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Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
2

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
3

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
Editorial

4

Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Editora:
Cristiane Barão – MTb 31.814
Jornalista Responsável:
Carla Rossini - MTb 39.788
Projeto gráfico e
Diagramação:
Rafael H. Mermejo
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues - MTb 55.115
Marília F. Palaveri
Rafael H. Mermejo
Foto Capa: Divulgação CTC
Comercial e Publicidade:
(16) 3946-3311 - Ramal: 2008
comercial@revistacanavieiros.com.br
atendimento@revistacanavieiros.com.br
Impressão:
São Francisco Gráfica e Editora Ltda
Tiragem:
11.000 exemplares
ISSN:
1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados
e fornecedores do Sistema Copercana,
Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista
é autorizada, desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Dr. Pio Dufles, 532
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680
Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)
www.revistacanavieiros.com.br

“Disposição e entusiasmo

É

o que deseja o presidente
da Canaoeste, Manoel Ortolan, para os produtores de
cana no próximo ano: “disposição
e entusiasmo para enfrentar os desafios”. Ele assina o Ponto de Vista
de dezembro.
A entrevista do mês é com o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, que faz um balanço
da safra 2010/11 e uma previsão para
o próximo ciclo. Segundo ele, por
conta do clima e das condições dos
canaviais, a safra atual no Centro-Sul
deve fechar próxima dos 560 milhões
de toneladas, marca distante das
595,8 milhões estimadas em abril.
No entanto, a demanda por etanol e
açúcar estará aquecida no próximo
ano, sinalizando bons preços.
A Reportagem de Capa traz o lançamento comercial de duas variedades de cana-de-açúcar do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). As
variedades CTC 21 e CTC 22 foram
apresentadas no início de dezembro
no Brasil Canashow, em Ribeirão
Preto, que contou com a participação
de representantes de usinas e associações de fornecedores de cana associados ao centro de pesquisa.
O Destaque deste mês é o lançamento da Uniceise (Universidade
Corporativa do Setor Sucroenergético), uma iniciativa do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor
Sucroenergético) e do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração), com o apoio institucional
da Unica e da Orplana.
Nas páginas da Copercana o leitor
vai saber sobre a reunião com proRC

www.twitter.com/canavieiros
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
redacao@revistacanavieiros.com.br

em 2011”

dutores rurais realizada em Frutal
(MG). O objetivo do encontro foi
apresentar a cooperativa e também
informações técnicas aos produtores. Também ficará sabendo sobre
a participação da Copercana no 1º
Workshop de Comunicação com Cooperativas promovido pela Basf, nos
dias 14 e 15 de dezembro, e sobre o
encontro sobre amendoim realizado
pela Funep (Fundação de Apoio a
Pesquisa, Ensino e Extensão), ligada
à Unesp de Jaboticabal.
O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi homenageado como
“personalidade dos plantadores de
cana” e o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, como
“personalidade do cooperativismo”
no 8º Prêmio Visão da Agroindústria no último dia 25 de novembro,
no Espaço Golf, em Ribeirão Preto.
Cerca de 300 convidados participaram do evento. Todas as informações
sobre o prêmio estão nas páginas da
Canaoeste.
Na seção Pragas e Doenças a Canavieiros traz a Ferrugem Alaranjada, uma doença que foi descoberta
nos canaviais do Brasil em dezembro
de 2009. Para falar sobre o assunto,
entrevistamos Adhair Ricci Júnior,
especialista em tecnologia do CTC
(Centro de Tecnologia Canavieira).
O Artigo Técnico deste mês é “Manejo da época de corte do canavial
por idade e ambientes de produção”,
assinado por especialistas do CTC.
O leitor também vai conferir as
informações setoriais com o assessor
técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dica de leitura e os classificados.

Boa leitura!
Conselho Editorial
5

Ano V - Edição 54 - Dezembro de 2010

Índice:

Capa - 22
CTC lança duas variedades de
cana: CTC 21 e CTC 22
6ª geração de cana-deaçúcar; com elevada precocidade e alto teor de sacarose, são recomendadas para
manejo de início de safra

E mais:
Circular Consecana
.................página 13

06 - Entrevista
Antonio de Padua Rodrigues
diretor técnico da Unica
Balanço da safra

Destaque
.................página 15

08 - Ponto de
Vista

Pragas e Doenças
.................página 16

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Presidente da Canaoeste
Balanço e perspectivas para o produtor de cana

Informações Setoriais
.................página 26

10 - Notícias Copercana
- Copercana participa do encontro sobre Amendoim
- Copercana participa do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas da BASF
- Copercana e Syngenta realizam reunião com produtores

14 - Notícias Canaoeste

Artigo Técnico
.................página 28

- Canaoeste e Copercana recebem troféus do 8º prêmio Visão da Agroindústria

18 - Notícias Sicoob Cocred

Cultura

- Balancete Mensal

.................página 32

28 - Artigo Tecnico
- Manejo da época de corte do
canavial por idade e ambientes
de produção
Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista
em Tecnologia Agroindustrial
Mauro Sampaio Benedini – Gerente Regional
Fornecedores
CTC - Centro de Tecnologia Canavieira

Agende-se
.................página 34

Classificados
.................página 34

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
6

Entrevista com:

Antonio de Padua Rodrigues
Carla Rossini

O diretor técnico da Unica,
Antonio de Padua Rodrigues, faz um balanço da
safra 2010/11 e uma previsão para o próximo ciclo.
Segundo ele, por conta do
clima e das condições dos
canaviais, a safra atual no
Centro-Sul deve fechar próxima dos 560 milhões de
toneladas, marca distante
das 595,8 milhões estimadas em abril. No entanto,
a demanda por etanol e
açúcar estará aquecida no
próximo ano, sinalizando
bons preços.

Balanço da safra
Canavieiros: De forma geral, como
podemos classificar a safra 2010/2011?
Antonio de Padua Rodrigues: Estamos vivendo safras muito diferentes.
A safra anterior foi uma safra muito
chuvosa, uma safra muito produtiva do
ponto de vista agrícola e de baixa concentração do teor de sacarose. Tivemos
muitos dias parados, que fizeram com
que ficasse muita cana em pé, que ficou
para ser colhida nessa safra. Já a safra
2010/11 teve uma condição totalmente diferente. Havia uma expectativa
de crescimento razoável em cana-deaçúcar, mas o clima seco de maio até
setembro fez com que tivéssemos uma
quebra de produtividade de quase 10%.
Isso acabou anulando todo o crescimento da oferta de cana que nós tínhamos
como expectativa.
Canavieiros: E em relação aos preços?
Padua: Em contrapartida à redução

“...dos últimos anos,
esta foi a primeira safra em que o setor veio
com uma remuneração
que cobre os custos de
produção, proporcionado principalmente pelo
mercado de açúcar.”
na produção, o ATR voltou a crescer 11,
12 kg por tonelada. Dos últimos anos,
esta foi a primeira safra em que o setor
veio com uma remuneração que cobre
os custos de produção, proporcionado
principalmente pelo mercado de açúcar.
Isso trouxe um equilíbrio às empresas,
ao capital de giro. O crédito voltou, as
empresas foram menos dependentes de
ofertar o etanol no mercado. Com isso,
também o etanol passou a ter um pre-

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

ço remunerador, ou seja, nós crescemos
aquilo que esperávamos, mas o mercado foi muito mais regulado, muito mais
ajustado e isso proporcionou níveis de
preços satisfatórios à atividade.
Canavieiros: A atual safra fechará
em quanto?
Padua: A queda na disponibilidade
de matéria-prima foi tão grande que o
volume de cana processado até o momento (início de dezembro) é praticamente o mesmo observado em toda a
safra passada. Portanto, o crescimento
da moagem na atual safra será determinado pela pouca cana a ser processada
nas próximas quinzenas. Nesse cenário
de queda de produtividade, final precoce de safra em muitas regiões e início
das chuvas de final de ano, será muito
difícil atingirmos 560 milhões de toneladas de cana processadas na região
Centro-Sul.
7
Canavieiros:
“...o fato de estar- de vista de merA quebra de procado positiva pormos com canavial
dução se deu
que o potencial da
exclusivamente
demanda cresce
envelhecido - com
pelo fator clima?
um canavial aonde muito mais do que
Padua: Eu diria
a oferta. O Estaque sim. Ele pode mais de 40% da área do de São Paulo,
até ter sido agravado são cortes com mais principal Estado
em algumas regiões
produtor, provade quatro ciclos – e velmente terá um
pela falta de um cultivo adequado. Eu
com poucas chuvas, contingente de
diria que o fato de
cana menor ainda
isso ajudou a derestarmos com cado que nessa sarubar ainda mais (a fra. Quer dizer, o
navial envelhecido
- com um canavial
clima afetou tamprodução).”
aonde mais de 40%
bém a próxima
da área são cortes
safra, principalcom mais de quatro ciclos – e com poucas mente nas áreas que foram colhidas
chuvas, isso ajudou a derrubar ainda mais no início de safra. Evidentemente terá
(a produção). Então, foi uma combinação crescimento em outros Estados como
de clima com canavial envelhecido.
Goiás e Mato Grosso do Sul, Paraná
e Minas. O mercado de açúcar contiCanavieiros: Foi uma safra mais nuará aquecido e o Brasil continuará
alcooleira?
vendendo mais de 3 milhões de veíPadua: No Brasil, a safra sempre culos flex.
será mais alcooleira. Nós vamos destinar mais de 55% da cana para o etanol
Canavieiros: As usinas deverão
e 45% para açúcar. Evidentemente, se encerrar a moagem quando?
comparada à safra anterior, o açúcar
Padua: Estimamos que 297 unicresceu mais relativamente do que o dades tenham finalizado a safra até o
etanol.
final de dezembro e, na entressafra, o
número de usinas em operação deve
Canavieiros: O que esperar da sa- ficar abaixo de 20% do número obfra 2011/2012?
servado no mesmo período da safra
Padua: É uma safra de um ponto 2009/2010.

Os números até
dezembro
No acumulado do início da safra no
Centro-Sul até dezembro, a moagem
de cana totalizou 543,67 milhões de
toneladas, um crescimento de 8,86%
em relação as 499,40 milhões de toneladas verificadas no mesmo período
de 2009. Porém, na segunda quinzena de novembro, a moagem ficou em
18,40 milhões de toneladas, uma queda de 27,95% em relação ao mesmo
período do ano anterior quando foram
processadas 25,54 milhões de toneladas. Reflexo direto da disponibilidade
de matéria-prima e do número de usinas que já encerraram a safra.
A quantidade de Açúcares Totais
Recuperáveis (ATR) atingiu 131,61
kg por tonelada de cana-de-açúcar na
segunda quinzena de novembro, 6,53
kg inferior ao valor obtido nos primeiros 15 dias do mesmo mês. No acumulado desde o início da safra, a concentração de ATR aumentou 7,35%
relativamente ao mesmo período de
2009, totalizando 141,64 kg por tonelada de matéria-prima.
Devido a essa recuperação na qualidade da matéria-prima, o incremento
na quantidade total de produtos nesta
safra deverá ser superior ao crescimento da moagem de cana.
Até o final da segunda quinzena de
novembro, foram processadas 77,00
milhões de toneladas de ATR, valor
16,87% superior aquele observado no
mesmo período de 2009.
No acumulado desde o início da
safra 2010/2011, a produção de açúcar totalizou 33,02 milhões de toneladas, enquanto a de etanol alcançou
24,72 bilhões de litros, crescimento
de 14,04% comparado ao mesmo
período de 2009. Do total produzido de etanol, 17,51 bilhões de litros
foram de etanol hidratado e 7,21 de
etanol anidro. RC

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
8

Ponto de Vista

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

Balanço e perspectivas
para o produtor de cana

P

ara quem vive da agricultura, nenhum ano é igual ao outro. Além
de todos os fatores que influenciam o nosso negócio - como as questões de mercado, de câmbio, de renda –
há também aqueles sobre os quais não
há qualquer forma de controle, como
as variáveis climáticas. Dos mil e nove
foi marcado pela chuva. Dois mil e dez
pela estiagem.
Isso provocou alteração no ritmo da
colheita – no ano passado houve atraso
na moagem, enquanto a atual safra foi
acelerada – e também impactou os canaviais. Houve uma queda sensível na
produtividade agrícola no Centro-Sul,
segundo o CTC (Centro de Tecnologia
Canavieira): em novembro a redução foi
de 18,71% em relação ao mesmo período
de 2009. No acumulado até dezembro, a
quebra foi de 7,26%.
No final das contas, a safra deve fechar abaixo das estimativas. Dificilmente
o Centro-Sul atingirá 560 milhões de toneladas de cana processadas. A primeira
estimativa divulgada pela Unica em abril
apontava para uma safra de 595,8 milhões/ton, revisada em agosto para 570,1
milhões/ton. A safra passada fechou em
541,9 milhões/ton.
De qualquer forma, o balanço do ano
acaba sendo positivo em razão da recuperação dos preços. Por conta da baixa
nos estoques mundiais ocasionada por
problemas climáticos nos principais
países produtores, as cotações do açúcar bateram recorde neste ano e a demanda interna aquecida também elevou
o etanol a preços razoáveis. Por tabela, a
cana deve fechar a safra com preços melhores do que nos anos anteriores.
Esse cenário sinaliza boas perspectivas em termos de remuneração para uma
nova safra que deverá começar mais tarde – abril ou maio -, sem cana bisada e
com percentual de renovação dos canaviais acima da média. Ou seja, quem ti-

ver cana disponível terá bons preços. Isso
reforça o que sempre temos dito aos fornecedores: é preciso cuidar do canavial
de forma permanente, tanto na bonança
como no período das vacas magras.
Outro ponto positivo deste ano para
o associativismo e para o setor como
um todo foi o ingresso de novas associações de fornecedores à Orplana.
Isso fortalece a representatividade dos
produtores de cana e dá mais peso à
classe nas mesas de negociações. A Orplana termina o ano com 34 associadas
e representando aproximadamente 18
mil fornecedores de cana.
As associações e cooperativas também conseguiram neste ano garantir boa
representatividade política na Assembleia Legislativa de São Paulo e no Congresso Nacional com a eleição e reeleição dos candidatos alinhados ao setor. As
associações, assim como a Canaoeste, se
movimentaram para apoiar essas candidaturas, já que há assuntos importantes e
de interesse a serem discutidos.
Entre eles podemos destacar a reformulação do Código Florestal, que está
em compasso de espera para ser votado
pela Câmara dos Deputados. O primeiro
passo foi dado em julho, com a aprovação do relatório na Comissão Especial
criada para analisar a proposta. Também
neste caso as associações participaram
ativamente do processo de discussão na
comissão e agora pressionam pela rápida
tramitação do projeto.
Outra preocupação deste final de ano
para as associações, além da necessidade
de reformulação da legislação ambiental, é a atualização do sistema Consecana, que define os parâmetros para o
pagamento da matéria-prima. A última
revisão foi em 2006, retroativa à safra
2005/06. A discussão segue com dificuldades de entendimento entre as partes, o
que poderá trazer problemas para que a
implantação ocorra no próximo ano.

