1. DIIGO – marcadores sociais
Quando se aborda a questão das bibliotecas escolares, hodiernamente, é
imprescindivel pensar-se o enquadramento da Web 2.0 nas pràticas quotidianas,
construindo-se "bibliotecas hibridas" (Rodrigues & Carvalho, 2013: 5), em que
coexistem elementos perenes, o fundo documental impresso, com elementos que
addvêm do mundo virtual, sempre em rede, sempre em mutação, muito mais efémero
do que os documentos habituais das bibliotecas.
De facto, a construção de uma sociedade da informação, como se pensava no
final do século XX, uma sociedade do conhecimento, como foi pensada no inicio deste
milénio, ou uma sociedade cognoscente, como se projeta nos nossos dias, exige a
existëncia de uma rede de contactos, um fluir de informação apenas possivel com o
advento da Web 2.0. Instrumentos de comunicação como o Twitter, ou o Facebook
redimensionam possibilidades de trabalho.
Blogues, Youtube, Slidshare, entre outros, possibilitam a publicação de trabalhos
de todos os ramos de produção intelectual, seja cientifica, filosofica, literària, artistica,
que de outro modo, devido a contingências financeiras, falta de divulgação, nunca
seriam do conhecimento geral. Assim, a Web assume uma dimensão, absolutamente,
fabulosa de fonte de informação e de possibilidade de partilha, assumindo esta
responsabilidade de reescrita do conhecimento humano.
Como gerir toda esta informação, quer numa perspectiva de utilizador, que
organiza os seus ficheiros, as suas fontes de informação, agora encontradas nesse
imenso mundo virtual?
Uma possibilidade de organização foi-nos sugerida no âmbito da Ação de
Formação "Bibliotecas Web 2.0", com a exploração da ferramenta Diigo.
Este instrumento de trabalho permite a existência de um "arquivo" em linha de
sitios favoritos, sempre disponiveis, em qualquer hardware, sem estar dependente de
um computador pessoal.Neste sentido, o Diigo é um facilitador de acesso à
informação, imediatamente disponibilizada, desde que se tenha acesso à internet. A
recoleção de recursos armazenada nesta ferramenta pode ser partilhada em blogues,
ou noutras redes sociais, como o Facebook, permitindo uma acessibilidade enorme a
quem se socorra destas ferramentas para trabalhar.
A utilização do Diigo pode parecer, inicialmente, complicada, porque hà diversas
for,mas de ser utilizado, como descobri, depois de muitas horas à volta deste
instrumento: pode-se instalar na barra de ferramentas do computador um botão Diigo
e, quando se navega por diversas pàginas da internet, quando se estiver a consultar
algo de interesse, clica-se no botão Diigo; abre-se a barra de ferramentas e pode-se, no
momento, adicionar a pàgina em consulta ao conjunto dos nossos recursos pessoais.
Outra possibilidade, é adicionar-se os , a partir da nossa conta Diigo. Para isso, tem de
se ter o endereço da pàgina e ir adicionando, a partir do botão que existe na nossa
pàgina dos nossos recursos.
Dificuldades à parte, esta ferramenta possibilita a organização e sistematização
dos recursos que são fundamentais para o nosso trabalho, ou para o nosso lazer, ou
para as investigações que poderemos ter em mãos.
2. Como recurso para o trabalho no âmbito das bibliotecas escolares, é mais uma
ferramenta que alarga horizontes de trabalho e de conceito de biblioteca, numa era em
que começam a trabalhar na dimensão digital.
A Biblioteca Web 2.0, cada vez mais, recolhe fundos documentalis digitais, que
se devem gerir e enquadrar numa politica documental e num processo coerente de
desenvolvimento de coleção.
