, diz que por estar em casa, junto com sua família, “Tudo é mais tranquilo, é
mais prazeroso”. Nos finais de semana ele tira umas horas de folga a noite para sair com as
crianças, por que: ”Toda a família precisa de um lazer mas, a maior parte do tempo, ficamos
em casa”. Quando as crianças vão para escola eles aproveitam pra agilizar o trabalho e
Luana a limpeza da casa.




       Detalh e: e mbalando com
                                          Marcelo, Eu ( Erica) Luana       Eu e as crianças
        plástico bolha para não
            danificar a peça.



       Comentam que o local ainda não é o ideal para as condições de trabalho, que não
tem como investir muito para aprimorar, pois pagam           aluguel. Contudo, muito já se progrediu.
As crianças nunca ficaram doentes. Marcelo e Luana sentem- se bem na prática deste of icio,
pensam que poderia ser melho r. “Às vezes ficamos cansados”, Luana relata de dores nas
costas, mas: “Nada que um banho não resolva, ficamos muito tempo aqui no galpão e
perdemos a noção do tempo”, “(...) gosto muito do que eu faço, acho bom quando as
pessoas elogiam, tenho vontade de f azer mais!”




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CONCLUSÃO: Observando que as condições não são totalmente adequadas à prática do
oficio, que as limitações econômicas são fatores pertinentes e visíveis, pode-se dizer que a
família   está unida em torno de um ideal de vida que gira em torno da c riação dos filhos. Que
mesmo compartilhando o trabalho e a própria vida afetiva e, além disso, mesmo com as
restrições        sociais,       encontramos            simpatia,         comunicação,       mínimo   de   informação,

pensamentos e ideias sustentáveis, percepções diferenciadas sobre o mer cado de consumo
(quando ele vende para lojistas e monta sua linha de produção). A qualificação profissional
não faz a diferença nesses protagonistas, pois participam da economia das mais diversas
formas (quando trocam mercadorias               e quando vendem para reciclagem). São facetas da
questão social e econômica de uma família que praticamente e só vive do artesanato que
produzem e, hoje, não foi apenas vista como vendedores de peças artesanais, mas aquela
mais próxima de muitas realidades em todo o Brasil.




O MÉTODO UTILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO: Foi realizada a
filmagem do local, do oficio propriamente dito,            e uma entrevista informal do Marcelo e da
Luana, a fim de colher dados a respeito da vida profissional. Por razões de timidez não
quiseram falar diretamente sobre o assunto para a câmera, mas f ui autorizada a filmar e tirar
fotografias do oficio   e dos produtos por eles realizados, bem como tirar fotos deles e das
crianças.

(OBS: Com intuito de preservar a identidade das crianças, aparecem sem m ostrar o rosto!).




FONTES PESQUISADAS: Para a realização do vídeo, foram feitas buscas no site
www.youtube.com.br e editados os seguintes vídeos:

          SEBRAE-MG. O artesanato é a fonte de renda de mais de 500 mil pessoas em Minas
          Gerais. Disponível em:
          http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=youtube_gdata_playe
          Acesso em: 20 de março 2012.


          GLOBO COMUNIDADE. Artesanato e dicas do SEBRAE.
          http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=player_detailpage Acesso
          em: 20 de março 2012.




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VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/uc8d4xplgak



FOLDER: Foi confeccionado um texto síntese da história pesquisada, como se fosse ajudar
na divulgação do trabalho ou arte. Pode ser usado como uma etiqueta narrativa do produto
ou folder de divulgação.




                                                  Conhecendo um pouco da rotina de v ida, segue um resumo
                                                                   da arte que você vai adquirir:
                                                                Esta peça é produzida por Marcelo José Gouveia
                                              e Luana, sua esposa que o ajuda no corte das chapas de ferro.
                                                          Na casa onde v ivem, em Minas Gerais- Brasil,
                                                      montaram o próprio negócio e sustentam a família..
                                                                 Marcelo nunca fez curso, aprendeu observando
                                                outro artesão no seu oficio, e assim desenvolve seu papel de
                                                    artesão com destreza e satisfação. Montou sua linha de
                                                 produção e tem como público-alv o os lojistas da região e de
                                                                             todo o Brasil.
                                                                 Para a realização das peças artesanais, Marcelo
                                              utiliza ferro reciclado, peças de carros e bicicletas. Os resíduos
                                                 que produz, serve de base de troca para a confecção do seu
                                                produto. A madeira que emoldura alguns de seus trabalhos é
                                                 de demolição - de batentes de portas antigas, fundamentais
                                                                para a valorização do seu trabalho.
                                                               O mais importante é a consciência de bem estar e
                                                  de contribuir para a preservação da natureza. A família tem
                                               atitudes de cada vez mais melhorar as condições de trabalho,
                                              incentiva o estudo dos filhos e tem pensamentos sustentáveis,
                                               quando reutiliza e troca materiais na fabricação das peças que
                                                irão embelezar a sua loja e colocar na casa dos seus clientes
                                              uma peça feita com muito carinho e respeito ao meio ambiente,
                                                                 incluído v ocê, que faz parte dele.
                                                                         Erica Pipas Morgado




            Conteúdo ex terno                                               Conteúdo interno




                                                                                                         TÍTULO: Arte/Oficio: A arte de confeitar
                                       AUTORIA: JULIA GOMES CABRAL Matrícula: 112095015


INTRODUÇÃO: Senhora Palma confeita bolos a mais de cinco anos. Ela tem dois filhos, e
mesmo antes deles começarem a trabalhar, sempre fez tudo sozinha. Essa inspiração, esse
prazer em confeitar bolos, veio dela mesma; ninguém a influenciou. Ela sempre dedicou o
seu tempo a fazer o que mais gostava. A mais ou menos dois ou três anos, ela fazia
encomenda de salgadinhos, pizzas, além de vender quentinhas. Ela sempre fez tudo com
muita dedicação e até hoje ela é assim. Antes de começar a trabalhar com comida, ela
costurava roupas para crianças (vestidos, blusas, calças, entre outros), além de fazer
decoração de quarto.


HISTÓRIA: Ela aprendeu a confeitar sozinha, pois nunca fez curso de confeiteira. O único
que fez, foi um curso manual por três anos. Ela pretende fazer um curso de especialização,
para poder aprender melhor a fazer bolos em formato de camisas de futebol,de
coração,árvores, e todos esses formatos que requer mais trabalho.Atualmente, além dela




                                                                   23
fazer bolos    ,é uma dona de casa.Ela tem muitos clientes. Faz bolos para padarias, igrejas,
pizzarias e outros lugares que também são muito conhecidos, no lugar onde ela mora.
         Antigamente, ela disse que demorava quase uma hora para confeitar, e com i sso não
podia aceitar fazer tantos bolos como ela faz hoje. Ao longo do tempo, ela foi adquirindo
prática, e hoje ela confeita um bolo em menos de oito minutos. Confeitar bolo é uma ação
que requer paciência e técnica, além de coordenação motora e criativi dade. No inicio dessa
sua carreira, ela tentou fazer bolos em formato de morango, camisetas, mas disse que
gastava muito tempo. “Se com um bolo simples eu já fico toda atarefada, imagina se eu
fizesse esses tipos de bolo”-disse ela. Por isso que hoje em dia ela decidiu fazer somente
bolos simples. Dona Palma contou também que quando o marido dela tinha carro, ela
mesma que levava os bolos até as clientes, depois que o marido vendeu o carro, ficou
complicado para ela entregar os bolos. Mas isso não se tornou um problema, pois as
clientes vão   a casa dela buscar os bolos.
         Quando se faz um bolo, coloca -o em um suporte e depois entrega para as clientes.
Porém existe muita gente que não devolve esse suporte de bolo. Quando o suporte é feito
de papel coberto de alumínio, não há problema algum, pois é descartável; contudo se o
suporte for de acrílico acaba saindo caro para a confeiteira.
         Ao longo da entrevista, ela disse que houve dias em que teve que fazer mais de sete
bolos. Quando isso acontece, ela acorda umas cinco horas da manhã para começar a
confeitar. Se ela não acordar essa hora, ela disse que atrasa tudo, incluindo o almoço. Pois
ao mesmo tempo em que ela esta confeitando, ela também esta refogando a carne, fazendo
arroz e feijão; e isso tudo com muita a tenção e dedicação. Ela contou que esta acostumada
com a “correria” e não há nenhum problema em ir adiantando o almoço ao mesmo tempo em
que confeita o bolo.
         Ela relatou que faz bolos de domingo a domingo incluindo feriados. Qualquer dia que
aparecer um pedido, ela faz. No dia da entrevista (que foi em um sábado) ela ia sair de
tarde,   e contou que se não falasse para as clientes que tinha compromisso, já teria mais
cinco bolos para ela fazer, ou seja, os quatro bolos, mais os cinco que ela recusou.


PRÁTICA DO OFÍCIO: Para realizar essa arte de confeitar, ela precisa esta com os
ingredientes   a mão. Antes de tudo ela precisa preparar a massa do bolo um dia antes para
dar tempo de esfriar, pois quando a massa esta quente é muito ruim de trabalhar. No dia
anterior ela adianta umas três massas, para no dia seguinte confeitar essas três e mais as
duas massas que ainda estão faltando.




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Ela começa pré-aquecendo o forno. Enquanto o forno esquenta, ela vai preparando
as outras massas. Ela separa os ingredientes que irão para a batedeira, dos que não irão.
Por exemplo, primeiro ela coloca a clara do ovo, junto com um pouco de margarina e bate
ate formar uma substancia homogênea,que será utilizada para fazer o glacê do bolo. Após
isso,ela mistura outros ingredientes na batedeira,como   a gema do ovo,copos de farinha de
trigo,fermento   e por último leite morno. Enquanto os ingredientes estão na batedeira,ela
começa a adiantar outro bolo.Esse outro bolo é de abacaxi. Ela primeiro prepara a calda do
bolo,com o suco do abac axi. Ela retira a casca e ferve até sair um suco ( é esse suco que
ela molha o bolo,e faz o recheio). Após fazer essa calda, ela retira os ingredientes que
estavam na batedeira. Na fôrma onde ela os colocará, ela passa farinha de trigo para a
massa não grudar. Após esse procedimento ela coloca os ingredientes que estavam na
batedeira na fôrma e leva-os ao forno. Enquanto essa massa assa ela confeita o bolo de
abacaxi.


MATERIAIS: Para confeitar os bolos ela utiliza diversos utensílios. Por exemplo,para fazer
as estrelinhas e corações ela usa uma forminha e a massa é um tipo de pasta americana.
Para deixar essa pasta com cor,ela aplica corante para obter a cor desejada.
Exemplos de fotos mostrando a pasta americana e as forminhas.




        Para colocar a massa do bolo ela utiliza fôrmas e assadeiras de diferentes tamanhos;
para misturar os ingredientes ela usa uma batedeira,ou um batedor de massa e ovos.Utiliza
também um suporte para por o bolo,espátulas para    a pasta( estas espátulas são muito boas
para manusear pasta americana) ,rolo para alisar a massa,além de sacos de confeitar (os
sacos podem ser descartáveis ou de materiais de plástico ou de metal ).
        Exemplos com fotos de saco de confeitar (Um já está pronto e sendo a plicado no bolo
e no outro saco de confeitar está sendo colocado outro glacê para confeitar mais um bolo).




                                                      25
Os Bicos e sacos de confeitar são os que dão os formatos mais diferentes na
cobertura. Existem diferentes tipos de bico para confeitar. Tem-se o tipo pitanga aberta, que
é usado para criar estrelas e flores; tem a pitanga fechado; flores especiais, esse tipo possui
um pequeno pino preso internamente no centro, que garante o formato da flor, e entre
outros.




                         O desenho azul é a pitanga fechado, e o rosa é a pitanga aberto.

           Muitos bolos são temáticos, e nesse tipo usa-se geralmente o papel arroz, referente
ao tema que a pessoa deseja.




                                             (fotos de papel de arroz)



RISCOS À SAÚDE E AO AMBIENTE: Depois de fotografar os utensílios e as cenas do
trabalho na arte, observei poucas situações de risco. Em relação à saú de notei o excesso de
corante (Ela utiliza uma pequena quantidade, somente na hora de colorir a pasta americana,
porém, a grande maioria que está nessa área utiliza de forma exagerada, cobrindo o bolo
todo,por   exemplo), em relação ao ambiente ela mostrou que se preocupa, pois joga os




                                                               26
variados lixos em sacolas diferentes, já o modo como se faz, requer atenção, pois se a
pessoa for distraída , pode acabar queimando os ingredientes além de se queimar também.
       O que mais observei de interessante é o modo como se faz a calda de abacaxi (que
além de deixar um gosto bom,deixa também um aroma maravilhoso) e as táticas que ela
adquiriu ao longo de todos esses anos .
       Esse trabalho de confeiteiro afeta diretamente os sentidos humanos, principalmente o
paladar, portanto ele detém em suas mãos uma obrigação e tanto, pois com seus produtos
ele vai atrair ou afastar possíveis consumidores. Embora haja um certo glamour em torno
desta profissão, ela exige trabalho árduo. Deve-se disposto a trabalhar duro, para conquistar
um espaço cada vez maior nesta área.


FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a doceira. Fotos do
seu trabalho.


ETIQUETA NARRRATIVA:




                   TÍTULO: Arte/Oficio: LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA.
                AUTORIA: MARIANNA AMORIM DE BARROS FERREIRA Matrícula: 112095018


INTRODUÇÃO: O ofício escolhido é um trabalho comunitário chamado Projeto LIMPAR,
cujo significado é LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA. O projeto busca
contribuir de forma transversal para o alcance dos objetivos do Milênio, através de ações
desenvolvidas pelo Centro Comunitário Lídia dos Santos – CEACA VILA, no Morro dos
Macacos, situado no bairro de Vila Isabel, município do Rio de Janeiro. Tem como proposta
promover a reconstrução das relações da comunidade com o lixo produzido, através da
criação de um espaço que permita a transformação do lixo em recursos para aquisição de
alimentos, roupa, utensílios, e demais produtos necessários a vida cotidiana das pessoas.




                                                      27
PROPOSTA: A proposta do projeto visa promover o processo de conscientização ambiental
e cultural, melhora nas condições de saúde e higiene, geração de trabalho e renda, geração
de arte com material reciclado, estímulo a escolarização, e até mesmo mudança na estética
da comunidade, contribuindo para a melhora na qualidade de vida, uma vez que o proje to
tem como meta    a redução do acúmulo de lixo nas encostas e demais locais inapropriados,
atuando com o foco na educação para o desenvolvimento sustentável.


LIDERANÇA DO TRABALHO: Regina é a pessoa ativa que comanda o projeto receptando
objetos da comunidade que seriam jogados fora [materiais recicláveis] e reaproveitando de
forma   artesanal e criativa estes que em sua produção              final viram   Pufes, poltronas,
petisqueiras, bebedor de água para beija flor, moringas, carregadores para celular e outros.
Esses materiais recicláveis são trocados pelos moradores por alimentos não perecíveis e
materiais de limpeza.
        ‘‘ O objetivo é limpar a comunidade e ampliar cada vez mais o número de pessoas
beneficiadas com o projeto. ’’ – Regina
        Para fazer esse trabalho Regina tem no seu currículo cursos como: reciclagem,
aproveitamento de material inorgânico e lixo inserido na questão ambiental, artesanato, além
de participação em palestras, eventos e aprendizagem com alguns moradores da
comunidade, através da troca de conhe cimento nos cursos de artesanato oferecidos pelo
próprio projeto. Como f ormação possui apenas o ensino médio e a dedicação de cada dia
fazer melhor o seu trabalho.



ELEMENTOS QUE COMPÕEM CADA OBJETO ECOLÓGICO E SUA PRODUÇÃO :
Objeto 1 - Petisqueira
-garrafa pet, cola branca e papel crepom.


PRODUÇÃO DA PETISQUEIRA: Primeiramente lavar a garrafa pet de modo que fique bem
higienizada, fazer um corte na parte inferior da garrafa, reservá-la, pois ela que será usada.
Pegar o papel crepom e cortar em tiras, os fios são amarrados em uma de suas pontas em
uma batedeira e a outra ponta em um local de apoio, exemplo, maçaneta de uma porta ou
grade de um portão, em seguida ligue a batedeira e ela por si só irá enrolar os fios de
crepom. Juntar três f ios de cores va riadas e fazer um trançado. Pegar o fundo da garrafa
PET que foi reservado e colar com cola branca os trançados de crepom de cima para baixo
até os espaços ficarem ocupados modelando -a. Assim é feita a petisqueira. Utilidade: Serve
para colocar condimentos, como torradas, biscoitinhos e petiscos.



                                                       28
Objeto 2 - Pufe
- 32 garrafas PET de Coca-Cola, papelão, revista, caixa de leite, espuma, cola e fita adesiva.


PRODUÇÃO DO PUFE: Primeiro as garrafas são lavadas para estarem higienizadas, em
seguida todas as garrafas são cortadas para serem colocadas uma dentro da outra, de duas
em duas, para o Pufe ter mais sustentação, o terceiro passo é cortar os papelões de forma
quadrada e depois colá-los junto às garrafas para se modelarem no formato quadrado, então
as fitas adesivas podem ser colocadas em volta para prender as garrafas e o papelão, por
cima coloca-se   a espuma e para fazer o acabamento são usadas caixas de leite abertas em
todas as partes do      Pufe, em seguida para dar o acabamento final são coladas com fitas
adesivas folhas de revistas ou retalhos para darem o design do Pufe. Utilidade: É utilizado
como móvel para decoração em vários ambientes como bibliotecas, salas de leituras, salas
de estar, espaços de exposição e para confortar pessoas em suas casas.
Objeto 3- Carregador de celular ou porta celular
- garrafa pet de 600 ml, papel crepom colorido e cola branca.