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

Para a Canaoeste, em particular, este
ano de 2010 também foi positivo. Demos continuidade à meta de crescimento
da associação para as áreas de expansão
dentro da nossa região de abrangência,
mantivemos nossos quadros de técnicos
e colaboradores, estivemos presentes nos
eventos do setor e participamos ativamente do processo de discussão de temas
relevantes para o produtor de cana.
E se a entidade segue vigorosa e como
uma das mais importantes associações
de fornecedores de cana do mundo, isso
se deve ao apoio recebido dos seus associados, que tanto tem nos dado ânimo
e força para prosseguirmos em nosso
trabalho. Assim, ao término de mais um
ano, temos de retribuir todo o estímulo e
agradecer a confiança de todos os nossos
associados e colaboradores.
Desejamos também um Natal repleto de paz e harmonia e um Ano Novo
de muita disposição e entusiasmo para
enfrentar os desafios que teremos pela
frente. Com certeza, nossa união será o
principal combustível que nos levará ao
alcance das soluções necessárias. RC
*presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste
do Estado de São Paulo)
9

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
10

Notícias Copercana

Copercana participa do encontro sobre
Amendoim
Da Redação

A

Realizado em Jaboticabal, evento reuniu representantes da cadeia produtiva

Funep (Fundação de Apoio a
Pesquisa, Ensino e Extensão),
ligada à Unesp de Jaboticabal,
realizou nos dias 25 e 26 de novembro, o
VII Encontro sobre a Cultura do Amendoim. O evento foi realizado na sede da
universidade e contou com a presença de
produtores, pesquisadores, estudantes,
profissionais, representantes de municípios e cooperativas que estão envolvidos
com a cultura do amendoim. Vários temas foram abordados, entre eles o mercado atual do grão, perspectivas para o
futuro, plantio direto, nutrição e adubação e uso de maturadores. Um dos destaques do evento foi a preocupação do setor com o futuro do amendoim na região
de Sertãozinho, principalmente em áreas
de renovação de cana-de-açúcar.
O gerente da Uname (Unidade de
Grãos da Copercana), Augusto César
Strini Paixão, participou do evento

como palestrante e abordou o tema “A
cultura do amendoim sob a perspectiva
da Copercana”. Durante sua apresentação, Paixão fez um resumo do Projeto
Amendoim da cooperativa, que está
sendo realizado com muito sucesso
pela quinta safra consecutiva. Ele também comentou sobre a significativa diminuição da área plantada com amendoim na região ao longo das safras. “Se
não houver uma parceria com as usinas

no fornecimento de áreas para o plantio
de amendoim, a cultura corre o risco de
acabar na região”, disse.
Após a apresentação, o gerente da
Uname participou de um debate com representantes dos principais municípios
produtores do Estado e usinas, em que
foi discutida a importância da cultura
para os municípios e a preocupação com
o futuro da cultura. RC

Copercana participa do 1º Workshop de
Comunicação com Cooperativas da BASF
Da redação

A

Copercana participou do 1º
Workshop de Comunicação
com Cooperativas promovido pela Basf, nos dias 14 e 15 de
dezembro. A iniciativa da empresa
de agroquímicos teve como objetivo
principal estreitar o relacionamento
com as cooperativas, discutir ideias
e trocar informações relacionadas à
comunicação.
Participaram do evento gestores em
comunicação das cooperativas Copercana – que foi representada pela jornalista Carla Rossini -, Coamo, Lar, Batavo, Coplana, Comigo, Coopercitrus,
Contrijal e Alfa.
No primeiro dia de evento, a programação incluiu uma visita ao complexo
químico da Basf, localizado em Guaratinguetá, onde os visitantes conheceram

o projeto Mata Viva, laboratórios e assistiram palestras.
Já no segundo dia, após as palestras, debates e trocas de experiências, para encerrar a programação do
Workshop, os participantes visitaram
a redação do Jornal Valor Econômico,
onde foram recebidos pelo editor de

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

agronegócios, Fernando Lopes.
“A ideia da Basf de reunir gestores
em comunicação foi muito boa e permitiu que experiências fossem trocadas entre os participantes. A programação e o
atendimento da equipe da Basf também
foram excelentes. Criamos um grupo
muito integrado”, disse Carla.RC
11

Copercana e Syngenta realizam reunião
com produtores
Carla Rossini

A reunião aconteceu em Frutal e contou com o apoio da Associação dos Produtores de Cana do Rio Grande

A

Copercana realizou em novembro uma reunião com
produtores rurais da cidade
de Frutal (MG). O objetivo do encontro foi apresentar a cooperativa
e também informações técnicas aos
produtores.
A reunião de Frutal foi realizada
na Loja Maçônica da cidade, em parceria com a empresa Syngenta e com
o apoio da Associação de Fornecedores de Cana do Rio Grande (APROVALE) e, contou com a presença de
aproximadamente, cem pessoas.
Na ocasião, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, fez uma
explanação sobre a cooperativa e o
representante da Syngenta, Claucio
Gaspareto, falou sobre o controle de
plantas daninhas e de cigarrinhas das
raízes utilizando as tecnologias da
empresa. Além do diretor da Copercana, também participaram do encontro o gerente de Compras, Ricardo
Meloni, e os funcionários da cooperativa em Frutal, Marcos de Felício e
Jaime Ribeiro Júnior.

Para o diretor da Copercana, Pedro
Bighetti este tipo de evento aproxima
a cooperativa dos produtores. “Nosso
objetivo é estar cada vez mais perto do

produtor rural e colocar a sua disposição a nossa rede de produtos e serviços”, disse Bighetti. RC

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
12

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
Notícias Canaoeste

Consecana

A

13

CIRCULAR Nº 12/10
DATA: 30 de novembro de 2010

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o
mês de NOVEMBRO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de NOVEMBRO, referente à Safra 2010/2011,
é de R$ 0,3677.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a novembro e acumulados até NOVEMBRO, são
apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado
externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a novembro e acumulados até
NOVEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes:

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
14

Notícias Canaoeste

Canaoeste e Copercana recebem troféus
do 8º prêmio Visão da Agroindústria

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, e Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e
Sicoob Cocred também foram homenageados

O

presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi homenageado
como “personalidade dos plantadores de cana” e o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, como
“personalidade do cooperativismo” no 8º
Prêmio Visão da Agroindústria no último
dia 25 de novembro, no Espaço Golf, em
Ribeirão Preto. Cerca de 300 convidados
participaram do evento.
O prêmio foi entregue a personalidades
de destaque em todos os elos da cadeia sucroenergética. Na entrega, Ortolan também
representou o presidente da Copercana,
que não pode estar presente na solenidade.
Ele também recebeu os troféus
pela Canaoeste como “destaque em

pesquisa e desenvolvimento” e pela
Copercana
como
“destaque na comercialização
de
fertilizantes”.
A indicação das
empresas e usinas
foi feita com base
em uma pesquisa
realizada pela AR
Empreendimentos
e foi supervisionada pelo GEGIS
(Grupo de Estudos
de Gestão Industrial do Setor Sucroalcooleiro), que conta com mais de
120 usinas como associadas. O even-

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

Manoel Ortolan recebe o trofeu das mãos
de Alex Ramos, organizador do evento

to teve o apoio de entidades como a
Esalq, Simespi, Coplacana, CeiseBr
e Orplana. RC
15

Destaque

Para resolver o gargalo da mão-de-obra
Da redação

Iniciativas como a Uniceise, lançada no dia 10, e o Renovação, buscam suprir a necessidade de
profissionais qualificados para a expansão do setor sucroenergético

A

oferta de mão-de-obra qualificada transformou-se em um gargalo para a maior parte dos ramos
da atividade econômica brasileira. Para a
cadeia sucroenergética o cenário não é diferente. Além da expansão do setor, o que
naturalmente aquece as contratações, um
outro aspecto deve ser considerado: com o
aumento da mecanização no campo, se faz
necessária a requalificação dos trabalhadores ocupados com o corte manual da cana.
A iniciativa privada já atua nessa direção. Um dos exemplos é o projeto Renovação, desenvolvido pela Unica, com o
apoio de empresas e do BID (Banco Interamericano), iniciado em fevereiro deste ano. O objetivo é treinar e qualificar
7.000 pessoas por ano em seis regiões do
Estado, entre elas a de Ribeirão Preto.
No último dia 17, por exemplo, mais
de 400 trabalhadores da região receberam os certificados de conclusão para os
cursos de eletricista industrial, eletricista
instalador, caldeireiro, torneiro mecânico,
soldador e tratorista. Até o final deste mês
outros 600 devem ser diplomados nas regiões de Araraquara e Barra Bonita.
No entanto, a qualificação é necessária
em todos os níveis. Neste sentido, no último dia 10, no Centro de Eventos Zanini, em
Sertãozinho, foi lançada a Uniceise (Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético), uma iniciativa do Ceise Br (Centro

Público presente

Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético) e do Inepad (Instituto de Ensino e
Pesquisa em Administração), com o apoio
institucional da Unica e da Orplana.
Serão desenvolvidos programas de
extensão direcionados a atender demandas técnicas de formação, MBAs, cursos gerenciais temáticos com nível Latu
Sensu e um Programa For Presidentes,
voltado exclusivamente a presidentes,
vice-presidentes e diretores de empresas
do setor de bioenergia.
De acordo com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que participou do
lançamento, a Uniceise é um avanço im-

portante para o setor sucroenergético e
também para o setor industrial da região.
“No passado, os problemas no Brasil
eram o desemprego e a falta de oportunidade. Hoje estamos com um problema
um pouco diverso, que é a possibilidade
de se abrirem vagas, para as quais não
tem gente preparada”, disse.
Segundo o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, que também participou
da solenidade, a Uniceise é um passo importante na solução de uma das travas do
setor. “A universidade é uma espécie de
socorro ao setor, já que há necessidade
de qualificar e requalificar mão-de-obra
em todos os níveis”, disse. RC

Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste),
Wagner Rossi (Ministro da Agricultura) e
Ismael Perina Jr. (presidente da Orplana)

Durante o evento Wagner Rossi recebeu
homenagem do CeiseBR

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
16

Pragas e Doenças

Ferrugem Alaranjada:
perigo aos canaviais
Carla Rossini

ferrugem alaranjada (Puccinia
Kueehni) foi descoberta nos canaviais do Brasil em dezembro
de 2009. A constatação de que a doença
estava presente em canaviais da região
de Araraquara, interior paulista, foi
divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Deste
período para cá, os produtores de cana
brasileiros estão em estado de alerta.

“Apesar de muitos estudos estarem
sendo realizados, o período ainda é
muito curto para se ter todas as informações sobre a doença”, alerta Adhair
Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC (Centro de Tecnologia
Canavieira). Confira a entrevista que
Ricci concedeu à Canavieiros:
Revista Canavieiros: O que significa dizer que a ferrugem alaranjada é
influenciada pelo ambiente?
Adhair Ricci Júnior: Quando se diz
que a ferrugem alaranjada é influenciada pelo ambiente significa que variáveis ambientais ou climáticas, como
umidade relativa do ar, precipitação
e temperatura, afetam o desenvolvi-

mento da doença. Já foi observado que
em temperaturas médias entre 17ºC e
24ºC e umidade relativa do ar acima
de 90% são condições favoráveis para
germinação dos esporos do fungo. Entretanto, é necessário período de oito
horas para ocorrer o processo. Embora a germinação dos esporos, isoladamente, não seja fator condicionante de
ocorrência de doenças foliares, existe
similaridade entre locais ou ambientes favoráveis à germinação de esporos com a severidade da ocorrência da
doença. Em épocas chuvosas durante
o verão, quando a temperatura média
noturna e a umidade relativa são altas,
o ambiente torna-se favorável para a
germinação dos esporos da ferrugem
alaranjada e conseqüentemente ocorre
um aumento na ocorrência da doença.
Durante o inverno, o momento com
temperatura adequada à germinação
dos esporos não coincide com a hora
do dia em que a umidade relativa do ar
é mais alta, ocasionando a diminuição
da incidência da doença.
Revista Canavieiros: Em quais
Estados brasileiros foi constatada a
doença? No Estado de São Paulo, em
quais regiões?
Ricci: A doença já foi constatada
nos seguintes Estados brasileiros: São
Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul.
No Estado de São Paulo já foi observada em todas as regiões onde a cana-deaçúcar é cultivada.
Revista Canavieiros: Há como o
produtor rural prevenir seu canavial
da doença?
Ricci: A melhor maneira de um agricultor se prevenir contra esta doença é
plantando variedades resistentes.

Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC

Foto: Divulgação CTC

A

Umidade e temperaturas altas favorecem a ocorrência da doença

Revista Canavieiros: Diante de um
canavial já infestado com a ferru-

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

gem, como o produtor de cana deve
proceder?
Ricci: Infelizmente, não há muitas
alternativas para produtor. Se a incidência da doença for muito severa, o
mais indicado é reformar o canavial
após a colheita, utilizando uma variedade resistente. O controle químico
pode ser uma alternativa se utilizado
na fase inicial de estabelecimento da
doença, preventivamente.
Revista Canavieiros: O que o senhor pode dizer sobre a eficácia do
controle com fungicida. É viável?
17
Ricci: O controle da doença com
fungicidas pode ser eficiente se aplicado de maneira preventiva, isto é, antes
que a doença atinja níveis de danos no
canavial. Sabe-se que uma ou duas aplicações de fungicida dificilmente serão
suficientes para obtenção de um bom
controle e este método representa um
custo adicional. Só deve ser considerado quando a reforma do canavial não
pode ser efetuada e onde a previsão de
recuperação do canavial for suficiente
para cobrir os custos do produto e da
aplicação, com uma margem de contribuição.
Revista Canavieiros: Economicamente falando, quais são os danos
que a doença pode causar?
Ricci: Neste primeiro ano de convivência com esta doença no Brasil,
foram observadas perdas variando de
15% a 30% na produção agrícola (toneladas de cana por hectare) e de até
20% na produção industrial (toneladas
de açúcar por hectare) nas variedades
mais suscetíveis. RC

Fonte: CTC

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
18

Notícias Sicoob Cocred

Balancete Mensal

COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO
INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - NOVEMBRO/2010

Valores em Reais

ATIVO

CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
DISPONIBILIDADES
Caixa
Depósitos Bancários
APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ
Aplicações em Depósitos Interfinanceiros
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
Livres
Vínculados a Prestação de Garantias
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
Direitos Junto a Participantes de Sistemas de Liquidação
Centralização Financeira - Cooperativas
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Empréstimos e Títulos Descontados
Financiamentos
Financiamentos Rurais e Agroindustriais
(-) Prov.p/Empr.e Títulos Descontados
(-) Prov.p/Financiamentos
(-)Prov.p/Fin.Rurais e Agroindustriais
OUTROS CRÉDITOS
Avais e Fianças Honrados
Rendas a Receber
Negociação e Intermediação de Valores
Diversos
(-) Provisão para Outros Créditos
OUTROS VALORES E BENS
Outros Valores e Bens
Despesas Antecipadas
PERMANENTE
INVESTIMENTOS
Participações em Coligadas e Controladas
Ações e Cotas
Outros
IMOBILIZADO DE USO
Imobilizações em Curso
Imóveis de Uso
Instalações, Móveis e Equipamentos de Uso
Outros
DIFERIDO
Gastos de Organização e Expansão
INTANGÍVEL
Ativos Intangíveis
COMPENSAÇÃO
COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS
CUSTÓDIA DE VALORES
COBRANÇA
NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES
CONTROLE
CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO S

TOTAL GERAL DO ATIVO

PASSIVO
CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
DEPÓSITOS
Depósitos à Vista
Depósitos Sob Av iso
Depósitos a Prazo
Outros Depósitos
OBRIGAÇÕES POR OPERAÇÕES COMPROMISSADAS
Carteira Própria
REC.ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOB. HIPOTEC. E DEBÊNTURES
Obrigações por Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio
RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS
Obrigações junto a Participantes de Sistemas de Liquidação
RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS
Recursos em Trânsito de Terceiros
OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES
Empréstimos no País - Instituições Oficiais
Empréstimos no País - Outras Instituições Oficiais
Repasses do País-Instituições Oficiais
INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS
Mercados Futuros-Ajustes Diários-Passivo
OUTRAS OBRIGAÇÕES
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados
Sociais e Estatutárias
Fiscais e Previdenciárias
Diversas
RESULTADOS EXERCÍCIOS FUTUROS
RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Receitas de Exercícios Futuros
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Cotas-País
Reserva de Lucros
Sobras ou Perdas Acumuladas
CONTAS DE RESULTADOS CREDORAS
RECEITAS OPERACIONAIS
Rendas de Operações de Crédito
Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Rendas c/ Tít.Valores Mobil. e Instr.Financ.
Rendas de Prestação de Serviços
Rendas de Participações
Outras Receitas Operacionais
RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
Lucros em Transações com Valores e Bens
Outras Receitas Não Operacionais
CONTAS DE RESULTADOS DEVEDORAS
DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas de Captação
Despesas de Obrigações por Empr. E Repasses
Desp.c/ Tít.Val.Mob. e Intr.Financ.Derivativos
Despesas Administrativas
Aprovisionamento e Ajustes Patrimoniais
Outras Despesas Operacionais
DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
Outras Despesas Não Operacionais
Prejuízos em Transações com Valores e Bens
APURAÇÃO DE RESULTADO
Imposto de Renda
COMPENSAÇÃO
COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS
CUSTÓDIA DE VALORES
COBRANÇA
NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES
CONTROLE
CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO S

TOTAL GERAL DO PASSIVO

SERTÃOZINHO/SP, 30 DE NOVEMBRO/2010

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

886.030.343,15
7.159.176,76
6.862.070,94
297.105,82
12.332.494,28
12.332.494,28
274.596.483,12
244.647.944,48
29.948.538,64
42.090.862,09
42.090.862,09
442.977.525,35
174.286.571,72
3.109.747,74
288.338.940,47
(13.065.276,28)
(23.955,15)
(9.668.503,15)
96.227.076,39
11.472,95
211.140,75
105.317.077,41
(9.312.614,72)
10.646.725,16
10.621.139,20
25.585,96
29.948.020,08
24.243.356,01
24.238.941,41
4.414,60
3.132.119,97
1.820.596,44
1.311.523,53
1.926.544,07
1.926.544,07
646.000,03
646.000,03
3.506.746.382,94
23.477.671,40
20.732.249,82
64.717.074,47
2.875.624.957,32
522.194.429,93

4.422.724.746,17

694.414.483,62
422.779.294,68
79.174.429,14
31.084.211,85
312.418.041,24
102.612,45
9.438.427,15
9.438.427,15
6.732,29
6.732,29
215.378.322,47
3.918.549,27
211.459.773,20
46.811.707,03
71.924,54
7.281.983,07
501.686,03
38.956.113,39
115.364,28
115.364,28
115.364,28
210.530.491,96
210.530.491,96
114.689.426,84
86.604.653,00
9.236.412,12
57.030.824,96
57.012.029,57
27.507.065,74
2.411.626,63
1.360.123,44
1.200.567,26
24.532.646,50
18.795,39
18.795,39
(46.112.801,59)
(46.083.655,59)
(12.740.009,85)
(7.099.501,98)
(31.886,97)
(10.779.319,83)
(14.306.182,50)
(1.126.754,46)
(3.126,74)
(3.126,74)
(26.019,26)
(26.019,26)
3.506.746.382,94
23.477.671,40
20.732.249,82
64.717.074,47
2.875.624.957,32
522.194.429,93

4.422.724.746,17
19

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
20

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
21

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
CTC lança duas variedades de cana:
CTC 21 e CTC 22

Fotos: Divulgação CTC

22

Carla Rossini

F

6ª geração de cana-de-açúcar; com elevada precocidade
e alto teor de sacarose, são recomendadas para manejo de início de safra

oram lançadas comercialmente
as duas variedades de cana-deaçúcar do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). As variedades
CTC 21 e CTC 22 foram apresentadas no início de dezembro no Brasil
Canashow, em Ribeirão Preto, que
contou com a participação de representantes de usinas e associações de
fornecedores de cana associados ao
centro de pesquisa.
A CTC 21 e CTC 22 formam a
6ª geração de variedades lançadas
desde 2005 pelo CTC. Segundo o
diretor superintendente do CTC,
Nilson Zaramella Boeta, a obtenção
das novas variedades segue a linha
de atender aos diversos ambientes
de produção encontrados no Brasil,
inclusive os mais restritivos. “Nos
últimos anos, investimos na abertura de pólos regionais de pesquisas,
em áreas estratégicas do cultivo da
cana-de-açúcar”, explicou o diretor.
Ainda segundo Boeta, antes da liberação para cultivo, as variedades CTC
21 e CTC 22 foram testadas para todas
as variáveis agronômicas e industriais.
“As novas variedades foram avaliadas
com todos os detalhes técnicos por 25
empresas associadas, que representam
os ambientes edafoclimáticos da cultura no Brasil”, concluiu.
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do CTC, Tadeu Andrade, destacou que as duas novas variedades são

Equipe da Canaoeste que esteve presente no evento

de elevada precocidade, com alto teor
de sacarose, recomendadas para manejo no início da safra, com colheita até
os meses de julho e agosto. Ambas também apresentam, segundo ele, resistência às ferrugens marrom e alaranjada,
ao carvão e ao mosaico, à escaldadura
e ao amarelecimento.
Em relação à broca da cana, segundo Andrade, as variedades mostram
resistência intermediária. “Durante os
processos de hibridação, seleção e ensaios de competição, CTC 21 e CTC 22
foram comparadas às principais variedades hoje utilizadas no setor e registraram indicadores superiores de produtividade agrícola, teor de sacarose e
resistência a doenças”, ressaltou.

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

Já o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento, Arnaldo Raizer, salientou que as duas novas variedades
adaptam-se melhor aos ambientes com
potencial de produção médio e alto,
em condições específicas encontradas
principalmente nas regiões Centro-Sul
e Nordeste. “As soqueiras das duas variedades mostraram ótima brotação e
longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua”, complementou
o pesquisador. Raizer informou ainda
que somente nos últimos três anos foram realizados 41 ensaios técnicos envolvendo a CTC 21 e a CTC 22.
Nos últimos cinco anos, o Centro de
Tecnologia Canavieira liberou 20 variedades com a sigla CTC.
Reportagem de Capa

23

CTC21 e CTC22: Características Agronômicas e Tecnológicas
CTC21
- Variedade muito precoce e de alto
teor de sacarose, com ótimo fechamento de entrelinhas e alta produtividade
agrícola. As soqueiras apresentam ótima brotação e longevidade, inclusive na
colheita mecanizada de cana crua. Com
boa aptidão ao sistema de plantio mecanizado, CTC21 apresenta PUI (Período
Útil de Industrialização) e teor de fibra
médios. É recomendada para início de
safra, com moagem até o mês de agosto.
- Adaptada aos ambientes de médio a
alto potencial de produção, não floresce
nem isoporiza nas condições do CentroSul e do Nordeste. É altamente resistente
às ferrugens marrom e alaranjada; ao carvão, mosaico, escaldadura e ao amarelecimento. Apresenta reação intermediária
à broca Diatraea ou broca da cana.

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
24

CTC22
- Destaca-se pela alta produtividade,
longevidade das soqueiras e rápido desenvolvimento. O teor de fibra é alto.
Apresenta longo PUI (Período Útil de Industrialização) e alto teor de sacarose no
início da safra. As soqueiras apresentam
boa brotação e longevidade, inclusive na
colheita mecanizada de cana crua.
- Variedade com ótima aptidão ao sistema de plantio mecanizado. Adaptada
aos ambientes de médio a alto potencial
de produção, floresce e isoporiza. Sua colheita é recomendada até o mês de julho,
nas condições do Centro-Sul. Floresce
muito nas condições do Nordeste. É altamente resistente às ferrugens marrom
e alaranjada, ao carvão, mosaico, escaldadura e ao amarelecimento. Apresenta
reação intermediária à broca Diatraea ou
broca da cana.
Fonte: Centro de Tecnologia Canavieira - CTC 

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
25

CTC21

Outros
lançamentos
Em setembro, o IAC
(Instituto Agronômico),
da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo, lançou três novas
variedades de cana-deaçúcar: IACSP95-5094,
IACSP96-2042
e
IACSP96-3060.
Elas
adequam-se ao plantio
mecânico e à colheita
mecânica crua, dispensando a queima.

CTC22

A IACSP95-5094 e
IACSP96-2042 têm adaptação muito boa à região
do cerrado e trazem a
perspectiva de otimizar
a produtividade nas regiões secas, antes ocupadas por pastagens. A
IACSP96-3060 tem longo
período de utilização, característica que contribui
na logística da cadeia de
produção por flexibilizar
o período de colheita.
A Ridesa (Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor
Sucroalcooleiro)
também lançou em outubro
duas novas variedades:
RB965902 e RB965917,
adaptadas aos climas específicos das diversas regiões de cultivo do país,
resistentes à "ferrugem
alaranjada" e apresentam
como diferencial a alta
produtividade e ótima brotação, além de um excelente comportamento sob
colheita mecanizada. RC
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
26

Informações Setoriais

CHUV
AS DE NOVEMBRO
e Prognósticos Climáticos

As chuvas do mês de NOVEMBRO de 2010 são apresentadas no quadro a seguir.

Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Assessor Técnico Canaoeste

O

A média das observações do mês
de NOVEMBRO (149 mm) “ficou”
pouco abaixo da média das normais
climáticas (178mm). Soma de chuvas
significativamente superior ocorreu
na Usina da Pedra, enquanto que nos
demais locais as chuvas foram próximas e abaixo das respectivas médias,
destacando-se as chuvas bem abaixo
das normais que ocorreram na Açúcar
Guarani, Fazenda Monte Verde (Cajobi/Severínia), E.E.Citricultura de
Bebedouro e Andrade.

