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Centro de Competência de Ciências Exactas e da Engenharia
       Disciplina: Combinatória – Fundamentos e Aplicações
                    Docente: Teresa Gouveia
          Discente: Raquel Camacho; Número: 2030305




Os Números de Euler (ou

 números Eulerianos)




                            Funchal
                             2011
Números de Euler ou Números Eulerianos

   Os números de Euler (ou Eulerianos) permitem contar o número de permutações de n
elementos com k ascendentes.
Nota 1: Uma permutação é um rearranjo de uma lista ordenada de elementos.

   Ao olharmos atentamente para a descrição feita anteriormente, pode surgir a dúvida
sobre o termo “ascendente”. Para melhor compreendermos este conceito, suponhamos
que π = ( π1 , π 2 , π3 ,..., π n ) é uma permutação de {1, 2,3,..., n} . Dizemos que o índice i,

com 1 ≤ i < n , é um ascendente da permutação π se πi < πi+1 .


Exemplo1:
Consideremos o conjunto {1, 2,3} .


   a) Determine as permutações de {1, 2,3} .

   Facilmente conseguimos descobrir as diferentes permutações deste conjunto,
   combinando todos os elementos em todas as posições possíveis:
       (1, 2,3)                                            ( 2,3,1)
       (1,3, 2 )                                           ( 3,1, 2 )
       ( 2,1,3)                                            ( 3, 2,1)

   b) Das permutações encontradas, indique quantas têm apenas um ascendente.
   Para determinarmos o número de ascendentes de cada uma das permutações, temos
   de comparar os elementos dois a dois, tendo o cuidado de comparar um elemento
   sempre com o seu sucessor. Para descobrir o número de ascendentes deveremos
   sempre fazer a questão “Será que este elemento é menor do que este elemento?”. Se
   a resposta for positiva, então estamos perante um ascendente.


   Analisemos, pois, cada uma das permutações, assumindo cada uma das permutações
   como π = ( π1 , π 2 , π3 ) :

          Para π = (1, 2,3)

                   π1 π2 π3


                                                                                               1
Vamos, então, comparar o 1 com o 2, fazendo a questão “Será que 1 é menor do que
2?” A resposta é obviamente positiva. Logo, temos que π1 < π2 ⇔ 1 < 2 →
Verdadeiro.
Vamos agora comparar o 2 com o 3, questionando “Será que 2 é menor do que 3?”.
A resposta é positiva, logo temos que π2 < π3 ⇔ 2 < 3 → Verdadeiro.
Logo, esta permutação tem dois ascendentes, pois obtivemos duas respostas
verdadeiras. Estes ascendentes são i = 1 e i = 2 .

        Para π = (1, 3, 2 )

Repetiremos o processo elaborado anteriormente, comparando os elementos dois a
dois:
   π1 < π2 ⇔ 1 < 3 → Verdadeiro

   π2 < π3 ⇔ 3 < 2 → Falso
Logo, esta permutação tem apenas um ascendente, pois só obtivemos uma condição
verdadeira. Este ascendente é i = 1 .

        Para π = ( 2,1, 3) :

   π1 < π2 ⇔ 2 < 1 → Falso

   π2 < π3 ⇔ 1 < 3 → Verdadeiro
Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição
verdadeira. Este ascendente é i = 2 .

        Para π = ( 2,3,1) :

   π1 < π2 ⇔ 2 < 3 → Verdadeiro

   π2 < π3 ⇔ 3 < 1 → Falso
Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição
verdadeira. Este ascendente é i = 1 .

        Para π = ( 3,1, 2 ) :

   π1 < π2 ⇔ 3 < 1 → Falso

   π2 < π3 ⇔ 1 < 2 → Verdadeiro
Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição
verdadeira. Este ascendente é i = 2 .
                                                                              2
Para π = ( 3, 2,1) :

      π1 < π2 ⇔ 3 < 2 → Falso

      π2 < π3 ⇔ 2 < 1 → Falso
   Logo, esta permutação não tem ascendentes, pois não obtivemos condições
   verdadeiras.

   Respondendo à questão, podemos concluir que quatro permutações de {1, 2,3} têm

   apenas um ascendente.