PRODUÇÃO DO CARREGADOR DE CELULAR :O primeiro passo é cortar as garrafas já
lavadas na horizontal e abaixo do meio, mas deixando um espaço para cortar a garrafa em
cima fazendo o formato de uma      alça, em seguida pegar os fios de crepom em uma de suas
extremidades e amarrar a fita em uma batedeira e a outra extremidade amarrar na maçaneta
de uma porta, assim estique os fios e ligue a batedeira, ela começará a enrolar os fios de
crepom, faça isso repetidas vezes com fios coloridos, pois revestirão a garrafa, depois cole-
os no porta celular já cortado com cola branca modelando os fios na pet. Então está feito o
porta celular. Utilidade: Serve para colocar aparelhos celulares e serem carregados.
Objeto 4- Moringa
- garrafa pet de 600 ml, tampa, papel crepom e cola branca.


PRODUÇÃO DA MORINGA: O processo é simples, usa-se a garrafa inteira e sua tampa,
confeccionando apenas o exterior da garrafa com o crepom que antes é enrolado com o
processo semelhante ao do carregador de celular, e sem seguida usando cola branca para a
colagem e acabamento. Sua embalagem é feita também com uma garrafa de refrigerante,
só que a de 2 litros.


RENDA DO TRABALHO ECOLÓGICO: A renda obtida dos produtos que são feitos advém
da venda através de uma revista da rede ASTA que está em circulação e que oferece esses



                                                      29
produtos a preços mais altos para um público externo e que compra no atacado. No projeto
que fica na comunidade ess es produtos são comercializados a preços mais baixos. O
projeto também tem participação em feiras e eventos externos que dão oportunidade das
pessoas conhecerem os produtos e comprarem no varejo. Existe também a venda de alguns
materiais que não podem ser aproveitados para o artesanato, que são destinados às
cooperativas de catadores de material reciclável.


DESTINO DA RENDA: O dinheiro é destinado ao reinício do processo de reciclagem dos
materiais do projeto, ás aulas de artesanato para pessoas da comuni dade e para divisão
entre os membros que fazem parte da produção dos materiais artesanais.


IMPACTO AMBIENTAL: Não há nenhum impacto ambiental na produção desses produtos
ecológicos, pois como o nome se refere eles são ecológicos e recicláveis, ou seja, são
reaproveitamentos de objetos ou qualquer coisa que a população da comunidade local não
usa mais e jogaria fora e são feitos a mão, por meio de artesanato. Portanto não trazem
nenhum dano ao meio ambiente, pelo contrário, o projeto age de forma a reduzir os
impactos   ambientais, pois os resíduos que poderiam ser despejados em vielas, ruas,
encostas e outros locais inapropriados na comunidade pelos moradores, são reaproveitados
nas oficinas artesanais e produtivas e ainda contribuem para educação ambiental da
população local.


DE QUE FORMA CONHECI O TRABALHO? Conheci o trabalho comunitário através de
uma pessoa conhecida que é assistente social e funcionária nessa mesma ONG que
promove o projeto LIMPAR. Ela mencionou o projeto e achei interessante pesquisar para o
trabalho de Crítica, Consciência e Cidadania Socioa mbiental, pois é compatível com o que
debatemos em sala de aula e tem obtido resultados muito importantes para a comunidade
em que atua.
Aprendizagem
‘‘ Aprendi a reaproveitar e transformar objetos que seriam jogados fora causando danos ao
meio ambiente em objetos úteis. Assim ajudo a comunidade a viver melhor e ao mesmo
tempo ao meio ambiente.   ’’ - Regina


FONTES PESQUISADAS: O Próprio Projeto




                                                    30
FOLDER:


         Projeto LIMPAR
         (Lixo Movimentando Produção, Arte e Renda)
             O projeto tem como objetivo alertar e sensibilizar os moradores do Morro dos
             Macacos para a necessidade de diminuir a quantidade de lixo que é jogada de
          forma desordenada na comunidade.      Esse mau hábito traz diversos danos à saúde,
          polui visualmente o local, traz mau cheiro e contribui para a proliferação de animais
           nocivos ao ser humano. A proposta do projeto é melhorar a qualidade de vida dos
            moradores contribuindo na resolução do problema do lixo e da má alimentação,
          porque através de uma “moeda verde” são trocados resíduos sólidos por alimentos
         não perecíveis e materiais de limpeza. Também são realizadas reuniões e palestras
           educativas, oficinas de artesanato com materiais recicláveis e orientações quanto
                                           ao destino e bom uso do lixo.
                               Funcionamento: 2ª a 6ª feira de 08:00 às 17:00

                                                                                             “Esvazie seu

                                                                           lixo e encha sua panela”




                                                                    TÍTULO: ARTE/OFÍCIO- ARTISTAS.
                                 AUTORIA: SCARLETY HOHARA MASON Matricula: 112095024


INTRODUÇÃO: ABRANGÊNCIA ARTÍSTICA- A arte, principalmente partindo de um
pressuposto moderno, não é nada restrita a isso ou aquilo. O artesão é a pessoa que
escolheu a arte como ‘’o que fazer da vida‘’, o que é invejável pois uni o útil ao agradável.
Porém, encontramos muitas vezes artistas que não agregam valor comercial a sua arte.
Tais como o poeta nada convencional do qual acidentalmente me deparei, que ao distribuir
poemas escritos pelo mesmo em fitas métricas, em um contexto nada esperado, fazendo
com que esse tom de ‘’inusitado’’ chamasse atenção para o que ele queria dizer. Como para
qualquer outro doente mental, a arte é um instrumento de comunic ação dele com a




                                                      31
sociedade e por não restringir essa comunicação apenas a nível verbal, o doente mental cria
metaforicamente um mundo apenas seu, e não permite que o outro invada. É através das
diversas formas de expressões artísticas que ele exterioriza seus sentimentos e permite uma
ponte de comunicação com o outro, como uma espécie de catalisador.


HISTÓRIA: A inserção da arte no doente mental é uma terapia ocupacional já comum em
seu.tratamento.
       Já famosos, há espaços como o Museu de Imagens do Inconsciente (Rio de J aneiro-
1952), que foi fundado pela psiquiatra Nise da Silveira quando se viu inconformada com os
agressivos métodos de tratamento, buscou novas formas terapêuticas para os seus
pacientes com métodos expressivos e não pragmáticos conforme os da época.
       Dentro de ateliês surgem então verdadeiras obras de arte, onde a pintura e o desenho
espontâneos revelaram-se de tão grande interesse científico e artístico que logo deu uma
posição especial a eles. Apesar de nunca haverem pintado antes da doença, muitos dos
frequentadores do     ateliê, todos os esquizofrênicos, manifestavam intensa exaltação da
criatividade imaginária, que resultava na produção de pinturas em número incrivelmente
abundante, num contraste com a atividade reduzida de seus autores fora do ateliê, quando
não tinham mais nas mãos os pincéis. A pintura tornam -se passiveis de uma certa forma de
trato, ainda que não haja nítida tomada de consciência de significações profundas. O
indivíduo dá forma   a suas emoções, despotencializa figuras ameaçadoras.


FONTES PESQUISADAS: www.ceaca.org.br


CARTAZ:




                                                     32
TÍTULO: Arte/Oficio-.Arte com palito de fósforo
                                        AUTORIA: PEDRO CREALESE CAMPOS Matrícula: 112095022


INTRODUÇÃO: A arte com madeira é conhecido pelo homem há muito tempo, desde os
homens das cavernas para construção de armas até hoje em dia, com objetos de




decoração,


seja para casa, áreas públicas, etc. Mas nunca conheci alguém que fizesse tais obras além
de meu avo. Ex-engenheiro da Petrobras, sua verdadeira paixão foi a arte. Pintava e
escrevia, porém o mais incrível era sua habilidade de construir obras incríveis com palitos de
fosforo usados em seu dia        a dia. Portador da vaca louca devido a uma viagem à Inglaterra
por trabalho, doença neurodegenerativa que afeta o gado bovino, e que uma das
consequências de tal doença são as tremedeiras e falta de coordenação motora                                 que o
impossibilitaria   de praticar tal atividade.




                                                          33
Igrejas, casas, pessoas e animais eram alguns dos vários objetos que ele fazia com
fósforo. Objetos do dia   a dia eram suas principais referências.
       Não retirava sua motivação apenas de objetos, mas de filosofias de vida e de ideias
abstratas qu retirava de livros, como as mãos da criação do universo, pensamentos de Dom
Queixote, passagens bíblicas dentre outros.
         A maior dificuldade era terminar seus trabalhos, pois ele para fazer uma área de
20cm x 20 cm demora cerca de 20 minutos e seus trabalhos eram grandiosos e cheios de
detalhes, desde os olhos ate os dedos dos pés, era realmente de se admirar que um idoso
com doenças graves poderia fazer trabalhos incríveis e com o pouco tempo que ti nha por
trabalhar muito durante a vida toda.
            Esse estilo de arte é passado de pai para filho na minha família, e hoje, estou
começando aprender a fazê-lo, reconstruindo os antigos, quebrados pelo tempo e pela falta
de atenção.




MATERIAL UTILIZADO PARA A CONFECÇÃO: Os produtos utilizados para a produção
são de fácil acesso, são eles:
. Cola Branca
. Palito de fósforo
. Lixa de madeira
. Paciência


COMO É FEITO: Se lixa fósforo por fósforo até que todos os lados fiquem lisos e
exatamente iguais. Coloque cola em uma área lisa e depois lambuze os fósforos nela e vá
juntando de forma que crie um quadrado ou       a forma que você quiser, também é necessária
muita paciência para que a cola seque e fique da forma desejada, pois o palito pode sair do
lugar por algum motivo de fora (vento, gravidade    e até mesmo o simples tocar no local pode
derrubá-lo).




                                                         34
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: A arte para ele era sua maior diversão e motivação para a
vida.


FONTES PESQUISADAS: Próprio artesão.


CARTAZ:




                     Habilidade, destreza e paciiênciia.
                         ili        tr




                                                             TÍTULO: Arte/Oficio- O abate de frangos
                                    AUTORIA: TAMIRIS XAVIER AMORIM Matrícula: 112095026




INTRODUÇÃO: O projeto a seguir faz parte de uma entrevista realizada com o proprietário
de um aviário localizado perto de minha residência, em São João de Meriti, na Baixada
Fluminense. T al pesquisa me proporcionou o aprendizado sobre um ofício totalmente fora da
minha realidade de vida.




                                                    35
DESENVOLVIMENTO: O comerciante Antônio Oliveira Silva tem 42 anos e há 16 trabalha
no ramo aviário juntamente com seu pai, o também chamado Sr. Antônio.
        A família morava em Recife e veio para o Rio de Janeiro em busca de uma vida
melhor, porém, com a situação financeira cada vez mais complicada, abriram um aviário e ali
mesmo faziam o abate dos frangos. T al função foi aprendida ainda em Recife, com pessoas
que já possuíam experiência.
        O comércio foi aberto em 1996 e nessa época só trabalhavam ali pai e filho. Desde o
início as   aves eram compradas em granjas e a matança era de modo primitivo; usavam
somente facas.
        Antônio, o filho, com seus apenas 26 anos não gostava muito do of ício. Torcia para
que seu pai não o deixasse sozinho no aviário, para que ele não tivesse que matar os
frangos quando chegasse     algum freguês. Mas a situação era inevitável.
        Como não havia maquinário o abate dos frangos acarretava em muita sujeira, já que a
falta de    experiência tornava difícil o manuseio das aves, que se batiam e espalhavam
sangue para todo lado.
        Com o passar dos anos o comércio se aprimorou e o Sr. Antônio comprou uma
depenadeira, funis e contratou uma pessoa para fazer somente o abate dos frangos.
        Atualmente pai e filho dividem a carga horária do comércio, atuam somente no
atendimento aos fregueses e na limpeza do local.
        Os comerciantes abrem o aviário todos os dias da semana. Vendem diariamente
cerca de 30 a 40 frangos, e além destes, vendem também ovos e condimentos. Aos
domingos comercializam também os frangos já assados.
        Como toda profissão, esta também possui seus riscos. Eles trabalham com facas
muito bem afiadas, água fervente para ajudar a depenar os frangos, além de passarem a
maior parte do dia respirando em um ambiente com um odor pouco agradável e com muitas
penas. Ainda necessitam cuidados no manuseio das aves, pois as unhas das mesmas
machucam.
        O descarte dos resíduos gerados no abate dos frangos infelizmente é feito em lixo
comum, recolhido todos os dias pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comburb) e
provavelmente levado para algum lixão, local de destino da maior parte dos resíduos
gerados na cidade.
        Mesmo com todos os anos de experiência e com tudo que já conquistou em sua vida
devido ao comércio aviário, Sr. Antônio fez questão de ressaltar que não aconselha esse
ofício como profissão para ninguém. Relatou que no princípio sofria ao ter que abater os
frangos e   até os dias atuais, não se sente confortável com a situação.



                                                        36
CONCLUSÃO: Durante a realização do projeto foi possível visualizar com proximidade e
clareza de detalhes as dificuldades enfrentadas na prática do ofício apresentado. Com isso,
passei a observar mais profundamente o trabalho realizado por diversos profissionais, que
com suas habilidades, facilitam a vida alheia.


FONTES PESQUISADAS: O comerciante Antônio Oliveira Silva


FOLDER:




          Venham todos conferir as ofertas do
          Venham todos conferir as ofertas do
                Aviário da Família Oliveira!!
         Temos frangos inteiros
         Temos frangos inteiros ou em pedaços,
        galos, miúdos,                  de
        galos, miúdos, ovos brancos e de galinha
        caipira, além             condimentos
       caipira, além de todos os condimentos que
                 faltavam na sua cozinha.
       Nossos preços são populares e os produtos
                 fresquinhos. Atendemos
       sempre fresquinhos. Atendemos todos os
       dias das 8hs às 20hs e aos domingos temos
         também aquele suculento frango assado.
         também aquele suculento frango assado.




                                                   TÍTULO: Arte/Oficio- A arte do artesanato com arame
                                                      AUTORIA: JULIA LADEIRA Matrícula: 112095033


INTRODUÇÃO: Com uma touca de tricô com as cores da Jamaica que esconde e segura os
dreads do cabelo, um corpo cheio de tatuagens de símbolos com significados distintos e
uma barba de respeito, Ítalo aborda as pessoas que passam pelo calçadão e tenta conseguir
um pouco de sua atenção para que sua arte seja notada. Ele vem fazendo isso há dez anos
e já desceu o Brasil viajando e mostrando suas técnicas para diferentes áreas. Ítalo, que já
está no Rio há 5 meses, anda pelo calçadão com seu arame enrolado no braço e alicate e,


                                                         37
depois de pedir aos passantes para fazer uma perguntinha “só por educação”, descobre se a
pessoa gosta de arte ou não. Para os que gostam, o prêmio é vê-lo fazer em menos de dois
minutos um anel que pode ser de estrela, coração ou clave de sol. Depois de ganhar a
simpatia do cliente e de mostrar suas habilidades (por ele batizada de “mãos mágicas”), ele
deixa à critério do cliente julgar quanto sua pequena arte feita na hora vale.
        Além da arte itinerante, ele também tem seu “ponto”, que divide com mais um amigo e
uma filhote de vira-lata, a Estrela. O mesmo local onde acampam na praia é onde estendem
seus panos e arrumam suas obras que vão além dos anéis e brincos de arame e passam
por faixas, tornozeleiras de linha e aranhas e escorpiões de arame. Conseguindo dinheiro
aos poucos, os dois vivem a vida calma e ao mesmo tempo de luta que é morar na praia.
        Ao entrar na praia procurando, inicialmente por esculturas de areia, fui rapidamente
abordada pela figura simpática e excêntrica que Ítalo se mostrou ser. Como por causa da
chuva os escultores de areia não estavam mais na praia, resolvi tentar mudar o que estava
imaginando que    entrevistaria. Expliquei a situação e perguntei se podia entrevistá-lo e, após
seu choque inicial, ele se mostrou totalmente aberto e até bastante empolgado com a
situação de ser filmado. Como ele próprio colocou: “Ítalo em Hollywood!”. Fez questão de me
levar até onde seu amigo, seu cachorro e seus pertences ficavam e rapidamente após as
apresentações ele começou a arrumar seus artesanatos montando um cenário. Depois de
me mostrar cada uma das peças que ele fazia, fil mei -o enquanto ele fazia meu anel de
estrela. Em seguida, enquanto Ítalo, que se mostrou bem mais extrovertido que o amigo,
resolveu abordar uma adolescente que passava olhando para o artesanato, enquanto isso,
filmei um pouco do trabalho de seu    amigo. A falta de extroversão de seu companheiro era
compensada por paciência. Seus artesanatos levavam em torno de 3 horas de trabalho para
ficarem prontos. Decidi fil mar seu trabalho por partes, pois    ele já estava se mostrando
desconfortável com a câmera em foco. Passei para a entrevista de Ítalo, que apesar de ter
gostado da ideia no início, agora estava ficando tím ido. Porém mais tarde acabou ficando à
vontade e fez piadas, sempre preocupado se estava em foco.
        Acabada a entrevista, voltei a filmar o trabalho um pouco mais adiantado de seu
colega e depois fomos aos números. Cada par de brincos ia de 10 a 15 reais. As aranhas e
escorpiões pequenos eram 10 e os grandes, 20 reais. Ao final, de presente me deram uma
tornozeleira   e dois anéis e comprei um par de brincos de cada. A entrevista não pôde ser
exibida em forma de vídeo por causa da praia, que atrapalhou o áudio, então segue abaixo a
entrevista com Ítalo:




                                                        38
Júlia: Você é o Ítalo, não é?
Ítalo: Isso.
Júlia: Você está fazendo isso há quanto tempo?
Ítalo: Agora vai fazer uns dez anos.
Júlia: Dez anos? Caramba... E como você começou? Você aprendeu a fazer essas coisas
sozinho ou te ensinaram?
Ítalo: Algumas coisas eu fui aprendendo sozinho, outras me ensinaram.
Júlia: E você é de onde?
Ítalo: Eu sou do Piauí.
Júlia: E você começou lá e, como você veio parar aqui?
Ítalo: Eu vim viajando. Passei por Fortaleza, Natal, Paraíba, Recife, Aracaju, Bahia...
Júlia: E veio fazendo isso o tempo todo?
Ítalo: O tempo todo. O tempo todo, todo o tempo.
Júlia: E como vocês se conheceram?
Ítalo: Eu conheci ele aqui.
Júlia: Ah, aqui no Rio de Janeiro? E ele já fazia isso ta mbém, ou vocês aprenderam coisas
um com o outro?
Ítalo: Não, não...
Júlia: Então cada um faz suas coisas?
Ítalo: Cada um faz suas coisas
Júlia: E quanto tempo leva pra fazer cada coisa dessas, mais ou menos?
Ítalo: O brinco? Dez minutos.
Júlia: Dez? Só?
Ítalo: É.
Júlia: E os anéis de coco, vocês fazem também?
Ítalo: Faço.
Júlia: Esses levam mais tempo, né?
Ítalo: Mas esses a gente já comprou pronto. Faz também, mas é mais complicado por causa
da máquina...
Júlia: A coisa que você faz com o arame, na hora, já tem um preço ou a pessoa dá quanto
quiser?
Ítalo: Não, é quanto quiser. Depende da pessoa, vai do coração, entendeu? As vezes deixa
dez, vinte.
Júlia: E o resto tem preço?
Ítalo: Ah, o resto tem.