Mapa 1, abaixo, mostra que,
já em meados (14 a 17) de
NOVEMBRO, as condições
hídricas do solo, mesmo após as boas
chuvas no final de setembro e início

de outubro, já se mostravam desfavoráveis no “quadrilátero” AraraquaraPirassununga-Campinas-Piracicaba e
como média disponibilidade de água
do solo no extremo Oeste do Estado.

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de NOVEMBRO de 2010.

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

O Mapa 2, final de novembro de 2009,
mostra que, mesmo com as excepcionais
chuvas ao longo do ano, a faixa entre
Bebedouro - São José do Rio Preto e extremo noroeste do Estado encontrava-se

Mapa 2:- Água Disponível no Solo
27
com baixa à crítica Disponibilidade de
Água no Solo e com média a alta umidade no solo nas demais regiões sucroenergéticas do Estado de São Paulo. Enquanto que, ao final de novembro deste ano
(Mapa 3), nota-se larga faixa de baixa à
crítica Disponibilidade de Água no Solo
entre as regiões Central a Oeste do Estado de São Paulo e bom reumedecimento
na faixa leste e de Porto Ferreira - Limeira até Avaré.
Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume
e cita abaixo o prognóstico climático de
consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais) para os
meses de dezembro de 2010 a fevereiro
de 2011.
• As temperaturas médias poderão ser
próximas a ligeiramente acima das normais climáticas em toda Região-Centro
Sul do Brasil;
• Como ilustradas no Mapa 4, as chuvas previstas para os meses de dezembro a fevereiro poderão ser próximas às
normais climáticas em quase toda área
sucroenergética da Região Centro-Sul
do Brasil, excetuando-se o Estado do Rio
Grande do Sul.

o ao final de NOVEMBRO de 2009.

• Como referência, as normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e
municípios vizinhos, pelo Centro Cana
e Apta-IAC, são de 270mm em dezembro, 280mm em janeiro e 220mm em
fevereiro, ou seja, a média das chuvas
nestes três meses é de 8,5mm/dia.

viais (baixa produtividade, alta incidência de ervas daninhas e os impactos da
recente ferrugem alaranjada nas variedades suscetíveis), com vistas às certas e
crescentes demandas por matéria-prima
na(s) próxima(s) safra(s).

Persistindo dúvidas, consultem os
A SOMAR Meteorologia, a exemplo Técnicos mais próximos ou através do
do INPE e INMET, também prevê que Fale Conosco CANAOESTE. RC
as chuvas ficarão entre próximas Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para
das respectivas médias nos meses a Região Centro-Sul durante o trimestre dezembro 2010 a
de dezembro a fevereiro, bem
fevereiro 2011. Adaptado pela CANAOESTE
como semelhante previsão para
o mês de março e com probabilidade para aquém da normalidade climática no mês de abril,
em toda região de abrangência
CANAOESTE.
Quanto às condições climáticas previstas para dezembro e
início do próximo ano, a CANAOESTE recomenda aos produtores de cana que aproveitem ao
máximo os dias e tempos disponíveis para efetuarem aprimorados tratos culturais, continuarem
atentos para as infestações e indispensáveis controles das cigarrinhas, generosas adubações e
cuidadosas renovações de cana-

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de NOVEMBRO de 2010.

RC

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
28

Artigo Técnico

Manejo da época de corte do canavial
por idade e ambientes de produção
Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista em Tecnologia Agroindustrial
Mauro Sampaio Benedini – Gerente Regional Fornecedores
CTC - Centro de Tecnologia Canavieira

O

CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) possui inúmeros resultados de pesquisa objetivando
obter variedades melhoradas. Os ensaios
são plantados e conduzidos anualmente
nas associadas em diferentes regiões e tipos de solos e colhidos em várias épocas,
do início ao final de safra.
O CTC conduz, por outro lado, o
PAMPA (Programa de Acompanhamento Mensal de Performance Agrícola),
que acompanha a produtividade dos canaviais comerciais com a colaboração de
mais de 170 usinas e destilarias filiadas
ou não ao CTC.
Além disso, o CTC possui também
o maior acervo de dados de mapeamento de tipos de solos nas diferentes regiões climáticas, com quase dois
milhões de hectares de solos mapeados exclusivamente para a cultura da
cana-de-açúcar; os ambientes de produção edafoclimáticos.

Com todo esse acervo técnico de pesquisa e coleta de dados de áreas comerciais,
foram realizados estudos comparativos de
dois tipos de manejos agrícolas, objetivando os maiores retornos econômicos;
1 - Época de corte nas diferentes idades do canavial ou estágios.
2 - Época de corte por ambientes de
produção.

Foram estudadas as análises conjuntas de ensaios finais do Programa
de Variedades do CTC, instalados nos
anos de 2002, 2003 e 2004; totalizando 39 localidades e 54 variedades avaliadas. Os resultados obtidos foram
bastante interessantes, indicando ganhos significativos de produtividade,
apenas com modificações nos manejos da colheita.

1 – Época de corte para diferentes idades ou estágios.
Comumente as práticas operacionais
de safra direcionam para corte no início
da safra a cana de 18 meses (10 corte),
por estar relativamente mais adiantada
na maturação. A colheita dos 20, 30 e
demais cortes acontecem após o término da cana de 10 corte, ficando normalmente as áreas de reforma para o final
de safra, se estas não forem direcionadas para plantio de inverno ou de ano.
A avaliação de qual estágio se deva
iniciar a safra; a cana de 18 meses
(18M) ou canaviais mais velhos (soqueiras de idades de corte mais avançadas); mostra vantagem significativa
para a segunda opção. Ou seja, iniciar
a safra no canavial com maior número de cortes, terminando-a com a cana
de primeiro corte (18M) tem vantagem
expressiva, com retorno econômico de
17% (Figura 1).
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

Figura 1 – Retorno econômico de duas opções de manejo de corte.
29
Dificuldades práticas para viabilizar o procedimento existem como o corte tardio da cana de 18M
de uma variedade precoce. Sendo precoce, não deve
ser atrasado muito a data de corte, pois nos próximos
anos, para “trazê-la” para o início de safra seria complicado. Mas essa cana pode ser deixada para colher
por último entre as precoces e não em primeiro lugar
como de costume. As canas de 18M de variedades
não precoces certamente podem ser deixadas para
meio/final de safra, o que também não é comumente
realizado, pois normalmente também são colhidas
em início de safra.
Portanto, deve-se deixar a cana mais produtiva
(18M) para colher no período de maior produção de
açúcar/ha. Semelhante à lei do mínimo arrependimento, procedimento sugerido pelo CTC, na década de 80. Deixava-se para ser colhida no ponto de
máxima maturação em setembro a variedade mais
rica (SP71-6163), apesar de sua análise tecnológica
indicar estar mais madura que outra, já nos meses
de maio/junho (SP70-1143). Colhia-se primeiro a
SP70-1143, pois o seu pico de maturação seria bem
inferior ao da SP71-6163.

Figura 2 – Produtividade agrícola (t/ha) por épocas de corte.

A análise dos ensaios mostra também resultados esperados nos quais a safra nos meses iniciais (maio/junho) resulta em 10% de ganho em t
cana/ha relativamente aos meses finais (setembro/
outubro), observado na figura 2, semelhante aos
resultados de áreas comerciais do PAMPA das
seis últimas safras (figura 3). Quando analisamos
a qualidade da cana (pol% cana), os melhores resultados são direcionados para setembro/outubro
como a melhor época de corte, como esperado,
pela curva de maturação da cana (figura 4).
O resultado em t pol/ha (figura 5) e do retorno
econômico (figura 6), mostram que também os ganhos são maiores em setembro/outubro, apesar da
menor produtividade, devido à maior riqueza. Estes
são resultados esperados, coincidindo com a época
ideal de safra nos meses de julho a setembro.

2 – Época de corte
ambientes de produção

Figura 3 – Produtividade (t/ha) em áreas comerciais (PAMPA) por épocas de corte.

por

A análise dos dados mostra também que a simples opção de colher o canavial dos solos mais fracos (ambientes D e E) mais cedo, no início de safra,
deixando os solos melhores (ambientes A e B) para o
final de safra; resulta em aumento de produtividade
de 5% (figura 7).
A colheita em final de safra resulta em baixo aproveitamento do canavial para crescimento vegetativo
no período chuvoso, pois o canavial estará brotando
em dezembro/janeiro e quando necessita de alta de-

Figura 4 – Pol%cana por épocas de corte.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
30

Artigo Técnico
manda hídrica nos meses de inverno, coincide com
o período seco na região Centro-Sul do Brasil. Desta
maneira, toda cana colhida em final de safra, sofre
queda de produtividade acentuada na safra seguinte. Quanto mais severo for o período de estiagem,
agravado com elevadas temperaturas, resultando em
maior evapotranspiração, mais será sentida a colheita
em final de safra na produtividade do ano seguinte.
Como nos solos mais férteis as plantas crescem
e se recuperam mais rapidamente, devido ao maior
potencial nutricional e de água no solo, sentem menos a colheita em final de safra.

Figura 5 – Toneladas de Pol/ha por épocas de corte.

Esse resultado de manejo deverá ser mais acentuado, portanto, nos ambientes climáticos menos favoráveis, IV e V, definidos pelo CTC. Por exemplo, um
canavial colhido em solo arenoso fraco em final de
safra na região de Iturama - MG (ambiente climático
IV), não produz cana no ano seguinte, como dizem
os produtores rurais da região. As quedas de produtividades nestes locais no ano seguinte, possivelmente
serão bem mais acentuadas que os 5% obtidos nas
médias dos ensaios.
Por outro lado, os produtores da região de Assis
(ambiente climático I) possivelmente nem percebam
a vantagem de se colher os solos mais fracos no início da safra e esta vantagem deverá ser menor que a
média obtida nos ensaios.
O inconveniente prático nesse caso são as chuvas
de final de safra que direcionam canaviais instalados
em solos mais leves, de solos mais fracos para serem
colhidos nessa época, em função da trafegabilidade.
Deve-se deixar apenas alguns talhões em solos menos argilosos para esses dias problemáticos após os
dias chuvosos.

Figura 6 - Retorno econômico por épocas de corte.

O objetivo é diminuir o stress do canavial colhido em
final de safra, que sofre mais, colhendo nesse período
os solos potencialmente mais produtivos e com maior
reserva de água que os solos mais fracos, arenosos.

3 – Considerações finais
A análise dos ensaios de pesquisa ratificados por
resultados de áreas comerciais mostra que os dois
manejos propostos podem resultar em ganhos significativos na produtividade do canavial, sem custos
adicionais, apenas manejando as épocas de corte.
(1) Colher a cana de 18 meses depois das soqueiras, respeitando suas características de maturação e;
(2) Colher os canaviais de solos mais fracos primeiro que os solos férteis;
Figura 7 – Época de corte por ambientes de produção.
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

O CTC instalará em 2011, ensaios em três regiões
edofoclimáticas no intuito de validar esse manejo. RC
31

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
32

32

“General Álvaro
Tavares Carmo”

Bioetano de cana-de-açúcar
P&D para produtividade
e sustentabilidade
Luís Augusto Barbosa Cortez

Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.

“Casamento de sucesso é apaixonar-se muitas
vezes pela mesma pessoa.” Robert Wagner
1) PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Eis a questão atual, mas com a resposta antiga nas Gramáticas.
Prezado amigo leitor a dúvida é sobre a expressão sem ligações com questões políticas.
Conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa(VOLP), 5 edição-últimaeditado pela Academia Brasileira de Letras, pág. 674:
PRESIDENTE adj.s.2g.s.m. (adjetivo e substantivo de dois gêneros e substantivo
masculino)
PRESIDENTA s.f.( substantivo feminino)
Exemplos corretos: O Presidente disse...
A Presidenta disse...

O

livro Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D
para produtividade e sustentabilidade é
uma coletânea de textos escritos a partir dos
workshops do Projeto de Políticas Públicas PPP
Etanol da Fapesp e também de autores convidados pela relevância de suas pesquisas a respeito
do tema etanol. Esta publicação conclui a primeira fase do projeto que teve início em 2005 e
se desenvolveu por meio de diversos workshops
em todo o país.
A obra Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D
para produtividade e sustentabilidade ajudará os
jovens pesquisadores neste importante momento
mundial em que a cana-de-açúcar é foco de interesse como base para obtenção de combustíveis
líquidos, bioprodutos (plásticos entre outros) e
bioeletricidade.
A publicação do livro nas versões português e
inglês traduz uma realização compartilhada com
a comunidade científica ligada a matéria-prima
cana-de-açúcar, geradora de absolutas inovações
humanas e tecnológicas.
Os interessados em conhecer as sugestões de
leitura da Revista Canavieiros podem procurar a
Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,
nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :
(16)3946-3300 - Ramal 2016

A intenção do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) é deixar para
trás incômodos e entraves sobre possíveis dúvidas a respeito do vernáculo.
Quanto ao uso?
- Ofereço ao público, querido amigo leitor, a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa.
2) O casal organiza a nova casa! Gostam da “antiguidade” dos móveis...
Com certeza, um casal moderno e atualizado com o VOLP!
ANTIGUIDADE escrita correta. (sem o uso do trema)
A regra: o trema, segundo o VOLP não existirá mais, com exceção de palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
3) Apreciaram o lindo “VÔO” daquele pássaro raro...
...porém não apreciaram a nova regra ortográfica!
Segundo o VOLP: o hiato (é o encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro na sílaba imediatamente posterior) “oo” deixa de receber
acento nas palavras paroxítonas.
Veja, prezado amigo leitor:
VO - O (oxítona) - correto: VOO
VO - paroxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima da direita para a esquerda)
PARA VOCÊ PENSAR:
“Ternura e bondade não sinalizam fraqueza, mas força e disposição.”
Gibran Kahlil
“ A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado
para a divulgação do pensamento”
Carlos De Laet
Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br
* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários
livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
33