   No entanto, quando trabalhamos com permutações surge um outro termo quando
comparamos os elementos da permutação dois a dois. Já vimos o que é e como
identificar um ascendente, mas também podemos pensar no caso contrário. Se em vez
de perguntarmos “Será que este elemento é menor do que este?”, perguntarmos “Será
que este elemento é maior do que este?” estamos a falar de descendentes.
   Ainda nesta linha das permutações surgem outros termos relacionados com a posição
que cada elemento da permutação ocupa: os excedentes e os excedentes fracos.


   Podemos, portanto, definir cada um destes termos para o caso geral:


   Suponhamos que π = ( π1 , π 2 , π3 ,..., π n ) é uma permutação de {1, 2,3,..., n} .

   Dizemos que o índice i, com 1 ≤ i < n , é um ascendente da permutação π se
πi < πi+1.

   Um descendente da permutação π é o índice i com 1 ≤ i < n , tal que πi > πi+1 .

   O índice i, com 1 ≤ i ≤ n , é um excedente da permutação π se πi > i . Enquanto o

índice i, com 1 ≤ i ≤ n , diz-se um excedente fraco da permutação π se πi ≥ i .




   Agora que sabemos como definir cada um destes conceitos, podemos completar uma
tabela com esses dados, referentes ao Exemplo 1:




                                                                                          3
Nº de
                            Nº de         Nº de            Nº de
    Permutação                                                                excedentes
                         ascendentes   descendentes      excedentes
                                                                                fracos
      (1, 2,3)               2               0                   0                 3
      (1,3, 2 )              1               1                   1                  2
      ( 2,1,3)               1               1                   1                  2
      ( 2,3,1)               1               1                   2                  2
      ( 3,1, 2 )             1               1                   1                  1
      ( 3, 2,1)              0               2                   1                  2

Nota 2: No caso dos excedentes, pode surgir alguma dúvida sobre como foram obtidos
estes valores. Por isso, mostraremos como foi obtido o valor para a permutação
π = (1, 3, 2 ) , já que para as outras permutações o processo é o mesmo.

   Para ser excedente da permutação tem de verificar πi > i , com 1 ≤ i ≤ 3 (porque

n = 3 ), portanto:
   π1 > 1 ⇔ 1 > 1 → Falso

   π2 > 2 ⇔ 3 > 2 → Verdadeiro

   π3 > 3 ⇔ 2 > 3 → Falso

   Então, esta permutação de {1, 2,3} tem apenas um excedente. Este excedente é i = 2 .

Nota 3: No caso dos excedentes fracos, procedemos da mesma forma que no caso dos
excedentes, tendo apenas em atenção que para ser excedente fraco de uma permutação
tem de verificar πi ≥ i , com 1 ≤ i ≤ 3 (já que, no exemplo dado, n = 3 ).


   A partir da tabela podemos responder a perguntas simples como: Quantas
permutações de {1, 2,3} têm apenas um ascendente? Quantas permutações de {1, 2,3}

têm um descendente? Quantas permutações de {1, 2,3} têm apenas um excedente? E, por

fim, quantas permutações de {1, 2,3} têm apenas dois excedente fracos?

   A resposta a estas questões é quatro permutações.
   A partir da análise da tabela, podemos facilmente chegar a uma conclusão: se
determinarmos        o   número   de   permutações    com    k       ascendentes,   saberemos
automaticamente o número de permutações com k descendentes, com k excedentes e
com k + 1 excedentes fracos.

                                                                                           4
Por exemplo, analisando a tabela, podemos responder às questões:
   Quantas permutações têm exactamente dois ascendentes? Uma.
   Quantas permutações têm exactamente dois descendentes? Uma.
   Quantas permutações têm exactamente dois excedentes? Uma.
   Quantas permutações têm exactamente três excedentes fracos? Uma.
                                                ( k + 1 = 2 + 1)
                                                       Nº de ascendentes


   Assim, se tivermos um conjunto com n permutações com k ascendentes, sabemos
que esse conjunto terá n permutações com k descendentes, n permutações com k
excedentes e n permutações com k + 1 excedentes fracos.

   O exemplo que trabalhámos anteriormente é bastante simples e perfeitamente
exequível aplicando este método de análise directa de cada uma das permutações,
verificando o número de ascendentes, descendentes, excedentes e excedentes fracos de
cada uma delas. No entanto, existem casos em que se torna moroso determinar todas as
permutações        do   conjunto       e,   consequentemente,       determinar   os   ascendentes,
descendentes, excedentes e excedentes fracos torna-se numa tarefa extremamente
ingrata.
   Nestes casos (como veremos de seguida), será útil utilizarmos os Números de Euler
neste processo de encontrar o número de permutações com um determinado número de
ascendentes. E, como vimos anteriormente, a partir do cálculo do número de
permutações com k ascendentes, poderemos saber o número de permutações com k
descendentes, com k excedentes e com k + 1 excedentes fracos.