                                                      39
Júlia: Que horas você chega aqui? Ou vocês moram aqui na praia?
Ítalo: A gente mora aqui. A gente acampa aqui na praia.
Júlia: Ah, então vocês trabalham a hora que vocês quiserem? Dizem a hora que quer
trabalhar ou não quer...
Ítalo: É, a gente trabalha quando tem vontade. Meu patrão sou eu. (risos)
Júlia: Onde você compra o material pra fazer por exemplo o cordão, ou os brincos?
Ítalo: No Saara. Antigamente a gente achava na praia, osso de tubarão, tartaruga. Mas hoje
em dia não pode mais não...
Júlia: E por que você escolheu fazer isso? Você gosta disso tudo?
Ítalo: Ah, eu gosto. Gosto de arte
Júlia: E as pessoas? Geralmente vem falar com vocês ou passam direto e nem olham?
Ítalo: Não, sempre vem. Quem mete o olho, a gente chama.
Júlia: Ah, então tem que ter um teatro, né?
Ítalo: (risos) É, tem que ter uma técnica.
Júlia: E você vaificar aqui? Ou vai continuar viajando?
Ítalo: Não, vou ficar aqui...Vou ficar aqui.
Júlia: Gostou daqui?
Ítalo: Gostei, gostei muito.
Júlia: E se passar mais alguém que faça isso, fica aqui com vocês?
Ítalo: Fica, fica... Se for artesanato, né? Se comprar pronto não fica não.
Ítalo: E como é o número da sua turma pra eu mandar um “oi”?
Júlia: Não tem número, mas pode mandar um oi pro “pessoal da ciência ambiental”
Ítalo:Oi, pessoal da Ciência Ambientation! Tô chegando por aí! (risos)


          Exemplos como o de Ítalo e das pessoas que ele foi conhecendo em sua viagem nos
mostra que a arte é mais importante do que é considerada no Brasil. Se uma arte tão
simples   é capaz de sustentar uma pessoa por tanto tempo, havendo incentivos oficiais a
esses tipos de atividade, apenas aumentam as chances que as pessoas que vivem disso
tem de darem certo.

          Além disso, uma realidade como a deles é algo fora do pensamento de muita gente,
pois são pessoas que conseguem utilizar o dinheiro apenas para o essencial. E, talvez até
por consequência disso, elas vivam e valorizem aspectos da vida que as pessoas que vivem
com mais dinheiro e que já estiveram em vários lugares jamais perceberão. Como saber
qual é a melhor maneira de se viver?




                                                          40
VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=c03IYZKXBrY&feature=youtu.be




                                                                            TÍTULO: Arte/Oficio- Desiner
                                   AUTORIA: FERNANDA SILVA DE REZENDE Matrícula: 112095050




INTRODUÇÃO: Meu trabalho fala um pouco do artista André Bringuenti (42), que além de
ter sido meu visinho,   é amigo da minha família. Foi com essa proximidade que conheci e
passei a admirar o seu trabalho.
         Mas, ainda não tinha tido a oportunidade de conferir e entender cada processo que é
feito pra que no fim chegue   a esse belíssimo resultado.
         A escolha do André pra ser o personagem desse trabalho, foi por admirar o sua arte e
sua história. Que mesmo com algumas dificuldades busca na arte um meio de seguir em
frente   e dar a volta por cima.


HISTÓRIA: SEGUNDO ANDRÉ BRINGUENTI. “ A arte sempre esteve presente na minha
vida, desde criança, na escola quando tinha que fazer os desenhos dos trabalhos de todo
mundo”.
         Aos quinze anos fiz um curso de decoração de ambiente, meus amigos jogando bola, e
eu de régua T embaixo do braço, indo para o centro da cidade dividir a sala com pessoas,
que na média tinham o dobro da minha idade.
         Depois me afastei, indo trabalhar como representante comercial. Em 2001 me mudei
para Nova Friburgo, lá retomei as pinturas, mon tando um estúdio no caminho para Lumiar.
         Posso me considerar um autodidata, pois não fiz nenhum curso voltado para arte,
tenho muita vontade, mas nunca fiz.

         Com a relação ao objetivo do meu trabalho, é engraçado, pois sempre tem um fundo
comercial, mas é bem legal quando consigo me desvencilhar e a arte corre solta, sem



                                                        41
preocupação a valores e agrados. Só fluidez e inspiração, inspiração essa que busco em
várias fontes: pesquisas, livros, passeios, conversas, artes, pensamentos...
         Entrou a onda das ecobags, todo mundo se preocupando com o bem estar de nosso
planeta, só que nós percebemos que as bolsas que tinham por aí, eram sem atrativos, não
incentivando o seu uso,    então nós resolve mos              criar uma ecobag bem transada, que a
pessoa usasse no dia a dia e qu ando tivesse que comprar algo ela já estava ali. Na verdade
as bolsas ecológicas servem para as compras do dia a dia, pois as compras de mês elas
não comportam. Para tanto, já tenho pensando em caixas de papelão decoradas, pra que
suportem as compras do mê s.
         Acredito que a arte tem um valor histórico muito grande, quando não tinham ainda
inventado as palavras, os únicos registros que nós temos são os desenhos, mesmo depois,

se consegue saber muito sobre um povo ou época através da arte.
         Hoje vejo a contribuição da arte em passar valores, contestações e alegrias em meio
ao caos cotidiano. No âmbito ecológico, temos por um lado a busca de materiais recicláveis,
as mensagens passadas, mas não podemos esquecer que a nossa matéria prima (tinta) é
bem nocivo ao meio ambiente devido aos corantes usados.
         Há dez anos, André Bringuenti deu uma pausa no surf no Rio de Janeiro para investir
no design – sua profissão desde a adolescência. O artista se destacou com a decoração de
ambientes residenciais e comerciais, sem contar a transformação de móveis que ganham
novos coloridos e texturas com as cores vivas, marca registrada de Bringuenti. O artista
ganhou fama na região também com o estilo de suas bolsas e estampas multicores. Ao
trocar   a agitação da capital pela calmaria da serra, Bringuenti, que se define como “designer
de trabalhos vivos”, baseou-se na localidade de Galdinópolis, no distrito de Lumiar. Depois
transferiu seu Studio Ateliê de artes para uma nova casa, no bairro de Duas Pedras,
solidificando sua clientela e obtendo muito sucesso. Tudo, infelizmente, se foi na trágica
madrugada de 12 de Janeiro. Uma encosta deslizou e engoliu sua casa e o ateliê, com cinco
máquinas, atingindo Bringuenti, sua mulher e os três filhos pequenos do casal. Após o
resgate, a família tenta afastar as tristes lembranças do episódio numa casa de familiares
em Sepetiba, zona oeste do Rio, onde André, retomou as atividades artísticas,
principalmente as bolsas estilo reciclado fashion (ecobags) – que podem ser utilizadas não
só em eventos sociais, mas também no dia a dia – sem contar os quadros personalizados
com pinturas de cores contrastadas – que agradam em cheio a clientes de gostos
diferenciados.
         “ Voltamos a produzir no Rio – onde até já retornei a surfar um pouquinho em Grumari
– cativando agora um outro público, mas não podia deixar de atender nossos clientes de



                                                       42
Nova Friburgo, que ficaram preocupados com a nossa parada emergencial”, disse
Bringuenti, que mantém contato com os friburguenses por e-mail, blog ou telefone e sobe a
serra pelo menos uma vez por semana para atender a clientela. Sua meta é também criar
uma corrente cultural cativando novos clientes. “As bolsas decoradas, as reformas de
quartos infantis e bem coloridos e a decoraç ão de ambientes, com a transformação de
móveis – tudo pintado à mão – continuam sendo os carros-chefes de André, que personaliza
também    almofadas, edredons, cortinas e tudo o mais que a imaginação deles e dos clientes
permitirem.


CONCLUSÃO: Ao final, consegui conhecer melhor o trabalho do André não só o produto
pronto, mas desde o início, os primeiros passos. Espero que com esse trabalho seja
possível espalhar essas idéias e divulgar o trabalho que é feito pelo André.
      Todo esse tempo de pesquisas, pra contar a história de ofício e arte, foi extrema
importância pra mim,        aprendi muitas coisas e a valorizar ainda mais a arte. Outro ponto
importante foi   à troca de informações e idéias. Principalmente quando o assunto foi como
reduzir os impactos ao meio ambiente e tornar os produtos mais ecológicos...
      Sabe-se que a matéria prima utilizada, a tinta, é nociva ao meio ambiente, com isso o
André ficou disposto em procurar tintas naturais ou outras menos agressivas. Da mesma
forma que   ele já vem buscando a utilização de mais matérias recicláveis para a construç ão
de suas artes.
FONTE PESQUISADA: Através de entrevista informal com o artista.


         Blog – Estúdio : http://andrebringuenti.blogspot.com.br/
         Blog – Ecobags: http://www.estudiobolsas.blogspot.com.br/
         Telefones : (21) 3365-5435 (21) 8504-9264
         E-mail: andrebringuenti@hotmail.com



ETIQUETA NARRATIVA:




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VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=mX2OK_PRV8U&feature=youtu.be




                                                                                  TÍTULO: Oficio - Músico
               AUTORIA: GABRIELLE FIGUEIREDO DO NASCIMENTO Matrícula: 112095002


INTRODUÇÃO: A ideia da elaboração do meu trabalho partiu da minha aula de violão e foi
realizada uma entrevista com meu professor sobre o seu ofício.


ENTREVISTA:
Seu nome completo, por favor? Joao Marcos de Oliveira Moraes, mas pode me chamar de
“Marquinhos”.


Sua idade?30 anos


Seu estado civil?Casado


Com que idade você começou a se intere ssar pela música? Comecei a me interessar pela
música aos 11 anos de idade por ver e ouvir meu irmão mais velho tocar violão, o outro
trompete, outro contra baixo, outro bateria   e minha irmã cantando minha casa era um
ambiente musical impossível não ouvir.


Quando você teve o primeiro contato com um instrumento musical?A minha entrega total
com a música foi depois do meu 1º contato com a guitarra do meu irmão. Ele saia para o
trabalho pela manhã e só voltando à noite, por ter muito zelo pelo instrumento ele trancava a
guitarra no guarda roupas a cadeado. Mas eu não medindo as consequências forçava a
porta até conseguir alcançar a guitarra para treinas algumas poucas notas durante todo o
dia. Meu irmão percebendo meu interesse insaciável pela música começou a me passar
alguns exercícios e passou a deixar             a guitarra           comigo.       Pronto! Apaixonei-me
completamente pela arte da música.


Você teve ajuda de mais alguém além do seu irmão? Tive sim, meu primo que era meu
vizinho na época começou a tocar saxofone e ficáv amos todo o dia estudando enquanto as
outras crianças brincavam na rua. Mas dificuldades começaram a aparecer, já não tinha




                                                      44
como crescer só ouvindo ou com os mesmos exercícios precisa va de mais; mas a minha
família não tinha condições de pagar      aulas ou comprar um bom instrumento. Então não
desanimei, comecei a pegar livros emprestados com amigos, ir à igreja e ficar lá o dia todo
por causa dos instrumentos e só consegui superar, pois acreditei em mim e tive FÉ em
Deus, a quem pedi muita ajuda. É claro que p erguntei muita coisa à amigos músicos mais
experientes. E quando estava só no meu quarto com a guitarra do meu irmão eu orava à
Deus e pedia para que Ele ficasse do meu lado e me ensinar e deu tudo certo, eu elaborava
várias formas de estudos para facilitar o entendimento e mais tarde pegava outros livros
emprestados onde se observava muitas coisas similares aos meus raciocínios.


Você chegou a frequentar algum curso para aprimorar o seu talento? Sim, minha mãe que
sempre me apoiou começou a pagar um curso no Vila Lobos onde estudei apenas 8 meses
e mais uma vez pelas dificuldades tive que deixar o curso.


Em meio a tanta dificuldade qual foi a sua maior conquista? Foi no ano de 2008, onde
comprei a guitarra dos meus sonhos uma Fender telecaste Americana, par celada em 12
vezes, prefiro não comentar o preço, foi uma grande conquista pra mim.


Hoje em dia você vive da música?Sempre sonhei viver de música, infelizmente a arte não é
valorizada como deveria, são poucos recursos, incentivos e apoio. Já fui guitarri sta em uma
banda evangélica tocava todo fim de semana, comecei a dar aulas nas igrejas e comecei a
gostar de lecionar. Mas trabalho em um hospital no plantão noturno 3 vezes na semana e de
dia dou aula de teoria musical e teclado em um projeto que dar assi stência à crianças e
jovens, no Instituto   Flordelis em São Gonçalo, nos finais de semana dou aula em duas
igrejas   evangélicas, além de dar aulas particulares.


Uma definição de música para você:Uma das definições da música que eu mais aprecio é a
frase: "música   é a arte de expressar os sentimentos e vários afetos da alma, através dos
sons".


Finali zou me perguntando:Pare nessa hora e imagine o mundo sem música? Ela esta
presente em todos os lugares e momentos; quem nunca chorou, se alegrou, sorriu, ouvindo
uma música que marcou.




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FOTOS:




         Alunos na aula de violão




                   O artista




                      46
FONTES PESQUISADAS: João Marcos de Oliveira Moraes – Marquinhos
Emanuela Moraes – Esposa
Entrevista dia 27 de Abril de 2012 ás 21:19h




VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=XmFpNYsxiK0&feature=colike



CARTÃO DE VISITA DESENVOLVIDO:




                                                        TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato Sustentável
                              AUTORIA: MARIA BEATRIZ AYELLO LEITE. Matrícula: 112095034




INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo contar a história de Zélia Pettinati
Ayello, minha avó, que através do artesanato buscou superar os obstáculos e crescer
interiormente usando    e explorando a criatividade. Durante o processo de pesquisa e
entrevista pude observar o desenvolvimento dos objetos, a maior capacidade de entender e
agir com o que estava sendo trabalhado e o interesse em buscar a cada dia o
aperfeiçoamento e preocupação ambiental. Fiquei surpreendida pelo fato de Zélia ter
aprendido está arte apenas observando suas irmãs que tinham grande interesse em criar
objetos de decoração.




                                                   47
Está pintura foi a única feita por Zélia quando tinha cerca de 20 anos, que era a casa onde vivia.



        No dia da entrevista consegui localizar o local da casa e tirei uma fotografia de como
se encontra na atualidade. Nota-se que não houve grandes mudanças e levando em conta
que foi sua primeira pintura me impressionou bastante os detalhes da pintura. Minha avó
contou que sentiu necessidade de iniciar algum tipo de trabalho depois que ficou viúva,
então decidiu começar a pintar quadros já que sempre se interessou por este tema.




   Estes foram os primeiros quadros feitos por ela após ter objetivado se concentrar em algo e “tocar a vida”.




                             Com o tempo decidiu criar outros objetos como caixas e vela s.




                                                                    48
Para estas criações contou com dicas de uma profissional e suas irmãs que a auxiliavam
com as tintas e modelos. A caixa e o sabonete com a mesma estampa foram feitos usando
flores do quintal como inspiração   e a tampa da caixa teve como modelo guardanapos que
sobraram de uma festa na qual ela estava presente. Para ter este aspecto quebradiço foi
utilizado a verniz craquelê.
   Após estas criações Zélia decidiu todos os dias buscar novas idéias e começou a
pesquisar via Internet modos para que suas criações não prejudicassem o meio ambiente.
Foi assim que conseguiu encontrar um posto de reciclagem em Resende, cidade onde vive.
Com isso, passou a levar os materiais que não tinham como ser reutilizados como papel,
metal, potes de tinta para reciclar. Para a limpeza dos potes de tinta utilizava um solvente e
após o processo levava o solvente usado para uma fábrica que fazia o recolhimento e novo
uso para fabricação de seus produtos.
    Para realizar seu trabalho utiliza lixas, pincéis, panos, fita crepe, betume, tinta óleo, verniz
craquelê, goma laca, laca chinesa, plantas, frutas, ente outros. Seu atual objetivo é
conseguir o máximo de material em sua casa, em seu quintal, na rua.




    Este porta tesoura de cozinha, por exemplo, foi feito com caixas de madeira que não
eram mais utilizadas. Assim, Zélia usou a madeira da caixa para servir como estrutura e fez
seu formato com uma serra de bancada e uma lixa para deixar a superfície mais lisa. Os
pontos coloridos e linhas foram feitos com o próprio pincel.




                                                         49
A tampa desta caixa foi feita com papel laminado e para formar as flores e laços utilizou-
se uma colher. O artesanato está presente na minha família há gerações, de aco rdo com
minha avó o meu bisavô e tataravô eram artesãos na Itália. Na moradia de Zélia há várias
esculturas e objetos feitos por parentes que foram auxiliados por ela a criar os projetos,
muitos deles foram utilizados como inspiração para seus próprios tra balhos. Como estes
quadros de vidro feito por minha tia, Geovanina Ayello.