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
34

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

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  • 1. 1 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 2. 2 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 3. 3 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 4. Editorial 4 Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Editora: Cristiane Barão – MTb 31.814 Jornalista Responsável: Carla Rossini - MTb 39.788 Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues - MTb 55.115 Marília F. Palaveri Rafael H. Mermejo Foto Capa: Divulgação CTC Comercial e Publicidade: (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 comercial@revistacanavieiros.com.br atendimento@revistacanavieiros.com.br Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Ltda Tiragem: 11.000 exemplares ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680 Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190) www.revistacanavieiros.com.br “Disposição e entusiasmo É o que deseja o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, para os produtores de cana no próximo ano: “disposição e entusiasmo para enfrentar os desafios”. Ele assina o Ponto de Vista de dezembro. A entrevista do mês é com o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, que faz um balanço da safra 2010/11 e uma previsão para o próximo ciclo. Segundo ele, por conta do clima e das condições dos canaviais, a safra atual no Centro-Sul deve fechar próxima dos 560 milhões de toneladas, marca distante das 595,8 milhões estimadas em abril. No entanto, a demanda por etanol e açúcar estará aquecida no próximo ano, sinalizando bons preços. A Reportagem de Capa traz o lançamento comercial de duas variedades de cana-de-açúcar do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). As variedades CTC 21 e CTC 22 foram apresentadas no início de dezembro no Brasil Canashow, em Ribeirão Preto, que contou com a participação de representantes de usinas e associações de fornecedores de cana associados ao centro de pesquisa. O Destaque deste mês é o lançamento da Uniceise (Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético), uma iniciativa do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético) e do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração), com o apoio institucional da Unica e da Orplana. Nas páginas da Copercana o leitor vai saber sobre a reunião com proRC www.twitter.com/canavieiros Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 redacao@revistacanavieiros.com.br em 2011” dutores rurais realizada em Frutal (MG). O objetivo do encontro foi apresentar a cooperativa e também informações técnicas aos produtores. Também ficará sabendo sobre a participação da Copercana no 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas promovido pela Basf, nos dias 14 e 15 de dezembro, e sobre o encontro sobre amendoim realizado pela Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão), ligada à Unesp de Jaboticabal. O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi homenageado como “personalidade dos plantadores de cana” e o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, como “personalidade do cooperativismo” no 8º Prêmio Visão da Agroindústria no último dia 25 de novembro, no Espaço Golf, em Ribeirão Preto. Cerca de 300 convidados participaram do evento. Todas as informações sobre o prêmio estão nas páginas da Canaoeste. Na seção Pragas e Doenças a Canavieiros traz a Ferrugem Alaranjada, uma doença que foi descoberta nos canaviais do Brasil em dezembro de 2009. Para falar sobre o assunto, entrevistamos Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). O Artigo Técnico deste mês é “Manejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção”, assinado por especialistas do CTC. O leitor também vai conferir as informações setoriais com o assessor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alonso, dica de leitura e os classificados. Boa leitura! Conselho Editorial
  • 5. 5 Ano V - Edição 54 - Dezembro de 2010 Índice: Capa - 22 CTC lança duas variedades de cana: CTC 21 e CTC 22 6ª geração de cana-deaçúcar; com elevada precocidade e alto teor de sacarose, são recomendadas para manejo de início de safra E mais: Circular Consecana .................página 13 06 - Entrevista Antonio de Padua Rodrigues diretor técnico da Unica Balanço da safra Destaque .................página 15 08 - Ponto de Vista Pragas e Doenças .................página 16 Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Presidente da Canaoeste Balanço e perspectivas para o produtor de cana Informações Setoriais .................página 26 10 - Notícias Copercana - Copercana participa do encontro sobre Amendoim - Copercana participa do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas da BASF - Copercana e Syngenta realizam reunião com produtores 14 - Notícias Canaoeste Artigo Técnico .................página 28 - Canaoeste e Copercana recebem troféus do 8º prêmio Visão da Agroindústria 18 - Notícias Sicoob Cocred Cultura - Balancete Mensal .................página 32 28 - Artigo Tecnico - Manejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista em Tecnologia Agroindustrial Mauro Sampaio Benedini – Gerente Regional Fornecedores CTC - Centro de Tecnologia Canavieira Agende-se .................página 34 Classificados .................página 34 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 6. 6 Entrevista com: Antonio de Padua Rodrigues Carla Rossini O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, faz um balanço da safra 2010/11 e uma previsão para o próximo ciclo. Segundo ele, por conta do clima e das condições dos canaviais, a safra atual no Centro-Sul deve fechar próxima dos 560 milhões de toneladas, marca distante das 595,8 milhões estimadas em abril. No entanto, a demanda por etanol e açúcar estará aquecida no próximo ano, sinalizando bons preços. Balanço da safra Canavieiros: De forma geral, como podemos classificar a safra 2010/2011? Antonio de Padua Rodrigues: Estamos vivendo safras muito diferentes. A safra anterior foi uma safra muito chuvosa, uma safra muito produtiva do ponto de vista agrícola e de baixa concentração do teor de sacarose. Tivemos muitos dias parados, que fizeram com que ficasse muita cana em pé, que ficou para ser colhida nessa safra. Já a safra 2010/11 teve uma condição totalmente diferente. Havia uma expectativa de crescimento razoável em cana-deaçúcar, mas o clima seco de maio até setembro fez com que tivéssemos uma quebra de produtividade de quase 10%. Isso acabou anulando todo o crescimento da oferta de cana que nós tínhamos como expectativa. Canavieiros: E em relação aos preços? Padua: Em contrapartida à redução “...dos últimos anos, esta foi a primeira safra em que o setor veio com uma remuneração que cobre os custos de produção, proporcionado principalmente pelo mercado de açúcar.” na produção, o ATR voltou a crescer 11, 12 kg por tonelada. Dos últimos anos, esta foi a primeira safra em que o setor veio com uma remuneração que cobre os custos de produção, proporcionado principalmente pelo mercado de açúcar. Isso trouxe um equilíbrio às empresas, ao capital de giro. O crédito voltou, as empresas foram menos dependentes de ofertar o etanol no mercado. Com isso, também o etanol passou a ter um pre- Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 ço remunerador, ou seja, nós crescemos aquilo que esperávamos, mas o mercado foi muito mais regulado, muito mais ajustado e isso proporcionou níveis de preços satisfatórios à atividade. Canavieiros: A atual safra fechará em quanto? Padua: A queda na disponibilidade de matéria-prima foi tão grande que o volume de cana processado até o momento (início de dezembro) é praticamente o mesmo observado em toda a safra passada. Portanto, o crescimento da moagem na atual safra será determinado pela pouca cana a ser processada nas próximas quinzenas. Nesse cenário de queda de produtividade, final precoce de safra em muitas regiões e início das chuvas de final de ano, será muito difícil atingirmos 560 milhões de toneladas de cana processadas na região Centro-Sul.
  • 7. 7 Canavieiros: “...o fato de estar- de vista de merA quebra de procado positiva pormos com canavial dução se deu que o potencial da exclusivamente demanda cresce envelhecido - com pelo fator clima? um canavial aonde muito mais do que Padua: Eu diria a oferta. O Estaque sim. Ele pode mais de 40% da área do de São Paulo, até ter sido agravado são cortes com mais principal Estado em algumas regiões produtor, provade quatro ciclos – e velmente terá um pela falta de um cultivo adequado. Eu com poucas chuvas, contingente de diria que o fato de cana menor ainda isso ajudou a derestarmos com cado que nessa sarubar ainda mais (a fra. Quer dizer, o navial envelhecido - com um canavial clima afetou tamprodução).” aonde mais de 40% bém a próxima da área são cortes safra, principalcom mais de quatro ciclos – e com poucas mente nas áreas que foram colhidas chuvas, isso ajudou a derrubar ainda mais no início de safra. Evidentemente terá (a produção). Então, foi uma combinação crescimento em outros Estados como de clima com canavial envelhecido. Goiás e Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas. O mercado de açúcar contiCanavieiros: Foi uma safra mais nuará aquecido e o Brasil continuará alcooleira? vendendo mais de 3 milhões de veíPadua: No Brasil, a safra sempre culos flex. será mais alcooleira. Nós vamos destinar mais de 55% da cana para o etanol Canavieiros: As usinas deverão e 45% para açúcar. Evidentemente, se encerrar a moagem quando? comparada à safra anterior, o açúcar Padua: Estimamos que 297 unicresceu mais relativamente do que o dades tenham finalizado a safra até o etanol. final de dezembro e, na entressafra, o número de usinas em operação deve Canavieiros: O que esperar da sa- ficar abaixo de 20% do número obfra 2011/2012? servado no mesmo período da safra Padua: É uma safra de um ponto 2009/2010. Os números até dezembro No acumulado do início da safra no Centro-Sul até dezembro, a moagem de cana totalizou 543,67 milhões de toneladas, um crescimento de 8,86% em relação as 499,40 milhões de toneladas verificadas no mesmo período de 2009. Porém, na segunda quinzena de novembro, a moagem ficou em 18,40 milhões de toneladas, uma queda de 27,95% em relação ao mesmo período do ano anterior quando foram processadas 25,54 milhões de toneladas. Reflexo direto da disponibilidade de matéria-prima e do número de usinas que já encerraram a safra. A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) atingiu 131,61 kg por tonelada de cana-de-açúcar na segunda quinzena de novembro, 6,53 kg inferior ao valor obtido nos primeiros 15 dias do mesmo mês. No acumulado desde o início da safra, a concentração de ATR aumentou 7,35% relativamente ao mesmo período de 2009, totalizando 141,64 kg por tonelada de matéria-prima. Devido a essa recuperação na qualidade da matéria-prima, o incremento na quantidade total de produtos nesta safra deverá ser superior ao crescimento da moagem de cana. Até o final da segunda quinzena de novembro, foram processadas 77,00 milhões de toneladas de ATR, valor 16,87% superior aquele observado no mesmo período de 2009. No acumulado desde o início da safra 2010/2011, a produção de açúcar totalizou 33,02 milhões de toneladas, enquanto a de etanol alcançou 24,72 bilhões de litros, crescimento de 14,04% comparado ao mesmo período de 2009. Do total produzido de etanol, 17,51 bilhões de litros foram de etanol hidratado e 7,21 de etanol anidro. RC Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 8. 8 Ponto de Vista Manoel Carlos de Azevedo Ortolan* Balanço e perspectivas para o produtor de cana P ara quem vive da agricultura, nenhum ano é igual ao outro. Além de todos os fatores que influenciam o nosso negócio - como as questões de mercado, de câmbio, de renda – há também aqueles sobre os quais não há qualquer forma de controle, como as variáveis climáticas. Dos mil e nove foi marcado pela chuva. Dois mil e dez pela estiagem. Isso provocou alteração no ritmo da colheita – no ano passado houve atraso na moagem, enquanto a atual safra foi acelerada – e também impactou os canaviais. Houve uma queda sensível na produtividade agrícola no Centro-Sul, segundo o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira): em novembro a redução foi de 18,71% em relação ao mesmo período de 2009. No acumulado até dezembro, a quebra foi de 7,26%. No final das contas, a safra deve fechar abaixo das estimativas. Dificilmente o Centro-Sul atingirá 560 milhões de toneladas de cana processadas. A primeira estimativa divulgada pela Unica em abril apontava para uma safra de 595,8 milhões/ton, revisada em agosto para 570,1 milhões/ton. A safra passada fechou em 541,9 milhões/ton. De qualquer forma, o balanço do ano acaba sendo positivo em razão da recuperação dos preços. Por conta da baixa nos estoques mundiais ocasionada por problemas climáticos nos principais países produtores, as cotações do açúcar bateram recorde neste ano e a demanda interna aquecida também elevou o etanol a preços razoáveis. Por tabela, a cana deve fechar a safra com preços melhores do que nos anos anteriores. Esse cenário sinaliza boas perspectivas em termos de remuneração para uma nova safra que deverá começar mais tarde – abril ou maio -, sem cana bisada e com percentual de renovação dos canaviais acima da média. Ou seja, quem ti- ver cana disponível terá bons preços. Isso reforça o que sempre temos dito aos fornecedores: é preciso cuidar do canavial de forma permanente, tanto na bonança como no período das vacas magras. Outro ponto positivo deste ano para o associativismo e para o setor como um todo foi o ingresso de novas associações de fornecedores à Orplana. Isso fortalece a representatividade dos produtores de cana e dá mais peso à classe nas mesas de negociações. A Orplana termina o ano com 34 associadas e representando aproximadamente 18 mil fornecedores de cana. As associações e cooperativas também conseguiram neste ano garantir boa representatividade política na Assembleia Legislativa de São Paulo e no Congresso Nacional com a eleição e reeleição dos candidatos alinhados ao setor. As associações, assim como a Canaoeste, se movimentaram para apoiar essas candidaturas, já que há assuntos importantes e de interesse a serem discutidos. Entre eles podemos destacar a reformulação do Código Florestal, que está em compasso de espera para ser votado pela Câmara dos Deputados. O primeiro passo foi dado em julho, com a aprovação do relatório na Comissão Especial criada para analisar a proposta. Também neste caso as associações participaram ativamente do processo de discussão na comissão e agora pressionam pela rápida tramitação do projeto. Outra preocupação deste final de ano para as associações, além da necessidade de reformulação da legislação ambiental, é a atualização do sistema Consecana, que define os parâmetros para o pagamento da matéria-prima. A última revisão foi em 2006, retroativa à safra 2005/06. A discussão segue com dificuldades de entendimento entre as partes, o que poderá trazer problemas para que a implantação ocorra no próximo ano. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 Para a Canaoeste, em particular, este ano de 2010 também foi positivo. Demos continuidade à meta de crescimento da associação para as áreas de expansão dentro da nossa região de abrangência, mantivemos nossos quadros de técnicos e colaboradores, estivemos presentes nos eventos do setor e participamos ativamente do processo de discussão de temas relevantes para o produtor de cana. E se a entidade segue vigorosa e como uma das mais importantes associações de fornecedores de cana do mundo, isso se deve ao apoio recebido dos seus associados, que tanto tem nos dado ânimo e força para prosseguirmos em nosso trabalho. Assim, ao término de mais um ano, temos de retribuir todo o estímulo e agradecer a confiança de todos os nossos associados e colaboradores. Desejamos também um Natal repleto de paz e harmonia e um Ano Novo de muita disposição e entusiasmo para enfrentar os desafios que teremos pela frente. Com certeza, nossa união será o principal combustível que nos levará ao alcance das soluções necessárias. RC *presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo)