   Como já vimos anteriormente, o número de Euler é o número de permutações de
{1, 2,3,..., n}   com exactamente k ascendentes. O número de Euler pode ser representado

                      n
por E ( n, k ) ou       ,
                      k


Como determinar os números de Euler?

Podemos determinar os números de Euler, recorrendo à seguinte fórmula:


                                       n          i  n + 1
                                             k
                        E ( n, k ) =     = ∑ ( −1)        (k +1− i) , n ≥ 1
                                                                     n

                                       k   i =0      i 
                                                                                                5
Existem, ainda, algumas propriedades relativas aos números de Euler, que facilitam o
  seu cálculo:
                 n     n
          i)       =      =1 , n ≥1
                 0   n −1

                 n     n
          ii)      =               , n ≥1
                 k   n −1− k

                 n            n −1            n −1
          iii)     = ( k + 1)      + (n − k )      , n ≥1
                 k              k             k −1


      Veremos, agora, um exemplo em que a utilização dos números de Euler é bastante
  útil.


  Exemplo 2:
  Determine o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com:


      a) um único ascendente;
      Se utilizássemos o método utilizado no Exemplo 1, teríamos de determinar todas as
      permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} , o que é bastante moroso.

      Utilizando os números de Euler, temos apenas de recorrer, por exemplo, à fórmula da
      propriedade iii). Neste caso, sabemos que n = 6 (número de elementos do conjunto)
      e k = 1 (número de ascendentes):
                               n        6                6 −1                6 −1
                                    =       = (1 + 1)           + ( 6 − 1)
                               k        1                  1                 1−1
                                                  5         5
                                            =2        +5
                                                 1          0
                                                         =1, pela propriedade i)


                                           5 −1                     5 −1 
                               = 2 (1 + 1)             + ( 5 − 1)
Voltamos a utilizar a
                                                                          +5
propriedade iii)                             1                      1−1 
                                    4         4              4          4
                               = 2 2      +4           +5= 4   +8+5 = 4   + 13
                                    1         0              1          1
                                                 =1, pela propriedade i)



                                                                                        6
        4 −1                4 −1 
                           = 4 (1 + 1)       + ( 4 − 1)
Voltamos a utilizar a
                                                                  + 13
propriedade iii)                         1                 1−1 
                                3        3                3                   3
                           = 4 2      +3     + 13 = 8         + 12 + 13 = 8       + 25
                                1        0                1                   1

                                            =1, pela propriedade i)


                                      3 −1                3 −1 
                          = 8 (1 + 1)        + ( 3 − 1)
Voltamos a utilizar a
                                                                 + 25
propriedade iii)                        1                 1−1 
                               2         2   
                          = 8 2      +2       + 25 = 16 + 16 + 25 = 57
                               1         0   
                                =1, pela propriedade i)

        Existem 57 permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com apenas um ascendente.


        b) exactamente quatro ascendentes;
        Pela propriedade ii) temos que:
                                          n     n
                                            =               , n ≥1
                                          k   n −1− k

        Então,
                                          6      6      6
                                            =         =   .
                                          4   6 −1− 4   1


        Quer isto dizer que o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com um ascendente é

        igual ao número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com quatro ascendentes.

                                                 6             6   6                       6
        Como calculámos na alínea anterior         = 57 e como   =   , então                 = 57 .
                                                 1             1   4                       4

        Logo, existem 57 permutações de           {1, 2, 3, 4,5, 6}   com, exactamente, quatro

        ascendentes.


        c) exactamente dois excedentes;



                                                                                                 7
Como já vimos, os números de Euler também podem ser utilizados para calcular o
número de permutações com k excedentes.

Para resolver esta alínea vamos utilizar a fórmula
                                       n          i  n + 1
                                             k
                        E ( n, k ) =     = ∑ ( −1)        (k +1− i) , n ≥ 1
                                                                     n

                                       k   i =0      i 
Nota 4: Poderíamos continuar a utilizar a fórmula da propriedade iii).