   Esta obra realizada por meu falecido avô, Franscisco Ayello que tinha como objetivo usar
os ladrilhos que restaram da piscina e formar uma espécie de árvore genealógica, ond e o “Z”
representava Zélia e ele, os seis peixes brancos meus tios, mãe e os oito peixes azuis eu,
meus primos e irmãos.
   O melhor conhecimento e o tempo que utilizei para conversar, observar e estudar o
trabalho que minha avó realiza me ajudou muito a conhecer melhor e perceber o quanto ela
é focada, profissional, determinada e atenciosa com o que faz. Fico feliz por Zélia ter
encontrado uma atividade que se sinta bem em realizar e que haja concordado em participar
desta experiência. Seus projetos são realizados com toda a concentração para que seja não
só um objeto e sim que tenha sentimentos envolvidos e histórias para contar.




                                                          50
FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal com minha avó.


FOLDER:




                                                                         TÍTULO: Oficio - Tapetes
                               AUTORIA: IZABELE DE ALMEIDA PERALVA Matrícula: 112095049


INTRODUÇÃO: Esta entrevista tem como objetivo de apresentar a história de uma jovem
chamada Ana Carla, que faz trabalhos artesanais com retalhos de pano que aprendeu com
sua avó, e hoje ajuda seu pai que é caranguejeiro na renda familiar.


HISTÓRICO: A entrevistada Ana Carla, não tem nenhum curso de artesanato, segundo ela,
o aprendizado originou desde muito pequena junto com as primas observando como a avó
fazia cada passo   até o fim do trabalho.


MATERIAL UTILIZADO: A jovem trabalha sozinha e utiliza tais materiais:


       Retalhos de Pano
       Duas varas de tricô – feitas de galho de goiabeira
       Tesoura



                                                     51
RESULTADOS: Além do tapete, Ana Carla faz também jogo para banheiro, assento para
sofá e capa para cabeceira de cama. Cada trabalho dura no máximo dois dias para ficar
pronto,
          Em que cada peça grande custa R$ 20,00e cada peça pequena custa R$ 8,00
          Com esse trabalho o lucro pode ser de até 60 reais por semana ou 300 reais por mês,
que serve para auxiliar a família com gastos econômicos.


CUIDADOS COM A SAÚDE: Qualquer trabalho artesanal que envolve panos e/ou tintas
deve ter um cuidado especial, pois o contato direto com esses produtos podem desenvolver
uma crise alérgica de tosse, e até mesmo uma doença chamada de Biossinose, que se não
for tratada pode levar   á bronquite crônica.
          “Devido a essas consequências é importante que o trabalhador artesanal, esteja
usando uma máscara e tenha intervalos de pelo menos um ou dois dias sem realizar esse
tipo de trabalho.” – Diz Ana Carla.


CONCLUSÃO: Há muito tempo uma malharia na cidade de Magé com o nome de Cor Malha
Indústria Comércio LTDA, fazia doações de retalhos das suas malhas para a avó de Ana
Carla, que foi quem começou com o trabalho artesanal do tapete. Conforme seus netos
foram crescendo, foram      acompanhando os seus trabalhos e aprendendo como se faz. No
ano de 2010 a avó da jovem faleceu, com isso, ela e outros membros da família continuaram
o trabalho que aprenderam observando uma pessoa fazendo.
          “O trabalho ajuda na renda familiar, meu pai é caranguejeiro e não ganha muito e nem
tem um bom lucro sempre, é um trabalho que depende da época do ano”.
          “Mas como meus trabalhos artesanais estão ajudando, as próximas gerações também
vão aprender a fazer esse trabalho.” Garante a entrevistada.
          A jovem trabalha com esses artesanatos há um tempo e sem nenhum gasto como
material auxilia o pai na renda familiar.


FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a artesã e coleta dos
dados.


VÍDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/6YZHW KuUNhw




                                                     52
TÍTULO: Arte/Oficio - ARTE COM JORNAL
                        AUTORIA:DAIANY DO NASCIMENTO FERREIRA Matrícula: 112095009




INTRODUÇÃO: O Rômulo de Jesus, de 34 anos, deficiente auditivo, realiza trabalhos com
reaproveitamento de jornal, transformando -o em objetos através da arte em cestaria, cada
peça tem a sua exclusividade.




                                               Cestos de roupas e lixeiras.

        Aprendeu a arte com jornal na Pestalozzi. Segundo sua mãe por ser deficiente
auditivo, devido às dificuldades encontradas, iniciou sua vida escolar aos 16 anos. Foi
quando iniciou o trabalho com jornal. A professora da Pestalozzi, Jane Costa, encontrou uns
passos de cestaria em jornal numa revista e achou que conseguiria fazer. O que ela acha
interessante   é que ele não só aprendeu mais passou a fazer com excelência e começou a
fazer em casa para vender.

        O Rômulo foi convidado para      ir   a Escola São Francisco pela Jane, pro fessora da
Pestalozzi na época onde havia iniciado o ensino da Língua de sinais, LIBRAS, Língua
própria da comunidade surda, com a professora Vládia de Lima Freitas Ferreira. Nesta
escola o Rômulo continuou o trabalho com cestaria em jornal. A Escola São Francisco foi o
lugar onde o   Rômulo conseguiu divulgar ainda mais o sua Arte. O trabalho é realizado na
oficina de Arte da Classe Especial, classe esta que hoje possui caráter transitório. Após a
confecção é vendido pela escola e repassado o dinheiro para o Rômulo.


MATERIAL NECESSÁRIO: Para realização dessa arte são necessários os seguintes
materiais: jornal, cola, tesoura, verniz e tinta (optativo). Em relação as instalações físicas o
mais importante é que no lugar onde ele esteja fazendo o trabalho tenha um apoio para
montagem. Tendo os materiais em mãos, o primeiro passo para começar a realização da




                                                              53
arte é fazer canudinhos com a folha de jornal. Depois de todos os canudinhos prontos
começa a montagem. Terminando a montagem se passa cola e verniz (ou tinta) para
finalizar o trabalho.




VEJA PASSO A PASSO ABAIXO:
Material utilizado:
- Jornal
- Cola
- Tesoura
- Verniz
- Tinta (optativo)
- Uma vasilha para molde.(opcional).


MODO DE FAZER:


1)Corte a folha dupla de jornal em quatro partes.




2)Enrole as tiras de jornal até formar um canudo e cole.



                                                      54
3)Separe        sete          canudos          de   jornal      para       começar        a   trançar.
Coloque na mesa quatro canudos (canudos 1 a 4), um ao lado do outro, com uma distância
de aproximadamente 2 cm entre eles.




4)Pegue o canudo 5 e comece a trançar perpendicularmente aos out ros quatro, na porção
central. Passe por cima do canudo 1, por baixo do canudo 2, por cima do canudo 3 e por
baixo do canudo 4.
- Pegue o canudo 6 e repita a operação, dessa vez começando por baixo do canudo 1, por
cima do 2, por baixo do   3 e por cima do 4.

- Trance o canudo 7 da mesma maneira que fez com o canudo 5.




5) Pegue uma das pontas do canudo 1 e comece a trançar, passando por baixo do canudo
2, por cima do 3, por baixo do 4, por cima do 5, por baixo do 6 e assim sucessivamente.


                                                    55
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Portifolio História de Coisas, Artes e Ofícios