  • 9. 9 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 10. 10 Notícias Copercana Copercana participa do encontro sobre Amendoim Da Redação A Realizado em Jaboticabal, evento reuniu representantes da cadeia produtiva Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão), ligada à Unesp de Jaboticabal, realizou nos dias 25 e 26 de novembro, o VII Encontro sobre a Cultura do Amendoim. O evento foi realizado na sede da universidade e contou com a presença de produtores, pesquisadores, estudantes, profissionais, representantes de municípios e cooperativas que estão envolvidos com a cultura do amendoim. Vários temas foram abordados, entre eles o mercado atual do grão, perspectivas para o futuro, plantio direto, nutrição e adubação e uso de maturadores. Um dos destaques do evento foi a preocupação do setor com o futuro do amendoim na região de Sertãozinho, principalmente em áreas de renovação de cana-de-açúcar. O gerente da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto César Strini Paixão, participou do evento como palestrante e abordou o tema “A cultura do amendoim sob a perspectiva da Copercana”. Durante sua apresentação, Paixão fez um resumo do Projeto Amendoim da cooperativa, que está sendo realizado com muito sucesso pela quinta safra consecutiva. Ele também comentou sobre a significativa diminuição da área plantada com amendoim na região ao longo das safras. “Se não houver uma parceria com as usinas no fornecimento de áreas para o plantio de amendoim, a cultura corre o risco de acabar na região”, disse. Após a apresentação, o gerente da Uname participou de um debate com representantes dos principais municípios produtores do Estado e usinas, em que foi discutida a importância da cultura para os municípios e a preocupação com o futuro da cultura. RC Copercana participa do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas da BASF Da redação A Copercana participou do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas promovido pela Basf, nos dias 14 e 15 de dezembro. A iniciativa da empresa de agroquímicos teve como objetivo principal estreitar o relacionamento com as cooperativas, discutir ideias e trocar informações relacionadas à comunicação. Participaram do evento gestores em comunicação das cooperativas Copercana – que foi representada pela jornalista Carla Rossini -, Coamo, Lar, Batavo, Coplana, Comigo, Coopercitrus, Contrijal e Alfa. No primeiro dia de evento, a programação incluiu uma visita ao complexo químico da Basf, localizado em Guaratinguetá, onde os visitantes conheceram o projeto Mata Viva, laboratórios e assistiram palestras. Já no segundo dia, após as palestras, debates e trocas de experiências, para encerrar a programação do Workshop, os participantes visitaram a redação do Jornal Valor Econômico, onde foram recebidos pelo editor de Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 agronegócios, Fernando Lopes. “A ideia da Basf de reunir gestores em comunicação foi muito boa e permitiu que experiências fossem trocadas entre os participantes. A programação e o atendimento da equipe da Basf também foram excelentes. Criamos um grupo muito integrado”, disse Carla.RC
  • 11. 11 Copercana e Syngenta realizam reunião com produtores Carla Rossini A reunião aconteceu em Frutal e contou com o apoio da Associação dos Produtores de Cana do Rio Grande A Copercana realizou em novembro uma reunião com produtores rurais da cidade de Frutal (MG). O objetivo do encontro foi apresentar a cooperativa e também informações técnicas aos produtores. A reunião de Frutal foi realizada na Loja Maçônica da cidade, em parceria com a empresa Syngenta e com o apoio da Associação de Fornecedores de Cana do Rio Grande (APROVALE) e, contou com a presença de aproximadamente, cem pessoas. Na ocasião, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, fez uma explanação sobre a cooperativa e o representante da Syngenta, Claucio Gaspareto, falou sobre o controle de plantas daninhas e de cigarrinhas das raízes utilizando as tecnologias da empresa. Além do diretor da Copercana, também participaram do encontro o gerente de Compras, Ricardo Meloni, e os funcionários da cooperativa em Frutal, Marcos de Felício e Jaime Ribeiro Júnior. Para o diretor da Copercana, Pedro Bighetti este tipo de evento aproxima a cooperativa dos produtores. “Nosso objetivo é estar cada vez mais perto do produtor rural e colocar a sua disposição a nossa rede de produtos e serviços”, disse Bighetti. RC Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 12. 12 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 13. Notícias Canaoeste Consecana A 13 CIRCULAR Nº 12/10 DATA: 30 de novembro de 2010 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de NOVEMBRO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de NOVEMBRO, referente à Safra 2010/2011, é de R$ 0,3677. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a novembro e acumulados até NOVEMBRO, são apresentados a seguir: Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a novembro e acumulados até NOVEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes: Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 14. 14 Notícias Canaoeste Canaoeste e Copercana recebem troféus do 8º prêmio Visão da Agroindústria Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, e Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e Sicoob Cocred também foram homenageados O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, foi homenageado como “personalidade dos plantadores de cana” e o presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, como “personalidade do cooperativismo” no 8º Prêmio Visão da Agroindústria no último dia 25 de novembro, no Espaço Golf, em Ribeirão Preto. Cerca de 300 convidados participaram do evento. O prêmio foi entregue a personalidades de destaque em todos os elos da cadeia sucroenergética. Na entrega, Ortolan também representou o presidente da Copercana, que não pode estar presente na solenidade. Ele também recebeu os troféus pela Canaoeste como “destaque em pesquisa e desenvolvimento” e pela Copercana como “destaque na comercialização de fertilizantes”. A indicação das empresas e usinas foi feita com base em uma pesquisa realizada pela AR Empreendimentos e foi supervisionada pelo GEGIS (Grupo de Estudos de Gestão Industrial do Setor Sucroalcooleiro), que conta com mais de 120 usinas como associadas. O even- Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 Manoel Ortolan recebe o trofeu das mãos de Alex Ramos, organizador do evento to teve o apoio de entidades como a Esalq, Simespi, Coplacana, CeiseBr e Orplana. RC
  • 15. 15 Destaque Para resolver o gargalo da mão-de-obra Da redação Iniciativas como a Uniceise, lançada no dia 10, e o Renovação, buscam suprir a necessidade de profissionais qualificados para a expansão do setor sucroenergético A oferta de mão-de-obra qualificada transformou-se em um gargalo para a maior parte dos ramos da atividade econômica brasileira. Para a cadeia sucroenergética o cenário não é diferente. Além da expansão do setor, o que naturalmente aquece as contratações, um outro aspecto deve ser considerado: com o aumento da mecanização no campo, se faz necessária a requalificação dos trabalhadores ocupados com o corte manual da cana. A iniciativa privada já atua nessa direção. Um dos exemplos é o projeto Renovação, desenvolvido pela Unica, com o apoio de empresas e do BID (Banco Interamericano), iniciado em fevereiro deste ano. O objetivo é treinar e qualificar 7.000 pessoas por ano em seis regiões do Estado, entre elas a de Ribeirão Preto. No último dia 17, por exemplo, mais de 400 trabalhadores da região receberam os certificados de conclusão para os cursos de eletricista industrial, eletricista instalador, caldeireiro, torneiro mecânico, soldador e tratorista. Até o final deste mês outros 600 devem ser diplomados nas regiões de Araraquara e Barra Bonita. No entanto, a qualificação é necessária em todos os níveis. Neste sentido, no último dia 10, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, foi lançada a Uniceise (Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético), uma iniciativa do Ceise Br (Centro Público presente Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético) e do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração), com o apoio institucional da Unica e da Orplana. Serão desenvolvidos programas de extensão direcionados a atender demandas técnicas de formação, MBAs, cursos gerenciais temáticos com nível Latu Sensu e um Programa For Presidentes, voltado exclusivamente a presidentes, vice-presidentes e diretores de empresas do setor de bioenergia. De acordo com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que participou do lançamento, a Uniceise é um avanço im- portante para o setor sucroenergético e também para o setor industrial da região. “No passado, os problemas no Brasil eram o desemprego e a falta de oportunidade. Hoje estamos com um problema um pouco diverso, que é a possibilidade de se abrirem vagas, para as quais não tem gente preparada”, disse. Segundo o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, que também participou da solenidade, a Uniceise é um passo importante na solução de uma das travas do setor. “A universidade é uma espécie de socorro ao setor, já que há necessidade de qualificar e requalificar mão-de-obra em todos os níveis”, disse. RC Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Wagner Rossi (Ministro da Agricultura) e Ismael Perina Jr. (presidente da Orplana) Durante o evento Wagner Rossi recebeu homenagem do CeiseBR Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 16. 16 Pragas e Doenças Ferrugem Alaranjada: perigo aos canaviais Carla Rossini ferrugem alaranjada (Puccinia Kueehni) foi descoberta nos canaviais do Brasil em dezembro de 2009. A constatação de que a doença estava presente em canaviais da região de Araraquara, interior paulista, foi divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Deste período para cá, os produtores de cana brasileiros estão em estado de alerta. “Apesar de muitos estudos estarem sendo realizados, o período ainda é muito curto para se ter todas as informações sobre a doença”, alerta Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). Confira a entrevista que Ricci concedeu à Canavieiros: Revista Canavieiros: O que significa dizer que a ferrugem alaranjada é influenciada pelo ambiente? Adhair Ricci Júnior: Quando se diz que a ferrugem alaranjada é influenciada pelo ambiente significa que variáveis ambientais ou climáticas, como umidade relativa do ar, precipitação e temperatura, afetam o desenvolvi- mento da doença. Já foi observado que em temperaturas médias entre 17ºC e 24ºC e umidade relativa do ar acima de 90% são condições favoráveis para germinação dos esporos do fungo. Entretanto, é necessário período de oito horas para ocorrer o processo. Embora a germinação dos esporos, isoladamente, não seja fator condicionante de ocorrência de doenças foliares, existe similaridade entre locais ou ambientes favoráveis à germinação de esporos com a severidade da ocorrência da doença. Em épocas chuvosas durante o verão, quando a temperatura média noturna e a umidade relativa são altas, o ambiente torna-se favorável para a germinação dos esporos da ferrugem alaranjada e conseqüentemente ocorre um aumento na ocorrência da doença. Durante o inverno, o momento com temperatura adequada à germinação dos esporos não coincide com a hora do dia em que a umidade relativa do ar é mais alta, ocasionando a diminuição da incidência da doença. Revista Canavieiros: Em quais Estados brasileiros foi constatada a doença? No Estado de São Paulo, em quais regiões? Ricci: A doença já foi constatada nos seguintes Estados brasileiros: São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. No Estado de São Paulo já foi observada em todas as regiões onde a cana-deaçúcar é cultivada. Revista Canavieiros: Há como o produtor rural prevenir seu canavial da doença? Ricci: A melhor maneira de um agricultor se prevenir contra esta doença é plantando variedades resistentes. Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC Foto: Divulgação CTC A Umidade e temperaturas altas favorecem a ocorrência da doença Revista Canavieiros: Diante de um canavial já infestado com a ferru- Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 gem, como o produtor de cana deve proceder? Ricci: Infelizmente, não há muitas alternativas para produtor. Se a incidência da doença for muito severa, o mais indicado é reformar o canavial após a colheita, utilizando uma variedade resistente. O controle químico pode ser uma alternativa se utilizado na fase inicial de estabelecimento da doença, preventivamente. Revista Canavieiros: O que o senhor pode dizer sobre a eficácia do controle com fungicida. É viável?