"A política e os procedimentos de gestão da coleção
digital devem estar integrados e ser coerentes com a política geral
de desenvolvimento da coleção da biblioteca, tendo em conta as
necessidades da comunidade que esta serve. Aliás, a adequação
da política documental das bibliotecas às características
(dimensão, composição, âmbito) da(s) comunidade(s) que devem
servir é o princípio básico de gestão de coleções, “tradicionais” ou
digitais, que deve nortear todas as decisões neste domínio. "
(Rodrigues & Carvalho, 2013: 6)
As bibliotecas "hibridas" deverão adaptar os procedimentos, de modo a que a orgânica
dos serviços sirva os utilizadores da melhor forma, seja acessivel a quem necessite dos seus
serviços, primando pela procura de qualidade.
O mundo atual exige a diversificação de ferramentas de trabalho, devido à
disseminação de recursos, de publicações, devido à velocidade e eficàcia das comunicações,
das quais a Web 2.0 é uma das principais responsàveis.
Num oceano de informação, hà que sistematizar, para otimizar. Neste sentido, as
bibliotecas poderão recorreràs novas ferramentas, também, proporcionadas pela Web 2.0,
como o Diigo, ou o Library Thing, explorados nesta ação de formação. De facto, a facilidade de
utilização destas ferramentas, os tutoriais que estão disponibilizados em linha, a faciliade de
acesso a essa informação, fazem destas ferramentas auxiliares eficazes e eficientes para as
equipas de trabalho das bibliotecas:
"As ferramentas tradicionais exigem
conhecimentos e/ou formação prévia para a sua utilização, e
por isso apenas são usadas pelos profissionais das bibliotecas,
implicam um investimento de tempo (variável, mas geralmente
significativo) de trabalho humano para a descrição/
organização de cada recurso, e por isso são dificilmente
aplicáveis a coleções de grandes dimensões ou com um caráter
dinâmico. Pelo contrário, as novas ferramentas apresentam um
funcionamento relativamente simples, não exigem uma
aprendizagem prolongada e requerem (tendencialmente) menos
tempo de trabalho para a descrição/ organização de cada
recurso. Por tudo isto, podem ser usadas por todas as pessoas,
podendo transformar qualquer utilizador da biblioteca num
colaborador na gestão, organização e descrição da coleção
digitall." (Rodrigues & Carvalho, 2013: 20)
3. Como utilizar o Diigo nas bibliotecas escolares? Terà vantagens a sua utilização?
Respondendo à segunda questão, a possibilidade de se definirem conjuntos de
recursos, de acordo com os interesses e necessidades dos utilizadores é uma forma de
se efetivar com maior eficàcia o trabalho de pesquisa e, mesmo de lazer, aumentando
a eficiência da utilização dos recursos fisicos das bibliotecas escolares. A escolha dos
favoritos e a sua disponibilização em rede, criando-se comunidades de utilizadores,
entre os diversos publicos das bibliotecas escolares, permite uma economia de tempo,
uma menor dispersão, em termos dos objetivos a atingir com a utilização da Web.
Como motivar para a sua utilização? Uma das principais estratégias serà a
disponibilização de tutoriais que ensinem a sua utilização; por outro lado, é
imprescindivel a divulgação destes instrumentos de trabalho nas publicações da escola,
jornal escolar, pàgina da escola, blogue da biblioteca, Facebook; outra possibilidade, é
a instalação das barras de ferramentas do Diigo em todos os computadores,
permitindo que cada utilizador também possa elaborar a sua propria lista de favoritos.
Todas estas possibilidades de utilização do Diigo são viàveis, fàceis, eficientes.
Desde que as bibliotecas assumem a sua dimensão Web 2.0, ferramentas como o Diigo,
Lybrary Thing, Facebook, blogues têm toda a pertinência de existirem, assim como se
deverà começar a pensar, com toda a urgência, nos fundos documentais digitais,
porque o futuro é ontem e o conhecimento e a informação são viagens sem regresso.
Rosa Barros da Costa
Viana do Alentejo, 5/05/2013
Webibliografia
PORTUGAL. Ministério da Educação e Ciência. Gabinete da Rede Bibliotecas Escolares.
Portal RBE: Gestão e Organização da Coleção Digital [Em linha]. Lisboa: RBE, actual.
10-04-2013. [Consult. 05-05-2013] Disponível em WWW: <URL:
http://www.rbe.mec.pt/np4/871 .html>
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