  • 1. Portfolio Projeto História de Coisas, Artes e Ofícios. A turma 2012 do curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o projeto na unidade curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I. O seguinte trabalho descreve o oficio ou produto escolhido pelos estudantes . MAIO-2012
  • 2. SUMÁRIO PREFÁCIO 02 HISTÓRIA DE ARTES E OFÍCIOS 03 JULIANA DA ROCHA 03 BEATRIZ DE CARVALHO 06 CRISTIANE DE BARROS 08 ELENA CLAUDIO BRITTO 11 ELENICE GONÇALVES 13 ERICA PIPAS 18 JULIA GOMES 23 M ARIANA AMORIM 27 SCARLETY HOHARA MASON 31 PEDRO CREALESE 33 THAMIRIS XAVIER 35 JULIA LADEIRA 37 FERNANDA SILVA 41 GABRIELLE FIGUEIREDO 44 M ARIA BEATRIZ AYELLO 47 IZABELE DE ALMEIDA 51 DAIANY DO NASCIMENTO 53 LAINA LOPES 59 HISTÓRIA DE COISAS 63 CAMILA AMÉRICO 63 GRAZIELE NORONHA 67 NATHALIA REIS 74 NICOLAS FERNANDES 77 FLAVIA CUNHA 80 EVELISE CARDOZO 84 THAINARA SAUSA 91 VIVIANE RAMOS 94 M ARIANA MENENGOY 98 PAMELA DE MIRANDA 102 THALITA DA FONSECA 108 THAIANE PRADO 112 RAYANE VELLOSO 119 CRISTIANO GOES 124 RAPHAEL DA COSTA 129 P AULO CESAR LEMOS 136 ANA FLAVIA LINS 141 1
  • 3. PREFÁCIO A turma 2012 do Curso de Bacharelado em Ciência Ambiental do Instituto de Geociências da Universidade Federal Fluminense, desenvolveu o 1° Projeto na unidade curricular Crítica, Consciência e Cidadania Socioambiental I, ministrada pela profª. Patricia Almeida Ashley. A proposta pedagógica deste projeto de História de Coisas, Artes e Ofícios é uma releitura de uma primeira edição de História de Produtos e Artesãos com Cuidado Social e Ambiental adotada pela professora em 2004 junto aos estudantes dos Cursos de Ciências Econômicas e Administração da Universidade Federal de São João Del -Rei, em Minas Gerais. Com o objetivo de oportunizar a experiência prática de fazer um projeto que contribua para incorporar história e análise do impacto social e ambiental dos ofícios, artes e artigos comercializados, os alunos se empenharam na realização do projeto. Certamente, foi realizada uma desconstru ção de certezas antes baseadas em ideias impostas e não bem definidas sobre as coisas. Uma conduta mais crítica e cidadã foi relatada e será lembrada ao longo de toda a vida acadêmica e em nossa memória,pois as experiências expostas de cada aluno se tornaram experiências do grupo, mobilizando novas ideias, novos projetos e principalmente novas formas de agir . Com o intuito de divulgar o que foi apresentado pelos alunos, os trabalhos foram reunidos e divididos em História de coisas e Hi stória de artes e ofícios. Uma conquista de novos saberes e o desenvolvimento de novos ideais. 2
  • 4. HISTÓRIA DE ARTE /OFÍCIO TÍTULO: Arte/Ofício- Pintor AUTORIA: JULIANA DA ROCHA SILVA Matrícula: 112095016 INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir de uma produção artística, conta a história de um ofício/ arte, em forma de profissão. Relata a história de um pintor, que tem como forma criativa expressar o seu trabalho através de telas que são decoradas em cidades brasileiras. Proposta feita pela disciplina de Crítica, Consciência e Cidadania Socioambient al I, aos alunos da Universidade Federal Fluminense no ano de dois mil e doze. O ENCONTRO: Fui surpreendida pela arte quando passava por uma rua de meu bairro, Trindade- São Gonçalo -RJ, no dia dezoito de março de dois mil e doze, como a proposta do trabalho já havia sido dada, comecei ali a elaboração. A montagem do trabalho foi feita através de observação, entrevista e analise de dados coletados no momento em que o pintor desenvolvia seu ofício, em apenas um encontro. OFÍCIO E SUA HISTÓRIA: Esse produto que ele vende é ele mesmo que produz, são telas de paisagens e de coisas abstratas capazes de nos remeterem ao seu interior. O trabalho é desenvolvido pelo artista chamado Jessé, de 50 anos de idade e 45 de profissão. Jessé disse que foi profundamente i nfluenciado pelo trabalho de seus pais, e que aprendeu seu ofício com eles desde pequeno, assim como seus irmãos, que como Jessé, decoram telas na magia de proporcionar ao público esse maravilhoso trabalho. Jessé é natural de Olinda, Pernambuco, porém reside em Guarapari , Espírito Santo, quando não esta a rodar cidades brasileiras com o seu trabalho. O próximo lugar segundo 3
  • 5. ele será Juiz de Fora, cidade mineira, onde passará alguns dias desenvolvendo suas obras e daí por diante. Jessé trabalhando O DESENVOLVER DA ARTE: Jessé pinta em média de quinze a trinta telas por dia, diversificadas. Segundo ele, se pegarmos todos os seus trabalhos veremos que não são iguais. Sempre tem um detalhe que faz a diferença, pois as telas são feitas de acordo com sua imaginação. Ele trabalha apenas com cinco cores de tinta óleo que se transformam em um grande arco- íris, são elas o branco, o preto, o vermelho, o amarelo e o azul , um si mples jogo de pincel e um banco que juntos formam os equipamentos de seu trabalho. Instrumentos e local de produção das telas OS RISCOS DO OFÍCIO: O trabalho de Jessé é sem dúvidas uma grande obra de arte, que além de utilizar a imaginação, requer um desgaste físico muito grande já que as telas são feitas em lugar rasteiro, uma calçada, e Jessé passa horas curvado trabalhando, além do perigo de ficar horas exposto na rua em meio ao caos que se encontra a sociedade 4
  • 6. moderna. O sol também é um grande desafio, e o cheiro que vem das tintas é muito forte. CONCLUSÃO- O RECONHECIMENTO DO TRABALHO E SEUS RESULTADOS: Todos que passavam pela calçada paravam para admirar Jessé trabalhando, e ficavam um grande tempo a observar e parabenizar. Não tinha quem não se encantasse com a habilidade do pintor. Embora esse encontro tenha sido de puro encantamento pela arte e pelo ofício de Jessé, acho que ele deixou no coração de cada pessoa que passava uma inspiração para um mundo melhor, um desejo de mudança, de atribuir valores as coisas que realmente nos importa: A vida. Aquele senhor mostrou, talvez sem a intensão, que a paz, a felicidade está em fazer o que se gosta. A ad mira ção do público ao ver Jessé trabalhando. Depois de observar o nobre pintor em seu ofício, pode se dizer que o trabalho é para o homem algo que o enaltece e dignifica perante a sociedade. Que embora não proporcione grandes lucros, o que importa é a vontade de querer executá-lo e isso vem se perdendo ao longo dos tempos. A busca não por uma profissão, mas sim pelo quanto de dinheiro ela vai me render, e isso tem feito o homem enxergar o trabalho como algo que não oferece prazer. FONTES PESQUISADAS: A coleta de dados para elaboração do trabalho foi feita no momento em que o pintor desenvolvia sua arte, seu of ício, através de observação, conversa informal, e fotografias. A confecção deste trabalho contou com os métodos apresentados em sala, com o compartilhamento de ideias trocadas com componentes do grupo e colegas de classe e visitas a sites na internet: Acessado ao longo da elaboração do trabalho http://redeeconsciencia.blogspot.com.br/search?updated -max http://www.projetoterra.org.br/portugues/index.htmlv Acessado 02/05/2012. 5
  • 7. ETIQUETA NARRATIVA: A etiqueta do produto foi elaborada em forma de poesia. ImaginAÇÃO Imaginação, ès um dom que me motiva a ex pressar meus desejos, minhas imagens em formas, em ações e assim confeccionar minhas conclusões. Pinturas de telas- Trabalho feito em São Gonçalo -RJ. Arte- Ofício – Março/ 2012 TÍTULO: Arte/Ofício- Deglier Vidal AUTORIA: BEATRIZ DE CARVALHO SOUZA CUNHA Matrícula: 1120955006 INTRODUÇÃO: O trabalho foi desenvolvido a partir do ofício de Deglier Vidal, brasileira, casada, natural do Rio de Janeiro, moradora de São Gonçalo. Trata se de uma profissão que a mesma faz com muito carinho e dedicação, conquista seus clientes pela simpatia e a competência que aparentemente veio de berço. Cabeleireira e maquiadora, ela produz noivas, debutantes e afins. Além de ajudar as mulheres a manter a autoestima sempre elevada, se realiza na sua profissão. Segue algumas fotos de uma das noivas que a mesma produziu. HISTÓRIA: Deglier começou a trabalhar no salão da Denise, que eu e minha mãe freqüenta mos desde muito tempo. Ela tinha seu próprio negócio, cresceu muito 6
  • 8. profissionalmente, porém tinha sócio, o que a desfavorecia em algumas situações. Começou fazendo escova e maquiagem em parentes e amigos e desde cedo já demonstrava certa intimidade com escovas e pincéis. Com 15 anos abriu um salão, como dito anteriormente. Contando assim, até parece que foi fácil, mas até chegar nessa conquista passou por poucas e boas para enfrentar a sociedade, largou os estudos por sofrer bullying, e foi expulsa da casa da mãe logo assim que assumiu sua homossexualidade. Ela apenas nasceu de uma forma e vive de outra. Esta forma de viver a deixa mais satisfeita e, diante de alguns olhos, por não s er convencional, não é bem aceito. Impôs uma filosofia de vida para ser feliz, e isso não depende de raça, cor, credo. Hoje, trabalha no salão da Denise. Com seu bom humor, contagia a todos com seu jeito e seu talento. Têm planos para a realização de um b log e um site onde terão dicas de penteado, tutoriais de maquiagens e dicas de como cuidar dos cabelos, ao qual divulgarei em breve. UTENSÍLIOS: Escova, prancha, tinta, pente, produtos de alisamento, variados cremes, pincéis, paleta de sombra, rímel, blush, batons, bases, pó de correção, entre outros. RISCOS ENCONTRADOS: Risco de intoxicação pelo uso de produtos químicos, risco de alergia a determinados produtos usados tanto no cabelo como em maquiagens. E, por isso, faz teste antes de executar o trabalho e faz uso de luvas. COMO APRENDEU: Não fez cursos, aprendeu vendo outros profissionais trabalharem e aprimorou o que foi preciso em workshops. FONTES PESQUISADAS: O trabalho foi feito através da coleta de dados pessoais, uma entrevista através de vídeo e exposição de fotos de alguns trabalhos já realizados. CARTÃO DE VISITA: 7
  • 9. TÍTULO: Arte/Oficio - A Dádiva do Ensino AUTORIA: CRISTIANE DE BARROS PEREZ Matrícula: 112095001 INTRODUÇÃO: Uma das maiores dádiva do ser humano é capacidade de passar seu conhecimento para outras pessoas. Um dos trabalhos mais bonitos e importantes do mundo inteiro é a do profissional de ensino, o professor. Todos nós em alguma fase de nossas vidas passamos por esses profissionais e, através deles, que nos capacitamos f uturamente para sermos profissionais em qualquer escolha de carreira. Sabemos que por mais importante que seja esta profissão, aqui no Brasil não há tanto incentivo, vemos todos os dias esses profissionais lutando por melhores salários e condições de trabalho. Por esse motivo, resolvi destinar esta pesquisa a esse profissional. Minha entrevistada é Fernanda de Barros Perez, ela esta se formando em Biologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Faculdade de Formação de Professores (UERJ/ FFP), futuramente pretende fazer de seu “hobby” sua profissão. Atualmente ela vive no México, onde voluntariamente dar aulas de língua portuguesa para os mexicanos e está cursando um semestre na Universidad de Guadalajara (UDG) – Centro Universitário de Ciências Biológicas Agropecuárias (CUCBA). Foto de Fernanda de Barros Perez, em trabalho de ca mp o, México. Universidade de Guadalajara, México. 8
  • 10. Universidade do Estado do Rio de Janeir o, São Gonçalo. Como aprendeu dentro e fora de cursos o que faz? Sobre este questionamento, a entrevistada não sabe dizer se foi alguém que a ensinou a lecionar aulas, mas ela diz que desde pequena sempre gostou muito de dar aulas de reforço para os moradores próximos a elas, e também sempre ajudou a irmã e os primos com as tarefas de casa, então, desde nova já desenvolveu uma experiência em passar conhecimentos. Quando adolescente ela sempre ficava depois da aula para passar a matéria para seus colegas que não haviam entendido a explicação do docente, e de uma maneira mais simbólica, conseguia fazer que seus colegas de classe entendessem a matéria. “Então eu tenho isso, não de uma pessoa que me ensinou e sim foi uma habilidade que eu descobri desde cedo e com o tempo fui me aperfeiçoando através de horas e horas de estudo.” Ela relata o quanto é prazeroso passar seus conhecimentos para outras pessoas. E então, só busca adquirir mais conhecimentos com atividade extracurriculares tais como: Cursos de línguas estrangeiras e outras. O que precisa para realizar o ofício? “Para realizar o oficio eu apenas necessito de pessoas disposta a aprender e um espaço para poder receber os alunos.” Não são necessárias muitas coisas para essa prática, mas, se no caso o local oferecer outros dispositivos tecnológicos, fica muito melhor. Porém, de nada adianta ter um local bem aconchegante e com aparelhos que facilitam o aprendizado se não tiver alunos com vontade e determinação de aprender. Ela já voluntariou em diversos locais, mas todos eles sempre tiveram alguma precariedade, mas mesmo assim, nunca deixou de dar aulas por esses motivos, “É sempre um prazer ver que as pessoas que buscam conhecimentos também não se importam com os locais.” Quais as situações de risco a saúde você vive, ou pode sofrer? Todos nós estamos predispostos a qualquer tipo de perturbação. Como o professor fala muito, o que pode ter risco se não cuidar é a perda da voz e também o contato direto com pessoas, que podem ter algum tipo de doença contagiosa e passar, mas fora isso, a credita que não há grandes 9
  • 11. riscos a saúde neste ofício. Acrescenta que: “O maior risco a saúde acho que pode ser o psicológico, porque lidamos com pessoas de todos os tipos. E às vezes podemos nos envolver demais com os alunos, ou então eles conosco. Além do que é um oficio muito desgastante e estressante!” Numa turma de alunos existem diversas características, assim como pessoas mais tímidas, outros mais brigões e os dispersos. Há uma enorme pressão para que você se adapte a esses tipos de pessoas “(...) ainda mais nós que somos professores, somos o intermediário desses alunos, através de nós que eles conhecem outros amigos e interagem entre si. Há também aqueles alunos em que a educação em casa é tão falha que os pais cobram de nós o que seria o papel d eles. Vivemos com pressões psicológicas a todos os momentos e eu sei que isso pouco a pouco vai afetando a minha saúde. Procuro ser bem maleável com os alunos, até criando amizades com eles e eles comigo, para assim minha rotina não ser tão desgastante. Por enquanto eu só sou voluntária, mas já trabalhei em algumas escolas. Vejo como essa profissão é desvalorizada aqui no Brasil, não existe nenhum incentivo para os alunos e professores para melhorar o ensino, e muita das vezes o salário de um professor mal dá para cobrir as contas no final do mês obrigando assim um docente ter mais de um trabalho ” SOBRE O MEIO AMBIENTE: “Em relação ao meu trabalho, se através dele existe algum impacto ambiental de grande escala, creio que não, contudo, a energia elétrica e o consumo de papel estão na lista” PARA FUGIR DA ROTINA: “Um meio que eu utilizo para aliviar essa rotina exaustiva é sempre estar em contato com a natureza, vou a diversos trabalhos de campos e costumo ir a locais que me tragam paz, assim consigo conciliar os estudos com o voluntariado. Mesmo com todas as dificuldades encontradas para exercer essa profissão, creio que o que você faz com determinação, empolgação e seja prazeroso em exercê-la, não haverá nenhum empecilho para continuar. E é isso que eu quero mesmo, é algo que eu descobri desde cedo e que tenho talento para ensinar.” FONTES PESQUISADAS: Entrevista feita através de sites de redes sociais, como a entrevistada que está atualmente no México. VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/HauIok3lUnk. 10
  • 12. TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato:O cara de pau AUTORIA: ELENA CLÁUDIO BRITTO Matrícula: 112095032 INTRODUÇÃO: O meu avô Vicente (Fig. 1) é muito habilidoso com trabalhos manuais. Quando era mais jovem trabalhou em estaleiro e serraria, além de gostar de desenhar. Ele realizou diversos serviços em sua casa como reforma de sofás, construção de mesas, cadeiras, galinheiros, viveiros, conserto de instalações elétricas e de pequenos aparel hos domésticos, como ferro elétrico, e de ferramentas, como enxadas. A maioria dos seus trabalhos foi feito artesanalmente. Contudo, o que chamou minha atenção, foi sua habilidade para esculpir bonecos em madeira, que ele apelidou de cara de pau. Fig. 1 HISTÓRIA: Inicialmente seu irmão Francisco foi quem começou a esculpir em madeira. Ele se inspirou folheando uma revista em quadrinhos chamada Gibi, observando a fisionomia dos personagens (Fig. 2). Meu avô se interessou pelo trabalho do irmão e logo começou a esculpir também, inspirando-se nas famosas estátuas da Ilha de Páscoa. (Fig. 3) Fig. 2 Fig. 3 O processo de criação da escultura exige muito cuidado, paciência e atenção. Foram precisos muitos dias de dedicação para adquirir prática em esculpir. 11
  • 13. MATERIAIS NECESSÁRIOS: Para realização do trabalho meu avô utiliza um canivete bem afiado. (Fig. 4) Fig.4 A escolha da madeira é muito importante, pois ela precisa ser macia. Meu avô e seu irmão reaproveitavam galhos secos, das árvores popularmente chamadas de cedro (Fig. 5), pinho e leiteira, encontradas perto de casa. Além disso, eles coletavam restos de madeira de serrarias ou marcenarias. Fig. 5 A melhor opção de ambiente para esculpir era a área dos fundos da casa onde ocorria bastante luz. Segundo meu avô, a etapa de criação mais difícil eram os olhos. Primeiramente ele fazia o queixo e pescoço, depois a testa e o nariz, e por fim os olhos. Depois de prontos ele decidia se envernizava ou não os bonecos. CUIDADOS COM O MEIO AMBIENTE: Os resíduos gerados pelo serviço eram pequenas lascas de madeira que posteriormente, poderia ser utilizado em outros trabalhos artesanais. Meu avô esculpiu vários caras de pau e presenteou minha mãe e minhas tias. 12
  • 14. Ele criava os bonecos por prazer e realização pessoal. FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal. FOLDER: “O cara de pau” Produzido por Vicente TÍTULO: Arte/Ofício – Técnico em Eletrônica AUTORIA: ELENICE GONÇALVES RODRIGUES Matrícula:112095011 INTRODUÇÃO: X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX HISTÓRIA: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 13
  • 15. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 14
  • 16. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 15
  • 17. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 16
  • 18. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 17
  • 19. TÍTULO: Arte/Oficio: Artesanato com ferro reciclado e madeira de demolição AUTORIA: ERICA PIPAS MORGADO Matrícula: 112095041 INTRODUÇÃO: Este trabalho relata sobre um artesão chamado Marcelo José Gouveia, de 35 anos, que mora no Estado de Minas Gerais. Ele produz um artesanato com metal típico da sua cidade e sustenta toda sua família atra vés desse oficio. Será mostrada a sua prática através de um vídeo onde poderemos observar suas condições de trabalho, bem como a estrutura local. BREVE HISTÓRICO DA VIDA PROFISSIONAL: Iniciou sua vida trabalhando de pedreiro ainda adolescente, teve 2 filhos no primeiro casamento ( 10 e 16 anos) mas separou -se. Posteriormente, já com 25 anos, tornou -se entregador de artesanato para um artesão do local. Um ano depois, de entregador passou a ser ajudante do artesão (cortador de chapa) nesta mesma época, com 26 anos, quando conheceu sua atual companheira Luana que já tinha um filho hoje com 8 anos. Hoje, Marcelo tem 35 anos e sua companheira Luana tem 24 anos, juntos eles tiveram 3 filhos atualmente: 1, 3 e 5 anos. Após mais um ano nesse trabalho de ajudante, tornou-se sócio e 2 anos depois abriu seu próprio negócio. Vale ressaltar que Marcelo aprendeu seu oficio observando o artesão que lhe deu a primeira oportunidade na vida (seu ex -patrão e ex-sócio). Nunca fez curso algum. Comprou seu material com seu suor, vive de aluguel e sustenta sua família com a venda de seus produtos somente para lojistas e eventualmente para particular. ACHADO POR ACASO: Como cheguei até o artesanato do Marcelo. O 1 º CONTATO: Em um passeio de férias, meus pais tomaram como destino Tiradentes em setembro de 2010. Apreciando o artesanato local, depararam com uma casa humilde com desenhos na porta que chamaram a atenção. Meu pai resolveu parar e descobriu uma lojinha improvisada onde o Marcelo vendia seus materiais. De tão refinado e com muitos detalhes, ficaram encantados com tanta destreza de sua esposa em fazer cortes na folha de metal para que essa se tornasse uma flor e assim, constituir varias peças decorativas. No primeiro momento, Marcelo apresenta o seu ateliê num local inade quado, diretamente exposto ao sol, sem condições de realizar dignamente o seu trabalho. Atualmente desativado (foto abaixo). 18