  • 17. 17 Ricci: O controle da doença com fungicidas pode ser eficiente se aplicado de maneira preventiva, isto é, antes que a doença atinja níveis de danos no canavial. Sabe-se que uma ou duas aplicações de fungicida dificilmente serão suficientes para obtenção de um bom controle e este método representa um custo adicional. Só deve ser considerado quando a reforma do canavial não pode ser efetuada e onde a previsão de recuperação do canavial for suficiente para cobrir os custos do produto e da aplicação, com uma margem de contribuição. Revista Canavieiros: Economicamente falando, quais são os danos que a doença pode causar? Ricci: Neste primeiro ano de convivência com esta doença no Brasil, foram observadas perdas variando de 15% a 30% na produção agrícola (toneladas de cana por hectare) e de até 20% na produção industrial (toneladas de açúcar por hectare) nas variedades mais suscetíveis. RC Fonte: CTC Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 18. 18 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal COOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - NOVEMBRO/2010 Valores em Reais ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO DISPONIBILIDADES Caixa Depósitos Bancários APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Aplicações em Depósitos Interfinanceiros TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Livres Vínculados a Prestação de Garantias RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Direitos Junto a Participantes de Sistemas de Liquidação Centralização Financeira - Cooperativas OPERAÇÕES DE CRÉDITO Empréstimos e Títulos Descontados Financiamentos Financiamentos Rurais e Agroindustriais (-) Prov.p/Empr.e Títulos Descontados (-) Prov.p/Financiamentos (-)Prov.p/Fin.Rurais e Agroindustriais OUTROS CRÉDITOS Avais e Fianças Honrados Rendas a Receber Negociação e Intermediação de Valores Diversos (-) Provisão para Outros Créditos OUTROS VALORES E BENS Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas PERMANENTE INVESTIMENTOS Participações em Coligadas e Controladas Ações e Cotas Outros IMOBILIZADO DE USO Imobilizações em Curso Imóveis de Uso Instalações, Móveis e Equipamentos de Uso Outros DIFERIDO Gastos de Organização e Expansão INTANGÍVEL Ativos Intangíveis COMPENSAÇÃO COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS CUSTÓDIA DE VALORES COBRANÇA NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES CONTROLE CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO S TOTAL GERAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO DEPÓSITOS Depósitos à Vista Depósitos Sob Av iso Depósitos a Prazo Outros Depósitos OBRIGAÇÕES POR OPERAÇÕES COMPROMISSADAS Carteira Própria REC.ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOB. HIPOTEC. E DEBÊNTURES Obrigações por Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Obrigações junto a Participantes de Sistemas de Liquidação RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS Recursos em Trânsito de Terceiros OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES Empréstimos no País - Instituições Oficiais Empréstimos no País - Outras Instituições Oficiais Repasses do País-Instituições Oficiais INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS Mercados Futuros-Ajustes Diários-Passivo OUTRAS OBRIGAÇÕES Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas RESULTADOS EXERCÍCIOS FUTUROS RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receitas de Exercícios Futuros PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Cotas-País Reserva de Lucros Sobras ou Perdas Acumuladas CONTAS DE RESULTADOS CREDORAS RECEITAS OPERACIONAIS Rendas de Operações de Crédito Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez Rendas c/ Tít.Valores Mobil. e Instr.Financ. Rendas de Prestação de Serviços Rendas de Participações Outras Receitas Operacionais RECEITAS NÃO OPERACIONAIS Lucros em Transações com Valores e Bens Outras Receitas Não Operacionais CONTAS DE RESULTADOS DEVEDORAS DESPESAS OPERACIONAIS Despesas de Captação Despesas de Obrigações por Empr. E Repasses Desp.c/ Tít.Val.Mob. e Intr.Financ.Derivativos Despesas Administrativas Aprovisionamento e Ajustes Patrimoniais Outras Despesas Operacionais DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Outras Despesas Não Operacionais Prejuízos em Transações com Valores e Bens APURAÇÃO DE RESULTADO Imposto de Renda COMPENSAÇÃO COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS CUSTÓDIA DE VALORES COBRANÇA NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES CONTROLE CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO S TOTAL GERAL DO PASSIVO SERTÃOZINHO/SP, 30 DE NOVEMBRO/2010 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 886.030.343,15 7.159.176,76 6.862.070,94 297.105,82 12.332.494,28 12.332.494,28 274.596.483,12 244.647.944,48 29.948.538,64 42.090.862,09 42.090.862,09 442.977.525,35 174.286.571,72 3.109.747,74 288.338.940,47 (13.065.276,28) (23.955,15) (9.668.503,15) 96.227.076,39 11.472,95 211.140,75 105.317.077,41 (9.312.614,72) 10.646.725,16 10.621.139,20 25.585,96 29.948.020,08 24.243.356,01 24.238.941,41 4.414,60 3.132.119,97 1.820.596,44 1.311.523,53 1.926.544,07 1.926.544,07 646.000,03 646.000,03 3.506.746.382,94 23.477.671,40 20.732.249,82 64.717.074,47 2.875.624.957,32 522.194.429,93 4.422.724.746,17 694.414.483,62 422.779.294,68 79.174.429,14 31.084.211,85 312.418.041,24 102.612,45 9.438.427,15 9.438.427,15 6.732,29 6.732,29 215.378.322,47 3.918.549,27 211.459.773,20 46.811.707,03 71.924,54 7.281.983,07 501.686,03 38.956.113,39 115.364,28 115.364,28 115.364,28 210.530.491,96 210.530.491,96 114.689.426,84 86.604.653,00 9.236.412,12 57.030.824,96 57.012.029,57 27.507.065,74 2.411.626,63 1.360.123,44 1.200.567,26 24.532.646,50 18.795,39 18.795,39 (46.112.801,59) (46.083.655,59) (12.740.009,85) (7.099.501,98) (31.886,97) (10.779.319,83) (14.306.182,50) (1.126.754,46) (3.126,74) (3.126,74) (26.019,26) (26.019,26) 3.506.746.382,94 23.477.671,40 20.732.249,82 64.717.074,47 2.875.624.957,32 522.194.429,93 4.422.724.746,17
  • 19. 19 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 20. 20 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 21. 21 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 22. CTC lança duas variedades de cana: CTC 21 e CTC 22 Fotos: Divulgação CTC 22 Carla Rossini F 6ª geração de cana-de-açúcar; com elevada precocidade e alto teor de sacarose, são recomendadas para manejo de início de safra oram lançadas comercialmente as duas variedades de cana-deaçúcar do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). As variedades CTC 21 e CTC 22 foram apresentadas no início de dezembro no Brasil Canashow, em Ribeirão Preto, que contou com a participação de representantes de usinas e associações de fornecedores de cana associados ao centro de pesquisa. A CTC 21 e CTC 22 formam a 6ª geração de variedades lançadas desde 2005 pelo CTC. Segundo o diretor superintendente do CTC, Nilson Zaramella Boeta, a obtenção das novas variedades segue a linha de atender aos diversos ambientes de produção encontrados no Brasil, inclusive os mais restritivos. “Nos últimos anos, investimos na abertura de pólos regionais de pesquisas, em áreas estratégicas do cultivo da cana-de-açúcar”, explicou o diretor. Ainda segundo Boeta, antes da liberação para cultivo, as variedades CTC 21 e CTC 22 foram testadas para todas as variáveis agronômicas e industriais. “As novas variedades foram avaliadas com todos os detalhes técnicos por 25 empresas associadas, que representam os ambientes edafoclimáticos da cultura no Brasil”, concluiu. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do CTC, Tadeu Andrade, destacou que as duas novas variedades são Equipe da Canaoeste que esteve presente no evento de elevada precocidade, com alto teor de sacarose, recomendadas para manejo no início da safra, com colheita até os meses de julho e agosto. Ambas também apresentam, segundo ele, resistência às ferrugens marrom e alaranjada, ao carvão e ao mosaico, à escaldadura e ao amarelecimento. Em relação à broca da cana, segundo Andrade, as variedades mostram resistência intermediária. “Durante os processos de hibridação, seleção e ensaios de competição, CTC 21 e CTC 22 foram comparadas às principais variedades hoje utilizadas no setor e registraram indicadores superiores de produtividade agrícola, teor de sacarose e resistência a doenças”, ressaltou. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 Já o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento, Arnaldo Raizer, salientou que as duas novas variedades adaptam-se melhor aos ambientes com potencial de produção médio e alto, em condições específicas encontradas principalmente nas regiões Centro-Sul e Nordeste. “As soqueiras das duas variedades mostraram ótima brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua”, complementou o pesquisador. Raizer informou ainda que somente nos últimos três anos foram realizados 41 ensaios técnicos envolvendo a CTC 21 e a CTC 22. Nos últimos cinco anos, o Centro de Tecnologia Canavieira liberou 20 variedades com a sigla CTC.
  • 23. Reportagem de Capa 23 CTC21 e CTC22: Características Agronômicas e Tecnológicas CTC21 - Variedade muito precoce e de alto teor de sacarose, com ótimo fechamento de entrelinhas e alta produtividade agrícola. As soqueiras apresentam ótima brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua. Com boa aptidão ao sistema de plantio mecanizado, CTC21 apresenta PUI (Período Útil de Industrialização) e teor de fibra médios. É recomendada para início de safra, com moagem até o mês de agosto. - Adaptada aos ambientes de médio a alto potencial de produção, não floresce nem isoporiza nas condições do CentroSul e do Nordeste. É altamente resistente às ferrugens marrom e alaranjada; ao carvão, mosaico, escaldadura e ao amarelecimento. Apresenta reação intermediária à broca Diatraea ou broca da cana. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 24. 24 CTC22 - Destaca-se pela alta produtividade, longevidade das soqueiras e rápido desenvolvimento. O teor de fibra é alto. Apresenta longo PUI (Período Útil de Industrialização) e alto teor de sacarose no início da safra. As soqueiras apresentam boa brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua. - Variedade com ótima aptidão ao sistema de plantio mecanizado. Adaptada aos ambientes de médio a alto potencial de produção, floresce e isoporiza. Sua colheita é recomendada até o mês de julho, nas condições do Centro-Sul. Floresce muito nas condições do Nordeste. É altamente resistente às ferrugens marrom e alaranjada, ao carvão, mosaico, escaldadura e ao amarelecimento. Apresenta reação intermediária à broca Diatraea ou broca da cana. Fonte: Centro de Tecnologia Canavieira - CTC  Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 25. 25 CTC21 Outros lançamentos Em setembro, o IAC (Instituto Agronômico), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lançou três novas variedades de cana-deaçúcar: IACSP95-5094, IACSP96-2042 e IACSP96-3060. Elas adequam-se ao plantio mecânico e à colheita mecânica crua, dispensando a queima. CTC22 A IACSP95-5094 e IACSP96-2042 têm adaptação muito boa à região do cerrado e trazem a perspectiva de otimizar a produtividade nas regiões secas, antes ocupadas por pastagens. A IACSP96-3060 tem longo período de utilização, característica que contribui na logística da cadeia de produção por flexibilizar o período de colheita. A Ridesa (Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) também lançou em outubro duas novas variedades: RB965902 e RB965917, adaptadas aos climas específicos das diversas regiões de cultivo do país, resistentes à "ferrugem alaranjada" e apresentam como diferencial a alta produtividade e ótima brotação, além de um excelente comportamento sob colheita mecanizada. RC Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 26. 26 Informações Setoriais CHUV AS DE NOVEMBRO e Prognósticos Climáticos As chuvas do mês de NOVEMBRO de 2010 são apresentadas no quadro a seguir. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Assessor Técnico Canaoeste O A média das observações do mês de NOVEMBRO (149 mm) “ficou” pouco abaixo da média das normais climáticas (178mm). Soma de chuvas significativamente superior ocorreu na Usina da Pedra, enquanto que nos demais locais as chuvas foram próximas e abaixo das respectivas médias, destacando-se as chuvas bem abaixo das normais que ocorreram na Açúcar Guarani, Fazenda Monte Verde (Cajobi/Severínia), E.E.Citricultura de Bebedouro e Andrade. Mapa 1, abaixo, mostra que, já em meados (14 a 17) de NOVEMBRO, as condições hídricas do solo, mesmo após as boas chuvas no final de setembro e início de outubro, já se mostravam desfavoráveis no “quadrilátero” AraraquaraPirassununga-Campinas-Piracicaba e como média disponibilidade de água do solo no extremo Oeste do Estado. Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de NOVEMBRO de 2010. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 O Mapa 2, final de novembro de 2009, mostra que, mesmo com as excepcionais chuvas ao longo do ano, a faixa entre Bebedouro - São José do Rio Preto e extremo noroeste do Estado encontrava-se Mapa 2:- Água Disponível no Solo