                               6          i  6 + 1
                                     2
                E ( 6, 2 ) =     = ∑ ( −1)        (2 +1− i) =
                                                             6

                               2   i =0      i 
                       0 7                 1 7                2 7
                = ( −1)   ( 3 − 0 ) + ( −1)   ( 3 − 1) + ( −1)   ( 3 − 2 ) =
                                     6                    6                     6

                         0                   1                   2
                    7! 6 7! 6           7! 6
                =      3 −       2 +        1 =
                  0!7!      1!6!       2!5!

                = 729 − 448 + 21 = 302

Portanto, existem 302 permutações de                   {1, 2, 3, 4,5, 6} com,   exactamente, dois

excedentes.


d) exactamente dois descendentes;
                                   n
Reparemos que E ( n, k ) =              é o número de permutações com k ascendentes ou o
                                   k
número de permutações com k descendentes ou o número de permutações com k
excedentes ou, ainda, o número de permutações com k + 1 excedentes fracos. Assim,
para calcular o número de permutações com exactamente dois descendentes,
                         6
podemos calcular           .
                         2

                                             6
Na alínea anterior, vimos que                  = 302. Logo, existem 302 permutações de
                                             2

{1, 2, 3, 4,5, 6}   com, exactamente, dois descendentes.


e) seis excedentes fracos.




                                                                                               8
n
  Como já vimos, E ( n, k ) =       é o número de permutações com k + 1 excedentes
                                k

  fracos. Portanto, para determinar o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com seis

  excedentes fracos, temos de pensar qual será o valor de k. Para isso basta reparar que
   k + 1 terá de ser, necessariamente, igual a 6, já que este é o número de excedentes
  fracos. Portanto, k + 1 = 6 ⇔ k = 5 .


  Assim, para determinarmos o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com seis

  excedentes fracos, basta calcularmos
                                      n   6   6
                                        =   =   =1
                                      k   5   0
                                      pela propriedade i)

  Portanto, existe apenas uma permutação de         {1, 2, 3, 4,5, 6}   com seis excedentes

  fracos. Também podemos reparar que só existe uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6}

                                                 6
  com apenas um excedente fraco, já que            = 1 . Verificamos que neste caso k
                                                 0
  (número de ascendentes) é 0, logo o número de excedentes fracos será
   k + 1 = 0 + 1 = 1 . Assim, existe apenas uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} que não tem

  ascendentes e uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} que tem apenas um excedente fraco.


Deste modo, verificámos a importância da utilização dos números de Euler. Sem este
método, seria quase impossível determinar o número de permutações de um
determinado conjunto com um certo número de ascendentes, descendentes, excedentes e
excedentes fracos.


O método utilizado no Exemplo 1 é prático apenas para conjuntos pequenos, onde
podemos facilmente determinar todas as suas permutações. Quando passamos para
conjuntos maiores, este método torna-se quase impraticável, o que nos leva aos
Números de Euler, já que é um método muito mais prático e de fácil utilização.




                                                                                         9

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Números de Euler: contando permutações com ascendentes