  • 20. Visão interna do Visão externa do loc al antigo de trabalho. A seta loc alantigo de trabalho indica onde era a sua bancada 2 º CONTATO: Em uma segunda visita, ele já está instalado em novo local de trabalho, ao lado da lojinha, onde preparou melhor sua bancada e suas ferramentas de trabalho com uma cobertura mais favorável para a realização do seu oficio. (a casa da família fica integrada a lojinha, nos fundos da mesma). Mesmo carro que ele fazia as entregas do artesão (ex-sócio) a dez anos atrás. Visão panorâmica do local atu al Novo local de tra balho 3 º CONTATO: Em Janeiro de 2012, fui ao encontro do Marcelo por indicação dos meus pais. Deparei-me com crianças em seu local de trabalho e sua esposa a cortar as folhas de metal. As condições não foram agradáveis, porém, vê o esforço dessas duas pessoas, a dedicação ao trabalho para o sustento da família, foi muito interessante para a abordagem futura do meu trabalho, onde retornei especialmente para finalizar o mesmo. O OFICIO/ A ARTE: ARTESANATO EM METAL: O trabalho realizado por eles depende das encomendas que são solicitadas por lojistas já clientes do Marcelo. Clientes estes de várias partes do Brasil: Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Rio Grande do Sul... O seu oficio depende de algumas ferramentas e materiais que ele compra na própria cidade, tais como as chapas de metal, os eletrodos, liga de solda, a tinta látex e acetinada. As ferramentas como compressor, lixadeira, tesourão, alicate são necessários para a fabricação do produto. 19
  • 21. Relacionando a prática do oficio com a saúde, pude observar que a segurança no ambiente de trabalho é um risco a saúde do Marcelo, da Luana e das crianças.( não se tem equipamentos de segurança e vestimenta adequada) No vídeo observamos com clareza as condições de trabalho. ”A roupa rasga, queima, queima o sapato”. As mãos não têm proteção para a tinta, que é tóxica, as crianças brincam no mesmo ambiente de trabalho dos pais onde se encontram materiais cortantes e perigosos. A mãe limpa as mãos com gasolina par retirar a tinta nas crianças e nela mesma, o solo não tem proteção, a tinta que respinga da p istola ao pintar as peças contaminam o solo. Antes ele trabalhava no tempo, o sol muito forte e a chuva eram um problema para a sua prática. Depois que passou para o galpão, a instalação física ficou favorável ao trabalho. As inspirações vêm da própria natureza no caso das flores e das árvores, mas também da sua imaginação. ENVOLVENDO O MEIO AMBIENTE NO OFICIO: Apesar de existirem alguns problemas quanto a prática do oficio, é importante salientar que todo resíduo que é descartado (corte das chapas de metal, restos de solda e ferro) são vendidos para reciclagem, garantindo que nada é desperdiçado, Luana junta tudo na mesma hora que recorta as chapas.) Inclusive, a madeira que utiliza para emoldurar seus trabalhos, são madeiras de demolição, reaproveitadas de batentes de portas antigas. Agregando em seu trabalho um maior valor e dessa venda para a reciclagem ele compra a madeira e reaproveita-as. A base de troca, começou a utilizar peças de carros para incrementar seu trabalho. 20
  • 22. “Reaproveito peças de automóveis, bicicletas para fazer abajur, lustres...” PRAZER NO TRABALHO: Relata que trabalha de 12 a 14 horas por dia, dependendo dos pedidos. Mas, diz que por estar em casa, junto com sua família, “Tudo é mais tranquilo, é mais prazeroso”. Nos finais de semana ele tira umas horas de folga a noite para sair com as crianças, por que: ”Toda a família precisa de um lazer mas, a maior parte do tempo, ficamos em casa”. Quando as crianças vão para escola eles aproveitam pra agilizar o trabalho e Luana a limpeza da casa. Detalh e: e mbalando com Marcelo, Eu ( Erica) Luana Eu e as crianças plástico bolha para não danificar a peça. Comentam que o local ainda não é o ideal para as condições de trabalho, que não tem como investir muito para aprimorar, pois pagam aluguel. Contudo, muito já se progrediu. As crianças nunca ficaram doentes. Marcelo e Luana sentem- se bem na prática deste of icio, pensam que poderia ser melho r. “Às vezes ficamos cansados”, Luana relata de dores nas costas, mas: “Nada que um banho não resolva, ficamos muito tempo aqui no galpão e perdemos a noção do tempo”, “(...) gosto muito do que eu faço, acho bom quando as pessoas elogiam, tenho vontade de f azer mais!” 21
  • 23. CONCLUSÃO: Observando que as condições não são totalmente adequadas à prática do oficio, que as limitações econômicas são fatores pertinentes e visíveis, pode-se dizer que a família está unida em torno de um ideal de vida que gira em torno da c riação dos filhos. Que mesmo compartilhando o trabalho e a própria vida afetiva e, além disso, mesmo com as restrições sociais, encontramos simpatia, comunicação, mínimo de informação, pensamentos e ideias sustentáveis, percepções diferenciadas sobre o mer cado de consumo (quando ele vende para lojistas e monta sua linha de produção). A qualificação profissional não faz a diferença nesses protagonistas, pois participam da economia das mais diversas formas (quando trocam mercadorias e quando vendem para reciclagem). São facetas da questão social e econômica de uma família que praticamente e só vive do artesanato que produzem e, hoje, não foi apenas vista como vendedores de peças artesanais, mas aquela mais próxima de muitas realidades em todo o Brasil. O MÉTODO UTILIZADO PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO: Foi realizada a filmagem do local, do oficio propriamente dito, e uma entrevista informal do Marcelo e da Luana, a fim de colher dados a respeito da vida profissional. Por razões de timidez não quiseram falar diretamente sobre o assunto para a câmera, mas f ui autorizada a filmar e tirar fotografias do oficio e dos produtos por eles realizados, bem como tirar fotos deles e das crianças. (OBS: Com intuito de preservar a identidade das crianças, aparecem sem m ostrar o rosto!). FONTES PESQUISADAS: Para a realização do vídeo, foram feitas buscas no site www.youtube.com.br e editados os seguintes vídeos: SEBRAE-MG. O artesanato é a fonte de renda de mais de 500 mil pessoas em Minas Gerais. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=youtube_gdata_playe Acesso em: 20 de março 2012. GLOBO COMUNIDADE. Artesanato e dicas do SEBRAE. http://www.youtube.com/watch?v=lm09hvsNr9k&feature=player_detailpage Acesso em: 20 de março 2012. 22
  • 24. VIDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/uc8d4xplgak FOLDER: Foi confeccionado um texto síntese da história pesquisada, como se fosse ajudar na divulgação do trabalho ou arte. Pode ser usado como uma etiqueta narrativa do produto ou folder de divulgação. Conhecendo um pouco da rotina de v ida, segue um resumo da arte que você vai adquirir: Esta peça é produzida por Marcelo José Gouveia e Luana, sua esposa que o ajuda no corte das chapas de ferro. Na casa onde v ivem, em Minas Gerais- Brasil, montaram o próprio negócio e sustentam a família.. Marcelo nunca fez curso, aprendeu observando outro artesão no seu oficio, e assim desenvolve seu papel de artesão com destreza e satisfação. Montou sua linha de produção e tem como público-alv o os lojistas da região e de todo o Brasil. Para a realização das peças artesanais, Marcelo utiliza ferro reciclado, peças de carros e bicicletas. Os resíduos que produz, serve de base de troca para a confecção do seu produto. A madeira que emoldura alguns de seus trabalhos é de demolição - de batentes de portas antigas, fundamentais para a valorização do seu trabalho. O mais importante é a consciência de bem estar e de contribuir para a preservação da natureza. A família tem atitudes de cada vez mais melhorar as condições de trabalho, incentiva o estudo dos filhos e tem pensamentos sustentáveis, quando reutiliza e troca materiais na fabricação das peças que irão embelezar a sua loja e colocar na casa dos seus clientes uma peça feita com muito carinho e respeito ao meio ambiente, incluído v ocê, que faz parte dele. Erica Pipas Morgado Conteúdo ex terno Conteúdo interno TÍTULO: Arte/Oficio: A arte de confeitar AUTORIA: JULIA GOMES CABRAL Matrícula: 112095015 INTRODUÇÃO: Senhora Palma confeita bolos a mais de cinco anos. Ela tem dois filhos, e mesmo antes deles começarem a trabalhar, sempre fez tudo sozinha. Essa inspiração, esse prazer em confeitar bolos, veio dela mesma; ninguém a influenciou. Ela sempre dedicou o seu tempo a fazer o que mais gostava. A mais ou menos dois ou três anos, ela fazia encomenda de salgadinhos, pizzas, além de vender quentinhas. Ela sempre fez tudo com muita dedicação e até hoje ela é assim. Antes de começar a trabalhar com comida, ela costurava roupas para crianças (vestidos, blusas, calças, entre outros), além de fazer decoração de quarto. HISTÓRIA: Ela aprendeu a confeitar sozinha, pois nunca fez curso de confeiteira. O único que fez, foi um curso manual por três anos. Ela pretende fazer um curso de especialização, para poder aprender melhor a fazer bolos em formato de camisas de futebol,de coração,árvores, e todos esses formatos que requer mais trabalho.Atualmente, além dela 23
  • 25. fazer bolos ,é uma dona de casa.Ela tem muitos clientes. Faz bolos para padarias, igrejas, pizzarias e outros lugares que também são muito conhecidos, no lugar onde ela mora. Antigamente, ela disse que demorava quase uma hora para confeitar, e com i sso não podia aceitar fazer tantos bolos como ela faz hoje. Ao longo do tempo, ela foi adquirindo prática, e hoje ela confeita um bolo em menos de oito minutos. Confeitar bolo é uma ação que requer paciência e técnica, além de coordenação motora e criativi dade. No inicio dessa sua carreira, ela tentou fazer bolos em formato de morango, camisetas, mas disse que gastava muito tempo. “Se com um bolo simples eu já fico toda atarefada, imagina se eu fizesse esses tipos de bolo”-disse ela. Por isso que hoje em dia ela decidiu fazer somente bolos simples. Dona Palma contou também que quando o marido dela tinha carro, ela mesma que levava os bolos até as clientes, depois que o marido vendeu o carro, ficou complicado para ela entregar os bolos. Mas isso não se tornou um problema, pois as clientes vão a casa dela buscar os bolos. Quando se faz um bolo, coloca -o em um suporte e depois entrega para as clientes. Porém existe muita gente que não devolve esse suporte de bolo. Quando o suporte é feito de papel coberto de alumínio, não há problema algum, pois é descartável; contudo se o suporte for de acrílico acaba saindo caro para a confeiteira. Ao longo da entrevista, ela disse que houve dias em que teve que fazer mais de sete bolos. Quando isso acontece, ela acorda umas cinco horas da manhã para começar a confeitar. Se ela não acordar essa hora, ela disse que atrasa tudo, incluindo o almoço. Pois ao mesmo tempo em que ela esta confeitando, ela também esta refogando a carne, fazendo arroz e feijão; e isso tudo com muita a tenção e dedicação. Ela contou que esta acostumada com a “correria” e não há nenhum problema em ir adiantando o almoço ao mesmo tempo em que confeita o bolo. Ela relatou que faz bolos de domingo a domingo incluindo feriados. Qualquer dia que aparecer um pedido, ela faz. No dia da entrevista (que foi em um sábado) ela ia sair de tarde, e contou que se não falasse para as clientes que tinha compromisso, já teria mais cinco bolos para ela fazer, ou seja, os quatro bolos, mais os cinco que ela recusou. PRÁTICA DO OFÍCIO: Para realizar essa arte de confeitar, ela precisa esta com os ingredientes a mão. Antes de tudo ela precisa preparar a massa do bolo um dia antes para dar tempo de esfriar, pois quando a massa esta quente é muito ruim de trabalhar. No dia anterior ela adianta umas três massas, para no dia seguinte confeitar essas três e mais as duas massas que ainda estão faltando. 24
  • 26. Ela começa pré-aquecendo o forno. Enquanto o forno esquenta, ela vai preparando as outras massas. Ela separa os ingredientes que irão para a batedeira, dos que não irão. Por exemplo, primeiro ela coloca a clara do ovo, junto com um pouco de margarina e bate ate formar uma substancia homogênea,que será utilizada para fazer o glacê do bolo. Após isso,ela mistura outros ingredientes na batedeira,como a gema do ovo,copos de farinha de trigo,fermento e por último leite morno. Enquanto os ingredientes estão na batedeira,ela começa a adiantar outro bolo.Esse outro bolo é de abacaxi. Ela primeiro prepara a calda do bolo,com o suco do abac axi. Ela retira a casca e ferve até sair um suco ( é esse suco que ela molha o bolo,e faz o recheio). Após fazer essa calda, ela retira os ingredientes que estavam na batedeira. Na fôrma onde ela os colocará, ela passa farinha de trigo para a massa não grudar. Após esse procedimento ela coloca os ingredientes que estavam na batedeira na fôrma e leva-os ao forno. Enquanto essa massa assa ela confeita o bolo de abacaxi. MATERIAIS: Para confeitar os bolos ela utiliza diversos utensílios. Por exemplo,para fazer as estrelinhas e corações ela usa uma forminha e a massa é um tipo de pasta americana. Para deixar essa pasta com cor,ela aplica corante para obter a cor desejada. Exemplos de fotos mostrando a pasta americana e as forminhas. Para colocar a massa do bolo ela utiliza fôrmas e assadeiras de diferentes tamanhos; para misturar os ingredientes ela usa uma batedeira,ou um batedor de massa e ovos.Utiliza também um suporte para por o bolo,espátulas para a pasta( estas espátulas são muito boas para manusear pasta americana) ,rolo para alisar a massa,além de sacos de confeitar (os sacos podem ser descartáveis ou de materiais de plástico ou de metal ). Exemplos com fotos de saco de confeitar (Um já está pronto e sendo a plicado no bolo e no outro saco de confeitar está sendo colocado outro glacê para confeitar mais um bolo). 25
  • 27. Os Bicos e sacos de confeitar são os que dão os formatos mais diferentes na cobertura. Existem diferentes tipos de bico para confeitar. Tem-se o tipo pitanga aberta, que é usado para criar estrelas e flores; tem a pitanga fechado; flores especiais, esse tipo possui um pequeno pino preso internamente no centro, que garante o formato da flor, e entre outros. O desenho azul é a pitanga fechado, e o rosa é a pitanga aberto. Muitos bolos são temáticos, e nesse tipo usa-se geralmente o papel arroz, referente ao tema que a pessoa deseja. (fotos de papel de arroz) RISCOS À SAÚDE E AO AMBIENTE: Depois de fotografar os utensílios e as cenas do trabalho na arte, observei poucas situações de risco. Em relação à saú de notei o excesso de corante (Ela utiliza uma pequena quantidade, somente na hora de colorir a pasta americana, porém, a grande maioria que está nessa área utiliza de forma exagerada, cobrindo o bolo todo,por exemplo), em relação ao ambiente ela mostrou que se preocupa, pois joga os 26
  • 28. variados lixos em sacolas diferentes, já o modo como se faz, requer atenção, pois se a pessoa for distraída , pode acabar queimando os ingredientes além de se queimar também. O que mais observei de interessante é o modo como se faz a calda de abacaxi (que além de deixar um gosto bom,deixa também um aroma maravilhoso) e as táticas que ela adquiriu ao longo de todos esses anos . Esse trabalho de confeiteiro afeta diretamente os sentidos humanos, principalmente o paladar, portanto ele detém em suas mãos uma obrigação e tanto, pois com seus produtos ele vai atrair ou afastar possíveis consumidores. Embora haja um certo glamour em torno desta profissão, ela exige trabalho árduo. Deve-se disposto a trabalhar duro, para conquistar um espaço cada vez maior nesta área. FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a doceira. Fotos do seu trabalho. ETIQUETA NARRRATIVA: TÍTULO: Arte/Oficio: LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA. AUTORIA: MARIANNA AMORIM DE BARROS FERREIRA Matrícula: 112095018 INTRODUÇÃO: O ofício escolhido é um trabalho comunitário chamado Projeto LIMPAR, cujo significado é LIXO MOVIMENTANDO PRODUÇÃO, ARTE E RENDA. O projeto busca contribuir de forma transversal para o alcance dos objetivos do Milênio, através de ações desenvolvidas pelo Centro Comunitário Lídia dos Santos – CEACA VILA, no Morro dos Macacos, situado no bairro de Vila Isabel, município do Rio de Janeiro. Tem como proposta promover a reconstrução das relações da comunidade com o lixo produzido, através da criação de um espaço que permita a transformação do lixo em recursos para aquisição de alimentos, roupa, utensílios, e demais produtos necessários a vida cotidiana das pessoas. 27
  • 29. PROPOSTA: A proposta do projeto visa promover o processo de conscientização ambiental e cultural, melhora nas condições de saúde e higiene, geração de trabalho e renda, geração de arte com material reciclado, estímulo a escolarização, e até mesmo mudança na estética da comunidade, contribuindo para a melhora na qualidade de vida, uma vez que o proje to tem como meta a redução do acúmulo de lixo nas encostas e demais locais inapropriados, atuando com o foco na educação para o desenvolvimento sustentável. LIDERANÇA DO TRABALHO: Regina é a pessoa ativa que comanda o projeto receptando objetos da comunidade que seriam jogados fora [materiais recicláveis] e reaproveitando de forma artesanal e criativa estes que em sua produção final viram Pufes, poltronas, petisqueiras, bebedor de água para beija flor, moringas, carregadores para celular e outros. Esses materiais recicláveis são trocados pelos moradores por alimentos não perecíveis e materiais de limpeza. ‘‘ O objetivo é limpar a comunidade e ampliar cada vez mais o número de pessoas beneficiadas com o projeto. ’’ – Regina Para fazer esse trabalho Regina tem no seu currículo cursos como: reciclagem, aproveitamento de material inorgânico e lixo inserido na questão ambiental, artesanato, além de participação em palestras, eventos e aprendizagem com alguns moradores da comunidade, através da troca de conhe cimento nos cursos de artesanato oferecidos pelo próprio projeto. Como f ormação possui apenas o ensino médio e a dedicação de cada dia fazer melhor o seu trabalho. ELEMENTOS QUE COMPÕEM CADA OBJETO ECOLÓGICO E SUA PRODUÇÃO : Objeto 1 - Petisqueira -garrafa pet, cola branca e papel crepom. PRODUÇÃO DA PETISQUEIRA: Primeiramente lavar a garrafa pet de modo que fique bem higienizada, fazer um corte na parte inferior da garrafa, reservá-la, pois ela que será usada. Pegar o papel crepom e cortar em tiras, os fios são amarrados em uma de suas pontas em uma batedeira e a outra ponta em um local de apoio, exemplo, maçaneta de uma porta ou grade de um portão, em seguida ligue a batedeira e ela por si só irá enrolar os fios de crepom. Juntar três f ios de cores va riadas e fazer um trançado. Pegar o fundo da garrafa PET que foi reservado e colar com cola branca os trançados de crepom de cima para baixo até os espaços ficarem ocupados modelando -a. Assim é feita a petisqueira. Utilidade: Serve para colocar condimentos, como torradas, biscoitinhos e petiscos. 28