  • 27. 27 com baixa à crítica Disponibilidade de Água no Solo e com média a alta umidade no solo nas demais regiões sucroenergéticas do Estado de São Paulo. Enquanto que, ao final de novembro deste ano (Mapa 3), nota-se larga faixa de baixa à crítica Disponibilidade de Água no Solo entre as regiões Central a Oeste do Estado de São Paulo e bom reumedecimento na faixa leste e de Porto Ferreira - Limeira até Avaré. Para subsidiar planejamentos de atividades futuras, a CANAOESTE resume e cita abaixo o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de dezembro de 2010 a fevereiro de 2011. • As temperaturas médias poderão ser próximas a ligeiramente acima das normais climáticas em toda Região-Centro Sul do Brasil; • Como ilustradas no Mapa 4, as chuvas previstas para os meses de dezembro a fevereiro poderão ser próximas às normais climáticas em quase toda área sucroenergética da Região Centro-Sul do Brasil, excetuando-se o Estado do Rio Grande do Sul. o ao final de NOVEMBRO de 2009. • Como referência, as normais climáticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Cana e Apta-IAC, são de 270mm em dezembro, 280mm em janeiro e 220mm em fevereiro, ou seja, a média das chuvas nestes três meses é de 8,5mm/dia. viais (baixa produtividade, alta incidência de ervas daninhas e os impactos da recente ferrugem alaranjada nas variedades suscetíveis), com vistas às certas e crescentes demandas por matéria-prima na(s) próxima(s) safra(s). Persistindo dúvidas, consultem os A SOMAR Meteorologia, a exemplo Técnicos mais próximos ou através do do INPE e INMET, também prevê que Fale Conosco CANAOESTE. RC as chuvas ficarão entre próximas Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para das respectivas médias nos meses a Região Centro-Sul durante o trimestre dezembro 2010 a de dezembro a fevereiro, bem fevereiro 2011. Adaptado pela CANAOESTE como semelhante previsão para o mês de março e com probabilidade para aquém da normalidade climática no mês de abril, em toda região de abrangência CANAOESTE. Quanto às condições climáticas previstas para dezembro e início do próximo ano, a CANAOESTE recomenda aos produtores de cana que aproveitem ao máximo os dias e tempos disponíveis para efetuarem aprimorados tratos culturais, continuarem atentos para as infestações e indispensáveis controles das cigarrinhas, generosas adubações e cuidadosas renovações de cana- Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de NOVEMBRO de 2010. RC Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 28. 28 Artigo Técnico Manejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista em Tecnologia Agroindustrial Mauro Sampaio Benedini – Gerente Regional Fornecedores CTC - Centro de Tecnologia Canavieira O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) possui inúmeros resultados de pesquisa objetivando obter variedades melhoradas. Os ensaios são plantados e conduzidos anualmente nas associadas em diferentes regiões e tipos de solos e colhidos em várias épocas, do início ao final de safra. O CTC conduz, por outro lado, o PAMPA (Programa de Acompanhamento Mensal de Performance Agrícola), que acompanha a produtividade dos canaviais comerciais com a colaboração de mais de 170 usinas e destilarias filiadas ou não ao CTC. Além disso, o CTC possui também o maior acervo de dados de mapeamento de tipos de solos nas diferentes regiões climáticas, com quase dois milhões de hectares de solos mapeados exclusivamente para a cultura da cana-de-açúcar; os ambientes de produção edafoclimáticos. Com todo esse acervo técnico de pesquisa e coleta de dados de áreas comerciais, foram realizados estudos comparativos de dois tipos de manejos agrícolas, objetivando os maiores retornos econômicos; 1 - Época de corte nas diferentes idades do canavial ou estágios. 2 - Época de corte por ambientes de produção. Foram estudadas as análises conjuntas de ensaios finais do Programa de Variedades do CTC, instalados nos anos de 2002, 2003 e 2004; totalizando 39 localidades e 54 variedades avaliadas. Os resultados obtidos foram bastante interessantes, indicando ganhos significativos de produtividade, apenas com modificações nos manejos da colheita. 1 – Época de corte para diferentes idades ou estágios. Comumente as práticas operacionais de safra direcionam para corte no início da safra a cana de 18 meses (10 corte), por estar relativamente mais adiantada na maturação. A colheita dos 20, 30 e demais cortes acontecem após o término da cana de 10 corte, ficando normalmente as áreas de reforma para o final de safra, se estas não forem direcionadas para plantio de inverno ou de ano. A avaliação de qual estágio se deva iniciar a safra; a cana de 18 meses (18M) ou canaviais mais velhos (soqueiras de idades de corte mais avançadas); mostra vantagem significativa para a segunda opção. Ou seja, iniciar a safra no canavial com maior número de cortes, terminando-a com a cana de primeiro corte (18M) tem vantagem expressiva, com retorno econômico de 17% (Figura 1). Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 Figura 1 – Retorno econômico de duas opções de manejo de corte.
  • 29. 29 Dificuldades práticas para viabilizar o procedimento existem como o corte tardio da cana de 18M de uma variedade precoce. Sendo precoce, não deve ser atrasado muito a data de corte, pois nos próximos anos, para “trazê-la” para o início de safra seria complicado. Mas essa cana pode ser deixada para colher por último entre as precoces e não em primeiro lugar como de costume. As canas de 18M de variedades não precoces certamente podem ser deixadas para meio/final de safra, o que também não é comumente realizado, pois normalmente também são colhidas em início de safra. Portanto, deve-se deixar a cana mais produtiva (18M) para colher no período de maior produção de açúcar/ha. Semelhante à lei do mínimo arrependimento, procedimento sugerido pelo CTC, na década de 80. Deixava-se para ser colhida no ponto de máxima maturação em setembro a variedade mais rica (SP71-6163), apesar de sua análise tecnológica indicar estar mais madura que outra, já nos meses de maio/junho (SP70-1143). Colhia-se primeiro a SP70-1143, pois o seu pico de maturação seria bem inferior ao da SP71-6163. Figura 2 – Produtividade agrícola (t/ha) por épocas de corte. A análise dos ensaios mostra também resultados esperados nos quais a safra nos meses iniciais (maio/junho) resulta em 10% de ganho em t cana/ha relativamente aos meses finais (setembro/ outubro), observado na figura 2, semelhante aos resultados de áreas comerciais do PAMPA das seis últimas safras (figura 3). Quando analisamos a qualidade da cana (pol% cana), os melhores resultados são direcionados para setembro/outubro como a melhor época de corte, como esperado, pela curva de maturação da cana (figura 4). O resultado em t pol/ha (figura 5) e do retorno econômico (figura 6), mostram que também os ganhos são maiores em setembro/outubro, apesar da menor produtividade, devido à maior riqueza. Estes são resultados esperados, coincidindo com a época ideal de safra nos meses de julho a setembro. 2 – Época de corte ambientes de produção Figura 3 – Produtividade (t/ha) em áreas comerciais (PAMPA) por épocas de corte. por A análise dos dados mostra também que a simples opção de colher o canavial dos solos mais fracos (ambientes D e E) mais cedo, no início de safra, deixando os solos melhores (ambientes A e B) para o final de safra; resulta em aumento de produtividade de 5% (figura 7). A colheita em final de safra resulta em baixo aproveitamento do canavial para crescimento vegetativo no período chuvoso, pois o canavial estará brotando em dezembro/janeiro e quando necessita de alta de- Figura 4 – Pol%cana por épocas de corte. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 30. 30 Artigo Técnico manda hídrica nos meses de inverno, coincide com o período seco na região Centro-Sul do Brasil. Desta maneira, toda cana colhida em final de safra, sofre queda de produtividade acentuada na safra seguinte. Quanto mais severo for o período de estiagem, agravado com elevadas temperaturas, resultando em maior evapotranspiração, mais será sentida a colheita em final de safra na produtividade do ano seguinte. Como nos solos mais férteis as plantas crescem e se recuperam mais rapidamente, devido ao maior potencial nutricional e de água no solo, sentem menos a colheita em final de safra. Figura 5 – Toneladas de Pol/ha por épocas de corte. Esse resultado de manejo deverá ser mais acentuado, portanto, nos ambientes climáticos menos favoráveis, IV e V, definidos pelo CTC. Por exemplo, um canavial colhido em solo arenoso fraco em final de safra na região de Iturama - MG (ambiente climático IV), não produz cana no ano seguinte, como dizem os produtores rurais da região. As quedas de produtividades nestes locais no ano seguinte, possivelmente serão bem mais acentuadas que os 5% obtidos nas médias dos ensaios. Por outro lado, os produtores da região de Assis (ambiente climático I) possivelmente nem percebam a vantagem de se colher os solos mais fracos no início da safra e esta vantagem deverá ser menor que a média obtida nos ensaios. O inconveniente prático nesse caso são as chuvas de final de safra que direcionam canaviais instalados em solos mais leves, de solos mais fracos para serem colhidos nessa época, em função da trafegabilidade. Deve-se deixar apenas alguns talhões em solos menos argilosos para esses dias problemáticos após os dias chuvosos. Figura 6 - Retorno econômico por épocas de corte. O objetivo é diminuir o stress do canavial colhido em final de safra, que sofre mais, colhendo nesse período os solos potencialmente mais produtivos e com maior reserva de água que os solos mais fracos, arenosos. 3 – Considerações finais A análise dos ensaios de pesquisa ratificados por resultados de áreas comerciais mostra que os dois manejos propostos podem resultar em ganhos significativos na produtividade do canavial, sem custos adicionais, apenas manejando as épocas de corte. (1) Colher a cana de 18 meses depois das soqueiras, respeitando suas características de maturação e; (2) Colher os canaviais de solos mais fracos primeiro que os solos férteis; Figura 7 – Época de corte por ambientes de produção. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 O CTC instalará em 2011, ensaios em três regiões edofoclimáticas no intuito de validar esse manejo. RC
  • 31. 31 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 32. 32 32 “General Álvaro Tavares Carmo” Bioetano de cana-de-açúcar P&D para produtividade e sustentabilidade Luís Augusto Barbosa Cortez Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. “Casamento de sucesso é apaixonar-se muitas vezes pela mesma pessoa.” Robert Wagner 1) PRESIDENTE OU PRESIDENTA? Eis a questão atual, mas com a resposta antiga nas Gramáticas. Prezado amigo leitor a dúvida é sobre a expressão sem ligações com questões políticas. Conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa(VOLP), 5 edição-últimaeditado pela Academia Brasileira de Letras, pág. 674: PRESIDENTE adj.s.2g.s.m. (adjetivo e substantivo de dois gêneros e substantivo masculino) PRESIDENTA s.f.( substantivo feminino) Exemplos corretos: O Presidente disse... A Presidenta disse... O livro Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D para produtividade e sustentabilidade é uma coletânea de textos escritos a partir dos workshops do Projeto de Políticas Públicas PPP Etanol da Fapesp e também de autores convidados pela relevância de suas pesquisas a respeito do tema etanol. Esta publicação conclui a primeira fase do projeto que teve início em 2005 e se desenvolveu por meio de diversos workshops em todo o país. A obra Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D para produtividade e sustentabilidade ajudará os jovens pesquisadores neste importante momento mundial em que a cana-de-açúcar é foco de interesse como base para obtenção de combustíveis líquidos, bioprodutos (plásticos entre outros) e bioeletricidade. A publicação do livro nas versões português e inglês traduz uma realização compartilhada com a comunidade científica ligada a matéria-prima cana-de-açúcar, geradora de absolutas inovações humanas e tecnológicas. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini, nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone : (16)3946-3300 - Ramal 2016 A intenção do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) é deixar para trás incômodos e entraves sobre possíveis dúvidas a respeito do vernáculo. Quanto ao uso? - Ofereço ao público, querido amigo leitor, a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a Língua Portuguesa. 2) O casal organiza a nova casa! Gostam da “antiguidade” dos móveis... Com certeza, um casal moderno e atualizado com o VOLP! ANTIGUIDADE escrita correta. (sem o uso do trema) A regra: o trema, segundo o VOLP não existirá mais, com exceção de palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. 3) Apreciaram o lindo “VÔO” daquele pássaro raro... ...porém não apreciaram a nova regra ortográfica! Segundo o VOLP: o hiato (é o encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronunciado numa sílaba e o outro na sílaba imediatamente posterior) “oo” deixa de receber acento nas palavras paroxítonas. Veja, prezado amigo leitor: VO - O (oxítona) - correto: VOO VO - paroxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima da direita para a esquerda) PARA VOCÊ PENSAR: “Ternura e bondade não sinalizam fraqueza, mas força e disposição.” Gibran Kahlil “ A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento” Carlos De Laet Dicas e sugestões, entre em contato: renatacs@convex.com.br * Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 33. 33 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010
  • 34. 34 VENDE-SE - Mbb 1519 79/80, vermelha, motor e diferencial novo, pneus bons, funilaria nova, gabine leito. Tratar com José Roberto pelo telefone: (16) 9739-5398 Vendo Caminhão Canavieiro Mercedez Benz L2635 6x4 plataformado, ano 1997, com 175.000Km, carroceria CAMAQ cana inteira. Úinico dono, quilometragem original, sem batida ou tombo, comprados na concessionária MB de Jaboticabal/SP. Todas as revisões e manutenções feitas na autorizada. Nunca abriu motor ou diferencial. R$175mil. Caminhão Novo! Tratar com Fernando (16)9103-1071. VENDE-SE - Caminhão Mercedes Benz Axor 2831, ano 2006, plataforma, motor novo, no chassis. Tratar com Alexandre pelo telefone: (16) 9254-7879 VENDEM-SE - D-20 deluxe, quatro portas, ano 93/93, completa em perfeito estado de conservação - Caminhão MB 3340, traçado 6x4, ano 05/06, plataforma, ótimo preço: R$ 210.000,000 aceita contra oferta, único dono Tratar com Airtom pelo telefone: (19) 9716-6201 ou ID 82*62956 VENDE-SE - SCANIA T113 95 6X2 130MIL - SCANIA T113 95 6X2 130MIL - EMPILHADEIRA 4 T 2003 Tratar com Plauto pelo telefone: (41) 30351938 ou pelo email: PLAUTOSANTANA@HOTMAIL.COM. Vende-se Caminhão VW 24250 6x4 ano 92, feito praticamente tudo no caminhão, com carroceria canavieira e bem calcado. Tratar com Eduardo pelo telefone: (18) 91098638 ou pelo email: edu_calbente@hotmail.com. VENDEM-SE 02 caminhões MB 2635 6x4 traçado - tremiado - só com a carroceria de cana inteira - engatado com julieta de cana inteira Caminhões em ótimo estado de conservação e mecânica excelente, oportunidade para quem quer começar no ramo de cana estes caminhões é considerado os melhores para o transporte. Preços: - Carroçeria de cana inteira ano 94/94 – R$ 138.000,00 - tremiado engatado – R$ 158.000,00. - Com carroçeria de cana inteira ano 97/97 – R$ 148.000,00 - tremiado engatado 168.000,00 Tratar com Airtom: 19-9716-6201, id 82*62956 ou pelo email: abersan@ ig.com.br Eventos em Janeiro / Fevereiro 2011 Curso de Irrigação: sistemas, manejo e gestão em condições de campo Empresa Promotora: CPT Cursos Presenciais Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 24/01/2011 Fim do Evento: 26/01/2011 Local: Viçosa - MG Localização do Evento: Rua Padre Serafim, 50/101 Site: www.cptcursospresenciais.com.br Telefone: (31) 3899-8300 Nome do Evento: Centro de Performance CRV Lagoa Empresa Promotora: CRV Lagoa Tipo de Evento: Leilão / Remate Início do Evento: 24/01/2011 Fim do Evento: 28/01/2011 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 Cidade: Sertãozinho - SP Localização do Evento: CRV Lagoa Site: www.crvlagoa.com.br Telefone: (16) 2105-2218 Nome do Evento: 27ª. Reunião Anual do Ensaio de Proficiência IAC para Laboratórios de Análise de Solos Empresa Promotora: IAC Tipo de Evento: Reunião / Fórum / Workshop Início do Evento: 22/02/2011 Fim do Evento: 22/02/2011 Cidade: Campinas - SP Localização do Evento: Anfiteatro Otávio Tisselli Filho, Av. Barão de Itapura, nº 1481 Site: www.iac.sp.gov.br/aplicativos/leventos.asp Telefone: (19) 3236-9119
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  • 36. 36 Revista Canavieiros - Dezembro de 2010