  • 1. Centro de Competência de Ciências Exactas e da Engenharia Disciplina: Combinatória – Fundamentos e Aplicações Docente: Teresa Gouveia Discente: Raquel Camacho; Número: 2030305 Os Números de Euler (ou números Eulerianos) Funchal 2011
  • 2. Números de Euler ou Números Eulerianos Os números de Euler (ou Eulerianos) permitem contar o número de permutações de n elementos com k ascendentes. Nota 1: Uma permutação é um rearranjo de uma lista ordenada de elementos. Ao olharmos atentamente para a descrição feita anteriormente, pode surgir a dúvida sobre o termo “ascendente”. Para melhor compreendermos este conceito, suponhamos que π = ( π1 , π 2 , π3 ,..., π n ) é uma permutação de {1, 2,3,..., n} . Dizemos que o índice i, com 1 ≤ i < n , é um ascendente da permutação π se πi < πi+1 . Exemplo1: Consideremos o conjunto {1, 2,3} . a) Determine as permutações de {1, 2,3} . Facilmente conseguimos descobrir as diferentes permutações deste conjunto, combinando todos os elementos em todas as posições possíveis: (1, 2,3) ( 2,3,1) (1,3, 2 ) ( 3,1, 2 ) ( 2,1,3) ( 3, 2,1) b) Das permutações encontradas, indique quantas têm apenas um ascendente. Para determinarmos o número de ascendentes de cada uma das permutações, temos de comparar os elementos dois a dois, tendo o cuidado de comparar um elemento sempre com o seu sucessor. Para descobrir o número de ascendentes deveremos sempre fazer a questão “Será que este elemento é menor do que este elemento?”. Se a resposta for positiva, então estamos perante um ascendente. Analisemos, pois, cada uma das permutações, assumindo cada uma das permutações como π = ( π1 , π 2 , π3 ) : Para π = (1, 2,3) π1 π2 π3 1
  • 3. Vamos, então, comparar o 1 com o 2, fazendo a questão “Será que 1 é menor do que 2?” A resposta é obviamente positiva. Logo, temos que π1 < π2 ⇔ 1 < 2 → Verdadeiro. Vamos agora comparar o 2 com o 3, questionando “Será que 2 é menor do que 3?”. A resposta é positiva, logo temos que π2 < π3 ⇔ 2 < 3 → Verdadeiro. Logo, esta permutação tem dois ascendentes, pois obtivemos duas respostas verdadeiras. Estes ascendentes são i = 1 e i = 2 . Para π = (1, 3, 2 ) Repetiremos o processo elaborado anteriormente, comparando os elementos dois a dois: π1 < π2 ⇔ 1 < 3 → Verdadeiro π2 < π3 ⇔ 3 < 2 → Falso Logo, esta permutação tem apenas um ascendente, pois só obtivemos uma condição verdadeira. Este ascendente é i = 1 . Para π = ( 2,1, 3) : π1 < π2 ⇔ 2 < 1 → Falso π2 < π3 ⇔ 1 < 3 → Verdadeiro Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição verdadeira. Este ascendente é i = 2 . Para π = ( 2,3,1) : π1 < π2 ⇔ 2 < 3 → Verdadeiro π2 < π3 ⇔ 3 < 1 → Falso Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição verdadeira. Este ascendente é i = 1 . Para π = ( 3,1, 2 ) : π1 < π2 ⇔ 3 < 1 → Falso π2 < π3 ⇔ 1 < 2 → Verdadeiro Logo, esta permutação tem um ascendente, pois só obtivemos uma condição verdadeira. Este ascendente é i = 2 . 2
  • 4. Para π = ( 3, 2,1) : π1 < π2 ⇔ 3 < 2 → Falso π2 < π3 ⇔ 2 < 1 → Falso Logo, esta permutação não tem ascendentes, pois não obtivemos condições verdadeiras. Respondendo à questão, podemos concluir que quatro permutações de {1, 2,3} têm apenas um ascendente. No entanto, quando trabalhamos com permutações surge um outro termo quando comparamos os elementos da permutação dois a dois. Já vimos o que é e como identificar um ascendente, mas também podemos pensar no caso contrário. Se em vez de perguntarmos “Será que este elemento é menor do que este?”, perguntarmos “Será que este elemento é maior do que este?” estamos a falar de descendentes. Ainda nesta linha das permutações surgem outros termos relacionados com a posição que cada elemento da permutação ocupa: os excedentes e os excedentes fracos. Podemos, portanto, definir cada um destes termos para o caso geral: Suponhamos que π = ( π1 , π 2 , π3 ,..., π n ) é uma permutação de {1, 2,3,..., n} . Dizemos que o índice i, com 1 ≤ i < n , é um ascendente da permutação π se πi < πi+1. Um descendente da permutação π é o índice i com 1 ≤ i < n , tal que πi > πi+1 . O índice i, com 1 ≤ i ≤ n , é um excedente da permutação π se πi > i . Enquanto o índice i, com 1 ≤ i ≤ n , diz-se um excedente fraco da permutação π se πi ≥ i . Agora que sabemos como definir cada um destes conceitos, podemos completar uma tabela com esses dados, referentes ao Exemplo 1: 3