  • 30. Objeto 2 - Pufe - 32 garrafas PET de Coca-Cola, papelão, revista, caixa de leite, espuma, cola e fita adesiva. PRODUÇÃO DO PUFE: Primeiro as garrafas são lavadas para estarem higienizadas, em seguida todas as garrafas são cortadas para serem colocadas uma dentro da outra, de duas em duas, para o Pufe ter mais sustentação, o terceiro passo é cortar os papelões de forma quadrada e depois colá-los junto às garrafas para se modelarem no formato quadrado, então as fitas adesivas podem ser colocadas em volta para prender as garrafas e o papelão, por cima coloca-se a espuma e para fazer o acabamento são usadas caixas de leite abertas em todas as partes do Pufe, em seguida para dar o acabamento final são coladas com fitas adesivas folhas de revistas ou retalhos para darem o design do Pufe. Utilidade: É utilizado como móvel para decoração em vários ambientes como bibliotecas, salas de leituras, salas de estar, espaços de exposição e para confortar pessoas em suas casas. Objeto 3- Carregador de celular ou porta celular - garrafa pet de 600 ml, papel crepom colorido e cola branca. PRODUÇÃO DO CARREGADOR DE CELULAR :O primeiro passo é cortar as garrafas já lavadas na horizontal e abaixo do meio, mas deixando um espaço para cortar a garrafa em cima fazendo o formato de uma alça, em seguida pegar os fios de crepom em uma de suas extremidades e amarrar a fita em uma batedeira e a outra extremidade amarrar na maçaneta de uma porta, assim estique os fios e ligue a batedeira, ela começará a enrolar os fios de crepom, faça isso repetidas vezes com fios coloridos, pois revestirão a garrafa, depois cole- os no porta celular já cortado com cola branca modelando os fios na pet. Então está feito o porta celular. Utilidade: Serve para colocar aparelhos celulares e serem carregados. Objeto 4- Moringa - garrafa pet de 600 ml, tampa, papel crepom e cola branca. PRODUÇÃO DA MORINGA: O processo é simples, usa-se a garrafa inteira e sua tampa, confeccionando apenas o exterior da garrafa com o crepom que antes é enrolado com o processo semelhante ao do carregador de celular, e sem seguida usando cola branca para a colagem e acabamento. Sua embalagem é feita também com uma garrafa de refrigerante, só que a de 2 litros. RENDA DO TRABALHO ECOLÓGICO: A renda obtida dos produtos que são feitos advém da venda através de uma revista da rede ASTA que está em circulação e que oferece esses 29
  • 31. produtos a preços mais altos para um público externo e que compra no atacado. No projeto que fica na comunidade ess es produtos são comercializados a preços mais baixos. O projeto também tem participação em feiras e eventos externos que dão oportunidade das pessoas conhecerem os produtos e comprarem no varejo. Existe também a venda de alguns materiais que não podem ser aproveitados para o artesanato, que são destinados às cooperativas de catadores de material reciclável. DESTINO DA RENDA: O dinheiro é destinado ao reinício do processo de reciclagem dos materiais do projeto, ás aulas de artesanato para pessoas da comuni dade e para divisão entre os membros que fazem parte da produção dos materiais artesanais. IMPACTO AMBIENTAL: Não há nenhum impacto ambiental na produção desses produtos ecológicos, pois como o nome se refere eles são ecológicos e recicláveis, ou seja, são reaproveitamentos de objetos ou qualquer coisa que a população da comunidade local não usa mais e jogaria fora e são feitos a mão, por meio de artesanato. Portanto não trazem nenhum dano ao meio ambiente, pelo contrário, o projeto age de forma a reduzir os impactos ambientais, pois os resíduos que poderiam ser despejados em vielas, ruas, encostas e outros locais inapropriados na comunidade pelos moradores, são reaproveitados nas oficinas artesanais e produtivas e ainda contribuem para educação ambiental da população local. DE QUE FORMA CONHECI O TRABALHO? Conheci o trabalho comunitário através de uma pessoa conhecida que é assistente social e funcionária nessa mesma ONG que promove o projeto LIMPAR. Ela mencionou o projeto e achei interessante pesquisar para o trabalho de Crítica, Consciência e Cidadania Socioa mbiental, pois é compatível com o que debatemos em sala de aula e tem obtido resultados muito importantes para a comunidade em que atua. Aprendizagem ‘‘ Aprendi a reaproveitar e transformar objetos que seriam jogados fora causando danos ao meio ambiente em objetos úteis. Assim ajudo a comunidade a viver melhor e ao mesmo tempo ao meio ambiente. ’’ - Regina FONTES PESQUISADAS: O Próprio Projeto 30
  • 32. FOLDER: Projeto LIMPAR (Lixo Movimentando Produção, Arte e Renda) O projeto tem como objetivo alertar e sensibilizar os moradores do Morro dos Macacos para a necessidade de diminuir a quantidade de lixo que é jogada de forma desordenada na comunidade. Esse mau hábito traz diversos danos à saúde, polui visualmente o local, traz mau cheiro e contribui para a proliferação de animais nocivos ao ser humano. A proposta do projeto é melhorar a qualidade de vida dos moradores contribuindo na resolução do problema do lixo e da má alimentação, porque através de uma “moeda verde” são trocados resíduos sólidos por alimentos não perecíveis e materiais de limpeza. Também são realizadas reuniões e palestras educativas, oficinas de artesanato com materiais recicláveis e orientações quanto ao destino e bom uso do lixo. Funcionamento: 2ª a 6ª feira de 08:00 às 17:00 “Esvazie seu lixo e encha sua panela” TÍTULO: ARTE/OFÍCIO- ARTISTAS. AUTORIA: SCARLETY HOHARA MASON Matricula: 112095024 INTRODUÇÃO: ABRANGÊNCIA ARTÍSTICA- A arte, principalmente partindo de um pressuposto moderno, não é nada restrita a isso ou aquilo. O artesão é a pessoa que escolheu a arte como ‘’o que fazer da vida‘’, o que é invejável pois uni o útil ao agradável. Porém, encontramos muitas vezes artistas que não agregam valor comercial a sua arte. Tais como o poeta nada convencional do qual acidentalmente me deparei, que ao distribuir poemas escritos pelo mesmo em fitas métricas, em um contexto nada esperado, fazendo com que esse tom de ‘’inusitado’’ chamasse atenção para o que ele queria dizer. Como para qualquer outro doente mental, a arte é um instrumento de comunic ação dele com a 31
  • 33. sociedade e por não restringir essa comunicação apenas a nível verbal, o doente mental cria metaforicamente um mundo apenas seu, e não permite que o outro invada. É através das diversas formas de expressões artísticas que ele exterioriza seus sentimentos e permite uma ponte de comunicação com o outro, como uma espécie de catalisador. HISTÓRIA: A inserção da arte no doente mental é uma terapia ocupacional já comum em seu.tratamento. Já famosos, há espaços como o Museu de Imagens do Inconsciente (Rio de J aneiro- 1952), que foi fundado pela psiquiatra Nise da Silveira quando se viu inconformada com os agressivos métodos de tratamento, buscou novas formas terapêuticas para os seus pacientes com métodos expressivos e não pragmáticos conforme os da época. Dentro de ateliês surgem então verdadeiras obras de arte, onde a pintura e o desenho espontâneos revelaram-se de tão grande interesse científico e artístico que logo deu uma posição especial a eles. Apesar de nunca haverem pintado antes da doença, muitos dos frequentadores do ateliê, todos os esquizofrênicos, manifestavam intensa exaltação da criatividade imaginária, que resultava na produção de pinturas em número incrivelmente abundante, num contraste com a atividade reduzida de seus autores fora do ateliê, quando não tinham mais nas mãos os pincéis. A pintura tornam -se passiveis de uma certa forma de trato, ainda que não haja nítida tomada de consciência de significações profundas. O indivíduo dá forma a suas emoções, despotencializa figuras ameaçadoras. FONTES PESQUISADAS: www.ceaca.org.br CARTAZ: 32
  • 34. TÍTULO: Arte/Oficio-.Arte com palito de fósforo AUTORIA: PEDRO CREALESE CAMPOS Matrícula: 112095022 INTRODUÇÃO: A arte com madeira é conhecido pelo homem há muito tempo, desde os homens das cavernas para construção de armas até hoje em dia, com objetos de decoração, seja para casa, áreas públicas, etc. Mas nunca conheci alguém que fizesse tais obras além de meu avo. Ex-engenheiro da Petrobras, sua verdadeira paixão foi a arte. Pintava e escrevia, porém o mais incrível era sua habilidade de construir obras incríveis com palitos de fosforo usados em seu dia a dia. Portador da vaca louca devido a uma viagem à Inglaterra por trabalho, doença neurodegenerativa que afeta o gado bovino, e que uma das consequências de tal doença são as tremedeiras e falta de coordenação motora que o impossibilitaria de praticar tal atividade. 33
  • 35. Igrejas, casas, pessoas e animais eram alguns dos vários objetos que ele fazia com fósforo. Objetos do dia a dia eram suas principais referências. Não retirava sua motivação apenas de objetos, mas de filosofias de vida e de ideias abstratas qu retirava de livros, como as mãos da criação do universo, pensamentos de Dom Queixote, passagens bíblicas dentre outros. A maior dificuldade era terminar seus trabalhos, pois ele para fazer uma área de 20cm x 20 cm demora cerca de 20 minutos e seus trabalhos eram grandiosos e cheios de detalhes, desde os olhos ate os dedos dos pés, era realmente de se admirar que um idoso com doenças graves poderia fazer trabalhos incríveis e com o pouco tempo que ti nha por trabalhar muito durante a vida toda. Esse estilo de arte é passado de pai para filho na minha família, e hoje, estou começando aprender a fazê-lo, reconstruindo os antigos, quebrados pelo tempo e pela falta de atenção. MATERIAL UTILIZADO PARA A CONFECÇÃO: Os produtos utilizados para a produção são de fácil acesso, são eles: . Cola Branca . Palito de fósforo . Lixa de madeira . Paciência COMO É FEITO: Se lixa fósforo por fósforo até que todos os lados fiquem lisos e exatamente iguais. Coloque cola em uma área lisa e depois lambuze os fósforos nela e vá juntando de forma que crie um quadrado ou a forma que você quiser, também é necessária muita paciência para que a cola seque e fique da forma desejada, pois o palito pode sair do lugar por algum motivo de fora (vento, gravidade e até mesmo o simples tocar no local pode derrubá-lo). 34
  • 36. IMPORTÂNCIA DO TRABALHO: A arte para ele era sua maior diversão e motivação para a vida. FONTES PESQUISADAS: Próprio artesão. CARTAZ: Habilidade, destreza e paciiênciia. ili tr TÍTULO: Arte/Oficio- O abate de frangos AUTORIA: TAMIRIS XAVIER AMORIM Matrícula: 112095026 INTRODUÇÃO: O projeto a seguir faz parte de uma entrevista realizada com o proprietário de um aviário localizado perto de minha residência, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. T al pesquisa me proporcionou o aprendizado sobre um ofício totalmente fora da minha realidade de vida. 35
  • 37. DESENVOLVIMENTO: O comerciante Antônio Oliveira Silva tem 42 anos e há 16 trabalha no ramo aviário juntamente com seu pai, o também chamado Sr. Antônio. A família morava em Recife e veio para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor, porém, com a situação financeira cada vez mais complicada, abriram um aviário e ali mesmo faziam o abate dos frangos. T al função foi aprendida ainda em Recife, com pessoas que já possuíam experiência. O comércio foi aberto em 1996 e nessa época só trabalhavam ali pai e filho. Desde o início as aves eram compradas em granjas e a matança era de modo primitivo; usavam somente facas. Antônio, o filho, com seus apenas 26 anos não gostava muito do of ício. Torcia para que seu pai não o deixasse sozinho no aviário, para que ele não tivesse que matar os frangos quando chegasse algum freguês. Mas a situação era inevitável. Como não havia maquinário o abate dos frangos acarretava em muita sujeira, já que a falta de experiência tornava difícil o manuseio das aves, que se batiam e espalhavam sangue para todo lado. Com o passar dos anos o comércio se aprimorou e o Sr. Antônio comprou uma depenadeira, funis e contratou uma pessoa para fazer somente o abate dos frangos. Atualmente pai e filho dividem a carga horária do comércio, atuam somente no atendimento aos fregueses e na limpeza do local. Os comerciantes abrem o aviário todos os dias da semana. Vendem diariamente cerca de 30 a 40 frangos, e além destes, vendem também ovos e condimentos. Aos domingos comercializam também os frangos já assados. Como toda profissão, esta também possui seus riscos. Eles trabalham com facas muito bem afiadas, água fervente para ajudar a depenar os frangos, além de passarem a maior parte do dia respirando em um ambiente com um odor pouco agradável e com muitas penas. Ainda necessitam cuidados no manuseio das aves, pois as unhas das mesmas machucam. O descarte dos resíduos gerados no abate dos frangos infelizmente é feito em lixo comum, recolhido todos os dias pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comburb) e provavelmente levado para algum lixão, local de destino da maior parte dos resíduos gerados na cidade. Mesmo com todos os anos de experiência e com tudo que já conquistou em sua vida devido ao comércio aviário, Sr. Antônio fez questão de ressaltar que não aconselha esse ofício como profissão para ninguém. Relatou que no princípio sofria ao ter que abater os frangos e até os dias atuais, não se sente confortável com a situação. 36
  • 38. CONCLUSÃO: Durante a realização do projeto foi possível visualizar com proximidade e clareza de detalhes as dificuldades enfrentadas na prática do ofício apresentado. Com isso, passei a observar mais profundamente o trabalho realizado por diversos profissionais, que com suas habilidades, facilitam a vida alheia. FONTES PESQUISADAS: O comerciante Antônio Oliveira Silva FOLDER: Venham todos conferir as ofertas do Venham todos conferir as ofertas do Aviário da Família Oliveira!! Temos frangos inteiros Temos frangos inteiros ou em pedaços, galos, miúdos, de galos, miúdos, ovos brancos e de galinha caipira, além condimentos caipira, além de todos os condimentos que faltavam na sua cozinha. Nossos preços são populares e os produtos fresquinhos. Atendemos sempre fresquinhos. Atendemos todos os dias das 8hs às 20hs e aos domingos temos também aquele suculento frango assado. também aquele suculento frango assado. TÍTULO: Arte/Oficio- A arte do artesanato com arame AUTORIA: JULIA LADEIRA Matrícula: 112095033 INTRODUÇÃO: Com uma touca de tricô com as cores da Jamaica que esconde e segura os dreads do cabelo, um corpo cheio de tatuagens de símbolos com significados distintos e uma barba de respeito, Ítalo aborda as pessoas que passam pelo calçadão e tenta conseguir um pouco de sua atenção para que sua arte seja notada. Ele vem fazendo isso há dez anos e já desceu o Brasil viajando e mostrando suas técnicas para diferentes áreas. Ítalo, que já está no Rio há 5 meses, anda pelo calçadão com seu arame enrolado no braço e alicate e, 37
  • 39. depois de pedir aos passantes para fazer uma perguntinha “só por educação”, descobre se a pessoa gosta de arte ou não. Para os que gostam, o prêmio é vê-lo fazer em menos de dois minutos um anel que pode ser de estrela, coração ou clave de sol. Depois de ganhar a simpatia do cliente e de mostrar suas habilidades (por ele batizada de “mãos mágicas”), ele deixa à critério do cliente julgar quanto sua pequena arte feita na hora vale. Além da arte itinerante, ele também tem seu “ponto”, que divide com mais um amigo e uma filhote de vira-lata, a Estrela. O mesmo local onde acampam na praia é onde estendem seus panos e arrumam suas obras que vão além dos anéis e brincos de arame e passam por faixas, tornozeleiras de linha e aranhas e escorpiões de arame. Conseguindo dinheiro aos poucos, os dois vivem a vida calma e ao mesmo tempo de luta que é morar na praia. Ao entrar na praia procurando, inicialmente por esculturas de areia, fui rapidamente abordada pela figura simpática e excêntrica que Ítalo se mostrou ser. Como por causa da chuva os escultores de areia não estavam mais na praia, resolvi tentar mudar o que estava imaginando que entrevistaria. Expliquei a situação e perguntei se podia entrevistá-lo e, após seu choque inicial, ele se mostrou totalmente aberto e até bastante empolgado com a situação de ser filmado. Como ele próprio colocou: “Ítalo em Hollywood!”. Fez questão de me levar até onde seu amigo, seu cachorro e seus pertences ficavam e rapidamente após as apresentações ele começou a arrumar seus artesanatos montando um cenário. Depois de me mostrar cada uma das peças que ele fazia, fil mei -o enquanto ele fazia meu anel de estrela. Em seguida, enquanto Ítalo, que se mostrou bem mais extrovertido que o amigo, resolveu abordar uma adolescente que passava olhando para o artesanato, enquanto isso, filmei um pouco do trabalho de seu amigo. A falta de extroversão de seu companheiro era compensada por paciência. Seus artesanatos levavam em torno de 3 horas de trabalho para ficarem prontos. Decidi fil mar seu trabalho por partes, pois ele já estava se mostrando desconfortável com a câmera em foco. Passei para a entrevista de Ítalo, que apesar de ter gostado da ideia no início, agora estava ficando tím ido. Porém mais tarde acabou ficando à vontade e fez piadas, sempre preocupado se estava em foco. Acabada a entrevista, voltei a filmar o trabalho um pouco mais adiantado de seu colega e depois fomos aos números. Cada par de brincos ia de 10 a 15 reais. As aranhas e escorpiões pequenos eram 10 e os grandes, 20 reais. Ao final, de presente me deram uma tornozeleira e dois anéis e comprei um par de brincos de cada. A entrevista não pôde ser exibida em forma de vídeo por causa da praia, que atrapalhou o áudio, então segue abaixo a entrevista com Ítalo: 38
  • 40. Júlia: Você é o Ítalo, não é? Ítalo: Isso. Júlia: Você está fazendo isso há quanto tempo? Ítalo: Agora vai fazer uns dez anos. Júlia: Dez anos? Caramba... E como você começou? Você aprendeu a fazer essas coisas sozinho ou te ensinaram? Ítalo: Algumas coisas eu fui aprendendo sozinho, outras me ensinaram. Júlia: E você é de onde? Ítalo: Eu sou do Piauí. Júlia: E você começou lá e, como você veio parar aqui? Ítalo: Eu vim viajando. Passei por Fortaleza, Natal, Paraíba, Recife, Aracaju, Bahia... Júlia: E veio fazendo isso o tempo todo? Ítalo: O tempo todo. O tempo todo, todo o tempo. Júlia: E como vocês se conheceram? Ítalo: Eu conheci ele aqui. Júlia: Ah, aqui no Rio de Janeiro? E ele já fazia isso ta mbém, ou vocês aprenderam coisas um com o outro? Ítalo: Não, não... Júlia: Então cada um faz suas coisas? Ítalo: Cada um faz suas coisas Júlia: E quanto tempo leva pra fazer cada coisa dessas, mais ou menos? Ítalo: O brinco? Dez minutos. Júlia: Dez? Só? Ítalo: É. Júlia: E os anéis de coco, vocês fazem também? Ítalo: Faço. Júlia: Esses levam mais tempo, né? Ítalo: Mas esses a gente já comprou pronto. Faz também, mas é mais complicado por causa da máquina... Júlia: A coisa que você faz com o arame, na hora, já tem um preço ou a pessoa dá quanto quiser? Ítalo: Não, é quanto quiser. Depende da pessoa, vai do coração, entendeu? As vezes deixa dez, vinte. Júlia: E o resto tem preço? Ítalo: Ah, o resto tem. 39
  • 41. Júlia: Que horas você chega aqui? Ou vocês moram aqui na praia? Ítalo: A gente mora aqui. A gente acampa aqui na praia. Júlia: Ah, então vocês trabalham a hora que vocês quiserem? Dizem a hora que quer trabalhar ou não quer... Ítalo: É, a gente trabalha quando tem vontade. Meu patrão sou eu. (risos) Júlia: Onde você compra o material pra fazer por exemplo o cordão, ou os brincos? Ítalo: No Saara. Antigamente a gente achava na praia, osso de tubarão, tartaruga. Mas hoje em dia não pode mais não... Júlia: E por que você escolheu fazer isso? Você gosta disso tudo? Ítalo: Ah, eu gosto. Gosto de arte Júlia: E as pessoas? Geralmente vem falar com vocês ou passam direto e nem olham? Ítalo: Não, sempre vem. Quem mete o olho, a gente chama. Júlia: Ah, então tem que ter um teatro, né? Ítalo: (risos) É, tem que ter uma técnica. Júlia: E você vaificar aqui? Ou vai continuar viajando? Ítalo: Não, vou ficar aqui...Vou ficar aqui. Júlia: Gostou daqui? Ítalo: Gostei, gostei muito. Júlia: E se passar mais alguém que faça isso, fica aqui com vocês? Ítalo: Fica, fica... Se for artesanato, né? Se comprar pronto não fica não. Ítalo: E como é o número da sua turma pra eu mandar um “oi”? Júlia: Não tem número, mas pode mandar um oi pro “pessoal da ciência ambiental” Ítalo:Oi, pessoal da Ciência Ambientation! Tô chegando por aí! (risos) Exemplos como o de Ítalo e das pessoas que ele foi conhecendo em sua viagem nos mostra que a arte é mais importante do que é considerada no Brasil. Se uma arte tão simples é capaz de sustentar uma pessoa por tanto tempo, havendo incentivos oficiais a esses tipos de atividade, apenas aumentam as chances que as pessoas que vivem disso tem de darem certo. Além disso, uma realidade como a deles é algo fora do pensamento de muita gente, pois são pessoas que conseguem utilizar o dinheiro apenas para o essencial. E, talvez até por consequência disso, elas vivam e valorizem aspectos da vida que as pessoas que vivem com mais dinheiro e que já estiveram em vários lugares jamais perceberão. Como saber qual é a melhor maneira de se viver? 40
