O documento discute mitos sobre o ensino de alunos com deficiência intelectual (DI), afirmando que seu desenvolvimento segue os mesmos processos de crianças sem DI, embora com especificidades, e que não devem receber apenas ensino simplificado. Também discute desafios como complexidade de conteúdos, falta de formação de professores e necessidade de avaliação adaptada para esses alunos.
1. Quebrar mitos...
• A criança com DI passa pelos mesmos
processos de desenvolvimento que a sem
deficiência?
• SIM! Porém, com especificidades e intensidades
diferenciadas expectativas do professor
• Devemos basear o ensino do aluno com DI
apenas em conhecimentos concretos ou
simplificados?
• NÃO! Basear o ensino desses alunos em
técnicas de memória e repetição simplificadas é
negar qualquer possibilidade da atuação dele
sobre o mundo e de suas possibilidades de
aprender.
2. Quebrar mitos...
• Devo utilizar da concepção de idade mental
X idade cronológica para fazer o
planejamento das atividades para o aluno
com DI?
• NÃO! Termo médico que não deve guiar a
educação dos alunos com DI. Desconsidera
os contextos vividos por cada um.
• O desenvolvimento da criança com DI é
pautado apenas nos aspectos biológicos?
• NÃO! Devemos considerar suas vivências e
oportunidades que lhes foram oferecidas.
3. Quebrar mitos...
• O aluno com DI deve ser incluído na escola
apenas para socializar ?
• NÃO! Os sistemas de ensino devem propiciar
acesso e permanência com aproveitamento
acadêmico a estes alunos.
• Devido as particularidades do aluno com DI
não devo avaliá-lo pois seria uma avaliação
apenas negativa?
• NÃO! Devemos sim avaliar tal aluno, porém,
com uma avaliação adaptada, que atenda
suas especificidades.
4. Dificuldades...
• A complexidade dos conteúdos aumenta
conforme aumenta o nível de escolaridade,
dificuldade para adequar os conteúdos se o
aluno está muito defasado importância de
se reforçar o trabalho de alfabetização com
tais alunos no início do EF.
• Quantidade excessiva de alunos na sala;
• Planejamento rígido que não permite
adequação e/ou flexibilização do tempo e
atividades propostas;
5. Dificuldades...
• O professor, por falta de formação e
informação crer que o aluno com DI não
pode ou pode menos aprender e se
desenvolver, e desta forma oferecer poucas
condições para que isso ocorra;
• Falta de apoio tanto no aspecto macro/micro:
sistemas de ensino, direção, coordenação da
escola ou família ;
• Falta de atendimentos especializados ou a
não frequência do aluno nos mesmos no
contraturno da escola;
7. Avaliação da Aprendizagem...
• A inclusão pode representar
exclusão sempre que a avaliação
for para classificar e rotular e as
decisões acerca dos resultados
levarem em conta parâmetros
comparativos e não as condições
próprias de cada aluno.
(HOFFMANN, 2009)
8. Avaliação da Aprendizagem...
• Os sistemas de ensino/escola devem ter a
preocupação em adequar os instrumentos de
avaliação para os alunos com DI.
• A escola deve lhe dirigir um olhar avaliativo
específico, único e não comparativo com o seu
grupo, mas sim, com ele mesmo verificando:
o quanto foi possível avançar;
quais os conhecimentos que foram apropriados;
sua forma de lidar com a escrita, a leitura, o
cálculo, o desenho, as representações, suas
expressões e as inúmeras manifestações de
conhecimento.
9. Avaliação da Aprendizagem...
• A definição de critérios e a elaboração de
indicadores podem se caracterizar como
elementos facilitadores para o professor;
• Cabe aos sistemas de ensino construir seus
próprios instrumentos e adequá-los de acordo
com sua realidade e necessidade, desta forma
estaria atendendo as propostas de um ensino
inclusivo.
10. Caminhos...
• Em pesquisa realizada por Valentim (2011)
constatou-se que os professores que possuem
alunos com DI em suas turmas regulares
carecem de formação, principalmente no que
diz respeito à prática pedagógica e avaliação
da aprendizagem relacionadas à deficiência
intelectual;
• A utilização de um referencial de avaliação
por tais professores propiciou uma avaliação
mais completa e positiva do aluno com DI,
apontado avanços, mesmo que singelos, na
aprendizagem dos mesmos;