  • 5. Nº de Nº de Nº de Nº de Permutação excedentes ascendentes descendentes excedentes fracos (1, 2,3) 2 0 0 3 (1,3, 2 ) 1 1 1 2 ( 2,1,3) 1 1 1 2 ( 2,3,1) 1 1 2 2 ( 3,1, 2 ) 1 1 1 1 ( 3, 2,1) 0 2 1 2 Nota 2: No caso dos excedentes, pode surgir alguma dúvida sobre como foram obtidos estes valores. Por isso, mostraremos como foi obtido o valor para a permutação π = (1, 3, 2 ) , já que para as outras permutações o processo é o mesmo. Para ser excedente da permutação tem de verificar πi > i , com 1 ≤ i ≤ 3 (porque n = 3 ), portanto: π1 > 1 ⇔ 1 > 1 → Falso π2 > 2 ⇔ 3 > 2 → Verdadeiro π3 > 3 ⇔ 2 > 3 → Falso Então, esta permutação de {1, 2,3} tem apenas um excedente. Este excedente é i = 2 . Nota 3: No caso dos excedentes fracos, procedemos da mesma forma que no caso dos excedentes, tendo apenas em atenção que para ser excedente fraco de uma permutação tem de verificar πi ≥ i , com 1 ≤ i ≤ 3 (já que, no exemplo dado, n = 3 ). A partir da tabela podemos responder a perguntas simples como: Quantas permutações de {1, 2,3} têm apenas um ascendente? Quantas permutações de {1, 2,3} têm um descendente? Quantas permutações de {1, 2,3} têm apenas um excedente? E, por fim, quantas permutações de {1, 2,3} têm apenas dois excedente fracos? A resposta a estas questões é quatro permutações. A partir da análise da tabela, podemos facilmente chegar a uma conclusão: se determinarmos o número de permutações com k ascendentes, saberemos automaticamente o número de permutações com k descendentes, com k excedentes e com k + 1 excedentes fracos. 4
  • 6. Por exemplo, analisando a tabela, podemos responder às questões: Quantas permutações têm exactamente dois ascendentes? Uma. Quantas permutações têm exactamente dois descendentes? Uma. Quantas permutações têm exactamente dois excedentes? Uma. Quantas permutações têm exactamente três excedentes fracos? Uma. ( k + 1 = 2 + 1) Nº de ascendentes Assim, se tivermos um conjunto com n permutações com k ascendentes, sabemos que esse conjunto terá n permutações com k descendentes, n permutações com k excedentes e n permutações com k + 1 excedentes fracos. O exemplo que trabalhámos anteriormente é bastante simples e perfeitamente exequível aplicando este método de análise directa de cada uma das permutações, verificando o número de ascendentes, descendentes, excedentes e excedentes fracos de cada uma delas. No entanto, existem casos em que se torna moroso determinar todas as permutações do conjunto e, consequentemente, determinar os ascendentes, descendentes, excedentes e excedentes fracos torna-se numa tarefa extremamente ingrata. Nestes casos (como veremos de seguida), será útil utilizarmos os Números de Euler neste processo de encontrar o número de permutações com um determinado número de ascendentes. E, como vimos anteriormente, a partir do cálculo do número de permutações com k ascendentes, poderemos saber o número de permutações com k descendentes, com k excedentes e com k + 1 excedentes fracos. Como já vimos anteriormente, o número de Euler é o número de permutações de {1, 2,3,..., n} com exactamente k ascendentes. O número de Euler pode ser representado n por E ( n, k ) ou , k Como determinar os números de Euler? Podemos determinar os números de Euler, recorrendo à seguinte fórmula: n i  n + 1 k E ( n, k ) = = ∑ ( −1)  (k +1− i) , n ≥ 1 n k i =0  i  5
  • 7. Existem, ainda, algumas propriedades relativas aos números de Euler, que facilitam o seu cálculo: n n i) = =1 , n ≥1 0 n −1 n n ii) = , n ≥1 k n −1− k n n −1 n −1 iii) = ( k + 1) + (n − k ) , n ≥1 k k k −1 Veremos, agora, um exemplo em que a utilização dos números de Euler é bastante útil. Exemplo 2: Determine o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com: a) um único ascendente; Se utilizássemos o método utilizado no Exemplo 1, teríamos de determinar todas as permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} , o que é bastante moroso. Utilizando os números de Euler, temos apenas de recorrer, por exemplo, à fórmula da propriedade iii). Neste caso, sabemos que n = 6 (número de elementos do conjunto) e k = 1 (número de ascendentes): n 6 6 −1 6 −1 = = (1 + 1) + ( 6 − 1) k 1 1 1−1 5 5 =2 +5 1 0 =1, pela propriedade i)  5 −1 5 −1  = 2 (1 + 1) + ( 5 − 1) Voltamos a utilizar a +5 propriedade iii)  1 1−1   4 4  4 4 = 2 2 +4 +5= 4 +8+5 = 4 + 13  1 0  1 1 =1, pela propriedade i) 6