  • 42. VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=c03IYZKXBrY&feature=youtu.be TÍTULO: Arte/Oficio- Desiner AUTORIA: FERNANDA SILVA DE REZENDE Matrícula: 112095050 INTRODUÇÃO: Meu trabalho fala um pouco do artista André Bringuenti (42), que além de ter sido meu visinho, é amigo da minha família. Foi com essa proximidade que conheci e passei a admirar o seu trabalho. Mas, ainda não tinha tido a oportunidade de conferir e entender cada processo que é feito pra que no fim chegue a esse belíssimo resultado. A escolha do André pra ser o personagem desse trabalho, foi por admirar o sua arte e sua história. Que mesmo com algumas dificuldades busca na arte um meio de seguir em frente e dar a volta por cima. HISTÓRIA: SEGUNDO ANDRÉ BRINGUENTI. “ A arte sempre esteve presente na minha vida, desde criança, na escola quando tinha que fazer os desenhos dos trabalhos de todo mundo”. Aos quinze anos fiz um curso de decoração de ambiente, meus amigos jogando bola, e eu de régua T embaixo do braço, indo para o centro da cidade dividir a sala com pessoas, que na média tinham o dobro da minha idade. Depois me afastei, indo trabalhar como representante comercial. Em 2001 me mudei para Nova Friburgo, lá retomei as pinturas, mon tando um estúdio no caminho para Lumiar. Posso me considerar um autodidata, pois não fiz nenhum curso voltado para arte, tenho muita vontade, mas nunca fiz. Com a relação ao objetivo do meu trabalho, é engraçado, pois sempre tem um fundo comercial, mas é bem legal quando consigo me desvencilhar e a arte corre solta, sem 41
  • 43. preocupação a valores e agrados. Só fluidez e inspiração, inspiração essa que busco em várias fontes: pesquisas, livros, passeios, conversas, artes, pensamentos... Entrou a onda das ecobags, todo mundo se preocupando com o bem estar de nosso planeta, só que nós percebemos que as bolsas que tinham por aí, eram sem atrativos, não incentivando o seu uso, então nós resolve mos criar uma ecobag bem transada, que a pessoa usasse no dia a dia e qu ando tivesse que comprar algo ela já estava ali. Na verdade as bolsas ecológicas servem para as compras do dia a dia, pois as compras de mês elas não comportam. Para tanto, já tenho pensando em caixas de papelão decoradas, pra que suportem as compras do mê s. Acredito que a arte tem um valor histórico muito grande, quando não tinham ainda inventado as palavras, os únicos registros que nós temos são os desenhos, mesmo depois, se consegue saber muito sobre um povo ou época através da arte. Hoje vejo a contribuição da arte em passar valores, contestações e alegrias em meio ao caos cotidiano. No âmbito ecológico, temos por um lado a busca de materiais recicláveis, as mensagens passadas, mas não podemos esquecer que a nossa matéria prima (tinta) é bem nocivo ao meio ambiente devido aos corantes usados. Há dez anos, André Bringuenti deu uma pausa no surf no Rio de Janeiro para investir no design – sua profissão desde a adolescência. O artista se destacou com a decoração de ambientes residenciais e comerciais, sem contar a transformação de móveis que ganham novos coloridos e texturas com as cores vivas, marca registrada de Bringuenti. O artista ganhou fama na região também com o estilo de suas bolsas e estampas multicores. Ao trocar a agitação da capital pela calmaria da serra, Bringuenti, que se define como “designer de trabalhos vivos”, baseou-se na localidade de Galdinópolis, no distrito de Lumiar. Depois transferiu seu Studio Ateliê de artes para uma nova casa, no bairro de Duas Pedras, solidificando sua clientela e obtendo muito sucesso. Tudo, infelizmente, se foi na trágica madrugada de 12 de Janeiro. Uma encosta deslizou e engoliu sua casa e o ateliê, com cinco máquinas, atingindo Bringuenti, sua mulher e os três filhos pequenos do casal. Após o resgate, a família tenta afastar as tristes lembranças do episódio numa casa de familiares em Sepetiba, zona oeste do Rio, onde André, retomou as atividades artísticas, principalmente as bolsas estilo reciclado fashion (ecobags) – que podem ser utilizadas não só em eventos sociais, mas também no dia a dia – sem contar os quadros personalizados com pinturas de cores contrastadas – que agradam em cheio a clientes de gostos diferenciados. “ Voltamos a produzir no Rio – onde até já retornei a surfar um pouquinho em Grumari – cativando agora um outro público, mas não podia deixar de atender nossos clientes de 42
  • 44. Nova Friburgo, que ficaram preocupados com a nossa parada emergencial”, disse Bringuenti, que mantém contato com os friburguenses por e-mail, blog ou telefone e sobe a serra pelo menos uma vez por semana para atender a clientela. Sua meta é também criar uma corrente cultural cativando novos clientes. “As bolsas decoradas, as reformas de quartos infantis e bem coloridos e a decoraç ão de ambientes, com a transformação de móveis – tudo pintado à mão – continuam sendo os carros-chefes de André, que personaliza também almofadas, edredons, cortinas e tudo o mais que a imaginação deles e dos clientes permitirem. CONCLUSÃO: Ao final, consegui conhecer melhor o trabalho do André não só o produto pronto, mas desde o início, os primeiros passos. Espero que com esse trabalho seja possível espalhar essas idéias e divulgar o trabalho que é feito pelo André. Todo esse tempo de pesquisas, pra contar a história de ofício e arte, foi extrema importância pra mim, aprendi muitas coisas e a valorizar ainda mais a arte. Outro ponto importante foi à troca de informações e idéias. Principalmente quando o assunto foi como reduzir os impactos ao meio ambiente e tornar os produtos mais ecológicos... Sabe-se que a matéria prima utilizada, a tinta, é nociva ao meio ambiente, com isso o André ficou disposto em procurar tintas naturais ou outras menos agressivas. Da mesma forma que ele já vem buscando a utilização de mais matérias recicláveis para a construç ão de suas artes. FONTE PESQUISADA: Através de entrevista informal com o artista. Blog – Estúdio : http://andrebringuenti.blogspot.com.br/ Blog – Ecobags: http://www.estudiobolsas.blogspot.com.br/ Telefones : (21) 3365-5435 (21) 8504-9264 E-mail: andrebringuenti@hotmail.com ETIQUETA NARRATIVA: 43
  • 45. VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=mX2OK_PRV8U&feature=youtu.be TÍTULO: Oficio - Músico AUTORIA: GABRIELLE FIGUEIREDO DO NASCIMENTO Matrícula: 112095002 INTRODUÇÃO: A ideia da elaboração do meu trabalho partiu da minha aula de violão e foi realizada uma entrevista com meu professor sobre o seu ofício. ENTREVISTA: Seu nome completo, por favor? Joao Marcos de Oliveira Moraes, mas pode me chamar de “Marquinhos”. Sua idade?30 anos Seu estado civil?Casado Com que idade você começou a se intere ssar pela música? Comecei a me interessar pela música aos 11 anos de idade por ver e ouvir meu irmão mais velho tocar violão, o outro trompete, outro contra baixo, outro bateria e minha irmã cantando minha casa era um ambiente musical impossível não ouvir. Quando você teve o primeiro contato com um instrumento musical?A minha entrega total com a música foi depois do meu 1º contato com a guitarra do meu irmão. Ele saia para o trabalho pela manhã e só voltando à noite, por ter muito zelo pelo instrumento ele trancava a guitarra no guarda roupas a cadeado. Mas eu não medindo as consequências forçava a porta até conseguir alcançar a guitarra para treinas algumas poucas notas durante todo o dia. Meu irmão percebendo meu interesse insaciável pela música começou a me passar alguns exercícios e passou a deixar a guitarra comigo. Pronto! Apaixonei-me completamente pela arte da música. Você teve ajuda de mais alguém além do seu irmão? Tive sim, meu primo que era meu vizinho na época começou a tocar saxofone e ficáv amos todo o dia estudando enquanto as outras crianças brincavam na rua. Mas dificuldades começaram a aparecer, já não tinha 44
  • 46. como crescer só ouvindo ou com os mesmos exercícios precisa va de mais; mas a minha família não tinha condições de pagar aulas ou comprar um bom instrumento. Então não desanimei, comecei a pegar livros emprestados com amigos, ir à igreja e ficar lá o dia todo por causa dos instrumentos e só consegui superar, pois acreditei em mim e tive FÉ em Deus, a quem pedi muita ajuda. É claro que p erguntei muita coisa à amigos músicos mais experientes. E quando estava só no meu quarto com a guitarra do meu irmão eu orava à Deus e pedia para que Ele ficasse do meu lado e me ensinar e deu tudo certo, eu elaborava várias formas de estudos para facilitar o entendimento e mais tarde pegava outros livros emprestados onde se observava muitas coisas similares aos meus raciocínios. Você chegou a frequentar algum curso para aprimorar o seu talento? Sim, minha mãe que sempre me apoiou começou a pagar um curso no Vila Lobos onde estudei apenas 8 meses e mais uma vez pelas dificuldades tive que deixar o curso. Em meio a tanta dificuldade qual foi a sua maior conquista? Foi no ano de 2008, onde comprei a guitarra dos meus sonhos uma Fender telecaste Americana, par celada em 12 vezes, prefiro não comentar o preço, foi uma grande conquista pra mim. Hoje em dia você vive da música?Sempre sonhei viver de música, infelizmente a arte não é valorizada como deveria, são poucos recursos, incentivos e apoio. Já fui guitarri sta em uma banda evangélica tocava todo fim de semana, comecei a dar aulas nas igrejas e comecei a gostar de lecionar. Mas trabalho em um hospital no plantão noturno 3 vezes na semana e de dia dou aula de teoria musical e teclado em um projeto que dar assi stência à crianças e jovens, no Instituto Flordelis em São Gonçalo, nos finais de semana dou aula em duas igrejas evangélicas, além de dar aulas particulares. Uma definição de música para você:Uma das definições da música que eu mais aprecio é a frase: "música é a arte de expressar os sentimentos e vários afetos da alma, através dos sons". Finali zou me perguntando:Pare nessa hora e imagine o mundo sem música? Ela esta presente em todos os lugares e momentos; quem nunca chorou, se alegrou, sorriu, ouvindo uma música que marcou. 45
  • 47. FOTOS: Alunos na aula de violão O artista 46
  • 48. FONTES PESQUISADAS: João Marcos de Oliveira Moraes – Marquinhos Emanuela Moraes – Esposa Entrevista dia 27 de Abril de 2012 ás 21:19h VÍDEO PRODUZIDO: http://www.youtube.com/watch?v=XmFpNYsxiK0&feature=colike CARTÃO DE VISITA DESENVOLVIDO: TÍTULO: Arte/Oficio- Artesanato Sustentável AUTORIA: MARIA BEATRIZ AYELLO LEITE. Matrícula: 112095034 INTRODUÇÃO: O presente trabalho tem como objetivo contar a história de Zélia Pettinati Ayello, minha avó, que através do artesanato buscou superar os obstáculos e crescer interiormente usando e explorando a criatividade. Durante o processo de pesquisa e entrevista pude observar o desenvolvimento dos objetos, a maior capacidade de entender e agir com o que estava sendo trabalhado e o interesse em buscar a cada dia o aperfeiçoamento e preocupação ambiental. Fiquei surpreendida pelo fato de Zélia ter aprendido está arte apenas observando suas irmãs que tinham grande interesse em criar objetos de decoração. 47
  • 49. Está pintura foi a única feita por Zélia quando tinha cerca de 20 anos, que era a casa onde vivia. No dia da entrevista consegui localizar o local da casa e tirei uma fotografia de como se encontra na atualidade. Nota-se que não houve grandes mudanças e levando em conta que foi sua primeira pintura me impressionou bastante os detalhes da pintura. Minha avó contou que sentiu necessidade de iniciar algum tipo de trabalho depois que ficou viúva, então decidiu começar a pintar quadros já que sempre se interessou por este tema. Estes foram os primeiros quadros feitos por ela após ter objetivado se concentrar em algo e “tocar a vida”. Com o tempo decidiu criar outros objetos como caixas e vela s. 48
  • 50. Para estas criações contou com dicas de uma profissional e suas irmãs que a auxiliavam com as tintas e modelos. A caixa e o sabonete com a mesma estampa foram feitos usando flores do quintal como inspiração e a tampa da caixa teve como modelo guardanapos que sobraram de uma festa na qual ela estava presente. Para ter este aspecto quebradiço foi utilizado a verniz craquelê. Após estas criações Zélia decidiu todos os dias buscar novas idéias e começou a pesquisar via Internet modos para que suas criações não prejudicassem o meio ambiente. Foi assim que conseguiu encontrar um posto de reciclagem em Resende, cidade onde vive. Com isso, passou a levar os materiais que não tinham como ser reutilizados como papel, metal, potes de tinta para reciclar. Para a limpeza dos potes de tinta utilizava um solvente e após o processo levava o solvente usado para uma fábrica que fazia o recolhimento e novo uso para fabricação de seus produtos. Para realizar seu trabalho utiliza lixas, pincéis, panos, fita crepe, betume, tinta óleo, verniz craquelê, goma laca, laca chinesa, plantas, frutas, ente outros. Seu atual objetivo é conseguir o máximo de material em sua casa, em seu quintal, na rua. Este porta tesoura de cozinha, por exemplo, foi feito com caixas de madeira que não eram mais utilizadas. Assim, Zélia usou a madeira da caixa para servir como estrutura e fez seu formato com uma serra de bancada e uma lixa para deixar a superfície mais lisa. Os pontos coloridos e linhas foram feitos com o próprio pincel. 49
  • 51. A tampa desta caixa foi feita com papel laminado e para formar as flores e laços utilizou- se uma colher. O artesanato está presente na minha família há gerações, de aco rdo com minha avó o meu bisavô e tataravô eram artesãos na Itália. Na moradia de Zélia há várias esculturas e objetos feitos por parentes que foram auxiliados por ela a criar os projetos, muitos deles foram utilizados como inspiração para seus próprios tra balhos. Como estes quadros de vidro feito por minha tia, Geovanina Ayello. Esta obra realizada por meu falecido avô, Franscisco Ayello que tinha como objetivo usar os ladrilhos que restaram da piscina e formar uma espécie de árvore genealógica, ond e o “Z” representava Zélia e ele, os seis peixes brancos meus tios, mãe e os oito peixes azuis eu, meus primos e irmãos. O melhor conhecimento e o tempo que utilizei para conversar, observar e estudar o trabalho que minha avó realiza me ajudou muito a conhecer melhor e perceber o quanto ela é focada, profissional, determinada e atenciosa com o que faz. Fico feliz por Zélia ter encontrado uma atividade que se sinta bem em realizar e que haja concordado em participar desta experiência. Seus projetos são realizados com toda a concentração para que seja não só um objeto e sim que tenha sentimentos envolvidos e histórias para contar. 50
  • 52. FONTES PESQUISADAS: Entrevista informal com minha avó. FOLDER: TÍTULO: Oficio - Tapetes AUTORIA: IZABELE DE ALMEIDA PERALVA Matrícula: 112095049 INTRODUÇÃO: Esta entrevista tem como objetivo de apresentar a história de uma jovem chamada Ana Carla, que faz trabalhos artesanais com retalhos de pano que aprendeu com sua avó, e hoje ajuda seu pai que é caranguejeiro na renda familiar. HISTÓRICO: A entrevistada Ana Carla, não tem nenhum curso de artesanato, segundo ela, o aprendizado originou desde muito pequena junto com as primas observando como a avó fazia cada passo até o fim do trabalho. MATERIAL UTILIZADO: A jovem trabalha sozinha e utiliza tais materiais: Retalhos de Pano Duas varas de tricô – feitas de galho de goiabeira Tesoura 51
  • 53. RESULTADOS: Além do tapete, Ana Carla faz também jogo para banheiro, assento para sofá e capa para cabeceira de cama. Cada trabalho dura no máximo dois dias para ficar pronto, Em que cada peça grande custa R$ 20,00e cada peça pequena custa R$ 8,00 Com esse trabalho o lucro pode ser de até 60 reais por semana ou 300 reais por mês, que serve para auxiliar a família com gastos econômicos. CUIDADOS COM A SAÚDE: Qualquer trabalho artesanal que envolve panos e/ou tintas deve ter um cuidado especial, pois o contato direto com esses produtos podem desenvolver uma crise alérgica de tosse, e até mesmo uma doença chamada de Biossinose, que se não for tratada pode levar á bronquite crônica. “Devido a essas consequências é importante que o trabalhador artesanal, esteja usando uma máscara e tenha intervalos de pelo menos um ou dois dias sem realizar esse tipo de trabalho.” – Diz Ana Carla. CONCLUSÃO: Há muito tempo uma malharia na cidade de Magé com o nome de Cor Malha Indústria Comércio LTDA, fazia doações de retalhos das suas malhas para a avó de Ana Carla, que foi quem começou com o trabalho artesanal do tapete. Conforme seus netos foram crescendo, foram acompanhando os seus trabalhos e aprendendo como se faz. No ano de 2010 a avó da jovem faleceu, com isso, ela e outros membros da família continuaram o trabalho que aprenderam observando uma pessoa fazendo. “O trabalho ajuda na renda familiar, meu pai é caranguejeiro e não ganha muito e nem tem um bom lucro sempre, é um trabalho que depende da época do ano”. “Mas como meus trabalhos artesanais estão ajudando, as próximas gerações também vão aprender a fazer esse trabalho.” Garante a entrevistada. A jovem trabalha com esses artesanatos há um tempo e sem nenhum gasto como material auxilia o pai na renda familiar. FONTES PESQUISADAS: Foi realizada uma entrevista informal com a artesã e coleta dos dados. VÍDEO PRODUZIDO: http://youtu.be/6YZHW KuUNhw 52
  • 54. TÍTULO: Arte/Oficio - ARTE COM JORNAL AUTORIA:DAIANY DO NASCIMENTO FERREIRA Matrícula: 112095009 INTRODUÇÃO: O Rômulo de Jesus, de 34 anos, deficiente auditivo, realiza trabalhos com reaproveitamento de jornal, transformando -o em objetos através da arte em cestaria, cada peça tem a sua exclusividade. Cestos de roupas e lixeiras. Aprendeu a arte com jornal na Pestalozzi. Segundo sua mãe por ser deficiente auditivo, devido às dificuldades encontradas, iniciou sua vida escolar aos 16 anos. Foi quando iniciou o trabalho com jornal. A professora da Pestalozzi, Jane Costa, encontrou uns passos de cestaria em jornal numa revista e achou que conseguiria fazer. O que ela acha interessante é que ele não só aprendeu mais passou a fazer com excelência e começou a fazer em casa para vender. O Rômulo foi convidado para ir a Escola São Francisco pela Jane, pro fessora da Pestalozzi na época onde havia iniciado o ensino da Língua de sinais, LIBRAS, Língua própria da comunidade surda, com a professora Vládia de Lima Freitas Ferreira. Nesta escola o Rômulo continuou o trabalho com cestaria em jornal. A Escola São Francisco foi o lugar onde o Rômulo conseguiu divulgar ainda mais o sua Arte. O trabalho é realizado na oficina de Arte da Classe Especial, classe esta que hoje possui caráter transitório. Após a confecção é vendido pela escola e repassado o dinheiro para o Rômulo. MATERIAL NECESSÁRIO: Para realização dessa arte são necessários os seguintes materiais: jornal, cola, tesoura, verniz e tinta (optativo). Em relação as instalações físicas o mais importante é que no lugar onde ele esteja fazendo o trabalho tenha um apoio para montagem. Tendo os materiais em mãos, o primeiro passo para começar a realização da 53
  • 55. arte é fazer canudinhos com a folha de jornal. Depois de todos os canudinhos prontos começa a montagem. Terminando a montagem se passa cola e verniz (ou tinta) para finalizar o trabalho. VEJA PASSO A PASSO ABAIXO: Material utilizado: - Jornal - Cola - Tesoura - Verniz - Tinta (optativo) - Uma vasilha para molde.(opcional). MODO DE FAZER: 1)Corte a folha dupla de jornal em quatro partes. 2)Enrole as tiras de jornal até formar um canudo e cole. 54
  • 56. 3)Separe sete canudos de jornal para começar a trançar. Coloque na mesa quatro canudos (canudos 1 a 4), um ao lado do outro, com uma distância de aproximadamente 2 cm entre eles. 4)Pegue o canudo 5 e comece a trançar perpendicularmente aos out ros quatro, na porção central. Passe por cima do canudo 1, por baixo do canudo 2, por cima do canudo 3 e por baixo do canudo 4. - Pegue o canudo 6 e repita a operação, dessa vez começando por baixo do canudo 1, por cima do 2, por baixo do 3 e por cima do 4. - Trance o canudo 7 da mesma maneira que fez com o canudo 5. 5) Pegue uma das pontas do canudo 1 e comece a trançar, passando por baixo do canudo 2, por cima do 3, por baixo do 4, por cima do 5, por baixo do 6 e assim sucessivamente. 55