  • 8. 4 −1 4 −1  = 4 (1 + 1) + ( 4 − 1) Voltamos a utilizar a  + 13 propriedade iii)  1 1−1   3 3  3 3 = 4 2 +3  + 13 = 8 + 12 + 13 = 8 + 25  1 0  1 1 =1, pela propriedade i)  3 −1 3 −1  = 8 (1 + 1) + ( 3 − 1) Voltamos a utilizar a  + 25 propriedade iii)  1 1−1   2 2  = 8 2 +2  + 25 = 16 + 16 + 25 = 57  1 0  =1, pela propriedade i) Existem 57 permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com apenas um ascendente. b) exactamente quatro ascendentes; Pela propriedade ii) temos que: n n = , n ≥1 k n −1− k Então, 6 6 6 = = . 4 6 −1− 4 1 Quer isto dizer que o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com um ascendente é igual ao número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com quatro ascendentes. 6 6 6 6 Como calculámos na alínea anterior = 57 e como = , então = 57 . 1 1 4 4 Logo, existem 57 permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com, exactamente, quatro ascendentes. c) exactamente dois excedentes; 7
  • 9. Como já vimos, os números de Euler também podem ser utilizados para calcular o número de permutações com k excedentes. Para resolver esta alínea vamos utilizar a fórmula n i  n + 1 k E ( n, k ) = = ∑ ( −1)  (k +1− i) , n ≥ 1 n k i =0  i  Nota 4: Poderíamos continuar a utilizar a fórmula da propriedade iii). 6 i  6 + 1 2 E ( 6, 2 ) = = ∑ ( −1)  (2 +1− i) = 6 2 i =0  i  0 7 1 7 2 7 = ( −1)   ( 3 − 0 ) + ( −1)   ( 3 − 1) + ( −1)   ( 3 − 2 ) = 6 6 6 0 1   2 7! 6 7! 6 7! 6 = 3 − 2 + 1 = 0!7! 1!6! 2!5! = 729 − 448 + 21 = 302 Portanto, existem 302 permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com, exactamente, dois excedentes. d) exactamente dois descendentes; n Reparemos que E ( n, k ) = é o número de permutações com k ascendentes ou o k número de permutações com k descendentes ou o número de permutações com k excedentes ou, ainda, o número de permutações com k + 1 excedentes fracos. Assim, para calcular o número de permutações com exactamente dois descendentes, 6 podemos calcular . 2 6 Na alínea anterior, vimos que = 302. Logo, existem 302 permutações de 2 {1, 2, 3, 4,5, 6} com, exactamente, dois descendentes. e) seis excedentes fracos. 8
  • 10. n Como já vimos, E ( n, k ) = é o número de permutações com k + 1 excedentes k fracos. Portanto, para determinar o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com seis excedentes fracos, temos de pensar qual será o valor de k. Para isso basta reparar que k + 1 terá de ser, necessariamente, igual a 6, já que este é o número de excedentes fracos. Portanto, k + 1 = 6 ⇔ k = 5 . Assim, para determinarmos o número de permutações de {1, 2, 3, 4,5, 6} com seis excedentes fracos, basta calcularmos n 6 6 = = =1 k 5 0 pela propriedade i) Portanto, existe apenas uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} com seis excedentes fracos. Também podemos reparar que só existe uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} 6 com apenas um excedente fraco, já que = 1 . Verificamos que neste caso k 0 (número de ascendentes) é 0, logo o número de excedentes fracos será k + 1 = 0 + 1 = 1 . Assim, existe apenas uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} que não tem ascendentes e uma permutação de {1, 2, 3, 4,5, 6} que tem apenas um excedente fraco. Deste modo, verificámos a importância da utilização dos números de Euler. Sem este método, seria quase impossível determinar o número de permutações de um determinado conjunto com um certo número de ascendentes, descendentes, excedentes e excedentes fracos. O método utilizado no Exemplo 1 é prático apenas para conjuntos pequenos, onde podemos facilmente determinar todas as suas permutações. Quando passamos para conjuntos maiores, este método torna-se quase impraticável, o que nos leva aos Números de Euler, já que é um método muito mais prático e de fácil utilização. 9